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Introdução
O nosso trabalho é sobre a Evolução Teórica da Administração, nele
abordaremos as teorias de administração e as suas principais ênfases. Essas
teorias e as ênfases são:
- Administração Cientifica tem ênfase nas tarefas;
- Teorias Clássica, Burocrática e Estruturalista têm ênfase na estrutura;
- Teorias Comportamental e do Desenvolvimento Organizacional têm ênfase
nas pessoas;
- Teorias dos Sistemas e da Contingência têm ênfase no ambiente.

É de realçar que essas teorias vêm criar várias correntes ou abordagens.


Cada abordagem representa uma maneira específica de encarar a tarefa e as
características de trabalho de administração.

Embora tenhamos citado várias teorias abordaremos apenas três que são:

- Administração Cientifica;
- Teoria Clássica;
- Teoria Burocrática.
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1. Taylorismo

Taylorismo ou Administração científica é o modelo de administração


desenvolvido pelo engenheiro estadunidense Frederick Winslow Taylor (1856-1915),
que é considerado o pai da administração científica. Caracteriza-se pela ênfase nas
tarefas, objectivando o aumento da eficiência ao nível operacional.

O facto mais marcante da vida de Taylor foi o livro que publicou em 1911
"Princípios de Administração Científica" com esse livro ele tenta convencer aos
leitores de que o melhor jeito de administrar uma empresa é através de um estudo,
de uma ciência. A ideia principal do livro é a racionalização do trabalho que nada
mais é que a divisão de funções dos trabalhadores e com isso Taylor critica
fortemente a “Administração por incentivo e iniciativa”, que acontece quando um
trabalhador por iniciativa própria sugere ao patrão ideias que possam dar lucro a
empresa incentivando seu superior a dar-lhe uma recompensa ou uma gratificação
pelo esforço demonstrado o que é criticado por Taylor pois uma vez que se
recompensa um subordinado por suas ideias ou actos, tornamo-nos dependentes
deles. Taylor acredita na ideia da eficiência e eficácia que é a agilidade e rapidez
dos funcionários gerando lucro e ascensão industrial. Princípios Fundamentais do
livro de Taylor:

Princípio do Planeamento: substituir no trabalho o critério individual do


operário e a actuação vulgar e prática pelos métodos baseados em procedimentos
científicos. Substituir a improvisação pela ciência, por meio do planeamento do
método.1

Princípio do preparo: seleccionar cientificamente os trabalhadores de acordo


com as suas aptidões, prepará-los e treiná-los para produzirem mais e melhor, de
acordo com o método planeado. Além do preparo da mão-de-obra, padronizar as
máquinas e os equipamentos de produção. Cuidar do arranjo físico e da disposição
racional das ferramentas e dos materiais.

Princípio de Controlo: controlar o trabalho para se certificar de que o mesmo


está sendo executado de acordo as normas estabelecidas segundo o plano previsto.
A gerência deve cooperar com os trabalhadores, para que a execução seja melhor
possível

Princípio de Execução: distribuir distintamente as atribuições e as


responsabilidades, para que a execução do trabalho seja bem mais disciplinada. À
gerência cabe o planeamento, preparo e controle, ao funcionário cabe a execução.

Princípio da excepção: As ocorrências que se desenvolvem normalmente


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dentro dos padrões não devem chamar a atenção do gerente, já as ocorrências

1
Idalberto Chiavenato. Administração: Teoria, Processo e Prática. São Paulo, Editora Makron Books
do Brasil, 1994, p.p. 9-13.
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excepcionais, que ocorrem fora dos padrões, é que devem atrair sua atenção, para
que ele possa, assim, corrigir os desvios e alcançar a normalidade.

1.1. Metodologia taylorista de estudo

Taylor iniciou o seu estudo observando o trabalho dos operários. Sua teoria
seguiu um caminho de baixo para cima, e das partes para o todo; dando ênfase na
tarefa. Para ele a administração tinha que ser tratada como ciência. Desta forma ele
buscava ter um maior rendimento do serviço do operariado da época, o qual era
desqualificado e tratado com desleixo pelas empresas. Não havia, na época,
interesse em qualificar o trabalhador, diante de um enorme e supostamente
inesgotável "exército industrial de reserva". O estudo de "tempos e movimentos"
mostrou que um "exército" industrial desqualificado significava baixa produtividade e
lucros decrescentes, forçando as empresas a contratarem mais operários. Taylor
tinha o objectivo de acelerar o processo produtivo, ou seja, produzir mais em menos
tempo, e com qualidade.

• Segundo Taylor a gerência caberia: afixar trabalhadores numa jornada


de trabalho controlada, supervisionada, sem interrupções, a seu
controle da, podendo o trabalhador só parar para descansar, quando
for permitido, particularização de cada movimento.
• Taylor afirma que a gerência não podia deixar o controlo do processo
de trabalho nas mãos dos trabalhadores, neste caso como os
trabalhadores, conheciam mais a função do que o gerente, estes
deveriam aprender os métodos de trabalho para então cobrar dos
trabalhadores;

As ideias começaram a ser divulgadas no século XX. Ele procurava a


eficiência no trabalho, por isso tinha que eliminar todos os desperdícios de tempo.

• Considerava o ritmo lento de trabalho e a vadiação como inimigas da


produção.
• Para Taylor o processo de trabalho não devia estar nas mãos dos
trabalhadores, e que de facto estava através do trabalho combinado,
sua grande descoberta foi os conhecimentos da produção do processo
combinada estava concentrado mais nos operários e não na gerência,
e neste caso esse processo e as decisões deveriam passar por ela e
não pelo trabalhador
• Com o conhecimento da produção a gerência poderia estabelecer os
tempos necessários: assim, fixou a distribuição do tempo de trabalho.
• Taylor não estava interessado no avanço tecnologia, mas preocupado
em controlar o trabalho a qualquer nível de tecnologia.
• Fez pesquisa para analisar como o trabalhador poderia produzir mais
num ritmo de trabalho controlado.
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• Também acreditava que o trabalhador devia apenas aprender a


executar uma função, não podia perder tempo analisando o trabalho,
visto que ele não tinha nem tempo para isso, nem dinheiro, isso
caberia a gerência.

1.2. Organização lógica do trabalho


Objectivava a liberdade de movimentos inúteis, para que o operário
executasse de forma mais simples e rápida a sua função, estabelecendo um tempo
médio, a fim de que as actividades fossem feitas em um tempo menor e com
qualidade, aumentando a produção de forma eficiente.

• Estudo da fadiga humana: a fadiga predispõe o trabalhador à diminuição da


produtividade e perda de qualidade, acidentes, doenças e aumento da
rotatividade de pessoal;
• Divisão do trabalho e especialização dos operários Análise do trabalho e
estudo dos tempos e movimentos: cada um se especializaria e
desenvolveria as actividades em que mais tivessem aptidões;
• Desenho de cargos e tarefas: desenhar cargos é especificar o conteúdo de
tarefas de uma função, como executar e as relações com os demais cargos
existentes;
• Incentivos salariais e prémios por produtividade
• Condições de trabalho: O conforto do operário e o ambiente físico ganham
valor, não porque as pessoas merecessem, mas porque são essenciais para
o ganho de produtividade;
• Padronização: aplicação de métodos científicos para obter a uniformidade e
reduzir os custos;
• Supervisão funcional: os operários são supervisionados por supervisores
especializados, e não por uma autoridade centralizada.
• Homem económico: o homem é motivável por recompensas salariais,
económicas e materiais.

A empresa era vista como um sistema fechado, isto é, os indivíduos não


recebiam influências externas. O sistema fechado é mecânico, previsível e
determinístico. Porém, a empresa é um sistema que movimenta-se conforme as
condições internas e externas, portanto, um sistema aberto e dialéctico.

1.3. Benefícios do método de Taylor


1.3.1. Benefícios para os trabalhadores no método de Taylor:

1. Os salários chegaram a atingir, em alguns casos, o dobro do que era antes;


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2. Os funcionários passaram a se sentir mais valorizados e isso fez com que


exercessem seus ofícios com mais prazer. Se sentiam mais acolhidos pela
empresa;
3. A jornada de trabalho foi reduzida consideravelmente;
4. Vantagens, como dias de descanso remunerados lhes foram concedidas.

1.3.2. Benefícios para os empregadores no método de Taylor

1. Produtos com qualidade superior aos anteriores;


2. Ambiente de trabalho agradável tanto para o chão de fábrica quanto para a
directoria, evitando assim distúrbios e conflitos que podem gerar situações
negativas dentro da empresa;
3. Redução de custos extraordinários dentro do processo produtivo, como a
eliminação de inspecções e gastos desnecessários.
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2. Teoria clássica da administração

A Teoria Clássica da Administração foi idealizada por Henri Fayol.


Caracteriza-se pela ênfase na estrutura organizacional, pela visão do homem
económico e pela busca da máxima eficiência.

Sofreu críticas como a manipulação dos trabalhadores através dos incentivos


maternais e salariais e a excessiva unidade de comando e responsabilidade.

Paralelamente aos estudos de Frederick Winslow Taylor, Henri Fayol


defendia princípios semelhantes na Europa, baseado em sua experiência na alta
administração. Enquanto os métodos de Taylor eram estudados por executivos
Europeus, os seguidores da Administração Científica só deixaram de ignorar a obra
de Fayol quando a mesma foi publicada nos Estados Unidos. O atraso na difusão
generalizada das ideias de Fayol fez com que grandes contribuintes do pensamento
administrativo desconhecessem seus princípios.

2.1. Princípios Básicos


Fayol relacionou 14 princípios básicos que podem ser estudados de forma
complementar aos de Taylor:

• Divisão do trabalho - Especialização dos funcionários desde o topo da


hierarquia até os operários da fábrica, assim, favorecendo a eficiência da
produção aumentando a produtividade.
• Autoridade - Autoridade é todo direito dos superiores darem ordens que
teoricamente serão obedecidas. Responsabilidade é a contrapartida da
autoridade.
• Disciplina - Necessidade de estabelecer regras de conduta e de trabalho
válidas para todos os funcionários. A ausência de disciplina gera o caos na
organização.
• Unidade de comando - Um funcionário deve receber ordens de apenas um
chefe, evitando contra-ordens.
• Unidade de direcção - O controle único é possibilitado com a aplicação de
um plano para grupo de actividades com os mesmos objectivos.
• Subordinação dos interesses individuais (ao interesse geral) - Os
interesses gerais da organização devem prevalecer sobre os interesses
individuais.
• Remuneração - Deve ser suficiente para garantir a satisfação dos
funcionários e da própria organização.
• Centralização (ou Descentralização) - As actividades vitais da organização
e sua autoridade devem ser centralizadas.
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• Linha de Comando (Hierarquia) - Defesa incondicional da estrutura


hierárquica, respeitando à risca uma linha de autoridade fixa.
• Ordem - Deve ser mantida em toda organização, preservando um lugar para
cada coisa e cada coisa em seu lugar.
• Equidade - A justiça deve prevalecer em toda organização, justificando a
lealdade e a devoção de cada funcionário à empresa. Direitos iguais.
• Estabilidade dos funcionários - Uma rotatividade alta tem consequências
negativas sobre desempenho da empresa e o moral dos funcionários.
• Iniciativa - Deve ser entendida como a capacidade de estabelecer um plano
e cumpri-lo.
• Espírito de equipa - O trabalho deve ser conjunto, facilitado pela
comunicação dentro da equipe. Os integrantes de um mesmo grupo precisam
ter consciência de classe, para que defendam seus propósitos

2.2. Funções Básicas de Qualquer Empresa


1. Funções técnicas – relacionadas com a produção de bens ou de serviços
da empresa.

2. Funções comerciais - relacionadas com a compra, venda e permutação.

3. Funções financeiras – relacionadas com a procura e gerência de capitais.

4. Funções de segurança – relacionadas com a protecção e preservação


dos bens e das pessoas.

5. Funções contáveis – relacionadas com inventários, registos, balanços,


custos e estatísticas.

6. Funções administrativas – relacionadas com a integração de cúpula das


outras cinco funções. As funções administrativas coordenam as demais funções da
empresa, pairando sempre acima delas.

2.3. Funções Administrativas


• Prever – visualizar o futuro e traçar o programa de acção.

• Organizar – constituir o duplo organismo material e social da empresa.

• Comandar – dirigir e orientar o pessoal.

• Coordenar – ligar, unir, harmonizar todos os actos os esforços colectivos.

• Controlar – verificar que tudo ocorra de acordo com as regras estabelecidas


e as ordens dadas.
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Os elementos da administração, quando em conjunto, constituem o processo


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administrativo. São localizáveis em qualquer trabalho do administrador, em qualquer


nível hierárquico ou qualquer área de actividade da empresa. Em outros termos,
tanto o director, como o gerente, o chefe, o supervisor – cada qual em seu nível –
desempenham actividades de previsão, organização, comando, coordenação e
controle, como actividades administrativas essenciais.

2.4. Considerações sobre a Teoria Clássica


• Obsessão pelo comando -> Tendo como óptica a visão da empresa a partir
da gerência administrativa, Fayol focou seus estudos na unidade do
comando, autoridade e na responsabilidade. Em função disso, é visto como
obcecado pelo comando.
• A empresa como sistema fechado -> A partir do momento em que o
planeamento é definido como sendo a pedra angular da gestão empresarial, é
difícil imaginar que a organização seja vista como uma parte isolada do
ambiente.
• Manipulação dos trabalhadores -> Bem como a Administração Científica,
fora tachada de tendenciosa, desenvolvendo princípios que buscavam
explorar os trabalhadores.

2
Idalberto Chiavenato. Administração: teoria, Processo e Prática. São Paulo, Editora Makron Books
do Brasil, 1994, p.16.
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3. Teoria da burocracia

3.1. Origens
A Teoria da Burocracia desenvolveu-se dentro da administração ao redor
dos anos 40, principalmente em função dos seguintes aspectos:

1 - A fragilidade e parcialidade tanto da Teoria Clássica como da Teoria das


Relações Humanas, que não possibilitam uma abordagem global, integrada e
envolvente dos problemas organizacionais;

2 - A necessidade de um modelo de organização racional capaz de


caracterizar todas as variáveis envolvidas, bem como, o comportamento dos
membros dela participantes, é aplicável não somente à fábrica, mas a todas as
formas de organização humana e principalmente às empresas;

3 - O crescente tamanho e complexidade das empresas passam a exigir


modelos organizacionais bem mais definidos;

4 - O ressurgimento da Sociologia da Burocracia, a partir da descoberta dos


trabalhos de Max Weber, o seu criador.

Segundo essa teoria, um homem pode ser pago para agir e se comportar de
certa maneira preestabelecida, a qual lhe deve ser explicada, muito minuciosamente
e, em hipótese alguma, permitindo que suas emoções interfiram no seu
desempenho. A Sociologia da Burocracia propôs um modelo de organização e os
administradores não tardaram em tentar aplicá-los na prática em suas empresas. A
partir daí, surge a Teoria da Burocracia na Administração.

Então a burocracia é uma forma de organização que se baseia na


racionalidade, isto é, na adequação dos meios aos objectivos (fins) pretendidos, a
fim de garantir a máxima eficiência possível no alcance dos objectivos.

Weber identifica três factores principais que favorecem o desenvolvimento da


moderna burocracia:

• O desenvolvimento de uma economia monetária: Na Burocracia, a moeda


assume o lugar da remuneração em espécie para os funcionários, permitindo
a centralização da autoridade e o fortalecimento da administração burocrática;
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• O crescimento quantitativo e qualitativo das tarefas administrativas do Estado


Moderno;

• A superioridade técnica – em termos de eficiência – do tipo burocrático de


administração: serviu como uma força autónoma para impor sua prevalência.

O desenvolvimento tecnológico fez as tarefas administrativas tenderem ao


aperfeiçoamento para acompanhá-lo. Assim, os sistemas sociais cresceram em
demasia, as grandes empresas passaram a produzir em massa, sufocando as
pequenas. Além disso, nas grandes empresas há uma necessidade crescente de
cada vez mais se obter um controle e uma maior previsibilidade do seu
funcionamento.

Segundo o conceito popular, a burocracia é visualizada geralmente como uma


empresa, repartição ou organização onde o papeleiro se multiplica e se avoluma,
impedindo as soluções rápidas e eficientes. O termo é empregado também com o
sentido de apego dos funcionários aos regulamentos e rotinas, causando ineficiência
à organização. O leigo passou a dar o nome de burocracia aos defeitos do sistema.

Entretanto para Max Weber a burocracia é exactamente o contrário, é a


organização eficiente por excelência e para conseguir esta eficiência, a burocracia
precisa detalhar antecipadamente e nos mínimos detalhes como as coisas devem
acontecer. Em relação a este parágrafo acrescente-se que para Merton, não existem
uma organização totalmente racional e o formalismo não tem a profundidade
descrita por Weber. Assim pode-se dizer que para outros estudiosos a Burocracia
não é tão eficiente como Weber apresenta, levando ao excesso de formalismo, de
documentação e de papeleiro, isto leva a baixa eficiência.

3.2. Principais características


3.2.1. Formalização
Todas as actividades da organização são definidas por escrito (rotinas e
procedimentos) e a organização opera de acordo com um conjunto de leis ou regras
(regras e regulamentos, regimento interno, estatutos) que são aplicáveis a todos os
casos individuais, sem excepção.

3.2.2. Divisão do trabalho


Cada participante tem um cargo ou posição definidos com esfera específica
de competência, com deveres oficiais, atribuições estritamente especificadas e
delimitadas.
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3.2.3. Princípio da hierarquia


A burocracia se assenta em uma hierarquia bem definida de autoridade. Cada
funcionário é submetido a ordens impessoais que guiam suas acções de modo a
assegurar a sua obediência. Cada função mais baixa está sob controlo e supervisão
da mais alta, assegurando unidade de controlo: cada funcionário tem apenas um
único chefe. Daí o formato de estrutura piramidal da burocracia.

3.2.4. Impessoalidade
O funcionário ideal desempenha com impessoalidade no relacionamento com
outros ocupantes de cargos. A burocracia enfatiza os cargos e não as pessoas que
os ocupam, pois as pessoas entram e saem da organização, mas os cargos
permanecem para garantir sua continuidade e perpetuação.

3.2.5. Competência técnica

A selecção e escolha dos participantes é baseada nas competências


técnicas e qualificações profissionais dos candidatos e não em
preferências de ordem pessoal. Daí a utilização de testes e concursos
para preenchimento de cargos ou para promoções. A burocracia prevê
carreiras, e as promoções são feitas de acordo com a antiguidade ou
mérito funcional, dependendo sempre do julgamento superior.

3.2.6. Separação entre propriedade e administração


Os recursos utilizados pela organização burocrática para a execução de suas
tarefas não são propriedade dos burocratas. A administração esta separada da
propriedade meios de produção, pois o dirigente ou o não é necessariamente o dono
da organização ou dos seus meios de produção, mas um profissional especializado
na sua administração. Daí o gradativo afastamento capitalista da gestão do seu
próprio negócio e a pulverização do capital por meio das sociedades anónimas.

3.2.7. Profissionalização dos funcionários


Os funcionários da burocracia são profissionais, pois são especialistas em
face da divisão do trabalho; são assalariados de acordo com suas funções ou
posição hierárquica; seus cargos constituem a sua principal actividade dentro da
organização; são nomeados pelo superior imediato; seus mandatos são por tempo
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indeterminado; seguem carreira dentro da organização e não possuem a


propriedade dos meios de produção da organização.3

3.3. Vantagens da Burocracia


Weber viu inúmeras razões para explicar o avanço da burocracia sobre as
outras formas de associação.

• Racionalidade em relação ao alcance dos objectivos da organização;

• Precisão na definição do cargo e na operação, pelo conhecimento exacto dos


deveres;

• Rapidez nas decisões, pois, cada um conhece o que deve ser feito, por quem
e as ordens e papéis tramitam através de canais preestabelecidos;

• Univocidade de interpretação garantida pela regulamentação específica e


escrita. A informação é discreta, já que é passada apenas a quem deve
recebê-la;

• Uniformidade de rotinas e procedimentos que favorece a padronização,


redução de custos e de erros, pois os procedimentos são definidos por
escrito;

• Continuidade da organização através da substituição do pessoal que é


afastado;

• Redução no nível de atrito, entre as pessoas, pois cada funcionário conhece


aquilo que é exigido dele e quais os limites entre suas responsabilidade e as
do outro;

3
Idalberto Chiavenato. Administração: teoria, Processo e Prática. São Paulo, Editora Makron Books
do Brasil, 1994, p.p.19-20
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• Constância, pois os mesmos tipos de decisão devem ser tomados nas


mesmas circunstâncias;
• Subordinação dos mais novos aos mais antigos dentro de uma forma estrita e
bem conhecida, de modo que o supervisor possa tomar decisões que afectam
o nível mais baixo;

• Confiança, pois o negócio é conduzido de acordo com regras conhecidas. As


decisões são previsíveis e o processo decisório elimina a discriminação
pessoal;

• Benefícios sob o prisma das pessoas na organização, pois a hierarquia é


formalizada, o trabalho é dividido entre as pessoas de maneira ordenada, as
pessoas são treinadas para se tornarem especialistas em seus campos As
pessoas podem fazer carreira na organização em função de seu mérito
pessoal e competência técnica.
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Conclusões

No decorrer da elaboração deste trabalho tivemos as conclusões que:


1. A Evolução das Teorias de Administração começou com Frederick W. Taylor
quando ele fundou a Escola da Administração Cientifica;
2. A ênfase da Administração Cientifica era as tarefas;
3. Taylor teve seguidores como Fayol e Weber que criaram as Teorias Clássica
e Burocrática que tiveram com ênfase a estrutura da empresa;
4. E também que embora sejam rígidas as teorias de administração também têm
seus benefícios.
5. Algumas dessas teorias senão mesmo todas estão a ser utilizadas até os dias
actuais.
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Bibliografia

1. Idalberto Chiavenato. Administração: Teorias, Processo e Prática. São Paulo,


Editora Makron Books do Brasil, 1994.
2. http://www.portaldomarketing.com.br/Artigos/Administracao_Evolucao_e_Con
ceitos.htm
3. http://www.urutagua.uem.br//02tatto.htm
4. http://www.administradores.com.br/informe-se/artigos/historia-e-evolucao-da-
administracao/26561/
5. http://pt.wikipedia.org/wiki/Teoria_cl%C3%A1ssica_da_administra
%C3%A7%C3%A3o
6. http://pt.wikipedia.org/wiki/Teoria_da_burocracia
7. http://pt.wikipedia.org/wiki/Taylorismo
22

Índice

Introdução...................................................................................................................................7
1. Taylorismo..............................................................................................................................8
.................................................................................................................................................9
1.1. Metodologia taylorista de estudo.....................................................................................9
1.2. Organização lógica do trabalho......................................................................................10
1.3. Benefícios do método de Taylor....................................................................................10
1.3.1. Benefícios para os trabalhadores no método de Taylor:.........................................10
1.3.2. Benefícios para os empregadores no método de Taylor.........................................11
2. Teoria clássica da administração...........................................................................................12
2.1. Princípios Básicos..........................................................................................................12
2.2. Funções Básicas de Qualquer Empresa.........................................................................13
2.3. Funções Administrativas................................................................................................13
2.4. Considerações sobre a Teoria Clássica..........................................................................14
3. Teoria da burocracia..............................................................................................................15
3.1. Origens...........................................................................................................................15
3.2. Principais características................................................................................................16
3.2.1. Formalização...........................................................................................................16
3.2.2. Divisão do trabalho.................................................................................................16
3.2.3. Princípio da hierarquia............................................................................................17
3.2.4. Impessoalidade........................................................................................................17
3.2.5. Competência técnica...............................................................................................17
A selecção e escolha dos participantes é baseada nas competências técnicas e
qualificações profissionais dos candidatos e não em preferências de ordem pessoal. Daí a
utilização de testes e concursos para preenchimento de cargos ou para promoções. A
burocracia prevê carreiras, e as promoções são feitas de acordo com a antiguidade ou
mérito funcional, dependendo sempre do julgamento superior. ....................................17
3.2.6. Separação entre propriedade e administração.........................................................17
3.2.7. Profissionalização dos funcionários........................................................................17
3.3. Vantagens da Burocracia...............................................................................................18
Conclusões................................................................................................................................20
Bibliografia...............................................................................................................................21
Índice.........................................................................................................................................22

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