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As famílias primeiro!
Programa eleitoral do Movimento Esperança Portugal
Legislativas 2011
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As famílias primeiro!
Manifesto do MEP
para as Legislativas 2011
Portugal está no meio da tempestade. Portugal vai ter de adoptar um pro-
Uma crise gravíssima abateu-se sobre a grama de resgate financeiro resultante
sociedade portuguesa, não poupando dos erros cometidos nos últimos anos
nenhum sector, região ou geração. A que nos obrigaram a recorrer a um me-
confiança nas instituições atingiu míni- canismo de ajuda externa. É fundamen-
mos e a desesperança tocou no tecto tal ter mecanismos de compensação
máximo. Parece que estamos num beco social perante o impacto dessas medi-
sem saída. Urge resgatar a esperança. das e o stress acrescido a que os Portu-
gueses serão sujeitos.
Mas como, perguntam-se legitima- Onde radicam hoje as principais preo-
mente os portugueses? cupações do quotidiano a que os políti-
cos deve dar resposta? Onde estão as
Para recuperar a confiança e construir forças que podem ser potenciadas para
uma política de esperança, é urgente fazer face à crise?
uma proposta realista, que vá ao encon-
tro das principais preocupações dos Em todos os estudos sociológicos, os
portugueses e que se construa a partir portugueses indicam a sua família (e
dos activos existentes. rede de amigos) como prioridade abso-
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Um partido com futuro assento parlamen- “As famílias constituem o núcleo fun-
tar, focado numa “causa”, precisa de ter damental da sociedade. Elas represen-
bem clarificados os princípios por que se tam, desde sempre e numa dinâmica
rege, mais ainda do que medidas progra- evolutiva e sempre renovada, o espaço
máticas que estarão no âmbito de acção mais importante da realização da Pes-
do Governo. O Programa do MEP identi- soa, da transmissão de valores, da vi-
fica de uma forma muito detalhada esses vência entre gerações.
princípios fundamentais.
É nas famílias, para além da Pessoa in-
dividualmente considerada, que se deve
centrar a análise e compreensão da rea-
lidade social, os critérios de decisão, o
desenvolvimento de respostas e de ac-
ções.
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Uma política de família para o lorize o seu papel essencial, crie e pro-
século XXI. porcione condições para o desempenho
das suas funções, incentive o desenvol-
Sabe-se que uma sociedade será o que vimento das competências e responsa-
forem as suas famílias. E que a qualidade bilidades que lhe pertencem e lhe são
de vida das famílias é uma importante próprias, assumindo uma intervenção
medida do nosso viver colectivo. Assim subsidiária.
sendo, o MEP quer conceber e desen-
volver uma política de família para os A universalidade das políticas
nossos dias, quer numa perspectiva de família.
transversal a todos os sectores, quer
enquanto abordagem específica. Essa Para o MEP, uma política de família di-
política deve ser capaz de valorizar a rige-se a todas as famílias. É universal.
Família, capaz de garantir às famílias o Distingue-se, no entanto, de uma política
pleno exercício das suas responsabili- social, também essencial, que deve re-
dades e competências, capaz de prevenir conhecer e apoiar as situações familiares
e apoiar as situações de risco e vulnera- de maior risco ou exclusão.
bilidade.
Participação das associações
O MEP é, pois, “familiocêntrico”. de famílias.
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a importância da inovação social, capaz cisão directa dos cidadãos e das em-
de gerar respostas mais eficazes a pro- presas, a partir dos seus impostos.
blemas antigos e encontrar soluções Estas várias instituições particulares de
para necessidades ainda não satisfeitas. solidariedade social e as instituições
públicas devem reforçar o trabalho em
Empreendedores sociais, uma rede, a cooperação e a coordenação,
nova alavanca. tendo em vista o grau máximo de eficácia
no apoio social.
Ainda neste domínio, devem ser refor-
çadas as iniciativas de empreendedo- Uma integração bem sucedida
rismo social e de voluntariado social dos imigrantes.
que possam envolver os cidadãos na
solidariedade activa. Também as expres- Os imigrantes que nos procuram, bem
sões de mutualismo devem ser enco- como as suas famílias, devem encontrar
rajadas, num espírito de fraternidade e um pleno acolhimento na sociedade
de associação solidária. portuguesa, no quadro de uma cidadania
de direitos e deveres iguais aos dos ci-
A defesa do fortalecimento do dadãos nacionais. Os imigrantes e as
Terceiro sector. suas famílias devem ser protegidos de
todas as formas de xenofobia, discri-
Atendendo à presença e à qualidade da minação ou exploração. O seu processo
intervenção do terceiro sector na área de integração deve ser global e atender
da solidariedade social, defende-se o às diferentes necessidades de que são
fortalecimento das instituições de so- portadores, desde o acesso à habitação,
lidariedade social e das Misericórdias, à saúde, à educação para os seus filhos
que devem ser apoiadas pelo Estado. e à cultura.
As políticas públicas de solidariedade
podem e devem ser interpretadas por
esta rede institucional, com maior pro-
ximidade às comunidades, maior co-
nhecimento das problemáticas e, fre-
quentemente, maior eficiência.
No modelo de financiamento do terceiro
sector, o MEP defende uma solução
mista, que some a decisão tecnico-po-
lítica dos serviços públicos de solida-
riedade social com mecanismos de de-
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Propostas políticas
As famílias primeiro!
Roteiro de temas para a Legislatura 2011/2014
( Cada medida proposta tem uma ficha de explicitação em www.mep.pt )
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Compromissos
Compromissos eleitorais do MEP
Uma agenda da solidariedade
O Movimento Esperança Portugal apre- infelizmente, não são muito evidentes
senta-se a estas eleições com o seu Pro- esses sinais. O MEP, enquanto movi-
grama eleitoral, centrado na mensagem mento cívico da sociedade civil, que
“As famílias primeiro!”. pode ir a eleições como partido político,
revê-se nas propostas sérias e bem fun-
Em complemento a esse Programa e damentadas destas instituições. Na sua
dando resposta ao pedido feito aos par- matriz fundacional, o MEP escolheu
tidos políticos pela CNIS – Confedera- como pilar essencial a defesa da coesão
ção Nacional de Instituições de social e da inclusão, bem como o re-
Solidariedade e pela CÁRITAS, o MEP forço do papel do terceiro sector na vida
decidiu assumir o Compromisso de ser do País.
um dos porta-vozes das propostas apre-
sentadas por estas organizações. Assim, em coerência, defenderemos na
Assembleia da República esta agenda
Repetidamente ouvimos que os parti- de solidariedade da CNIS e da CÁRITAS,
dos têm que se abrir às pessoas e orga- a bem de um Portugal mais justo e
nizações da sociedade civil. Mas, mais humano.
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que se refere aos lares e centros de do papel que já desenvolvem nesse do-
acolhimento de crianças e jovens. mínio.
Neste âmbito, apontam-se algumas li-
8. Ainda neste âmbito, importaria que nhas complementares de orientação a
a revisão global dos modelos de coo- seguir:
peração viabilizasse a negociação com - Abertura de áreas de formação para a
as estruturas sindicais da aproximação cobertura das necessidades a nível do
do estatuto remuneratório das carreiras desenvolvimento local, nomeadamente
e categorias do pessoal técnico não em meio rural;
docente as que já são aplicadas aos - Diversificação das formas de empre-
educadores e professores. gabilidade e das modalidades empre-
sariais no âmbito do Mercado Social
9. Apresenta-se, de seguida, um quadro de Emprego, centrando-as no desen-
de propostas e princípios que reforcem volvimento social, económico e am-
a capacidade das Instituições na luta biental, nomeadamente das zonas mais
contra a pobreza e a exclusão e que deprimidas do território, configurando
realcem a sua natureza de instituições as IPSS, quer em termos de emprego,
autónomas e particulares, marcadas to- quer de actividade económica, como
davia pela noção do serviço publico, verdadeiros promotores do desenvol-
através da solidariedade com os mais vimento local.
desfavorecidos. - O modelo das empresas de inserção e
Estas propostas só são viáveis e passíveis de eficácia social restrita;
de concretização se a relação entre os b) As IPSS já desenvolvem um importante
Serviços do Estado e as IPSS se fundarem papel, alias em crescimento, como se
num verdadeiro contrato de confiança. sabe, no campo da Saúde, nomeada-
Nesta medida e com respeito por estes mente no domínio dos cuidados hos-
princípios, as Instituições podem cons- pitalares e de saúde mental e ainda dos
tituir uma instância exemplar no alívio cuidados continuados.
do peso do Estado na vida das pessoas, No actual quadro de encerramento de
das famílias e da sociedade, na descon- escolas e de concentração geográfica
centração e na descentralização. de unidades de saúde, os equipamentos
Tais propostas são, resumidamente, as e serviços das IPSS constituem em mui-
seguintes: tas pequenas comunidades do nosso
a) Reforço da participação das IPSS na País as respostas mais próximas e com
formação profissional das pessoas em recursos humanos mais qualificados.
situação de desfavorecimento face ao Importa, a partir da rede capilar consti-
mercado de trabalho, na continuidade tuída pelas Instituições a nível de todo
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o território nacional, utilizar esses re- que não possam, por si, exercer, reco-
cursos no âmbito dos cuidados primários nhece-se a insuficiência do quadro ju-
de saúde, ao nível da prevenção e na rídico de enquadramento existente; e
reintegração psico-social de doentes defende-se o desenvolvimento desse
mentais. quadro, nomeadamente através da pre-
c) No campo da Educação, impõe-se a visão de entidades diversas dos familiares
utilização dos recursos, das competências e das instituições de enquadramento
e da vasta experiência das IPSS na pro- para a representação autónoma desses
moção do sucesso educativo e na pre- interesses.
venção do abandono escolar, aqui se e) A criação de condições do reforço da
incluindo o alargamento à resposta capacidade de intervenção das IPSS,
social de creche da existência de projecto mediante mecanismos que facilitem a
educativo. sustentabilidade financeira das respostas
A questão do apoio as famílias durante sociais, através da diversificação das
o tempo e nos domínios não-Iectivos, fontes de financiamento das IPSS, jus-
em todos os níveis do ensino básico e tifica a clarificação do quadro jurídico
secundário e a aposta na formação pa- da capacidade de exercício, a nível ins-
rental são prioridades que a CNIS en- trumental dos seus fins de utilidade e
tende deverem constar do Programa interesse publico, de actividades eco-
de um partido de vocação governamental nómicas pelas Instituições, ou da sua
para os próximos anos. participação em partes de capital de
O entendimento da CNIS, nem sempre sociedades comerciais, para alem do
valorizado pelos poderes públicos, e o que já se encontra estabelecido no âm-
de que o serviço público da Educação bito do Mercado Social de Emprego e
não tem de ser apenas desenvolvido na lei da propriedade de farmácias -
pelos serviços do Estado, podendo e Decreto-Lei nº 307/2007, de 31 de Agosto.
devendo sê-Io igualmente, em sede Trata-se do desenvolvimento da questão
de cooperação, pelo Sector Social Soli- identificada na parte inicial desta pro-
dário, como já vem sucedendo com posta, quanto à necessidade de revisão
sucesso no âmbito da educação pré- do quadro jurídico da intervenção das
escolar. IPSS na actividade económica, embora
d) Relativamente às modalidades de tu- a título instrumental das suas finalidades
tela e protecção dos interesses das pes- principais.
soas idosas não autónomas ou porta-
doras de deficiência com vista ao exer- Porto, 13 de Abril de 2011
cício, em seu nome e no seu interesse,
dos direitos civis, pessoais e patrimoniais
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«Deus Cáritas Est», 2005, e «desumana» protecção, durante algum tempo; mas
a «filosofia» que sacrifica o ser humano não podemos admitir que sejam sacrificadas
ao «moloch do futuro» (n°. 31-b); de facto, as pessoas de mais baixos rendimentos. A
«a humanização do mundo não pode ser insuficiência de diálogo social neste do-
promovida renunciando, de momento, a mínio, tal como na esfera política, afecta
comportar-se de modo humano. Só se perigosamente o país, com maior incidência
contribui para um mundo melhor, fazendo nos estratos mais pobres e excluídos;
o bem agora e pessoalmente, com paixão
e em todo o lado onde for possível, inde- 2. Rede básica de protecção
pendentemente de estratégias e programas social
de partido» (ibidem). Não resulta daqui o
esmorecimento na consagração de direitos Esta Rede, já defendida também pela Con-
e na adopção de «estratégias e programas»; ferencia Episcopal Portuguesa, teria por
resulta, sim, a afirmação clara de que nunca base não o Estado e as instituições, mas
deveriam ser abandonadas as pessoas ainda sim as pessoas: as que vivem os problemas
não abrangidas por eles. sociais, marginalizadas pelo quadro de di-
Em face do que acabamos de referir, sug- reitos em vigor e as que, a seu lado, coo-
erimos ao Partido de V. Exa. e a todos os peram diariamente na procura de soluções
outros a mais alta prioridade para as directas e imediatas. Tais pessoas coope-
seguintes linhas de acção - modestas sem rantes, mais ou menos organizadas em
dúvida e pouco dispendiosas, mas indis- grupos de voluntariado social de proxi-
pensáveis para que a política esteja ao midade, disporiam do acesso regular a
serviço de todas as pessoas e de cada uma: instituições particulares e aos diferentes
organismos públicos especializados nos
1. Defesa do Estado Social problemas a resolver. Através destas insti-
tuições e organismos, os problemas sem
O nosso país tem «a sorte» de todos os solução seriam encaminhados para os ór-
partidos representados na Assembleia da gãos do poder político, autárquico, regional
Republica serem favoráveis ao Estado e central, com um duplo objectivo: a ob-
Social. Porem, em contrapartida, digla- tenção de soluções rápidas, ainda que
diam-se acerca da respectiva natureza e provisórias; e a preparação das mais defi-
âmbito. Para que a defesa seja efectiva, nitivas. A nível central, impõe-se a reacti-
impõe-se que se intensifique o diálogo vação do «Pacto de Cooperação para a
político e social neste domínio, procurando Solidariedade» (em que tem assento as
os consensos possíveis. Não nos repugna organizações representativas das instituições
que os detentores de rendimentos mais particulares de solidariedade social (IPSS),
altos vejam reduzidos os seus níveis de das autarquias locais, dos governos regionais
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