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PALAVRAS DESENHADAS POR NÒS

Aqui irão encontrar um conjunto de textos originais


construídos pelos alunos do 3º e 4º ano das Escolas do 1º CEB,
do concelho de Condeixa-a-Nova, apresentados, pelos mesmos,
em Power Point, a turmas do pré-escolar, 1º ou 2º Ano que
construíram um livro para a história que visualizaram.
Este foi um projecto desenvolvido em conjunto pelos
professores do 1º CEB, do Agrupamento de Escolas de Condeixa-
a-Nova, envolvidos na Formação do Programa Nacional do Ensino
de Português (PNEP), do Ministério da Educação, com a
coordenação do Formador Residente do Agrupamento e que contou
com o apoio e cooperação da Câmara Municipal de Condeixa.
O grande objectivo deste projecto foi o de proporcionar aos
alunos a descoberta do prazer da escrita, com progressiva
autonomia, desenvolvendo actividades que lhe permitissem
reflectir sobre a linguagem escrita e, simultaneamente
promovessem a descoberta da riqueza da palavra escrita.
De uma forma activa de descoberta, os alunos tiveram
oportunidade de reflectir sobre os conhecimentos que foram
adquirindo e com progressiva autonomia superando as dificuldades
com que se deparavam, com espírito crítico e construtivo que não
puseram em causa a imagem positiva das tarefas escolares.
Como professores a nossa grande prioridade só pode ser a
de Ensinar com Prazer a Gostar de Aprender.
A Escola pode e deve ser um local onde se promove o bem
estar e a sabedoria. Aprender e querer saber mais é o caminho
para a felicidade e para o sucesso pessoal , escolar e social de
todos os nossos alunos.

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Escola do 1º CEB de Condeixa
4Nome: João Francisco Letras Ferreira
4º ano – Turma C
Ilustração retirada da brochura construída pela:
Turma do Jardim de Infância de Condeixa-a-Nova
Educadora …
Texto vencedor
O Milagre da Estrelícia

o tempo em que as bruxas andavam de vassoura pelos ares e


em que as fadas andavam de folha mágica, existiu uma fada chamada
Estrelícia. Era uma fada corajosa, inteligente e cintilante. Como todas as
outras fadas tinha uma varinha mágica, um
sininho e uma grande vontade de ajudar
quem precisasse.
A fada Estrelícia vivia numa gruta
mágica, numa floresta longínqua e
desconhecida, onde habitavam muitas
outras fadas e seres maravilhosos de um
mundo imaginário.
Um dia, a fada Estrelícia saiu em
passeio e deu por si a participar no sonho
de um menino. O Manuel sonhava e no seu sonho pedia à fada que
ajudasse o seu melhor amigo, curando-o da sua surdez. Na verdade, o que
o Manuel mais queria era que o seu amigo Lucas pudesse ouvi-lo a contar
histórias, ouvir os sons do mar e dos animais da floresta.
Mal terminou o sonho do Manuel, a
fadinha Estrelícia percebeu que tinha uma
missão para cumprir: preparar a poção
mágica que curasse o Lucas. Assim,
regressou à sua gruta e procurou nos
manuais das poções. Procurou, procurou,
mas nada encontrou... Pensou, pensou e
lembrou-se de um velho caderno de receitas
de poções que a sua avó-fada lhe deixara
antes de partir para a sua casa na aldeia
mágica. Foi procurá-lo no seu esconderijo
secreto e plim... lá estava a receita de que
precisava. Leu cuidadosamente a lista dos
ingredientes e, pelo meio, encontrou o nome de uma erva muito rara: a
“ouvidácea milagrosa”. Sem essa erva nada era possível, e por isso era
necessário ir buscá-la ao único lugar onde existia: a Lua.
Como a “ouvidácea milagrosa” só florescia duas vezes por ano (uma
no dia mais quente do ano e outra no mais frio) era preciso aproveitar o
Inverno e pôr as asinhas a caminho da Lua. Assim partiu a Estrelícia, na

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sua folha mágica, em busca do vale encantado da Lua. Voou dez dias e
dez noites sem nunca parar, até que, finalmente, chegou.
Era noite e o nevoeiro cerrado não permitia a busca. Era preciso
esperar que o dia nascesse para começar a
procurar. E a fada esperou.
Mal surgiram os primeiros raios de sol, a
Estrelícia iniciou a sua missão. Era preciso olhar
atentamente para o solo e encontrar a “
ouvidácea milagrosa “.
O tempo foi passando mas nada
acontecia. A fada estava cansada mas sabia que
não podia desistir pois o sonho do Manuel tinha
uma força muito especial. Tinha a força de fazer
acontecer um milagre e isso bastava à fada para
continuar. De repente, olhou e viu uma flor. Voltou a olhar e lá estava ela.
Era a planta que procurava.
Quando se preparava para a retirar do solo ouviu um barulho
enorme. Virou a cabeça e viu um gigante
assustador; era o “ Guardião das Neves”. Já
tinha ouvido falar dele e não tinha sido
pelas melhores razões. Alguém lhe tinha
contado que o “ Guardião das Neves” era o
responsável pela guarda de todas as plantas
raras e que, quando alguém tentava levar
alguma delas, o “ Guardião das Neves”
ficava furioso e atacava. Era preciso agir
depressa. A fadinha Estrelícia pensou
rapidamente. Foi então que se lembrou que
não tinha trazido a sua varinha, o que podia
ser um enorme problema...
Estava ela a pensar em tudo isto quando, de repente, sentiu sobre
as suas asas a mão gigantesca do “Guardião das Neves”. Estava tudo
perdido. Assim, nunca conseguiria tornar o sonho do Manuel uma
realidade.
Que triste ficou a Estrelícia!
Foi então que, como por magia, surgiu por trás do gigante guardião
um pequeno robô brilhante e sorridente. A fada nem queria acreditar no
que estava a ver. Teria o robô vindo ajudá-la? Era preciso esperar para
ver...
Felizmente, não foi preciso esperar muito, pois, em poucos
segundos, o robô mostrou porque estava ali. Também ele tinha estado no
sonho do Manuel e sabia da viagem da Estrelícia à Lua. Sabia que o que o
Manuel mais queria era ver o seu amigo Lucas curado. Sabia que isso só
seria possível se a Estrelícia conseguisse levar a “ ouvidácea milagrosa”
consigo para preparar a poção. Enfim, tinha vindo também em missão... E
que missão!
Agora tinha de libertar a pequena fada e, para isso, tinha de acertar na
mão do “ Guardião das Neves” com o seu laser. Fez pontaria e pum...
Acertou à primeira. A fada Estrelícia libertou-se rapidamente, pegou na
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sua plantinha e voou em direcção à sua gruta. Foram mais dez dias e dez
noites de viagem.
Já na gruta, fez o que tinha que ser feito. Preparou a poção mágica.
Porém, quando estava quase pronta, notou que alguma coisa não estava
bem. Ah! Afinal faltava ainda um ingrediente; faltava o “carinho” especial
do Manuel. Esse, contudo, era fácil de conseguir. Lá foi a nossa fadinha,
novamente, a casa do Manuel. Entrou no seu sonho e levou uma pequena
quantidade de “carinho”. Depois, foi juntá-la
à sua poção e pronto. Estava na hora. Voou
para casa do Lucas, entrou no seu quarto e
colocou duas gotinhas da poção mágica
sobre cada ouvido do menino. Depois,
escondeu-se atrás de uma cortina e
aguardou que ele acordasse.
Pela manhã, o Lucas abriu os olhos e, mal o fez, a fadinha deu conta.
Vinha fazer o teste final: tocar o seu sininho de fada e ver a reacção do
Lucas. Assim foi. Mal tocou o sininho, o Lucas virou a cabeça e sorriu. O
milagre tinha acontecido. Era o milagre da Estrelícia que, entretanto feliz e
sorridente voou ligeira pelos ares, pensando “Vamos embora que amanhã
há mais aventuras e sonhos para realizar!”.

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Escola de Eira Pedrinha
Texto de:
André Matias Bernardes e Gonçalo Ramos
Ilustração: retirada da Brochura construída pela.
Turma do Jardim de Infância da Eira Pedrinha

“ A AVENTURA DO GATO FEITICEIRO”

No tempo em que as bruxas andavam


de vassoura, existia um gato muito
especial, diferente dos outros. Era cor-
de-laranja, com riscas pretas, usava
um chapéu preto e bicudo, como o
das bruxas !… Afinal, ele era
um feiticeiro!
Um dia, olhou para o espelho e viu
que tinha o focinho cheio de pintas
roxas, assustado exclamou:
- Ai credo, estou doente!
Imediatamente, foi consultar um livro
antigo de doenças raras que estava
num velho armário. Descobriu que
tinha “ Racanda”. Doença só curável
com um medicamento feito com uma
erva raríssima que só se encontrava
na Lua. Então, ele decidiu ir à lua!… Como era feiticeiro só precisou de
piscar os olhos três vezes e chegou lá imediatamente. – Assim como por
magia!…
Já na lua, o gato feiticeiro começou a procurar a erva que cura a
“Racanda”. A certa altura, foi surpreendido por um Pirata que estava a 4
metros de distância de si.
Era gordo, trazia com ele uma espada, vestia uma camisola amarela,
calças de ganga, usava também uma pala no olho esquerdo e ainda um
gancho de ferro na mão direita
O pirata, com cara de poucos amigos, só o deixava passar, por ali,
se ele lhe ganhasse numa partida de um jogo de xadrez.
Foi buscar o tabuleiro e as respectivas peças do jogo, umas verdes e
outras vermelhas. Fizeram uma aposta. Se o gato perdesse ficaria para
sempre refém do pirata , na lua. Se o gato ganhasse o pirta teria de o
acompanhar e ajudá-lo na sua busca. Começaram a jogar.
Ao fim de algum tempo, o gato acabou por ganhar. O pirata vencido fez
as malas e preparou-se para a viagem. Juntos, iriam dar a volta à lua até
encontrarem a erva que curava a Racanda..
Pelo caminho, encontraram uma mulher-polícia e foram ao seu
encontro.
Era alta, tinha o cabelo comprido e usava uma farda de polícia.
Tinha aspecto simpático, tal como as polícias do seu planeta Terra.

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Ao princípio a mulher-polícia achou-os com mau aspecto. Mas,
passado algum tempo, mudou de opinião e conversaram bastante. Até
que o gato, já mais confiante, lhe perguntou:
- Sabes onde estará a erva que cura a “Racanda”?
- Não. Mas posso-vos ajudar na vossa busca. – respondeu a mulher-
polícia com um grande sorriso.
Agora, os três juntos continuaram a viagem.
Os três amigos, começaram então, a pensar na melhor maneira de
convencer os estranhos bicharocos a deixarem-nos apanhar um pequeno
arranque daquela planta, tão bem guardada. Até lhes disseram que era
por uma boa causa (curar o gato feiticeiro).
De repente, o gato feiticeiro viu uma cratera gigante e exclamou,
olhando para a cratera:
- Olhem que buraco enorme!... Vejam, estão ali ao fundo uns bichos
tão estranhos…
-… São verdes, com pintas vermelhas! – Disse também o pirata.
- Boa…são esses!… São os bichinhos guardiões da erva
“Antirrancandácea”. – Acrescentou ainda a mulher-polícia.

Finalmente foram convencidos e, os bicharocos, acabaram por lhes dar um


pequeno ramo da Arrancandácea.
Os três companheiros agradeceram-lhes e despediram-se.

O gato não perdeu mais tempo. Piscou os olhos


novamente e por magia os três amigos voltaram
ao Planeta Terra e chegaram ao seu castelo.

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O gato feiticeiro preparou todos os ingredientes, fez o
medicamentos, bebeu-o e, nesse mesmo instante, curou-se. Como o Pirata
e a Mulher-Polícia não tinham casa para morar ficaram a viver com o gato,
no seu enorme castelo. Nunca mais se separaram e os três ficaram
amigos para sempre.
E oxalá que tudo lhes corra bem e a nós também.

FIM

Escola 1º CEB de Sebal


Texto de: Magda Mendes; Daniela Simões; Raquel Melo
Ilustração retirada da Brochura construída pela:
Turma do 1º e 2º Ano

A casa assombrada

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No tempo em que os animais falavam, andava eu a passear numa
praia que ficava lá para os lados da Costa do Pacífico, quando de repente
vi uma casa, muito velha e muito feia que mais me pareceu uma casa
assombrada.
Aproximei-me, fui espreitar e sem querer cai
numa armadilha muito funda e escura cheia de
conchas e algas peganhosas.
Andei um pouco e quando dei por mim
estava num labirinto que me levou até a um buraco
misterioso iluminado por caveiras.
Assustado que estava com tudo aquilo que via,
nem dei conta que tinha ficado preso, numa alga
peganhosa. Mesmo assim, ainda tentei sair por
uma porta velha e podre mas não consegui.
Fiquei aflito! Tentei levá-la para junto da
água. Mas, ela era muito pesada e eu um pouco
pequeno demais para tal proeza. Mas, não desisti.
Até que depois de várias tentativas os resultados
continuavam a não ser os desejados…
Continuávamos os dois presos naquele buraco
misterioso e assustador...
Foi, então, que apareceu um dragão. Era
enorme, de olhos brilhantes, mas, por incrível que
possa parecer, até tinha um aspecto simpático.
Quando nos viu, a mim e à sereia que já quase
estava sem forças, percebeu que algo de grave se
passava.
Não tive outra hipótese. Apesar de assustado pedi
– lhe ajuda. Então, para espanto ainda maior, o
dragão, pegou na sereia e levou-a rapidamente
para as águas do oceano colorido, onde viviam
milhares de peixes de milhares de cores.
A sereia mergulhou e nós deixámos de a ver.
Passou algum tempo…
…Ficámos, os dois a olhar o mar … Eu e o
dragão, ali naquela casa assombrada à espera de
termos algum sinal daquela sereia que tinha
arriscado a sua própria vida para me salvar.
Foi, então, que ela de novo apareceu. Estava linda e muito feliz!
Aproximou-se de nós e agradeceu ao Dragão…

Sorriu para mim e eu aproveitei o momento para lhe agradecer. Depois,


voltou a mergulhar e voltei a perdê-la de vista, no azul profundo do
oceano imenso.

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A partir desse momento não sabemos mais nada…
Mas, oxalá que tudo lhe corra bem e a nós também…

Escola do 1º CEB de Condeixa


Texto colectivo
4ºD
A FORÇA DO AMOR

No tempo das fadas…. havia uma menina chamada Maria Esperança


que vivia numa floresta encantada numa casa abandonada, sem o amor
dos seus pais. Pois, há muito tempo atrás tinha surgido na terra um
estranho mal que fez com que as
pessoas deixassem de sentir amor
morrendo aos poucos dominados pela
tristeza.
Um dia ela resolveu partir em
busca de alguém que como ela ainda
sentisse algum amor no coração. Depois, de
caminhar durante muitos dias e muitas
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noites ela chegou a uma floresta onde encontrou uma casa velha e
abandonada. Estava tão cansada que nem hesitou. Entrou, na velha casa,
e aí mesmo se aconchegou e descansou e ficou.
Passou algum tempo e um certo dia, quando se preparava para
dormir sentiu algo muito parecido com o bater do seu coração. Levantou-
se de mansinho e seguiu o som desse batimento.
Foi, então que se deparou com uma fada que lhe disse:
- Por favor ajuda-me sinto-me tão doente…
- Mas como?! Diz-me o que precisas…Pois, não quero que tu
morras…És a única pessoa que
encontrei …há muito tempo que não
via niguém… Mas, não sei como fazer
para te ajudar….
- Eu sei … Só tens de me de me
abraçar e aconchegar para eu
recuperar as forças …
A menina, embora muito frágil
estendeu-lhe a mão e deu-lhe um
pouco do amor que ainda guardava no
seu coração.
- Obrigada! Já me sinto bem melhor…Agora sei que irei conseguir o
que eu quero!...
Então, num repentino solavanco a fada ergueu-se e lançou um pó
mágico. Pegou na menina e imediatamente se abriu um portal translúcido
por onde as duas passaram.
Assim, que atravessaram o portal a menina olhou em volta,
arrepiou-se e disse:
- Aqui está tão escuro… É tão frio … Tens a certeza que não te
enganaste no caminho?
- Não. Eu não me enganei, não. Tenho até a certeza. Era mesmo
aqui que eu te queria trazer já há muito
tempo…
E, dizendo isto soltou umas
estranhas gargalhadas:
- É que tu ainda não sabes, mas…
Eu não sou quem tu pensas…. – disse a
fada.
A menina ficou tão surpreendida e
assustada que caiu desmaiada. Nesse
mesmo instante a fada transformou-se
num enorme Pirata de mau aspecto, com
uma perna de pau e uma mão de ferro.
- Mas, eu sei bem quem tu és…. –
disse o pirata – E desta vez não me vais escapar. Finalmente, vou
conseguir roubar o teu coração e todo o teu amor. Tal, como fiz a todas as
outras pessoas do teu planeta, incluindo os teus pais. Só me escapaste
tu…
A menina, ainda muito assustada e frágil balbuciou:

Palavras Desenhadas Por Nós. Página 10


- Então, foste tu o culpado da tristeza que invadiu a terra e destruiu
os meus pais?!... – disse a menina.
Mesmo assim, o pirata malvado e insensível de uma frieza cruel
avançou com a sua forte e fria mão de ferro directo ao coração da pobre
menina.
Foi, quando de repente, sem se perceber bem de onde, apareceu uma
mulher vestida de polícia.
Esta mulher era, tão somente, a mãe da menina que também tinha
sobrevivido à tristeza de ter perdido o seu amor, na esperança de
reencontrar a sua querida filha.
Assim, no momento em que o pirata insensível se preparava para
retirar o coração da menina, a
mulher envolveu-o com uma
corrente especial feita com a sua
força, a sua esperança e o amor
pela sua filha.
Finalmente, ela tinha
conseguido anular o poder maléfico
do pirata malvado, e devolver de
novo ao Planeta Terra o amor
verdadeiro que vence toda e
qualquer tristeza.
Meu dito meu feito este conto
saiu perfe

Escola do 1º CEB de Avenal


Texto de :
Rafael santos; Raquel Lucas; Renato Craveiro
-3ºAno
Ilustração retirada da brochura construída pela:
Turma do 1º Ano

A missão do Pai NataL

No tempo das fadas, há muito, muito tempo estava o Pai Natal, na sua alta
torre, a ler as cartas que os meninos de todo o mundo lhe enviavam
quando, no meio de todas elas, encontrou uma que dizia:
-Querido Pai Natal, eu queria pedir-te a receita da felicidade para a poder
espalhar por todo o mundo.

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- Querido Pai Natal, eu queria pedir-te a receita da felicidade para a poder
espalhar por todo o mundo.
Mal a acabou de ler, o Pai Natal não perdeu mais tempo. Foi perguntar à
sua amiga Fada dos Desejos, que vivia no Bosque da Magia, onde é que
poderia encontrar a receita da felicidade.
A fada foi pesquisar nos seus livros de receitas e leu:
“A receita da felicidade encontra-se na Lua”.
Como todos sabemos, o Pai Natal jamais deixa de satisfazer o pedido de
uma criança, por mais difícil que seja. Por isso, chamou os seus duendes e
pediu-lhes para prepararem as suas renas, pois iriam fazer uma longa
viagem, até à Lua.
Já iam a meio do caminho, quando lhes apareceu, vindo não se sabe bem
de onde, um enorme dragão. Era o “Monstro do Espaço”. Um dragão que
detestava a felicidade e que, por isso, destruía todos aqueles que a
procuravam. Ele estava pronto para tornar impossível aquela viagem,
até à Lua. Tudo faria para impedir o Pai Natal e as suas renas, de
continuarem à procura da Felicidade.
Travaram uma luta infernal. As renas ficaram muito cansadas e o Pai Natal
já estava quase a desistir. De repente, apareceu um OVNI e do seu interior
saiu um enorme exército de ET’s que começaram a lutar contra o dragão
das três cabeças. Assim, graças às suas forças e armas especiais, eles
conseguiram afastar do caminho do Pai Natal, tamanha e assustadora
criatura.
Ele nem sabia bem como lhes havia de agradecer. Mas, concedeu
um pedido a cada um deles e continuou o seu caminho.
Mal chegou à Lua, usou os seus poderes mágicos e contactou a sua amiga
fada para lhe perguntar onde é que a receita da felicidade poderia estar
escondida. Ela disse-lhe que a procurasse quarenta passos à frente da
maior cratera que visse. O Pai Natal seguiu a orientação da fada e
encontrou um baú velho onde estava, muito bem guardada, a receita que
ele procurava.
Cheio de felicidade, o Pai Natal regressou, rapidamente, à sua torre.
Embrulhou o presente, com muito cuidado e, sem esperar pelo Natal, foi
entregá-lo à criança para que ela realizasse o seu desejo de tornar o
mundo mais feliz.
Muito devagarinho pousou o presente junto da almofada do menino e
pensou:
- Agora, vamos embora que amanhã há mais…

Escola do 1º CEB de Condeixa


Texto de :
Mariana da Costa Coutinho
Ilustração retirada da brochura construída pela:
Turma do Jardim de Infância de Condeixa-a-Nova
Educadora Isabel Ipólito

Como num Conto de Fadas…

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No tempo em que os animais falavam, em que as guerras eram
frequentes, em que as pessoas viviam assustadas, um pequeno rapaz
nasceu. Até aqui nada de especial, parece-me… Mas, este rapaz veio a
tornar-se um grande cavaleiro, coragem e valentia corriam-lhe nas veias,
o seu nome andava de boca-em-boca sem destino conhecido…
Por tudo isto e por muito mais, o rei convidou-o a viver com ele no
Castelo da zona, zona esta denominada Planeta do Amor. O cavaleiro teria
de prestar protecção ao rei…
Tudo correu como planeado durante cinco anos, só que ao fim do
sexto ano, uma tragédia abalou o nobre cavaleiro porque seu pai havia
sido raptado por um perigoso ladrão.
Não pensou em mais nada, foi logo pedir autorização a sua grande
majestade para lhe conceder uma breve ausência do Castelo para salvar
seu pai. Embora que com muitos louvores e elogios lhe pedisse o rei
negou esse pedido.
Não havia solução, mas pensando bem… porque não tirar partido
das suas qualidades como cavaleiro e tentar escapar do Castelo, sem o rei
ter conhecimento? Uma excelente solução! Mas a Fortaleza era muito bem
guardada, bastantes lendas corriam por aí acerca da protecção desta
construção medieval, coisas tais como Cães de Sete Cabeças, Dragões,
Ogres… Entre outras coisas fofinhas!…Mas, nada melhor que tentar. Numa
noite, em que a escuridão assombrava o Castelo, o cavaleiro saiu em pés
de veludo dos seus aposentos e dirigiu-se para a porta do “Palácio”.
Enquanto vinha a descer as escadas, que davam acesso ao corredor de
saída aparece-lhe um cão pela frente, mas logo ele reparou que era um
caniche… Até lhe saltou por cima!
Continuou o seu caminho até ao grande portão sem mais nada a
relatar. Saiu do Castelo e lá fora encontrou uma mulher de farda, pronto
estava tudo estragado! Mas não. Ela, logo se identificou, dizendo-se
mulher-polícia, esta tinha vindo para o auxiliar nas buscas a seu pai.
Partiram e as dificuldades que passaram não foram poucas… a comida
viste-la, a água igualmente e a vontade também já não era muita. Mas o
cavaleiro, fazia tudo para salvar o seu criador.
Finalmente chegaram a um armazém onde estaria o seu pai. O
Cavaleiro pediu à mulher - policia para entrar sozinho e para ela aparecer
apenas quando chamada.
O cavaleiro dirigiu-se para o armazém e entrou. O seu espanto foi
total ao ver o seu pai e o ladrão sentados numa mesa a jogarem às cartas!
Correu para lá e espetou um valente soco no ladrão.
O que ouviu do seu pai foi reconfortante:
- Ainda bem que chegaste, sabes, estava a perder!
Era o sinal de que ele precisava, o seu pai estava bem!
E oxalá que tudo lhes corra bem e a nós também.

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Escola do 1º CEB de Venda da Luisa
Texto de :
Turma 3º 3 4º ano
Ilustração retirada da brochura construída pela:
Turma do Jardim de Infância de Venda da Luisa

O Leão Tico

Numa época distante em que as bruxas andavam de vassoura, havia


um Leão chamado Tico que, em tempos, tinha sido um belo cavaleiro, de
nome Lancelot, daqueles cavaleiros de barba rija, valentes e sempre
preparados para uma boa briga… Mas um dia, um bruxa má seduziu-o,
transformou-o num leão e condenou-o a viver como animal de estimação

Palavras Desenhadas Por Nós. Página 14


de um cientista maluco. Bem, talvez fosse mais uma cobaia nas mãos de
tão louco personagem. O cientista tinha um aspecto alucinado e andava
sempre a realizar experiências. Havia quem dissesse que nunca o tinha
visto dormir…
O Tico tinha um rosto sereno, pêlo brilhante, os olhos verdes, o nariz
pequeno e um sorriso brincalhão. Vivia num castelo, feito de pedra,
guardado por um dragão, num planeta chamado Tristurno. Era um planeta
muito grande e longe do Sol. Por isso, fazia muito frio e tudo era muito
sombrio e triste.
O cientista, de nome Meltim, era muitas vezes confundido com um
louco, pelas suas previsões do futuro e pelas suas estranhas invenções.
Um dia, decidiu acabar com o frio e enviou o Tico numa missão ultra-
secreta: ir buscar alguns raios de Sol num outro planeta da galáxia.
Construiu um foguetão, cheio de luz, para que o Tico partisse para o
espaço à procura de um planeta cheio de sol. Lá foi o Tico, um pouco
amedrontado, pois nunca tinha andado de foguetão, e depois de muito
tempo de viagem pelo espaço aterrou num lindo planeta azul, cheio de
raios de sol, montanhas, prados verdejantes e água… muita água…
Poisou numa ilha no meio do mar. Uma ilha muito bonita cheia de
luz e calor. Era a Ilha do Imperador, conhecida por aparecer apenas para
alguém que fosse um pirata de corpo e alma ou viajante do espaço.
Agarrou numa máquina, um raiómetro, que o cientista tinha
inventado, e começou a apanhar raios de sol. A certa altura, viu-se
cercado por muitos piratas. Um deles segurava um mapa. Era um mapa de
um tesouro que estava escondido naquela ilha: um baú de moedas de
ouro, fios e colares preciosos.
O capitão dos piratas era conhecido por Barba Negra, tinha fama
pela sua crueldade, pois metia tanto medo, que todos desistiam de lutar
assim que o vissem ou que avistassem a sua bandeira. E mais! Até a sua
tripulação o temia!!! Tinha uma aparência aterrorizadora, pois levava
sempre um archote aceso (usado para disparar canhões) debaixo do
chapéu para a batalha. Transportava normalmente, dois cintos de armas,
cada um com três coldres de pistola. A sua bandeira simbolizava o diabo
com um arpão na mão esquerda apontando para o coração, enquanto
segurava uma ampulheta com a mão direita. Este desenho indicava que
quem seria abordado tinha o tempo contado e que se não quisesse morrer
que se entregasse.
O Tico começou a lutar com todas as suas forças. E ao tocar numa
espada de um dos piratas, como que por magia, transformou-se
novamente no cavaleiro que tinha sido. O feitiço tinha chegado ao fim.
Mas a magia ainda não tinha acabado, ao longe algo se aproximava
rapidamente. Era um cavalo, não um cavalo qualquer, mas o Alazão, o
cavalo preto do cavaleiro, de excepcional agilidade, grande coragem e
inconfundível. O Alazão era um cavalo alado, tinha asas e voava.
Os piratas assustaram-se. Julgaram tratar-se de um druida com
poderes infinitos. Tinham ouvido falar de alguém assim, um mago das
profundezas do oceano que tinha um cavalo negro e acreditavam que ele
podia arrastar barcos com tudo que havia dentro para o seu mundo

Palavras Desenhadas Por Nós. Página 15


submarino. Por isso, os piratas fugiram o mais depressa possível daquela
ilha, para nunca mais voltarem.
Lancelot voltou ao seu planeta. Agora é um planeta brilhante, talvez
o mais brilhante da Galáxia e está cada vez mais parecido com o tal
Planeta Azul, que chamam de Terra.
Lancelot encontrou a felicidade casando com a princesa Kaina que,
durante estes anos todos, não se tinha cansado de esperar pelo seu
cavaleiro.
O cientista, esse continua a fazer experiências e adivinhem o que é
que ele inventou?
- Um chapéu duplo, para cobra de duas cabeças!!!

Texto de:
Ana Beatriz e Tiago André,
4º Ano
Ilustração retirada da Brochura construída pela:
Turma do 1º ano

Palavras Desenhadas Por Nós. Página 16


Há muitos, muitos anos, um lobo mau, farto da vida na Terra,
resolveu ir para Marte, um planeta muito distante do nosso.
Passados cinco dias e quatro noites, o lobo mau chega por fim ao
planeta Marte. Logo que a sua nave pousou em terras marcianas, ouviu
uma mulher gritar:
- Socorro! Socorro!…Agarrem que é ladrão!...
O lobo ao ouvir aquilo, entrou logo em
acção. Começou a correr muito rápido e
conseguiu morder uma perna do ladrão.
Os seguranças ao princípio pensaram
que ele ia atacar a mulher, mas, quando o
viram a correr em direcção ao ladrão já não
se preocuparam. Antes pelo contrário…Pois,
no final, até o recompensaram por tamanho
acto de coragem.
Passado algum tempo, o lobo voltou
para a Terra porque já tinha saudades.
Já na Terra, resolveu viajar em busca
de aventuras. Foi nesta viagem que certo dia
quando explorava um bosque, encontrou
uma casa grande e amarela na berma de um
caminho por onde quase ninguém passava.
Nem ele sabe bem porquê, resolveu
bater à porta:
-Truz! Truz!
E uma voz perguntou:
-Quem é?
-É o lobo mau.
-O lobo mau do Capuchinho Vermelho?
-Digamos que sim. Pode abrir-me a porta, por favor?
-Sim, é claro que sim!
O dono daquela casa abriu a porta e quando o lobo o viu ficou
estático, como uma estátua. É que o dono daquela casa era um lobo
igualzinho a ele. Então ambos se reconheceram:
-Filho!
-Pai!
Então abraçaram-se e ficaram muito felizes!

Palavras Desenhadas Por Nós. Página 17


Certo dia, o lobo mau disse ao pai:
-Pai, hoje vou dar uma volta pela floresta.
-Sim, está bem... Mas, não te demores para o jantar.
A meio do caminho, por entre árvores e arbustos, viu algo que lhe
pareceu muito estranho. Curioso, como era, decidiu aproximar-se.
Foi quando deu de focinho com uma nave espacial. Inacreditável!
Como sempre decidiu aproximar-se ainda mais…De repente, há sua frente
estava um ET Marciano (um Extraterrestre, claro!) verde que tinha
conhecido há uns tempos atrás aquando da sua estadia em Marte.
Olharam
um para o
outro e

imediatamente correram um para o outro e abraçaram-se. Estiveram


muito tempo a contar as suas aventuras e a brincar
Só que a noite chegou e o lobo teve de regressar a casa. Então,
convidou o seu amigo ET Marciano a ir com ele para casa jantar com o seu
pai que estava à sua espera.
Ia tão feliz que mal entrou em casa o Lobo Mau disse:
-Olha pai, trouxe o meu amigo ET Marciano para jantar!.

O pai que estava em frente ao fogão, voltou-se para os ir receber e


quando deu com os olhos no ET ficou estático, a gaguejar e balbuciou:

Palavras Desenhadas Por Nós. Página 18


- Lobo Mau, mas isso é um ET!...
- Sim Pai. Conheci-o quando fui a Marte. É o meu melhor Amigo!
- Então, se é teu amigo é meu amigo também. Sê bem-vindo à nossa
humilde casa.
Assim, ficaram o resto da noite e de muitos outros dias a conversar.
Finalmente, o lobo sentia-se em casa. Já não sentia necessidade de
continuar a vaguear à procura de aventuras
Vitória, vitória, acabou a história

Escola do 1º CEB de Anobra


3º/4ºAno
Ilustração retirada da Brochura construída pela
Turma do 1º e 2º ano
Palavras Desenhadas Por Nós. Página 19
O lobo e o mágico da escritolândia

Vamos contar uma história com bichos mas que não é sobre os
bichos, mas sobre a persistência e a vontade de aprender…
Numa torre de um velho e grande castelo, tão alta como a Torre de
Pisa, abandonada há muito tempo e rodeada por uma grande e longa hera
que cobria as imperfeições próprias de um edifício muito antigo, vivia o
Lobo com a sua família.
Era uma alcateia com sete lobos ao todo, contando com a pequena
loba Laçobita que havia sido adoptada, depois, de aparecer por ali, num
belo dia de sol, após uma longa noite de tempestade.
Laçobita perdera a fala e, por isso, ninguém sabia o que lhe tinha
acontecido e como viera ali parar…Pouco importava, para o Grande Lobo,
a história de Laçobita, pois amava-a como se de um dos outros Filhos seus
se tratasse.
Tratemos de apresentar esta família para passar à nossa história. A
mãe Loba que se ocupava da casa e das crianças. Sempre que podia fazia
um bolo especial para conseguir agradar à família. Os seus filhos tinham
de comer bem. Mas, de quando em vez mereciam uma guloseima.
Eram uma família feliz!
O Lobo era, normalmente um animal muito ocupado. Mas não se
importava com isso. Pois, a sua actividade profissional dava-lhe força e
agilidade. Não era por acaso que se mantinha em forma, apesar da sua
idade! Até costumava dizer:
“Se queres viver com alegria levanta-te ao nascer dia!
Só que agora ele também queria voltar à escola!”
Houve, então uma Quarta- feira em que acordou com uma vontade
Muito especial… Queria aprender Matemática! Pois, tinha sonhado que
ainda andava na escola!
Ouvira falar das Novas Oportunidades e, apesar de se achar um
“burro velho” queria saber se realmente era burro ou se seria só velho!
Falou com a família e disse que queria voltar para a escola!!!
Se bem pensou, assim fez! Reuniu toda a papelada e foi fazer a sua
matrícula.
Maravilha! Afinal, encontrou por lá muitos dos seus amigos! E, já não
os via há tanto tempo!... Papagaio Gaio Gaio, Ratito Tito, Leão Melão,
Cabrita, Galinha, Tartaruga e outros, cujos nomes não lembrava, mas que
reconhecera pelo focinho!
Voltar a estudar, não foi fácil!
As aulas decorriam com normalidade, mas os exames estavam a
chegar e precisava de Estudar.
Lembrou-se que o mágico Franklin, um conhecido de longa data,
tinha fama de saber tudo e mais alguma coisa. O teste de matemática e
as contas estavam a preocupá-lo!
Além disso, também tinha o “hábito de trocar os vês pelos fês” e
então, em vez de vaca escrevia faca, em vez de vila – fila, e assim umas
atrás das outras…

Palavras Desenhadas Por Nós. Página 20


Não é que o exame de matemática fosse a coisa mais importante do
mundo!... Mas, como poderia ele acabar a sua torre se não soubesse
contar tijolos? Como poderia saber a distância entre a sua casa e a
floresta se não sabia medir? Como poderia comer os três porquinhos se
não sabia contar?!...

Ficou muito aflito, cheio de ansiedade e medo de não conseguir tirar as


suas dúvidas. Não queria acreditar que ainda não era desta que acabaria
a escola. Uivou tão alto que se ouvira bem longe no outro lado da floresta.
O nosso Lobo, temendo ser “burro velho” avisou em casa que iria
partir em viagem, precisava encontrar o velho e sábio mágico.
Pegou na sua trouxa e lá foi ele. Andou por vários caminhos, seguiu
pela margem de um rio e chegou à floresta onde morava o velho mágico.
Mal se aproximou da porta de entrada já ela se encontrava aberta e ouviu;
Ainda bem que chegaste. Já estava à tua espera. Entra pousa a
trouxa e vamos começar. Pois, não temos tempo a perder.
Durante alguns dias o lobo começou a ler pela voz do mágico,
muitas e bonitas histórias, depois começou ele a ler para o mágico e
aprendeu a escrever o seu nome e muitas outras palavras, tantas que
quantas mais aprendia mais gostava de aprender.
Até que chegou ao dia em que o mágico lhe disse:
Tudo o que havia a fazer está feito! Agora, tudo depende de ti e da
tua vontade…Vai e não tenhas medo!…Pois, tudo o que não sabemos nos
parece muito difícil mas o segredo é querer aprender e não desistirmos
perante as dificuldades. Alguns erros que possas cometer são próprios de
quem está aprender…
Mas, nunca te esqueças que saber não ocupa lugar e a
aprendizagem dura sempre uma vida inteira…
- Boa Sorte!
O lobo partiu. Já não tinha mais medo…Sentia-se um animal
diferente mais confiante e seguro das suas
capacidades. A partir de agora não iria mais desistir da
escola e haveria de ter uma formação superior e melhorar a sua vida e a
da sua família…
O tempo passou. O lobo fez os exames, tirou uma boa
nota e deu mais um bom exemplo à sua família,
principalmente aos seus filhos com quem passava algum tempo a estudar.
Mas, a partir daí não sabemos mais nada da sua vida…
Mas oxalá que tudo lhe corra bem e a nós também-.

Escola do 1º CEB de Ega


Texto de :

Palavras Desenhadas Por Nós. Página 21


Turma 3º e 4º ano
Ilustração retirada da brochura construída pela:
Turma do 1º Ano

O Ninho Misterioso

Naquela tarde de Primavera, aquela serpente verde sarapintada


procurava, por toda a mata, um lugar sossegado para pôr os seus ovos.
Foi então que, por detrás de uma enorme
pedra, junto a um pinheiro, encontrou uma
bela toca. Entrou no buraco, ajeitou a terra e,
aí mesmo, pôs os seus ovos, enroscando-se
para os aquecer.
Quando chegou a noite, decidiu ir à procura
de alimento. Foi quando, aproveitando a sua
ausência, uma raposa matreira se aproximou
do ninho e, dos ovos da serpente, fez um
óptimo jantar. Só faltava um quando
pressentiu a aproximação da serpente e
desatou a correr dali.
Quando a serpente chegou ao seu ninho, não
gostou nada do que viu…No lugar, onde tinha
deixado os seus ovos, apenas restava um.
Não gostou nada do que lhe tinha acontecido. Imediatamente
decidiu, sem hesitar, procurar outro lugar, mais sossegado onde poderia
esperar que, do seu único ovo, nascesse o seu filhote.
Ali perto, do outro lado do muro, havia uma grande quinta, onde o
dono tinha construído uma choupana para secar e guardar a palha para os
animais, durante o resto do ano. Foi aí que a nossa serpente pensou que
seria o sítio ideal para chocar o seu ovo. Escolheu um local bem acolhedor
no meio daquela palha fofinha e, finalmente, pôs-se a descansar tranquila
sem a preocupação de que lhe voltassem a assaltar o ninho.
No dia seguinte, foi dar uma volta por ali perto, para conhecer
melhor o lugar onde os seus filhotes
iriam crescer.
Entretanto, por ali andava uma
tartaruga assarapantada que tinha
perdido o norte. Isto é, tinha saído do
lago do seu jardim e andava à procura
do seu ninho para deixar o seu último
ovo. Andava tão aflita e deu tantas
voltas que foi parar ao ninho onde
estava ao ovo da serpente e foi mesmo
ali que o deixou.
Pelo céu, lá no alto, andava uma águia que, de repente, deixou cair um
ovo que levava nas suas garras e que foi aterrar precisamente no ninho
que tinha sido preparado para a serpente.

Palavras Desenhadas Por Nós. Página 22


Naquela quinta, também haviam gansos
que se pavoneavam (como se fossem pavões!)
de um lado para o outro. Foi num destes
passeios que uma gansa encontrou aquele
ninho e lá deixou também um ovo.
Junto daquela choupana, havia um
carvalho de tronco castanho
por onde andava uma
camelão (castanho) à
procura de um lugar para guardar os seus ovos. Foi,
então que decidiu ficar verde e atravessar aquele
bocado de relva (verde) que cobria o chão até chegar à
palha sequinha e amarela que seria o sítio ideal para
deixar os seus. Se melhor o pensou melhor o fez, ficou
amarelo e finalmente deixou o seu ovo na palha
quentinha onde já estavam também os outros.
Entretanto, a serpente já estava de regresso ao seu ninho para aí
poder descansar e esperar que o tempo passasse até que nascessem os
seus filhotes. Foi então, que se deparou com o seu ninho cheio de ovos.
Até pensou que quem lhos tinha tirado, lhos tivesse devolvido novamente.
O tempo passou e finalmente o primeiro…. Crac, crac, crac, estalou
o primeiro ovo e da lá saiu uma pequenina e verde tartaruga:
- Ssssssss, mas que filho,
Estarei eu maluca
Em vez duma serpente
Saiu-me uma tartaruga.
Ainda, meio atordada começou de novo a ouvir Crac, crac…. E desta
vez….
- Ssssssss, mas que filho
Até me cai uma lágrima
Em vez duma serpente
Saiu-me uma águia
Não estava ainda recomposta desta,
quando estalou o terceiro ovo.
- Ssssss, mas que filho
Este é tão ….
Em vez duma serpente
É um camaleão…
Já não sabia o que pensar de tanta surpresa
junta, o que lhe faltaria ainda nascer? Não tardou
muito até que outro ovo também começasse a
estalar e, de dentro dele, saiu um ganso.
- Sssssssssssss, mas que filho
Não deve ser manso
Em vez duma serpente
Agora é um ganso.
Ai, ai, ai pobre serpente! Só faltava um,
seria desta que nasceria um filhote serpente?
Crac, crac, crac….

Palavras Desenhadas Por Nós. Página 23


- Ssssss, mais um rico filho
Estou tão contente
Este, finalmente,
É uma serpente!
O tempo passou, os filhotes cresceram e a serpente vivia num
constante desassossego.
A tartaruga fugia para o lago e ela não sabia nadar.
A águia levantava voo e perdia-se pelos ares fora.
O camaleão, ora verde, ora castanho, ora amarelo… perdia-lhe o
rasto a todo o instante.
O ganso, grasnava a todo momento
sempre a arranjar confusão…
Só a serpente lhe facilitava a vida
porque, naturalmente, se comportava como
uma serpente.
Um certo dia, quando ela andava nesta
azáfama de tentar perceber se todos os
seus filhos estavam bem, afastou-se e
deixou a pequena serpente para trás, junto
ao lago, onde estava a tartaruga. De repente aproximou-se um homem
que mal reparou na pequena serpente agarrou num pau para lhe bater.
O camaleão que andava por ali perto, imediatamente se aproximou
e, todo empertigado, mudava constantemente de cor em movimentos
constantes. O homem, apanhado de surpresa, deu um passo atrás e …
zás. Escorregou na carapaça da tartaruga e caiu no lago onde o ganso
nadava tranquilamente. Aí, apercebendo-se do risco que os irmãos
corriam o ganso sem hesitar debicava com fúria o corpo do pobre homem:
A águia que andava pelo ar, logo começou a piar aflita e num voo rasante
veio atrapalhar ainda mais o homem que se debatia para conseguir
levantar-se e fugir dali rapidamente. Quando conseguiu recuperar o
equilíbrio e pôr-se de pé, o homem deixou o pau para trás e fugiu para
bem longe dali. Deixando todos mais tranquilos em volta da pequena
serpente, ainda um pouco assustada.
A Mãe serpente, ao ouvir tamanha algazarra, rapidamente rastejou
até ao lago e pode admirar a força de todos os seus filhos unidos para
salvar a sua filha serpente.
Então sorrateiramente afastou-se e pensou numa maneira de
compensar os seus ricos cinco filhos.
Quando, finalmente eles chegaram a casa, levando o ganso a
pequena serpente pendurada no seu bico a
mãe serpente surpreendeu-os com um
apetitoso manjar.
Para a tartaruga uma folha fresca de alface,
para a águia um rico peixe, para o corajoso
ganso um punhado de milho, uma
molhadinha de folhas tenrinhas para o seu
filho camaleão e finalmente para a sua
pequena serpente um ratito apetitoso.

Palavras Desenhadas Por Nós. Página 24


Assim, todos satisfeitos e de barriga cheia, os filhotes da serpente a
rodearam e lhe deram muito carinho.
Vitória, vitória e acabou esta história .... de diferença, união e força.

Escola de Eira Pedrinha


TEXTO DE: Carlos Miguel

Ilustração retirada da brochura construída pela:


Turma do 1º ano

Catarina,
e o Exterminador de Serpentes

No tempo em que as galinhas tinham


dentes, havia uma menina, muito bonita, com
finos cabelos loiros. Chamava-se Catarina. Ela
vivia com os seus pais, numa ilha fantástica,
ao largo da costa Angolana, em pleno Oceano
Atlântico.
Certo dia, quando a Catarina andava a
passear pela ilha, passou perto de uma casa
abandonada, onde viu passar uma pequena
serpente de escamas pretas e verdes que
calmamente serpenteava por entre a relva
verdinha
Catarina decidiu ficar com ela. Pois,
pareceu-lhe muito meiga. Levou-a consigo, deu-lhe o nome de Sessé e
guardou-a debaixo da sua cama, dentro de uma caixa de madeira verde
com pedras e areia.
Alguns dias mais tarde, começou a dar por falta de algumas
guloseimas que tinha guardadas. Foi, então, que a certa altura apanhou a
serpente, em flagrante, debaixo da sua cama, dentro da sua caixa, a
deliciar-se com todas as guloseimas que lhe tinha roubado.
Percebeu, nesse momento, que a sua serpente era o já famoso
ladrão da ilha.
Catarina resolveu que iria ajudar a serpente a nunca mais roubar
nada a ninguém.
Depois de muita conversa, carinho, atenção e acompanhamento
psicológico, a Catarina conseguiu que a serpente se
tornasse uma cidadã exemplar.
Mas, um dia frio e chuvoso chegou à ilha um
robot exterminador de serpentes que a polícia já tinha
contratado há algum tempo atrás, por causa dos
incómodos causados à população da ilha.

Palavras Desenhadas Por Nós. Página 25


O robot percorreu toda a ilha mostrando uma foto e perguntando a
toda a gente se conheciam a serpente Sessé. Até que chegou a casa da
Catarina.
Quando ia para bater à porta, a sua bateria já gasta por já ter
percorrido tantos quilómetros deu de si e o Robot ficou estático de braço
no ar.
No dia seguinte, pela manhã, quando a Catarina abriu a porta para
ir buscar a correspondência assustou-se. ..Não contava com aquele Robot
ali parado em frente à sua porta
Passado o susto, acabou por pensar que alguém lhe tinha deixado
aquele presente para lhe fazer uma surpresa. Pois sabiam o quanto ela
gostaria de ter um robot e estava nas vésperas do seu aniversário. Assim,
levou-o para dentro, recarregou-lhe a bateria e o Robot voltou a funcionar.
Agradecido o Robot contou-lhe como tinha chegado ali e qual era a
sua missão.
Catarina, então disse-lhe:
— Mas sou eu quem tem essa
serpente….Por isso, peço-te que reconsideres
e não a extermines. Porque, ela não voltou a
roubar nada e não faz mal a ninguém.
Passaram algum tempo e continuavam
a conversar. Até que o Robot decidiu não
exterminar a serpente Sessé e ficar a viver ali
perto da Catarina. Pois já estava um pouco
velho e cansado para continuar a fazer
aquele tipo de tarefas. O melhor seria aceitar
a reforma e passar a viver mais
tranquilamente.
Foi assim, que a Catarina decidiu
providenciar um lar para o robot.
Foi ter com os pais e perguntou-lhes se
o robot poderia viver lá em casa. Os pais
responderam que não. Pois, já lá tinham a
serpente e a casa era pequena para todos
eles.
Catarina saiu até ao jardim e pôs-se a pensar: “Iria restaurar a casa
abandonada, onde encontrou a serpente, e aí passaria a morar o seu
amigo Robot.”
No dia seguinte Catarina e o Robot puseram mãos à obra.
Levantaram-se, de manhã bem cedo e logo se dirigiram à casa
abandonada.
Quando lá chegaram, começaram imediatamente a retirar de dentro
da cabana todas as velharias que por lá encontraram. Foi, então quando a
Catarina ao pegar numa velha lamparina esta começou a sacudir-se
fazendo o pó saltar para o rosto da Catarina. Ela assustou-se e
imediatamente atirou-a para o chão.

Palavras Desenhadas Por Nós. Página 26


Mal tocou no chão algo mágico
aconteceu…De dentro da Lamparina
saiu um Génio!...Tal qual o génio da
lâmpada de Aladino!
— Catarina! Eu sou o mágico que
tudo pode e ofereço-te um desejo!
— Fico muito agradecida com a tua
simpatia! - Retorquiu a menina que
depois de pensar alguns minutos lhe
pediu:
— Desejo que transformes o meu
amigo robot num menino. Pediu Catarina
— Desejo concedido. Respondeu o mago
De repente o robot transformou-se em menino e passou a gostar dos
seres vivos e de tudo o que os seres vivos gostam….
Assim….
Acabou-se o que era doce!!!

Palavras Desenhadas Por Nós. Página 27


Escola do 1º CEB de Condeixa
Texto de :
Sara
Ilustração retirada da brochura construída pela:
Turma do Jardim de Infância de Condeixa-a-Nova
Educadora Alice

No tempo em que os animais falavam, existiam mundos


mágicos, bruxas, E.T.S, sereias, carros que voavam, portais
mágicos, poções da felicidade e não só…
Mas, o que havia o que havia
especialmente eram sereias. Sereias
que tinham caudas compridas, jóias
de ouro e cabelos que dançavam ao
som das ondas. Todas as sereias
habitavam no Planeta Mágico, um
planeta conhecido por todos como o planeta das
maravilhas.
Mas, o que tornava as sereias tão especiais era a
sua voz.
As sereias tinham uma voz tão doce que parecia
o cantar de um rouxinol e de entre todas as sereias
havia uma que se distinguia por ser mais bonita que
uma rosa e cantar maravilhosamente. A sua voz
parecia o tilintar de cristais encantados e o seu nome
era Maresia mas toda a gente lhe chamava de Zia.
Maresia quando nasceu tinha sido amaldiçoada por uma bruxa que era
mais feia que um ogre e que tinha inveja da sua beleza. Por isso enfeitiçou-a e
sempre que anoitece-se a pequena sereia perdia a sua beleza e a sua voz.
Mas a bruxa esqueceu-se da receita da felicidade uma
receita que existia no Planeta do Amor e que fazia toda a gente
feliz. Se Maresia a tomasse poderia quebrar o feitiço.
Passados 17 anos, os pais de Maresia, ou seja os reis pois
Maresia era uma princesa, ao saberem da existência da receita
da felicidade mandaram dois conselheiros em busca dessa
receita mas, Maresia impedi-os de saírem do castelo pois ela
própria queria ir buscar a receita.

Palavras Desenhadas Por Nós. Página 28


Os pais ao principio hesitaram, mas ao verem o brilho nos olhos da sua
filha, acabaram por concordar e invocaram o mágico Perlim-tim-pim que
concedeu a Maresia pernas e que fez com que
aparece-se um portal mágico que a
transportaria Maresia do Planeta Mágico para o
Planeta do Amor.
Como não poderia deixar de ser, Maresia
partiu com Zoing, um E.T muito simpático e
amigável e seu fiel companheiro.
Quando chegaram ao Planeta do Amor,
deparam-se com uma bruxa que os fechou
dentro de uma caixa e para se libertarem
tinham de decifrar o seguinte enigma:
Que instrumento podemos ouvir mas não
podemos ver nem tocar?
Maresia ficou pensativa pois todos os
instrumentos que conhecia se podiam ver e tocar.
Então lembrou-se de uma adivinha parecida que um dia
o seu avô lhe tinha ensinado um dia e exclamou:
-É a voz!
A bruxa ficou admirada e soltou-os dando-lhes
uma pista para encontrarem a poção que procuravam.
Então eles continuaram o seu caminho.
Foram perguntando onde podiam encontrar a
receita mas ninguém sabia. Então, depois de muitas
horas de caminho, viram um castelo, um castelo
diferente de todos os outros pois era multicores e por
dentro tinha um ar bem acolhedor. Mal sabiam eles que
aquele castelo era outra manha da bruxa que era falso.
A bruxa mascarou-se de velhinha e ofereceu-se
para deixar Zoing e Maresia dormir aquela noite lá.
Por isso enquanto
Zoing e Maresia
dormiam ela foi-lhes deitando feitiços sobre
eles e eles, sem darem conta, começaram a
caminhar até ao penhasco mas Zoing sensível
como todos os outros os outros
extraterrestres teve um pressentimento mas
quando acordou já era tarde demais pois
caiam os dois por um penhasco abaixo.
Apareceu então uma estranha máquina
voadora que os agarrou e levou para uma
pequena gruta que se encontrava repleta de
poções. Uma delas estava dentro de uma
caixa de vidro e chamou a atenção a Zoing e
Maresia.
Para sua grande surpresa era a receita da
felicidade juntamente com a poção.
Maresia estava pronta para lhe deitar as
mãos quando lhe apareceu á frente um velho
sábio dono daquela gruta e daquela máquina
que os tinha salvo.

Palavras Desenhadas Por Nós. Página 29


Maresia implorou ao velho sábio a
poção, mas ele mas ele queria em troca um
objecto que substituísse pois esta já estava
muito velha e gasta.
Nesse momento apareceu a bruxa que
ao descer da sua vassoura deu um
trambolhão e a vassoura rolou até aos pés de
Maresia.
Maresia não hesitou, pôs a vassoura a
trabalhar e entregou-a ao velho sábio que
logo lhe entregou a poção e a receita da
felicidade.
Ela bebeu a poção e um feixe de luz
a percorreu dos pés à cabeça e quando
desapareceu também Zoing e Maresia tinham
desaparecido pois a sua missão estava
cumprida, o feitiço desfeito e eles tinham de
voltar ao Planeta Mágico.
Quanto à bruxa tomou a poção da
obediência e ficou a prestar serviços ao
sábio.
Meu dito, meu feito, este conto saiu perfeito.

Palavras Desenhadas Por Nós. Página 30

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