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ESTÁCIO DE SÁ
CIÊNCIAS DA SAÚDE
______________________________________________________________________________
ESTÁCIO DE SÁ CIÊNCIAS DA SAÚDE
Revista da Faculdade Estácio de Sá de Goiás – FESGO
Cursos de: GO
Administração
Enfermagem
Farmácia
Educação Física
Fisioterapia
Recursos Humanos
Redes de Computadores
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ESTÁCIO DE SÁ CIÊNCIAS DA SAÚDE
Editor Cientifico:
Edmar Aparecido de Barra e Lopes
Conselho Editorial Executivo:
Adriano Luis Fonseca
Ana Claudia Camargo Campos
Claudio Maranhão Pereira
Edson Sidião de Souza Júnior
Patrícia de Sá Barros
Guilherme Nobre Lima do Nascimento
Conselho Editorial Consultivo:
Adriano Luís Fonseca
Andréia Magalhães de Oliveira
Denise Gonçalves Pereira
Elder Sales da Silva
Jaqueline Gleice Aparecida de Freitas
Karolina Kellen Matias
Marc Alexandre Duarte Gigonzac
Marco Túlio Antonio Garcia-Zapata
Marise Ramos de Souza
Marizane Almeida de Oliveira
Sandro Marlos Moreira
Equipe Técnica:
Editoração Eletrônica , Coordenação Gráfica e Capa e Ltda e Revisão de Texto em Inglês:
Edclio Consultoria: Editoria, Pesquisa e Comunicação Ltda
Revisão Técnica:
Josiane dos Santos Lima
Diretora Geral:
Sirle Maria dos Santos Vieira
Diretor Acadêmico:
Adriano Luís Fonseca
Diretor Financeiro:
Vicente de Paula
Secretária Geral de Cursos:
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Coordenadores de Cursos
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Enfermagem
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Farmácia
Edson Sidião Souza Junior
Fisioterapia
Patrícia de Sá Barros
Redes de Computadores
Samir Youssif Wehbi Arabi
Educação Física
Adriano Luis Fonseca
COORDENADORES DE NÚCLEOS
Coordenação do Núcleo de Pesquisa:
Edmar Aparecido de Barra e Lopes
Coordenação do Núcleo de EAD:
Mara Silvia dos Santos
SUMÁRIO
Artigos
09 - 26 Perfil epidemiológico do cliente com diagnóstico de influenza a (H1N1) de um
hospital público em Goiânia – Goiás
Régis Rodrigues Santana
Ana Claudia Camargo Campos
Carla Giselle de Moura Rodrigues
Maria Marta da Silva
Thais Taylor de Faria
Viviane Aparecida Bruno Inácio
28 - 58 Avaliação funcional
Marcelo Jota Rodrigues da Silva Jota
59 - 64 Avaliação das condições bucais e sistêmicas de pacientes portadores de
síndrome de Down institucionalizados na APAE-Goiânia/Goiás
Rodrigo Passos Del Fiaco
Tessa de Lucena Botelh
Cláudio Maranhão Pereira
65 - 76 Incidência de hepatite B na população da cidade de Goiânia-Goiás: influência
dos marcadores sorológicos no prognóstico desta infecção
Ana Flavia Oliveira Magalhães
Francielle Poliana de Medeiros Rocha
Francielly Eugenio de Assis
Claudio Maranhão Pereira
77 - 98 Atuação do enfermeiro e sua praxis no processo de captação e doação de
órgãos
A. C. Moreira Ribeiro
A. P. Silva Bueno
E. S.. Oliveira
Adriano Luis Fonseca
99 - 117 Dinamometria e esclerose múltipla revisão da literatura
Adriano Luís Fonseca
Juliana Couto
Kliver Marin
Pedro Ranna
Glauco Marques Zanin
Daniela R. P. Fonseca
Pesquisas
Resumo: Abstract:
A influenza A (H1N1) consiste em doença infecto- The Influenza A (H1N1) consists of an infectious
contagiosa, que surgiu de uma mutação no material disease, which arose from a mutation in the genetic
genético dos vírus influenza humano, suíno e aviário, material of human, pig and poultry influenza viruses,
que se encontravam simultaneamente em porcos. Os which were found simultaneously in pigs. The first
primeiros casos da atual pandemia foram relatados cases of the current pandemic were reported in the
em meados de março de 2009, no México, e em middle of March 2009, in Mexico, and in a little more
pouco mais de dois meses, a OMS declarou que a than two months, the OMS stated that it had reached
mesma havia alcançado o nível de pandemia. O the level of a pandemic. The present study aims to
presente estudo tem como objetivo traçar o perfil measure the epidemic profile of the patients
epidemiológico do cliente com diagnóstico de diagnosed with Influenza A (H1N1) by a new virus
Influenza A (H1N1) por novo subtipo viral de um subtype in a public hospital in Goiânia-Goiás, as well
hospital público em Goiânia-Goiás, assim como as to identify the etiological factors of this disease.
identificar os fatores etiológicos desta doença. Trata- This is an exploratory descriptive study, retrospective,
se de um estudo exploratório-descritivo, with quantitative content, the sample of wich was
retrospectivo, de cunho quantitativo, cuja amostra foi composed from all patient records of those diagnosed
constituída por todos os prontuários de clientes que with H1N1 virus, examined from June to December
foram diagnosticados com vírus H1N1, atendidos de 2009. The collection of data was done according to
junho a dezembro de 2009. A coleta de dados the criteria of the research theme. In this study most
ocorreu através de roteiro sobre o respectivo tema da cases of Influenza A (H1N1) affected young middle-
pesquisa. Neste estudo a maioria dos casos de aged adults, who were previously healthy. Other cases
Influenza A (H1N1) acometeram jovens adultos de were pregnant women and people affected by chronic
meia idade, previamente saudáveis. Outros casos conditions, including lung disease, obesity, heart
foram gestantes e pessoas já afetadas por condições disease and Systemic Hypertension. The factors that
crônicas, incluindo pneumopatia, obesidade, are linked to the genesis of the disease were the
cardiopatia e HAS. Os fatores que se relacionaram à seasons, the immunity of the suceptible population
gênese da doença foram as estações do ano, a (age, pregnancy, presence of comorbidity), area of
imunidade da população susceptível (idade, gestação, residence and occupation.
presença de comorbidade), a zona de residência e a
ocupação.
Palavras-chave: Key-words:
Enfermeiro Especialista em Terapia Intensiva. Orientador docente da Faculdade Estácio de Sá de Goiás.Brasil
Email: regisecristina@ig.com.br
Biomédica Doutora em Medicina Tropical.Co-orientadora docente da Faculdade Estácio de Sá de Goiás,
Brasil. Email: anaucg@yahoo.com.br
Graduandas em Enfermagem pela Faculdade Estácio de Sá de Goiás, Brasil, Email carllagisa@hotmail.com,;
martinhagatisilva@hotmail.com ; thaistaylorfaria@gmail.com ; luciano_viviane@hotmail.com .
10 SANTANA, Régis Rodrigues; CAMPOS, Ana Claudia Camargo; RODRIGUES, Carla Giselle de
Moura; SILVA, Maria Marta da; FARIA, Thais Taylor de; INÁCIO, Viviane Aparecida Bruno.
Perfil epidemiológico do cliente com diagnóstico de influenza a (H1N1) de um hospital público em
Goiânia – Goiás. Estácio de Sá – Ciências da Saúde. Rev. da Faculdade Estácio de Sá. Goiânia
SESES – GO - VOL. 01, Nº 04, 09-26. Set. 2010/Dez. 2010.
INTRODUÇÃO
Epidemiologia é
“ciência que estuda o processo saúde-doença em coletividades humanas, analisando
a distribuição e os fatores determinantes das enfermidades, danos à saúde e eventos
associados à saúde coletiva, propondo medidas específicas de prevenção, controle,
ou erradicação de doenças, fornecendo indicadores que sirvam de suporte ao
planejamento, administração e avaliação das ações de saúde” (ROUQUAYROL,
1999).
OBJETIVOS
MATERIAIS E MÉTODOS
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Ao avaliar a ocorrência dos casos por mês de incidência, verifica-se que a maior
frequência da doença foi no mês de agosto com 23 casos (51%), seguido pelo mês de
setembro com 21 casos (47%) e pelo mês de outubro com apenas um caso (2%), como pode
ser visto na figura 1. Este resultado deve-se e/ou pode estar relacionado ao fato de que o
inverno no Hemisfério Sul, inicia-se em junho e envolve os meses de junho, julho e agosto.
Na região Centro-Oeste, este trimestre é considerado o menos chuvoso do ano no que se
refere à distribuição de chuvas caracterizando-se por baixos teores de umidade do ar e quedas
acentuadas de temperatura (SIMEGO, 2010).
MÊS CASOS %
Junho 0 0
Julho 0 0
Agosto 23 51
Setembro 21 47
Outubro 01 2
Novembro 0 0
Dezembro 0 0
TOTAL 45 100
Figura 1 – Apresentação dos casos de Influenza A (H1N1) de acordo com os meses de ocorrência, de junho a
dezembro de 2009.
FAIXA ETÁRIA
16 15 15
14
12
10
8
6
6
4
4 3
2
2
0
0 a 10 11 a 20 21 a 30 31 a 40 41 a 50 51 a 60
Idade e m anos
SEXO
17
38%
MASCULINO
FEMININO
28
62%
Gestantes
3
11%
Gestantes
Não gestantes
25
89%
Escolaridade
Nível superior 8
Nível médio 4
Nível fundamental 14
Não especificado 19
0 5 10 15 20
1
Quando o nível referido foi declarado incompleto, se aplicou ao nível anterior.
17 SANTANA, Régis Rodrigues; CAMPOS, Ana Claudia Camargo; RODRIGUES, Carla Giselle de
Moura; SILVA, Maria Marta da; FARIA, Thais Taylor de; INÁCIO, Viviane Aparecida Bruno.
Perfil epidemiológico do cliente com diagnóstico de influenza a (H1N1) de um hospital público em
Goiânia – Goiás. Estácio de Sá – Ciências da Saúde. Rev. da Faculdade Estácio de Sá. Goiânia
SESES – GO - VOL. 01, Nº 04, 09-26. Set. 2010/Dez. 2010.
Os municípios com maior número de casos foram: Goiânia com 28 casos (63%),
Catalão com 03 (8%) e Caldas Novas com 02 (5%) casos. Os demais municípios somam 24%
dos casos, com um caso em cada. Em relação à origem do caso, 42 (93%) eram autóctones do
município de residência e 03 (7%) não foram especificados. Quanto à zona de ocorrência, 43
(96%) casos ocorreram em zona urbana como pode ser visto nas figuras 6, 7 e 8
respectivamente. A aglomeração populacional nos centros urbanos e as atividades sociais
desenvolvidas nos mesmos aumentam a susceptibilidade do contágio de doenças
transmissíveis, explicando a maior incidência destas doenças na zona urbana, se comparada à
zona rural (CARVALHO, 2010).
MUNICÍPIO N %
Goiânia 28 63
Catalão 3 8
Caldas Novas 2 5
Pires do Rio 1 2
Ap. de Goiânia 1 2
Itapuranga 1 2
Anicuns 1 2
São Simão 1 2
Mineiros 1 2
Bela Vista 1 2
Mara Rosa 1 2
Ivolândia 1 2
Piracanjuba 1 2
Três Ranchos 1 2
Outra localidade 1 2
TOTAL 45 100
Casos Autóctones
50 42
40
30
20
10 3
0
0
NÃO NÃO ESPECIFICADO SIM
ZONA
RURAL
2
4%
URBANA
RURAL
URBANA
43
96%
OCUPAÇÃO N %
Estudante 7 1
6
―Do lar‖ 7 1
6
Vendedor 1 5
SIM
6
13% NÃO
ESPECIFICADO
8
18%
NÃO
31
69%
Figura 10 – Representação dos casos de Influenza A (H1N1) quanto à relação da doença à ocupação.
25
25
20
20
15
10
5
0
0
SIM NÃO N Ã O ESPEC IF IC A D O
Figura 11 – Incidência dos casos de Influenza A (H1N1) quanto à imunização prévia contra Influenza Sazonal.
21 SANTANA, Régis Rodrigues; CAMPOS, Ana Claudia Camargo; RODRIGUES, Carla Giselle de
Moura; SILVA, Maria Marta da; FARIA, Thais Taylor de; INÁCIO, Viviane Aparecida Bruno.
Perfil epidemiológico do cliente com diagnóstico de influenza a (H1N1) de um hospital público em
Goiânia – Goiás. Estácio de Sá – Ciências da Saúde. Rev. da Faculdade Estácio de Sá. Goiânia
SESES – GO - VOL. 01, Nº 04, 09-26. Set. 2010/Dez. 2010.
SIM
2
4%
NÃO
SIM
18
NÃO
40% NÃO
ESPECIFICADO
25 NÃO ESPECIFICADO
56%
Figura 12 – Distribuição dos casos de Influenza A (H1N1) quanto ao contato com caso suspeito ou confirmado
de Influenza Humana por novo subtipo (até 10 dias antes do início dos sinais e sintomas).
22 SANTANA, Régis Rodrigues; CAMPOS, Ana Claudia Camargo; RODRIGUES, Carla Giselle de
Moura; SILVA, Maria Marta da; FARIA, Thais Taylor de; INÁCIO, Viviane Aparecida Bruno.
Perfil epidemiológico do cliente com diagnóstico de influenza a (H1N1) de um hospital público em
Goiânia – Goiás. Estácio de Sá – Ciências da Saúde. Rev. da Faculdade Estácio de Sá. Goiânia
SESES – GO - VOL. 01, Nº 04, 09-26. Set. 2010/Dez. 2010.
Viagens
Não especificado 23
Não viajou 20
Intermunicipal 2
Interestadual 0
Exterior 0
0 5 10 15 20 25
Figura 13 – Representação dos casos de Influenza A (H1N1) quanto ao relato de viagem no período de até 10
dias antes do início dos sinais e sintomas.
SIM
7
16%
SIM
NÃO
NÃO
38
84%
Figura 14 – Incidência dos casos de Influenza A (H1N1) que apresentavam alguma co-morbidade.
23 SANTANA, Régis Rodrigues; CAMPOS, Ana Claudia Camargo; RODRIGUES, Carla Giselle de
Moura; SILVA, Maria Marta da; FARIA, Thais Taylor de; INÁCIO, Viviane Aparecida Bruno.
Perfil epidemiológico do cliente com diagnóstico de influenza a (H1N1) de um hospital público em
Goiânia – Goiás. Estácio de Sá – Ciências da Saúde. Rev. da Faculdade Estácio de Sá. Goiânia
SESES – GO - VOL. 01, Nº 04, 09-26. Set. 2010/Dez. 2010.
Comorbidades apresentadas
3
3
2,5
2 2
2 Pneumopatia
Tabagismo
1,5
1 Obesidade
1
HAS
0,5
0
Pneumopatia Tabagismo Obesidade HAS
Conjuntivite 4
Dor de garganta 6
Diarréia 8
Artralgia 9
Cef aléia 14
Coriza 15
Calaf rio 18
Mialgia 29
Dispnéia 38
Febre 40
Tosse 41
0 10 20 30 40 50
Figura 16 – Distribuição dos casos de Influenza A (H1N1) em relação aos sinais e sintomas apresentados.
Como pode ser observado na figura 17, dos 45 casos confirmados, 11 (24,5%)
evoluíram para óbito e 34 (75,5%) para a cura. Os dados atuais mostraram baixa letalidade
(0,5%), levando a crer que possa ser menos grave que inicialmente previsto. Entretanto será
necessário manter a vigilância epidemiológica, virológica e clínica até que se acumulem mais
dados, devido a peculiaridades do vírus; ao risco de atingir populações mais vulneráveis; às
limitações na capacidade dos sistemas locais/nacionais de saúde; à chegada do inverno no
hemisfério sul; ao aumento das viagens no período de férias e à disponibilidade de
medicamentos e de vacina para todos que deles necessitarem (GRECO, et al., 2009).
25 SANTANA, Régis Rodrigues; CAMPOS, Ana Claudia Camargo; RODRIGUES, Carla Giselle de
Moura; SILVA, Maria Marta da; FARIA, Thais Taylor de; INÁCIO, Viviane Aparecida Bruno.
Perfil epidemiológico do cliente com diagnóstico de influenza a (H1N1) de um hospital público em
Goiânia – Goiás. Estácio de Sá – Ciências da Saúde. Rev. da Faculdade Estácio de Sá. Goiânia
SESES – GO - VOL. 01, Nº 04, 09-26. Set. 2010/Dez. 2010.
Óbito
11
24%
Óbito
Cura
Cura
34
76%
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Referências
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27 SANTANA, Régis Rodrigues; CAMPOS, Ana Claudia Camargo; RODRIGUES, Carla Giselle de
Moura; SILVA, Maria Marta da; FARIA, Thais Taylor de; INÁCIO, Viviane Aparecida Bruno.
Perfil epidemiológico do cliente com diagnóstico de influenza a (H1N1) de um hospital público em
Goiânia – Goiás. Estácio de Sá – Ciências da Saúde. Rev. da Faculdade Estácio de Sá. Goiânia
SESES – GO - VOL. 01, Nº 04, 09-26. Set. 2010/Dez. 2010.
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Estácio de Sá – Ciências da Saúde.
Rev. da Faculdade Estácio de Sá. Goiânia SESES - GO
VOL. 01, Nº 04, 28– 58. Set. 2010/Dez. 2010.
AVALIAÇÃO FUNCIONAL
Marcelo Jota Rodrigues da Silva Jota
Resumo: Abstract:
Palavras-chave: Key-words:
INTRODUÇÃO
“A análise da função tem por objetivo a identificação de atividades funcionais
pertinentes e a medida da habilidade de um indivíduo de engajar-se com sucesso
nessas atividades. No entanto, a avaliação funcional determina como uma pessoa
realiza certas tarefas nas várias dimensões da vida” (O‟ SULLIVAN, 2004, p. 312).
Professos do Curso de Fisioterapia da Estácio de Sá-GO.
29 JOTA, Marcelo Jota Rodrigues da Silva. Avaliação funcional. Estácio de Sá – Ciências da
Saúde. Rev. da Faculdade Estácio de Sá. Goiânia SESES – GO - VOL. 01, Nº 04, 28-58. Set.
2010/Dez. 2010.
indivíduo para realizar uma tarefa em particular e o risco de lesão com a execução continuada
dessa tarefa; evidências sobre a eficiência de uma intervenção específica (médica, cirúrgica ou
reabilitadora) na função.
Uma avaliação funcional pode ser constituída por vários itens. Entre os mais
citados pela literatura, estão incluídas questões referentes à mobilidade (deambulação em
distâncias determinadas, mudanças no curso da marcha, levantar e assentar-se em uma
cadeira, mudanças de decúbito e transferências), a atividades básicas de vida diária (vestir-se,
alimentar-se, tomar banho etc) e a atividades instrumentais de vida diária (pegar ônibus,
cozinhar, arrumar a casa e outras), além de algumas avaliações que contemplam o
desempenho do indivíduo no trabalho, no ambiente social e no lazer (GOMES, 2003).
desempenho é avaliado em uma escala ordinal, com número específico de pontos assinalados
para cada nível ou classificação. Um indivíduo utiliza-se de ajuda humana para comer, por
exemplo, receberia 5 pontos, a independência para comer receberia um escore de 10 pontos.
Uma pontuação global simples, oscilando entre 0 e 100, é calculada a partir da soma de todas
as pontuações de itens individualmente, de modo que 0 equivale à completa dependência em
todas as 10 atividades, e 100 equivale à completa independência em todas as atividades. (Vide
ANEXO 1). O IB tem sido amplamente utilizado na monitoração das alterações funcionais em
indivíduos que estejam recebendo uma reabilitação, enquanto internos. Embora não tenha sido
completamente avaliadas suas propriedades psicométricas, o IB tem atingido elevadas
correlações com outras medidas de incapacidade física (O‟ SULLIVAN, 1993).
Outra forma de classificar o índice dentro dos níveis de atividade é classificando o
paciente, com score < 60 pontos, onde é considerado um paciente dependente, 60 a 80 pontos,
o paciente é dito parcialmente dependente, e se > 80 pontos, o paciente é independente. Porém
a vantagem do indicador de Barthel é a sua simplicidade e utilidade na avaliação de pacientes
antes, durante e após o tratamento, embora estudos demonstram que dentro da reabilitação
neuropsicológica o IB não é apropriado para analisar o estado de pacientes gravemente
incapacitados, com isso pode-se relatar que este índice não tem uma escala sensível em seu
score para avaliação destes pacientes (O‟ SULLIVAN, 2004).
A escala foi proposta por Katz, Ford e Moskowitz, em 1963, e desenvolvida para
o uso em indivíduos institucionalizados e, posteriormente, adaptada para populações que
vivem na comunidade (KATZ et al., 1963 apud GOMES, 2003).
O Índice de Katz construiu-se baseado na premissa de que o declínio funcional e
a perda da capacidade para executar as AVD nos pacientes idosos seguem um mesmo padrão
de evolução, ou seja, perde-se primeiro a capacidade para banhar-se e, a seguir, para vestir-se,
transferir-se da cadeira para a cama e vice-versa e alimentar-se. A recuperação dá-se na ordem
inversa (KATZ et. al., 1963 apud COSTA, 2003).
Ao se aplicar essas escalas, deve-se ter em mente que se o paciente necessita de
supervisão e/ou ajuda de outra pessoa ele não é independente. No entanto, se algum
instrumento como bengalas ou andadores é utilizado, mas nenhuma ajuda ou supervisão são
necessárias, o paciente é independente (COSTA, 2003).
32 JOTA, Marcelo Jota Rodrigues da Silva. Avaliação funcional. Estácio de Sá – Ciências da
Saúde. Rev. da Faculdade Estácio de Sá. Goiânia SESES – GO - VOL. 01, Nº 04, 28-58. Set.
2010/Dez. 2010.
Para a avaliação das AIVD, e conveniente lembrar que, muitas vezes, o paciente é
capaz de executar as atividades, mas não as executa por opção, fatores ambientais ou até por
questões relacionadas aos papéis assumidos durante a vida, como é o caso de indivíduos do
sexo masculino com as tarefas domésticas. Alguns autores já sugeriram que a escala fosse
reduzida a cinco itens, eliminando-se “lavar a roupa”, “tarefas domésticas” e “preparar
comida”, quando aplicada para o sexo masculino (LAWTON et al., 1982 apud COSTA,
2003).
O Índice de Katz para AVD aborda áreas como banho, capacidade para vestir-se,
usar o banheiro, locomoção, continência e alimentação. Há três scores possíveis para cada um
dos itens de acordo com o nível de dependência do paciente: independente, necessita de
assistência e dependente1. A avaliação permite um melhor planejamento referente ao tipo de
assistência e tratamento que o paciente de fato necessita. Esta investigação é realizada por
meio da avaliação de atividades funcionais da vida diária mais complexa como o uso do
telefone, viajar, fazer compras, preparar refeições, cuidar da casa, cuidar da própria
medicação e controlar as finanças. Essa escala, apesar de amplamente utilizada, ainda não
recebeu uma validação adequada para o uso em nosso meio (O‟ SULLIVAN, 1993).
1
Vide Anexo 2.
2
Vide Anexo 3.
33 JOTA, Marcelo Jota Rodrigues da Silva. Avaliação funcional. Estácio de Sá – Ciências da
Saúde. Rev. da Faculdade Estácio de Sá. Goiânia SESES – GO - VOL. 01, Nº 04, 28-58. Set.
2010/Dez. 2010.
CUIDADOS PESSOAIS
CONTROLE DE ESFÍNCTERES
Neste item deve ser verificado o controle de bexiga e intestino. Onde deve ser
observado se o ato é de forma intencional ou é inconsciente. Podendo ser classificados de
forma quantitativa numa escala de porcentagem. Onde se tem um nível de independência
34 JOTA, Marcelo Jota Rodrigues da Silva. Avaliação funcional. Estácio de Sá – Ciências da
Saúde. Rev. da Faculdade Estácio de Sá. Goiânia SESES – GO - VOL. 01, Nº 04, 28-58. Set.
2010/Dez. 2010.
completa (75 a 100% da atividade) escala de nível de seis a sete, portanto deve verificar se faz
utilização de comadre, cateter. A de supervisão e preparação sendo escalonado no nível de
cinco a um, classificando da mesma proporção. Dando o valor de 75% se ocorrer algum
acidente3 durante uma semana, 50 a 74% ocorrer acidente uma vez por dia, 25 a 49% se a
pessoa se molha constantemente, < 25% se a pessoa não tem nenhum controle e se molha
constantemente. (RIBERTO, 2005).
LOCOMOÇÃO
Observar se para realizar esta atividade o paciente precisa de algum apoio como
cadeira de rodas ou órteses, próteses, bengalas, muletas, andadores. Verificar também o tempo
que se gasta para realizar esta atividade. Escalonando no nível sete se anda cinquenta metros
sem dispositivos auxiliares, escala seis se consegue andar cinquenta metros com uso de
órteses e próteses nas pernas, sapatos especiais, bengala, muletas e andadores, verificando se
durante o ato ocorre algum risco. Verifica-se na escala cinco se anda menos de cinquenta
metros com ou sem dispositivos, porem observar se este ato pode trazer algum risco de
segurança, no nível quatro se for possível tocar no paciente, nível três se ocorrer uma
locomoção mínima, níveis dois e um se o paciente não realiza nenhum tipo de esforço físico
para realizar a locomoção (RIBERTO, 2005).
TRANSFERÊNCIA
Verificar a forma como realiza a transferência. Escalonando nos níveis sete a seis
se durante a transferência se o paciente consegue aproximar do leito, levantar-se, transferir-se
da cama para cadeira, acionar os freios e ajusta pedais da cadeira de rodas. Porem no nível
cinco pode ser observado o uso de adaptações, onde o tempo de transferência e acima do
razoável. Agora os demais níveis são classificados na mesma sequência do índice da tabela de
níveis (RIBERTO, 2005).
3
A palavra acidente está sendo usada para designar o descontrole esfincteriano de forma inconsciente durante o
ato.
35 JOTA, Marcelo Jota Rodrigues da Silva. Avaliação funcional. Estácio de Sá – Ciências da
Saúde. Rev. da Faculdade Estácio de Sá. Goiânia SESES – GO - VOL. 01, Nº 04, 28-58. Set.
2010/Dez. 2010.
COMUNICAÇÃO
COGNIÇÃO SOCIAL
4
Vide Anexo 4.
36 JOTA, Marcelo Jota Rodrigues da Silva. Avaliação funcional. Estácio de Sá – Ciências da
Saúde. Rev. da Faculdade Estácio de Sá. Goiânia SESES – GO - VOL. 01, Nº 04, 28-58. Set.
2010/Dez. 2010.
assim, o usuário da cadeira de rodas irá sempre receber o score geral menor, a despeito de
uma capacidade equivalente para os cuidados pessoais e para a vida independente. Não foram
achadas publicações da Avaliação de Kenny para os cuidados Pessoais (O‟ SULLIVAN,
1993).
funções básicas de AVD até a relação em seu meio social, sendo muito utilizada em
instituições com grande reconhecimento no país, como: AACD(Associação de Assistência a
Criança Deficiente), CRER(Centro de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo),
Rede SARAH de Hospitais.
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
ANEXOS
42 JOTA, Marcelo Jota Rodrigues da Silva. Avaliação funcional. Estácio de Sá – Ciências da
Saúde. Rev. da Faculdade Estácio de Sá. Goiânia SESES – GO - VOL. 01, Nº 04, 28-58. Set.
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ANEXO 1
Questionário - Índice de Barthel
43 JOTA, Marcelo Jota Rodrigues da Silva. Avaliação funcional. Estácio de Sá – Ciências da
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2010/Dez. 2010.
05 Necessita de ajuda para se cortar a carne, passar a manteiga, porém é capaz de comer
sozinho.
05 Necessita ajuda. Realiza todas as atividades pessoais sem ajuda mais da metade das
tarefas em tempo razoável.
05 Acidente ocasional. Menos de uma vez por semana necessita de ajuda para colocar
enemas ou supositórios.
05 Necessita ajuda. Capaz de se mover com uma pequena ajuda; é capaz de usar o
banheiro. Pode limpar-se sozinho.
10 Necessita ajuda. Necessita supervisão ou uma pequena ajuda por parte de outra pessoa
ou utiliza andador.
00 Dependente.
SCORE:
Dependente: 60 pontos
ANEXO 2
Índice de Katz
47 JOTA, Marcelo Jota Rodrigues da Silva. Avaliação funcional. Estácio de Sá – Ciências da
Saúde. Rev. da Faculdade Estácio de Sá. Goiânia SESES – GO - VOL. 01, Nº 04, 28-58. Set.
2010/Dez. 2010.
ANEXO 3
Medida De Independência Funcional (MIF)
50 JOTA, Marcelo Jota Rodrigues da Silva. Avaliação funcional. Estácio de Sá – Ciências da
Saúde. Rev. da Faculdade Estácio de Sá. Goiânia SESES – GO - VOL. 01, Nº 04, 28-58. Set.
2010/Dez. 2010.
Data
Cuidados Pessoais
1 – Alimentação
2 – Higiene
3 – Banho
4 - Vestimenta parte superior
5 - Vestimenta parte inferior
Controle de Esfíncteres
6 - Esfíncter vesical
7 - Esfíncter anal
Mobilidade/ Locomoção
8 - Subir e descer escadas
9 - Cadeira de Rodas/ Marcha
10 – Andador
Transferência
11 - Cama-cadeira de rodas
12 - Cadeira de rodas-cadeira
13 - Cadeira de rodas - vaso sanitário
Comunicação
14 – Compreensão (Auditiva, Visual)
15 - Expressão (Vocal – Não Vocal)
Cognição Social
16 - Interação Social
17 - Solução de problemas
18 – Memória
Total da Medida de Independência
Funcional (MIF)
%
Escore máximo= 126 pontos (100% de independência)
Escore mínimo= 18 pontos (24% total dependência)
ANEXO 4
Avaliação de Kenny para os Cuidados Pessoais
52 JOTA, Marcelo Jota Rodrigues da Silva. Avaliação funcional. Estácio de Sá – Ciências da
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Terapeuta Ocupacional
Rosto, cabelo,braços
Programa da bexiga
Programa intestinal
Membros inferiores
Ergue-se e senta-se
Cadeira de Rodas
Move-se no leito
Tronco, Períneo
Alimentação
Fisioterapia
Enfermeira
Andando
Sentado
Escadas
Médico
Higiene
De pé
Pés
Código de
Pontuação Pontuação
0= prevista
Completamente para a alta
dependente
1 = Auxílio
intenso
2 = Auxílio Pontuação
moderado da
3 = Auxílio avaliação
mínimo
4= à
Independente
ANEXO 5
Protocolo de Desempenho Físico de Fulg-Meyer
54 JOTA, Marcelo Jota Rodrigues da Silva. Avaliação funcional. Estácio de Sá – Ciências da
Saúde. Rev. da Faculdade Estácio de Sá. Goiânia SESES – GO - VOL. 01, Nº 04, 28-58. Set.
2010/Dez. 2010.
Teste / Pontuação
Extremidade Superior
II. Movimentos
Elevação do ombro ( )
Pronação do antebraço ( )
0: Posição correta do ombro e cotovelo não pode ser atingida, e/ou pronação ou supinação
não pode ser realizada totalmente / 1: A pronação ou supinação ativa pode ser realizada com
uma amplitude limitada de movimento, e em algum momento o ombro e o cotovelo são
corretamente posicionados / 2: Pronação e supinação completa com correta posição do
cotovelo e ombro
0: Pronação e supinação não pode ser realizada no todo, ou a posição do cotovelo e ombro
não pode ser atingida / 1: Cotovelo e ombro podem ser posicionados corretamente, e a
pronação e supinação realizadas em uma amplitude limitada / 2: Realizada
completamente
Biceps, flexores dos dedos e tríceps ( )(Neste estágio, que pode atingir 2 pontos, é incluído
apenas se o paciente tive pontuação 6 no item anterior.)
0: Paciente não pode dorsifletir o punho até 15° / 1: Dorsiflexão é realizada, mas nenhuma
resistëncia é aplicada / 2: Posição pode ser mantida com alguma resistëncia (leve)
0: Movimentos voluntários não ocorrem / 1: Não pode mover o punho através de toda a
amplitude de movimento / 2: Não realiza, pequena movimentação
E. Circundução ( )
V. Controle manual
0: A posição requerida não pode ser adquirida / 1: Preensão é fraca / 2: A preensão pode ser
mantida contra relativa resistëncia
0: Função não pode ser realizada / 1: O pedaço de papel interposto entre o polegar e
indicador pode ser retirado através de um puxão, mas contra pequena resistëncia / 2: O
papel é firmemente seguro contra um puxão
E. Preensão n.º 3: Paciente opõe a polpa do polegar com a do índex; uma caneta é
interposta ( )
F. Preensão n.º 4: Paciente pressiona um objeto de forma cilíndrica (pode ser pequeno),
com a superfície volar do primeiro dedo contra a do segundo ( )
G. Preensão n.º 5: Uma preensão esférica; o paciente preensiona uma bola de tênis
Equilíbrio
57 JOTA, Marcelo Jota Rodrigues da Silva. Avaliação funcional. Estácio de Sá – Ciências da
Saúde. Rev. da Faculdade Estácio de Sá. Goiânia SESES – GO - VOL. 01, Nº 04, 28-58. Set.
2010/Dez. 2010.
A. Sentado sem apoio e com os pés suspensos ( ) - 0: Não consegue se manter sentado sem
apoio / 1: Permanece sentado sem apoio por pouco tempo / 2: Permanece sentado sem apoio
por pelo menos 5 min. e regula a postura do corpo em relação a gravidade
F. Apoio único sobre o lado não afetado ( ) - 0: A posição não pode ser mantida por mais
que 1-2 seg (oscilação) / 1: Consegue permanecer em pé, com equilíbrio, por 4 a 9 segundos
/ 2: Pode manter o equilíbrio nesta posição por mais que 10 segundos
G. Apoio único sobre o lado afetado ( ) - 0: A posição não pode ser mantida por mais que
1-2 segundos (oscilação) / 1: Consegue permanecer em pé, com equilíbrio, por 4 a 9
segundos / 2: Pode manter o equilíbrio nesta posição por mais que 10 segundos
Sensibilidade
I.Exterocepção
A. Membro Superior ( ) / Palma da mão ( ) / Coxa ( ) / Sola do pé ( )
0: Anestesia / 1: Hipoestesia/disestesia / 2: Normal
II.Propriocepção
B. Ombro ( ) / Cotovelo ( ) / Punho ( ) / Polegar ( ) / Quadril ( ) / Joelho ( ) / Tornozelo ( ) /
Hálux. ( )
0: Nenhuma resposta correta (ausência de sensação) / 1: ¾ das respostas são corretas, mas
há diferença considerável com o lado não afetado / 2: Todas as respostas são corretas
C. Velocidade ( ) - 0: Atividade é realizada > 6 segundos a mais do que no lado não afetado
/ 1: 2-5 segundos a mais do que no lado não afetado / 2: < 2 segundos de diferença
58 JOTA, Marcelo Jota Rodrigues da Silva. Avaliação funcional. Estácio de Sá – Ciências da
Saúde. Rev. da Faculdade Estácio de Sá. Goiânia SESES – GO - VOL. 01, Nº 04, 28-58. Set.
2010/Dez. 2010.
Extremidade inferior
II.Movimentos
A. Posição supina
C. Flexão do joelho acima de 90° ( ) - 0: Nenhum movimento ativo / 1: O joelho pode ser
fletido a partir de leve extensão, mas não ultrapassa os 90° / 2: Movimento completo
Quadril em 0°
E. Flexão do joelho ( ) - 0: Nenhuma flexão do joelho sem flexão do quadril / 1: Inicia flexão
do joelho sem flexão do quadril, mas não alcançar 90°, ou flexiona o quadril durante o
movimento / 2: Movimento completo
III.Reflexos normais
IV.Coordenação/Velocidade.
Calcanhar à canela (5 repetições)
A. Tremor ( ) - 0: Tremor marcante / 1: Leve tremor / 2: Nenhum tremor
B. Dismetria ( ) - 0: Pronuciada dismetria / 1: Leve dismetria / 2: Nenhuma dismetria
Resumo: Abstract:
Palavras-chave: Key-words:
Síndrome de Down, doença periodontal, cárie. Down syndrome, periodontal illness, caries
Aluno do 8º período de graduação de Odontologia, UNIP, campus Flamboyant, Goiânia-Goiás.
Departamento de Patologia Oral, Faculdade de Odontologia, Universidade Paulista, Goiânia/GO-Brasil
Departamento de Patologia Oral, Faculdade de Odontologia, Universidade Paulista, Goiânia/GO-Brasil e
Brasília/DF-Brasil; Departamento de Patologia, Universidade Estácio de Sá. Faculdade de Odontologia da
Universidade Paulista, Campus Flamboyant, Patologia Oral - Diagnóstico Oral,BR-153, sn, Chácaras Alto da
Glória - CEP: 74000-00, Goiania/GO – Brazil, + 55 62 32394000. e-mail: odontologiabrasilia@unip.br;
claudio.maranhao@go.estacio.br
60 DEL FIACO, Rodrigo Passos; BOTELHO, Tessa de Lucena e PEREIRA, Cláudio Maranhão.
Avaliação das condições bucais e sistêmicas de pacientes portadores de síndrome de Down
institucionalizados na APAE-Goiânia/Goiás. Estácio de Sá – Ciências da Saúde. Rev. da
Faculdade Estácio de Sá. Goiânia SESES – GO - VOL. 01, Nº 04, 59-64. Set. 2010/Dez. 2010.
INTRODUÇÃO
MATERIAL E MÉTODO
RESULTADOS
DISCUSSÃO
Com relação á cárie dentária e doença periodontal, a maioria dos autores são
unânimes em afirmar a baixa prevalência de cárie e alta prevalência da doença periodontal
nestes pacientes, quando comparada a outros indivíduos com ou sem déficit mental1, 3, 4, 5, 8, 12.
Dos 25 pacientes avaliados neste estudo, 14 apresentavam alterações gengivais e 8 cáries
dentárias, corroborando com os achados descritos na literatura.
A baixa prevalência de cárie pode ser atribuída ao padrão de erupção retardado e
composição salivar diferente das outras crianças, à morfologia dentária com fóssulas e
fissuras menos acentuadas e superfície oclusal menos acidentada devido ao bruxismo, à
diferença da composição da flora bacteriana associada à placa dentária1, 3, 8, 12. Todos estes
fatores publicados na literatura são apenas especulações visto que nenhum destes ainda foi
comprovado. Nos pacientes avaliados nesta pesquisa nenhum destes fatores foram detectados.
Frente literatura pertinente consultada e ao detectado na prática, ressalta-se a
importância do conhecimento pelo cirurgião-dentista das manifestações orais que acometem
os pacientes portadores de Síndrome de Down, dentre as quais destaca-se a doença cárie. Esta,
ao contrário do que seria esperado, já que esses pacientes apresentam maior dificuldade de
higienizam bucal, apresenta menor prevalência nestes indivíduos em relação aos demais
pacientes. Contudo, a higienização bucal na maioria dos casos é realizada pelos pais ou
responsáveis7, 9, 12
, logo o resultado encontrado nos pacientes avaliados corresponde aos
achados na literatura presente, ou seja, estes pacientes apresentam pequeno índice de cárie
dentária.
Apesar dos achados da literatura em que pacientes portadores de Síndrome de
Down apresentam maior índice de doença periodontal, os resultados encontrados não
comprovam estes dados. Dos 25 pacientes, 14 (56%) apresentam gengivite, sendo que destes
apenas 4 (28,5%) apresentam esta em forma grave. Logo, este pequeno índice de doença
periodontal, assim como o índice de cárie encontrados, provavelmente ocorreram em virtude
63 DEL FIACO, Rodrigo Passos; BOTELHO, Tessa de Lucena e PEREIRA, Cláudio Maranhão.
Avaliação das condições bucais e sistêmicas de pacientes portadores de síndrome de Down
institucionalizados na APAE-Goiânia/Goiás. Estácio de Sá – Ciências da Saúde. Rev. da
Faculdade Estácio de Sá. Goiânia SESES – GO - VOL. 01, Nº 04, 59-64. Set. 2010/Dez. 2010.
Referências
Tabelas
Nº pac. 3 4 6 4 7 2
Quant. 14 8 1 6 5 1
Quant. 10 7 3 4
Estácio de Sá – Ciências da Saúde.
Rev. da Faculdade Estácio de Sá. Goiânia SESES - GO
VOL. 01, Nº 04, 65 – 76. Set. 2010/Dez. 2010.
A Hepatite B é uma doença infecciosa, que provoca The Hepatite B is an infectious disease, that
inflamação no fígado. É causada pelo vírus da hepatite provokes inflammation in the liver. It is caused by
B (VHB) e pode ser transmitida por via sexual, via the virus VHB it can be transmitted by sexual road,
parenteral e perinatal. Após a fase inflamatória o vírus through parenteral and perinatal (during the gestation
pode ser eliminado naturalmente do organismo ou and the childbirth). After the inflammatory phase the
causar uma doença inflamatória crônica que, após virus can be eliminated naturally of the organism or
alguns anos, pode levar a complicações hepáticas to cause a chronic inflammatory disease that, after
como cirrose e câncer de fígado. Objetivando some years, it can take to hepatic complications as
determinar a prevalência da infecção pelo vírus da cirrhosis and liver cancer. Aiming at to determine
hepatite B realizamos um estudo retrospectivo na the prevalence of the infection for the virus of the
cidade de Goiânia, Goiás, utilizando-se estatísticas do hepatitis B (VHB) we accomplished a retrospective
arquivo da Vigilância Epidemiológica, conforme study in the city of Goiânia, Goiás, being used
dados do Sistema de Informações sobre Agravos statistics data of the file of the Epidemic
Notificáveis (SINAN), no período entre 2000 e 2008. Surveillance, as data of the System of Information
Após analise, constatou-se a presença de 1011 casos on Offences Notified (SINAN), in the period
de hepatite B em Goiânia durante este período. O ano between 2000 and 2008 the distribution of the
de 2007, com 197 casos, foi o que apresentou um confirmed cases of hepatitis B in Goiânia was of
maior numero de infecções causadas pelo vírus da 1011. The year of 2007 was what presented a larger
hepatite B. Cerca de 3,4% dos casos analisados foram one I number of infections caused by the virus of the
de hepatite B aguda enquanto a hepatite crônica hepatitis B. The gender more reached by the virus it
representou 79,5% dos casos. Os achados deste estudo was the masculine. The individuals' age that
ressaltam a grande incidência relativa do vírus na you/they participated in the study varied from 1 to
população goianiense e a importância de se 80 years the largest hepatitis incidence B for age
estabelecer medidas de controle e prevenção da group it was observed of the 20 to the 34 years with
hepatite B nesta população. 53,1%. 35 cases were detected (3,4%) of hepatitis
sharp B and the chronic hepatitis 79,5% cases were
detected. The vaccination was only completed by 30
patient (2,9%). The discoveries of this study point
out the importance of the control measures and
prevention of the hepatitis B in this population.
Palavras-chave: Key-words:
Hepatite B, Anti-HBc total, HBsAg, Epidemiologia da Hepatitis B, total Anti-HBc, HBsAg, epidemiology
hepatite B. of hepatitis B.
Profissionais Biomédicos de Instituições Privadas de Goiânia-Goiás.
**Professor Doutor de Patologia da Faculdade Estácio de Sá de Goiás/Professor titular de Patologia da
Faculdade de Odontologia da Universidade Paulista-Goiania/GO/ Coordenador do Curso de Odontologia da
Universidade Paulista, campus – Brasília/DF.
66
MAGALHÃES, Ana Flavia Oliveira; ROCHA, Francielle Poliana de Medeiros; ASSIS, Francielly
Eugenio de e PEREIRA, Claudio Maranhão. Incidência de hepatite B na população da cidade de
Goiânia-Goiás: influência dos marcadores sorológicos no prognóstico desta infecção. Estácio de Sá
– Ciências da Saúde. Rev. da Faculdade Estácio de Sá. Goiânia SESES – GO - VOL. 01, Nº 04,
65-76. Set. 2010/Dez. 2010.
INTRODUÇÃO
partícula de Dane, que corresponde ao vírion completo, com 42nm de diâmetro, constituída
por um envoltório lipídico que contém o antígeno de superfície do VHB (HBsAg) e um
núcleo central denso (o core) que possui uma proteína (HBcAg) que induz a formação de
anticorpos específicos (anti-HBcAg) pelos indivíduos infectados. O antígeno do core
(HBcAg) não é secretado, por isso é muito difícil sua detecção no sangue circulante,
diferentemente do que ocorre no fígado doente, onde é abundante. Na zona central da
partícula de Dane observa-se ainda a presença do ácido nucléico viral (DNA-VHB). Este
DNA, que forma a matriz genética do vírus, possui uma dupla cadeia, disposta circularmente.
No genoma ainda se encontram as enzimas como a DNA-polimerase e a fosfoquinase8.
Na parte central do vírus está presente também, outro antígeno que foi
denominado antígeno e (HBeAg), que é secretado e diferentemente do HBcAg pode ser
facilmente detectado no sangue. Este antígeno se associa à replicação e infectividade virais e
induz a formação de anticorpo específico (anti-HBeAg) que normalmente se relaciona com a
parada da replicação viral8.
67
MAGALHÃES, Ana Flavia Oliveira; ROCHA, Francielle Poliana de Medeiros; ASSIS, Francielly
Eugenio de e PEREIRA, Claudio Maranhão. Incidência de hepatite B na população da cidade de
Goiânia-Goiás: influência dos marcadores sorológicos no prognóstico desta infecção. Estácio de Sá
– Ciências da Saúde. Rev. da Faculdade Estácio de Sá. Goiânia SESES – GO - VOL. 01, Nº 04,
65-76. Set. 2010/Dez. 2010.
MATERIAL E MÉTODOS
RESULTADOS
DISCUSSÃO
Vários estudos realizados no Brasil entre os anos de 1996 e 2000 mostraram que a
hepatite B foi o segundo tipo de hepatite viral mais prevalente (25%), perdendo apenas para a
hepatite A, que teve um maior número de casos (43%), mas em Santa Catarina esses números
foram diferentes, pois houve um predomínio de hepatite B em relação às outras15, 16, 17, 18.
Dentre as capitais da região centro-oeste, Brasília apresentou o maior índice de
casos em 2005, com 190 casos confirmados, entretanto esses índices são considerados baixos
se comparados com capitais da região sudeste onde na cidade do Rio de Janeiro no mesmo
ano foram notificados 371 casos e em São Paulo 901 casos também em 200519. Segundo
nossos resultados, em Goiânia foram 138 casos de infecção pelo VHB. Portanto a prevalência
de hepatite B observada neste estudo mostra uma baixa endemicidade da doença na cidade de
Goiânia, o que também é mostrado em outros estudos realizados no Brasil, onde os estado de
Goiás e Mato Grosso apresentam baixa endemicidade da doença (DATASUS -
http://www.datasus.gov.br). Entretanto esta baixa prevalência absoluta pode ser em
70
MAGALHÃES, Ana Flavia Oliveira; ROCHA, Francielle Poliana de Medeiros; ASSIS, Francielly
Eugenio de e PEREIRA, Claudio Maranhão. Incidência de hepatite B na população da cidade de
Goiânia-Goiás: influência dos marcadores sorológicos no prognóstico desta infecção. Estácio de Sá
– Ciências da Saúde. Rev. da Faculdade Estácio de Sá. Goiânia SESES – GO - VOL. 01, Nº 04,
65-76. Set. 2010/Dez. 2010.
decorrência de serem regiões menos povoadas e populosas quando comparadas aos grandes
centros da região sudeste.
Em relação à distribuição segundo o sexo, pode-se observar que, o sexo masculino
foi mais predominante em todos os indivíduos infectados pelo VHB. Estas observações estão
de acordo com o que é tradicionalmente descrito na literatura onde são atribuídas a uma maior
exposição do homem, aos riscos de infecção, seja pelo maior número de parceiros sexuais,
homossexualismo, compartilhamento de lâmina de barbear, maiores riscos de acidente com
necessidade de transfusão, hemofilia etc. Isto corresponde com a realidade do Estado do
Amazonas onde 75,3% eram do gênero masculino e 24,7% do gênero feminino20, 21
. Em
relação a capitais em Porto Alegre, segundo Fiorini (2004)22, no ano de 2002 foram 89 casos
(54,27%) que correspondiam ao sexo masculino e 75 casos (45,73%) correspondem ao sexo
feminino. No nosso estudo também foi possível observar essa característica sendo que, no ano
de 2002 a porcentagem de casos confirmados de Hepatite B foi de, 64,47% para o gênero
masculino e 35,53% para o gênero feminino. Essa característica fica ainda mais evidente se
observado o ano de 2003 onde 81,71% de casos confirmados de Hepatite B correspondem ao
sexo masculino e 18,29% ao sexo feminino.
É possível constatar um aumento da incidência de infecção pelo VHB em
pacientes adolescentes e adultos jovens quando comparados as outras faixa etárias de
pacientes. No Brasil, a faixa etária que apresentou maior incidência de hepatite B foi acima
dos 30 anos e, em especial, analisando o estado de Santa Catarina, dos 20 aos 49 anos.
Segundo o Ministério da Saúde19 este aumento significativo em adolescentes e adultos jovens
também foi comprovado no ano de 2005 nas cidades de São Paulo com 474 casos, Rio de
Janeiro 157 casos, Curitiba 105 e Brasília com 97 casos, possivelmente indicando que a
atividade sexual é uma significativa via de transmissão deste agente. Estudos mostraram que
foram encontrados valores elevados de anti-HBc na região norte (21,4%), entre adolescentes
de 1 a 20 anos23, diferentemente do nosso estudo onde esta faixa etária só apresentou 10,3%.
Em nossos resultados o maior número de casos de hepatite B foi encontrado em adultos
jovens entre 20 e 34 anos (53,1%).
Silveira24 et al. em 1999, realizaram um estudo multicêntrico na América Latina
com 12.085 pacientes, entre 1996 e 1997, incluindo pessoas entre 1 e 40 anos de idade, no
qual detectaram prevalência de 7,9% de reatividade ao anti-HBc (IgG), indicando hepatite
crônica. Só no Brasil, dois milhões de pessoas sofrem da forma crônica de hepatite B. Dentre
71
MAGALHÃES, Ana Flavia Oliveira; ROCHA, Francielle Poliana de Medeiros; ASSIS, Francielly
Eugenio de e PEREIRA, Claudio Maranhão. Incidência de hepatite B na população da cidade de
Goiânia-Goiás: influência dos marcadores sorológicos no prognóstico desta infecção. Estácio de Sá
– Ciências da Saúde. Rev. da Faculdade Estácio de Sá. Goiânia SESES – GO - VOL. 01, Nº 04,
65-76. Set. 2010/Dez. 2010.
nossa capital uma vez que a cobertura vacinal não é satisfatória abrangendo apenas 47,74% da
população de Goiânia, segundo dados do Ministério da Saúde19. Embora a prevalência para o
VHB, encontrada neste estudo seja considerada baixa, houve um grande aumento de casos no
ano de 2007, fato este que contribui para afirmar que há grande circulação do vírus da hepatite
B na população de Goiânia. Cabe ressaltar que são dados referentes a apenas um pequeno
intervalo de tempo e que mais estudos devem ser realizados para confirmação destes dados.
REFERÊNCIAS
17. Costa MCF. Hepatite B e hepatite C: estudo de incidência 1995–1997. Rev Port Saude Publica
1999; 17(2):47–54.
18. Chávez JH, Campana SG, Haas P. Panorama da hepatite B no Brasil e no Estado de Santa
Catarina. Revista Panamericana de Salud Pública. 2003, v. 14, n. 2.
19. Brasil, Ministério da Saúde. Secretaria Executiva. Programa Nacional de Hepatite Virais. Hepatite
virais: o Brasil está atento. Brasília. 2005.
20. Alter MJ. Heterosexual transmission of hepatitis B and implication for vaccine – Prevention
Strategies. In: Bennet DL (ed) The Control of hepatitis B: The role of prevention in adolescence,
London 1991, p. 21-25.
21. Fonseca JCF. Hepatite B no Estado do Amazonas. Moderna Hepatologia, Brasil 1991; 1:33-35.
22. Fiorini M. Incidência de Casos Agudos e Crônicos de Hepatite Viral do Tipo B em Pacientes
Investigados pela Secretaria Municipal de Porto Alegre no ano de 2002. Boletim Epidemiológico.
Porto Alegre, ano VI, nº 24, pg 08, agosto de 2004.
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MAGALHÃES, Ana Flavia Oliveira; ROCHA, Francielle Poliana de Medeiros; ASSIS, Francielly
Eugenio de e PEREIRA, Claudio Maranhão. Incidência de hepatite B na população da cidade de
Goiânia-Goiás: influência dos marcadores sorológicos no prognóstico desta infecção. Estácio de Sá
– Ciências da Saúde. Rev. da Faculdade Estácio de Sá. Goiânia SESES – GO - VOL. 01, Nº 04,
65-76. Set. 2010/Dez. 2010.
SEXO
78,00% 79,01% 81,71%
68,00%
62,64% 64,47%
58,00% 57,66% 54,35% 54,62%
48,00% 49,14% 51,27%
50,86% 48,73%
42,34% 45,65% 45,38%
38,00% 37,36% 35,53%
28,00%
18,00% 20,99% 18,29%
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008
M 79,01% 62,64% 64,47% 81,71% 57,66% 45,65% 50,86% 48,73% 54,62%
F 20,99% 37,36% 35,53% 18,29% 42,34% 54,35% 49,14% 51,27% 45,38%
75
MAGALHÃES, Ana Flavia Oliveira; ROCHA, Francielle Poliana de Medeiros; ASSIS, Francielly
Eugenio de e PEREIRA, Claudio Maranhão. Incidência de hepatite B na população da cidade de
Goiânia-Goiás: influência dos marcadores sorológicos no prognóstico desta infecção. Estácio de Sá
– Ciências da Saúde. Rev. da Faculdade Estácio de Sá. Goiânia SESES – GO - VOL. 01, Nº 04,
65-76. Set. 2010/Dez. 2010.
Gráfico 3 - Distribuição dos casos de Hepatite B, por Forma Clínica encontrada no ano de 2000 a 2008.
15,8%
Ign/Branco
1,1%
Infecção Assintomática
77,8%
17,2% 1,9%
2,9%
Completa Incompleta
Não vacinado Ign/Branco
Estácio de Sá – Ciências da Saúde.
Rev. da Faculdade Estácio de Sá. Goiânia SESES - GO
VOL. 01, Nº 04, 77 – 98. Set. 2010/Dez. 2010.
A. C. Moreira Ribeiro
A. P. Silva Bueno
E.S. Oliveira
Adriano Luis Fonseca
Resumo: Abstract:
O objetivo deste estudo foi descrever a atuação do The aim of this study was to describe nurses' actions
enfermeiro no processo de captação e doação de in the process of capturing and organ donation, it is an
órgãos, trata- se de um estudo investigativo, de investigative study, crosscutting, quantitative, based
caráter transversal, quantitativo, tendo por base on data from national and central state of Goias and
dados das centrais nacional e do estado de Goiás e de literature about theme.
literaturas sobre o tema proposto.
Palavras-chave: Key-words:
INTRODUÇÃO
Histórico
A história dos transplantes está limitada aos últimos cem anos, tendo o cirurgião genovês
Jacques-Louis Reverdin (1842-1928) o primeiro transplante com sucesso, em humanos, ao realizar em
Genebra, um autotransplante de pele em 1869. Existem contos mitológicos em várias culturas
religiosas, incluindo a hindu, chinesa e egípcia, que sugerem que a ideia do transplante pode ser muito
mais antiga e relacionada aos anseios da longevidade (GARCIA et al, 2006).
Algumas figuras da mitologia, como a quimera e o grifo, e criaturas como os sátiros, os
centauros e as sirenes, resultaram da combinação de seres de espécies diferentes, fornecendo exemplos
bem-sucedidos de xenotransplante.
No Ocidente, a lenda sobre os transplantes representa um simbolismo religioso e envolve
os santos padroeiros da Medicina, São Cosme e São Damião, que viveram entre os anos 285 e 305 da
era cristã. De acordo com a lenda, a perna de um mouro, recentemente morto, foi transplantada com
78 RIBEIRO; A. C. Moreira; BUENO; A. P. Silva; OLIVEIRA; É. S. e FONSECA; Adriano Luis
.Atuação do enfermeiro e sua práxis no processo de captação e doação de órgãos. Estácio de Sá –
Ciências da Saúde. Rev. da Faculdade Estácio de Sá. Goiânia SESES – GO - VOL. 01, Nº 04,
77-98. Set. 2010/Dez. 2010.
sucesso em um paciente que teve a perna amputada por câncer ou gangrena. Esta lenda foi um
dos temas favoritos dos pintores medievais. (GARCIA et al, 2006).
Gaspare Tagliacozzi de Bolonha (1547-1599) publicou o seu trabalho De
Custorum Chirurigia per Insitinem (O enxerto na cirurgia de mutilação), em que relatou
técnicas refinadas de enxerto e rinoplastia. Jhon Hunter (1728-1793), que estabeleceu as bases
científicas da cirurgia moderna, recolocou com sucesso, o primeiro pré-molar de um paciente,
horas após ter caído, postulou que as substancias vivas tinham a disposição de unirem-se
quando colocadas em contato com outras. Esses trabalhos iniciais imaginavam os transplantes
humanos sendo controladas pelas mesmas leis dos enxertos no reino vegetal e que tecidos de
diferentes origens poderiam unir-se quando submetidos á firme adesão. Em 1804, Gisuseppe
Baronio (1759-1811), de Milão, publicou experimentos bem-sucedidos de auto-enxerto de
grandes fragmentos de pele em ovelha. Em 1822, Johann Dieffenbach publicou tese sobre
transplante experimental e regeneração de tecidos, seguida logo após por relatos de seu
trabalho clínico. Charles Edouard Brown-Séquard, no início dos anos 1800, sugeriu que
membros amputados poderiam ser reimplantados e, utilizou os métodos de Hunter, implantou
caudas de ratos e de gatos nas cristas de galos. Sonhando com o rejuvenescimento, implantou
em cães idosos testículos ou partes de testículos de porquinhos-da-índia jovens. (GARCIA et
al, 2006).
No século XIX ocorreu o desenvolvimento dos enxertos livres, com a evolução
dos enxertos por compressão de Jacques Louis Reverdin, em 1869, para os enxertos dérmico-
epidérmicos de Louis Ollier, que também estabeleceu o princípio dos enxertos ósseos. A
disponibilidade e a ampliação do uso dos enxertos livres levaram ao emprego de aloenxertos
(enxerto entre indivíduos da mesma espécie) e xenoenxertos (enxerto entre espécies
diferentes), mas a lista de tecidos implantados, no final deste século incluía tendões, ossos e
tecidos endócrinos, como tireóide e ovário. Em 1887, um olho de coelho foi transplantado em
um paciente e, em 1896, uretra de ovelha foi usada na reparação de uretra humana. Entretanto
alguns investigadores observaram que autotransplantes sobreviviam melhor e as frequentes
falhas com aloenxertos e xenoenxertos levantaram a questão sobre a compatibilidade entre
diferentes espécies ou mesmo os diferentes indivíduos. Assim o foco dos transplantes de
partes ou órgãos completos mudou da investigação técnica para a biológica no final do século
XIX. As contribuições de Lister para as normas da anti-sepsia e o subsequente
desenvolvimento da assepsia permitiram o enxerto cirúrgico e o transplante com uma menor
taxa de infecção. O problema básico que permanecia para a revascularização direta dos órgãos
79 RIBEIRO; A. C. Moreira; BUENO; A. P. Silva; OLIVEIRA; É. S. e FONSECA; Adriano Luis
.Atuação do enfermeiro e sua práxis no processo de captação e doação de órgãos. Estácio de Sá –
Ciências da Saúde. Rev. da Faculdade Estácio de Sá. Goiânia SESES – GO - VOL. 01, Nº 04,
77-98. Set. 2010/Dez. 2010.
BIOÉTICA E TRANSPLANTES
assunto deve ser abordado em uma sala privativa com ambiente calmo, todos os presentes
sentados e bem acomodados (MOZACHI, 2005).
O avanço da tecnologia nas diversas áreas, fez com que acontecesse o que há anos
atrás era improvável, manter vivo um corpo morto, a invenção dos ventiladores mecânicos, as
unidades de terapia intensiva e determinadas drogas associadas a um corpo técnico
qualificado proporciona essa condição.
A ME não deve ser confundida com o coma profundo (estado vegetativo, que
pode ser reversível), o artigo 6º da mesma resolução trás que os exames complementares a
serem observadas para constatação de ME deverão demonstrar de forma inequívoca, a
ausência de atividade elétrica cerebral ou, ausência de atividade metabólica cerebral ou,
ausência de perfusão sanguínea cerebral.
O exame clínico neurológico torna-se indispensável para o diagnóstico da ME,
que além de ser preciso o coma tem que ter uma causa conhecida e de caráter irreversível. O
diagnóstico é baseado na anamnese, exame clínico e exames laboratoriais.
Para que ocorra a confirmação de ME, são necessárias três avaliações realizadas
por médicos diferentes sendo um deles neurologista ou neurocirurgião e que não faça parte de
nenhuma equipe transplantadora, o exame complementar deverá ser feito por um terceiro
médico entre a 1ª e 2ª prova ou como 3ª prova.
O exame clínico- A hipotermia e a hipernatremia fazem parte da fisiopatologia da
ME. A hipotermia decorre da destruição do centro termorregulador no hipotálamo, devido à
lesão encefálica, associada à inabilidade de vasoconstrição por perda do tônus simpático. É
classifica em leve (temperatura corporal < 35ºC); moderada (temperatura corporal < 32,2ºC) e
grave (temperatura corporal< 28°C).
A hipernatremia tem etiologia multifatorial, provocada também, em parte, por
lesão neurológica, dessa vez no nível da neuro-hipófise, comprometendo a produção de
84 RIBEIRO; A. C. Moreira; BUENO; A. P. Silva; OLIVEIRA; É. S. e FONSECA; Adriano Luis
.Atuação do enfermeiro e sua práxis no processo de captação e doação de órgãos. Estácio de Sá –
Ciências da Saúde. Rev. da Faculdade Estácio de Sá. Goiânia SESES – GO - VOL. 01, Nº 04,
77-98. Set. 2010/Dez. 2010.
Doador
Doador vivo é um cidadão juridicamente capaz, que nos termos da lei, possa doar
órgão ou tecido sem comprometimento de sua saúde e aptidões vitais. Pela legislação
vigente, parentes até quarto grau e cônjuges podem ser doadores; não parentes somente
com autorização judicial. Pode- se doar em vida, um dos rins, parte do pulmão, parte do
fígado e medula óssea.
Doador cadáver na atualidade esse tem sido o mais importante doador de órgãos. A
retirada post-mortem de órgãos e tecidos destinados a transplante deve ser precedida de
diagnóstico de Morte Encefálica. O transplante só pode ser autorizado após a realização,
no doador, de testes de triagem para afastar infecção sanguínea. Um doador cadáver pode
doar órgãos e tecidos para até 12 pessoas (receptores na Lista Única), todavia, após a
retirada, o cadáver é condignamente recomposto e entregue à família ou aos responsáveis
legais para o sepultamento. Os órgãos que podem ser doados:
Doador com o coração batendo: coração, fígado, pulmão, rins, pâncreas, córneas,
pele, ossos, cartilagem, tendão, veias, valva cardíaca e intestino. Doador com o coração
parado: córneas, pele, valvas cardíacas e ossos.
Possível doador: qualquer pessoa que possua os critérios para ser testado para ME (em
coma de causa conhecida, Glashow 3, no respirador) ou que apresentou morte de causa
neurológica, sem que fossem realizados os testes de morte encefálica. Não deve apresentar
contra-indicações absolutas, previamente conhecidas, para a doação. Não deve ser
considerado como possível doador um paciente com critérios para ME, com diagnóstico
conhecido de neoplasias e AIDS.
Potencial doador possível doador em que foi realizado pelo menos o primeiro teste
clínico para ME.
Doador efetivo potencial doador em que foi removido pelo menos um órgão sólido,
para transplante. Não é considerado doador efetivo se foi removidos apenas tecidos.
(GARCIA, 2006)
Cada órgão tem um tempo médio de sobrevida entre sua retirada do doador e o
transplante no receptor. Esse intervalo varia de acordo com as condições de quem doa e de
quem recebe.
87 RIBEIRO; A. C. Moreira; BUENO; A. P. Silva; OLIVEIRA; É. S. e FONSECA; Adriano Luis
.Atuação do enfermeiro e sua práxis no processo de captação e doação de órgãos. Estácio de Sá –
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77-98. Set. 2010/Dez. 2010.
Os critérios absolutos para exclusão de órgãos para transplante são: Infecção por
sepse bacteriana ou fúngica, hepatites ou encefalites viróticas, AIDS, infecção ativa por
citomegalovírus ou infecção herpética sistêmica, tuberculose ativa, sífilis, doença de chagas e
uso habitual de drogas. Malignidade (exceto tumores primários do SNC ou carcinomas de
pele ou cervical localizado) e traumatismo direto no órgão.
Coração/pulmão Mesmos critérios para coração mais: Trauma ou infecção pulmonar ausente,
ventilação artificial < 24 horas, se possível trocas gasosas adequadas com
FiO2 < 30%, diâmetro torácico do receptor adequado, ausência de
tabagismo.
A doação de órgãos por portadores de sorologia positiva para hepatite C tem sido
motivo de controvérsias. Há evidencias de transmissão do vírus da hepatite C após
transplantes. Porém como a carência de órgãos é muito séria, admite-se a utilização de órgãos
vitais (coração, pulmão e fígado) de portadores de sorologia positiva para hepatite C.
(PEREIRA, 2004).
Os possíveis doadores de órgãos devem ser submetidos a uma avaliação
laboratorial rigorosa. De acordo com a lei nº 9.434/97 em seu artigo 2º parágrafo único (com
redação dada pela lei 10.211/2001) “A realização de transplantes ou enxertos de tecidos,
órgãos e partes do corpo humano só poderá ser autorizada após a realização, no doador, de
todos os testes de triagem para diagnóstico de infecção e infestação exigido em normas
regulamentares expedidas pelo ministério da saúde.”
O processo doação-transplante pode ser definido como um procedimento médico
composto de uma série de etapas ordenadas de forma precisa, que transforma órgãos de
pessoas mortas em órgãos disponíveis para transplante. Esse processo, que pode envolver
mais de cem profissionais e durar de 14 a72 horas, tem início com a sociedade que fornece os
órgãos e tecidos e termina com esta, sendo beneficiado com esses transplantes.
Em decorrência do pequeno número de casos diagnosticado de ME e do complexo
processo de obtenção de órgãos, o número insuficiente de doadores para atender à crescente
demanda de pacientes em lista de espera passou a ser o maior obstáculo para a realização de
transplantes. Portanto a falta de órgãos para transplantes reflete não apenas a falta de
89 RIBEIRO; A. C. Moreira; BUENO; A. P. Silva; OLIVEIRA; É. S. e FONSECA; Adriano Luis
.Atuação do enfermeiro e sua práxis no processo de captação e doação de órgãos. Estácio de Sá –
Ciências da Saúde. Rev. da Faculdade Estácio de Sá. Goiânia SESES – GO - VOL. 01, Nº 04,
77-98. Set. 2010/Dez. 2010.
Receptor
Todo paciente que precisa ser transplantado é inscritos na lista única de receptores
do Sistema nacional de Transplantes do Ministério da Saúde (cuja ordem é seguida com rigor,
sob supervisão do Ministério Público), por uma equipe responsável pelo procedimento do
transplante. A partir desse cadastro, a central de transplantes emite uma lista de receptores
inscritos, compatíveis para o doador; no caso dos rins deve-se se fazer ainda uma nova
seleção por compatibilidade imunológica ou histológica. Os transplantes somente poderão ser
realizados em pacientes com doença progressiva ou incapacitante, irreversível, por outras
técnicas terapêuticas.
92 RIBEIRO; A. C. Moreira; BUENO; A. P. Silva; OLIVEIRA; É. S. e FONSECA; Adriano Luis
.Atuação do enfermeiro e sua práxis no processo de captação e doação de órgãos. Estácio de Sá –
Ciências da Saúde. Rev. da Faculdade Estácio de Sá. Goiânia SESES – GO - VOL. 01, Nº 04,
77-98. Set. 2010/Dez. 2010.
Compatibilidade
Atuação do enfermeiro
INTERVENÇÃO OBJETIVO
Mudança de decúbito Indispensável na prevenção de úlceras por pressão e
atelectasias. Cuidado redobrado com a pele.
Sondagem nasogástrica Descompressão gástrica e prevenindo aspirações.
Sondagem vesical de A mensuração e a monitorização do débito urinário permitem
demora a avaliação da função renal.
Acesso venoso central Possibilitará a monitoração da PVC. Indispensável como guia
para a reposição volêmica. Administração de drogas
vasoativas, em caso de hipotensão.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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Estácio de Sá – Ciências da Saúde.
Rev. da Faculdade Estácio de Sá. Goiânia SESES - GO
VOL. 01, Nº 04, 99 – 117. Set. 2010/Dez. 2010.
Resumo: Abstract:
É uma revisão bibliográfica sobre força de Preensão It is a literature review on grip strength in patients
Palmar em portadores de EM, utilizando o with MS, using dynamometry as a primary means of
Dinamômetro como principal meio de medição. measurement. We used data from articles taken
Foram utilizados dados de artigos retirados da from LILACS, MEDLINE, SCIELO.GOOGLE
LILACS, Medline, Scielo, Google Acadêmico, no ACADEMIC, from 1970 to 2010, using key words:
período de 1970 até 2010,utilizando-se das palavras Palmar Grasp, Multiple Sclerosis and
chaves: Preensão Palmar,Esclerose Múltipla e Dynamometer. Data synthesis: The measurement of
Dinamômetro. Síntese de dados: A medição da força hand grip strength in patients on main goal is to
de preensão palmar em portadores de Em tem como provide the level of fatigability of the upper limbs of
objetivo principal fornecer o nível de fadigabilidade patients mainly in the secondary progressive stage
dos membros superiores de portadores de Em of the disease which is already installed
principalmente no estágio secundário progressivo da neurological signs.
doença onde já se encontra instalados os sinais
neurológicos.
Palavras-chave: Key-words:
Força de preensão Palmar, Esclerose Múltipla e Hand grip strength, multiple sclerosis and
Dinamômetro. Dynamometer.
INTRODUÇÃO
REVISÃO DE LITERATURA
Esclerose Múltipla
DINAMÔMETRO
estudos que se propõem a fornecer valores normativos para esta medida, são a segunda e a
terceira posição do dinamômetro hidráulico. Innes (1999) também afirma que o dinamômetro
hidráulico seja ajustado na segunda posição para aferição da DM. Ashford e colaboradores
(1996) recomendam a terceira posição para homens e a segunda para mulheres, pelo fato
destes níveis renderem força máxima de aperto para cada gênero.
A determinação de uma sequência clara de instruções dadas aos indivíduos a
serem avaliados é de suma importância. A motivação para realização do teste de força manual
é extremamente necessária a fim de promover estimulo ao indivíduo para que este venha
desenvolver a sua capacidade de contração voluntária máxima (JOHANSSON; KENT;
SHEPARD, 1983).
Não existe consenso na literatura sobre o número de aferições a ser realizada no
teste de DM. Achados descrevem que apenas uma leitura pode ser realizada, maior entre duas
ou três leituras (KLIDJAN et. al., 1980; GRIFFITH; CLARK, 1984; WEBB et. al., 1989;
KALFARENTZOS et al., 1989; HIRSCH et. al., 1992; HUMPHREYS et al., 2002) e a média
de 3 medidas (FIGUEIREDO et. al., 2000a; FIGUEIREDO et. al., 2000b).
O procedimento mais comum observado nos estudos revisados é o registro da
maior entre três leituras (KLIDJAN et. al., 1980; GRIFFITH; CLARK, 1984; WEBB et. al.,
1989; KALFARENTZOS et. al., 1989; HIRSCH et. al., 1992; GUO et. al., 1996; QURESHI
et. al., 1998; LÊ CORNU et. al., 2000; HUMPHREYS et. al., 2002; ALVARES DA SILVA;
SILVEIRA, 2005; WANG et. al., 2005).
Durante a realização do teste de DM é importante ressaltar o período de contração
voluntária máxima. Innes (1999) descreve um tempo de 3 segundos para registrar a máxima
leitura. Nos casos de avaliações repetidas de esforço, um período de descanso entre as
aferições deve ser respeitado para evitar a fadiga muscular. A maioria dos estudos relata um
período de descanso entre as medidas de, no mínimo, 1 minuto (VAZ et. al., 1996;
CAPORRINO et. al., 1998; INCEL et. al., 2002; HILLMAN et al., 2005; HORNBY et al.,
2005). Entretanto, intervalos menores também são observados, como por exemplo, no estudo
de Hanten e colaboradores (1999) um período de 15 segundos e Boadella et. al. (2005) 2 a 5
segundos de repouso.
A influência da dominância é uma questão a ser observada. Na década de 70,
Schmidt e Toews descreveram uma diferença de 10% na força entre a mão dominante e a não
dominante. Crosby et. al. (1994) também observaram uma diferença de 10,0% a mais na força
da mão dominante em relação à não dominante em indivíduos destros. Mathiowetz e
111 FONSECA, Adriano Luís; COUTO, Juliana; MARIN, Kliver; RANNA, Pedro; ZANIN, Glauco
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METODOLOGIA
CONCLUSÃO
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Marques; FONSECA; Daniela R.P. Dinamometria e esclerose múltipla: revisão da literatura.
Estácio de Sá – Ciências da Saúde. Rev. da Faculdade Estácio de Sá. Goiânia SESES – GO -
VOL. 01, Nº 04, 99-117. Set. 2010/Dez. 2010.
Ximenes, A. C. S
Luz, F. G. R.
Luz, M. M. M
Mata, J. R
Resumo: Abstract:
Palavras-chave: Key-words:
Acupuntura, clima, alimento, queixa principal. Acupuncture, climate, food, main complaint
INTRODUÇÂO
Fisioterapeuta, Especialista em Acupuntura- UniSaúde.
Fisioterapeuta, Mestre em Ciências da Saúde, Especialista em Acupuntura, professora/Poloeduc.
Fisioterapeuta, Mestre em Ciências da Saúde, Especialista em Acupuntura, professor/Poloeduc.
Odontólogo, Doutor em Biologia Celular, Especialista em Acupuntura, professor/UFG.
120 Ximenes, A. C. S; Luz, F. G. R.; Luz, M. M. M; Mata, J. R Prevalência de queixas de pacientes
atendidos em acupuntura. Estácio de Sá – Ciências da Saúde. Rev. da Faculdade Estácio de Sá.
Goiânia SESES – GO - VOL. 01, Nº 04, 119-126. Set. 2010/Dez. 2010.
técnica tem sido cada vez mais empregada no serviço de saúde pública no Brasil (SILVA,
2001; GOIS, 2007). Como efeito da ação da acupuntura tem sido proposto: a geração de
impulsos elétricos que são levados pelos nervos até o Sistema Nervoso Central; o aumento da
liberação de substâncias analgésicas e antiinflamatórias; a manutenção do equilibrado dos
níveis de serotonina (LOBATO, et al., 2006). Os fatores indutores das doenças podem ser, a
constituição frágil, fatores climáticos como o calor de verão, fogo, umidade, secura, frio e
vento; fatores inerentes ao estilo de vida do individuo os quais tem se tornado uma das
principais causas das doenças no mundo moderno (ROSS, 2003).
A acupuntura se baseia na energia Qi que origina com o feto, a qual é mantida
pelo alimento e a respiração. O Qi circula de um órgão a outro mantendo o seu adequado
funcionamento sendo aí armazenado determinando a saúde ou a doença nos casos de excessos
ou de deficiências (NAKANO e YAMAMURA, 2005).
As doenças dos meridianos Yang na superfície corpórea geralmente ocorrem
devido a uma agressão mórbida do vento, da chuva, do frio ou da umidade e aquelas dos
meridianos Yin se relacionam a desequilíbrios alimentares ou a um cotidiano irregular que
induz desarmonia entre o Yin e o Yang (HE et al., 2001).
Na primavera acorrem patologias relacionadas ao vento com localização no fígado
e perturbações na garganta e pescoço, no verão patologias do calor localizadas no coração
com perturbações no peito e nas costelas, no outono disfunções dos pulmões com
perturbações nos ombros e nas costa e no inverno distúrbios induzidos pelo frio com
comprometimento renal e perturbações na região lombar (HE et al., 2001).
O clima da Região Centro-Oeste do Brasil é tropical, quente e chuvoso. A
característica mais marcante deste clima quente é a presença de um verão chuvoso, entre os
meses de outubro e março, e um inverno seco, entre os meses de maio e setembro
(WIKIPEDIA, 2006).
Na Medicina Tradicional Chinesa, além do fator climático, a dieta é parte
primordial para o equilíbrio da saúde. Assim, quando a alimentação é inadequada em
qualidade, quantidade ou na regularidade de horários, as disfunções tendem a aparecer
(CAMPIGLIA, 2004). A preferência por alimentos com predominância de um dos sabores
doce, picante, salgado, ácido e amargo está relacionada ao estado de saúde dos órgãos (HE et
al., 2001; WEN, 2001; MACIOCIA, 2005). Deste modo, uma alimentação saudável deve
conter os sabores amargo doce, picante, salgado e azedo os quais suprem as necessidades de
cada órgão. Neste sentido, um coração enfraquecido induz a manifestação do desejo de ingerir
121 Ximenes, A. C. S; Luz, F. G. R.; Luz, M. M. M; Mata, J. R Prevalência de queixas de pacientes
atendidos em acupuntura. Estácio de Sá – Ciências da Saúde. Rev. da Faculdade Estácio de Sá.
Goiânia SESES – GO - VOL. 01, Nº 04, 119-126. Set. 2010/Dez. 2010.
MATERIAL E MÉTODOS
RESULTADO E DISCUSSÃO
álgicos (91%). Por outro lado o fato de que a maioria dos pacientes se encontrarem nesta faixa
etária pode ter relação com algum grau de dificuldade em aceitar o tratamento, com agulhas
pelos indivíduos mais jovens e pelas dificuldades inerentes dos idosos de procurar o
tratamento ambulatorial.
Gráfico 1 - Distribuição, por grupos de idades, dos pacientes atendidos pelo programa Acupuntura solidária em
Goiânia de março a julho de 2006.
100
90
80
Nº de pacientes
70
60
50
40
30
20
10
0
5 a 20 21 a 40 41 a 60 acima 60
Idade dos pacientes
como tratamento para os diversos quadros álgicos. Outros estudos também relatam a dor
como queixa mais frequente e dentre elas a dor de cabeça, cólicas e dores musculares
(LOBATO, et al., 2006).
Tabela 1 - Cruzamento da queixa apresentada com a preferência climática dos pacientes atendidos em
acupuntura em Goiânia de março a julho de 2006. Foram avaliados 204 pacientes sendo 170 femininos e 34
masculinos.
Água a qual por sua vez tonifica o Yang do rim em estado de deficiência, (WEN, 2001; HE et.
al., 2001) demonstrando que o organismo através das preferências busca o seu reequilíbrio
(CAMPLIGIA, 2004).
Tabela 2 - Cruzamento da queixa principal apresentada com a preferência alimentar dos pacientes atendidos em
acupuntura em Goiânia de março a julho de 2006. Foram avaliados 204 pacientes sendo 170 femininos e 34
masculinos.
A dor lombar também foi mencionada como uma algia bem frequente. De fato,
a dor lombar é causa frequente de morbidade e incapacidade, sendo sobrepujada apenas pela
cefaléia na escala dos distúrbios dolorosos (DEYO et. al.1996) e dos pacientes que procuram
à acupuntura, 30% apresentam queixa de dor lombar (FERREIRA, 1996). Assim, a dor é a
principal queixa dos pacientes em acupuntura e estima-se que somente com a acupuntura seja
gasto anualmente um milhão de dólares nos Estados Unidos (CHRIST, 2006). A dor aguda na
região lombar é decorrente de entorse ou de invasão de frio. Nas dores decorrentes de entorse
há estagnação local do Qi e do sangue. A dor decorrente da invasão de frio intensifica-se com
o repouso e pela manhã com alívio através do movimento cotidiano ao longo do dia. Quando
a dor lombar é crônica há deficiência dos Rins a qual é amenizada com o repouso e
intensificada pelo excesso de trabalho ou de atividade sexual (MACIOCIA, 2005).
Neste trabalho identificou-se maior prevalência da dor lombar seguida pela
cefaléia. Os pacientes com dor lombar apresentaram deficiência de Rim, constatado a partir da
preferência pelo inverno em (51,9%) seguido de índice significativo de preferência pelo sabor
salgado. O inverno e o sabor salgado estão relacionados com o elemento Água e promovem a
tonificação do Zang Fú Rim. A tendência de opção pelo inverno e a avidez pelo salgado,
aspectos relacionados com elemento água e o órgão rim, apontam para a busca do equilíbrio
com a promoção da tonificação deste Zan fú.
125 Ximenes, A. C. S; Luz, F. G. R.; Luz, M. M. M; Mata, J. R Prevalência de queixas de pacientes
atendidos em acupuntura. Estácio de Sá – Ciências da Saúde. Rev. da Faculdade Estácio de Sá.
Goiânia SESES – GO - VOL. 01, Nº 04, 119-126. Set. 2010/Dez. 2010.
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
Castro, B. B
Nishi, M*
Cavalkanti, K*
Mata, JR
Luz, M. M. M
Luz, F. G. R.
Resumo: Abstract:
A postura ereta adotada pelo homem induziu na The stance of the man led to lumbago lasting
região lombar, uma pressão permanente tornando pressure. It is frequently a place of regular pain. The
esta área copórea sítio de frequentes goal of this study was a treatment of the lumbago
comprometimentos por dores. O objetivo deste through the muscular meridian tendon of the
trabalho foi avaliar o tratamento da lombalgia através bladder. There were ten patients studied, four were
do meridiano tendino-muscular da Bexiga. Foram men and six women between 35 and 65 years old.
avaliados 10 pacientes, sendo quatro do sexo They were assisted in the association called
masculino e seis femininos com idades de 35 a 65 “Associação dos Deficientes Físicos do Estado de
anos, atendidos na Associação dos Deficientes Goiás” in 2006. The intensity of the pain was
Físicos de Estado de Goiás no ano de 2006. A measured in the first, fifth and tenth sessions using
intensidade da dor foi mensurada na 1º, 5º e 10º the visual analog scale of pain. The treatment was in
sessão usando a escala visual analógica de dor the acupoints B67, B66, B65, B60, Vb34, B54, B30
(EVA). O tratamento foi realizado utilizando os of the leg radiating pain and ending in the ID 18
acupontos B67, B66, B65, B60, Vb34, B54, B30 da contralateral. Comparing the measure of the pain
perna acometida de irradiação da dor, finalizando since the first session, in the fifth one there was a
com o ponto de reunião ID 18 contralateral. Já na 5º reduction the it in 62% and until the tenth session,
sessão houve uma redução media da dor de 62.2% e the reduction got to 78,4%. The use of acupuncture
até a 10º sessão, a redução atingiu 78,4% em was effective in alleviating the pain of pointing out
comparação com o estado inicial antes do the use of the technique of tendon-muscle therapy as
tratamento. A utilização da acupuntura foi efetiva na recommended for the treatment of low back pain.
amenização do quadro doloroso apontando o
emprego da técnica dos tendino-musculares como
terapia recomendável para o tratamento das
lombalgias.
Palavras-chave: Key-words:
Dor lombar, Acupuntura, meridiano tendino- Back Pain, Acupuncture, meridian tendon-muscle
muscular.
Fisioterapeutas, Especialistas em Acupuntura.
Odontólogo, Doutor em Biologia Celular, Especialista em Acupuntura, professor/UFG.
Fisioterapeuta, Mestres Ciências da Saúde, Especialistas em Acupuntura da Poloeduc.
Fisioterapeuta, Mestres Ciências da Saúde, Acupunturista, professor da Fac. Estácio de Sá/GO.
128 Castro, B. B; Nishi, M; Cavalkanti, K; Mata, JR; Luz, M. M. M; Luz, FGR..Tratamento da lombalgia
através de meridiano tendíneo muscular. Estácio de Sá – Ciências da Saúde. Rev. da Faculdade Estácio
de Sá. Goiânia SESES – GO - VOL. 01, Nº 04, 127-135. Set. 2010/Dez. 2010.
INTRODUÇÃO
O advento da adoção da postura ereta pelo homem induziu na região lombar, uma
pressão permanente direcionando para a 3ª vértebra lombar o centro de gravidade do corpo
humano, tornando esta área copórea como sítio de frequentes comprometimentos por dores,
mesmo em pacientes mais jovens (CECIN et al., 1991; AKATOV et al., 1997; SEÇER et al.,
2009). As vértebras lombares apresentam-se como sustentáculos do peso na coluna vertebral
executando movimentos de flexão, extensão e rotação, sendo a L3 a mais móvel dentre as
vértebras lombares (RASCH, 1991; GRIEVE, 1994; KAPANDJI, 2000; KNOPLICH, 2003).
As Lombalgias são condições de dor, dolorimento, rigidez, localizadas na região
inferior do dorso, representando um dos problemas de saúde mais comuns da sociedade
moderna, sendo causa de morbidade e incapacitação do indivíduo para as atividades diárias
(CECIN, 1997; TEIXEIRA & FIGUIRÓ; 2001; MADEIRA et al., 2002; GUIMARÃES &
ALMEIDA, 2004). As lombalgias são agravadas por fatores como a idade, sexo, postura
inadequada, obesidade, fraqueza muscular, mau condicionamento físico, tabagismo e
desordens psicossomáticas que contribuem para a instabilidade e o desalinhamento vertebral
(COX, 2002).
A prevalência desta patologia em ambos os sexos entre 20 e 29 anos é alta
(53,7%) porem pacientes acima de 45 anos de idade são ainda mais propensos (CECIN, 1991;
FREIRE &NATOUR 1999; TEIXEIRA & FIGUEIRÓ, 2001). O comprometimento do nervo
ciático induz a lombociatalgia que pode estar relacionada com as atividades ocupacionais, ao
gerar sobrecargas na coluna lombar devido à exigência de manutenção de posturas por tempos
prolongados ou a execução de movimentos frequentes de flexão e rotação da coluna
(KENDALL & McCREARY, 1987; TEIXEIRA & FIGUEIRÓ, 2001; MADEIRA et. al.,
2002).
O tratamento pelo método da acupuntura tem sido amplamente aceito pelo mundo
(LIN & CHEN, 2009). A acupuntura visa restabelecer a circulação da Energia denominada Qi
nos meridianos, Órgãos e Vísceras (YAMAMURA, 1993). Através da circulação adequada do
Qi, a acupuntura proporciona excelentes resultados no alívio de dores na coluna, através da
liberação de esteróides, redutores do processo inflamatório e opióides endógenos, analgésicos
naturais do corpo, induzindo melhora na sensação de bem estar, humor, qualidade do sono e
no relaxamento muscular global (MACIOCIA, 1996; HAN, 2004). Pela medicina tradicional
chinesa, a dor nas costas pode ser causada pela estagnação do Qi, do sangue, deficiência do
129 Castro, B. B; Nishi, M; Cavalkanti, K; Mata, JR; Luz, M. M. M; Luz, FGR..Tratamento da lombalgia
através de meridiano tendíneo muscular. Estácio de Sá – Ciências da Saúde. Rev. da Faculdade Estácio
de Sá. Goiânia SESES – GO - VOL. 01, Nº 04, 127-135. Set. 2010/Dez. 2010.
rim ou devido a uma síndrome Bi (MACPHERSON et. al., 2004). Nestes casos a acupuntura
é efetiva na melhoria da lombalgia aguda ou crônica (CHERKIN et al., 2009; LIN & CHEN,
2009) sendo recomendada como tratamento coadjuvante juntamente com outras terapias
convencionais (YUAN et. al., 2009).
Os vasos tendino-musculares, são largas ramificações de energia defensiva que
partem dos pontos tsing, se estendem por todo organismo no nível superficial-médio,
protegendo o organismo contra as agressões das energias perversas (ÉDITEUR, 1995). O
meridiano tendino-muscular da Bexiga é um dos meridianos tendino musculares Yang do pé
com reunião no acuponto ID18 e quando afetado apresenta sintomas como contratura dos
músculos na nuca, face externa da perna, dor no ombro, na região poplítea, no trajeto do
músculo grande dorsal (YAMAMURA, 1993; ÉDITEUR, 1995). O objetivo deste trabalho foi
avaliar o tratamento da lombalgia através do meridiano tendino-muscular da Bexiga.
MATERIAL E MÉTODOS
Foram avaliados 10 pacientes acometidos de dor lombar com irradiação para uma
das pernas, sendo quatro do sexo masculino e seis do sexo feminino com idades de 35 a 65
anos, atendidos na Associação dos Deficientes Físicos de Estado de Goiás no ano de 2006.
Foram excluídos desta pesquisa, pacientes que se encontravam sob tratamento
medicamentoso, de fisioterapia, hidroterapia ou quiropraxia. Os dados foram coletados a
partir da mensuração da intensidade da dor realizada através da escala visual analógica de dor
(EVA), a qual é numerada de zero (correspondendo à ausência de dor) a 10 (correspondendo a
dor máxima) conforme descrita por TEIXEIRA & FIGUEIRÓ (2001). Os pacientes foram
colocados em decúbito ventral na maca de atendimento e assepsiados com álcool nos pontos a
serem punturados. Utilizaram-se agulhas estéreis descartáveis (DBC 108, Dongbang
Acupuncture Needeles) as quais permaneceram inseridas por 20 minutos sendo manipuladas a
cada 5 minutos. Foram realizadas 10 sessões em dias alternados e no início da 1º, 5º e 10º
sessão os pacientes apontaram na escala EVA, a intensidade da dor que os acometiam naquele
momento.
O tratamento foi realizado no meridiano da Bexiga por ter relação com patologias
da coluna e membros inferiores seguindo a técnica dos canais tendino-musculares utilizando-
se os pontos Tsing, Iong, Iu, pontos Ashi mais o ponto de reunião. Os acupontos utilizados
seguiram a sequência: B 67 (Tsing), B66 (Iong), B65 (Iu) e B60, Vb34, B54, B30 como
130 Castro, B. B; Nishi, M; Cavalkanti, K; Mata, JR; Luz, M. M. M; Luz, FGR..Tratamento da lombalgia
através de meridiano tendíneo muscular. Estácio de Sá – Ciências da Saúde. Rev. da Faculdade Estácio
de Sá. Goiânia SESES – GO - VOL. 01, Nº 04, 127-135. Set. 2010/Dez. 2010.
pontos Ashi, na perna acometida de irradiação da dor, finalizando com o ponto de reunião ID
18 contralateral.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Tabela 1 – Intensidade da dor apontada na escala visual analógica (EVA) por pacientes atendidos em
acupuntura na Associação dos Deficientes Físicos do Estado de Goiás no ano de 2006.
Tabela 2 – Percentual de redução da dor, em relação ao início do tratamento (1ª sessão), de pacientes
submetidos à acupuntura verificado no início da 5ª e da 10ª sessão. Os pacientes foram atendidos na Associação
dos Deficientes Físicos do Estado de Goiás no ano de 2006 .
Gráfico 1 – Percentuais médios da intensidade dor na 1º, 5º e 10º sessão de acupuntura, apontados por
pacientes atendidos na Associação dos Deficientes Físicos de Estado de Goiás no ano de 2006.
120
Intensidade da dor (%)
100
80
60
40
20
0
1 5 10
Número da sessão
CONCLUSÕES
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135 Castro, B. B; Nishi, M; Cavalkanti, K; Mata, JR; Luz, M. M. M; Luz, FGR..Tratamento da lombalgia
através de meridiano tendíneo muscular. Estácio de Sá – Ciências da Saúde. Rev. da Faculdade Estácio
de Sá. Goiânia SESES – GO - VOL. 01, Nº 04, 127-135. Set. 2010/Dez. 2010.
Resumo: Abstract:
Palavras-chave: Key-words:
INTRODUÇÃO
Ms. Departamento de Morfologia - Universidade Federal de Goiás. fribeiro@yahoo.com.br - Campus
Samambaia, CEP:74001-970 - Caixa Postal: 131 - Goiânia – Goiás.
Doutor do Instituto de Ciências Biológicas – Universidade Federal de Goiás.
Odontóloga pela UNI-EVANGÉLICA-Anápolis-Goiás.
Biomédico – Especialista em Docência Universitária - Universidade Federal de Goiás.
137 MATA, Fabiana Ribeiro da; MATA, João Roberto da; SANTOS, Sara Dayane e SOUZA, Márcio
Christian Rodrigues. Instrumentos e procedimentos avaliativos em anatomia humana. Estácio de Sá –
Ciências da Saúde. Rev. da Faculdade Estácio de Sá. Goiânia SESES – GO - VOL. 01, Nº 04, 136-
142. Set. 2010/Dez. 2010.
MATERIAL E MÉTODOS
Este estudo foi realizado a partir da aplicação de questionários tanto aos alunos
quanto aos docentes já que a pesquisa da qualidade do desempenho docente com base na
informação dos alunos é um dos parâmetros aceitáveis, (BOCLIN, 2004). As questões foram
às mesmas, tanto para os alunos quanto para professores.
Os questionários foram distribuídos para dois professores e sessenta alunos.
Foram analisados 40 questionários, pois como não “valia nota”, alguns alunos julgaram não
ser importante e não responderam. A partir das respostas aos questionários foi realizada a
análise dos procedimentos avaliativos de professores da disciplina de anatomia humana do
primeiro ano do curso de odontologia da Universidade Federal de Goiás.
138 MATA, Fabiana Ribeiro da; MATA, João Roberto da; SANTOS, Sara Dayane e SOUZA, Márcio
Christian Rodrigues. Instrumentos e procedimentos avaliativos em anatomia humana. Estácio de Sá –
Ciências da Saúde. Rev. da Faculdade Estácio de Sá. Goiânia SESES – GO - VOL. 01, Nº 04, 136-
142. Set. 2010/Dez. 2010.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Para a maioria dos alunos, a escolha dos professores está associada à necessidade
de avaliar o conteúdo, teórico e prático, e incentivar o comparecimento às aulas (Tabela 1).
Assim, novamente fica evidente a necessidade de quantificar através da prova, a
aprendizagem além do reconhecimento de que a prova serve também como um “incentivo”
para que eles estudem.
74 Avaliar o conteúdo
Prova teórica (100%) 12 Não justificou
4,8 Avaliar o rendimento
2,3 Análise profunda do aprendizado
6,9 Compreender melhor a prática /Há aulas teóricas/ É tradicional/
70 Avaliar o conteúdo prático
Prova Prática (100%) 9,4 Compreender melhor a teoria/Facilita a aprendizagem
7,0 Melhor método para avaliar e estudar anatomia
4,8 Avaliar o rendimento
4,8 Não justificaram
4,6 É tradicional/ Testar o aluno
56.6 Incentivar o aluno a ir às aulas/Avalia o interesse/ Evitar faltas/Valorizar
Frequência (90%) o aluno que assiste às aulas
7,1 Não justificaram
4,7 Avaliar o envolvimento e participação
4,7 Comparecimento dos alunos
4,7 Avalia a frequência
4,6 Entendimento mais amplo Avalia a assimilação do conteúdo
6,9 Participação dos alunos folgados/Incentivar o estudo após a explicação/
Avaliar a responsabilidade do aluno
Uso do jaleco (5%) 4,0 Incentivar o uso
1,0 Segurança
CONCLUSÕES
aprendizagem não deve apenas obrigar o aluno a estudar e cobrar dele resultados, mas sim
possibilitar e orientar os professores e alunos rumo ao conhecimento e desenvolvimento
pessoal e profissional como um todo.
REFERÊNCIAS
Resumo: Abstract:
Trata de uma revisão sistemática da literatura que This is a systematic review aimed to examine the
objetivou analisar as publicações científicas que scientific publications of nursing in the training of
abordem a capacitação de cuidadores formais e formal and informal caregivers of Alzheimer's
informais de pacientes com Alzheimer, introduzidas patients put into databases from 2000 to 2009. We
em bancos de dados no período de 1999 a 2009. surveyed the virtual libraries Medline, Lilacs and
Foram pesquisadas as bibliotecas virtuais MedLine, Scielo. The sample was composed of 20 publications
Lilacs e Scielo, 1544 publicações que foram were analyzed as a standard in more effective training
analisadas quanto um modelo padrão mais eficaz na of caregivers, dedicated to improving the quality of
capacitação de cuidadores, voltado para melhoria na life for both being cared for as his caregiver. Notes
qualidade de vida tanto do que está sendo cuidado that this disease not only causes physical dependence,
como do seu cuidador. Esta doença causa but also, financial, and the elderly who are victims of
dependência física e financeira, e o idoso, que já é many prejudices established by the society suffers
uma vítima de inúmeros preconceitos estabelecidos even more. Furthermore people who care, is in danger
pela a sociedade, sofre ainda mais por se esquecer of not coping with the situation, not knowing the
dos fatos e das pessoas. Além disso, as pessoas que symptoms and disorders of the disease and ultimately
cuidam, correm o risco de não saber lidar com a jeopardize the health of the elderly but also their
situação, seja pelo desconhecimento dos aspectos health. Under this assumption, the objectives
clínicos, mas também pelo desconhecimento técnico suggested for the occurrence of this lack of
do cuidar. Partindo deste pressuposto os objetivos preparation, is the lack of a systematized nursing
apontados para a ocorrência deste despreparo, se education for the elderly with Alzheimer's and
encontra na falta de uma enfermagem sistematizada especially their caregivers.
na educação para o idoso com Alzheimer e
principalmente para seus cuidadores.
Palavras-chave: Key-words:
INTRODUÇÃO
Professor da FESGO – edson.sidiao@go.estacio.br
Acadêmicas de Enfermagem da FESGO
144 SOUZA JÚNIOR, Edson Sidião de; TEIXEIRA NETO, Dédiva Maria; SANTOS, Eurídice Oliveira da
Silva e AMÂNCIO, Margareth Oliveira Enfermagem na capacitação de cuidadores formais e informais de
pacientes com Alzheimer. Estácio de Sá – Ciências da Saúde. Rev. da Faculdade Estácio de Sá. Goiânia
SESES – GO - VOL. 01, Nº 04, 143-153. Set. 2010/Dez. 2010.
cuidador (informal) de tal forma que volte em busca de alternativas de cuidado como a
contratação de um indivíduo para prestar assistência ao idoso. Esses indivíduos são
denominados cuidadores formais que não raramente assumem sozinhos a assistência ao idoso,
sem ter uma equipe para dividir as responsabilidades da tarefa. Os cuidadores formais que se
habilitam a prestar assistência aos idosos no domicílio nem sempre possuem uma formação
adequada para o desempenho dessa função. No entanto a oferta dos serviços dessas pessoas
vem crescendo visivelmente na imprensa escrita, principalmente nos jornais de grande
circulação e em revistas não científicas.
CALDEIRA e RIBEIRO (2004) abordam de uma maneira geral situações de
dificuldades dos cuidadores quando se encontram ou se deparam com numerosos fatores, que
incluem a aceitação do diagnóstico, lidar com um stress cada vez maior, administrar o conflito
dentro da família e planejar o futuro e saber cuidar do paciente. Com isso, o cuidador ficará
vulnerável a doenças físicas, depressão, perda de peso, insônia, a abusar física e verbalmente
do paciente, de álcool e de medicamentos psicotrópicos.
KARSCH (2003) focalizando na assistência do idoso e seus cuidadores, procura
demontrar que tanto nos Estados Unidos como na Europa há investimentos em políticas
públicas a fim de construir e manter redes de suporte a idosos e a cuidadores. Um exemplo
disso é a rede de suporte a cuidadores que se define como community care, cujo objetivo é
manter o idoso em casa, oferecendo suporte para a família e para o cuidador, trazendo, por
exemplo, um profissional para alternar os cuidados com o cuidador.
No Brasil, a velhice sem independência e autonomia ainda faz parte de uma face
oculta da opinião pública, porque vem sendo mantida no âmbito familiar dos domicílios ou
nas instituições asilares, impedindo qualquer visibilidade e, consequentemente, qualquer
preocupação política de proteção social (KARSCH, 2003).
Talvez o descaso da política social seja devido à decorrência do sistema de saúde
pública, não se encontrar preparado para fornecer o suporte à população que envelhece nem a
sua família (ROCHA, VIEIRA e SENA, 2008).
Segundo o MS - Ministério da Saúde (2008), a pessoa com limitação física e
financeira é a que mais sofre, tendo que depender da ajuda de outras pessoas, em geral
familiares, fazendo com que seu poder de decisão fique reduzido, dificultando o
desenvolvimento de outros vínculos com o meio social. Para oferecer uma vida mais
satisfatória, é necessário o trabalho em conjunto entre o Estado, a comunidade e a família.
147 SOUZA JÚNIOR, Edson Sidião de; TEIXEIRA NETO, Dédiva Maria; SANTOS, Eurídice Oliveira da
Silva e AMÂNCIO, Margareth Oliveira Enfermagem na capacitação de cuidadores formais e informais de
pacientes com Alzheimer. Estácio de Sá – Ciências da Saúde. Rev. da Faculdade Estácio de Sá. Goiânia
SESES – GO - VOL. 01, Nº 04, 143-153. Set. 2010/Dez. 2010.
METODOLOGIA
TESTE DE RELEVÂNCIA 1
Identificação do estudo:
Critérios de Inclusão Sim Não
1. O estudo envolve a capacitação de cuidadores
formais e informais de pacientes de DA?
2. O estudo relata técnicas de enfermagem
cientificamente comprovada de como ajudar na
capacitação de cuidadores?
3. O estudo é direcionado na capacitação dos
cuidadores de pacientes com DA?
Critérios de Exclusão
1. É editorial ou revisão?
2. A linguagem do artigo não é dominada pelo
pesquisador?
3. Fora do período estudado (1999-2009)?
Parecer do avaliador: ( ) Inclusão ( ) Exclusão
Pesquisador: _________________________________________________
TESTE DE RELEVÂNCIA 2
Identificação do estudo:
Critérios de Inclusão Sim Não
1.O estudo trabalha a capacitação visando à
qualidade de vida do paciente com DA e do seu
cuidador?
2. O estudo tem conhecimento científico prático-
149 SOUZA JÚNIOR, Edson Sidião de; TEIXEIRA NETO, Dédiva Maria; SANTOS, Eurídice Oliveira da
Silva e AMÂNCIO, Margareth Oliveira Enfermagem na capacitação de cuidadores formais e informais de
pacientes com Alzheimer. Estácio de Sá – Ciências da Saúde. Rev. da Faculdade Estácio de Sá. Goiânia
SESES – GO - VOL. 01, Nº 04, 143-153. Set. 2010/Dez. 2010.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
cruzamentos (tabela 1). Observa-se também uma predominância de artigos na base LILACS.
Apesar disso a relevância da base na contribuição cientifica não pode ser avaliada pela
quantidade de literatura indexada.
Tabela 1- Distribuição dos artigos levantados na BVS (Biblioteca Virtual De Saúde) de acordo com a Base De
Dados e Descritores* (22/09/2009).
Tabela 2 - Distribuição dos artigos levantados na BVS (Biblioteca Virtual De Saúde) e aceitos pelos dois
pesquisadores após aplicação do Teste de relevância I nos resumos (com total de artigos inclusos pelos diferentes
pesquisadores em concordância).
SCIELO 00 00 00 00 00 00 00
LILACS 2 01 00 01 00 00 04
Total em 3 1 X 04
concordância
*descritores: a-ALZHEIMER, b-CAPACITAÇÃO, c-ENFERMAGEM, d-IDOSO.
Estes artigos estão listados na (Tabela 3). Foram então excluídos 1540 artigos. A
problemática do desacordo entre os pesquisadores foi facilmente resolvida pelo dialógo, já
que as dificuldades se deviam a tradução, ou de uma leitura mais atenciosa ou sobre
informações mais detalhadas a despeito da técnica de diagnóstico ou população avaliada.
Percebemos a repetição de artigos, em diferentes bases de dados, ou com diferente ordem de
autores.
151 SOUZA JÚNIOR, Edson Sidião de; TEIXEIRA NETO, Dédiva Maria; SANTOS, Eurídice Oliveira da
Silva e AMÂNCIO, Margareth Oliveira Enfermagem na capacitação de cuidadores formais e informais de
pacientes com Alzheimer. Estácio de Sá – Ciências da Saúde. Rev. da Faculdade Estácio de Sá. Goiânia
SESES – GO - VOL. 01, Nº 04, 143-153. Set. 2010/Dez. 2010.
CONCLUSÃO
Tabela 3- Artigos levantados na BVS (Biblioteca Virtual De Saúde) e aceitos pelos dois pesquisadores após
aplicação do Teste de relevância I nos resumos.
CRUZ, Marília da Nova and O artigo aponta que à medida que as doenças crônico-degenerativas
HAMDAN, Amer Cavalheiro. O como a Doença de Alzheimer (DA) aumenta, cresce a necessidade por
impacto da doença de Alzheimer cuidadores especiais, função importante desempenhada pelos cuidadores,
no cuidador. Psicol. estud. onde pelo declínio e pela demanda específica do paciente, são fatores
[online]. 2008, vol.13, n.2, pp. importante para o estresse do cuidador como, depressão, prejuízos no
223-229. ISSN 1413-7372. sistema imunológico, e altos índices de conflitos familiares.
LEMOS, Naira Dutra; Esse artigo caracteriza através de uma amostragem de cuidadores de
GAZZOLA, Juliana Maria e pacientes com DA, onde foi detectado uma maior prevalência na classe
RAMOS, Luiz Roberto. feminina, com faixa etária entre 41 a 60 anos com idade mínima de 34
Cuidando do paciente com anos, onde em relação à escolaridade a maioria tiveram até oito anos de
Alzheimer: o impacto da doença estudo. Já quanto ao tempo, verificou-se que os cuidadores já realizavam
no cuidador. Saude soc. [online]. os cuidados ao paciente há quatro anos, e a maioria dedicava como refere
2006, vol.15, n.3, pp. 170-179. o artigo 19 a 24 horas por dia aos cuidados, sendo que a maioria também
ISSN 0104-1290. realizava outras atividades fora.
GARRIDO, REGIANE and O artigo revela através de uma revisão sistemática da literatura, que os
ALMEIDA, OSVALDO P.. transtornos de comportamento em pacientes dementados são as
Distúrbios de comportamento em principais causas de sobrecarga na vida do cuidador. Além disso, as
pacientes com demência: impacto dificuldades crescentes com cuidado do paciente aumenta a chance de
sobre a vida do cuidador. Arq. que este venha a ser institucionalizado, onerando ainda mais os
Neuro-Psiquiatr. [online]. 1999, deficitários serviços de saúde disponíveis para o atendimento dessa
vol.57, n.2B, pp. 427-434. ISSN população.
0004-282X.
CALDEIRA, A.P.S.; RIBEIRO, O objetivo desta pesquisa foi analisar o conhecimento do cuidador sobre
R.C.H.M. O enfrentamento do os cuidados necessários aos idosos portadores de Alzheimer, partindo
cuidador do idoso com deste pressuposto, os autores sugere uma assistência de enfermagem
Alzheimer. Arquivo Ciência sistematizada de educação para o idoso com Alzheimer e principalmente
Saúde, v.11, n.2, p.2-6, 2004, abr- para seus cuidadores.
jun;11(2):X-X.
152 SOUZA JÚNIOR, Edson Sidião de; TEIXEIRA NETO, Dédiva Maria; SANTOS, Eurídice Oliveira da
Silva e AMÂNCIO, Margareth Oliveira Enfermagem na capacitação de cuidadores formais e informais de
pacientes com Alzheimer. Estácio de Sá – Ciências da Saúde. Rev. da Faculdade Estácio de Sá. Goiânia
SESES – GO - VOL. 01, Nº 04, 143-153. Set. 2010/Dez. 2010.
REFERÊNCIAS
Resumo: Abstract:
Palavras-chave: Key-words:
INTRODUÇÃO
No Brasil, ao longo dos anos, a infecção hospitalar (IH) vem constituindo como
um problema da saúde pública, e se faz necessário à intervenção do governo, através do
Ministério da Saúde, instituindo políticas de saúde para a área hospitalar, foi criado às
comissões de controle de infecções hospitalares (CCIH), com ações educativas como
treinamentos e cursos específicos, abordando aspectos técnicos e biológicos, voltados para os
profissionais de saúde (SANTOS et. al. 2008, p.442).
Neste contexto a infecção hospitalar torna-se um evento histórico, social e não
apenas biológico o que requer investimentos científicos, tecnológicos e humanos para a
criação de medidas preventivas e de controle, sem perder de vista a qualidade do cuidado
prestado pela enfermagem (PEREIRA, 2005, p. 256).
155 CORRÊA, Kássio Henrique Rodrigues; PEREIRA, Valdete; MELO, Gleydson Ferreira e AZEVEDO,
Francino. Prevenção e controle de infecção hospitalar em unidade de urgência e emergência. Estácio de Sá
– Ciências da Saúde. Rev. da Faculdade Estácio de Sá. Goiânia SESES – GO - VOL. 01, Nº 04, 154-
166. Set. 2010/Dez. 2010.
Domiciano, Fonseca (2008) ressalta que a própria estrutura dos serviços de saúde
no país gera uma primazia pelos serviços de emergência, pois são mais ágeis do que o
atendimento ambulatorial (DOMICIANO, FONSECA, 2008, p.187).
A unidade de emergência tem como finalidade prestar atendimento imediato a
todos os pacientes que necessitam de assistência à saúde, visando qualidade, eficiência e
segurança, promovendo meios para uma assistência contínua e centrada em programas de
cooperação, orientação e desenvolvimento de práticas específicas (GOMES, 2008, p.36).
Certos procedimentos na emergência nem sempre respeitam os métodos
assépticos preconizados, devido à necessidade e agilidade para garantir a sobrevida do
paciente, o que leva a incidência de infecções relacionada à assistência de emergência
(OLIVEIRA, BRAZ, MACHADO, 2005, p. 05).
Devido a grande demanda de pacientes politraumatizados, com sangramentos e
eliminações de secreções nos serviços de emergência, aumenta os riscos inerentes à prestação
da assistência de enfermagem aumentando consideravelmente o índice de infecções, pois os
profissionais e clientes ficam expostos a um ambiente de trabalho que facilita o surgimento de
infecções cruzadas (VALLE et. al. 2008, p. 305).
Diferentemente de todas as outras unidades hospitalares, a unidade de emergência
não delimita a entrada de pacientes, trabalha na maioria dos casos com leitos extras (macas),
com número fixo de profissionais e em uma área física restrita e que pode se tornar imprópria
para o atendimento (CALIL, 2008, p. 17).
Assim a planta física inadequada, recursos humanos ineficientes, equipe de
trabalho não treinada, condições clínica dos pacientes, recursos materiais insuficientes e
impróprios são fatores agravantes que contribuem para o risco de infecção hospitalar
(GOMES, 2008, p.136-137).
A enfermagem responde por vários mecanismos de prevenção e controle de
infecção em diversas áreas na unidade de saúde, seja em atividades administrativas, de
supervisão e de treinamento de pessoal ou nos cuidados prestados aos pacientes admitidos nas
unidades de urgência e unidade de terapia intensiva (UTI) (FREIRE, 2006, p. 379).
É neste contexto que as infecções hospitalares tornam intrínseco ao processo de
cuidar, constituindo um dos parâmetros para garantir a qualidade do cuidado da assistência
prestada, ou seja, um índice elevado de infecção mostra que o cuidado não está sendo
prestado adequadamente (PEREIRA, 2005, p.252-254).
157 CORRÊA, Kássio Henrique Rodrigues; PEREIRA, Valdete; MELO, Gleydson Ferreira e AZEVEDO,
Francino. Prevenção e controle de infecção hospitalar em unidade de urgência e emergência. Estácio de Sá
– Ciências da Saúde. Rev. da Faculdade Estácio de Sá. Goiânia SESES – GO - VOL. 01, Nº 04, 154-
166. Set. 2010/Dez. 2010.
Santos et. al. (2008) afirma, que apesar de todo conhecimento e tecnologia
disponível incluindo medidas profiláticas comprovadamente eficazes, ainda há o desafio de
Semmlweis, de tornar as ações de prevenção e controle das infecções, práticas rotineiras nas
instituições de saúde, principalmente no que diz respeito à lavagem das mãos (SANTOS et al.
2008, p. 442).
Os serviços na Unidade de Urgência e Emergência constituem um grave problema
de saúde pública no Brasil, mantendo-se o descaso governamental com a medicina preventiva
e os temas relacionados à emergência relegados a segundo plano, como pode-se constatar com
o reduzido número de publicações e revistas dedicadas ao tema (CALIL, 2007, p. 22).
Devido ao grande índice de morbimortalidade decorrente de infecções
nasocomiais e pela grande demanda da assistência de urgência e emergência, e ao número
insuficiente de pesquisas desenvolvidas sobre a infecção hospitalar relacionada à assistência a
saúde na unidade urgência e emergência, que torna-se necessário entender porque as medidas
de prevenção e controle adotadas, não estão repercutindo na mudança dos dados que indicam
IH nos serviços de saúde, desse modo surge o objetivo de analisar fatores que pré-dispõem ao
desenvolvimento de infecções hospitalares na unidade de urgência e emergência.
METODOLOGIA
RESULTADOS E DISCUSSÕES
Desde 1999 até o ano de 2009 foram catalogados 14 artigos que tratam do tema e
que se enquadram nos descritores do estudo. A distribuição dos artigos nos periódicos
estudados no período delimitado pode ser analisada conforme destacado na tabela 1, em que
se verificou que a Revista Brasileira de Enfermagem foi o periódico que mais publicou sobre
a temática, totalizando dois artigos ao longo do período estudado. O período de 2008 foi o
destacado pelo maior número de publicações: 4 (quatro), seguido dos anos de 2005 e 2007
respectivamente com 3 (três) artigos. Como podem ser observados os anos de 2000, 2001,
2002 e 2009 não houve nenhuma publicação a respeito do tema e relacionado aos descritores.
159 CORRÊA, Kássio Henrique Rodrigues; PEREIRA, Valdete; MELO, Gleydson Ferreira e AZEVEDO,
Francino. Prevenção e controle de infecção hospitalar em unidade de urgência e emergência. Estácio de Sá
– Ciências da Saúde. Rev. da Faculdade Estácio de Sá. Goiânia SESES – GO - VOL. 01, Nº 04, 154-
166. Set. 2010/Dez. 2010.
Tabela 1 - Artigos publicados em periódicos nacionais sobre prevenção e controle de infecção hospitalar em
unidade de urgência e emergência 1999 a 2009.
99 00 01 02 03 04 05 06 07 08 09
Rev. Gaúcha - - - - - - 01 - - - - 01
Anais UFMG - - - - - - 01 - - - - 01
Rev. Nursing - - - - - - - - - 01 - 01
Rev. REME - - - - 01 - - - - - - 01
Total 01 - - - 02 - 03 01 03 04 - 14
procedimentos entre outros. A adesão às medidas de controle e prevenção deve ser um hábito
entre os profissionais de saúde, e a sua prática um desafio a ser atingindo. Para que esses
objetivos sejam alcançados, os profissionais deverão ser conscientizados, motivados e
orientados em um processo permanente de educação (SANTOS et. al. 2008, p. 446).
Tabela 2 - Principais fatores predisponentes para aquisição de infecção hospitalar na unidade de urgência e
emergência.
Artigos
Falta de adesão às medidas de controle e prevenção de infecção. 14
Total 49
Adoção das precauções padrão conforme o Centers for Disease Control and Prevention 5
(CDC), Adoção de precauções de acordo com a via de transmissão (contato, aerossóis,
gotículas).
A formação educacional foi tomada como fator bastante incisivo que leva à
adesão ou não das medidas de controle de infecção, mas a ênfase não se restringi ao processo
educativo formal direcionado à profissão (MARTINI, DALL‟AGNOL, 2005, p. 98).
A formação e a educação continuada representam os esforços que alavancarão o
controle de infecção, na sua interdisciplinaridade e intersetorialidade, caminha-se para um
novo fazer de Enfermagem, com modelos de cuidados mais seguros (PEREIRA, 2005, p.
254).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Contudo não se pretende com este estudo esgotar o assunto abordado e nem
buscar “soluções prontas” para a prevenção e controle da IH e, sim contribuir para o
desenvolvimento de novos estudos relacionados ao tema e oferecer subsídios para o ensino e a
prática, abrindo um “leque” para novas pesquisas.
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Estácio de Sá – Ciências da Saúde.
Rev. da Faculdade Estácio de Sá. Goiânia SESES - GO
VOL. 01, Nº 04, 167 – 172. Set. 2010/Dez. 2010.
Resumo: Abstract:
Os avanços nos estudos do metabolismo individual Advances in studies of individual metabolism would
permitiriam a classificação dos pacientes conforme a allow classification of patients according to the
capacidade de biotransformação das drogas e capacity of biotransformation of drugs and signaled
sinalizariam para a criação de novos medicamentos e for the creation of new drugs and new strategies
novas estratégias farmacoterapêuticas. A depressão pharmacotherapeutics. Depression challenges and
desafia e compromete a saúde pública mundial, undermines the public health worldwide, has alarming
possui previsões alarmantes e necessita de predictions and needs investment to its treatment and
investimentos para seu tratamento além de uma a biopsychosocial approach.
abordagem biopsicossocial.
Palavras-chave: Key-words:
INTRODUÇÃO
Brasil, 2009 e adolescentes (ROHDE e TRAMONTINA, 2005) sendo a fase adulta muito
comprometida e a fase idosa naturalmente marcada por grande número de casos conforme
avança as debilidades orgânicas (SHIGEMURA et. al., 2008; PRATT et. al., 2005 e RAHIMI
et al., 2006).
Estima-se que entre 13% e 20% da população mundial sofra de depressão com 3%
apresentando distúrbios afetivos graves com risco de morte. Dos pacientes, quando tratados,
apenas 30% respondem à terapia medicamentosa e ficam sujeitos ao período de latência e aos
efeitos colaterais que podem restringir a conduta (ROMEIRO e BARREIRO, 2008).
Conforme o panorama estabelecido, é imprescindível a investigação dos critérios
utilizados para diagnóstico da depressão e para a escolha dos medicamentos. Será que apenas
o diagnóstico clínico consegue atenuar os efeitos colaterais e dirigir o sucesso
farmacoterapêutico? Quais as investigações acerca do metabolismo do paciente dão suporte
para a prescrição?
METODOLOGIA
DISCUSSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O grande propósito desse trabalho foi o de abrir uma perspectiva sobre novos
paradigmas que associados com a abordagem tradicional poderão melhorar o tratamento dos
casos de depressão em todas as suas variáveis diagnósticas.
O estudo do comportamento metabólico pode se tornar o grande diferencial no
sucesso terapêutico e uma das formas mais decisivas de tornar as estratégias de tratamento
mais individualizadas. As novas pesquisas tentam aproximar os fármacos do efeito
terapêutico disposto com o mínimo de efeitos colaterais. Para se tornar ainda mais ideal, esses
medicamentos deveriam abranger o maior número de tipos de depressão desde os mais leves
até os mais severos, apresentar baixo custo e poder ser usados em várias idades.
Os cuidados em saúde pública no tratamento da depressão devem passar por
projetos políticos que invistam em formação de profissionais capacitados clinica e
cientificamente e no investimento em planos de tratamento que atinjam a população de um
modo geral. A evolução do tratamento depende muito do conhecimento fisiopatológico dos
distúrbios psiquiátricos e do avanço da farmacogenética que é muito negligenciado.
No Brasil, por exemplo, seria possível estabelecer um perfil diversificado devido
ao grande polimorfismo ligado a grande miscigenação populacional. Dessa forma, algumas
lacunas relacionadas aos efeitos terapêuticos e efeitos colaterais poderiam ser decifradas um
pouco mais e novos medicamentos mais eficazes desenvolvidos.
Existem muitas outras condições que este artigo não conseguiu abordar, pois não
teve a pretensão de esgotar todas as facetas de um contexto tão multidisciplinar. Contudo, ao
que se propôs, fica a importância de se vislumbrar parte das perspectivas de condutas
farmacológicas sendo necessários novos estudos sobre o uso de antidepressivos e a discussão
da prática clínica, pois é o que realmente interessa.
172 SILVA, Elder Sales da; Marc GINGOZAC e SENA, Juliana Rodrigues de. Tipificação do metabolismo
individual e possibilidades farmacológicas de diminuição dos efeitos colaterais no tratamento da
depressão. Estácio de Sá – Ciências da Saúde. Rev. da Faculdade Estácio de Sá. Goiânia SESES – GO
- VOL. 01, Nº 04, 167-172. Set. 2010/Dez. 2010.
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Estácio de Sá – Ciências da Saúde.
Rev. da Faculdade Estácio de Sá. Goiânia SESES - GO
VOL. 01, Nº 04, 173 – 182. Set. 2010/Dez. 2010.
Resumo: Abstract:
O trabalho a ser realizado busca fazer uma revisão da The work being conducted seeks to review the reports
literatura direcionada à análise da qualidade de vida related to analysis of quality of life in old age
na terceira idade supervisionada pela enfermagem. supervised by nurses. In this context, one objective of
Neste âmbito, é objetivo desta revisão da literatura this review to continue with further exploring the
dar continuidade ao aprofundamento sobre a issue of leisure in old age. The methodology of this
temática do lazer na terceira idade. A metodologia study refers to data collections relating to sites like:
deste trabalho refere-se a coletas de dados referente a sciella, BIREME, LILACS and indexed with issues
sites como: Sciello, Bireme, e Lilacs com assuntos between the years 1990 to 2008. For this work we
indexados entre os anos de 1990 a 2008. Para tal present an analysis of leisure with a focus on the best
trabalho faremos uma analise atual do lazer na age of nursing in order to show the importance of
melhor idade com enfoque da enfermagem a fim de quality of life of elderly people targeted by nurses so
mostrar a importância da qualidade de vida do idoso that they can contribute to effective practice in this
orientados pelos enfermeiros de forma a poder area.
contribuir para uma prática efetiva nesta área.
Palavras-chave: Key-words:
Lazer, turismo, enfermagem e melhor idade, Leisure, tourism, nursing and seniors, quality of life.
qualidade de vida.
INTRODUÇÃO
Acadêmicas do curso de graduação de Enfermagem da Faculdade Estácio de Sá
Prof(a) Esp. do curso de Enfermagem da Universidade de Sá.
174 OLIVEIRA, Dasdores Gonçalves da Silva; ARAUJO, Viviana Reis de e CARDOSO, Edicássia
Rodrigues de Morais. Atuação do enfermeiro no lazer e no turismo na melhor idade. Estácio de Sá –
Ciências da Saúde. Rev. da Faculdade Estácio de Sá. Goiânia SESES – GO - VOL. 01, Nº 04, 173-
182. Set. 2010/Dez. 2010.
OBJETIVO
METODOLOGIA
HISTÓRIA DO IDOSO
legislação, pois, ela é farta, mas mal elaborada ou simplesmente descumprida. É necessária a
mobilização social para o devido respeito ao idoso, exigindo principalmente do poder público
a implementação da Política Nacional do Idoso.
O PROCESSO DE ENVELHECIMENTO
FISIOLOGIA DO IDOSO
ao idoso podemos considerar um individuo desidratado crônico, devido pela perca de água no
organismo.
Durante o envelhecimento todos os tecidos do organismo sofrem alterações, varia
de intensidade dependendo do indivíduo e do tecido, notam-se em algumas pessoas essas
modificações predomina em alguma parte do organismo ou em outras localizações. O sistema
colágeno é a proteína mais encontrada no organismo. Com o envelhecimento mais colágeno é
formado, surgem ligações cruzadas na molécula e há maior resistência á ação da colagenase.
Em consequência aumenta a rigidez dos tecidos e há maior dificuldade de difusão dos
nutrientes dos capilares para as células e dos metabólitos das células para os capilares, o que
ocasionaria deterioração progressiva da função celular ( MOTTA, 1998).
Com o envelhecimento ocorre alteração mais evidente nas fibras elásticas
maduras, ocorre um aumento na quantidade de fibras elásticas, alterando na sua composição
de aminoácidos, fragmentação e irregularidade de forma, além do depósito de cálcio. Tais
alterações determinam mudanças nas características funcionais das mesmas, ocasionado
redução da elasticidade dos tecidos que as contêm. Na pele envelhecida podemos observar é a
fragmentação das fibras elásticas. As tortuosidades significam que as fibras foram esticadas e
a seguir perderam a elasticidade, determinando como consequência dobras ou rugas.
(ROACH 2005).
O lazer faz parte da vida dos seres humanos, pois ele é um dos requisitos da vida,
que proporciona prazer, liberdade, sensação de bem estar entre outros benefícios. Mas
dependendo de como o individuo encara a realidade atual ou mesmo o tipo de lazer que
exerce, implicará no bem estar ou dos benefícios que o lazer pode oferecer (GOMES, 2003).
Segundo Ricardo (2009) em sua obra Estudos do Lazer uma introdução classifica
o lazer em seis áreas fundamentais: os interesses artísticos, os intelectuais, os físicos, os
manuais, os turísticos e os sociais.
São características do lazer ativo, atividades ligadas à recreação e interesses
físicos proporcionando assim interação social e saúde. Onde o indivíduo procure buscar algo
que lhe transmita prazer e ao mesmo tempo relaxamento, tentando esquecer um pouco suas
tarefas e reações de estresse da sua vida cotidiana. Isto também é possível acontecer no
cinema ou ao teatro como interesses artísticos (RICARDO, 2009).
180 OLIVEIRA, Dasdores Gonçalves da Silva; ARAUJO, Viviana Reis de e CARDOSO, Edicássia
Rodrigues de Morais. Atuação do enfermeiro no lazer e no turismo na melhor idade. Estácio de Sá –
Ciências da Saúde. Rev. da Faculdade Estácio de Sá. Goiânia SESES – GO - VOL. 01, Nº 04, 173-
182. Set. 2010/Dez. 2010.
Porém, não se deve excluir o lazer passivo, até por que é inevitável nos tempos
atuais, e às vezes a atividade passiva pode gerar tão quanto prazer como o lazer ativo, como
por exemplo: um torcedor de futebol que torce em casa, com muita empolgação, vibração e
alegria pode estar se satisfazendo prazerosamente até mais de quem estar torcendo ao vivo no
estádio, ou quando uma pessoa resolve ler um bom livro, ou seja, para tudo depende do tempo
livre e da atitude presente nas atividades. Mas vemos o lazer passivo como modismo estando
relacionado ao consumo através de propaganda da indústria do lazer e aos jogos eletrônicos, a
televisão, os computadores entrem outros que afetam as pessoas desde a sua fase de criança
até a fase adulta poupando-o em: energia, a não interação social, assim como os efeitos do
modismo e criatividade. Até aqui, tratamos de determinado segmento social que dispõe do
tempo e do dinheiro para o lazer (EMBRATUR, 2008).
Procure fazer o que você realmente goste e sente prazer, mas que você se sinta
bem realizando tal atividade, porém, faça tarefas ativas voltadas para as atividades físicas e de
saúde, atividades que envolva interação social, que possa colocar-lhe como ser capaz de
escolher e criticar as atividades compostas e expostas a si (ROBERTA, 2006; NEIDE, 2010).
CONCLUSÃO
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Editora, data. Ex.: GIDDENS, Anthony. Novas regras do método sociológico. Rio de
Janeiro, Zahar, 1978. Solicita-se observar rigorosamente a sequência e a pontuação.