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Fonte:
Livro:Lubrificante e Lubrificação
Autor: Ronaldo P. Carreteiro e
Carlos R.S. Moura
e
Petróleos e Derivados
Publicação Ipiranga
Introdução
a) Em mancais de rolamento:
• Boa retenção.
• Lubrificação instantânea na partida.
• Mínimo vazamento.
• Pode ser utilizada em mancais selados.
• Permite operação em várias posições.
• Elimina contaminação.
• Requer menor freqüência de aplicações.
• Baixo consumo.
b) Em mancais de deslizamento:
• Boa retenção.
• Resistente ao choque.
• Permanece onde necessário nas partidas e operações intermitentes.
c) Em engrenagens:
• Viscosidade Aparente
Como os fluxos das graxas não são newtonianos, a relação entre a tensão de
cisalhamento e o grau de cisalhamento (gradiente de velocidade) é denominado
viscosidade aparente.
Quanto maior o grau de cisalhamento, menor será a viscosidade aparente da
graxa.
A viscosidade aparente é afetada pelos seguintes fatores:
a. Viscosidade do fluido.
b. Processo de fabricação.
c. Estrutura e concentração do engrossador.
• Bombeabilidade
As graxas de argila não possuem ponto de gota, podendo assim ser usadas em
elevadas temperaturas.
Na ilustração abaixo, é apresentada a resistência à temperatura de acordo com a
natureza do sabão das graxas. A graxa de cálcio é a única que possui baixa
resistência à temperatura.
• Resistência à água
O tipo de sabão comunica ou não à graxa a resistência à ação da água. Dos tipos
citados anteriormente, a graxa de sabão de sódio é a única que se dissolve em
presença da água.
• Resistência ao trabalho
Além dessa ótima resistência, as graxas de lítio também têm uma resistência
muito boa à ação da água, na qual são insolúveis e suportam temperaturas
elevadas.
RESISTÊNCIA
QUADRO
SABÃO À Á Ao COMPARATIVO
temperatura água trabalho
Sódio MB P B P = Pobre
Cálcio RaB O RaB R = Regular
Complexo de B = Bom
MB MB MB MB = Muito bom
cálcio O = Ótimo
Lítio MB MB O
• Fabricação
As graxas sintéticas são as mais modernas. Tanto o óleo mineral, como o sabão,
podem ser substituídos por óleos e sabões sintéticos. Como os óleos sintéticos,
essas graxas têm um elevado custo e acabam tendo sua aplicação limitada aos
locais onde os tipos convencionais não podem ser utilizados.
• Aditivos:
1. Extrema pressão
o Aplicações: graxas para mancais de laminadores, britadores,
equipamentos de mineração etc., e para mancais que trabalham com
cargas elevadas.
o Finalidades: como nos óleos, quando a pressão excede o limite de
suporte da película de graxa, torna-se necessário o acréscimo
desses aditivos que, usualmente, à base de chumbo. Os lubrificantes
sólidos, como o molibdênio, a grafite e o óxido de zinco também são
empregados para suportar cargas mas, em geral, não são
adequados para mancais de rolamentos.
2. Adesividade
o Aplicações: graxas de chassis e aquelas empregadas em locais de
vibrações ou onde possam ser expelidas.
o Finalidades: aditivos como o látex ou polímeros orgânicos, em
pequenas quantidades, aumentam enormemente o poder de
adesividade das graxas. Estes aditivos promovem o "fio" das graxas,
já que as graxas aplicadas em locais com vibração como os chassis
ou em locais em que a rotação das peças pode expulsá-las, como as
engrenagens abertas, devem ter bastante adesividade.
3. Antioxidantes
o Aplicações: graxas para mancais de rolamentos.
o Finalidades: o óleo, como já vimos, é passível de oxidação, mas os
sabões são mais instáveis que o óleo. As graxas de rolamentos, que
são formuladas para permanecerem longos períodos em serviço e
onde as temperaturas são elevadas, devem ser resistentes à
oxidação, para não se tornarem corrosivas. Graxas formuladas com
gorduras mal refinadas ou óleos usados não possuem resistência à
oxidação.
4. Anticorrosivos e antiferrugem
o Aplicações: graxas para mancais de rolamentos.
o Finalidades: neutralizar os ácidos formados pela oxidação ou a
ação da água. Como as graxas de sódio se misturam com água, esta
perde seu efeito corrosivo, sendo então dispensados os aditivos
antiferrugem.
Além destes aditivos, muitos outros podem ser usados, como os de
oleosidade, os lubrificantes sólidos, corantes, fios de lã, etc.