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SEMANA 01 ?

A primeira prova do módulo de Política Internacional tem como foco a política externa brasileira
nos governos Dutra, Vargas, Café Filho e Juscelino. A política externa do Brasil se configura
como um dos mais importantes temas do concurso de admissão à carreira diplomática e,
portanto, faz-se necessária a sua compreensão e o seu domínio. O programa inicia-se com o
esfacelamento do relacionamento entre Estados Unidos e União Soviética, outrora crucial para
a vitória na Segunda Guerra, e a conseqüente formação dos blocos que configurariam a
Guerra Fria. O entendimento do sistema internacional é importante para que se insira o Brasil e
a sua luta pelo desenvolvimento, possibilitada em grande medida pelo temor norte-americano
de perder aliados econômicos e ideológicos na América Latina. Os meandros das relações
entre Estados Unidos e América Latina são cruciais para que se entendam as percepções
brasileiras de política externa e as possibilidades de desenvolvimento para o país. É primordial
que se enfatizem conceitos centrais, tais como americanismo, globalismo ou universalismo,
pragmatismo, alinhamento automático, desenvolvimento associado, dentre outros. As
estratégias colocadas pelos formuladores de política externa foram variadas durante esses
anos, oscilando entre a associação ao capital externo e medidas nacionalistas; contudo,
percebe-se um objetivo básico: a industrialização brasileira. O debate interno entre essas
estratégias também deve ser enfatizado, visto que seus reflexos influenciaram a tomada de
decisões. Linhas de continuidade são percebidas neste período, em que o Brasil tenta sua
inserção no sistema internacional de forma efetiva.

BIBLIOGRAFIA OBRIGATÓRIA

CERVO, Amado L. & BUENO, Clodoaldo. História da Política Exterior do Brasil. Brasília:
Editora UNB,2002. Capítulo Alinhamento e desenvolvimento associado (1946-1961). P. 269-
307.

CERVO, Amado L. & BUENO, Clodoaldo. História da Política Exterior do Brasil. Brasília:
Editora UnB, 2002.Texto: A política externa independente no apogeu do populismo.

VIZENTINI, Paulo Fagundes. Nacionalistas x ³entreguistas´ ± do desenvolvimentismo à política


externa independente. In: Relações internacionais do Brasil: de Vargas a Lula. São Paulo:
Fundação Perseu Abramo, 2003. p. 13-37

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
OURA, Gerson. A Segurança Coletiva Continental: o Sistema Interamericano, o TIAR e a
Guerra Fria. In: Albuquerque, J. A. Guilhon (Coord.) 60 anos de Política Externa Brasileira. Rio
de Janerio: Lumen Juris, 2006.

HIRST, onica. A Política Externa do Segundo Governo Vargas. In: Albuquerque, J. A. Guilhon
(Coord.) 60 anos de Política Externa Brasileira. Rio de Janerio: Lumen Juris, 2006.

VIZENTINI, Paulo F. A Política Externa do Governo JK (1956-61). In: Albuquerque, J. A.


Guilhon (Coord.) 60 anos de Política Externa Brasileira. Rio de Janerio: Lumen Juris, 2006.

ALEIDA, Paulo Roberto. A Diplomacia do Liberalismo Econômico: As relações econômicas


internacionais do Brasil durante a Presidência Dutra. In: José Augusto Guilhon de Albuquerque
(org.), Sessenta Anos de Política Externa Brasileira (1930-1990), Volume I: Crescimento,
modernização e política externa (São Paulo: Cultura Editores associados, 1996), pp. 173-210.

AUGUSTO, Braz José. A Política Externa no governo Jânio Quadros. Em: 60 Anos de Política
Externa Brasileira ± II Seminário Nacional. São Paulo, USP.

AADO, Rodrigo. ³A Política Externa de João Goulart´. In: J.A.G. Albuquerque (org),
Crescimento, modernização e política externa, Sessenta Anos de Política Externa Brasileira,
volume 1, São Paulo/USP, 1996.

BIBLIOGRAFIA INTRODUTÓRIA

PINHEIRO, Leticia. Política Externa Brasileira. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2004.

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SEMANA 02 ?

O segundo bloco de exercício continua o tema anterior: a política externa brasileira; os


governos Jânio Quadros/João Goulart, Castelo Branco, Costa e Silva e édici serão
enfatizados por essa prova. Dentre as orientações seguidas por nossa diplomacia nesse
período se destacam aquelas inauguradas pela Política Externa Independente, considerada um
marco da atuação exterior brasileira e evidência de uma mudança de paradigmas. É primordial
analisar como se desenvolveram as políticas externas de cada um dos governos militares e por
meio de quais estratégias essas gestões buscaram a inserção internacional do Brasil. Ainda
que o período da ditadura seja tratado como um todo, constantemente de maneira uniforme, a
natureza e as orientações de cada governo não podem ser consideradas de forma simplista, ao
passo que há mudanças de atuação no campo internacional. Devemos também considerar que
a realidade e os debates internos exerceram enorme influência nos rumos adotados por cada
ministro; os próprios posicionamentos ideológicos e políticos de cada presidente devem ser
considerados no esforço analítico de cada diplomacia. Dessa forma, é necessário respeitar as
particularidades de cada momento histórico e considerar os arranjos internacionais: por mais
que dois presidentes possam ter tido objetivos semelhantes na condução de sua política
exterior, o cenário internacional impõe restrições que, freqüentemente, conduzem a medidas e
a resultados específicos para cada constrangimento do sistema de nações.?

BIBLIOGRAFIA OBRIGATÓRIA ?

CERVO, Amado L. & BUENO, Clodoaldo. História da Política Exterior do Brasil. Brasília:
Editora UNB,2002. Capítulo Alinhamento e desenvolvimento associado (1946-1961). P. 269-
307.?

CERVO, Amado L. & BUENO, Clodoaldo. História da Política Exterior do Brasil. Brasília:
Editora UnB, 2002.Texto: A política externa independente no apogeu do populismo. ?

VIZENTINI, Paulo Fagundes. Nacionalistas x ³entreguistas´ ± do desenvolvimentismo à política


externa independente. In: Relações internacionais do Brasil: de Vargas a Lula. São Paulo:
Fundação Perseu Abramo, 2003. p. 13-37 ?

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR ?

OURA, Gerson. A Segurança Coletiva Continental: o Sistema Interamericano, o TIAR e a


Guerra Fria. In: Albuquerque, J. A. Guilhon (Coord.) 60 anos de Política Externa Brasileira. Rio
de Janerio: Lumen Juris, 2006. ?

HIRST, onica. A Política Externa do Segundo Governo Vargas. In: Albuquerque, J. A. Guilhon
(Coord.) 60 anos de Política Externa Brasileira. Rio de Janerio: Lumen Juris, 2006. ?

VIZENTINI, Paulo F. A Política Externa do Governo JK (1956-61). In: Albuquerque, J. A.


Guilhon (Coord.) 60 anos de Política Externa Brasileira. Rio de Janerio: Lumen Juris, 2006. ?

ALEIDA, Paulo Roberto. A Diplomacia do Liberalismo Econômico: As relações econômicas


internacionais do Brasil durante a Presidência Dutra. In: José Augusto Guilhon de Albuquerque
(org.), Sessenta Anos de Política Externa Brasileira (1930-1990), Volume I: Crescimento,
modernização e política externa (São Paulo: Cultura Editores associados, 1996), pp. 173-210.?

AUGUSTO, Braz José. A Política Externa no governo Jânio Quadros. Em: 60 Anos de Política
Externa Brasileira ± II Seminário Nacional. São Paulo, USP.?

AADO, Rodrigo. ³A Política Externa de João Goulart´. In: J.A.G. Albuquerque (org),
Crescimento, modernização e política externa, Sessenta Anos de Política Externa Brasileira,
volume 1, São Paulo/USP, 1996.?

BIBLIOGRAFIA INTRODUTÓRIA ?
PINHEIRO, Leticia. Política Externa Brasileira. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2004.

SEMANA 02 ?

O segundo bloco de exercício continua o tema anterior: a política externa brasileira; os


governos Jânio Quadros/João Goulart, Castelo Branco, Costa e Silva e édici serão
enfatizados por essa prova. Dentre as orientações seguidas por nossa diplomacia nesse
período se destacam aquelas inauguradas pela Política Externa Independente, considerada um
marco da atuação exterior brasileira e evidência de uma mudança de paradigmas. É primordial
analisar como se desenvolveram as políticas externas de cada um dos governos militares e por
meio de quais estratégias essas gestões buscaram a inserção internacional do Brasil. Ainda
que o período da ditadura seja tratado como um todo, constantemente de maneira uniforme, a
natureza e as orientações de cada governo não podem ser consideradas de forma simplista, ao
passo que há mudanças de atuação no campo internacional. Devemos também considerar que
a realidade e os debates internos exerceram enorme influência nos rumos adotados por cada
ministro; os próprios posicionamentos ideológicos e políticos de cada presidente devem ser
considerados no esforço analítico de cada diplomacia. Dessa forma, é necessário respeitar as
particularidades de cada momento histórico e considerar os arranjos internacionais: por mais
que dois presidentes possam ter tido objetivos semelhantes na condução de sua política
exterior, o cenário internacional impõe restrições que, freqüentemente, conduzem a medidas e
a resultados específicos para cada constrangimento do sistema de nações.?

BIBLIOGRAFIA OBRIGATÓRIA ?

CERVO, Amado L. & BUENO, Clodoaldo. História da Política Exterior do Brasil. Brasília:
Editora UNB,2002. Capítulo Alinhamento e desenvolvimento associado (1946-1961). P. 269-
307.?

CERVO, Amado L. & BUENO, Clodoaldo. História da Política Exterior do Brasil. Brasília:
Editora UnB, 2002.Texto: A política externa independente no apogeu do populismo. ?

VIZENTINI, Paulo Fagundes. Nacionalistas x ³entreguistas´ ± do desenvolvimentismo à política


externa independente. In: Relações internacionais do Brasil: de Vargas a Lula. São Paulo:
Fundação Perseu Abramo, 2003. p. 13-37 ?

BIBLIOGRAFIA COMPL EMENTAR ?

OURA, Gerson. A Segurança Coletiva Continental: o Sistema Interamericano, o TIAR e a


Guerra Fria. In: Albuquerque, J. A. Guilhon (Coord.) 60 anos de Política Externa Brasileira. Rio
de Janerio: Lumen Juris, 2006. ?
HIRST, onica. A Política Externa do Segundo Governo Vargas. In: Albuquerque, J. A. Guilhon
(Coord.) 60 anos de Política Externa Brasileira. Rio de Janerio: Lumen Juris, 2006. ?

VIZENTINI, Paulo F. A Política Externa do Governo JK (1956-61). In: Albuquerque, J. A.


Guilhon (Coord.) 60 anos de Política Externa Brasileira. Rio de Janerio: Lumen Juris, 2006. ?

ALEIDA, Paulo Roberto. A Diplomacia do Liberalismo Econômico: As relações econômicas


internacionais do Brasil durante a Presidência Dutra. In: José Augusto Guilhon de Albuquerque
(org.), Sessenta Anos de Política Externa Brasileira (1930-1990), Volume I: Crescimento,
modernização e política externa (São Paulo: Cultura Editores associados, 1996), pp. 173-210.?

AUGUSTO, Braz José. A Política Externa no governo Jânio Quadros. Em: 60 Anos de Política
Externa Brasileira ± II Seminário Nacional. São Paulo, USP.?

AADO, Rodrigo. ³A Política Externa de João Goulart´. In: J.A.G. Albuquerque (org),
Crescimento, modernização e política externa, Sessenta Anos de Política Externa Brasileira,
volume 1, São Paulo/USP, 1996.?

BIBLIOGRAFIA INTRODUTÓRIA ?

PINHEIRO, Leticia. Política Externa Brasileira. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2004. ?

SEMANA 3 ?

A terceira prova abarcará os governos Geisel, Figueiredo e Sarney. Cabe notar que o contexto
interno no qual se desenvolvem estas políticas externas é de abertura política e transição para
a democracia. Ainda que a abertura tenha seguido uma lógica de avanços e recuos, que
contribuiu para que seu ritmo fosse extremamente lento, é possível perceber seus reflexos na
maneira como o país buscou se inserir internacionalmente. Também é importante entender a
relação existente entre a transição política interna para um novo regime democrático e o
contexto internacional dado ao final da Guerra Fria. A crise da União Soviética marcou boa
parte da década de 1980, exercendo influência sobre os governos Figueiredo e Sarney; a
construção de uma nova ordem mundial tornou a agenda internacional mais abrangente e
complexa. É relevante perceber de que maneira o Brasil se comportou diante dessa nova
realidade. No plano econômico, muitas adversidades foram enfrentadas: as sucessivas crises e
o esgotamento do modelo do milagre brasileiro suscitaram que todos os níveis do governo se
envolvessem na resolução dos problemas. Cabe então analisar quais foram as alternativas
encontradas pela diplomacia do país no trato de questões fundamentais para a imagem
brasileira no exterior, como a decretação da moratória. A maneira como o Itamaraty reagiu aos
novos desafios é fundamental para este concurso, já que nesse momento começa a se
delinear uma nova realidade para o ministério.?

BIBLIOGRAFIA OBRIGATÓRIA ?

CERVO, Amado L. & BUENO, Clodoaldo. História da Política Exterior do Brasil. Brasília:
Editora UNB,2002. Capítulo Alinhamento e desenvolvimento associado (1946-1961). P. 269-
307.?

CERVO, Amado L. & BUENO, Clodoaldo. História da Política Exterior do Brasil. Brasília:
Editora UnB, 2002.Texto: A política externa independente no apogeu do populismo. ?

VIZENTINI, Paulo Fagundes. Nacionalistas x ³entreguistas´ ± do desenvolvimentismo à política


externa independente. In: Relações internacionais do Brasil: de Vargas a Lula. São Paulo:
Fundação Perseu Abramo, 2003. p. 13-37 ?

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR ?

OURA, Gerson. A Segurança Coletiva Continental: o Sistema Interamericano, o TIAR e a


Guerra Fria. In: Albuquerque, J. A. Guilhon (Coord.) 60 anos de Política Externa Brasileira. Rio
de Janerio: Lumen Juris, 2006. ?

HIRST, onica. A Política Externa do Segundo Governo Vargas. In: Albuquerque, J. A. Guilhon
(Coord.) 60 anos de Política Externa Brasileira. Rio de Janerio: Lumen Juris, 2006. ?

VIZENTINI, Paulo F. A Política Externa do Governo JK (1956-61). In: Albuquerque, J. A.


Guilhon (Coord.) 60 anos de Política Externa Brasileira. Rio de Janerio: Lumen Juris, 2006. ?

ALEIDA, Paulo Roberto. A Diplomacia do Liberalismo Econômico: As relações econômicas


internacionais do Brasil durante a Presidência Dutra. In: José Augusto Guilhon de Albuquerque
(org.), Sessenta Anos de Política Externa Brasileira (1930-1990), Volume I: Crescimento,
modernização e política externa (São Paulo: Cultura Editores associados, 1996), pp. 173-210.?

AUGUSTO, Braz José. A Política Externa no governo Jânio Quadros. Em: 60 Anos de Política
Externa Brasileira ± II Seminário Nacional. São Paulo, USP.?

AADO, Rodrigo. ³A Política Externa de João Goulart´. In: J.A.G. Albuquerque (org),
Crescimento, modernização e política externa, Sessenta Anos de Política Externa Brasileira,
volume 1, São Paulo/USP, 1996.?

BIBLIOGRAFIA INTRODUTÓRIA ?
PINHEIRO, Leticia. Política Externa Brasileira. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2004. ?

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SEMANA 04 ?

Esta aula encerra a primeira parte do curso, examinando a política externa brasileira do pós-
Guerra Fria, ou seja, os governos Collor/Itamar, Fernando Henrique e Lula. Como nas demais
aulas, o contexto internacional é fundamental para se que se entenda a nova política externa.
O fim da bipolaridade e da alternativa soviética leva ao retorno das teses sobre a hegemonia
americana ou, ao menos, a do modelo de democracia liberal defendido pelos Estados Unidos.
Alguns autores, como Francis Fukuyama, chegaram a denominar o momento pós-Guerra Fria
como o ³fim da história´, argumentando que não havia mais alternativas ao modelo político-
econômico ocidental. Se o fim da Guerra Fria trouxe o retorno da perspectiva hegemônica, a
falta da ³ameaça´ soviética reduziu o predomínio dos temas de segurança, elevando a
importância dos temas econômicos, bem como possibilitando a emergência de novos temas,
como o ambiental e os direitos humanos, que passam a ganhar cada vez mais espaço nas
discussões internacionais. Especificamente sobre o Brasil, esse é um momento de
consolidação da democracia e de busca da estabilidade econômica, fatores que irãoinfluenciar
profundamente a política exterior brasileira até o final da década de 1990. Dessa forma, é
importante compreender de que maneira a diplomacia brasileira delineia o contexto interno em
face da nova realidade internacional, buscando uma nova inserção para o país, condizente
com a busca pela liderança regional e baseada na maior participação internacional. No início
do século XXI, com estabilidade econômica e política asseguradas, o país aprofunda sua
estratégia em favor do multilateralismo e do regionalismo, demandando a reforma das
instituições internacionais, com vistas a ampliar a participação das nações emergentes. ?

Bibliografia obrigatória: ?

Fonseca Jr., Gelson. A legitimidade e outras questões internacionais: poder e ética entre as
nações, PP. 353-374.?

Bibliografia introdutória: ?
Cervo, Amado Luiz; Bueno, Clodoaldo. História da política exterior do Brasil, pp. 455-521.?

Bibliografia complementar: ?

Garcia, Eugênio V. Política Internacional Cronologia das Relações Internacionais do Brasil.?

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SEMANA 05 ?

Organização das Nações Unidas ?


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Antes mesmo do final da Segunda Guerra undial, os principais países aliados na luta contra
as potências do Eixo perceberam a necessidade de se criar uma organização internacional
capaz de garantir a paz e a segurança mundiais. A experiência anterior, da Liga das Nações,
havia fracassado, portanto, era preciso corrigir as suas falhas, estabelecendo uma organização
mais eficiente no cumprimento de seus objetivos. Em um primeiro momento, a criação do que
viria a ser a Organização das Nações Unidas uniu países que, pouco depois, estariam em
campos diametralmente opostos. Dessa forma, é preciso atentar para a conjuntura específica
dos momentos de debate entre as potências sobre a criação da ONU, compreendo as razões
que levaram o organismo a ter um determinado desenho institucional. ?
Pouco depois de sua criação, com o início da Guerra Fria, a ONU tornou-se palco para
disputas entre as grandes potências, que a levaram à beira da paralisia. Contudo, ainda que
determinadas decisões não pudessem ser tomadas devido ao poder de veto dos membros
permanentes do Conselho de Segurança, a Organização das Nações Unidas foi um ator
fundamental em diversos temas ligados ao conflito bipolar, como nos referente à
descolonização e aos direitos humanos. Nesse sentido, é importante compreender a atuação
da instituição, sobretudo do Conselho de Segurança, da Assembleia Geral e de suas agências
especializadas, nos demais debates internacionais ocorridos durante a Guerra Fria. Para isso,
é imprescindível conhecer o funcionamento e os princípios que regem a organização, bem
como suas principais decisões. Compreender o papel da ONU no período da Guerra Fria é
fundamental para avaliar o papel da instituição na construção da paz e segurança
internacionais durante o conflito Leste-Oeste. ?
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Bibliografia obrigatória: ??
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Seitenfus, Ricardo. anual das organizações internacionais. Cap. 5 (pp. 125-158)??
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Bibliografia Introdutória ??
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Hoffman, Andrea & Herz,ônica. Organizações internacionais. ?

argas. Cronologia das Relações Internacionais do Brasil.?

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A ONU no pós-Guerra Fria e a reforma da ONU?

O fim da Guerra Fria trouxe mudanças fundamentais tanto na agenda quanto na


capacidade de atuação da ONU. O fim do conflito bipolar gerou o destravamento do Conselho
de Segurança, permitindo que a ONU pudesse, finalmente, desempenhar com maior eficácia
sua principal missão: garantir a paz e a segurança mundiais. Símbolo do desbloqueio do
Conselho e da maior efetividade da organização é o apoio dado a aliança multinacional
liderada pelos Estados Unidos para forçar o Iraque a se retirar do Kuwait, em 1991. Porém, não
eram só os conflitos internacionais que requeriam, após o fim da Guerra Fria, a atenção da
ONU. Na verdade, esta passou a ter que se dedicar, também, crescentemente a um novo tipo
de conflito, que se tornava predominante: os conflitos intraestatais. Dessa forma, multiplicaram-
se as missões de paz da ONU, sobretudo no continente africano, assolado por violações de
direitos humanos e inúmeros conflitos, como a guerra civil na República Democrática do
Congo, que acabou ganhando contornos internacionais. Se, no campo da segurança, a
mudança de atitude da ONU é conspícua, o mesmo pode-se dizer em relação a sua agenda.
Com o fim da Guerra Fria, novos temas passaram a ser debatidos pela organização, como
meio-ambiente e direitos humanos, que, apesar de já fazerem parte da sua agenda, ganharam
grande projeção na década de 1990, além de outros temas que passaram a compor a
chamada ³agenda social´ da Organização, expandindo sua competência tradicional de zelar
pela paz e segurança. Vale ressaltar que os próprios conceitos de paz e segurança passam a
abarcar novos temas, como o aquecimento global.?

Ao mesmo tempo, o fim do sistema bipolar e a ampliação do papel a ser


desempenhado pela ONU tornam ainda mais patente a necessidade de uma reforma da
organização. É verdade que, ainda durante a Guerra Fria, houve tentativas de reforma,
inclusive com o aumento do número de membros não-permanentes no Conselho de
Segurança, de 6 para 10, em 1963; muitos países alegam, contudo, que a ONU ainda carece
de legitimidade para atuar. Acerca das reformas, tema de especial interesse do governo
brasileiro, que postula uma cadeira como membro permanente no Conselho de Segurança, é
fundamental observar os pontos principais das propostas, bem como os argumentos de seus
defensores e a posição dos principais países quanto a essas.?

Bibliografia obrigatória?
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Amorim, Celso. A ONU aos 60. In: Política Externa, junho-setembro de 2005. ?

Weiss, Thomas; et al. The United Nations and changing world politics. Cap. 4.?

Bibliografia introdutória ?

Velasco Jr., Paulo Afonso. Conselho de Segurança: uma reforma, muitas propostas, nenhum
acordo. In: Candelária, Ano I, julho-dezembro de 2005.?

Valle, Valeria arina. A Reforma do Conselho de Segurança da ONU: Uma análise sobre a
posição brasileira e suas repercussões. · 
    , ano VI, n. 1,
2005. ?

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Os novos temas: direitos humanos e meio-ambiente?

O fim da Segunda Guerra undial trouxe um momento de reconfiguração das


estruturas do sistema internacional. A partir deste momento temas como os direitos humanos,
passaram a fazer parte da agenda política internacional. É necessário levar em conta o
contexto histórico da Guerra Fria para que se possa obter uma compreensão adequada dos
momentos decisivos para a consolidação deste regime. Destacam-se, como documentos-
chave para esta construção, a Declaração de 1948 e os Pactos de 1966. Aliados a Carta da
ONU, esses textos constituem as bases legais de diversas ações levadas a cabo no plano
internacional. Entre essas, deve-se ressaltar as intervenções humanitárias, as quais ganharam
força a partir da década de 1990. Atualmente duas crises humanitárias devem ser analisadas
com especial atenção, a do Sudão e a do Haiti. O Brasil contribui para as duas missões
estando responsável pela chefia militar da última. ?

Sobre o meio-ambiente é relevante destacar a crescente importância do tema em


diversos fóruns de discussão. Esta área especifica das relações internacionais se difere das
demais pela intensa participação de atores não-estatais, como comunidades científicas e
organizações não-governamentais, que dialogam, diretamente, com as organizações
intergovernamentais e com os Estados nacionais. Cabe ressaltar os diferentes momentos
vividos pela política externa brasileira com relação ao tema e os níveis de compromisso
adotados pelos diferentes governos com os regimes internacionais de meio ambiente.? Acerca
da constituição desses últimos, vale lembrar a importância das diversas conferências, desde a
de Estocolmo, em 1972, passando pela a Conferência das Nações Unidas sobre eio-
Ambiente e Desenvolvimento, de 1992, até as atuais Conferências das Partes, que visam a
obter de um acordo capaz de prevenir a aceleração do aquecimento global.?

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Bibliografia obrigatória ?

Ribeiro, Wagner Costa. A ordem ambiental internacional. Pp. 58-91; 97-103; 107-132.?

Weiss, Thomas; et al. The United Nations and changing world politics. Capítulos 5 e 9.?

Velasco Jr, Paulo Afonso. A Comissão de Direitos Humanos. In: __________.  
     PUC-Rio: Dissertação de
estrado, 2004. Capítulo 3.?

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Belli, Benoni. Perspectivas do novo Conselho de Direitos Humanos da ONU. c ,
v.17. n. 3, Dez-Fev 2008/2009.?

Amorim, Celso. O Brasil e os Direitos Humanos: em busca de uma agenda positiva. c
 , v.18. n. 2, Set-Nov 2009.?

Bibliografia Complementar ?

Ricúpero, Rubens. udança climática: o pós-Bali. In: Política externa, março-maio, 2008.?

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