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Classificação estelar

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Em astronomia, classificação estelar é uma classificação de Estrelas baseadas na temperatura da fotosfera e suas
características espectrais associadas, e refinada a seguir em termos de outras características. As temperaturas estelares
podem ser classificadas usando-se a lei do deslocamento de Wien; mas isto cria dificuldades para estrelas distantes. A
espectroscopia estelar oferece uma maneira de classificar estrelas de acordo com suas linhas de absorção; linhas de
absorção particulares podem ser observadas somente para uma dada temperatura porque somente nessa temperatua os
níveis de energia atômica envolvidos estão povoados. Um esquema antigo do século 19) utilizava letras de A ao P, e é
a origem das classes espectrais usadas atualmente.

Índice
[esconder]

 1 Classificação espectral de Harvard


 2 Tipos espectrais
o 2.1 Classe O
o 2.2 Classe B
o 2.3 Classe A
o 2.4 Classe F
o 2.5 Classe G
o 2.6 Classe K
o 2.7 Classe M
 3 Outros tipos espectrais
 4 Classificação espectral de Yerkes
 5 Referências
 6 Ligações externas

[editar] Classificação espectral de Harvard


A classificação espectral de Harvard é um esquema de classificação unidimensional. Fisicamente, as classes indicam a
temperatura da atmosfera da estrela e são normalmente listadas da mais quente para a mais fria, tal como é feito na
seguinte tabela veja:

 % das
Massa Raio
Cor Cor Linhas de estrelas da
Classe Temperatura [1][2] (massas (raio Luminosidade
convencional aparente hidrogénio sequência
solares) solar)
principal[3]

O 30,000–60,000  azul azul 64 M☉ 16 R☉ 1,400,000 L☉ Fraco ~0.00003%


K

10,000–30,000  azul a azul-


B azul-branco 18 M☉ 7 R☉ 20,000 L☉ Médio 0.13%
K branco

7,500–10,000 
A branco branco 3.1 M☉ 2.1 R☉ 40 L☉ Forte 0.6%
K

amarelo-
F 6,000–7,500 K branco 1.7 M☉ 1.4 R☉ 6 L☉ Médio 3%
branco

amarelo-
G 5,000–6,000 K amarelo 1.1 M☉ 1.1 R☉ 1.2 L☉ Fraco 7.6%
branco

amarelo-
K 3,500–5,000 K laranja 0.8 M☉ 0.9 R☉ 0.4 L☉ Muito fraco 12.1%
laranja

laranja-
M 2,000–3,500 K vermelho 0.4 M☉ 0.5 R☉ 0.04 L☉ Muito fraco 76.45%
vermelho

Um mnemônico em inglês conhecido para guardar esta sequencia de letras é "Oh Be A Fine Girl, Kiss Me". O
Diagrama de Hertzsprung-Russell relaciona a classificação das estrelas com a magnitude absoluta, luminosidade, e
temperatura da superfície. Deve-se notar que enquanto esta descrição das cores estelares é tradicional, ela realmente
descreve as cores das estrelas como vista através de nossa atmosfera. O Sol não é de fato uma estrela amarela, mas tem
essencialmente a cor de um Corpo negro a 5780 K, isto é, uma cor branca sem nenhum traço de amarelo, e é utilizado
algumas vezes como a definição da cor branca.

A razão para o arranjo ímpar das letras é histórica. Quando as pessoas começaram a tirar espectros estelares, elas
notaram que as estrelas possuem linhas espectrais para o hidrogênio com diferentes intensidades, e assim elas
classificaram as estrelas baseando-se na intensidade das linhas da série de Balmer do hidrogênio, linhas de A (mais
intensa) até Q (mais fraca). Outras linhas de átomos neutros ou ionizados então entraram na classificação (Linha H&K
do cálcio, Linhas D do sódio, etc). Mais tarde se descobriu que algumas das classes estavam na verdade duplicadas e
foram removidas. Foi somente muito mais tarde que se descobriu que a intensidade das linhas espectrais do Hidrogênio
estavam relacionadas com a temperatura da superfície estelar. O trabalho básico foi realizado pelas "garotas" do
Observatório do Colégio de Harvard, principalmente por Cannon e Antonia Maury, baseadas no trabalho de
Williamina Fleming. Estas classes foram posteriormente sub-divididas utilizando-se números arábicos de 0 a 9. A0
sginifica a estrela mais quente na classe A e A9 a estrela mais fria. O Sol é uma estrela classificada como G2.

[editar] Tipos espectrais


Classificação espectral de Morgan-Keenan

[editar] Classe O

Estrelas de classe O são muito quentes e muito luminosas, sendo azuladas em cor; de facto, a maioria do seu output
situa-se na região do ultravioleta. Estas são as mais raras estrelas da sequência principal. Cerca de 1 em 3.000.000 das
estrelas da sequência principal na vizinhança do Sol são estrelas de classe O.[3][4]

Estrelas O brilham com um poder superior a um milhão de vezes o output do Sol. Estas estrelas têm linhas de absorção
dominantes e por vezes emissão para linhas de He II, (Si IV proeminente ionizado, O III, N III e C III) e linhas de hélio
neutras, fortalecendo de 05 para 09, e linhas de Balmer de hidrogénio proeminentes, apesar de não tão fortes como os
últimos tipos. Devido a serem tão massivas, as estrelas de classe O têm núcleos muito quentes, queimando assim o seu
combustível de hidrogénio muito rapidamente, e como tal são as primeira a saírem da sequência principal. Observações
recentes pelo Telescópio espacial Spitzer indicam que a formação planetária não ocorre à volta de outras estrelas na
vizinhança de uma estrela de classe O devido ao efeito de fotoevaporação.[5]

Exemplos: Zeta Orionis, Zeta Puppis, Lambda Orionis, Delta Orionis

Espectro de uma estrela do tipo O5v

[editar] Classe B

Estrelas da classe B são também muito luminosas, Rigel (em Orion) é uma supergigante azul proeminente da classe B.
Seu espectro possui linhas de Hélio neutro e linhas moderadas de Hidrogênio. Com estrelas O e B possuem emissão
extremamente poderosas, elas duram relativamente pouco tempo. Elas não se deslocam muito da área de onde se
formaram uma vez que não possuem muito tempo de vida. Elas portando são vistas aglomeradas no que se chamada
associações OB1, que estão associadas com as nuvens moleculares gigantes. A associação OB1 de Orion é um braço
espiral inteiro da nossa galáxia (estrelas mais brilhantes fazem o braço mais visível, mas não existem mais estrelas lá
do que em outra parte da galáxia) e contém toda a constelação de Orion.
Espectro de uma estrela do tipo B2ii

[editar] Classe A

Estrelas da classe A estão entre as estrelas mais comuns vistas a olho nu. Deneb em Cisne é outra estrela de potência
formidável, enquanto Sírius na constelação do Cão Maior é também uma estrela classe A, mas não tão potente. Como
com todas as estrelas da classe A, elas são brancas. Muitas anãs brancas são também de classe A. Elas possuem linhas
intensas de Hidrogênio e também linhas de metais ionizados.

[editar] Classe F

Estrelas da classe F são ainda bastante potentes, mas elas tendem a ser estrelas da Sequência principal, como
Fomalhaut em Piscis Austrinus. Seus espectros são caracterizados por linhas fracas de Hidrogênio e metais ionizados,
sua cor é branca com uma pequena quantidade de amarelo.

Espectro de uma estrela do tipo F2iii

[editar] Classe G

Estrelas da classe G são provavelmente as estrelas mais bem conhecidas, já que o nosso Sol é uma estrela desta classe.
Elas possuem linhas de Hidrogênio mais fracas que estrelas da classe F mas além das linhas de metais ionizados, elas
possuem linhas de metais neutros. Durante a sua evolução as estrelas Supergigantes frequentemente caminham das
classes O e B (azul) para as classes K or M (vermelho). Enquanto fazem isto elas passam pela classe G mas não
permanecem por muito tempo.

Espectro de uma estrela do tipo G5iii

[editar] Classe K

Estrelas da classe K são alaranjadas e um pouco mais frias que o nosso Sol. Algumas estrelas da classe K são gigantes
e Supergigantes, como Arcturus enquanto outras como Alpha Centauri B na constelação do Centauro são da sequência
principal. Elas possuem linhas espectrais de Hidrogênio estremamente fracas, isto quando estão presentes, e
principalmente linhas de metais neutros.
Espectro de uma estrela do tipo K4iii

[editar] Classe M

Estrelas da classe M são com certeza a classe mais comum de estrelas se contarmos pelo número. Todas as anãs
vermelhas são desta classe e elas existem em abundância. Mais de 80% das estrelas da seqüência principal são anãs
vermelhas, como Proxima Centauri. A classe M é o local da maior parte da maior parte das gigantes e super gigantes
como Antares e Betelgeuse, assim como Mira, veja estrelas variáveis. O espectro das estrelas de classe M mostra
linhas pertencentes a moléculas e metais neutros mas hidrogênio normalmente esta ausente no espectro. dióxido de
titânio pode ser forte em estrelas de classe M.

Espectro de uma estrela do tipo M0iii

Espectro de uma estrela do tipo M6v

[editar] Outros tipos espectrais


Um número de novos tipos espectrais foram sendo usados para tipos raros de estrelas, a medida que eles eram
descobertos:

 W: até 70,000 K - Estrelas Wolf-Rayet.


 L: 1,500 - 2,000 K - Estrelas com massa insuficiente para iniciar o processo de fusão de Hidrôgenio (anãs
marrons). Estrelas da classe L lítio que seria rapidamente destruido em estrelas mais quentes.
 T: 1,000 K - Anãs marrons mais frias com metano no espectro.
 C: Estrelas de carbono.

 R: Formerly a class on its own representing the carbon star equivalent of Class K stars, e.g. S
Camelopardalis.
 N: Formerly a class on its own representing the carbon star equivalent of Class M stars, e.g. R Leporis.

 S: Semelhante a estrelas da classe M, mas com oxido de zircônia no lugar de óxido de titânio.
 D: Anãs brancas, tipo Sirius B.

A classe W são representadas por estrelas superluminosas do tipo Wolf-Rayet, sendo notavelmente diferentes já que
são formadas na maior parte por hélio em vez do hidrogênio. Elas são consideradas como Supergigantes em processo
de morte com sua camada de hidrogênio arrancada pelos quentes ventos estelares causados por suas altas temperaturas,
expondo assim seu núcleo quente do helium.
A classe L tem sua designação devido ao lítio do presente em seu núcleo no nucleo de suas estrelas . Todo o lítio seria
destruído nas reações nucleares que ocorrem em estrelas regulares, o que indica que estes objetos não têm nenhum
processo de fusão em andamento. São de um vermelho muito escuro e mais brilhante dentro infra-vermelho. Seu gás
está frio o bastante para conter hidretos metálicos e metais alcalinos em seu espectro.

As estrelas da classe ' ' ' T ' ' ' são estrelas muito nova e de baixa densidade encontradas frequentemente nas nuvens
interestelares onde elas nasceram. Estas são estrelas que são grandes apenas o suficiente para serem estrelas e as outras
são Sub estrelas, sendo da variedade anã marrom. São negras, emitindo quase nenhuma luz visível por ter emissões
mais fortes dentro infra-vermelho. Sua temperatura de superfície esta em contraste enorme com os cinqüênta mil graus
ou mais de estrelas da classe O, sendo meramente acima de 1.000 K. Moléculas complexas podem se formar,
evidenciado pelas linhas fortes de metano em seus espectros.

As classes T e L podem ser mais comum do que todas as classes restantes combinadas, se pesquisas recente forem
confirmadas. Do estudo de berçarios estelares, isto é, discos proto-planetários e agregados de gases em nebulosas do
qual estrelas e sistemas solares são formados, o número de estrelas na galáxia pode ser várias ordens de magnitude
maior do que o que nós sabemos atualmente. Na teoria estas regiões de nascimento estão em uma corrida umas com as
outras. A primeira a transformar em proto-estrela ( que são objetos muito violentos) irá destruir os outros berçarios na
região, espalhando o seus gáses. O material das vítimas então irão provavelmente transformar-se em estrelas da
sequência principal ou estrelas anãs marrons das classes L e T, mas que serão completamente invisíveis para nós.
Como estas estrelas vivem muito tempo (nenhuma estrela abaixo de 0.8 massas solares morreu desde o início da
história da galáxia) então estas estrelas irão se acumlar com o tempo.

Estrelas das classes N e R' são as estrelas de carbono (Gigantes vermelhas que se imagina terem atinigo o final de sua
vida) que correm paralelo ao sistema de classificação normal indo de aproximadamente o meio da classe G até o final
da classes M. Esta classe foi recentemente agrupada em um classificador unificado para estrelas de carbono C.

As estrelas da classe S têm linhas espectrais de Oxido de Zircônia no lugar de Oxido de Titânio, e estão entre as classes
de estrelas M e as estrelas da class de carbono. As estrelas da classe S têm abundancia de carbono e de oxigênio quase
exatamente iguais, e ambos os elementos estão ligados quase totalmente em moléculas do CO.

Na realidade a relação entre estas estrelas e a seqüência principal tradicional sugere um contínuo bastante grande de
abundância de carbono que se explorado inteiramente adicionaria uma outra dimensão ao sistema de classificação
estelar.

Finalmente, a classe D é usada às vezes para as anã brancas, o estado no qual a maioria das estrelas termina a sua vida.

[editar] Classificação espectral de Yerkes


A Classificação espectral de Yerkes, também chamada de sistema MKK das iniciais de seus autores, é um sistema de
classificação espectral introduzido em 1943 pot William W. Morgan, Phillip C. Keenan e Edith Kellman do
Observatório de Yerkes.

Esta classificação é baseada nas linhas espectrais sensíveis à gravidade superficial da estrela que esta relacionada com
a luminosidade, em oposição ao método usado pela classificação de Harvard que é baseado na temperatura da
superfície.

Como o raio de uma estrela Gigante vermelha é muito maior que a de uma Estrela anã, enquanto sua massa é
comparável a gravidade, e desta forma a densidade e pressão do gás na superfície da gigante vermelha é muito menor
que na anã.
Estas diferenças se manifestam na forma de efeitos de luminosidade que afetam tanto a largura quanto a intensidade
das linhas espectrais que podem ser medidas.

Um número de classes de luminosidade existe:

 0 Hipergigantes (later addition);


 Ia Supergigantes mais luminosas;
 Ib Supergigantes menos luminosas;
 II Gigantes luminosas;
 III Gigantes normais;
 IV Subgigantes;
 V Estrelas da Sequência principal (anãs);
 VI sub-anãs (raramente usada);
 VII anãs brancas (raramente usada).

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