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CONCEITOS DE REDUÇÃO DE DANOS NO BRASIL

Monografia apresentada à Unidade


Pesquisa em Álcool e Drogas (UNIAD) –
Departamento de Psiquiatria da
Universidade Federal de São Paulo
como requisito parcial à conclusão do
Curso de Especialização em
Dependência Química.

SÃO PAULO
2007
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MICHELE SATIME NAKAJIMA

CONCEITOS DE REDUÇÃO DE DANOS NO BRASIL

Monografia apresentada à Unidade


Pesquisa em Álcool e Drogas (UNIAD) -
Departamento de Psiquiatria da
Universidade Federal de São Paulo
como requisito parcial à conclusão do
Curso de Especialização em
Dependência Química.

Orientador: Drº. Marcelo Ribeiro

SÃO PAULO
2007
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AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus, pela minha saúde, aos meus pais irmãos e meu amor,
por todo apoio aos estudos além de outras pessoas pela conclusão deste
trabalho, mas não posso deixar de nomear algumas:
A minha amiga Terapeuta Ocupacional Bárbara Capelo Miranda, pelo
apoio, esclarecimentos e disponibilidade na fase final deste trabalho.
A toda a equipe do Centro de Convivência É de Lei, pelo acolhimento,
apoio, experiência adquirida, escolha do tema e apoio dos usuários.
Ao Centro de Atenção Psicossocial em álcool e drogas de São Mateus
“Liberdade de Escolha”, por flexibilizar os horários de trabalho para a
realização deste curso.
v

Resumo

A humanidade sempre fez uso de drogas com as mais variadas e


importantes finalidades, com o tempo, iniciou-se uma nova forma de uso: Uso
de Droga Injetável, onde foi comprovado que o compartilhamento de seringas e
agulhas poderia transmitir vários tipos de doenças, entre elas o HIV. A redução
de danos surgiu através de um grupo de usuários de drogas injetáveis, que
estavam preocupados com a disseminação da Hepatite B na Europa e em
alguns anos já constavam estratégias aqui no Brasil. Hoje a redução de danos
é um tema bastante discutido entre os profissionais de saúde. São abordados
neste estudo, os conceitos sobre a redução de danos pela visão de alguns
autores, são descritos os princípios da redução de danos, fundamentos,
história no Brasil e no Mundo e algumas estratégias existentes para drogas de
diferentes formas de uso e de ação. O objetivo deste estudo é revisar artigos
científicos que contenham como assunto principal, a redução de danos. O
método para elaboração desta monografia, foi através revisão de artigos
científicos, livros e teses, publicados no período de 2000 a 2007. Os autores
que neste trabalho foram incluídos, de maneira geral, estão entre estes
profissionais que discutem este tema na atualidade. As bases utilizadas para a
pesquisa foram Scielo e a Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências
da Saúde (LILACS), através da biblioteca em saúde Bireme e acervo pessoal.
Através da visão de diferentes autores sobre o assunto, foi possível avaliar que
os pontos de vistas, apresentam discordâncias ínfimas, e em sua maior parte,
as diferenças entre posições, demonstram um complemento para se designar
um conceito amplo.

Palavras-chave: redução de danos / prevenção/ políticas de drogas


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Abstract

Humanity has alway mode use of drugs, with variety and important purposes.

Thought time, drug users started a new way of use: The injectable use, where

studies should how sharing of needles and syringes could transmit many

diseases, and the HIV among them. Harm reduction appeared in Europe, to

prevent the dissemination of Hepatity B among drug users worried with it years

later, it was possible to see some of this strategies in Brazil. Nowadays, harm

reduction is theme of constant discussions among health professions. This

study focus the concept of herm reduction through a few authors, describes its

principles, fundamentals, history in Brazil and the word and describes a few

strategies for different drugs and form of use. The goal of this study is review

scientific articles that frame harm reduction a its main subject the method for the

elaboration of the present study is the revision of bibliographic production

between 2000 and 2007. The authors discussed in this work are those that

discuss the subject today. The database used for the research was: Scielo,

LILACS, through Bireme Health library and personal, analyzing the different

authors vision on the subject, it was possible to evaluate that points, of view

frame very little difference between them and in general this differences may

help, complementing each other, to create wider conception of harm reduction.

Key-works: Harm reduction/ Prevention/ Drug Policy


vii

SUMÁRIO

Agradecimentos...............................................................................................ii

Resumo...........................................................................................................iv

Abstract...........................................................................................................v

1- INTRODUÇÃO.............................................................................................1

1.1 - História da redução de danos no mundo .....................................2

1.2 – História da redução de danos no Brasil .......................................3

1.3 – Princípios da redução de danos no Brasil ...................................5

1.4 – Importância da Redução de Danos .............................................7

1.5 – Estratégias de Redução de Danos...............................................8

1.5.1 – Estratégias para usuários de drogas injetáveis..............9

1.5.2 – Estratégias para usuários de Cannabis..........................10

1.5.3 – Estratégias para usuários de cocaína/crack..... .............11

1.5.4 – Estratégias para usuários de Álcool...............................12

1.5.5 – Estratégia de Terapia de substituição.............................13

2 - OBJETIVOS................................................................................................15

3 - MATERIAIS E MÉTODOS..........................................................................16

4 - RESULTADOS............................................................................................17

5 - DISCUSSÃO...............................................................................................19

6 – CONCLUSÃO............................................................................................20

7 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................21
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1 – Introdução

Reconhecemos que a humanidade sempre usou drogas (substâncias


psicoativas). Este uso tinham variadas e importantes finalidades, se dava
dentro de rituais religiosos, como medicamentos ou recreacionalmente e aos
poucos se misturou aos valores sociais, culturais e morais de cada
sociedade.Entre as décadas de 10 e 30 quase todas as substâncias psicoativas,
foi proibida no Ocidente, e a partir disso passaram a ocupar o plano da
marginalidade (Ribeiro, M.; Moreira, F.G., 2004).
É considerável a inexistência de consumo de substâncias psicoativas,
isento de riscos. Os riscos podem progredir a partir do aumento do uso. Um
consumo de baixo risco é apresentado pelo consumo de pequenas
quantidades e precauções a qualquer atividade que possa oferecer riscos, já,
um consumo considerado nocivo ou abuso, apresenta-se quase sempre
acompanhado de algumas complicações como brigas, perdas de
compromissos, acidentes, entre outros, e quando o consumo é freqüente,
caracterizado por perda de controle do uso, compulsivo destinado à evitação
de sintomas de abstinência e acompanhado por problemas físicos, psicológicos
e sociais, fala-se em dependência. (Ribeiro, M., et al, 2005).
Ribeiro, M.; Moreira, F.G., (2004), diz, que se um mundo livre de drogas não
se mostra possível, podem-se propor idéias que partam de outras premissas, que
possam considerar soluções que respeitem os direitos sociais, a tolerância e o
convívio com as diferenças.
A redução de danos para uso de drogas, ultimamente vem sendo um tema
bastante discutido entre diversos trabalhadores da área da saúde.
É uma política pública, adotada pelo Ministério de Saúde e é classificada
como uma abordagem de baixa-exigência, ou seja, não estabelece a
abstinência de drogas como meta.
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1.1 – História da redução de danos no mundo

A primeira estratégia de redução de danos foi registrada através do


relatório de Rolleston na Inglaterra em 1926, quando o ministro da saúde
defendeu, o uso da heroína como tratamento às pessoas dependentes dessas
substâncias, que apresentavam sérios sintomas com a completa retirada da
droga. (Gorgulho, M., 2005).
Em 1976, ocorreram as primeiras iniciativas de redução de danos na
Holanda que passou a categorizar as drogas, classificando-as em risco
inaceitável e de baixo risco. Isso fez com que os Holandeses tentassem
separar o mercado das drogas que consideravam pesadas, das drogas leves,
por suporem que a compra de uma droga leve, como a maconha, em locais
públicos, reduziria o contato dos usuários com traficantes das drogas mais
prejudiciais, como cocaína e heroína e desta forma reduzir os danos sociais
decorrentes do uso de drogas, e não necessariamente reduzir ou eliminar o
uso. (Formigoni, M.L.O.S., et al., 2005). Porém, a redução de danos foi
oficialmente sistematizadas em programas de saúde pública somente na
década de 1980. Um grupo de usuários de drogas injetáveis (UDI) colaborou
para a criação da Junkiebond (liga de dependentes) na Holanda em 1984,
tinham como objetivo melhorar as condições de vida dos dependentes de
drogas injetáveis que estavam preocupados com a disseminação de Hepatite
B. Com o surgimento de outras doenças como HIV e hepatite C, e como
tentativa de ajudar a conter o crescimento da epidemia da AIDS no mundo
houve um aumento de serviços baseados no programa de redução de danos.
(Formigoni, M.L.O.S., et al., 2005). A troca de seringas, em alguns países a era
considerada ilegal e o método de prevenção utilizado era a desinfecção das
seringas. (Nardi, H.C; Rigoni R.Q. 2005).
Segundo Formigoni, M.L.O.S., et al. (2005), na Inglaterra, em 1986, em
Liverpool, iniciou-se a instituição das estratégias de Redução de Danos como
prática de saúde publica, incluindo a troca de seringas, educação para o uso
seguro, aconselhamento, prescrição de heroína e cocaína e alternativas de
tratamento para dependência.
x

Nos Estados Unidos em 1988 criou o primeiro programa de troca de


seringas, mas que foi somente legalizado em 1992 e expandido para outras
regiões. No ano de 1990, um programa de Frankfurt, na Alemanha, passou a
oferecer, além do serviço de aconselhamento e troca de seringas para usuários
de drogas, realizado em um veículo móvel, a troca de seringas em farmácias, o
fornecimento de metadona sob prescrição médica, abrigos para os
dependentes carentes de moradia, centros de urgência médica e salas de
assistência à saúde, além de salas para os usuários injetar-se drogas de forma
mais segura. Esse programa funciona como modelo, para várias cidades
européias até os dias de hoje. Em 1992 foi realizada a Terceira Conferência
Internacional sobre Redução de Danos, onde o governo australiano posicionou-
se a favor da política de redução de danos, alegando, não haver sociedade
livre de drogas e que a eliminação das drogas seria uma meta inatingível em
futuro próximo, sendo a Austrália o primeiro país a introduzir a redução de
danos em sua política pública sobre drogas (Formigoni, M.L.O.S., et al. 2005).
Em vários países do mundo, a tradicional dicotomia do tudo ou nada,
que tem a total abstinência como meta necessária para abordagem do usuário,
vem sendo substituída por uma visão mais pragmática, mesmo que o usuário
não consiga deixar de usar, os profissionais de saúde podem ajudá-lo a
diminuir a morbidade e mortalidade, relacionadas ao consumo de drogas.
(Malbergier, A., 2003).

1.2 – História da redução de danos no Brasil

O Brasil reconhece a importância da redução de danos e o Ministério da


Saúde, faz na década de 80, seus primeiros pronunciamentos a favor desta
nova forma dessa abordagem. (Gorgulho, M., 2005).
Em 1989, pela organização não governamental Instituto de Estudos e
Pesquisas em AIDS de Santos (IEPAS) iniciou-se a implantação de um
programa de troca de seringas, destinado a usuários de drogas injetáveis, tal
proposta foi vetada judicialmente pelo Ministério Público, que considerava a
xi

troca de seringa como uma forma de estimular o uso de substancias


psicoativas. (Formigoni, M.L.O.S., et al., 2005)
Na década de 90, as universidades, através dos Centros de Referências
Nacionais para Drogas e Aids, assumiram algumas tarefas. (Gorgulho, M.,
2005).
O Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes, foi a primeira
instituição ligada à universidade a instituir um programa de Redução de Danos
no Brasil, desde 1990 havia um programa de formação de redutores de danos
(profissionais que saiam às ruas nos locais de concentração de usuários de
drogas injetáveis para ensiná-los técnicas de desinfecção de agulhas e
seringas. (Silveira,D.X., et al, 2003).
Em 1992, na Bahia, iniciou-se o programa universitário de troca de
seringas sob responsabilidade da Universidade Federal da Bahia. (Gorgulho,
M., 2005).
Em 1995, a Coordenação Nacional DST/AIDS, entrou no movimento de
redução de danos como estratégia de conter o vírus HIV, através da entrega de
seringas e agulhas descartáveis foi o mesmo ano em que se iniciou em
Salvador o primeiro programa oficial de redução de danos a realizar a troca de
seringas no Brasil. (Gorgulho, M., 2005).
Em 1998, com a legalização do Programa de Troca de Seringas (PTS),
surgiu a primeira lei para o estado de São Paulo. (Formigoni, M.L.O.S., et al.
2005).
Após a 9º Conferencia Internacional de redução de danos, que ocorreu
em São Paulo em 1998, várias associações e redes foram fundadas como
forma de garantir a manutenção e ampliação do movimento, com propostas
estratégicas diferenciadas, foram fundadas: ABORDA (Associação Brasileira
de Redutores de Danos), RELARD (rede Latino-Americana de Redução de
Danos) e REDUC (rede Brasileira de Redução de Danos). Atualmente, o Brasil
ocupa um lugar de destaque na América Latina. (Gorgulho, M., 2005).
Haja vista o crescente número de Programas de Redução de Danos
(PRD) existentes no país que ultrapassaram 98 (PRD´S) em 2001, de acordo
com os dados do ministério da saúde. (Formigoni, M.L.O.S., et al., 2005). O
Brasil vem oferecendo um conjunto em iniciativas em prevenção, fortemente
apoiadas pelo Governo Federal. (Caiffa, W.T. e Bastos, F.I , 2006)
xii

A redução de danos foi adotada como política pública pelo Ministério da


Saúde, que aprovou em 2005, uma portaria que regulamenta as ações de
redução de danos. Esta aprovação significa a formalização das ações e
práticas desenvolvidas pelo Ministério. Da mesma forma, no cenário
internacional, o governo brasileiro apresentou, a partir de proposta elaborada
pela Coordenação de Saúde Mental e Programa Nacional de DST/AIDS,
resolução na Comissão de Drogas Narcóticas da ONU. Esta resolução foi
aprovada em março de 2006, em Viena e coloca o tema da redução de danos
definitivamente na agenda das políticas públicas sobre álcool e outras drogas.
(Ministério da Saúde, 2006).

1.3 – Princípios da redução de danos no Brasil

A redução de danos é fundamentada em cinco princípios:


1 – é uma alternativa de saúde pública para os modelos moral, criminal e de
doença do uso e da dependência de droga:
• Evita julgamentos morais de certo ou errado;
• Oferece uma variedade de políticas e de procedimentos que
visam à redução das conseqüências prejudiciais do
comportamento dependente,
• Trabalha com programas de baixa exigência sem perder de vista
a possibilidade da abstinência;
2 – Aceita alternativas que minimizem os danos para aqueles que
permanecem usando drogas:
• Reconhece a abstinência como resultado ideal para isenção de
riscos;
• Não é uma estratégia contra a abstinência e se aplica tanto às
drogas lícitas quanto ilícitas;
3 – A redução de danos surgiu como uma abordagem de baixo para cima,
baseada na defesa do dependente.
xiii

4 – Promove acesso a serviços de baixa-exigência, em vez de estabelecer a


abstinência com um pré-requisito:
• Programas de baixa exigência as pessoas que necessitam de
tratamento para dependência têm mais possibilidade de aderir,
iniciar e envolver-se.
5 – Baseia-se no pressuposto do pragmatismo empático ao invés de idealismo
moralista. (Laranjeira, R., et al.2003), (Moreira F.G, et al, 2006)
No pragmatismo não se pergunta se o comportamento em questão é
certo ou errado, bom ou ruim, doentio ou saudável, preocupa-se com o manejo
das questões cotidianas e práticas reais e sua validade é avaliada por
resultados concretos. (Marllat, A.G., 1999)
Segundo Moreira, et al, (2006), os preceitos da estratégia de abordagem
do uso indevido de drogas, redução de danos, são: qualidade de vida,
intervenções participativas, importância do contexto social e valorização dos
direitos, desviando a atenção do uso de drogas em si para conseqüências ou
para os efeitos do comportamento aditivo. (Marllat, A.G., 1999).
A redução de danos desvia a atenção do uso de drogas em si, para as
conseqüências ou para os efeitos do comportamento aditivo e oferece uma
ampla variedade de políticas, (Marlatt-Carlini, B. et al., 2003), tais ações
possuem como princípio fundamental a “liberdade de escolha”, onde os
usuários que desejem ou não se abster da droga, preconiza-se medidas de
redução de riscos de contrair doenças, permite que o próprio usuário reflita
sobre a sua saúde, embora saber-se que é algo que não é possível em todos
os casos. (Rigoni R.Q. e Nardi H.C.; 2005).
A abordagem de redução de danos procura reduzir obstáculos, tentando
facilitar e garantir o envolvimento daqueles que precisam de ajuda dos serviços
disponíveis. (Marlatt-Carllini, B. et al., 2003).

1.4 – Importância da redução de danos


xiv

Segundo dados do ministério da saúde, 23% dos usuários atendidos por


programas de redução de danos procuram tratamento para dependência
química. (Silveira, D.X., et al. 2005)
Os resultados da pesquisa feita pelo Ministério da Saúde e Fiocruz, após
as estratégias utilizadas para usuários de drogas injetáveis, como a distribuição
de seringas, agulhas e de materiais educativos, resultou na diminuição de 62%
de casos notificados de AIDS nesta população específica no período de 1993 a
2003. Além disso, o percentual de compartilhamento de seringas e agulhas em
12 meses diminuiu em 76%.
Segundo Guanabara, L.P., (2006), o risco de consumidores de drogas
aspiradas e injetáveis contraírem hepatites virais é maior do que HIV foi
constatado que esses usuários de drogas inaladas estão se expondo à medida
que compartilham canudos (insumo usado para aspirar à droga). Nesta
pesquisa realizada, constatou-se que mais de 90% dos indivíduos que fazem
uso de cocaína inalada, compartilham seus insumos.
Através das estratégias de redução de danos, é possível minimizar os
prejuízos de natureza biológica, social e econômico, que podem ser causados
pelo uso de drogas. (Gorgulho, M., 2005).
Natureza Biológica: dependendo do tipo de substância, da
freqüência de uso e quantidade usada, as drogas podem causar
overdose, problemas respiratórios, problemas cardíacos e
neurológicos. No caso específico da via de administração, o
principal problemas é no uso de drogas injetáveis, aonde a
pessoa estará sujeita a uma série de infecções como: HIV,
hepatites, sífilis, que podem ser transmitidas através do
compartilhamento de agulhas e seringas contaminadas. O uso de
material infectado ou água para diluição contaminada, pode
ocasionar endocardites, abscessos, tromboses, dentre outras
coisas.
Social: podem chegar a total exclusão do convívio em
família, comunidade, escola e trabalho. Entre o convívio e o ponto
de exclusão, existem vários níveis de prejuízos sociais que podem
atingir apenas algumas áreas, como só o trabalho ou só o
rendimento escolar, mas que de alguma maneira acabarão por
xv

refletir-se na vida do usuário. O maior prejuízo, sem dúvida, é a


violência, que aqui pode ser entendida como psicológica física e
meio ambiente.
Econômico: grande parte dos dependentes de substâncias
passam por prejuízos no trabalho que acarreta em desempregos,
assim, alguns deles, passam a tomar medidas informais para sua
sustentabilidade, outros começam a desfazer de seus bens
matérias para sustentar-se.
A abordagem de redução gradual estimula os indivíduos com
comportamento excessivo ou de alto risco a dar um passo de cada vez para
reduzir as conseqüências prejudiciais de seu comportamento. (Marlatt-Carllini,
B. et al., 2003).

1.5 – Estratégias de redução de danos

Nos seguintes tópicos, apresentam algumas estratégias relacionadas ao


uso de substâncias psicoativas.

1.5.1 – Estratégias para usuários de drogas injetáveis

O uso de droga injetável, freqüentemente está associado à infecção por


HIV, hepatites e à criminalidade, além de ser um estigma por usuários de
outras vias. A redução de danos atua em minimizar estes danos como:
Aconselhamento para o usuário em como diminuir o dano causado pelo abuso
de droga; (Trigueiros, D.P., e Haiek, R.C. 2006).
As estratégias que os autores Campos, M.A. e Siqueira, D.J.R. (2003),
comentam são:
• Aproximação com o usuário e vínculo pode-se se sugerir que o mesmo
reflita sobre o seu uso, se desejar;
xvi

• Distribuição de agulhas e seringas descartáveis, com orientações de uso


seguro e não compartilhamento de tais insumos;
• No caso da cocaína, pode-se orientar o uso pela via inalada ao invés da
injetada, para evitar ou diminuir os riscos dessa via de administração.
Piccolo F.D. e Knauth, D.R., (2002), complementam:
• Trocar o kit de seringas e agulhas descartáveis, por kits novos, a fim de
evitar a contaminação entre os kits já utilizados.
• Quando não se é possível realizar a troca de seringas ou adquirir novos
insumos, outra estratégia além do não compartilhamento é orientar
quanto à desinfecção do material, mesmo sabendo que não é a prática
mais segura.
• Aconselhar o uso de preservativos, pois se verifica ainda que o uso de
droga seja um facilitador para o não uso de preservativos nas relações
sexuais, além disso, o sexo, muitas vezes, serve como moeda de troca
para a obtenção de uma quantidade de droga.
Outras sugestões são:
• Orientar e conscientizar instrutores de academias, junto com os
freqüentadores da mesma, pelo uso de esteróides anabolizantes
injetáveis; (Carmona V. e Vedovatto S., 2003).
• Informar aos Travestis e outras populações, quanto aos danos da saúde
que um silicone industrial pode causar, por seus componentes químicos
e a via de administração; (Carmona V. e Vedovatto S., 2003).

1.5.2 – Estratégias para usuários de Cannabis (maconha)

Pesquisas médicas demonstram efeitos danosos ao sistema respiratório no


uso da maconha, embora, os danos no sistema respiratório são causados pela
inspiração em grande quantidade de qualquer tipo de fumaça. (MacRae, E.,
2006)
MacRae E. (2006), realça algumas estratégias colhidas entre usuários e em
documentos que circulam nos ambientes que se usam maconha na Europa e
na Austrália.
xvii

• Evitar reter a fumaça no pulmão mais que alguns segundos;


• Aquecer a maconha no Sol ou forno brando, para evitar presença de
fungos que possam afetar o sistema respiratório;
• Deixar a maconha imersa em água durante algumas horas e depois
secá-lo ao ar livre ou em forno brando, para retirar produtos químicos
como amônia, que podem vir misturado com a droga;
• Recomendar uso de papel fino, desprovido ao máximo de corantes e
outros produtos químicos, que possam soltar vapores tóxicos ao serem
aquecidos;
• Evitar uso de “Maricas” e cachimbos de plástico ou outros materiais que
também possam soltar vapores tóxicos;
• Evitar o consumo compartilhado, pois podem transmitir doenças
veiculadas pela saliva;
• Orientações quanto a pratica de sexo seguro;
• Não é recomendável o uso de colírios, pois constringem os capilares
anteriormente dilatados pelo efeito da maconha;

1.5.3 – Estratégias para usuários de cocaína/crack

O uso de cocaína ou crack podem causar vários tipos de danos que não
causam dúvidas. No uso do Crack, as partículas sólidas inspiradas causam
sérios problemas no sistema respiratório. Os principais efeitos dessa droga,
classificadas como estimulantes são perda de apetite, sono e agitação
psicomotora. Tais efeitos são causadores de desnutrição, desidratação e
gastrite. Devido às próprias circunstâncias do uso (cachimbo quente, acender a
chama de isqueiros para queimar a pedra de crack e quebrar as pedras de
crack), são os causadores de rachaduras nos lábios, queimaduras e cortes nos
dedos e em alguns usuários, queimaduras no nariz, pela própria combustão.
Percebe-se no contato com estes usuários, freqüentemente, a falta de asseio
pessoal e em relação à sua aparência. È comum ouvi-los dizer que perderam
seus vínculos familiares, estudos e trabalhos, depois que o uso de
cocaína/crack, se tornou sua principal atividade, tornando-se marginalizados da
xviii

sociedade. Outra realidade desta população é a troca de sexo por drogas, o


que os deixam, mais vulneráveis a contraírem DST/AIDS. (Domânico, A e
MacRae E, 2006).
Através da experiência de alguns projetos, Domânico, A e MacRae E,
(2006), sugerem algumas estratégias de redução de danos:
• Realizar a substituição de uma droga por outra menos danosa (ex:
Trocar crack/cocaína pela maconha), em estudos realizados, mostram-
se que esta estratégia, possui bastante eficácia;
• Evitar o compartilhamento dos insumos, já que é sabido que transmite
doenças como Tuberculose, Hepatites, Herpes e em caso de fissuras
labiais até o HIV;
• Preferir, no uso do crack, copos de água mineral descartável com a
tampa de alumínio e com a metade da água, para que parte das
impurezas fiquem na água, ou fazer uso de filtro (tipo Mellita), para
minimizar os danos ao aparelho respiratório;
• Evitar a raspagem dos cachimbos de materiais porosos como metal,
madeira e plástico, já que estes soltam substâncias, e o usuário corre o
risco de inalar estas partículas;
• Realizar intervenções educativas, através de diálogos francos e abertos;
• Realizar atividades culturais, pois são formas extremamente eficazes de
se estabelecer um canal de comunicação;
Outras estratégias sugeridas por Niel, M.e Santos, S. (2003), são:
• Evitar a combinação de cocaína com álcool;
• Realizar a entrega de Kits (canudos de proteção, soro fisiológico,
cotonetes, superfície limpa e rígida para a preparação da droga, folhetos
informativos e preservativos).
• Recomendar o usuário a alimentar-se antes de começar o uso e tomar
líquidos durante o uso;
• Evitar fumar em latas ou copos encontrados no lixo, pois favorece ao
aparecimento de doenças como leptospirose, por exemplo;
• Fazer uso de protetor labial, para prevenir rachaduras nos lábios.
xix

1.5.4 – Estratégias para usuários de álcool

A maioria de problemas agudos causados pelo uso de álcool em grande


quantidade, são acidentes de trânsito, trabalho e violência. Tais problemas são
possíveis de serem evitados. O álcool e outras drogas podem, dependendo da
freqüência e da circunstância, ser consumidas sem problemas. Entretanto,
pessoas sob efeitos de drogas e de outras substâncias, podem se colocar em
situações de risco de sofrer ou provocar algum tipo de acidente ou violência,
envolvendo-se em discussões e brigas, além de contaminar ou transmitir
DST´s/AIDS. (Melcop A.G.T. e Oliveira E.M.,2006).
Todas as pessoas possuem o direito de ir e vir, de fazer o que quer e até
consumir drogas, contanto que a decisão pelo uso não coloque em risco a sua
vida e a de outras pessoas. As seguintes estratégias segundo Melcop, A.G.T. e
Oliveira, E.M., (2006) mostram-se eficazes na redução destes danos:
• Procurar freqüentar locais que ofereçam água, ou intercalar o uso de
bebida alcoólica com não alcoólica;
• Alimentar-se bem durante o consumo de bebida alcoólica;
• Combinar com os companheiros, um amigo que não fará o uso da
bebida, ou se todos fizerem usar outros meios de transporte como Táxi
ou ônibus;
• Não dirigir quando estiver sob efeito de droga;
• Não pegar carona com condutores que estejam sob efeitos de droga;
• Fazer uso de preservativo nas relações sexuais;
• Não fazer uso de drogas em horário de trabalho;
• Desestimular usuários que tiverem sob efeito de drogas a conduzir
carros, motos ou circular sozinhos em vias públicas;
• Dar preferência ao uso de bebidas fermentadas ao invés das destiladas,
que possuem maior teor alcoólico;
Outras estratégias sugeridas por Sant´Anna, A.M. e Coradete Jr. J., (2003),
são:
• Propor a substituição de copos de vidro comum, nos locais que há
consumo de álcool por copos de vidro temperados ou descartáveis;
xx

• Disponibilizar materiais educativos e preservativos;

1.5.5 – Estratégias de Terapias de Substituição

Embora não persiga a abstinência, a redução de danos também reconhece


a utilidade das terapias de substituição como alternativa para as pessoas em
situação de uso problemático/danoso de drogas, com ou sem o desejo de
interrompê-lo. (Campos M.A. e Siqueira, D.J.R., 2003).
Considerado também um programa de baixa exigência, tem como objetivo
principal o alívio de sintomas como fissura e a melhoria na qualidade de vida
dos pacientes, assim como a oferta de uma gama de opções de tratamento.
(Gorgulho,M., e MacRae, E. 2003)
O tratamento de substituição é uma estratégia altamente utilizada em
países aonde existe o consumo de heroína entre usuários de droga injetável,
esta substituição é feita com metadona, um componente que ameniza os
problemas ocasionados pela heroína e possibilita que a pessoa volte a ter seus
compromissos sociais como trabalhar, estudar, etc. (Araújo, P. J., 2003).
xxi

2 – Objetivo

Pesquisar e conhecer os conceitos de redução de danos, na visão de


diferentes autores através de publicações científicas brasileiras.
xxii

3 – Método

Revisão da literatura científica brasileira (artigos científicos, livros e


teses), sobre redução de danos, entre o período de 2000 a 2007, que contenha
conceitos, de visões diferenciadas. Foram utilizadas as bases para a pesquisa
Scielo e a Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde
(LILACS), através da biblioteca em saúde Bireme e acervo pessoal, as
palavras-chaves utilizadas foram: Redução de danos, prevenção e políticas
sobre drogas.
xxiii

4 – Resultados

CONCEITOS DE REDUÇÃO DE DANOS NO BRASIL

Dano à saúde pode ser definido como resultado prejudicial à saúde, de


gravidade alta e que decorre do uso de uma substância psicoativa, afetando
um grande número de pessoas. A redução de danos estabelece políticas e
ações para minimizar estes danos e pode ser entendida em sua forma
fidedigna ao conceito de seu surgimento (reduzir os danos de HIV e DST em
usuários de drogas injetáveis) ou com um conceito mais amplo, que é a
atuação na saúde pública preventiva e políticas públicas, que visam prevenir os
danos antes que eles ocorram. (Laranjeira, R. et al., 2003)
Para Gorgulho, M. e MacRae, E. (2003), considera que a redução de
danos é um conceito em aberto, ao qual podem ser atribuídos diversos
significados, menos como uma série de diretrizes específicas para a conduta
em um atendimento.
Para Canoletti, B. e Soares, C.B. (2005), o conceito de redução de
danos abrange vários objetivos: minimizar os prejuízos que possam advir do
consumo de drogas; admitir diferentes tipos de uso; educar para despertar o
sentimento de crítica, projetos de fortalecimento dos indivíduos e grupos ou
classes sociais, propõe métodos participativos, inclusivos e específicos para
cada situação.
Campos, M.A. e Siqueira, D.J.R, (2003), denominam a expressão
redução de danos como qualquer situação onde exista busca de diminuição de
prejuízos, ou mesmo se referir especificamente a eventuais ou potenciais
xxiv

prejuízos resultante do uso de substância psicoativa, sendo entendida como


busca de estado de maior bem-estar social para todos, com ou sem uso de das
drogas, inclusive daquelas tidas como ilegais.
O coordenador do Programa de Redução de Danos na Bahia, Tarcísio
Matos de Andrade, conceitua: “Redução de Danos é uma política de saúde que
se propõe a reduzir os prejuízos de natureza biológica, social e econômica do
uso de drogas, pautada no respeito ao indivíduo no seu direito de consumir
drogas” (Araújo, P.J., 2005, p. 01).
A redução de danos é uma política que visa a diminuir no máximo os
efeitos negativos ou lesivos do uso de drogas. Esta abordagem tem suas
raízes em modelos de saúde pública com uma visão mais humanista e sem
preconceitos. (Malbergier, A., et al., 2003). É vista pelo Ipad (Instituto de
prevenção e atenção às drogas) como uma alternativa de saúde pública para
os modelos criminal e de doença, reconhece a abstinência como resultado
ideal, mas aceita alternativas que reduzam os danos. (Marlatt-Carlini, B. et al.,
2003).
Segundo Nardi H.C. e Rigoni R.Q. (2005), a redução de danos pode ser
definida como um conjunto de medidas em saúde que tem a finalidade de
minimizar as conseqüências adversas do uso/abuso de drogas.
É importante esclarecer que o fundamento da redução de danos não
estabelece, necessariamente, uma posição contra nem tampouco a favor do
uso de drogas, focaliza-se no aumento ou na diminuição dos agravos
conseqüentes ao uso de substancia psicoativas. (Laranjeira, R. et al., 2003).
xxv

5 – Discussão

Para Laranjeira R., et al. (2003) a redução de danos (RD) se apresenta


como conceito bastante amplo, do que somente focar-se na saúde, e se atém
em políticas públicas, saúde pública preventiva, não demonstrando idéias
específicas, conceito semelhante ao de Gorgulho e MacRae, E. (2003), que
considera a redução de danos um conceito tão aberto, que pode ter diversos
significados, menos como uma série de diretrizes específicas.
Esses autores apresentam um conceito bastante amplo, que por isso se
torna inespecífico, podendo assim abrir espaços para diferentes
entendimentos.
O conceito de RD para Canoletti, B e Soares C.B. (2005) abrange vários
objetivos e se apresenta além de apenas minimizar os prejuízos relacionados
ao consumo de drogas, pois propõe métodos em que o indivíduo participa,
inclui-se, fortalece e desperta o sentimento de crítica. Já Campos M.A., e
Siqueira D.J.R. (2003), que vai a busca do bem estar coletivo de maneira geral,
mesmo se tratando de pessoas que não possuam prejuízos ou que mesmo não
sejam usuários de drogas.
Tarcísio Matos de Andrade conceitua a RD como política de saúde com
a proposta de minimizar os prejuízos de natureza biológica, social e
econômica, com respeito ao direito de indivíduo, ou seja, uma estratégia para
diminuir prejuízos em diferentes áreas, muito semelhante ao conceito de
Malbergier A., et al, (2003), que foca-se às conseqüências negativas do uso de
drogas, com raízes da saúde pública e possui um olhar ao direito do indivíduo
em consumir, por demonstrar uma visão mais humanista e sem preconceitos.
O Ipad conceitua a RD como alternativa de saúde pública para os
modelos criminais e de doença, que reconhece a abstinência como ideal, mas
aceita esta alternativa que reduzam danos, que para Nardi, H.C. e Rigoni R.Q.
(2005), se limita às medidas de saúde para minimizar conseqüências adversas
do uso de drogas.
6 – Conclusão
xxvi

Os autores conceituam a redução de danos de diferentes maneiras e


amplitudes, poucos autores se limitam às ações referentes à saúde. Foram
pesquisados os conceitos de 8 autores brasileiros, onde apenas 2 destes
autores, se posicionam como medidas em saúde estritamente, os restantes
apresentam um conceito mais amplo, onde existe uma mistura de áreas, se
estendendo às ações sociais e econômicas além da saúde, estabelecendo
como meta um bem estar de maneira geral, indo de ações preventivas até ao
respeito dos direitos humanos, com estratégias que estimulam e promovem a
inclusão, participação e fortalecimento do sentimento de crítica, com uma visão
ausente de preconceitos e mais humanista. Os pontos de vistas apresentam
pequenas discordâncias em sua maior parte, mas de uma maneira geral, um
conceito complementa o outro.
Infelizmente, no Brasil, existe pouca literatura científica sobre o assunto
aqui discutido, o que pode ter dificultado um resultado mais complexo deste
trabalho.

7 – Referências Bibliográficas
xxvii

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