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Rosa Maria da Cruz Braga

Orientadora Educacional, Mestre em Educação,


Professora do Curso de Pedagogia da
ULBRA São Jerônimo

Abstract

The idea of this article appeared after teaching the discipline of Research in
Childhood and in the early years, where I saw the difficulty that students have to
build their design from childhood, because their concepts permeat the problems of
our children, so glaring in the current context. The beauty, joy, detachment, naive
for Children are being overshadowed by social and family neglect, abuse, violence
of any order, excluding the children to live with dignity, being impeded in their
fundamental rights. The discussions in this regard and the result obtained in the
final text of the students beacon me not only to speak of this experience and
through the words of scholarly rescue ideas that should in fact, represent the
children, raising the readers are parents or teachers, for a look more careful with
our children.

Keywords: children, child abuse, education, health care.

Resumo

A idéia desse artigo surgiu após ter ministrado a disciplina de Pesquisa na Infância
e nos Anos Iniciais onde pude constatar a dificuldade que os alunos tiveram em
construir sua concepção de Infância por terem seus conceitos atravessados pela
problemática de nossas crianças, tão gritante no contexto atual. A beleza, alegria,
desprendimento, ingenuidade da Infância estão sendo ofuscadas pela negligência
social e familiar, maus tratos, violência de toda ordem, excluindo as crianças de
viver com dignidade, sendo desrespeitada em seus direitos fundamentais. As
discussões a esse respeito e o resultado obtido nos textos finais dos alunos
balizaram-me não só a falar dessa experiência e através das palavras dos
acadêmicos resgatar idéias que deveriam de fato, representar a infância,
sensibilizando os leitores, sejam pais ou educadores, para um olhar mais
cuidadoso com nossas crianças.

Palavras-chave: infância, maus tratos, educação, cuidados.

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Em meio a tanta violência, negligência, atrocidades, exploração a que todos
estamos expostos, sem distinção de cor, idade, classe social fico pensando naqueles cuja
vulnerabilidade lhes delega um lugar de risco independente de sua vontade, as crianças.
As situações a que estão expostas hoje, tráfico, exploração sexual, trabalho
infantil, drogadição, nos leva muitas vezes a esquecer a essência do que é ser criança,
como se não houvesse fronteira entre essa imprescindível fase da vida e o mundo
adulto. Essa preocupação pode ser vista numa citação de SNYDERS:

Eu queria uma (instituição) onde a criança não tivesse que saltar as alegrias da
infância, apressando-se, em fatos e pensamentos, rumo à idade adulta, mas onde
pudesse apreciar em sua especificidade os diferentes momentos de suas idades.
(SNYDERS, 1993, p.29).

Percebendo a importância que tem as instituições de educação infantil a partir de


um modelo não mais puramente assistencialista, mas onde o cuidar e o educar se
entrelaçam no sentido de proteger e ao mesmo tempo preparar as crianças para a vida
em sociedade, em contraponto ao entorno social que as rodeia, fiquei pensando na
concepção que as pessoas tem sobre infância.
Seria pretensioso demais realizar uma pesquisa ampla a esse respeito, mas no
papel de professora universitária e trabalhando com a disciplina “Pesquisa na Infância e
Anos Inicias”, solicitei a cada aluno da minha turma que produzisse um texto falando de
sua concepção sobre infância.
Foi uma experiência interessante cujos resultados não posso deixar de comentar.
Nas primeiras tentativas percebi que as pessoas não conseguiam se deslocar dos
problemas de infância, direcionando sua escrita apenas por esse viés. Foram produções
interessantes que demonstravam posicionamento crítico, reflexão sobre a realidade,
preocupação, envolvimento e até indignação, esquecendo, no entanto, do foco, ou seja,
“a sua concepção de infância”.
Vejo esse fato por dois ângulos: Em primeiro lugar o impacto que o desrespeito à
criança causa nas pessoas, o que interpreto como positivo, pois mostra que existe
preocupação com nossas crianças por parte da sociedade, mas o que considerei
preocupante é que as conseqüências desse caos social leva as pessoas a pensar apenas
nos problemas, manifestando sua indignação e tendo dificuldade de ver a infância na
sua originalidade, nas representações próprias desta fase.
Fizemos uma reflexão a respeito desses fatos e novas produções foram sugeridas e
realizadas e são essas idéias que quero compartilhar com os leitores.
Uma das alunas escreveu:

“Infância para mim é brincar, descobrir coisas novas, fazer amigos sem pensar nas
diferenças; é sonhar, inventar as mais diversas brincadeiras, descobrir aos poucos o
que é certo e o que é errado, ter medo de tudo e ao mesmo tempo não ter medo de
nada.
Viver a infância e achar-se a pessoa mais importante, e que tudo deve ser feito para
que esteja sempre feliz; é não ter responsabilidades de adultos e principalmente ser
uma pessoa muito amada.”

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(M. G. S. F.)

Ter o direito de errar e acertar, arriscar, sonhar, ser amado. As instituições,


família, escola têm se preocupado com isso? Deixamos nossas crianças construírem a
partir dos erros ou os crucificamos por isso? Alimentamos seus sonhos ou os destruímos
com desesperança? Sabemos dar o amor que elas precisam ou apenas os mimamos para
que nossa tarefa seja mais fácil? Afinal o que é amar uma criança? Com certeza é muito
mais do que dar colo, sorvete de chocolate e o brinquedo da moda.
Entendo que amar é proteger: do consumismo, da violência, da adultez precoce, é
ensinar até onde vai nossa liberdade, é dar limites e, com certeza, regá-la com afeto,
carinho, abraços, acolhimento, amor. Essas palavras são reiteradas na fala de uma outra
aluna:

“A infância deveria ser regada de afeto, amor, carinho, educação. Passamos por
brincadeiras, acidentes, uns graves outros nem tanto, surpresas, viagens, passeios,
algumas perdas de pessoas, animais queridos; descobre-se o mundo num dia; e no
outro não se sabe nada. A infância deveria ser como férias.”
(F.M.)

A Infância deveria ser como férias. Para mim, uma definição no mínimo original,
linda, digna de uma reflexão. Afinal o que representa a palavra férias? Paz, sossego,
diversão, aventura, quebra de rotina, relógio parado, telefone desligado, viagem,
encontro com pessoas queridas, balançar na rede, castelos na areia, e eu poderia seguir
enumerando infinitamente coisas bonitas e agradáveis, simples ou audazes, mas prefiro
resumir como sendo “ tempo de ser feliz”.
Outra concepção diz:

“A Infância é a fase da vida em que mais fizemos descobertas, como a de andar,


brincar, falar, sonhar. Para a criança o mundo ainda é muito complexo, muitas
vezes tentam, mas não conseguem decifrar as incógnitas do cotidiano, aí surgem os
porquês, que incomodam os adultos, que buscam livrar-se logo das perguntas e não
dão a devida atenção para elas, respondendo qualquer coisa sem se dar conta o que
for dito poderá vir a ser um referencial para a criança.
Nossa personalidade começa a constituir-se na infância, com as referências que
temos, com os limites que recebemos e principalmente com o afeto que
compartilhamos e, com certeza são experiências que serão guardadas por toda a
vida.”
(R. G. M.)

Cabe lembrar que nosso cérebro é uma caixinha de surpresas capaz de


desenvolver, entre outras capacidades, mecanismos de auto-defesa. CURY nos conta
que:

Um psicólogo clínico pediu a um paciente que contasse detalhes do seu passado. O


paciente se esforçou, mas só conseguiu falar das experiências que o marcaram.
Vivera milhões de experiências, mas só conseguiu falar de algumas dezenas.

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O psicoterapeuta achou que ele estava bloqueado ou dissimulando. Na realidade, o


paciente estava correto. Nós só conseguimos dar detalhes das experiências que
envolvem perdas, alegrias, elogios, medos, frustrações. Por quê? Porque a emoção
determina a qualidade do registro. Quanto maior o volume emocional envolvido
em uma experiência, mais o registro será privilegiado e mais chance terá de ser
resgatado.
Onde ele é registrado? Na MUC, que é a memória de uso contínuo ou memória
consciente.As experiências tensas são registradas no centro consciente, e a partir
daí serão lidas continuamente. Com o passar do tempo, elas vão sendo deslocadas
para a periferia inconsciente da memória, chamada de ME, memória existencial.
Em alguns casos, o volume de ansiedade ou sofrimento pode ser tão grande que
provoca um bloqueio da memória.
Este bloqueio é uma defesa inconsciente que evita o resgate e a reprodução da dor
emocional...Algumas crianças sofreram tanto na infância, que não conseguem
recordar esse período de sua vida...Uma ofensa não-trabalhada pode estragar o dia
ou a semana. Uma rejeição pode encarcerar uma vida. Uma criança que fica presa
num quarto escuro pode desenvolver claustrofobia. Um vexame em público pode
gerar fobia social. (CURY, 2003, p.108 e 109)

Por que falar sobre isso? Justamente para ressaltar o quanto nós, adultos, temos
que cuidar da infância para que seja uma fase de luz que emana seus raios positivos nas
demais fases do desenvolvimento.
Muitas pessoas guardam na memória existencial, ou seja, no inconsciente, fatos
importantes de suas vidas, como se escondendo essas memórias o fato em si fosse
apagado. Boas ou ruins as experiências vividas podem ser re-significadas, mas não
deletadas como se fossem arquivos de computador. Estamos falando de memória
humana.
Conversando com pessoas que não lembram de sua infância o que constatei é que
todos sentem um vazio, como se tivesse ficado um buraco na sua história de vida.
Há os que gostariam de resgatar essas memórias na expectativa de encontrar
explicação para determinados comportamentos, mas alguns preferem deixar
adormecidas essas memórias com medo de resgatar lembranças que podem vir a revelar
sofrimento.
Outro aspecto marcante da infância é apontado na fala a seguir:

“Infância para mim é a melhor fase da vida, imagina ser inocente, não ter maldade,
ter liberdade, falar a verdade, expressar vontades. É uma fase da vida em que
sonhamos, acreditamos com fé, acreditamos no lúdico, e não questionamos, se
falarem que o Papai Noel vem, vamos esperar com certeza a noite toda, e mesmo
que nós não o vejamos, nós acreditamos que ele esteve ali e deixou o nosso tão
esperado presente.”
(H. S. S.)

Fantasia, outro ingrediente mágico para as crianças. Piaget define essa fase como
período simbólico.

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Escrevendo um artigo sobre a teoria básica de JEAN PIAGET, JOSÉ LUIZ PAIVA
BELLO, no site Pedagogia em Foco, coloca que:

Neste período surge a função semiótica que permite o surgimento da linguagem, do


desenho, da imitação, da dramatização, etc... Podendo criar imagens mentais na
ausência do objeto ou da ação é o período da fantasia, do faz de conta, do jogo
simbólico. Com a capacidade de formar imagens mentais pode transformar o objeto
numa satisfação de seu prazer (uma caixa de fósforos pode virar um carrinho, por
exemplo). É também o período em que o indivíduo “dá alma” (animismo) aos
objetos (“o carro do papai foi dormir na garagem”).

Considerando os estudos do autor nada mais natural do que a existência do Papai


Noel que dá sentido ao Natal, principalmente para as crianças na faixa etária de 2 a 4
anos.
Essa idéia repete-se na concepção de outros alunos nos mostrando o quanto tem
consciência de que a imaginação, o faz-de-conta é inerente ao desenvolvimento infantil.

“Ter a chance de se modificar a cada dia, ser um personagem de um conto de fadas,


chorar e rir ao mesmo tempo, acreditar que tudo que se quer é possível de realizar.”
(D. E. G.)

“A infância é a melhor fase da vida. É nesta fase que fazemos muitas descobertas,
que sonhamos, acordamos e continuamos a viver fantasias. É ser herói e bandido
no mesmo dia.
É poder brincar sem ter hora marcada; correr, rir, pular até cansar. É ser livre para
poder sonhar; é ter amigos e viver num mundo que é só seu; é viver sem
preocupações.
Infância é à base do resto de nossa vida, é onde aprendemos valores que vão formar
nosso caráter; É quando fazemos escolhas. A infância é um mundo maravilhoso
onde não deveríamos achar o portão de saída, ou seja, não deveria ter idade para
acabar.”
(C. M.)

Ao longo dos textos das alunas vejo surgir diferentes idéias que vão se
complementando e trazendo a tona às várias faces da infância que na verdade são
indissociáveis, entrelaçando-se entre si e criando, no conjunto, a partir do pensamento e
olhar de cada um, a concepção que muitos teóricos apontam em seus estudos em relação
a esta etapa do desenvolvimento. Nesse sentido, além das características são lembrados
também os referenciais que contribuem não só para a vivência tranqüila do “ser
criança”, mas também para formar bases seguras para a vivência das próximas fases da
vida.

“Nessa fase, é extremamente importante um referencial familiar sólido, onde possa


buscar controle, afeto, e princípios, pois, sua ingenuidade e fragilidade necessitam
de moldes firmes, concretos e estímulos positivos.”
(N. J. M.)

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“A família, como base, é um dos referencias mais importantes na infância, sendo


que ela será um dos espelhos para a criança, seja família biológica ou não.”
(M. L. R.)

Nessas colocações, as referências familiares têm seus vínculos no afeto, no


respeito, no exemplo positivo, no acolhimento, sejam esses elementos oferecidos por
pais biológicos ou por aqueles que desempenham esse papel, avós, tios, padrinhos,
irmãos ou mesmo pais adotivos. A qualidade dessas relações podem vir a ser o espelho,
com reflexos positivos ou negativos na vida da criança, considerando, no entanto, que
nada é definitivo e que diversos e inesperados são os fatores que interferem em nossas
atitudes durante toda a vida mesmo quando se tem uma formação familiar adequada,
equilibrada e repleta de afeto. Falo de eventos como perdas, traumas, mudanças bruscas
de vida, de rotina, solidão, doenças, casamento, filhos, entre outros. Encontrei outra
referência de uma aluna que aponta a responsabilidade e influência não só da família,
mas do ambiente no desenvolvimento infantil.

“A infância é marcada por descobertas, experiências e aprendizagens que se dão


por meio da interação com a família e o ambiente em que vivemos.”
(A. L. R.)

Vivemos numa crise social onde, lamentavelmente os referenciais familiares


sólidos estão trincados, ou seja, percebe-se uma fragilidade crescente nas relações e
estrutura familiar. As crianças, muitas vezes, sofrem as conseqüências da insatisfação e
das crises dos adultos. Acredito que esse seja o principal motivo pelo qual as pessoas
tenham dificuldade de pensar uma concepção de infância desvinculada das atrocidades
que presenciamos na atualidade: violência, abandono, negligência, maus tratos. Fazendo
essa reflexão escolhi uma das citações das alunas que retrata um pouco de tudo que foi
escrito até aqui, mas inicia com uma frase que me emocionou porque mostra o quanto é
forte o abandono de nossas crianças, o quanto está sendo distorcida, deturpada,
robotizada, industrializada, esquecida a fase do brincar e o quanto nós educadores
necessitamos repensar nossas ações, nossa postura e nosso trabalho junto aos pais e
responsáveis.

“A infância na minha concepção ficou perdida em algum lugar, não se ao certo


onde. Penso que a infância é a época de brincar com bonecas, ter medo do bicho
papão, dormir no quarto do pai e da mãe quando sentir medo do escuro. É ter em
mente que a pior coisa do mundo é a Cinderela não ficar com príncipe no final a
história e a bruxa “madrasta” que deu a maçã envenenada para a Branca de Neve é
a pessoa mais cruel do mundo.
Que saudades da vovó de óculos de cabelos grisalhos, fazendo tricô, esperando o
netinho com bolo de fubá quentinho ou fazendo um delicioso arroz de leite e
compartilhando com a criança o momento da apreciação do seu ato.
Não gosto destas pessoas que tratam suas crianças com salgadinhos, bolachas
recheadas e um lindo computador.

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Nunca ouviram falar do Pequeno Polegar, da Turma do Balão Mágico, Fofão e do


Cascatinha. Que saudades!
Não há um momento do dia dos adultos voltados para a infância, onde planejem
alguma atividade realmente voltada para a criança em si. Levam para a natação,
aula de ginástica, curso de inglês e na volta para a casa..., lá está o computador
pronto para preencher o restante do tempo da criança.”
(L. A. S.)

Lendo uma pequena história que conta uma experiência vivida por ZIEGER, 2002,
pensei no esquecimento da infância de que fala o texto acima e não posso deixar de citá-
la porque é mais um referencial para fazermos a reflexão a qual me referi anteriormente.

Participei de um encontro que visava a discutir os direitos da infância. No


intervalo, fui a um bar tomar café. Sentei-me numa das mesinhas disponíveis. A
moça que servia, muito atenciosa, logo me trouxe uma xícara de um café cheiroso e
com um aspecto agradável. Antes que eu o experimentasse, um menino de oito ou
nove anos (talvez mais, não sei) sentou-se num banquinho ao lado do balcão perto
de mim. Pediu um copo d’água ao rapaz que ali atendia. Este foi até a pia, encheu
um copo com água e ele mesmo o bebeu. O menino insistiu: “Tio, me dá água?”. E
o rapaz, com ar de descaso, mandou que ele fosse saindo. Convidei, então, o garoto
para sentar à minha mesa e lhe ofereci um refrigerante. A moça foi solícita e trouxe
rápido. O menino bebeu tudo em poucos minutos. Fiquei a observá-lo: magro,
olhos fundos, lábios escurecidos, cabelos sujos e roupas maltrapilhas. Pés
descalços. Tudo o que disseram na palestra veio diante dos meus olhos e do meu
coração. Ler com o coração dói. Tantas palavras bonitas... Cidadania... Direitos...
Família... Escola... Luta... Trabalho... E as crianças continuam nas ruas, nas
calçadas, nos depósitos de gente solitária e sofrida, nas instituições para o “bem-
estar” dos menores...
O Brasil não precisa de mais leis, diretrizes, metas, propostas políticas. Muito se
propõe e pouco se faz! Precisamos de ações concretas (não ações no papel).

Pautada nessas formas de pensar, entender e definir a infância, espero, com este
artigo, contribuir para que educadores, pais e leitores observem, falem, olhem, escutem
nossas crianças, superando a visão adultocêntrica que nos venda os olhos para a cultura
infantil, nos impedindo não só de aprender com o imaginário das crianças, mas
principalmente impedindo que esse imaginário se manifeste de forma a permitir um
crescimento emocional saudável, sem queimar etapas, fazendo com que elas busquem
significado para o mundo que as rodeia e no qual estão inseridas através de suas
próprias descobertas e da evolução natural de seus conceitos sem assassinar seus sonhos
com nosso desencantamento.

Recebido em: 06/02/2008


Aprovado pelo Conselho em: 22/09/2008
Publicado em: 24/09/2008

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