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FABRÍCIO DREHER SILVEIRA – fabriciodreher@yahoo.com.

br
LÍRIO SCHAEFFER – ldtm@ufrgs.br

Diretrizes para projeto de


ferramenta de estampagem Final

O desenvolvimento do projeto com base em critérios técnicos claros e precisos permite a


redução do tempo de construção e a melhoria da qualidade da ferramenta de estampagem. É
altamente recomendada a adoção de uma rotina de verificação de itens construtivos e parâmetros
de processo.

Nesta edição, a conclusão do ma determinada pela matriz, po- acordo com a espessura de chapa.
artigo traz os detalhes do punção e rém, sempre é necessário haver Partindo deste princípio, pode-
dos sistemas de extração e sujeição uma folga entre punção e matriz de se deduzir que as matrizes determi-
do estampo. Ao final, recomenda modo que o primeiro possa ser in- nam as dimensões externas das pe-
uma lista de verificação (check list) troduzido no orifício do molde para ças, enquanto os punções determi-
tornando possível proceder ao de- ocorrer a conformação. Uma deter- nam as dimensões dos furos. Desta
senvolvimento do projeto com ba- minação correta desta folga signi- forma, os punções têm as dimen-
se em uma seqüência lógica de fica o aumento da vida útil da fer- sões correspondentes ao limite su-
ações que minimizarão falhas na ramenta, pois as arestas de corte perior das peças. Se a peça contiver
execução de ferramentas de estam- não terão desgaste excessivo. detalhes tais como reentrâncias, a
pagem. A folga varia em função do ma- matriz nas partes reentrantes fun-
terial e da espessura da chapa. Para cionará como punção de furação e,
Punção chapas de espessura fina, a folga é nesta situação, o punção verdadei-
Os punções são os elementos praticamente desprezível, mas em ro terá suas dimensões acrescidas
que atuam sobre a chapa com a se tratando de espessuras maiores, da folga.
função de conformá-las com a geo- deve ser considerá-
metria desejada. São produzidos a vel. Enumerando as 1
D
partir de uma peça única quando diferentes classes de 0,9

de formas simples, porém, se apre- materiais, a folga é 0,8


Aço alta
dureza
sentam formas complexas, podem mais acentuada para
Folga f = Di–D (mm)

0,7

ser feitos com peças variadas para aços de maior resis- 0,6 Latão
Ferro
facilitar a reposição em caso de rup- tência, decrescen- 0,5 Aço baixo C
Di
tura. Tratando-se de punções com do em relação aos 0,4
grandes dimensões é conveniente materiais mais male- 0,3
Alumínio
fabricá-los com várias peças, pro- áveis como alumínio 0,2
Metais
leves
curando diminuir custos, pois a ma- e latão. A Figura 16 0,1
téria-prima com maiores dimen- faz uma relação da 0
0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4 4,5 5 5,5 6
sões tem valores mais elevados. variação entre pun-
Estes elementos possuem a for- ção e matriz de Figura 16 - Folga entre punção e matriz de corte [4, 5, 6]
Setembro/Outubro 2008 Ferramental 33
Para ferramentas de embuti- esbeltez e rmin é o raio de giração mí- A placa porta-punções é um
mento, a folga deve possibilitar o nimo, em milímetros. Para l £ 100 elemento com duas faces paralelas,
escoamento uniforme da chapa (punções pouco esbeltos), o fenô- a qual é fixada à placa de choque
sem formação de rugas ou dimi- meno de flambagem não deverá por meio de parafusos e chavetas e
nuição da espessura. Em chapas fi- preocupar em demasia, pois este se onde são ajustados os punções a
nas pode ser igual à espessura da verificaria após a ruptura por esma- fim de impedir que se desviem de
chapa. Para chapas mais espessas a gamento. seu percurso. Para isto é preciso que
folga é igual à espessura máxima da Quando a chapa tem espessura a placa porta-punções tenha espes-
chapa acrescentada de 20% da to- elevada e o punção é muito estreito sura suficiente e bom ajuste.
lerância máxima de laminação [6]. pode se dar a situação em que a As colunas guia são compo-
Nas operações de embutimento pressão exercida pelo punção seja nentes com a função de garantir o
a chapa normalmente adere ao maior que a resistência do mesmo, alinhamento da parte móvel do es-
punção, pois ocorre uma retenção impossibilitando o corte. Então, a tampo – punção – com a parte fixa
de ar que, por vezes, dificulta a ex- tensão de operação não deve su- – base e matriz – proporcionando
tração da peça. No caso de punções perar a tensão admissível do ma- segurança e exatidão no processo.
que são envolvidos pela chapa, este terial com o qual é produzido e, Uma extremidade da coluna é fixa-
problema é eliminado com furos de como regra prática de segurança, da no conjunto móvel, a outra na
saída de ar nos machos. Quando se convém que a espessura seja igual base estática do estampo e sua lo-
trata de punções ocos que envol- ou menor que a largura do punção calização deve permitir a passagem
vem a peça, a solução é incluir um menor. Apenas para aço doce e do material a ser estampado e a
extrator acionado pelo martelo da punção cilíndrico, a máxima espes- liberdade de movimentos do ope-
prensa ou por molas contidas no sura de chapa a ser cortada é igual a rador da prensa. O uso de material
punção. 1,2 vezes o diâmetro do punção [2]. que apresente boa resistência ao
Como os punções são compri- Em punções progressivos, onde desgaste e tenacidade é conveni-
midos axialmente, existe a neces- ocorre corte e embutimento ou cor- ente e recomenda-se o SAE 8620 ou
sidade de que sejam dimensiona- te e dobra, geralmente o elemento equivalente, temperado e revenido
dos de forma a resistir aos esforços cortante deve atuar primeiro, sen- para as colunas.
de compressão sob o risco de ocor- do seguido pelo macho de embuti- A placa guia dos punções, tem
rer flambagem. Para evitar este in- mento – contido na matriz – e, por como função guiar os punções no
conveniente, é recomendado se- fim, se houver furo, o punção de seu curso de operação e desprender
guir a equação (8) deduzida por furação. Para separar as operações o retalho que fica aderido a tais
Euler: deve ser usado um sistema com punções, podendo ser chamada
molas, sendo que, quando o pun- também de placa extratora. Geral-
ção de corte atua sobre a chapa e mente é uma placa com faces pa-
p 2 .E.J mín
l0 = (8) desliza pelo orifício da matriz até ralelas que possui as mesmas geo-
F encontrar resistência, as molas que metrias e disposição da matriz, na
são ligadas ao mesmo se compri- qual é fixada por meio de parafusos
válida para mem. O punção de furação fixado à e pinos guia. O bom funciona-
placa de choque, é acionado até mento e duração do molde depen-
atingir a chapa. O cavaco resultante dem do ajuste dos punções nesta
l0
l= ³ 100 sai pela superfície inferior da matriz. placa, que deve ser deslizante.
r mín A placa de choque é situada en- Com relação à espessura da pla-
tre os punções e o cabeçote do ca-guia, usualmente, é aproximado
onde l0 é o comprimento de flamba- estampo, tendo a função de impe- por quatro décimos da altura do
gem em milímetros (mm), E é o mó- dir que ocorra penetração entre es- punção e a distância entre a placa e
dulo de elasticidade do material em tes elementos. Deve ser confeccio- a matriz para entrada da chapa gira
megaPascal (Mpa), Jmin é o momen- nada com metal temperado, pois é em torno de três vezes a espessura
to de inércia mínimo em mm4, F é a um componente importante por da chapa. Se o passo for demasia-
força axial em kgf, l é o índice de manter a rigidez dos punções. damente largo, convém que a dis-
tância seja menor. ção ao anterior. Este é constituído como exemplo o perfil de corte
A lubrificação da placa guia é pela espiga que prende o conjunto número 3 demonstrado na Figura
importante e, para isto, sugere-se à prensa, a placa de choque, onde 13, onde d = 17,68 mm, E = 210
que sejam feitos escareamentos na os punções de corte são fixados por GPa e Jmin = 4.796,21 mm4, é visto
parte superior dos furos para servir meio de parafusos, a placa porta- que l0 resultará em 141,8 mm. Des-
de depósito de óleo. punções que serve de guia para os ta forma, sendo r = 4,42 mm, o ín-
punções e, finalmente, os punções dice de esbeltez será inferior a cem,
a) Espiga que cortam a chapa e atribuem a concluindo que a flambagem não
Este é o elemento com a função forma final à peça. deverá afetar este punção durante a
de fixar o conjunto do punção ao A folga entre os punções de cor- operação. O comprimento deter-
martelo da prensa. Usualmente é te e a matriz foi determinada em minado para os punções, neste ca-
ligada ao cabeçote do punção ou função da espessura e do material so, é 94,6 mm e são fabricados com
diretamente na placa de choque. do qual a peça é produzida. Basea- o mesmo material da matriz (aço
A espiga deve ser localizada no do no diagrama da Figura 16, a VC-131). Foram acrescentadas ain-
centro de gravidade e não neces- folga estabelecida é 0,135 mm. da duas colunas guia – SAE 8620 -
sariamente no centro do estampo. As modificações partiram da for- para garantir o ajuste entre punção
Se não ocorrer desta forma, as for- ma com que os punções de corte e matriz.
ças não se concentrarão uniforme- são fixados. No punção anterior, A espiga é dimensionada con-
mente ao redor do componente, o estes eram colocados através do forme a série métrica para diâmetro
que ocasionará uma inclinação no porta-punções com folga e seu de quarenta milímetros. Porém, o
punção motivada pela folga das deslocamento vertical era impedi- sistema de fixação não é do tipo
guias do cabeçote da prensa. Esta do por uma pequena chapa baten- rosca, e sim com uma base aco-
inclinação tornará irregular a folga te na extremidade superior do pun- plada à haste que é fixada na placa
entre punção e matriz e a peça ção e a placa de choque. Isto não de choque por parafusos. O centro
apresentará rebarbas e imprecisão impedia, porém, que houvesse um de gravidade da ferramenta é situa-
dimensional, além de um desgaste deslocamento horizontal ao longo do no ponto [75,44; 107,15], ten-
da ferramenta. Nestas pode até ser das operações, sendo que existia do origem no canto esquerdo da
ocasionada a quebra do punção e folga. aresta de entrada da chapa e o eixo
da matriz. No projeto atual, determina-se axial da espiga deverá coincidir
São usados aços de menor du- que os punções devem ser passan- com o mesmo.
reza para sua confecção, sendo os tes pela placa porta-punções com A placa guia seguiu com as mes-
mais usuais o SAE 1020 e 1040 com interferência para evitar o desloca- mas modificações da matriz prin-
cementação, contudo, se o sistema mento longitudinal. A interferência cipal. Neste elemento há um canal
de fixação ao cabeçote for uma atribuída é de 0,01 mm, não ha- pelo qual passa a chapa que é cor-
rosca, esta não deverá ser cemen- vendo nenhum cálculo para obter tada com a função de guiá-la. O
tada. A fixação à ferramenta pode este valor. Os punções passam a ser compartimento tem altura de qua-
ser feita, também, através de para- fixos por parafusos à placa de tro milímetros e sua largura na en-
fusos. Para isto, é necessário que a choque e são projetados com sobre trada é 85 mm. A chapa utilizada na
espiga seja produzida com uma ba- metal na direção axial servindo produção tem largura igual a 84
se para alocação dos parafusos. como uma "cabeça" para prender o mm e, sendo assim, entra com uma
As dimensões das espigas são parafuso. Na placa de choque são folga total de 1 mm na largura.
normatizadas, devendo-se eleger o feitas cavidades para conter este O controle de passo é do tipo
tamanho correspondente à prensa sobre metal e furos passantes para cutelo. Após diversas modificações
que será utilizada. As normas po- os parafusos. Os punções são colo- de geometria e simulações da cha-
dem ser encontradas em [4, 5, 6]. cados pelo lado inferior da placa e pa sendo conformada, a melhor po-
os parafusos pelo lado superior. sição para o batente que regula o
b) Projeto do ferramental Seguindo a equação (8), verifi- passo foi estabelecida a 100,4 mm
O conjunto que forma o punção ca-se o comprimento de flamba- do ponto de entrada da matriz e
sofre algumas alterações em rela- gem para os punções. Tomando ocorre uma redução de seção. A
chapa é colocada entre a placa guia ser montadas com
e a matriz principal, empurrada ma- pré-carregamento
nualmente até encontrar o batente, adicional para afas-
ocorre o corte e, a seguir, passa para tar as espiras. Mas,
o estágio posterior, onde ocorre o podem também ser
corte final. A peça é retirada à me- produzidos extrato-
dida que a chapa é empurrada. res com molas de
plastiprene sob a
Extrator e Sujeitador forma de tarugos e
Quando a operação envolve ge- vantagens tais como
ometrias irregulares e de propor- durabilidade maior,
ções esbeltas, normalmente a peça capacidade de su-
prende-se à matriz ou ao punção, portar cargas altas e
deixando sobras de retalho nas su- fácil montagem.
perfícies dos mesmos. Este incon- Os extratores in-
veniente é resolvido colocando um feriores são fixos à
Figura 17 - Sistema de extração superior
elemento extrator para retirada das mesa da prensa e
peças cortadas. Os extratores po- têm a função de retirar as peças e do retalho da chapa que está sendo
dem ser acionados por barras, ala- retalhos da matriz. O impulso para embutida, pois normalmente ao
vancas, molas (helicoidais, prato, cima a fim de extrair as peças, é cortar a mesma, o retalho fica ade-
borracha) ou ar comprimido, e po- feito por um sistema elástico, o qual rido ao punção, fazendo com que o
dem ser aplicados aos punções ou deve ser de grande potência. O sis- restante da chapa seja erguido com
às matrizes. tema mais comumente usado é o o retrocesso do punção.
Na extração por barras, estas são de uma mola, situada na parte infe- Este elemento envolve o pun-
acionadas pela base superior da rior da ferramenta, que opera sobre ção, atuando simultaneamente
prensa, onde um pino passante uma placa. Neste caso, a mola cos- com o mesmo. Pode tratar-se de
pela espiga atua em contato com tuma ser guiada por um eixo com um anel com diâmetro interno sufi-
uma contra-placa no interior do uma porca e, além disso, pode ser ciente para conter o punção e folga
cabeçote do punção, que por sua oco, para que os pedaços cortados suficiente para permitir o desliza-
vez aciona as barras de extração. pelo punção superior caiam no seu mento do componente. Geralmen-
São sugeridas três barras para evitar interior. A Figura 18 mostra o sis- te é fixado à placa de choque por
desequilíbrio no momento da ex- tema. meio de pinos que limitam o deslo-
tração do material. A força de extração, usualmen- camento do anel. Os pinos são en-
Os extratores com molas – Figu- te, é aproximada para 10% da força volvidos por molas que fornecem a
ra 17 – também são usuais. Neste de estampagem. Quando o extra- tensão necessária para firmar a cha-
sistema, a mola está contida no in- tor tem dispositivo de regulagem pa contra a matriz e impedir a de-
terior do punção e quando a peça a de avanço, é conveniente dimen-
encontra durante a operação, a sionar a mola com coeficiente de
mola comprime-se. No retrocesso segurança igual a 3, ou seja, FEX =
do punção, a mola volta ao seu 0,3.F.
comprimento inicial, extraindo a O sujeitador, também conheci-
peça. do como prensa chapas, é um com-
Quando uma carga axial é apli- ponente de fundamental importân-
cada, a mola sofre uma deformação cia nas ferramentas de embutimen-
que tende a alongá-la ou encurtá- to. Tem a função de tensionar a área
la, dependendo do sentido. Esta de chapa que é conformada pelo
deformação é denominada flecha. punção, para evitar que ocorra a
As molas tracionadas, apesar de so- formação de rugas na peça resul-
Figura 18 - Sistema de extração inferior
frerem um ajuste de fábrica, devem tante. Também atua como extrator
te, pois uma pressão insuficiente em uma ferramenta obsoleta em
pode provocar a formação de rugas curto prazo.
na peça. Uma pressão excessiva po- Através do exemplo mostrado,
de causar a ruptura do material. Es- permitiu-se verificar que erros co-
ta pressão é relacionada à superfície metidos no projeto da ferramenta
Punção
da chapa compreendida entre a fa- ocasionaram falha na mesma, com-
ce superior da matriz e o plano do prometendo a aplicação da peça
Sujeitador
sujeitador e para chapas de aço, por ela produzida. O fato originou
2
está entre 10 e 20 kgf/cm consi- lotes defeituosos do rolamento
derando a lubrificação do sistema. montado com a peça estampada
Matriz Para chapas de alumínio, a pressão que, mais tarde, transformaram-se
está dentro do limite de 8 e 10 em inúmeros casos de reembolso
2
kgf/cm . para a empresa. O projeto apre-
Em uma primeira aproximação, sentado como solução para o pro-
pode-se dizer que PSJ ≈ 0,3P, onde PSJ blema não só eliminou os equívo-
Figura 19 - Sujeitador com molas é a pressão de sujeição e P a pressão cos apurados na ferramenta ante-
de repuxo. A pressão, na verdade, rior, como implementou melhorias
formação. A Figura 19 mostra o sis- varia com o material e a espessura que beneficiam a precisão e tempo
tema. de chapa, sendo que quanto menor de produção da peça, sendo a re-
Outro sistema utilizado para os for a espessura da chapa, maior de- dução do número de estágios e
sujeitadores é do tipo acionamento verá ser a pressão. colocação de colunas guia alguns
por placa, onde as molas são dis- Indicando como SSJ a superfície exemplos. Esta medida sugere que
pensadas. Neste sistema, os pinos de sujeição, a força do sujeitador é a procura pela melhor configuração
de sustentação do sujeitador são dada pela equação (9): para o processo deve sempre ser
tensionados por uma placa contida exercida e, no caso citado, existiu
na espiga. O sujeitador volta a sua uma que proporcionou melhores
posição de origem quando a placa FSJ = S SJ .PSJ (9) resultados.
sofre a compressão de um pino que Uma questão de vital impor-
encontra um batente no martelo da tância no projeto de ferramentas é a
prensa. Este sistema é ilustrado na Para a manutenção constante da determinação dos materiais utiliza-
Figura 20. pressão de sujeição durante a ope- dos para a fabricação. Foi possível
A pressão exercida pelo sujeita- ração, é sempre recomendado pro- concluir que, por mais simples que
dor durante o processo de embu- ver o sujeitador com dispositivos seja a peça a fabricar, se deve optar
timento é um parâmetro importan- como os citados nas Figuras 19 e pelo material que reúna as caracte-
20. rísticas mais apropriadas, não so-
mente por sua resistência, como
Pino de acionamento
CONCLUSÃO também pela facilidade de usina-
Espiga O trabalho fez abrangência aos gem e tratamento, e especialmen-
Placa de
acionamento
parâmetros básicos que devem ser te, pelo fator econômico, que pode
do sujeitador
adotados para a elaboração de uma influir consideravelmente no custo
ferramenta de conformação por es- de fabricação. Também os parâme-
Placa
de choque tampagem. Partindo do procedi- tros como a determinação dos es-
Molas mento mostrado, é possível proje- forços necessários, seleção de pren-
do punção
tar um estampo que opere com me- sa e aplicação correta de disposi-
Sujeitador
Punção lhor precisão e, conseqüentemen- tivos como extratores e sujeitadores
Matriz te, aumente sua vida útil. Fatores devem ser rigorosos para obtenção
Furação do que podem passar despercebidos de uma produção livre de falhas e
extrator
como o uso de cantos vivos em com bom rendimento.
Figura 20 - Sujeitador com placa
demasia na matriz podem resultar A ficha técnica na página xx
desta edição recomenda uma lista de materiais plásticos e por trefila- bém é oportuno, tendo em vista
de verificação (check-list) para o pro- ção, onde as matrizes possuem que um estampo deste tipo pode
jeto de ferramentas de estampar. uma redução nas dimensões de substituir duas ou mais ferramentas
Para a continuidade do estudo suas cavidades para conseguir o de aplicação simples proporcionan-
realizado, sugerimos a pesquisa por adelgaçamento1 de uma peça pre- do ganhos significativos na produ-
ferramentas específicas dos demais viamente repuxada. ção.
segmentos da estampagem como O estudo dos diversos sistemas
repuxo por inversão, por extrusão de ferramentas progressivas tam- 1
Adelgaçar: tornar delgado, fino. Afinar [8].

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[1] ROSSI, M.; Estampado en Frio de La Chapa: Estampas, Matrices, Construcción y Empleo de Punzones y Matrices, Barcelona,
Punzones, Prensa y Máquinas, São Paulo, Dossat, 1979. José Montesó, 1957.
[2] POLACK, Antônio V.; Manual Prático de Estampagem, São Pau- [8] FERREIRA, A. B. de H.; Novo Dicionário Aurélio da Língua
lo: Hemus, 1974. Portuguesa, 3ª Edição, Editora Positivo, 2004.
[3] CHIAVERINI, Vicente; Tecnologia Mecânica: Processos de Fabri- [9] Catálogo VILLARES, 2004.
cação e Tratamento, 2 ed., São Paulo: McGraw-Hill, 1986 [10] ÁLVAREZ-SOLER; Estampos. São Paulo: Mestre Jou, 1972.
[4] PROVENZA, F.; Estampos, Vol. I, São Paulo, PRO-TEC, 1982.
[5] PROVENZA, F.; Estampos, Vol. II, São Paulo, PRO-TEC, 1982. BIBLIOGRAFIAS CONSULTADAS
[6] PROVENZA, F.; Estampos, Vol. III, São Paulo, PRO-TEC, 1982. • BENDIX, Friedrich; Principie a Trabalhar o Metal, Rio de Janeiro:
[7] STANLEY, F. A.; Estampado y Matrizado de Metales: Proyecto, Reverte, 1967.

Fabrício Dreher Silveira – Engenheiro Mecânico pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Pós-graduando pela UFRGS na área
de Conformação Mecânica. Profissional com experiência em projeto e desenvolvimento de ferramental de diferentes processos de fabricação.
Atuação como encarregado de estamparia e ferramentaria e Engenheiro de projetos e desenvolvimento de produto na Unidade de Metalurgia
do Pó da Universidade Luterana do Brasil (ULBRA).
Lírio Schaeffer - Engenheiro Mecânico pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e Doutor na área de Conformação pela
Universidade Técnica de Aachen/Alemanha (RWTH). Coordenador do Laboratório de Transformação Mecânica (LdTM) do Centro de
Tecnologia da Escola de Engenharia da UFRGS. Pesquisador na área de Mecânica, Metalurgia e Materiais do CNPq, professor das disciplinas de
processos de fabricação por conformação mecânica e vinculado ao programa de Pós-Graduação em Engenharia Metalúrgica, Minas e Energia
da UFRGS. Autor de vários livros sobre conformação mecânica.

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