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Guerras da ciência
Com origem nos EUA, daí se estendendo aos meios universitários e jornalísticos
europeus, e com alguma expressão também no nosso país (Santos, 2003), aquelas que
ficaram conhecidas como as “guerras da ciência” tiveram por epicentro o episódio
Sokal, sobejamente repetido para nele redundarmos aqui novamente, pelo que
remetemos para a introdução geral séria e consistente que Parsons (2003) delas fez. No
entanto, elas já antes vinham a crescer em surdina e esse “salle affaire” mais não fêz do
que as desencadear abertamente. Com efeito, as hostilidades foram abertas pela reacção
ultrajada de alguns porta-vozes da(s) comunidade(s) científica(s) - os quais, embora
como tal auto-proclamados, nada permite razoavelmente presumir que exprimem um
sentimento generalizadamente difundido entre os cientistas (Segerstråle, 2000: 2) - às
críticas à ciência com origem naquilo que chamam “uma ampla congregação,
constituída por um ramo da filosofia da ciência contemporânea, o chamado „programa
forte‟ da sociologia, uma parte dos media, um pequeno, mas crescente, número de
funcionários governamentais e de políticos ambiciosos e um extracto muito palavroso
dos críticos literários e dos comentadores políticos, associado à vanguarda do
movimento pós-moderno” (Holton, 1998: 37). Gross e Levitt (1998) contam-se entre os
mais veementes arautos da denúncia daquilo que chamam a esquerda académica norte-
americana (e, podemos deduzir, por extensão, internacional), a qual engloba “as pessoas
cujas idiossincrasias doutrinárias sustentam as visões distorcidas da ciência, respectivos
métodos e fundamentos conceptuais que deram origem àquilo a que hoje em dia passa
por ser uma crítica politicamente progressista dela” (Gross e Levitt, 1998: 9). Dessa
crítica se têm encarregado as correntes feministas, multiculturalistas, ambientalistas
radicais, a filosofia, a sociologia e os estudos literários pós-modernos, os estudos sociais
da ciência e os estudos culturais em geral. Comum a todos, encontram-se as “análises
„construcionistas culturais‟ que vêem o conhecimento científico como algo de histórica
e socialmente situado e que codifica, por meios ínvios, os preconceitos sociais
prevalecentes. A versão mais forte e agressiva destas teorias encara a ciência como um
produto inteiramente social, um mero conjunto de convenções geradas pela prática
social” (Gross e Levitt, 1998: 11). De notar, porém, que Gross e Levitt sempre se
tinham posicionado à esquerda e eram como tal percebidos e que uma das críticas feitas
pelos combatentes contra a anti-ciência era justamente que os críticos construcionistas e
relativistas destruíam a objectividade da ciência enquanto arma política e instrumento
de emancipação social. Tanto leva a que se possa concluir que “as guerras da ciência
possam em parte ser descritas como um embate entre a esquerda académica „tradicional‟
e a „cultural‟” (Segerstråle, 2000a: 110), soando as posições da segunda a irracionalismo
reaccionário aos ouvidos da primeira, que deste modo se pode apresentar como
defensora dos pergaminhos da ciência e da razão (Segerstråle, 2000a: 114).
Holton verbera a rebelião contracultural contra a ciência, em boa parte
responsável pela actual tendência, tão difundida no público em geral como entre as
elites e ao mais alto nível da decisão política, de desencanto e desconfiança ante a
ciência e os cientistas, com todos os gravíssimos prejuízos que isso acarreta. Trata-se de
uma reviravolta que assinala “o fim do que poderia ser considerado uma fase
marcadamente eufórica das relações entre ciência e sociedade neste século” (Holton,
1998: 17) e que nos EUA teve início com o Relatório de Vannevar Bush, director do
Office of Scientific Research and Development norte-americano, Science, the Endless
Frontier (A ciência, fronteira sem fim) de 1945, por encomenda do Presidente
Roosevelt. O Relatório Bush inaugurou uma era de ouro de apoio financeiro e prestígio
público da ciência norte-americana que perdurou até meados dos anos setenta, última
época em que a ciência pôde ser percebida como modelo cultural triunfante
(Segerstråle, 2000a: 103). Holton sublinha ainda que “(h)á uma grande diferença entre o
actual ataque contra a ciência e a história dos movimentos internos de protesto (…)
Aqui não se passa isso – a força motivadora não é de renovação a partir do interior, mas
sim uma política cultural radical vinda do exterior” (Holton, 1998: 39). No entanto, ele
assaca a responsabilidade desta à alienação do intelectual não cientista relativamente à
ciência moderna: “tendo deixado os intelectuais permanecer numa aterrada ignorância
da ciência moderna, empurrámo-los para uma posição de impotência (…) Estão
encurralados entre o seu irreprimível desejo de compreender este universo e, por outro
lado, a sua incapacidade, claramente reconhecida, de ver algum sentido na ciência
moderna” (Holton, 1998: 71). Para obviar a este estado de coisas, Holton limita-se a
reproduzir, com extraordinária candura, os lugares-comum da comunicação da ciência
entendida da maneira mais chã e linear.
Os estudos sociais da ciência seriam essencialmente guiados pelo ressentimento
(Levitt, 1997: 49) contra a ininteligibilidade da linguagem das ciências naturais
matematizadas (Bunge, 1997: 101). Embora não deixem de referir a ignorância e a
desinformação da esquerda académica - onde não pontificam os cientistas da natureza,
ou das ciências “duras”, mesmo os que se posicionam à esquerda - Gross e Levitt
preferem falar da sua má-fé, pois ela “detesta a ciência” (Gross e Levitt, 1998: 2), não
apenas pelos usos perversos que dela fazem terceiros, causa de resto comum a muito
boa gente, mas, pelo facto, esse sim, deplorável, de a sua hostilidade se estender “às
estruturas sociais através das quais a ciência se institucionaliza, ao sistema educativo
que produz os cientistas profissionais e à mentalidade que, com razão ou sem ela, é tida
como característica dos cientistas. Muito surpreendentemente, existe uma aberta
hostilidade em relação ao efectivo conteúdo do conhecimento científico e em relação ao
pressuposto, que se poderia ter havido por universal entre as pessoas cultas, segundo o
qual o conhecimento científico é razoavelmente fiável e que assenta numa sólida
metodologia” (Gross e Levitt, 1998: 2). O mesmo diz Holton (1998), que aponta o facto
de não serem já os (maus) usos sociais da ciência e da técnica o objecto de contestação,
mas antes “a acusação é agora a de que a fraude fundamental cometida pelos membros
da comunidade científica consiste na afirmação de que existem de todo em todo
quaisquer verdades a serem encontradas” (Holton, 1998: 37). Acontece que, para estes
autores, a desautorização do conhecimento científico enquanto providenciador de factos
objectivos e incontroversos úteis à sociedade e como sustentáculo de decisões políticas
justas, democráticas e emancipatórias, compromete do mesmo modo a missão da
comunicação pública da ciência. Ou seja, uma vez fragilizada a ciência, o descrédito
relativamente a ela só pode propagar-se ao público a quem se dirige a sua comunicação
pública, o que tem por consequência dissuadir a participação na discussão pública das
questões científicas: “O que parecia unir os combatentes contra a anti-ciência era, pois,
uma crença fortemente emotiva na importância política da ciência objectiva”
(Segerstråle, 2000a: 109). Há que assinalar que a reacção dos cientistas àquilo que
denominam de “anti-ciência” se restringe ao meio académico e nunca, por exemplo, a
posições anti-científicas como o criacionismo, com origem fora da academia. É aos
intelectuais e professores do Ocidente, pagos para pensar e ensinar, que Gross acusa de
“uma nova e mais sistémica fuga da ciência e da razão” (Gross, 1997: 2). A censura
dirigida contra a “anti-ciência académica” é também de ordem moral, pela traição à
procura da verdade objectiva, à renúncia ao método e à racionalidade, pelo ensino de
lixo a pretexto da liberdade académica (Bunge, 1997: 96-97).
Por outro lado, as guerras da ciência poderiam eventualmente ser entendidas
como uma revivescência abastardada de um debate perene que opõe a racionalidade
científico-natural à racionalidade científico-social pós-weberiana, e que adquiriu foros
filosóficos tão prestigiados quanto a “querela de método”, ou se tornou tema tão
largamente glosado como o das “duas culturas” (Fuller, 2000: 186; Gross e Levitt,
1998: 7; Segerstråle, 2000a: 102). Com o senão de as “guerras da ciência” nunca se
terem elevado a uma discussão metodológica de fundo digna desse nome. Com efeito,
poderíamos interrogar-nos por que razão é que algo como as guerras da ciência não
poderiam ter já deflagrado antes, nomeadamente com alguma da filosofia das ciências
mais recente que interfere efectivamente com a racionalidade científica e vai ao ponto
de pôr em causa alguns dos pressupostos mais acarinhados pelos cientistas? Ora,
decerto que isso não poderia ter acontecido com a sociologia mertoniana da ciência, que
detém o seu programa de pesquisa nas condições sociais de produção do conhecimento
científico, sem entrar nos conteúdos efectivos dele, e sobretudo, sem interferir no ethos
da ciência que inclusivamente subscreve e reforça ao dar-lhe uma formulação
sociológica precisa (Segerstråle, 2000: 3). Também não aconteceu inicialmente
(décadas de setenta e oitenta) com os estudos multi e interdisciplinares de Ciência-
Tecnologia-Sociedade, como bem notam Bauer (2000) e Fuller (2000: 189-197) e só
mais tarde é que as relações entre estes e a ciência se alteraram. Por sua vez, a
epistemologia clássica, de Descartes a Husserl, cinge-se às condições teóricas de
possibilidade do conhecimento científico, e, o seu programa restringe-se sempre (o que,
aliás, nunca foi pouco) à refundação da racionalidade científica (e filosófica) a partir da
determinação dos verdadeiros fundamentos dela. Assim foi até ao Wittgenstein do
Tractatus (1987), que já não ao das Investigações Filosóficas (1987). A crítica
filosófica da ciência manteve-se sempre intradisciplinar e académica e a epistemologia
pôde por isso cumprir uma função de mediação, dizendo a verdade do conhecimento
científico sem nunca o pôr realmente em causa enquanto tal, nem, por conseguinte, as
fronteiras disciplinares respectivas das ciências e da filosofia. O nível de abstracção em
que decorria a crítica filosófica permitiu, por inércia, que as consequências das
epistemologias pós-popperianas mais recentes passassem de algum modo despercebidas
nos meios científicos, que foi exactamente o que aconteceu relativamente aos estudos
Ciência-Tecnologia-Sociedade (Bauer, 2000: 57). E precisamente ao contrário do que
viria a acontecer com as críticas construcionistas posteriores, as quais se mantiveram
conspícuas quando tinham origem em filósofos, mas que se tornaram prontamente
acessíveis aos cientistas quando foram os sociólogos a fazê-las, muitas vezes inspirados
nos filósofos que, a seu tempo, tinham passado despercebidos. A situação mudou
quando os cientistas pressentiram que o ónus da prova epistemológica dos méritos da
ciência diante de um público doravante céptico tinha passado para o lado deles
(Segerstråle, 2000a: 107).
Temos assim, que: a linguagem sociológica, porventura menos hermética aos
cientistas; a que se junta o facto de os sociólogos da ciência entrarem portas do
laboratório adentro nas suas autênticas expedições de pesquisa; cumulado ainda com o
facto de a discussão das observações e dos resultados extravazar o estrito âmbito
académico e a respeitabilidade disciplinar a partir do momento em que convergiu com
diversas militâncias (feminista, pós-colonial, ecológica, gay e queer, etc.), e passar, de
algum modo, à praça pública (Segerstråle, 2000: 2-3, 24; 2000a: 108); aliado ao facto de
os cientistas responsabilizarem os seus críticos pelo clima social e político adverso aos
seus interesses, reflectido na diminuição do apoio financeiro aos projectos de
investigação (Bauer, 2000: 57; Segerstråle, 2000a: 107) - tudo isto se conjugou para
precipitar, do lado dos cientistas “duros”, a reacção que se exprimiu sob a forma das
guerras da ciência: “Neste sentido, as guerras da ciência podem ser descritas como um
conflito entre duas imagens da ciência totalmente diferentes. Estas ligavam-se por sua
vez a duas diferentes visões do papel da ciência na sociedade e avaliações da situação
política actual” (Segerstråle, 2000a: 108).
Na verdade, é negativo o saldo das guerras da ciência para o avanço deste debate
(Fuller, 2000: 206-209) que, ele sim, as antecede e supera em dignidade académica e
profundidade teórica. Demasiado pobres e superficiais, e isso talvez quanto mais ferozes
e deselegantes, delas pouco se pode retirar (Segerstråle, 2000: 25). Ao
entrincheiramento dos cientistas “guerreiros da ciência” no mais puro e duro realismo
cientista, na tentativa de recuperação de uma autoridade extra-científica como sistema
secular de crenças (Segerstråle, 2000a: 108), entretanto abalado, e ao recurso ao
assassinato de carácter dos seus alvos (exemplar é a execução, feita por Gross e Levitt,
de autores como Derrida e Foucault sobre as suas próprias biografias) há, no entanto,
que contrapor que os arautos das guerras da ciência nem por isso deixaram de aflorar
pelo menos duas questões com que a crítica construcionista da ciência já se confrontava
e que, pelo seu particular relevo, não podem agora ser branqueadas a pretexto das
tergiversações dos cientistas naturais. Trata-se, primeiro: da tendência para o
afunilamento dos programas construcionistas a uma crítica toda ela subsumida pela
“hermenêutica da suspeita” e incapaz de produzir conteúdos de investigação próprios e
alternativos à ciência criticada; e, segundo, do permanente risco de auto-refutação da
crítica construcionista, sempre que afecta prescindir de qualquer critério de validade
racional na denúncia da pretensão científica à verdade objectiva, o que, a ser levado até
às suas últimas consequências, deixaria desprovida e fragilizada a própria possibilidade
de assumir uma perspectiva crítica situada, seja ela qual for (Ziman, 2000: 153). De
resto, estas duas questões são frequentemente interdependentes.
Não falta quem repare que, às percepções caricaturais (Fuller, 2000: 204) que os
defensores das ciências “duras” têm da crítica construcionista e relativista, corresponde,
do lado desta, um equívoco equivalente, que consiste em dirigir-se à ciência como
símbolo de poder em vez de directamente às estruturas sociais de poder que subtendem
à ciência, “o que significaria que tanto um lado como o outro da presente Kulturkampf
teriam errado os respectivos alvos” (Segerstråle, 2000a: 105). Nesta medida, em ambos
os lados dos contendores das guerras da ciência teria havido uma ênfase exagerada na
ciência enquanto ideia ou encarnação da razão e um claro negligenciar da natureza da
ciência e da relação dela com os valores sociais (Segerstråle, 2000a: 117). Além disso,
vem a registar-se desde há algum tempo uma reconsideração das consequências da
crítica construcionista e relativista da ciência a que estão atentos os autores provindos
das ciências “duras”, como Bauer (2000) e Ziman (2000), sempre sensíveis aos estudos
sociais e culturais da ciência e que nunca fizeram uma defesa cientista da ciência. Com
efeito, eles acusam os críticos de ignorância relativamente ao modo como a ciência
realmente funciona e de terem passado a recusar liminarmente o contributo ou o diálogo
com os cientistas que tomam como objecto de estudo, pelo que a “(p)reservação
organizacional dos estudos Ciência-Tecnologia-Sociedade exige que façam as pazes
com a ciência em termos congeniais à ciência e aos seus públicos. Os estudos Ciência-
Tecnologia-Sociedade têm de demonstrar que possuem valor social emancipatório.
Penso que a auto-preservação intelectual da Ciência-Tecnologia-Sociedade exige o
mesmo” (Bauer, 2000: 57).
Em suma, entre outras coisas que para o nosso propósito são de somenos, o que
diziam os guerreiros contra a “anti-ciência” é que a crítica filosófica humanista-
relativista e sociológica pós-moderna construcionista criava, e amplificava a outros
sectores da sociedade e da política, uma má imagem da ciência, com a consequente
desmoralização dos cientistas e descrédito perante os seus públicos. Exactamente o
contrário da missão, assim deveras comprometida, da comunicação pública da ciência.
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