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Março de 2011
Para que nos aproximemos de uma democracia plena, entendo que o mais
importante na reforma política não é a fidelidade partidária, voto distrital, voto
em listas ou outra coisa parecida, mas sim O EQUILÍBRIO E A LISURA NO
PROCESSO ELEITORAL, pois no Brasil só há duas alternativas para alguém ganhar
uma eleição na atual conjuntura (segundo a minha visão).
Ora, a forma mais fácil que os veteranos políticos têm para a perpetuação no
poder É EXATAMENTE A FOME, A MÁ DISTRIBUIÇÃO DE BENS E RENDA, A
MISÉRIA, A DEFICIENCIA NA SEGURANÇA PÚLBICA, A PRECARIEDADE DA SAÚDE
E DO ENSINO, porque essa parte social é de FÁCIL MANOBRA pela sua carência,
e conseqüentemente os seus votos tornam-se mais baratos. Tenho 63 anos.
Nunca assisti um só comício onde a Saúde, a Segurança Pública e a Educação
não sejam os temas centrais de todos os discursos/candidatos. Também NUNCA
VI NINGUÉM APONTAR UMA SOLUÇÃO VIÁVEL, PARA REALMENTE RESOLVER
QUALQUER DESTES ASSUNTOS! Bom, não podemos generalizar, mas é claro que
grande parte dos políticos não pretendem fazer algo contra os seus interesses.
Todo esse blá blá,blá é mera utopia. INFELIZMENTE, no Brasil ninguém ta nem aí
pra pobreza. Mas para a nossa tristeza e decepção, esse assistencialismo, ou
paternalismo estatal FAZ A DIFERENÇA NAS URNAS! A propósito: qual foi a
vantagem da Presidenta Dilma na eleição passada em número de votos? Sem
dúvidas, as bolsas federais com mais de 40 milhões de pessoas assistidas, que
representam no mínimo 12 a 15 milhões DE ELEITORES DE CABRESTO! Só não
percebe quem não pensa... Isso decide qualquer eleição presidencial hoje no
Brasil.
---- O nosso sistema eleitoral permite que se um candidato se eleger uma vez
não dependerá mais de passar pelo crivo das convenções para registrar
candidatura. É o que vemos no andar da carruagem. Como eu disse no início
vou repetir: Na atual conjuntura eleitoral no Brasil só há duas formas de se
eleger, ou decola na mídia, ou compra os votos. Isso é público e notório. Não há
o que esconder. Ora, no caso da reeleição, o candidato já é conhecido na mídia,
está com a máquina na mão. O seu registro é automático. Então, é mais de
meio caminho andado. É só comprar os votos e pronto! O cidadão comum que
não tem nenhuma dessas prerrogativas fica em enorme desvantagem. Nessas
condições onde é que existe a igualdade de direitos ou o equilíbrio no processo
eletivo?
Pois bem; com o jeitinho brasileiro, geralmente procede-se no Brasil uma troca
de favores: o poder executivo estipula os vencimentos do poder legislativo e o
legislativo, estipula o subsídio do poder executivo. Isto ocorre para não
configurar a legislação em causa própria e é feito no decurso da vigência de um
mandato para entrar em vigor no mandato subseqüente. Mas com a reeleição
do executivo em até dois mandatos e do legislativo ilimitado, eles dão “um
chapeuzinho” na lei. Estipulam o vencimento do mandato seguinte no final do
mandato em andamento, se recandidatam, se reelegem e passam a receber o
vencimento que eles mesmo estipularam no mandato anterior. Isso é ou não é
B - que aquele que estiver cumprindo mandato eletivo, não pode ter
propaganda eleitoral nos meios de comunicações, POIS TANTO ELE COMO AS
SUAS PROPOSTAS JÁ É CONHECIDOS no seu meio eleitoral principalmente com
tempo igual ou superior a quem nunca teve mandato,
B I - que se lhe for concedido tempo para propaganda, este seja menor.
B II - que não pode ter o privilégio de não passar pelo crivo das convenções que
antecedem aos registros das candidaturas.
Aqueles que fizerem parte dos grupos sociais que trabalhem ou militem com a
formação de opiniões ou o convencimento, quando candidatos, (ALIÁS, QUASE
TODOS SÃO CANDIDATOS NATOS) também precisam ter o seu tempo de
propaganda reduzidos, bem como a participação nos palanques dos comícios,
pois eles e suas idéias já são conhecidos. Teriam que se afastarem de suas
funções, com um prazo mínimo de um ano antes da eleição.
E aqui vai o assunto mais polêmico desta manifestação: diz a nossa carta magna,
que “todo poder emana do povo.” Parágrafo único do art. 1º da CF/88. Vale
dizer que todo poder deve vir do povo. Pois bem, temos no Brasil um sistema
federativo presidencialista e uma forma democrática que é composto por três
poderes: Executivo, Legislativo, e Judiciário. O executivo e o legislativo
obedecem ao que preceitua a constituição, pois são cargos providos pelo voto
popular, mas o judiciário, que às vezes assume papel de super poder, decidindo
situações que sobrepõem ao legislativo, é de fato e de direito um poder não
menos importante que os outros dois, e NÃO TEM OS SEUS CARGOS PROVIDOS
PELO VOTO DO POVO. NO MÁXIMO EM ALGUNS CASOS, PASSAM POR UM
COLEGIADO ENTRE SI MESMO. POR QUE ISSO? NÃO É O JUDICIÁRIO UM DOS
PODERES DA COMPOSIÇÃO ORIGANIZACIONAL DO PAÍS? POR QUE ESSE PODER
NÃO EMANA DIRETO DO POVO?
PESQUISAS ELEITORAIS
Quanto aos crimes eleitorais, um dos mais graves e que muito prejudica a lisura
eletiva é a compra de votos. Muito bem: que diferença faz do ponto de vista
PRÁTICO E OBJETIVO QUANTO AO PROCESSO ELETIVO, uma oferta instituída
pelo governo (as bolsas) e uma cestinha que qualquer candidato oferece para o
seu isolado eleitor? Vou ilustrar essa diferença com duas formas de pescar,
imaginando que o eleitor fosse o peixe: a pessoa quando cidadão comum e
candidato pela primeira vez, pesca com vara. O governo ou político no exercício
da função quando candidato, (reeleição) pesca com rede.
INSTITUTO DA REELEIÇÃO
Eles não sabem de onde vem esse assistencialismo. Não sabem que isso teve
início, lá nos governos militares; Presidente Ernesto Geisel, que criou o
PROTERRA E O FUNRURAL, depois a Constituição/88 no parágrafo V do art. 203,
criou o Benefício de Prestação Continuada – BPC, (continuação do FUNRURAL),
não sabem que o FHC criou as BOLSAS, através do Decreto nº 3.934, de 20 de
setembro de 2001, (atrelado à reeleição) e que por último tomaram novas
formas e variações a partir de 2004 no governo Lula que copiou tudo do FHC,
criando o programa bolsa família pela Lei n° 10.863. A diferença do FHC para o
Lula nessa coisa foi à ampliação feita pelo Lula.
E quanto à reeleição, essa apresenta um aspecto bem curioso para quem pensa
um pouquinho... Vamos lá. Não configura aí uma meia ditadura? Sim! Ditadura
disfarçada em um País com sistema presidencialista e forma democrática.
Olha aí. Primeiro quatro anos, praticamente com a certeza de mais quatro, pois
está com a máquina na mão, somam oito. Elege-se o sucessor (caso recente;
Lula e Dilma), lá se vão doze anos, isso se a Dilma ficar só com quatro. Depois
com certeza virá o Lula novamente. Sim, é claro que ele virá. Se não se reeleger,
pela segunda vez ficaremos já com 16 anos. Se reelegendo e parando por aí,
somam 20 anos, com os mesmos moldes e mandantes, sendo que no
legislativo a situação é ainda bem pior. No parlamento brasileiro, temos
figuras com trinta/quarenta anos no poder. É uma meia ditadura ou ditadura
branca?
Muito se fala na ditadura militar no Brasil. Que diferença faz entre ser civil ou
militar? Quem garante a governabilidade de um ditador civil ou militar no
poder? Lógico; as Forças Armadas da respectiva nação. Então somente porque o
chefe do governo é um militar fardado e hierarquizado o seu governo é militar?
Tanto faz um ou o outro caso quem os garante são as Forças Armadas! No nosso
sistema, o presidente da república é o Comandante em chefe das Forças
Armadas. Quando ele é um civil, só não usa farda. O que deve se questionar é
qualquer regime ditatorial. Na verdade, tivemos um período de governo com
militar na presidência da república, mas eles impediram que o Brasil fosse hoje
uma réplica de Cuba, tinham disciplina, não barganhavam no Congresso e
obedeceram rigorosamente os seus períodos passando para o sucessor no
tempo e dia marcados para cada mandato, Criaram Itaipu, Tucuruí, a ponte Rio
Niterói, a rodovia Transamazônica e muita coisa boa, que hoje NÃO SE FARIA
COM ESSA ESCANCARADA BARGANHAGEM NO CONCGRESSO NACIONAL.
Dentre as coisas boas, a melhor era a ordem e a segurança pública, hoje
bagunçadas por esses governantes populistas que incentivam a violência
quando apóiam movimentos sociais que se apresentam com um discurso
altamente democrático, (como se vivessem em outro mundo) para realizarem
ações eminentemente de vandalismo, desrespeito ao direito de propriedade, à
coisa alheia, com espeque no combate à fome, de que a terra tem que cumprir
a sua função social, etc., etc., quando na verdade querem mesmo é se
perpetuarem no poder. Dá-se a isso o nome de democracia, meia ditadura, ou
defesa de interesse próprio? Acorda Brasil! Acorda povo brasileiro!
Peço a você que ler essa singela e rude matéria, e que com ela
concorde; que a divulgue ao máximo e vamos cerrar fileiras no sentido de tentar
uma reforma política a mais justa possível para o nosso País, pois sem uma forte
pressão social no Congresso, muito embora lá também exista muita gente séria
e honrada, que trabalham encarando os interesses do Estado, acho muito difícil
sair algo que preste, ou que nos ajude a sair dessa, pois infelizmente a maioria
são aqueles que priorizam os interesses próprios. Há muitos interesses em jogo.
Que O GRANDE ARQUITETO DO UNIVERSO ajude e ilumine esse congresso
recém renovado, a nos brindar com uma política partidária mais justa e
democrática!!!
Email: francisco.correa@yahoo.com.br
Cel. 0(**)63.9974-5310.