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Nossas amiguinhas do mundo dos insetos são conhecidas há mais de vinte milhões de
anos, muito antes do surgimento da raça humana na Terra.
Ainda hoje, no Oriente, o mel é consumido com o respeito que merece, em iguarias ou
in natura.
Esse antigo conceito dos celtas parece que se aplica como uma luva neste caso.
Assim foi o que aconteceu com o Sr. Leandro Beltrão, há 21 anos. Era cadete da Força
Aérea em Pirassununga. Lá, ele descobriu que não desejava seguir a carreira militar.
Foi, então, que decidiu cursar a faculdade de Psicologia, mas desistiu. Ainda não era
essa a sua vocação profissional.
Voltando para sua cidade natal, em Friburgo, perguntou-se: “O que fazer daqui por
diante?” Foi, então, que ele lembrou que seu avô costumava cuidar de abelhas, de
forma rudimentar. Esta idéia pareceu-lhe ótima para começar seu trabalho futuro.
Tenacidade no aprendizado
Para pôr sua idéia em prática, teve que vencer vários obstáculos para aprender esta
nova atividade, na qual nunca havia pensado. Ele foi à luta, e, transcorrido um ano,
nenhum resultado, aparentemente positivo.
Ele não desistiu, foi em frente, sempre se familiarizando mais com essas pequenas
criaturas fascinantes produtoras de mel.
Sr. Leandro colhe mel de caixas (1) de abelhas distribuídas em vários locais da região
serrana, produzindo diversos tipos de mel, de acordo com as flores da região –
Cachoeiras de Macacu, Bom Jardim, Duas Barras, Cantagalo, Macuco, Cordeiro, São
Sebastião do Alto, Valão do Barro e Itaocara.
Outro fator que vem sendo muito prejudicial, não só à produção do mel, mas também
ao meio ambiente, no Brasil, é a prática da plantação de capim brachiaria para o
gado. Ele destrói as floradas nativas, provocando um desequilíbrio no ecossistema. É
uma variedade altamente invasiva, na verdade uma praga trazida da África que
destrói todos os demais tipos de vegetação, onde se instala. É um crime ecológico que
as autoridades não percebem.
Essa visão dos criadores é uma visão antiecológica e criminosa, pois é de grande
impacto ambiental e com estragos permanentes e cada vez maiores.
Este tipo de capim foi importado da África para substituir o capim gordura, que não é
agressivo como a brachiaria.
Sr. Leandro nos fala da vida das abelhas com muita familiaridade, carinho e
admiração pelo trabalho que elas desempenham e o que representam na vida das
pessoas. “Elas vivem em permanente trabalho de produção de mel e derivados, todos
aproveitados pelo homem”.
Em sua empresa existe um laboratório, que recebe o mel para ser centrifugado e
preparado para a venda, na loja, junto com outros derivados do mel, além de outros
produtos da região. Seus produts são certificados pela Secretaria Estadual de
Agricultura.
A própolis (2) serve de revestimento interno da colméia. Desempenha a função de
assepsia e vedação da caixa.
Aplicação em cosmetologia e medicina estética. Também pode ser usada em
ferimentos, queimaduras e gargarejos.
O mel pode ser consumido puro ou agregado a outras plantas e ervas para produzir
xaropes, doces e bebidas. Por exemplo, o mel com clorofila é feito a partir do broto de
trigo, que é colocado na moenda para extrair o sumo, e ser misturado ao mel.
• Criação de canteiros entre as pistas nas rodovias com plantas e árvores melíferas
evitaria a cegueira pelos faróis além do benefício de aproveitamento para o mel.
Além da função de urbanização, seria benéfico para a natureza e para o homem, que
se beneficiaria do mel e de seus produtos, além de gerar fonte de trabalho no campo,
para abastecer as cidades a custos mais baixos, com maior produção de mel por
hectare.
Cursos e atividades escolares que ensinassem às crianças a preservar as abelhas e as
espécies melíferas, poderiam ser atividade de férias ou extra-classe, também. Um
investimento que poderia despertar vocações de novos apicultores e formar um
pensamento ecologicamente correto nos demais.
Cera – secreção glandular da abelha que serve para construir os favos, estrutura
física da colméia.
Pólen – produto rico em proteínas, vitaminas e hormônios que as abelhas colhem das
flores.
Própolis – produto processado a partir de resinas vegetais pelas abelhas, utilizado
para fechar frestas da colméia. É poderoso antissético e probiótico. Se um bicho
atacar a colméia, ele morre e é mumificado pela própolis. Indicações: para gargarejos
com água morna serve de anti-séptico e cicatrizante cantores é bom para professores
oradores cantores locutores; no tratamento de escaras e queimaduras.
Vôo nupcial – é o primeiro vôo que a rainha faz, quando é fecundada por uma média
de 6 a 8 zangões. Quase sempre, os zangões morrem.