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Semanário Regional de Informação Director: João Campos www.jornalnordeste.

com
n.º 760. 31 de Maio de 2011. 0,75 €

REGIÃO ALFÂNDEGA DA FÉ
Eficácia do SIRESP não
colhe simpatia junto das
forças de segurança

Sistema
de comunicações
esbarra na falta Misericórdia
de rede sem empréstimo

Av. Sá Carneiro – BRAGANÇA

MACEDO DE CAVALEIROS

MOGADOURO

Mercearias à prova de crise


Clientela continua fiel às pequenas lojas
do centro da cidade de Bragança
OPINIÃO

Cartas de Freixo
ação, e incomodativa multiplicidade de
competências que são, ou podem ser,
praticadas em várias instâncias a uma
sentou, permitindo, por breves mo- cipalismo, sob o ponto de vista políti- escola regional.
mentos, que cada português se sentisse co-administrativo? Que participação Representação política e institu-
nórdico, há nefastas realidades que po- política e social se pretende dar aos cional, Provedores dos cidadãos e da
dem ser extraídas do pífio memorando. cidadãos, partindo do pressuposto, ób- sociedade civil, ou isso tudo agremiado
João Paulo Castanho Uma delas, estriba-se na reorgani- vio, que ao suprimir um elemento au- à importante conexão com o Governo?
zação administrativa do país, perspec- tárquico, está-se, também, a diminuir Eis, no seu conjunto, duas questões
tivando uma extinção, fusão ou, dizem a capacidade decisória do cidadão? para discutir com bom senso, e peda-
os desmancha-prazeres, confusão nas 2.  É neste quadro de retalho que gogia política, em sede da eventual (?)
1.  A Nação, vai a votos num con-
Juntas de Freguesia e Municípios. a imprensa de Lisboa, e comentado- reordenação dos poderes regionais.
texto em que o mau-olhado do triun-
Neste contexto, não chega, para res cosmopolitas, aproveitam a deixa Uma discussão a existir sem tabus,
virato pende sobre os nossos destinos.
o esclarecimento da opinião públi- e afiam a lança argumentativa da (im) ou populismos miseráveis.
Mesmo que os prováveis derrotados
ca, e anestesia das populações, evocar pertinência dos Governos Civis. Um debate onde, localmente, todos
do 5 de Junho, prossigam com a retóri-
que o Municipalismo de hoje provém, Mais uma vez, presume-se, o País, têm e devem intervir: o instinto legis-
ca fantasiosa de que Portugal vai bem,
grosso modo, da reforma de Mouzi- como o Benfica, foi perdendo tempo a lativo dos Deputados, a excelência da
não haverá nenhum português que, no
nho da Silveira do Séc. XIX, daí de- distrair-se com as alegrias e entusias- proximidade decisória dos Presidente
seu momento de introspecção, não vis-
correndo a inevitabilidade da reforma. mos das novas épocas: os sucessos de Câmara, a proximidade actuante dos
lumbre a falácia dessa doutrina, e não
Tão pouco serve o exemplo dos pa- usurários da integração europeia e as Presidentes de Junta, o saber reconhe-
reconheça que a “cedência” soberana
trióticos entendimentos ocorridos em vitórias líricas da Selecção de Futebol. cido do Instituto Politécnico, a experi-
era imprescindível. A bem da Nação.
Lisboa, pensados na Covilhã, ou teori- Dois argumentos que extasiaram a ência de Governadores-Civis, o espírito
Não obstante o descuido do Gover-
zados na área Metropolitana do Porto. Pátria e contribuíram para que o País crítico dos cidadãos e, obviamente, a
no pátrio em publicitar, em português,
A pergunta que se impõe: qual a se esquecesse de algumas sobreposi- voz irrequieta dos partidos políticos.
o conteúdo do acordo; apesar da forma
lógica em castrar a essência do Muni- ções e putativas substituições na actu- Essa é que é essa.
light como o Primeiro-ministro o apre-

O Pós Resgate Financeiro A esperança de um novo rumo


devia, naturalmente, ser depositada
nas gerações mais novas, incluindo a
denominada “à rasca”. Mas, que mal
pelo avançado que falhou escandalo- ável, da situação embaraçosa e sensível pergunte, terão sido elas, que nada
samente um golo de baliza aberta, faz em que se encontra. (de material) lhes falta, e tudo reivin-
parte do passado. E para evitar que a Como português, a minha opinião dicam, quer dos progenitores, quer da
António Pires mesma se repita, o melhor é não se co- é a de que, efectivamente, no contexto sociedade, sem aceitarem um “não”,
meterem erros que conduzam de novo económico e financeiro actual, não há educadas para passar sacrifícios? Nem
ao fracasso. mote melhor e mais apropriado para lá perto! Senão, vejamos este exemplo
O ex treinador do Benfica, José Faço parte daquele reduzido núme- sairmos desta trapalhada do que aque- sugestivo: quem, vindo de outro pla-
António Camacho, sempre que, nas ro de portugueses que, após as instân- le que consigna o propósito de, como neta, tivesse aterrado em Bragança,
habituais e protocolares “entrevistas cias internacionais (FMI, BCE e Comis- diz o povo, “tocar os bois (não confun- na semana académica, estaria longe de
rápidas” (fláchinterviú, para certos jor- são Europeia) terem evitado, através dir com boys) para a frente”. Admitin- imaginar que este país se encontrava
nalistas), concedidas depois de cada do resgate financeiro de 78 mil milhões do, porém, que existe uma diferença mergulha na mais profunda crise eco-
jogo oficial, era confrontado com as de euros, que Portugal se afundasse considerável entre a teoria e a prática, nómica de que há memória.
implicações de uma derrota, proferia irreversivelmente, consideram não ser e não esquecendo que somos, antes Haverá outra solução? Diria que
esta frase singularmente encorajadora: importante, neste momento tão delica- de mais, descendentes de Viriato, não não, porque se trata de um proble-
“Ahora hay que levantar la cabeza y sa- do, estarmos a perder tempo à procu- é crível que, de um dia para o outro, o ma iminentemente cultural, de genes.
lir adelante”. ra dos responsáveis que, ao longo dos ADN tuga seja alterado. Logo, ao contrário do que acontece no
Esta forma de estar na vida, numa últimos 35 anos, nos arrastaram para Por outras palavras, e na hipótese, futebol, em que é possível dispensar
clara reacção lúcida à adversidade, tem esta situação humilhante. Em teoria, remota, de surgir uma nova classe de o treinador e alterar radicalmente o
jeitos de ser decalcada do princípio, acompanho, de igual modo, aqueles políticos, não estou a ver que a larga plantel, quando as expectativas são de-
anunciado por Santo Agostinho, de que, numa visão optimista, a roçar o maioria de portugueses que, depois do fraudadas, nesta realidade que se cha-
que “não é possível evitar aquilo que já ingénuo, entendem ser possível, com simbólico Abril, se habituou a gastar ma Portugal, seria impensável qual-
aconteceu”. Ou seja, a derrota sofrida, o contributo de políticos com sentido mais do que aquilo tem, confortável na quer chicotada psicológica colectiva.
independentemente de ser provocada de Estado, e com o empenho da “for- pele, emprestada, de novos – ricos, con- Assim, “seguir adelante” só fará
pelo homem do apito, pelo guarda- te gente”, como diria o nosso Camões, sigam, num estalar de dedos, abrir mão sentido, se houver consciência de que é
redes que deixou entrar um frango, ou este país sair, dentro de um prazo razo- de certas superfluidades quotidianas. urgente alterar mentalidades.

DIVAGANDO de Marialva e Trancoso, chego ao Po- pedras que falam e que gritam do Além
cinho com todos os sentidos á flor da as histórias de outras gentes, flutuei

Regaço da Lenda… Ricardo Mota


pele. Nunca lhe telefono mas como nos
conhecemos há muito, lá estava ele em
todo o esplendor, imanando quietude,
descendo as ravinas, enchi os frouxos
pulmões com aditivos potenciadores
de longevidade. Estacionei mesmo em
aguardando a visita. Acenei-lhe, infor- frente ao velho portão de Almendra,
Há quase um ano que não nos en- longo dos tempos, tenho a sensação mei-o que primeiro a família, depois os a Estação. Entrei no trilho, que á casa
contrávamos, frente a frente. Temo- que desde que o mundo é mundo. Cada amigos. Sendim da Ribeira, elixir di- leva, e senti-me a caminho do Paraí-
‑nos visto, de longe a longe, entre ace- vez que lá vou, cada vez que conversa- vino, esperava-me ali para os lados de so. Aqui e ali era cumprimentado por
nos de olhar. Nasceu lá fora, dizem mos, encontro sempre algo de novo, ou Alfândega da Fé. velhos conhecidos, feitos pedregulhos,
que é serrano, das alturas. Nunca lhe novas árvores e plantas ou novos ane- No sábado, vésperas da Páscoa, árvores, barrotes, um túnel das mil e
conheci o berço mas haverei de lá ir, xos. Muitas vezes me interrogo se não meti-me a caminho e fui ao encontro uma noites e uma ponte de postal ilus-
não a convite mas por vontade própria, é o ângulo de observação que variou. do amigo, com o qual há muito não trado. Cheguei ao reencontro.
por mera curiosidade infantil, por ter Os silêncios do sítio, os arbustos que converso. No Pocinho, em frente a uma Esperava-me. Sereno, ondulante,
sabido da sua existência na instrução me acenam, o sufoco da paisagem, os das entradas da propriedade, indaguei- espelhado, aceitando-me na família,
primária. O velho professor Caldas, na verdes multicores e, acima de tudo, a o. Disseram-me que mantém a juven- como reflexo. Estou numa linha aban-
imaginária escola do Pé do Monte, nas frescura que nos entra na alma, tornam tude, tem alternâncias de inquietude e donada dos caminhos-de-ferro, com o
fraldas do monte de Santa Quitéria em esta casa, íman de força impar. passividade, estar com ele é contágio rio a meus pés. A luz, as cores e os si-
Felgueiras, encheu-‑me a cabeça com Como sempre, na Páscoa, regressei de frescura e, após convívio, é trans- lêncios são as virtudes sublimes deste
suas proezas. a Trás-os-Montes. Já inebriado pelos porte e veículo de serenidade. amigo. O Douro é vida, gigantismo e
Fez pela vida, construiu a casa ao ares de Celorico, pelas soberbas vistas Contornei Foz-Côa, onde moram as alma. Estou no Regaço da Lenda.

2 31 de Maio de 2011 JORNAL NORDESTE


Misericórdia não consegue empréstimo
TERESA BATISTA o entendimento, pelo que vamos ter de trabalho também ainda estão em
que esperar pela sentença”, esclarece cima da mesa, mas segundo Arsénio
o provedor. Pereira só poderão avançar depois
Instituição não conseguiu Esta situação impediu a Miseri- de haver um encaixe financeiro, que
reunir as condições córdia de contrair um empréstimo permita o pagamento de indemniza-
para fazer face aos compromissos ções.
para poder registar com funcionários e fornecedores.
a propriedade do lar para “Enquanto não houver uma sentença
Provedor afirma que vai ter
não podemos passar para o registo
dar como garantia bancária do imóvel e também não podemos que aumentar a dívida
apresentá-lo como garantia bancária, aos fornecedores para pagar
As dificuldades financeiras estão o que nos traz problemas graves para aos funcionários
a agravar-se na Santa Casa da Miseri- a instituição”, admite o responsável.
córdia de Alfândega da Fé (SCMAF). Os constrangimentos financeiros
A instituição não conseguiu reunir já se verificam no dia-a-dia da insti- A leitura da sentença ainda não
condições para dar o Lar de Idosos tuição. “Temos problemas para pagar tem data marcada, mas o provedor
de Santa Teresinha como garantia a fornecedores. Se temos prejuízo da Misericórdia espera que o vere-
bancária de um empréstimo, que ti- diariamente, ao longo dos tempos, dicto seja conhecido antes das férias
nha como destino saldar parte das vamos ter problemas para satisfazer judiciais.
dívidas e reestruturar a Misericórdia. os nossos compromissos e manter a Caso seja interposto um novo re-
Em causa está um processo em confiança junto daquelas pessoas que curso e o processo se continue a ar-
tribunal, que se arrasta há vários nos fornecem bens essenciais”, realça rastar nos tribunais, Arsénio Pereira
anos, que impede a SCMAF de regis- Arsénio Pereira. garante que já tem um plano para
tar o lar como sua propriedade. No Os oito salários relativos ao mês resolver os problemas da instituição.
passado mês de Abril, o provedor da de Fevereiro continuam por pagar, “Temos outro plano para apresentar
Misericórdia, Arsénio Pereira, afir- mas o provedor não admite a possi- junto da Segurança Social, no sentido
mou que tinha sido dado um passo bilidade de não haver dinheiro para de termos também alguns apoios que
importante no sentido de desbloque- pagar aos funcionários nos próximos nos permitam fazer essa reestrutura-
ar a situação, mas o entendimento meses. “Para pagar os ordenados aos ção”, garante o responsável.
entre as partes acabou por não se funcionários vamos ter que acumular Arsénio Pereira preferiu não
verificar. “ Não conseguimos o enten- mais alguma dívida junto dos forne- quantificar o valor da dívida, mas
dimento. Inicialmente, em conversa cedores, mais do que aquilo que é afirma que é “muito preocupante”.
com o nosso advogado, o advogado z Lar não serviu de garantia bancária desejável e mais do que eles podem “A direcção tem soluções estudadas
da Câmara e o advogado da outra par- esperar em tempo de crise”, lamenta para resolver o problema. Estão é a
te chegámos a um pré-entendimento, representa, que reivindica a proprie- o responsável. demorar mais do que aquilo que está-
que estaria dependente de uma reu- dade do terreno. No entanto, a famí- A aposta na mobilidade de pes- vamos à espera”, remata o provedor
nião entre o advogado e a família que lia terá dito que não concordava com soal e a rescisão de alguns contratos da Misericórdia de Alfândega.

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31 de Maio de 2011 JORNAL NORDESTE 3


NORDESTE REGIONAL

Liderança ajuda Bragança

Santo Condestável Alice Suzana


reconduzida no SPN
Alice Suzano venceu as eleições para o terceiro mandato de três anos.
para a delegação de Bragança do Sin- Como prioridades, destaca a luta
dicato de Professores do Norte. contra mais mega agrupamentos. “As
A candidata da lista S teve 222 escolas estão construídas, não quere-
votos contra apenas 13 de Francisco mos que se juntem. E queremos que
Lopes, o seu opositor da lista A.  Um a Abade de Baçal e a de Izeda se se-
triunfo esmagador, considerou Alice parem outra vez, porque foi um acto
Suzano. “Uma vitória esmagadora meramente administrativo e de pou-
que até nos surpreendeu a nós e que pança económica”.
muito nos orgulha”, sublinhou. Para além disso, promete conti-
Ao todo, foram contabilizados nuar a lutar contra o encerramento
339 votos. Desses, 108 estão ainda de escolas no distrito com 20 alunos
condicionados à apresentação de to- e pela criação de uma espécie de bol-
dos os elementos comprovativos dos sa para os professores deslocados,
Workshop sobre os Depois, a plateia foi confrontada com
eleitores, mas são já insuficientes que diariamente percorrem centenas
questões como: “O que quer para a
segredos da liderança tua vida?” ou “Como gasta o seu tem- para alterar a vitória de Alice Suza- de quilómetros e a escola pública de
pessoal contribuiu para po?”. São situações que, aparente- no. qualidade.
mente, parecem simples, mas deixam A dirigente vai agora tomar posse AGR
ajudar pessoas carenciadas as pessoas a pensar.
Em debate estiveram ainda ou-
Ricardo Peixe voltou a Bragança, tras questões como a satisfação de
na passada sexta-feira, para falar so- cada um com o trabalho, com o rela-
bre os segredos da liderança pessoal. cionamento amoroso ou com as rela-
Ao entrar no workshop “Ser Líder”, ções pessoais.
que decorreu no auditório Paulo Tudo isto para chegar à conclu- Bragança
Quintela, os participantes contribuí- são que atingir a liderança pessoal
am com um quilo de comida. Os ali-
mentos angariados nesta iniciativa
foram doados ao Centro Social e Pa-
depende, apenas, de cada um de nós.
Basta que cada um “faça acontecer”.
Esta iniciativa foi organizada
Tampinhas fazem sucesso
roquial Santo Condestável. pelo brigantino Alexandre Monteiro,
A palestra proferida pelo espe- Há cada vez mais pessoas a an- canadianas. Com a entrega de hoje
que já em Novembro do ano passado
cialista em técnicas de coaching, Ri- gariar tampas plásticas para trocar [18 de Maio] chegamos quase às três
organizou uma iniciativa do género,
cardo Peixe, focou questões simples, por material ortopédico. Este ano, a centenas de cadeiras de rodas e as
que, na altura, ajudou a APADI.
mas mexeu com as pessoas, uma vez Azimute, associação que recolhe as instituições continuam a fazer pedi-
O objectivo deste cidadão anó-
que foram abordados temas com que tampas em Bragança, já se viu obri- dos.”
nimo é ajudar as instituições nesta
as pessoas se deparam no dia-a-dia. gada a fazer a entrega de material por Desde Janeiro foi recolhida uma
altura particularmente difícil e, ao
O importante é mesmo que as duas vezes, porque já não tinha espa- tonelada de tampas, o suficiente para
mesmo tempo, ajudar as pessoas a
pessoas se mantenham confortáveis. ço onde guardar mais, como adianta entregar quatro cadeiras de rodas,
elevar a auto-estima.
o presidente João Cameira. “Anteci- quatro andarilhos, dois deles com
pámos a entrega, que normalmente rodas e um disco de transferência à
fazemos a 6 de Janeiro, porque já APADI e ao Centro Social de São Pe-
tínhamos o armazém cheio. Há cada dro dos Sarracenos.
vez mais pessoas a contribuir e este As directoras técnicas, Carla Go-
Bragança ano tivemos a felicidade de ter uma mes e Ana Fernandes, valorizam
empresa de Bragança que se dispo- esta iniciativa. “É material que a
Teatro cheio na Gala das Escolas nibilizou a transportar o material até
ao aterro.”
instituição está sempre a precisar,
nomeadamente cadeiras de rodas”,
O Teatro Municipal de Bragança Secundária Miguel Torga, Escola EB A Azimute começou com esta sublinham. “São sempre necessárias.
encheu na noite da VIII Gala das Es- 2,3 Paulo Quintela e Escola EB 2,3 campanha em 2006. Fazem sempre falta porque os idosos
colas, que decorreu no passado sába- Augusto Moreno. Destaque ainda Desde essa altura já entregou são uma população que necessita.”
do. para a actuação da Escola de Ballet mais de 7.500 euros em material or- Tendo em conta a quantidade de
Em palco estiveram os seguintes de Bragança. A Gala das Escolas foi topédico a Instituições Particulares tampas que a Azimute continua a re-
estabelecimentos escolares: Escola organizada pela Junta de Freguesia de Solidariedade Social. “Estamos a ceber, as entregas deverão passar a
Secundária Emídio Garcia, Escola da Sé, com o apoio da Câmara e Tea- falar de quase 23 cadeiras de rodas, ser bianuais.
Secundária Abade de Baçal, Escola tro Municipal de Bragança. três camas articuladas, andarilhos, S.B.

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4 31 de Maio de 2011 JORNAL NORDESTE


NORDESTE REGIONAL

Tecnologia inovadora
na 1.a Feira Ibérica

z Organização escolheu a Praça Camões para palco do evento

TERESA BATISTA presidente da Associação Portuguesa


de Energias Renováveis, vice-presi-
dente da European Renewable Ener-
Produtos e tecnologia gy Federation e indigitado para pre-
inovadores num certame side do Centro Ibérico de Energias
Renováveis e Eficiência Energética,
que vai reunir empresários que vai ser criado em Badajoz, é um
e especialistas portugueses dos oradores que vai marcar presen-
e espanhóis ça nos workshops que vão decorrer
durante os três dias.
O presidente da Câmara de Bra-
Bragança recebe a 1ª Feira Ibé- gança, Jorge Nunes, enaltece a impor- Este evento vai contribuir para trutor e, por sua vez, nos fornecedo-
rica da Sustentabilidade de 7 a 9 de tância deste evento inovador para o a troca de experiências e de conhe- res de materiais”, explica o autarca.
Junho, uma iniciativa que vai reunir desenvolvimento urbano sustentável. cimento na área do Ambiente, mas A Câmara de Bragança vai in-
empresários e especialistas na área também vai impulsionar a economia vestir cerca de 40 mil euros na or-
do Ambiente de Portugal e Espanha. local. ganização desta feira, financiados
A iniciativa conta com um espa-
Feira vai permitir a troca de “A cidade ganha com a presen- pelo programa de cooperação trans-
ço de exposição, na Praça Camões, conhecimentos ao nível das ça de pessoas, mas ganha, acima de fronteiriça 2007-2013 – POCTEP. O
onde vão marcar presença cerca de práticas amigas do Ambiente tudo, ao nível da transferência do co- evento resulta de uma parceria entre
50 empresas com produtos e tecno- nhecimento para os cidadãos, quer a autarquia, o Instituto Politécnico de
logia inovadores, desde o mobiliário “As cidades do futuro são cada sejam projectistas, construtores, seja Bragança, o NERBA, a Diputación de
urbano reciclado, passando por ve- vez mais competitivas, agregarão o cidadãos a título individual. Os ci- Zamora e o Instituto de Recursos Na-
dações feitas com o próprio relevo cada vez mais factores de conheci- dadãos que têm conhecimento po- turais e Agrobiologia de Salamanca.
da natureza, até os microsensores de mento e de competitividade urbana e dem ter uma casa mais amiga do am- No futuro, Jorge Nunes quer
monitorização. é preciso que as cidades estejam a par biente, sendo mais exigentes junto manter este certame e deixa no ar
Aos expositores juntam-se espe- daquilo que se desenvolve, seja na do seu projectista, que terá que intro- a possibilidade de estabelecer uma
cialistas de renome nas áreas dos eco- agenda da energia, dos veículos eléc- duzir mais conhecimento na solução parceria com as cidades vizinhas de
produtos, eco-turismo, eco-energia e tricos, da construção bioclimática ou que apresenta ao seu cliente. Essa León e Zamora para a realização de
eco-construção. António Sá da Costa, dos eco-produtos”, enaltece o edil. exigência vai repercutir-se no cons- três feiras ibéricas anuais.

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31 de Maio de 2011 JORNAL NORDESTE 5


NORDESTE REGIONAL

CASOS DE POLÍCIA
Bragança
Carteirista
detido
Um carteirista foi detido em
Bragança, quando actuava du-
rante uma arruada da campanha
do PSD na capital de distrito.
O homem, natural de Mace-
do de Cavaleiros, foi preso em
flagrante durante a passagem da
caravana do PSD pelo centro de
Bragança, na passada sexta-feira.
Aproveitando a confusão, o sus-
peito teria alegadamente furtado
já diversas carteiras a alguns dos
apoiantes de Pedro Passos Coelho. 
Foi preso pela PSP, perante a
surpresa dos transeuntes.

Mogadouro
Misericórdia
assaltada
As ins-
talações da
Santa Casa
da Miseri-
córdia de
Mogadouro
foram as-
saltadas na
madruga-
da da pas-
sada sexta
feira, confirmou o provedor da
instituição, João Henriques.
“Os assaltantes entraram por
uma janela que dá acesso aos servi-
ços administrativos da Misericór-
dia. Já lá dentro, arrombaram um
cofre onde estava guardada uma
quantia significativa de dinheiro e
alguns pertences dos utentes”, es-
pecificou o provedor.
O alerta foi dado pelos funcio-
nários da instituição, que se depa-
ram com papéis espalhados pelo
chão e algumas portas e janelas
arrombadas.
O caso foi entregue à GNR de
Mogadouro, tendo a força policial
iniciado investigações.

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6 31 de Maio de 2011 JORNAL NORDESTE


NORDESTE REGIONAL

Segurança sem cobertura de rede


BRUNO MATEUS FILENA funcionado correctamente, nem tão importantes. Como, por exemplo,
pouco tem impressionado as Forças “indicações do Comando para imple-
de Segurança e Socorro Estatais que mentação de tácticas e forças no ter-
Actual sistema de comu- o adoptaram, reno”. Em relação a forças diferentes,
nicações adoptado por No síte do SIRESP (http://www. é necessário que haja autorizações
Forças de Segurança e siresp.com/), é possível ler-se, em le- para partilha de canais. Ou seja, tem
tras garrafais: “SIRESP cobre a tota- que haver abertura desse canal pelo
Socorro revela-se ineficaz, lidade  do  território continental”. No gabinete de gestão do SIRESP. Um
“engolindo” vários milhões entanto, de acordo com uma fonte processo demasiado moroso numa
interna, que lida com o sistema de situação de emergência. Os antigos
de euros comunicações, existe um autênti- sistemas tinham canais previamente
co problema de cobertura de rede. programados que, quando acedidos
Com o intuito de abandonar as Um cenário justificado ou por falta pelas diferentes forças, automatica-
redes convencionais (banda baixa, de energia ou pela operadora a pro- mente estavam em sintonia.
média e alta) utilizadas, foi imple- meter que tal situação será resolvida
mentado o Sistema Integrado das brevemente. A verdade é que o pro- O SIRESP poderia ter sido
Redes de Emergência e Segurança de blema persiste e há muitas áreas sem
apoiado nas antenas de uma
Portugal (SIRESP). qualquer cobertura.
Em funcionamento desde Janei- De acordo com o informador, a das operadoras já existentes
ro de 2010, este sistema foi concebi- própria comunicação entre as várias em Portugal, reduzindo os seus
do para responder adequadamente forças de segurança é, agora, mais custos drasticamente
aos desafios colocados a forças como difícil. Primeiro, porque a rede está
a Autoridade Nacional de Protecção longe de cobrir as necessidades. De- A mesma fonte garante que o
Civil, GNR, PSP e Bombeiros Vo- pois, porque as comunicações inter- outro sistema era mais flexível em z SIRESP não é eficaz, garante fonte fidedigna
luntários na sua actuação diária ou nas, “homem a homem”, para acti- termos de partilha de comunicações
em cenários de emergência como vidades específicas como “muda o entre as várias forças e, dificilmente, walkie-talkie, sem interferir com
catástrofes, acidentes, incêndios de carro de sítio, segue pela outra rua, uma força ficava sem qualquer tipo transmissões importantes. O próprio
grandes proporções ou acções con- estou sem munições”, podem inter- de transmissão. Permitia, também, manuseamento dos aparelhos, assim
juntas. Mas a verdade é que não tem ferir com comunicações realmente comunicações internas, em modo como a funcionalidade dos mesmos,
era praticamente intuitiva. Para além
de permitir um fluxo de informação
mais rápido. Por exemplo: dentro

…Em flagrante
da mesma força nacional, o SIRESP
não permite a comunicação em ter-
reno operacional, sem autorizações
e abertura de canais. “Em acção, to-
dos estes contratempos, causam um
enorme transtorno. Até porque o
contacto com o Gabinete SIRESP não
pode ser feito por quem está no ter-
As instalações da reno”, defendeu um militar. Até ago-
Repartição de Finanças ra, em termos operacionais, os cons-
trangimentos não têm sido notórios
de Bragança são novas, porque todas as forças têm mantido
os antigos sistemas e apoiam-se neles
mas já há um placard para as suas acções.
electrónico que “pifou”. O custo real de tamanha imple-
mentação, cuja ineficácia pode mes-
Além disso, o que faz mo colocar vidas em perigo,ainda
aquele suporte de ecrã a não foi divulgado oficialmente, mas
estima-se que tenha custado vários
tirar visibilidade para os milhões de euros aos cofres do Esta-
do. Sendo assim, porquê mudar de
outros placards? sistema quando o anterior funciona-
va perfeitamente? “A mudança talvez
fosse para melhor, porém, na realida-
Envie-nos as suas sugestões para geral@jornalnordeste.com de, é apenas porque tem que se justi-
ficar o investimento”, crê a fonte.

TÊXTEIS LAR

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31 de Maio de 2011 JORNAL NORDESTE 7


legislativas 2011

PS incita PSD …e Passos responde


a esclarecer cobrança que as “portagens
de portagens... são para todos”
SANDRA BENTO meiro-ministro. José Sócrates che- ANTÓNIO GONÇALVES RODRIGUES deixou uma série de recados e anun-
gou com uma hora e meio de atraso, ciou que, caso vença as eleições, for-
mas avançou logo com uma boa justi- mará o mais reduzido Governo de que
Mota Andrade diz que ficação. “Vim aqui com atraso porque Líder do PSD entra há memória, aproveitando para lan-
o PSD “não pode andar parece que estão a fazer a auto-estra- em contradição com çar farpas ao despesismo rosa. “Tudo
da entre Vila Real e Bragança. Eu vim tem de ser avaliado. Se podemos gas-
a enganar as populações” de Alijó e parece que estão, também, o cabeça de lista por tar cem em vez de gastar mil, é isso
Bragança, que defende que vamos fazer. Se é possível fazer
agrupamentos escolares, com quali-
moratória de sete anos dade, por quatro milhões de euros,
porque é que há-de a Parque Escolar
“As portagens são para todos”. gastar mais de 30 milhões para fazer
Esta foi a principal mensagem deixa- o mesmo”, perguntou Passos Coelho.
da pelo líder do PSD e candidato a pri- O líder do PSD no distrito, José
meiro-ministro, Pedro Passos Coelho, Silvano, foi o último a falar e um dos
ao longo da passagem por Bragança. intervenientes mais aplaudidos, so-
Ao contrário do cabeça de lista bretudo quando explicou as razões da
pelo distrito, Francisco José Viegas, necessidade de o distrito votar contra
que defende uma moratória de sete o PS. “Só porque está a fazer duas ou
anos, Pedro Passos Coelho veio à ca- três estradas, parece que resolveu os
pital de distrito garantir que sempre problemas dos transmontanos. Nada
defendeu o princípio do utilizador- mais falso. E o abandono do territó-
z “Parece que andam a fazer a Auto-Estrada e o IC5”, recordou José Sócrates pagador e que isso vale para todas rio que temos notado nos últimos seis
as vias, incluindo a Auto-Estrada anos, na educação a fecharem as esco-
Mota Andrade exige que Passos a fazer o IC5”, referiu José Sócrates, Transmontana.  “Nunca prometi a las, nos centros de saúde a fecharem
Coelho clarifique a sua posição em acrescentando que “estão finalmente ninguém que as auto-estradas eram nos nossos concelhos. É este o Go-
relação às portagens na Auto-Estra- a fazer justiça com Trás-os-Montes”. para ser à borla. Podemos fazer um verno que queremos?”, questionou.
da Transmontana. Recorde-se que  o As acessibilidades são, precisa- desconto nas zonas mais atrasadas, Apesar de não querer comentar as
cabeça de lista do PSD por Bragança, mente, o principal trunfo de Mota mas não vamos fazer como o PS e declarações de Pedro Passos Coelho
Francisco José Viegas, defendeu a Andrade, que jogou essa cartada para dizer que é tudo à borla, para depois sobre as portagens, o cabeça de lista,
criação de um período de carência de mostrar o trabalho feito pelo Gover- irmos pedir ao FMI que nos pague a Francisco José Viegas, sublinhou à
sete anos. no socialista. “Fizemos uma revolu- factura”, explicou. agência Lusa que “o futuro Governo
O deputado socialista pelo distri- ção nas acessibilidades. Melhorámos Num discurso bastante aplaudi- PSD tem de ser confrontado” com a
to e recandidato ao cargo considera significativamente várias estradas. do, de pouco mais de meia hora, esta necessidade de adoptar um período
esta posição de meramente eleito- Dentro de um ano o IC5 e o IP2 es- foi a parte em que o entusiasmo do pú- de sete anos antes de introduzir por-
ralista e exige explicações de Passos tarão construídos e essa é a grande blico mais esmoreceu. Passos Coelho tagens na A4.
Coelho (ver texto ao lado). “Ou o líder diferença entre o PS e o PSD”, realça.
da lista do PSD não está a falar ver- O cabeça de lista do PS lançou ainda
dade ou o dr. Passos Coelho dá o dito farpas ao principal adversário nesta
por não dito e dirá, aqui em Bragan- corrida e salientou que a história da
ça, que com ele primeiro-ministro região está definitivamente marcada
não haverá portagens e haverá esse por José Sócrates. “Para o PSD, os
tal período de carência”, refere. transmontanos foram sempre núme-
O responsável salienta que o PSD ro e estatística e, como tal, nunca re-
“não pode andar a enganar as popula- alizou obra aqui”, criticou. Para o de-
ções porque isso é um monumental em- putado rosa, “esses números e essas
buste”, pelo que exige esclarecimentos. estatísticas ficarão na história porque
O desafio foi lançado na passa- a obra está aí e não há dúvida que no
da terça-feira, no almoço comício de distrito de Bragança há uma época
campanha, que contou com a presen- antes de José Sócrates e uma época
ça do líder do PS e candidato a pri- pós José Sócrates”. z Caretos de Salsas chocalharam Passos Coelho

Primavera

8 31 de Maio de 2011 JORNAL NORDESTE


legislativas 2011

CDS luta por um deputado


tem vindo a acontecer é que a pro-
dução é pequena e torna-se mais cara
em relação à produção intensiva de
Espanha ou outros países.

Nuno Sousa é cabeça de lis- JN – A questão das acessi-


ta do CDS-PP pela segunda vez bilidades, nomeadamente da
consecutiva. Natural de Tete auto-estrada, traz também ou-
(Moçambique), reside em Mi- tra questão que são as porta-
randela há vários anos, onde gens. Sabe-se que o CDS/PP não
é vereador na Câmara Muni- é contra e pergunto-lhe se acha
cipal. Arquitecto de formação, que a aplicação de portagens
tem 41 anos, é casado e tem dois se justifica numa região do in-
filhos, tendo já assinado obras terior como Trás-os-Montes,
na Escócia e em Portugal, no- pelos menos imediatamente à
meadamente na Terra Quente construção da A4?
Transmontana. NS – O nosso partido tem o prin-
cípio de utilizador-pagador, mas este
Jornal Nordeste (JN) – Am- caso é uma excepção, porque estamos
biciona recuperar o deputado a falar de uma auto-estrada que não
que CDS/PP já teve no distrito tem uma via alternativa e nós aqui
de Bragança, na década de 80? vamos ser penalizados. Não havendo
Nuno Sousa (NS) – Em 2009, uma alternativa à A4, temos de equa-
o CDS-PP cresceu três e meio por cionar um modelo de não pagamento
cento e conseguiu um resultado que de portagens durante um “x” tempo,
foi o quarto melhor resultado desde a ou encontrar um sistema compensa-
sua história aqui no distrito tório para as populações aqui do dis-
Naturalmente que, face ao con- trito. Agora, tudo isto vai depender
dicionalismo de haver apenas três muito da necessidade de arranjar di-
deputados, tornou-se difícil eleger z Nuno Sousa encabeça “uma lista de gente da terra” nheiro para equilibrar as contas.
em 2009. Contudo, atendendo àquilo Se o CDS estiver no Governo, na-
que nós temos vindo a verificar junto NS - Qualquer pessoa vê que a agrícola é estratégico para o País e, turalmente que eu, como residente
das populações, o patamar de 13 por construção da A4 não deixará qual- nesta altura de grave crise económi- neste distrito, irei lutar para que haja
cento que conseguimos em 2009 é quer alternativa, pois está a ser feita ca, seria necessário promovê-lo atra- um sistema compensatório ou de
um ponto de arranque para nós po- por cima do IP4. As acessibilidades vés de investimentos e da agilização isenção de portagens.
dermos, desta vez, lutar com mais eram necessárias, mas o distrito não do PRODER, que foi uma lástima.
afinco para a eleição de um deputa- é só betão e auto-estradas. O que nós Para um programa de 6 mil milhões JN – Relativamente a outras
do. A lista do CDS é composta por precisávamos, também, era de políti- de euros para todo o território portu- acessibilidades, haverá passa-
pessoas competentes e profissionais, cas de apoio à nossa população, prin- guês, entre 2007 – 2013, só tem uma geiros que justifiquem o cami-
que vivem e trabalham aqui no nosso cipalmente a mais rural, com serviços taxa de execução de 30 por cento, o nho-de-ferro aqui na região?
distrito. de saúde adequados. Não é aceitável que é muito pouco, dado que estamos NS – Com a construção da IP4,
estarem a fechar SAP´s, obrigando as a meio do programa. Portugal deverá dos IP2, IC5, o distrito vai estar ser-
JN – O distrito de Bragança pessoas a deslocarem-se e a terem de salvaguardar a manutenção do sector vido de boas acessibilidades rodo-
é um distrito conservador. Acha pagar o transporte, quando as zonas agrícola vivo, produtivo e gerador de viárias e a tendência é essa, com as
que é uma vantagem haver uma despovoadas e longe dos hospitais riqueza. pessoas a deslocarem-se cada vez
lista com pessoas da região, ao deveriam ter serviços de saúde de mais nos transportes rodoviários. As
contrário do que acontece com proximidade. As acessibilidades eram neces- linhas de comboio são importantes e
a CDU e o PSD? Para além da auto-estrada, o nos- acho que este Governo Socialista por-
sárias, mas o distrito não é só tou-se mal, deixando algumas linhas
NS - Eu entendo que o distrito de so distrito precisa de políticas que
Bragança tem gente válida e com ca- procurem incentivar a criação de em- betão e auto-estradas desaparecer.
pacidades para exercer funções, quer prego e apoiar as nossas pequenas e A Troika tem, agora, uma estra-
na Assembleia da República, quer em médias empresas. O CDS quer avan- JN – Como é que se pode pe- tégia para tentar transformar a linha
quaisquer outros cargos. Se outros çar com uma política que garanta dir para comprarem um pro- do Tua em algo que eu também já
partidos entenderam optar por al- condições necessárias para produzir duto nacional, se o estrangeiro vinha a dizer. Aquela linha tinha de
guém de fora, eu não vou questionar produtos portugueses. Acredito que está mais barato? ser aproveitada, se não desse para
isso, porque são questões internas isso é uma iniciativa fundamental NS - A questão é que os super- ser aproveitada como meio de trans-
desses partidos. Agora, faço questão para a nossa região, que é predomi- mercados também têm de ter uma porte, para integrar um projecto com
de ter ao meu lado pessoas que são do nantemente assente em dois secto- postura de apoiar o que é nacional, fins turísticos no âmbito intermuni-
distrito e essa foi uma das questões res, na agricultura e serviços de pe- mas se estas medidas que acabei de cipal. A minha luta seria sempre pela
que eu falei com o Dr. Paulo Portas quenas e médias empresas. dizer na área da agricultura, se as im- manutenção dessa linha, indepen-
em relação à constituição desta lista. plementarmos junto dos pequenos dentemente da construção da barra-
JN – E o que é preciso fazer e médios agricultores, eles vão ser gem. Há muitas populações que ain-
JN – Concorda com o inves- para revitalizar o sector agríco- capazes de escoar mais quantidade da utilizavam essa linha como meio
timento que está a ser feito nas la no distrito? dos seus produtos e logo poderem de transporte e esses serviços teriam
novas acessibilidades? NS – Há que assumir que o sector ter preços mais baixos, porque, o que de ser salvaguardados.

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31 de Maio de 2011 JORNAL NORDESTE 9


legislativas 2011

“A meta é a eleição de um deputado”


Liliana Fernandes estreia- putado.
se como cabeça de lista pelo “O Bloco propôs a criação
Bloco de Esquerda pelo círculo JN – Conseguin-
do banco de terras, porque nós
eleitoral de Bragança. Profes- do eleger um depu-
sora do ensino básico em Vila tado, o que defende- temos mão-de-obra qualificada,
Verde, no distrito de Braga, a ria na Assembleia da vários jovens agricultores
candidata pelo Bloco tem 34 República para esta que pretendem investir
anos e há dois anos foi candi- região?
na agricultura”
data à Câmara de Bragança. LF – Neste momen-
Em 2009 concorreu em terceiro to defendemos a exe-
lugar na lista às legislativas, cução da A4 sem por- LF – A manutenção das acessi-
encabeçada por Luís Vale. tagens, debatemo-nos bilidades internas é um investimento
pela reposição da via necessário, mas pensamos que ainda
férrea e depois as prio- nos falta uma coisa essencial, que
Jornal Nordeste (JN) – Uma ridades a nível nacional, são as ligações ferroviárias. Bragan-
das críticas que mais se ouve como os cuidados de ça tem uma localização geográfica
é o facto de os candidatos não saúde de proximidade, por excelência, que lhe permite uma
serem da região. A Liliana é da a educação acessível e ligação rápida, não só a faixa litoral
região, mas, actualmente, está gratuita para todos. Ou nacional, mas também a Espanha e,
a morar fora durante a semana. seja, sempre nesse sen- consequentemente, ao resto da Euro-
Considera que isso será um en- tido de programa nacio- pa. Neste momento, não temos uma
trave para a população? nal, atendendo à especi- ligação ferroviária que pensamos
z Liliana Fernandes rejeita portagens na AE Transmontana ficidade da região. que seria um bom ponto de partida
Liliana Fernandes (LF) – An- para catapultar a economia local.
tes pelo contrário. Estou fora não por to há algum tipo de discrimina- “Defendemos a execução Foi apresentado um projecto de lei
opção, mas por obrigação, porque não ção em relação às mulheres na do Bloco para um plano ferroviário
da A4 sem portagens
tenho oportunidade de regressar à política? nacional exequível a dez anos e que
terra. É nesse sentido e com essa pers- LF – Não penso que haja discri- e debatemo-nos pela nós pensamos ser essencial para esta
pectiva que encaro este desafio, por- minação. Muitas vezes, é uma falta reposição da via-férrea” região. Sempre nos batemos pela não
que, tal como eu, muitos jovens e me- de oportunidade e até “conflitos” en- construção da barragem do Tua, pela
nos jovens são forçados a emigrar e a tre a vida pessoal, a vida familiar e manutenção da linha do Tua. O nos-
deslocar-se para outras zonas do País. toda uma vida política. JN – Quanto às acessibilida- so objectivo é ver a possibilidade de
Aliás, não há muito tempo que des, uma das coisas que sempre manter o traçado original.
alguém fazia a observação que em JN – Ou seja, não estão cria- se falou nas últimas eleições e
Lisboa há mais transmontanos do das todas as condições para as durante décadas, foi a falta de JN – O que é que o Bloco pro-
que no próprio distrito e infelizmente mulheres entrarem na política, uma auto-estrada. O Bloco de põe para resolver os problemas
isso é uma realidade. Aquilo que nós apesar da questão das quotas. Esquerda não concorda com da agricultura no distrito?
pretendemos é o regresso das pesso- Essa seria uma das propostas esta auto-estrada. Porquê? LF – O problema dos agricultores
as à terra. do Bloco? LF – Não é específico com a au- é a falta de apoio, uma Política Agrí-
LF – É uma das coisas pela qual to-estrada, não concordamos é que cola Comum, que foi ruinosa para o
JN – E através de que propos- o Bloco se pauta, ou seja dar oportu- seja portajada. Nós na década de 90 nosso País, tendo em conta que, nes-
tas pensam conseguir fazer isso? nidade e igualdade, quer a homens, tínhamos a EN15, que nos ligava ao te momento, o País importa cerca
LF – Através do investimento quer mulheres. litoral, construíram-nos um IP4 que, de 90 por cento do trigo que conso-
na região. Nós temos propostas con- já na altura, não supria as nossas ne- me. Nós precisamos de reinvestir na
cretas de investimento a nível local, JN – Há dois anos o Bloco cessidades, e, neste momento, cons- produção, de ter um pouco mais de
em termos de emprego queremos re- de Esquerda conseguiu subir troem-nos uma prometida A4 que auto-suficiência e temos todas essas
vitalizar a região, pretendemos con- bastante em termos de votação. absorveu o IP4. Não nos parece justo condições para o fazer. Neste senti-
tribuir um pouco nesse sentido. O Vinha com uma votação de cer- deixar os transmontanos sem uma do, o Bloco propôs a criação do banco
nosso programa é para o país e não ca de dois por cento e teve um alternativa, portajando uma auto- de terras, porque nós temos mão-de-
específico para a região. resultado superior aos seis por estrada que será um meio de ligação, obra qualificada, vários jovens agri-
cento. Nesta altura qual é o vos- por excelência, ao litoral. cultores que pretendem investir na
JN – No distrito de Bragan- so objectivo? agricultura, muitas vezes deparam-
ça há apenas uma mulher pre- LF – O nosso objectivo é aumen- JN – Para além da auto-es- se com a falta de terras. Aquilo que o
sidente de Câmara. Como têm tar ainda mais essa votação. Acho trada há mais acessibilidades Bloco propõe é a criação de um banco
sido as reacções das pessoas à que é possível e é por isso que esta- a serem construídas na região, público em que as pessoas que dis-
sua candidatura? mos aqui. acha que é um bom investimen- põem dos terrenos, mas já não con-
LF – É positivo. Vêem com bons to para o distrito de Bragança, seguem mantê-los cultiváveis, arren-
olhos uma mudança. JN – Qual a meta em termos ou seria um investimento que dem esses terrenos, proporcionando
de resultados finais? não defenderia para o distrito aos jovens a possibilidade de iniciar a
JN – Mas acha que no distri- LF – A meta é a eleição de um de- de Bragança? sua vida activa na agricultura.

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10 31 de Maio de 2011 JORNAL NORDESTE


legislativas 2011

“Ministério da Cultura
não está nos meus projectos”
Escritor e jornalista, nasceu da Cultura. É uma minha resposta foi dura e decidida.
em Vila Nova de Foz Côa em pergunta absurda! Disse que não sabíamos e que íamos
1962, tendo vivido no Pocinho Além do mais não estudar. Mas anunciámos com muita
até aos 8 anos. Foi a escolha do está nos meus pro- clareza que o PSD é absolutamente
PSD para encabeçar a lista do jectos. Depois brin- favorável à não existência de porta-
PSD por Bragança. Após algu- quei e disse aquilo gens. Pode ir até sete anos e, esses
ma contestação inicial, Fran- para acabar com a sete anos funcionam como uma es-
cisco José Viegas garante que pergunta. Essa res- pécie de compensação por todos os
o partido “está trilhar o mesmo posta resultou numa anos que Bragança esteve e está iso-
caminho”. polémica sobre a lada do resto do país. Como se sabe
existência de Minis- a A4 sobrepõem-se à IP4, não há al-
tério da Cultura que ternativas e, portanto, somos contra
Jornal Nordeste (JN) – Foi até motivou os par- as portagens. Defendemos uma mo-
uma aposta pessoal do actual lí- tidos de Esquerda, ratória das portagens, tanto o Presi-
der do PSD, Passos Coelho, para em Bragança, a de- dente da Câmara de Macedo como o
encabeçar a lista por Bragança. clararem-se contra de Bragança queriam manifestar-se
Foi difícil aceitar este desafio? o fim do Ministério neste sentido e assumimos que essa
Francisco Viegas (FV) – Foi da Cultura, como se era a nossa posição oficial. Dissemos
difícil até ter aceite. A proposta sur- isso dependesse de- isto em Lisboa e dizemos em Bragan-
preendeu-me porque não espera- les. ça.
va nem estava nos meus projectos
dedicar-me nem que fosse uma le- JN – Como é
gislatura à vida política. Sentia-me que se convence “Como se sabe, a A4 sobrepõe-
uma pessoa completa com aquilo que uma pessoa que, ‑se à IP4, não há alternativas
fazia. No entanto, esta proposta teve durante duas e, portanto, somos contra
algum pelo facto de se tratar de Bra- dé­cadas reivin- as portagens”
gança. Para mim é um regresso aos z Francisco Viegas também quer adiamento das portagens dicou uma auto-
meus antepassados. estrada, e neste
A nível político, vivemos num pe- política anterior? Tenho ideia momento está num distrito que JN – Acha que o comboio po-
ríodo em que estamos submergidos que foi candidato à Assembleia mais parece um estaleiro de deria ser uma mais valia para
por alguma indiferença e cinismo que Municipal de Foz Côa, pelo PS… obras. a região, tendo em conta que a
têm a ver com o desconfiar do polí- FV – Sim, tive um amigo que se FV – A auto-estrada é uma pedra 50 km vai haver uma estação do
tico, desconfiar das suas iniciativas e candidatou à presidência da Câmara fundamental, mas não é uma obra do TGV?
propostas. Chegamos a um ponto em de Foz Côa, pelo PS, e perguntou-me PS, é uma obra do Estado Português FV – É bom pensarmos nes-
que as pessoas vêem a política com se eu não poderia ajudá-lo. Acho que e temos de dizê-lo com muita clareza. sa questão de haver uma estação de
uma certa indiferença e, se as pesso- ele tinha um projecto excelente para É verdade que esta obra que foi deci- TGV a 50 km porque, se ela existir,
as não se interessam por um mau Go- Foz Côa e apoiei-o em meu nome, mas dida a 30 de Setembro de 2004 pelo é bom que Bragança tenha uma liga-
verno e não fazem nada, é péssimo. não é uma participação política activa. Governo de Santana Lopes e depois, ção. No ano de 1988 escrevi um livro
E foi isto que me levou a responder, em Novembro de 2004, num Conse- sobre comboios e nessa altura estava
passados uns dias, ao Dr. Pedro Pas- JN – Aceitaria fazer parte de lho de Ministros realizado aqui em decidido terminar com uma série de
sos Coelho. um Governo encabeçado pelo Bragança, em que António Mexia, na linhas portuguesas. Lamentavelmen-
Dr. Pedro Passos Coelho? altura ministro das Obras Públicas do te a do Tua estava entre os projectos
JN – O presidente da distri- FV – Pela minha vida já passei Governo do PSD, disse que era neces- que a CP estudava extinguir e sempre
tal foi a voz que mais se levan- por tantas profissões. Já fui cozinhei- sário revolucionar o panorama rodo- protestei. Fechá-las é o empobreci-
tou… ro, professor, investigador, jornalista viário transmontano. Portanto, todas mento da nossa geografia, da nossa
FV – Eu creio que não foi a voz e isso deu-me uma certa experiência estas vias não são decisões do PS, são terra, da nossa economia. Todo o
que mais se levantou, foi a voz que e noção de como a nossa vida e nós decisões do Estado Português. mundo optou por uma rede ferrovi-
se levantou. Mas a relação com José nos podemos adaptar. Isto significa ária, Portugal saiu numa onda com-
Silvano foi sempre excelente. A partir que levo os desafios um de cada vez. JN – Acha que as portagens pletamente diferente e hoje está num
do momento em que nos encontrá- O de Pedro Passos Coelho foi o de re- vão ser um entrave à vinda de beco sem saída porque as linhas que
mos pela primeira vez, percebemos presentar o distrito de Bragança e é turistas para a região? em 1987/88 a CP tencionava fechar,
logo que não estávamos a tirar o lu- isso que estou a fazer. E há coisas en- FV – Quando se iniciava esta foi um projecto que foi avante. Por
gar de ninguém, mas estávamos a tri- graçadas nesta campanha. Há dias, campanha eleitoral, havia alguma isso, hoje voltar ao que era, infeliz-
lhar o mesmo caminho. fizeram-me a pergunta se eu ia ser dúvida sobre essa matéria e no lan- mente, é completamente impossível.
Ministro da Cultura e eu disse, a rir, çamento de candidatura fizeram-me Era um investimento terrível neste
JN – Já tinha experiência que se calhar nem vai haver Ministro logo essa pergunta, de modo que a momento.

31 de Maio de 2011 JORNAL NORDESTE 11


NORDESTE REGIONAL

Mercearias resistem à crise


TERESA BATISTA

Pequenos negócios
no centro da cidade
de Bragança mantêm
clientes fiéis pela qualidade
dos seus produtos
“Boa tarde D. Ana. Tem bolachas
das minhas?” questiona Lucinda Ca-
valeiro. “Tenho sim”, responde Ana
Rodrigues, deslocando-se até à pra-
teleira para trazer as bolachas para
a sua cliente. Lucinda tem 74 anos,
é natural da aldeia de Castanheira
(Bragança), e sempre que vem à ca-
pital de distrito vai à mercearia cen-
tral, um espaço na rua do Paço, que
tem clientes fiéis. Ana Rodrigues é
comerciante há 16 anos e mantém
uma relação de amizade com os seus
clientes. “Tenho os meus clientes cer-
tos. É isso que vale aos pequenos co-
merciantes”, acrescenta.
Lucinda Cavaleiro, de 74 anos,
não troca a mercearia central pe-
los hipermercados. “Eu aos outros
comércios grandes não me ajeito a z João Martins compra fruta e legumes do lavrador para satisfazer os clientes
ir, não me entendo”, graceja. Lucin-
da prefere a disponibilidade de Ana conta que vem de autocarro até à cida- aproximam da caixa para pagar, a anos, o negócio é a sua paixão e a sa-
Rodrigues para a ajudar nas suas de, por isso não pode ir muito carrega- idosa faz questão de dizer que não tisfação do cliente é a sua preocupa-
compras. “Gosto muito da D. Ana, é da. “Levo aquilo que posso”, riposta. tem pressa para poder continu- ção. Maria Helena faz questão de ir ao
muito simpática e atenciosa e dá-me Enquanto há clientes a escolher ar a conversa. “Só tenho autocar- comércio do senhor Martins sempre
conselhos, porque eu tenho diabe- fruta e legumes, Lucinda aprovei- ro às cinco [17 horas]”, justifica. que quer fruta ou legumes fresqui-
tes”, enaltece a idosa. ta para conversar um pouco com Durante a conversa fala-se da cri- nhos e não tem dúvidas que no comér-
Esta habitante de Castanheira a D. Ana. Quando os fregueses se se, uma palavra que Ana Rodrigues cio tradicional é “melhor atendida”.
não aceita e diz mesmo que quem
faz a crise é a comunicação social. Produtos frescos e dois dedos
“Não falam de outra coisa”, afirma.
de conversa motivam
Lucinda concorda e diz mesmo que
se estraga mais nos dias de hoje do as pessoas a comprar
que havia antigamente para comer. no comércio tradicional
“Quando era nova passei muita fome.
Até na casa dos patrões. Que eu andei A qualidade dos produtos é um
a servir até me casar”, recorda a idosa. desígnio da casa de João Martins, que
Quanto ao negócio, Ana Rodri- quando vai aos armazéns faz questão
gues garante que está mais fraco, mas de procurar os produtos do lavra-
aos 52 anos não se imagina a mudar dor. A fruta, as hortaliças, os queijos
de profissão. “Com esforço e com mantêm a qualidade ao longo dos
uma gestão muito rigorosa lá vai dan- anos, já o negócio foi mudando com
do para pagar as despesas. É que para a evolução dos tempos. “Antigamente
além da renda ainda tenho que con- movimentava-se muito mais dinhei-
tar com aquilo que tenho que pagar ro, porque comprava-se e vendia-se
ao Estado”, salienta a comerciante. mais. Agora o negócio está parado. Há
Um pouco mais abaixo, na Rua dias que até me dá o sono”, graceja.
Alexandre Herculano, encontramos
z Ana Rodrigues queixa-se das acessibilidades à sua mercearia João Martins. Comerciante há 30 >>

12 31 de Maio de 2011 JORNAL NORDESTE


NORDESTE REGIONAL

<< Natal não tinha mãos a medir a fazer


embrulhos. Quando os chineses vie-
Já as despesas são diárias e não ram para cá o negócio deixou de dar”,
páram de aumentar. “Fui obrigado a conta a comerciante.
trocar de máquina registadora várias A mercearia é mais recente e sur-
vezes, por causa do IVA. Agora se o giu como uma forma de satisfazer os
IVA mudar outra vez é mais uma des- pedidos de alguns clientes e de encon-
pesa”, contabiliza João Martins. trar uma alternativa para rentabilizar
As máquinas antigas ficam guar- o espaço que tem arrendado no cen-
dadas no armazém. “Quem sabe um tro da cidade. “Havia aqui o comércio
dia vão para um museu”, realça o co- de um senhor que se reformou. En-
merciante. tão as pessoas pediram-me para eu
Uns metros mais à frente fica a vender também mercearia e eu de-
mercearia de Adelaide Coelho. O ne- cidi apostar nisto, que agora é o que
gócio abriu há 13 anos, mas na altura vai dando algum dinheiro”, conta.
dedicava-se à venda exclusiva de ar- O convívio com o povo é o que
tigos de “loja dos 300”. “Na altura do motiva diariamente Adelaide Coelho

z Adelaide Coelho gosta de conviver com os seus clientes

a deslocar-se de casa até à mercearia. porque há menos gente no centro


“Gosto muito de falar com as pessoas e da cidade, constata Carolino Morais.
elas também gostam de conversar co- “Vêm as pessoas antigas, amigas, que
migo. Falam de tudo, dos problemas são todas conhecidas. É um negócio
do dia-a-dia, que há pouco dinheiro diferente do que era antigamente,
e não se pode gastar. Tenho clientes porque havia mais gente”, acrescenta
que às vezes passam por aqui só para o comerciante.
conversar”, conta a comerciante. Mesmo assim, Carolino afirma
Na Rua do Loreto encontramos que vai havendo sempre algum movi-
Carolino Morais, de 71 anos, que toda mento. “Não dá para encher a barri-
a vida se dedicou ao comércio. Tinha ga, mas dá para ir vivendo”, afirma o
14 anos quando se iniciou no negócio comerciante.
em África. Em Bragança está instala-
do há cerca de 30 anos numa merce- Atendimento personalizado
aria típica que faz questão de manter
é apreciado pelos idosos,
para passar o tempo.
z Carolino Morais ainda teve livro de fiados Os clientes são menos, também que são os principais clientes
das mercearias
Nos últimos anos têm fechado

Fiados já não são o que eram mercearias no centro da cidade. São


pequenos negócios que acabam com
o falecimento, doença ou reforma dos
O livro de fiados já fez parte da mobília das peque- ca teve livro de fiados, mas em casos pontuais lá deixa comerciantes, que não têm seguidores.
nas mercearias, mas há muito que os comerciantes pu- levar a mercadoria sem dinheiro. Já os que resistem afirmam que o
seram de lado o role das dívidas e passaram a vender só Já João Martins prefere não vender a vender fiado. comércio tradicional devia ser mais
com dinheiro na mão. “Nunca tive livro de fiados, porque perde-se o dinheiro e apoiado pelas entidades públicas da
Mesmo assim, os comerciantes ainda vão facilitando perde-se o freguês”, afirma o comerciante. cidade. Ana Rodrigues aponta o dedo
a vida aos fregueses que já consideram amigos. É o caso Já Carolino Morais sabe bem o que é o tradicional à Câmara Municipal de Bragança, por
de Ana Rodrigues, que ajuda os seus clientes, mas nunca livro de “calotes”. “Perdi alguns clientes, que ficaram a não permitir o acesso durante todo o
teve livro de fiados. “Se não trazem dinheiro na hora vêm dever e nunca mais pagaram. Mas na altura que se ven- dia à rua pedonal onde está instalada.
pagar mais logo, mas são dívidas a curto prazo”, garante. dia muito compensava vender fiado, agora não”, garante “Se os carros circulassem as vendas
E Lucinda Cavaleiro afirma que não tem queixa. “Se o comerciante. subiam mais de 20 por cento. As pes-
tenho dinheiro levo, se não tenho levo também, não há Por isso, quando o negócio começou a fraquejar, Ca- soas sofrem dos ossos e não podem
problemas”, realça a cliente. rolino Morais acabou com os fiados e só vende com o andar com pesos, por isso é natural
Adelaide Coelho pauta-se pelo mesmo critério. Nun- dinheiro na mão. que peguem no carro e vão às grandes
superfícies”, remata a comerciante.

Dr. F. Flaviano Gomes


Médico Especialista
OUVIDOS > NARIZ > GARGANTA

C o n s u l t ó r i o s:
BRAGANÇA
    Rua da República, n.º 30 - 2.º ............... Tel. 273 326 439 (Consultas de tarde)
MACEDO DE CAVALEIROS
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TORRE DE MONCORVO AS
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UR 7 82
VINHAIS 91
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31 de Maio de 2011 JORNAL NORDESTE 13


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J o r na l N o r d e s t e – S e m a ná r i o R e g i o na l d e I n f o r m aç ão patrimonial de 1,13 €, e o atribuído de quinhentos euros, não descrito na J o r na l N o r d e s t e – S e m a ná r i o R e g i o na l d e I n f o r m aç ão da justificante mulher, viúva, residente na aludida freguesia de Nogueira,
n .º 760 d e 31 d e M a i o d e 2011 Conservatória do Registo Predial de Mogadouro, a cuja área pertence: n .º 760 d e 31 d e M a i o d e 2011 por contrato de doação meramente verbal, nunca tendo chegado a realizar a
CARTÓRIO NOTARIAL Que desde tempos imemoriais se vem reconhecendo o dito prédio, como NOTÁRIO necessária escritura pública.
DE MOGADOURO sendo propriedade da sua representada, a mencionada Freguesia de Meiri- MANUEL JOÃO Que, assim, não são detentores de qualquer título formal que legitime o
nhos, que o adquiriu por doação meramente verbal feita por pessoa que não SIMÃO BRAZ domínio do mencionado prédio.
NOTÁRIA: FÁTIMA MENDES
sabem identificar, há seguramente mais de cinquenta anos, contrato esse Que, não obstante isso, logo desde meados desse ano de mil novecen-
EXTRACTO PARA PUBLICAÇÃO nunca reduzido a escritura pública, pelo que a justificante ficou sem título EX T R AC TO tos e oitenta e oito, passaram a usufruir o referido terreno, gozando de to-
Certifico, para efeitos de publicação, que no dia vinte e sete de Maio que lhe permita fazer prova do seu direito de propriedade e obter o respecti- Certifico, narrativamente, para efeitos de publicação, que por escritura de das as utilidades por ele proporcionadas, começando por ocupá-lo, limpan-
de dois mil e onze, no Cartório Notarial de Mogadouro, sito no Palácio vo registo na Conservatória do Registo Predial. hoje, exarada de folhas trinta e uma a trinta e duas do respectivo livro nú- do-o, cultivando-o, colhendo os seus frutos e produtos, e efectuando diver-
da Justiça, na freguesia e concelho de Mogadouro, de fls. 63 a fls. 65, Que não obstante a falta de titulo, a referida Freguesia de Meirinhos que mero duzentos e quatro, ANA RITA FERNANDES GOMES, NIF 197 500 sas benfeitorias, designadamente o melhoramento das suas vedações, agin-
do livro de notas para escrituras diversas número Oitenta e Dois, foi la- representam, entrou na posse e fruição do identificado prédio há muito mais 870, e marido CARLOS AUGUSTO GOMES, NIF 184 498 422, casados do assim, sempre com ânimo de quem exerce direito próprio, na convicção
vrada uma escritura de justificação, na qual compareceram como ou- de vinte anos, sempre esteve e a tem mantido desde o seu início, usufruindo sob o regime da comunhão de adquiridos, naturais, ela da freguesia de No- de tal prédio lhes pertencer e de serem os seus verdadeiros donos, como tal
torgantes. LUÍS ANTÓNIO RODRIGUES FERNANDES, casado, na- das suas utilidades, mandando-o cultivar, limpar, colhendo os respectivos gueira, onde residem na Rua de Sampaio, 6, ele da freguesia de Rebordãos sendo reconhecidos por toda a gente, fazendo-o de boa fé por ignorarem le-
tural da freguesia de Meirinhos, concelho de Mogadouro, onde reside frutos, nomeadamente cereal e amêndoa, permitindo que os pastores da lo- ambas do concelho de Bragança, declararam: sar direito alheio, pacificamente, porque sem violência, contínua e publica-
na Rua da Vela, número 12, LUCIANO ARTUR MIGUEL, divorciado, calidade nele apascentem animais, administrando-o com ânimo de quem Que, com exclusão de outrem, são donos e legítimos possuidores do prédio mente, à vista e com o conhecimento de todos e sem oposição de ninguém.
natural da dita freguesia de Meirinhos, onde reside na Rua do Olival, núme- exercita direito próprio, de boa fé por ignorar direito alheio, pacificamente, rústico, composto de mato (pastagem), com a área de setecentos metros qua- Que dadas as enunciadas características de tal posse que, da forma indi-
ro 1, e ANTÓNIO MANUEL CORDEIRO, casado, natural da mencionada porque sem violência, pública e continuamente, à vista e com conhecimento drados, sito em “Oliedo”, freguesia de Nogueira, concelho de Bragança, a con- cada vem exercendo há mais de vinte anos, adquiriram o domínio do dito
freguesia de Meirinhos, onde também reside na Rua da Galiza, outorgando de toda a gente e sem qualquer interrupção ou oposição de quem quer que frontar de norte com Maria Tersa Gonçalves, sul com Maria Adelina Fernan- prédio por usucapião, título esse que, por sua natureza, não é susceptível de
em representação da FREGUESIA DE MEIRINHOS, titular do NIPC 507 seja, desde o inicio da referida posse. des, nascente com caminho e poente com herdeiros de Marcolino Rodrigues, ser comprovado por meios normais. Que para suprir tal título fazem esta de-
167 708, com sede no lugar e freguesia de Meirinhos, concelho de Moga- Que assim, dadas as enumeradas características de tal posse, a referida não descrito na Conservatória do Registo Predial deste concelho, conforme claração de justificação para fins de primeira inscrição no registo predial.
douro, de cuja JUNTA, são respectivamente. Presidente, Secretário e Tesou- Autarquia adquiriu o identificado prédio por usucapião, figura jurídica que certidão que da mesma apresentam, mas inscrito na respectiva matriz sob o Está conforme.
reiro, os quais na indicada qualidade declararam: invocam, justificando assim o seu direito de propriedade para efeitos de pri- artigo 2678, com o valor patrimonial tributário de € 10,00 e idêntico atribuído. Bragança, 25 de Maio de 2011.
Que a Freguesia de Meirinhos, que representam, é dona e legitima possui- meira inscrição no Registo Predial, por não ter documento que lhe permita Que o identificado prédio foi-lhes doado no ano de mil novecentos e oi- A colaboradora autorizada,
dora, com exclusão de outrem, do seguinte prédio: fazer prova do seu direito de propriedade pelos meios extrajudiciais nor- tenta e oito, já no estado de casados, por Mavilde da Conceição Fortes, mãe Elisabete Maria C. Melgo
Rústico, sito em Ribeiro de Meirinhos, na freguesia de Meirinhos, con- mais, dado o referido modo de aquisição.
celho de Mogadouro, composto de cultura arvense, com área de dois mil Está conforme o original, na parte transcrita, o que certifico.
seiscentos e oitenta e sete metros quadrados, a confrontar de norte com Ma- Mogadouro e Cartório Notarial, em 27 de Maio de 2011.
ria Adelina Roca, a sul e nascente com Ribeiro e de poente com Soporcel, A Notária, J o r na l N o r d e s t e – S e m a ná r i o R e g i o na l d e I n f o r m aç ão Que o identificado prédio foi-lhes vendido no ano de mil novecentos e oi-
inscrito na respectiva matriz sob o artigo 101 da secção L1, com o valor Fátima Mendes n .º 760 d e 31 d e M a i o d e 2011 tenta e oito, já no estado de casados, pela Junta de Freguesia de Palaçou-
NOTÁRIO lo, por mero documento particular, nunca tendo chegado a realizar a neces-
MANUEL JOÃO sária escritura pública.
SIMÃO BRAZ Que, assim, não são detentores de qualquer título formal que legitime o
J o r na l N o r d e s t e – S e m a ná r i o R e g i o na l d e I n f o r m aç ão dos Galegos, composto de cultura arvense, com área de seis mil duzentos domínio do mencionado prédio.
n .º 760 d e 31 d e M a i o d e 2011 e dezoito metros quadrados, a confrontar de norte com António Augusto EX T R AC TO Que, não obstante isso, logo desde meados desse ano de mil novecentos
CARTÓRIO NOTARIAL Mendes, de sul com Luís Maria Lopes, e de nascente e poente com caminho, e oitenta e oito, passaram a utilizar o referido prédio, gozando de todas as
Certifico, narrativamente, para efeitos de publicação, que por escritura
DE MOGADOURO inscrito na respectiva matriz sob o artigo 38 da secção E, com valor patrimo- utilidades por ele proporcionadas, guardando nele seus haveres, efectuando
de hoje, exarada de folhas cinquenta e uma a cinquenta e duas do respec-
nial de 11,94€ e o atribuído de quinhentos euros. regularmente obras de conservação e reparação, como substituição de ele-
NOTÁRIA: FÁTIMA MENDES tivo livro número duzentos e quatro, FRANCISCO ARISTIDES FONSE-
Que nenhum dos identificados prédios se encontra descrito na Conser- mentos danificados e de benfeitorização, agindo assim, sempre com ânimo
EXTRACTO PARA PUBLICAÇÃO CA, NIF 163 712 636, e mulher TERESA DA RESSURREIÇÃO RODRI-
vatória do Registo Predial de Mogadouro, a cuja área pertencem, somam de quem exerce direito próprio, na convicção de tal prédio lhes pertencer e
GUES FONSECA, NIF 163 712 620, casados sob o regime da comunhão
Certifico, para efeitos de publicação, que no dia trinta de Maio de dois os ditos prédios o valor patrimonial global de 25,01 € e o atribuído de mil de serem os seus verdadeiros donos, como tal sendo reconhecidos por toda a
de adquiridos, naturais, ele da freguesia de Atenor, ela da freguesia de Pa-
mil e onze, no Cartório Notarial de Mogadouro, sito no Palácio da Justiça, cento e cinquenta euros. gente, fazendo-o de boa fé por ignorarem lesar direito alheio, pacificamen-
laçoulo, onde residem na Rua das Latas, n.º 32, ambas do concelho de Mi-
na freguesia e concelho de Mogadouro, de fls. 70 a fls. 72, verso, do livro de Que os referidos bens imóveis vieram à posse dos justificantes, já no es- te, porque sem violência, contínua e publicamente, à vista e com o conheci-
randa do Douro, declararam:
notas para escrituras diversas número Oitenta e Dois, foi lavrada uma escri- tado de casados, por volta do ano de mil novecentos e oitenta e oito, por mento de todos e sem oposição de ninguém.
Que, com exclusão de outrem, são donos e legítimos possuidores do pré-
tura de justificação, na qual compareceram como outorgantes, ANTÓNIO doação meramente verbal que lhes foi feita pelos pais da justificante mulher, Que dadas as enunciadas características de tal posse que, da forma indi-
dio urbano, composto de edifício para comércio de um piso e logradouro,
MARIA PRETO, NIF 104 513 179, e mulher MARIA ISABEL FALCÃO António Joaquim Falcão e mulher, Ernestina dos Anjos Falcão, residentes cada vêm exercendo há mais de vinte anos, adquiriram o domínio do dito
com a superfície coberta de duzentos metros quadrados e descoberta, cor-
PRETO, NIF 190 253 592, casados sob o regime da comunhão de adqui- no lugar de Vila dos Sinos, freguesia de Vilarinho dos Galegos, concelho prédio por usucapião, título esse que, por sua natureza, não é susceptível de
respondente a logradouro, de cinquenta metros quadrados, sito na “Rua das
ridos, ambos naturais da freguesia de Vilarinho dos Galegos, concelho de de Mogadouro, sendo ele actualmente já falecido, nunca tendo porém sido ser comprovado por meios normais. Que para suprir tal título fazem esta de-
Latas”, freguesia de Palaçoulo, concelho de Miranda do Douro, a confron-
Mogadouro, residentes na Rua Foros de Amora, número 27, segundo andar realizada a competente escritura de doação. claração de justificação para fins de primeira inscrição no registo predial.
tar de norte, sul e poente com terreno público e nascente com Mário de Je-
direito, na Cruz de Pau, freguesia de Amora, concelho do Seixal, habitual- Que assim, e não obstante a falta de título, os justificantes desde logo en- Está conforme.
sus Alves, não descrito na Conservatória do Registo Predial de Miranda do
mente e temporariamente residentes no lugar de Vila dos Sinos, freguesia traram na posse dos ditos bens imóveis, pelo que os possuem há mais de vin- Bragança, 26 de Maio de 2011.
Douro, conforme certidão que apresentam, mas inscrito na respectiva ma-
de Vilarinho dos Galegos, concelho de Mogadouro, os quais declararam: te anos em nome próprio, na convicção de serem os únicos donos e plena- A colaboradora autorizada,
triz sob o artigo 673, pendente de avaliação fiscal e ao qual atribuem o valor
Que são donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, dos se- mente convencidos de que não lesavam quaisquer direitos de outrem, à vista Elisabete Maria C. Melgo
de dois mil e quinhentos euros.
guintes prédios, todos sitos na freguesia de VILARINHO DOS GALEGOS, de toda a gente e sem a menor oposição de quem quer que fosse desde o
concelho de Mogadouro: início dessa posse, a qual sempre exerceram sem interrupção, gozando todas
Um – Prédio rústico, sito em Cargadeiros, na referida freguesia de Vi- as utilidades por eles proporcionadas, com o ânimo de quem exercita direito
larinho dos Galegos, composto de cultura arvense, com área de quatro mil próprio, nomeadamente, neles lavrando, plantando, tratando e colhendo os J o r na l N o r d e s t e – S e m a ná r i o R e g i o na l d e I n f o r m aç ão teiro, já falecido, residente que foi na aludida freguesia de Algoso, por con-
novecentos e seis metros quadrados, a confrontar de norte com António Joa- respectivos frutos, como azeitona, uvas, cereal, batata, feijão e outros pro- n .º 760 d e 31 d e M a i o d e 2011 trato de compra e venda meramente verbal, nunca tendo chegado a realizar
quim Falcão, de sul com Abílio Augusto Gonçalves, nascente com Francis- dutos agrícolas, cortando o mato, silvas e lenha e procedendo a outros actos
NOTÁRIO a necessária escritura pública.
co Maria Pinto de poente com Manuel António Alves, inscrito na respectiva de limpeza, praticando assim os mais diversos actos de uso, fruição e defesa
MANUEL JOÃO Que, assim não são detentores de qualquer título formal que legitime o
matriz sob o artigo 257 da secção E, com o valor patrimonial de 4,90 € e o dos mesmos, à vista de toda a gente e portanto de eventuais interessados,
SIMÃO BRAZ domínio do mencionado prédio.
atribuído de trezentos euros; tudo como fazem os verdadeiros donos, sendo por isso uma posse de boa fé,
Que, não obstante isso, logo desde meados desse ano de mil novecentos e
Dois – Prédio rústico, sito em Cabana, na referida freguesia de Vilari- pacífica, contínua e pública, pelo que, dadas as enumeradas características EX T R AC TO oitenta e nove, passaram a utilizar a referida casa, gozando de todas as utili-
nho dos Galegos, composto de cultura arvense e prado natural, com área de de tal posse, adquiriram por usucapião os identificados prédios, figura jurí-
Certifico, narrativamente, para efeitos de publicação, que por escritura dades por ela proporcionadas, guardando nela seus haveres, efectuando re-
catorze mil quinhentos e vinte e quatro metros quadrados, a confrontar de dica que invocam, por não poderem fazer prova do seu direito de proprieda-
de hoje, exarada de folhas cinquenta e oito a cinquenta e nove do respecti- gularmente obras de conservação e reparação, como substituição de elemen-
norte com Francisco Maria Pinto, de sul e poente com José Francisco Preto de pelos meios extrajudiciais normais, dado o referido modo de aquisição.
vo livro número duzentos e quatro, CARLOS MANUEL NOGUEIRA DOS tos danificados e de benfeitorização, agindo assim, sempre com ânimo de
e a nascente com Rosalina Anjos Pêra, inscrito na respectiva matriz sob o Está conforme o original, na parte transcrita, o que certifico.
SANTOS, NIF 139 177 116, e mulher ALDA DOS PRAZERES AFONSO quem exerce direito próprio, na convicção de tal prédio lhes pertencer e de
artigo 429 da secção A, com o valor patrimonial de 8,17 €, e o atribuído de Mogadouro e Cartório Notarial, em 30 de Maio de 2011.
FERREIRA DOS SANTOS, NIF 201 715 058, casados sob o regime da co- serem os seus verdadeiros donos, como tal sendo reconhecidos por toda a
trezentos e cinquenta euros; e A Notária,
munhão de adquiridos, naturais, ele da freguesia de Orgens, concelho de Vi- gente, fazendo-o de boa fé por ignorarem lesar direito alheio, pacificamen-
Três – Prédio rústico, sito em Fonte Nova, na dita freguesia de Vilarinho Fátima Mendes
seu, ela da freguesia de Algoso, onde residem no Largo Jacinto de Oliveira, te, porque sem violência, contínua e publicamente, à vista e com o conheci-
s/n, concelho do Vimioso, declararam: mento de todos e sem oposição de ninguém.
Que, com exclusão de outrem, são donos e legítimos possuidores do pré- Que dadas as enunciadas características de tal posse que, da forma indica-
dio urbano, composto de casa de um piso, com a superfície coberta de cento e da vêm exercendo há mais de vinte anos, adquiriram o domínio do dito pré-
J o r na l N o r d e s t e – S e m a ná r i o R e g i o na l d e I n f o r m aç ão escrituras de compra e venda que comprovem tais transmissões, pelo que quarenta e sete metros quadrados, sito no Largo Jacinto de Oliveira, freguesia dio por usucapião, título esse que, por sua natureza, não é susceptível de ser
n .º 760 d e 31 d e M a i o d e 2011 não são detentores de qualquer título formal que legitime o seu direito e de Algoso, concelho de Vimioso, a confrontar de norte com rua pública, sul e comprovado por meios normais.
CARTÓRIO NOTARIAL domínio sobre os prédios acima identificados. poente com Manuel Joaquim Lopes Fernandes e nascente com caminho pú- Que para suprir tal título fazem esta declaração de justificação para fins
DE MOGADOURO Que apesar de nunca terem realizado as respectivas escrituras de compra blico, não descrito na Conservatória do Registo Predial de Vimioso, conforme de primeira inscrição no registo predial.
e venda, logo nos referidos anos entraram na posse dos ditos prédios pelo certidão que apresentam, mas inscrito na respectiva matriz sob o artigo 234, Está conforme.
NOTÁRIA: FÁTIMA MENDES
que passaram os justificantes a possuir os citados bens imóveis no pleno pendente de avaliação fiscal ao qual atribuem o valor de mil e quinhentos euros. Bragança, 27 de Maio de 2011.
EXTRACTO PARA PUBLICAÇÃO gozo das utilidades por eles proporcionadas, nomeadamente neles lavrando, Que o identificado prédio foi-lhes vendido no ano de mil novecentos e oi- A colaboradora autorizada,
Certifico, para efeitos de publicação, que no dia vinte e seis de Maio plantando, limpando, cultivando, tratando e colhendo os frutos dele prove- tenta e nove, já no estado de casados, por Francisco António Galhardo, sol- Elisabete Maria C. Melgo
de dois mil e onze, no Cartono Notarial de Mogadouro, sito no Palácio da nientes, designadamente azeitona, amêndoa, batata, feijão, lenha e outros
Justiça, na freguesia e concelho de Mogadouro, de fls. 52 a fls. 54, verso, produtos agrícolas, cortando mato e silvas e procedendo a outros actos de
do livro de notas para escrituras diversas número Oitenta e Dois, foi lavra- limpeza, considerando-se e sendo considerados como seus únicos donos,
da uma escritura de justificação, na qual compareceram como outorgantes, na convicção de que não lesavam quaisquer direitos de outrem, tendo a sua
FERNANDO AUGUSTO CABRAL, NIF 133 152 847, e mulher MARIA actuação e posse sido continua, de boa fé, pacífica porque sem violência, J o r na l N o r d e s t e – S e m a ná r i o R e g i o na l d e I n f o r m aç ão tenta e oito, no estado de casados, por Maria Inácia Fernandes e José Joa-
n .º 760 d e 31 d e M a i o d e 2011 quim Cangueiro, residentes na aludida freguesia de Palaçoulo, por contrato
JÚLIA ALEIXO, NIF 133 152 855, casados sob o regime da comunhão sem oposição de quem quer que fosse, à vista de toda a gente, e portanto de
geral de bens, ambos naturais da freguesia de Castro Vicente, concelho de eventuais interessados, ostensivamente e com conhecimento da generalida- NOTÁRIO de compra e venda meramente verbal, nunca tendo chegado a realizar a ne-
Mogadouro, lugar onde residem, os quais declararam: de das pessoas que vivem na freguesia onde se situam os prédios, e tudo isto MANUEL JOÃO cessária escritura pública.
Que são, com exclusão de outrem, donos e legítimos possuidores dos por lapso de tempo superior a vinte anos. SIMÃO BRAZ Que, assim, não são detentores de qualquer título formal que legitime o
seguintes bens imóveis, ambos SITOS NA FREGUESIA DE CASTRO VI- Que esta posse em nome próprio, de boa fé, pacífica, contínua e pública, domínio do mencionado prédio.
EX T R AC TO Que, não obstante isso, logo desde meados desse ano de mil novecentos
CENTE, concelho de Mogadouro: desde há mais de vinte anos, conduziu à aquisição dos identificados prédios
Um – Prédio rústico, sito em Santa Ana, ou Sant’Ana, na indicada fre- por usucapião, figura jurídica que expressamente invocam, para estabeleci- Certifico, narrativamente, para efeitos de publicação, que por escritura de e oitenta e oito, passaram a utilizar o referido prédio, gozando de todas as
guesia, composto de cultura arvense, amendoeiras, oliveiras e horta, com mento de novo trato sucessivo relativamente à metade do prédio identifica- hoje, exarada de folhas quarenta e nove a cinquenta do respectivo livro nú- utilidades por ele proporcionadas, guardando nele seus haveres, efectuando
área de quinze mil novecentos e trinta e sete metros quadrados, a confrontar do na verba um e para primeira inscrição na competente Conservatória do mero duzentos e quatro, LUÍS JOSÉ MARTINS, NIF 176 348 000, e mulher regularmente obras de conservação e reparação, como substituição de ele-
de norte com Teresa Cunha, de sul com Pedro Acácio, de nascente com Rio Registo Predial da outra metade indivisa do mesmo prédio bem como do AURORA TRINDADE RAIMUNDO MARTINS, NIF 188 029 079, casa- mentos danificados e de benfeitorização, agindo assim, sempre com ânimo
e de poente com Perpétua Alexandrina, inscrito na respectiva matriz sob o restante prédio identificado nesta escritura, por não poderem fazer prova dos sob o regime da comunhão de adquiridos, ambos naturais da freguesia de quem exerce direito próprio, na convicção de tal prédio lhes pertencer e
artigo 191 da secção I, com o valor patrimonial de 48,27 €, a que atribuem do seu direito de propriedade pelos meios extrajudiciais normais, dado os de Palaçoulo, onde residem na Rua das Eiricas, n.º 44, concelho de Miran- de serem os seus verdadeiros donos, como tal sendo reconhecidos por toda a
o valor de mil e quinhentos euros, descrito na Conservatória do Registo Pre- referidos modos de aquisição. da do Douro, declararam: gente, fazendo-o de boa fé por ignorarem lesar direito alheio, pacificamen-
dial de Mogadouro sob o número mil quatrocentos e doze – Castro Vicente, Quanto ao prédio identificado na verba número um, cuja aquisição de Que, com exclusão de outrem, são donos e legítimos possuidores do pré- te, porque sem violência, contínua e publicamente, à vista e com o conheci-
mostrando-se registada a aquisição de metade indivisa do mesmo a favor metade se mostra registada na competente Conservatória do Registo Predial, dio urbano, composto de edifício para comércio de um piso, com a su- mento de todos e sem oposição de ninguém.
de Inês das Neves Branco, casada com Manuel Augusto da Silva Graça, foi efectuada a notificação da titular inscrita, e/ou a de seus eventuais herdei- perfície coberta de trinta e dois metros quadrados, sito na “Rua das Eiri- Que dadas as enunciadas características de tal posse que, da forma indi-
residente no Brasil, conforme inscrição com a apresentação número um de ros, exigida pelo artigo 99.º do Código do Notariado. cas”, freguesia de Palaçoulo, concelho de Miranda do Douro, a confrontar cada vêm exercendo há mais de vinte anos, adquiriram o domínio do dito
vinte e sete de Novembro de mil novecentos e sessenta e um; e Está conforme o original, na parte transcrita, o que certifico. de norte com Estrada Nacional, sul com José Joaquim Raimundo, nascen- prédio por usucapião, título esse que, por sua natureza, não é susceptível de
Dois – Prédio rústico, sito em Sant’Ana, na indicada freguesia de Castro Mogadouro e Cartório Notarial, em 26 de Maio de 2011. te com Manuel do Nascimento João e poente com servidão particular, não ser comprovado por meios normais. Que para suprir tal título fazem esta de-
Vicente, composto de cultura arvense, com área de quinze mil setecentos e A Notária, descrito na Conservatória do Registo Predial de Miranda do Douro, con- claração de justificação para fins de primeira inscrição no registo predial.
cinquenta metros quadrados, a confrontar de norte e poente com Junta de Fátima Mendes forme certidão que apresentam, mas inscrito na respectiva matriz sob o ar- Está conforme.
Freguesia, de sul com Manuel António Mendes e de nascente com Rio, ins- tigo 734, pendente de avaliação fiscal e qual atribuem o valor de duzen- Bragança, 26 de Maio de 2011.
crito na respectiva matriz sob o artigo 183 da secção I, com o valor patrimo- tos e cinquenta euros. A colaboradora autorizada,
nial de 5,16 € e atribuído de quinhentos euros, não descrito na Conservatória J o r na l N o r d e s t e – S e m a ná r i o R e g i o na l d e I n f o r m aç ão Que o identificado prédio foi-lhes vendido no ano de mil novecentos e oi- Elisabete Maria C. Melgo
n .º 760 d e 31 d e M a i o d e 2011
do Registo Predial de Mogadouro a cuja área pertence.
Que somam os identificados bens imóveis o valor patrimonial de 53,43 € TRIBUNAL JUDICIAL
e o total atribuído de dois mil euros. DE BRAGANÇA
Que apesar do prédio identificado na verba um, descrito na Conservatória
do Registo Predial competente, se encontrar registado quanto a metade a fa-
1.º Juízo
Praça Prof. Cavaleiro de Ferreira – 5301-860 Bragança
SEDE: ARMAZÉNS:
vor da referida Inês das Neves Branco, efectivamente o dito prédio pertence
na sua totalidade a eles justificantes, assim como também lhes pertence o
Telef. 273 310 000 • Fax: 273 326 046 • Mail: braganca.tc@tribunais.org.pt
Av. Nossa Av. do sabor
ANÚNCIO
prédio identificado na verba dois.
Que desconhecem se a referida titular inscrita é ou não já falecida, bem    Interdição/ N/Referência:
Sr.ª do Telemóveis:
como desconhecem qual sua actual residência nem a dos seus eventuais
herdeiros, apesar de todas as diligências que fizeram no sentido de obter
Processo: 641/11.3TBBGC    /Inabilitação

1767167
Data: 22-05-2011 Caminho, 36 939876162/3/4
tais informações.
Que adquiriram ambos os referidos prédios, já no estado de casados, do Requerente: Ministério Público
Requerida: Anilda das Graças Cavaleiro
MOGADOURO SERVIÇOS DE
modo seguinte:
Em dia e mês que não podem precisar do ano de mil novecentos e se- Faz-se saber que foi distribuída neste tribunal, a acção de Interdição/ Telefone: ASS. TÉCNICA:
tenta, portanto há mais de vinte anos, os requerentes, adquiriram o prédio
identificado na verba número um por compra meramente verbal que fizeram
/Inabilitação em que é requerido Anilda das Graças Cavaleiro, com re-
tELEFONE:
a José Francisco Branco e mulher Maria do Nascimento Rego, os quais
sidência em domicílio: Caravela, São Julião de Palácios, São Julião
279 343 635
haviam adquirido anteriormente a metade do mesmo prédio à referida Inês
de Palácios, 5300-872 Bragança, para efeito de ser decretada a sua in-
terdição por anomalia psíquica. 279 343 595
das Neves Branco, tendo posteriormente, por volta do ano de mil novecentos
e oitenta sido por eles verbalmente comprado também o prédio identificado
O Juiz de Direito,
Dr. João Pedro Ferreira
Telemóvel: tELEMÓVEL:
em último a António Joaquim Amaral, casado com Glória da Conceição
Braz, residentes em Castro Vicente, inexistindo no entanto as respectivas
O Oficial de Justiça,
Maria Goreti Padrão P. Pousa
939 876 163 939 876 162

14 31 de Maio de 2011 JORNAL NORDESTE


NORDESTE Rural

Ronda pelas adegas mirandesas


FRANCISCO PINTO
VOZES
Atenor deu Ana Rodrigues
a conhecer Artesã
antigas
“Agora só faço
profissões queijo em dias de
e velhos festa. Mas há 15 ou
costumes 16 anos fazia-o com
frequência. Já não
do Planalto temos cabras e, por
esse motivo, não há
Antigas pro- matéria-prima para
fissões e velhos fazer o queijo. É preciso ter algum
costumes atraí- gosto naquilo que se está a fazer”.
ram algumas de-
zenas de pessoas
à pequena aldeia Albertina Fernandes
de Atenor, no Padeira
concelho Miran-
da do Douro. “Antigamen-
No passado te fazia muito pão
sábado, nem o para consumo de
calor que se faz casa. No entanto,
z Sabores e saberes de outros tempos estiveram em destaque
sentir ao longo de agora só faço de vez
todo dia no Pla- tradicional foram outros dos produ- tantes por passeios pelas imediações em quando. Hoje
nalto Mirandês, afastou os visitantes tos que deliciaram o grupo envolvido da freguesia. é um dia especial
dos locais onde se fazia o pão e o quei- nas actividades. A título de curiosidade, refira- porque assim aju-
jo ou dos locais onde se conservam os Mais abaixo, mãos habilidosas e se que a freguesia tem contrariado do nos preparati-
enchidos ou os vinhos regionais. desenrascadas de uma outra mulher a desertificação com uma subida da vos da festa. Já fiz três fornadas ao
Numa espécie de arruada, com moldavam o queijo segundo métodos população em cerca de 12 por cento longo de todo o dia. É uma tarefa
as tradicionais gaitas de fole a servir tradicionais. A pastora sempre foi di- nos últimos dois anos, não à custa do trabalhosa ”.
de banda sonora que animavam os zendo que as mulheres de agora não aumento da natalidade, pois só existe
convivas, os participantes puderam são como as de antigamente, “prefe- um bebé na localidade, mas através
degustar e apreciar os produtos aca- rem comprar as coisas, do que sujar da fixação de jovens oriundos de ou-
Jorge Lira
bados de confeccionar. as mãos a fazê-las”. tras zonas do País. Alguns deles estão Arquitecto
A denominada “Ronda das Ade- ligados a associações agro-pecuária,
gas” serviu de chamariz para os apre- “Eu já ando
Atenor contraria desertificação nomeadamente de Protecção do
pelo Planalto Mi-
ciadores dos prazeres de Baco, que Gado Asinino
de copo na mão entravam nas antigas com subida da população em randês desde os
“Tem havido uma procura de
adegas para apreciar os vinhos pro- cerca de 12 por cento casas para recuperar por parte das meus 16 anos. Há
duzidos na região. pessoas que vêm do litoral em busca pouco tempo re-
E como diz o ditado popular, A iniciativa serviu ainda para de um pouco de qualidade de vida”, solvi comprar uma
“haja saúde e coza o forno”, algumas “dar a conhecer” um pouco das tra- explica o presidente da Junta de Fre- casa em Atenor, a
mulheres da aldeia puseram mãos à dições e formas de vida ainda em uso guesia de Atenor, Moisés Pêra Fer- qual vou recupe-
obra e durante dia foram várias as na aldeia. nandes. rar. Fica mesmo ao
fornadas de pão que saíram dos for- E não fosse Atenor a capital do O teatro de rua e a música tra- pé da igreja. Com o tempo fui ad-
nos. gado asinino do Planalto Mirandês, dicional animaram os presentes na quirindo alguns terrenos e tenho
O mel, o sabão, os sabonetes de os dóceis animais também se asso- ronda pela noite dentro sempre em mais projectos para desenvolver
leite de burra, os enchidos, a doçaria ciaram à festa, transportando os visi- ambiente festivo. nesta zona”.

31 de Maio de 2011 JORNAL NORDESTE 15


NORDESTE Rural

Azeite transmontano soma e segue


Associação de Olivicultores ninho M.P. Biológico; Tétribérica,
S.A. – Acushla Trás-os-Montes DOP
congratula-se com No 5th International Olive Oil
os resultados obtidos Competition Armonia – ALMA Tro-
phy organizado pela International
em Portugal e Itália Extravirgin Oliveoil Agency (http://
www.oliveoilagency.org), em Itália, o
Já são conhecidos os primeiros Azeite de Trás-os-Montes DOP obte-
resultados do Concurso Nacional de ve um Diploma di Gran Menzione na
Azeite Virgem Extra, que se realizou categoria de Frutado Médio, através
no passado dia 16, na 48.ª Feira Na- do Acushla, produzido pela Tetribéri-
cional de Agricultura de Santarém. ca – Agricultura Biológica SA.
Num total de 101 azeites perten-
centes a 83 produtores, a região de
Trás-os-Montes e Douro esteve re-
Azeite de Trás-os-Montes DOP
presentada com 47 rótulos, tendo ob- mais uma vez o reconhecido
tido 15 prémios na competição Azeite num concurso internacional
Virgem Extra e o pleno em Modo de
Produção Biológico. O Azeite de Trás-os-Montes DOP
Azeites Virgem Extra premiados: Quinta de Vale do Conde, produzido
Adega Cooperativa Freixo Espada à pela Sociedade Agrícola do Conde,
Cinta CRL – Montes Ermos; Adega Lda de S. Pedro de Vale do Conde,
Cooperativa Freixo Espada à Cinta em Mirandela, obteve também um
CRL – Montes Ermos Grande Esco- Diploma di Gran Menzione na cate-
lha; Casa Agrícola Roboredo Madeira z Quinta Vale do Conde e Acushla foram duas das marcas distinguidas goria de Frutado Intenso.
– CARM Trás-os-Montes DOP; Co- O Acushla foi ainda classificado
operativa Agrícola Alfândega da Fé, DOP; Jerónimo de Abreu e Lima la dos Lopes Trás-os-Montes DOP em Terceiro lugar no Prémio para o
CRL – Terras  de Alfândega Trás-os- – Magna Olea; Maria Adelaide Tri- Sociedade Agrícola do Conde, Lda. - melhor impacto comunicativo, de-
Montes DOP; Cooperativa Oliviculto- go - Quinta do Couquinho Trás-os- Quinta Vale do Conde Trás-os-Mon- sign da embalagem, da imagem grá-
res de Valpaços, CRL – Rosmaninho ‑Montes DOP; Maria Antónia de Al- tes DOP; Wine & Soul, Lda. – Pintas. fica do rótulo e do packaging.
M. P. Biológico: Cooperativa Olivi- meida – D´Avantos Trás-os-Montes Modo Produção Biológico: Co- “Mais uma vez fica confirmada a
cultores de Valpaços, CRL – Rosma- DOP; Quinta da Romaneira - Quinta operativa Oliv. Freixo Numão CRL qualidade dos azeites regionais e a
ninho Trás-os-Montes DOP; Coope- da Romaneira; Quinta Passadouro, – Casa Grande M.P. Biológico Trás- capacidade de valorização  no merca-
rativa Olivicultores Freixo de Numão Lda. – Quinta do Passadouro; Ro- ‑os-Montes DOP; Cooperativa Olivi- do internacional de qualidade”, refe-
CRL – Casa Grande Trás-os-Montes ger F. Heleno Lopes – Casa Agríco- cultores de Valpaços, CRL – Rosma- re um comunicado da AOTAD.

Legislativas 2011

Grande debate em directo com


os candidatos das cinco forças
políticas, dia 1 de Junho,
4.ª feira, das 9:00 às 11:00 h.

16 31 de Maio de 2011 JORNAL NORDESTE


NORDESTE Rural

Descontentamento no Dia do Agricultor VOZES


José Aníbal da Encarnação
SUZANA RODRIGUES
Vale da Porca
“Temos condi-
Homens da lavoura reúnem ções para produzir,
mas não temos es-
em Macedo de Cavaleiros e coamento. Noutros
reivindicam mais apoios tempos cultivava
cenouras, batatas,
A “Fixação e instalação de jovens azeite e criava de
agricultores e apoios do PRODER” gado para venda.
foi o tema do debate que a Câmara Hoje só produzo
Municipal de Macedo de Cavaleiros azeite e continuo com o gado. Produ-
organizou no âmbito do Dia do Agri- zo à volta de dois mil litros de azeite,
cultor. mas antigamente a cooperativa pa-
José Matias, da Direcção Regio- gava 750 escudos e agora 1.80€ por
litro. Tudo o resto encareceu”.
nal de Agricultura e Pescas do Norte,
explicou as novas regras do PRODER
para atrair jovens agricultores para o z Mais de 300 tractores marcaram presença no Parque de Feiras e Exposições Adelino Miranda
sector, tais como o aumento da taxa Vale da Porca
de subsídio ou alteração do valor do lhecimento da população e da pouca pela sétima vez consecutiva. “Reú- “Actualmente
prémio à instalação de jovens agri- entrada de jovens no sector agrícola. nem-se agricultores com diferentes não vale a pena cul-
cultores, que agora é atribuído em Reconhecemos que não é apelativo. problemas, que aqui podem debater tivar porque depois
função do valor do financiamento de O rendimento obtido na agricultura os seus pontos de vista, partilhar in- não temos para onde
cada projecto. é baixo comparado com outras alter- teresses e procurar soluções com os enviar os produtos.
No entanto, os agricultores em Os jovens não têm
nativas e a falta de apoios e estímulos técnicos das associações, o que lhes
geral mostram-se descontentes com hipótese. Depois de
têm sido decisivos para esta realida- reforça o ânimo”.
a falta de atenção que o Governo e verem o problema
de”, lamenta o presidente da Câmara Ao longo de todo o dia estiveram
que nós temos, quem vai meter-se
pela falta de condições financeiras Municipal de Macedo de Cavaleiros, presentes mais de cinco centenas de na agricultura? O Governo não in-
para continuar a trabalhar. “O aban- Beraldino Pinto. agricultores e mais de 300 tractores, centiva nem cria boas medidas para
dono da agricultura é uma realidade O autarca realça as vantagens do que terminaram o dia com uma gin- manter e trazer jovens agricultores.”
preocupante, que resulta do enve- Dia do Agricultor, que se realizou cana e um desfile.

Caminhada une Portugal e Espanha


FRANCISCO PINTO mara Municipal de Miranda do Dou- “O passeio foi interessante, ape-
ro, Artur Nunes, disse que o passeio sar da chuva que nos acompanhou,
serviu para unir os povos da raia e não nos impediu de descobrir as be-
Cerca de 350 pessoas cami- alertar as pessoas para a importância lezas naturais de uma região rica do
nharam para aproximar as de salvaguardar os valores naturais, ponto do vista ambiental com é o
ambientais e culturais destas duas re- Douro Internacional”, sublinhou Ale-
povoações transfronteiriças gião ibéricas. xandra Mangas, uma caminheira vin-
do Douro Internacional Do lado espanhol, a representan- da de Trabanca, na região espanhola
te dos jovens castelhanos, Laura Pe- de Salamanca.
Cerca de 350 caminheiros, portu- z Grupo a caminho das Arribas do Douro rez, salientou a “igualdade de géne- Os mais descontraídos apro-
gueses e espanhóis, participaram an- ro” entre as populações da raia, como veitaram para fazer o percurso de
teontem na I Caminhada Transfron- Para animar os participantes, “forma de criar oportunidades entre burro, já que uma associação local
teiriça, que ligou Miranda do Douro marcaram presença os pauliteiros homens e mulheres em ambos os la- disponibilizou este meio de trans-
ao castro de São João das Arribas, de Miranda do Douro e um grupo de dos da fronteira”. porte para divulgar esta raça au-
em pleno Parque Natural do Douro tamborileiros vindos da província es- Uns em passo cadenciado, outros tóctone.
Internacional. panhola de Salamanca, grupos folcló- num ritmo mais acelerado, os partici- A caminhada foi organizada pela
Com o rio Douro em pano de fun- ricos, que aproveitaram a passagem pantes chegaram ao final da caminha “Asociación Juvenil Las Arribes del
do, os caminheiros percorreram oito dos participantes, para dar a conhe- “satisfeitos” com a beleza da paisa- Duero”, em estreita colaboração com
quilómetros em pouco mais de hora cer o folclore e a etnografia de ambas gem e as cores “alegres e vivas” que a Câmara de Miranda do Douro e
meia e nem a chuva os impediu de as regiões transfronteiriças. pintam a região do Parque Natural com o Agrupamento de Cooperação
chegar ao fim. Por seu lado, o presidente da Câ- do Douro Internacional. Territorial Duero/Douro.

31 de Maio de 2011 JORNAL NORDESTE 17


opinião

Os animais ferozes também se abatem


nas partidárias acenam aos incautos. impudicamente à infame “disciplina para remendar os erros absurdos
O “voto útil” é uma falácia criada partidária”. Sem maioria absoluta, com que demoliu Portugal. Por isso,
pelos dois maiores partidos. E é so- o Parlamento readquire uma maior José Sócrates bombardeia os adver-
Paula Romão bretudo um atestado de menoridade prática negociadora, capaz de criar sários, seguindo a velha táctica do
aos eleitores portugueses a quem PS compromissos e retomar a consciên- ataque tão arrasador quanto vazio
e PSD querem convencer de que a in- cia política adormecida, há muito, no que pretende desmoralizar e anular
Foi bastante esclarecedora a rea- governabilidade e o caos vão assentar povo português. quaisquer arremessos que lhe sejam
lização de debates televisivos entre os arraiais onde eles não governarem. Olhando os anos do governo de feitos. “Eles não se importam com
líderes dos cinco partidos com assen- Querendo esses mesmos partidos maioria absoluta de José Sócrates, Portugal”, “eles estão sempre a deitar
to parlamentar. Foram dez debates fazer esquecer que a situação actual quem pode querer repetir o modelo? abaixo”, “eles só sabem criticar”, diz.
em frente a frente que constituíram vivida pelo país é uma consequência Quem pode sequer suportar a ideia José Sócrates é um verdadeiro
uma forma de confrontar não apenas de mais de trinta anos de governa- de ter uma reedição de um primei- caso de estudo (não o seu próprio,
os cabeças de cartaz do “voto útil”, ções entrincheiradas entre socialistas ro-ministro prepotente, autoritário, que não primou pela quantidade nem
mas também os outros, os que nor- e sociais-democratas. cegamente reformista, incapaz de pela qualidade, como se sabe), que
malmente não são vistos como “can- Um governo minoritário é uma negociar e tão absurdamente auto- deveria ser analisado pelos especia-
didatos a primeiro-ministro”. Ou demonstração pedagógica de matu- ‑complacente ao ponto de afirmar listas em comportamento. Irrita-se
porque não usam gravata ou porque ridade política. É uma forma de os que “ainda está para nascer um pri- tão depressa como se vitimiza, con-
têm os dentes demasiado brancos ou portugueses finalmente compreen- meiro-ministro que faça melhor do serva um patético apego ao poder e…
porque nunca tiraram um curso. derem e aceitarem a necessidade de que eu”? Aliás, com essa frase sobre das duas uma: ou acredita no que diz
É certo que Sócrates não é o me- se emanciparem de um “pai” que os si próprio, José Sócrates esclarece (o que, atendendo aos estragos que
lhor exemplo de alguém que tirou um olha como seres acéfalos por cuja os mais distraídos, mostrando a sua fez no país, é muito, muito grave) ou
curso, mas o seu olhar arregalado de cabeça é preciso pensar em nome de incapacidade de auto-crítica. E reve- mente como um profissional (o que
inocência mal fintada quase engana um suposto “conforto” acomodado. lando a arrogância de quem se olha não o recomenda para coisa alguma a
os distraídos. E ele e o seu principal (Quem foi o pensador que afirmou como alguém cujo carácter excep- não ser talvez para promissor actor de
adversário ostentam o melhor sorri- que “quem troca a liberdade pelo cional legitimaria a prepotência com alguma das telenovelas que a estação
so quando as conveniências eleitora- conforto não merece um nem ou- que investiu contra o povo português. televisiva que ele arrenegou tão afoi-
listas lançam o seu grito de alerta. É tro”?). José Sócrates não apresentou tamente mantém nas suas grelhas).
injusto, não é? Estes dois candidatos Sem maioria absoluta, o Parla- qualquer programa eleitoral. E ele Em plena intermitência postiça do
não são olhados pelo que são, mas mento ganha uma maior eficácia, sabe porquê. A sua máquina propa- período eleitoral, José Sócrates assu-
por aquilo que representam: a supos- pela sua capacidade de vigiar quais- gandística está esgotada. Já não há me que é um animal feroz. Ora, só há
ta “utilidade” de um voto olhado sem quer sinais ou tiques de abusos por medidas estonteantes, irrealistas e duas formas de não termos de lidar
confiança mas com a resignação do parte do Governo. Sem maioria ab- megalómanas a que possa continuar com um animal feroz: evitamo-lo ou
“ter de ser”, em nome da “estabilida- soluta, o Parlamento adquire uma a recorrer para falsear a ausência de abatemo-lo. As eleições do dia 5 de
de” com que as duas grandes máqui- maior dignidade, não se vergando tão ideias e estratégias concretas. Nem Junho vão permitir que isso aconteça.

Uma escolha crucial


válido para o país, em que o amado- leitor, na condução do país, nos últi- a Saúde, a Educação, bem como na
rismo e a impreparação roçam o con- mos 6 anos, mas por todos os acto- presença em sectores estratégicos –
frangedor. res políticos, começando em Cavaco como uma banca pública, sector das
João da Cruz A campanha tem sido medíocre Silva, uma injustiça gritante foi co- águas, serviço público de televisão e
em muitos aspectos, cultiva o ime- metida sobre a avaliação do governo quejandos. Foi esse estado interven-
diatismo e ausenta do discurso te- – a crise mundial foi uma machada- tivo que permitiu o colossal investi-
Passados 28 anos o nosso país mas tão importantes como os jovens, da crucial nas nossas debilidades já mento público imprimido em Trás-
encontra-se vergado, novamente, como projectarmos uma saída desta seculares. Lembro que Roosevelt, só ‑os-Montes, tendo sido José Sócrates
perante a Europa e o mundo – por crise. Mas tem o mérito de confirmar superou a crise Americana, de 1929, o único primeiro-ministro que teve
todas as causas já enunciadas – Es- o ziguezague que caracteriza o com- por via da II guerra mundial. A de a ousadia e a coragem de combater
tado, famílias e empresas endivida- portamento de PPC, que eu saliento hoje é tão nefasta e profunda como a a interioridade e impor justiça aos
ram-se a níveis ingovernáveis e neste em dois momentos lapidares: o 1.º da década de 20 do século transacto, transmontanos.
“cleptocapitalismo” os mais débeis findou com o camuflar da famigera- não olvidando que o mundo mudou É inegável que o programa da
são os primeiros, obviamente, a su- da revisão constitucional, até à que- radicalmente, e a exacerbação dos “troika” pesará na governação do
cumbir. da vertiginosa nas sondagens; o 2.º nacionalismos e a falta de solidarie- país nos próximos anos, mas que
E com este pano de fundo resva- momento – o de viragem – traduziu- dade é acção novamente presente na não restem ilusões, PPC usará esse
lamos para um caminho totalmente ‑se no evitamento do debate dessas Europa. programa como o seu livro de maus
insensato, perpetrado por uma coli- ideias durante a campanha dando lu­ Do arco do poder José Sócrates costumes, para justificar e impor a
gação negativa maioritária, que levou gar a uma política de político menor tem sido inquestionavelmente o líder sua tese obsoleta e que foi a gerado-
à convocação de eleições que poderão – o ataque veemente com recurso a mais sóbrio e esclarecido – tem dito ra da sociedade hiperindividualista
vir a revelar-se, ironicamente, como casos insignificantes e desconexos, compreender a imprescindibilidade e hiperdesigual que hoje temos, que
uma moção de censura aplicada aos uma linguagem injuriosa pessoaliza- do diálogo com todos os partidos a gerou a crise em que estamos atola-
principais responsáveis que derruba- da, sombria, centrada num homem seguir às eleições, a necessidade de dos.
ram o governo. – José Sócrates – foi por seguir esta acordos, continuando nesta Europa Dia 5 de Junho será o “Dia D”
E essa insensatez tem vindo a trajectória que Manuela Ferreira Lei- à deriva a defender os valores que a para a década em que vivemos, pelo
aclarar-se ao longo da campanha. A te perdeu. tornaram nobre e grande. que é crucial os portugueses sufraga-
esquerda à esquerda do PS mantém- A apresentação e discussão do A garantia de preservação de um rem o socialismo democrático, pela
‑se fiel à doutrina de soluções impra- programa do PSD, foi assim, atirado estado social, enquadrado na realida- confiança que lhes inspira, e impo-
ticáveis. O CDS usa e abusa da retó- para as calendas, pelo facto de cons- de que hoje vivemos, atenuador dos rem um rotundo não à crueldade e
rica oportunista e populista, e o PSD tatar que intimidava o povo, o medo desequilíbrios sociais que a socieda- iniquidade do liberalismo dito de-
navega num vazio de ideias, orienta- da “social-democracia do medo” de de inevitavelmente gera, por via de mocrático – PPC consubstancia esse
ções e alternativas. A ausência de um que falava Tony Judt. impostos progressivos, e o garante idealismo no seu pior.
projecto credível, sério e sobretudo Pode-se ter discordâncias, caro de serviços de valor absoluto – como Sábio será o povo!

18 31 de Maio de 2011 JORNAL NORDESTE


correio do leitor

Tierra, Giente i Lhéngua

Seinhas dua outra fala


leira, cuido que esta nomeada le benie de
ser de la bila de Bumioso i que inda bibe,
agora alhá pa la Fráncia, tie bien falante,
de buns tratos cun to l mundo, i acá criou
ls sous filhos i filhas, que nun falaba
cumo ls demais, arroucaba las palabras i
de a falar cul a las cousas nun las chamaba cumo nós,
scribano de cumo tal zaiuno, pita, ganado, menudas,
las finanças, berças. You cunfesso que até gustaba de
a la framácia la oubir, dou-me agora de cunta que era l
a mercar bi- facínio que tenie pula çcubierta de l falar
carbonato, al fidalgo.
soto de l tiu I nun éran muitas mais las oucasio-
Reis para taier nes d’alhargar este miu antresse i cur-
remédio pa las jidade, porque porqui nun passaba assi
parreiras. tanta giente, alguns peleiros que mercá-
De formas ban las çamarras, ls azeiteiros que ben-
que ls de fuo- dien l gaç, l xefe de ls cantoneiros puis la
ra fúrun para strada que rasga l’aldé siempre fui de la
mi las seinhas rede nacional.
eibidentes de Hai que dezir que todo esto se pas-
que habie ou- saba nesse tiempo, assi i todo nun fui hai
tro falar, para tanto, nun fui hai seclos, puode dezir-se
alhá de l mi- que fui onte, i an cuncéncia dezirmos que
randés, por- grande era l poder de la fala mirandesa,
que l daprendi que l pobo la falaba sien miedo nien ata-
na scuola to- lancadeiros. De modos que la tierra inda
maba-lo cumo ye la mesma, muitos somos desse tiempo
ua oubriga- l que yá nun fazemos siempre de l mes-
çon. I tengo mo modo ye já quemunicaçon an miran-
alguns eisem- dés, l que me deixa triste.
plos, que hoi- Quaije se puodie dezir que ye perci-
je ls relhem- so medrar para un se dar de cuonta de la
bro cun muita çcubierta de la outra fala. Nunca habie
saudade, cun screbido a respeito deste sentimiento,
muito carino. mas mais bal tarde do que nunca, cumo
N’aldé adonde naci, stábamos ne ls Naso, de Caçareilhos, de Malhadas, de Moraba an Zenízio ua tie de sue grácia diç l pobo.
anhos cinquenta ou sessenta de l seclo Dues Eigreijas, las mais acerca, a la cida- Bernardina, que tenie la nomeada de Bi- Faustino Antão
datrás, passában-se dies i dies sien que
you oubisse falar outra cousa que nun
fusse l mirandés.
A nun ser anquanto staba nas classes
de la scuola, i quaije se puode dezir que
solo andrento las quatro paredes i nun era
siempre, puis a las scundidas de la por-
sora falaba culs outros cumo an casa, ye
que falaba pertués.
I, cumo you, ls demais, ne l recreio,
ne ls jogos de la bola, de la bilharda, arco
ou cunca, puodie dezir-se que até nien
sabiemos dezir las cousas doutro modo
que nun fusse cumo las oubiemos de ls
nuossos armanos, pais, abós, puis fúrun
eilhes ls purmeiros trasmissores deste
modo de quemunicaçon.
Bibie-se un tiempo an que todo staba
ancerrado andentro ua ounidade fami-
liar, tenendo por acerca ls parientes mais
achegados i bezinos, regida por questu-
mes própios, era ua bida chena i birada
pa ls afazeres lhigados al campo, cumo
fabricar las tierras, amanhar las huortas,
binhas, tomar cunta de la cria i de ls gana-
dos, i todo esto se fazie tenendo las pes-
sonas cumo quemunicaçon la nuossa fala.
Outros meios de quemunicaçon cumo ls
que conhecemos hoije, la rádio, la telbi-
son, l telfone i ls jornales, strumientos de
fala i scrita que podien antrar neste mun-
do cerrado, nun habie, ls cuntatos solo
se fazien quando s’iba a las feiras de l

31 de Maio de 2011 JORNAL NORDESTE 19


la fuolha mirandesa

Sendineses ajúntan-se an Lisboua


Yá ye l querto anho que ls sendi- i nunca cuntou cun mais nai- ua ou cada un a la sue maneira: uas son
neses a bibir an Lisboua i alredores de para subir las arribas de tan fondas que aguántan las mais fuortes
s’ajúntan para cenar i cumbibir, cun ei- la bida. L mais deilhes éran airaçadas, ou solo raízes pacedeiras, a la
lhes lhebando muitos amigos de outras analfabetos, mas aqueilha flor de la tierra, a saber de algun çubiaco
tierras subretodo de las que stan alre- eideia, tu tira-te-me daqui, mais a la mano.
dror de Sendin. Astanho éran arrimado ancerra la mais fonda sabe- Dezido nua palabra, essa ye ua tier-
a ciento i cinquenta i ajuntórun-se ne l dorie i filosofie. Amanhando ra de lembráncias, ne l mais fondo sen-
restourante Caravela d’Ouro an Algés. l que dezie Sócrates, l outro, tido que las lembráncias ténen: quier
A tener cun eilhes fui l persidente de la l filósofo griego, al dezir – dezir, eilhas son la nuossa casa, adonde
Junta de Sendin, que lhebou l grupo de solo sei que nada sei – eilhes siempre bolbemos porque ende mos sen-
dançadores, cun gaiteiro, caixa i bom- dezien you solo sei que esta timos anteiros. I nada desto quier dezir
ba que apersentórun bárias danças a bida nun sirbe, busca outra, que séiamos contra outros campos que
muita giente assistiu, tornando-se l an- spabila-te. tamien agarremos cumo nuossos. Mas
cuontro tamien un modo de dibulgaçon I aqui stamos nós, a hai quelores, oulores, mirares, sabores,
de la nuossa cultura. A la cena houbo aporbeitar dua liçon de bida, rinconicos i hourizontes de que nunca
cuncursos de retratos i fúrun sorteados de belas que se derretírun seremos capazes de mos squecer. I todo
ls mardomaos para ourganizar la fiesta a alumbrar-mos l caminho, esso i muito mais mos defíne, tal cumo
pa l anho que ben. Parabienes als mar- dua giente que miraba pa- mos define esse ser de raianos, de frun-
domos de astanho, Catarina, Teófilo i lantre i ambentaba rezones teiriços, que miremos l outro lado çque
Paulo. para se rir alhá cun eilha i nacimos.
Cumo ls sendineses, tamien ls be- sentie proua de l feturo que Para alhá de la sue gente i de ser la
nidos de outras tierras mirandesas se stában a ajudar a albantar nuossa casa, Sendin ye tamien ua cultura,
ajúntan todos ls anhos i yá eiqui tene- para nós, nó drobados até al un modo de ber l mundo, un modo de star
mos dado ambora desso todo, cumo tal cuntina fresco cumo ourbalheira de San suolo de subir las arribas, mas cula proua i, subretodo, un modo de dezir l mundo
ls de Zenízio, de Caçareilhos i de Sa- Juan. Siempre las eisigenças de la barriga de quien abaixa las arribas, que l cuorpo cun ua léngua a que nada de armano hai
martino. lebórun ls sendineses pul mundo, quando ten que se mantener dreito cumo quien an to l mundo: la gente de quien tenemos
Para esta oucasion screbi un testico yá nien se mantenien a roubar cargas de nun ten miedo de nada. proua fala essa léngua i ten aqueilha cul-
de que eiqui deixo algues partes. leinha ou a arrendar d’ameias ou al tércio Muitos poderan-se rir, mas sei que tura, esse campo que guarda las nuossas
puls pobicos alredror i hoije hai sendine- stareis d’acordo cumigo al dezir: hai lembráncias, la nuossa casa, diç-se nessa
De que ye que se poderá falar nua ses arramados pulas quatro squinas de l muitas eipopeias que nunca nanhun po- léngua.
cena de sendineses a bibir na region de mundo. eta screbiu, muitos nomes ten la Índia Muitos de bós, subretodo ls mais nuo-
Lisboua que nun seia de Sendin? (...) An- Mas quantos de nós, tanta beç, nun adonde tenemos de chegar. Atençon que bos, yá nun podistes falar essa léngua to ls
toce, pregunto-bos: que fuorça ten, que oubir repetir: tue tira-te-me desta bida, nun stamos a falar de santos, muitos até dies, puis buossos pais cuidórun que bos
quier dezir essa palabra? (...) esta bida nun ten feturo… Stou a falar seran uns buns almanechas, mas para mi dában l sou melhor para bencirdes na bida.
Todos nós un die salimos de Sendin. dua giraçon que mos abriu puortas de Sendin, ye antes de todo ua gente, ua ati- Al largo de seclos la nuossa giente
Nuns, yá ls muitos anhos se bestírun cula que eilha própia nun tenie la chabe, que tude, ua maneira de star, ua fuorça que fui houmildada, zupiada, maltratada solo
nubrina de l tiempo, noutros, todo inda nunca zistiu, que nun se deixou ir abaixo por muitos seclos puso até las piedras a porque falaba dua maneira defrente. Cul
dar bino, azeite i pan. Ye ua proua mui tiempo, çcubrimos que essa era ua lén-
grande ser filho dessa gente. gua nobre cumo qualqueira outra, que até
Ye ua proua mas tamien ua repunsa- als seclos XIII / XIV fui léngua de reis
J o r na l N o r d e s t e – S e m a ná r i o R e g i o na l d e I n f o r m aç ão jo S. Miguel, Felgar, concelho de Torre de Moncorvo, não reduzida a escri- blidade, puis Sendin nun ye solo la sue na corte leonesa, i sabemos que rejistiu
n .º 760 d e 31 d e M a i o d e 2011 tura pública e que ocorreu entre o interessados no ano de mil novecentos e giente. Ye tamien l sítio adonde l mais seclos i seclos, até als nuossos dies. SE
CARTÓRIO NOTARIAL noventa, em dia e mês que não podem precisar.
DE TORRE DE MONCORVO Que, assim, não são detentores de qualquer título formal que legitime o de nós crecimos, a mirar las arribas, la esto nun ye património de la houmanida-
domínio do mencionado prédio.
CERTIFICO PARA EFEITOS DE PUBLICAÇÃO, que por escritura de Que, não obstante isso, logo desde esse ano de mil novecentos e noven- prainada i l riu, a correr por aqueilhas de, antoce nada l será. Sendin tamien ye
JUSTIFICAÇÃO, exarada de folhas 63 a folhas 64 verso do livro de notas
para escrituras diversas CENTO E VINTE E CINCO-D; DAVID DE JESUS
ta, começaram a usufruir do prédio, gozando de todas as utilidades por ele rues: fui l sítio adonde joguemos la china la sue léngua i nós nun podemos arrene-
proporcionadas, começando por ocupá-lo, limpando-o, lavrando-o, semean-
DOS SANTOS, NIF 102 106 770, e mulher ARLETE DO CÉU PINHEI- do-o, colhendo os seus frutos e produtos, e efectuando diversas benfeitorias, ou las necras, a ua de la mula ou a ar- gar essa parte de la nuossa ardança. (...)
RO, NIF 102 106 789, casados no regime da comunhão geral de bens, na- agindo assim, sempre com ânimo de quem exerce direito próprio, na con-
turais ele da freguesia de Vale de Figueira do concelho de São João da Pes- vicção de tal prédio lhes pertencer e de serem seus verdadeiros donos, como rinca nabiça que alhá bai tiu Manuel de
queira e ela da freguesia de Souto da Velha, concelho de Torre de Moncorvo
e residente na freguesia e concelho de Torre de Moncorvo, na Avenida dos
tal sende reconhecidos por toda a gente, fazendo-o de boa fé por ignorar le-
sa; direito alheio, pacificamente, porque sem violência, continua e publica-
la chouriça, l sítio adonde moremos a las [Este testo stá screbido cun l- an
Combatentes da Grande Guerra, número 9. mente, à vista e com o conhecimento de todos e sem oposição de ninguém. casicas, fui l sítio adonde aprendimos l ampeçode palabra cunsante ye premiti-
SE DECLARARAM, Que, com exclusão de outrem, são donos e legíti- Que dadas as enunciadas características de tal posse, que, da forma indi-
mos possuidores de prédio rústico composto de terra com oliveira e amen- cada, vêem exercendo há mais de vinte anos, adquiriram o domínio do dito mundo i la bida i adonde mos fazimos l do pula Cumbençon Ourtográfica pa la
doeiras, com a área de dois mil e quatrocentos metros; quadrados, sito nos
Lombinhos, freguesia de Felgar, concelho de Torre de Moncorvo, a confron-
prédio por usucapião, título esse que, por sua natureza, não é susceptível de
ser comprovado pelos meios normais.
que somos. bariedade sendinesa de l mirandés]
tar de norte e poente com Afonso Evangelista Salgado, nascente com An- Que para suprir tal título fazem esta declaração de justificação para fins Anque téngamos benido pul mundo,
tónio Ernesto Miranda e a sul com Francisco Luís Salgado e outro, inscri- de primeira inscrição no registo predial.
to na respectiva matriz, sob o artigo 2822.º, com o valor patrimonial tribu- ESTÁ CONFORME. fui nesse sítio que botemos raiç, i cada Amadeu Ferreira
tário de €313,01 e idêntico atribuído, não descrito na Conservatória do Re- CONSERVATÓRIA DO REGISTO CIVIL, PREDIAL, COMERCIAL
gisto Predial deste concelho, conforme certidão de 26/05/2011, que da mes- E CARTÓRIO NOTARIAL DE TORRE DE MONCORVO, 26 de Maio
ma apresentam e que arquivo. de dois mil e onze.
Que o identificado prédio veio à sua posse e domínio por compra verbal A Ajudante, em substituição legal,
que do mesmo fizeram à Fabrica da Igreja Paroquial da Freguesia do Arcan- Maria Joaquina Pando Branquinho
J o r na l N o r d e s t e – S e m a ná r i o R e g i o na l d e I n f o r m aç ão me certidão que da mesma apresenta.
n .º 760 d e 31 d e M a i o d e 2011 Que os identificados prédios foram-lhe doados no ano de mil novecentos
J o r na l N o r d e s t e – S e m a ná r i o R e g i o na l d e I n f o r m aç ão tem vindo a exercer a posse sobre o dito prédio. NOTÁRIO e oitenta e nove, ainda no estado de solteira, tendo posteriormente casado
n .º 760 d e 31 d e M a i o d e 2011 Que o referido bem imóvel veio à posse do justificante, por volta do ano MANUEL JOÃO com Horácio Dias da Silva sob o regime da comunhão de adquiridos, actu-
CARTÓRIO NOTARIAL de mil novecentos e oitenta e oito, por compra meramente verbal que fez a almente dele divorciada, por seus pais, Vítor do Nascimento Leitão Pereira
SIMÃO BRAZ
DE MOGADOURO Josefina Madeira Sanches Gonçalves, viúva de João do Nascimento Gonçal- e Madalena do Patrocínio Afonso, ele já falecido, ela a residir na Quinta da
ves, ambos actualmente já falecidos, residentes que foram em Lisboa, nunca EX T R AC TO S. Lourenço, aludida freguesia de Nogueira, por contrato doação meramen-
NOTÁRIA: FÁTIMA MENDES
tendo porém sido formalizada com a realização da competente escritura de Certifico, narrativamente, para efeitos de publicação, que por escritura de te verbal, nunca tendo chegado a realizar as necessária escritura pública.
EXTRACTO PARA PUBLICAÇÃO compra e venda. hoje, exarada de folhas vinte e três a vinte e cinco do respectivo livro núme- Que, assim, não é detentora de qualquer título formal que legitime o do-
Certifico, para efeitos de publicação, que no dia vinte e seis de Maio de Que assim, e não obstante a falta de título, o justificante desde logo entrou ro duzentos e quatro, ROSA DO ROSÁRIO AFONSO PEREIRA, NIF 114 mínio dos mencionados prédios.
dois mil e onze, no Cartório Notarial de Mogadouro, sito no Palácio da na posse do dito bem imóvel, possui o mesmo há portanto mais de vinte 795 738, divorciada, natural da freguesia de Nogueira, concelho de Bragan- Que, não obstante isso, logo desde meados desse ano de mil novecentos e
Justiça, na freguesia e concelho de Mogadouro, de fls. 50 a fls. 51, verso, anos, em nome próprio, na convicção de ser o único dono e plenamente con- ça, residente no Loteamento da Cerâmica – Campo Redondo, Lote 2, rés- oitenta e nove, passou a usufruir os referidos terrenos, gozando de todas as
do livro de notas para escrituras diversas número Oitenta e Dois, foi la- vencido de que não lesa quaisquer direitos de outrem, à vista de toda a gente do-chão direito, em Bragança, declarou: utilidades por eles proporcionadas, começando por ocupá-los, limpando-os,
vrada uma escritura de justificação, na qual compareceu como outorgante, e sem a menor oposição de quem quer que fosse desde o início dessa com- Que, com exclusão de outrem, é dona e legítima possuidora dos prédios cultivando-os, colhendo seus frutos e produtos e efectuando diversas ben-
JOSÉ BERNARDO AFONSO, NIF 133 229 742, solteiro, maior, natural posse. a qual sempre exerceu sem interrupção, gozando todas as utilidades a seguir identificados, ambos localizados na freguesia de Nogueira, conce- feitorias, designadamente o melhoramento das suas vedações, agindo as-
da freguesia de Remondes, concelho de Mogadouro, onde reside na Rua da por ele proporcionadas, com o ânimo de quem exerce direito próprio, nome- lho de Bragança: sim, sempre com ânimo de quem exerce direito próprio, na convicção de
Faceira, o qual declarou: adamente, nele lavrando, adubando, limpando, tratando e colhendo os res- número um - prédio rústico, composto de terra de cultura e pastagem, si- tais prédios lhe pertencerem e de ser a sua verdadeira dona, como tal sendo
Que é dono e legítimo possuidor, com exclusão de outrem, do seguinte pectivos frutos, designadamente batata, feijão, amêndoa e lenha procedendo to em “Vale de Froia”, com a área de seis mil e quatrocentos metros qua- reconhecida por toda a gente, fazendo-o de boa fé por ignorar lesar direito
bem imóvel: a diversos actos de limpeza e praticando de resto o demais actos de uso. frui- drados, a confrontar de norte e poente com caminho, sul com Belmiro Ro- alheio, pacificamente, porque sem violência, contínua e publicamente, à vis-
Metade indivisa do prédio rústico, sito em Faceira, na freguesia de Re- ção e defesa do mesmo, a vista de toda a gente e portanto de eventuais inte- drigues e nascente com Raul Manuel Vaz Vieira, inscrito na respectiva ma- ta e com o conhecimento de todos e sem oposição de ninguém.
mondes, concelho de Mogadouro, composto de cultura arvense, com área ressados, tudo como fazem os verdadeiros donos, sendo por isso uma posse triz sob o artigo 150, com o valor patrimonial tributável de €30,30 e o atri- Que dadas as enunciadas características de tal posse que, da forma indica-
de seis mil setecentos e cinquenta metros quadrados, a confrontar de norte de boa fé. pacífica, continua e pública, pelo que. dadas as enumeradas carac- buído de quarenta euros; e da vem exercendo há mais de vinte anos, adquiriu o domínio dos ditos pré-
e nascente com Isabel Rosário Batista Cordeiro, a sul com herdeiros de An- terísticas de tal posse, adquiriu por usucapião o identificado bem imóvel, fi- número dois - prédio rústico, composto de terra de cultura e lameiro, si- dios por usucapião, título esse que, por sua natureza, não é susceptível de
tónio Maria Mendes e a poente com caminho público, inscrito na respectiva gura jurídica que invoca, por não poder fazer prova do seu direito de proprie- to em “Couto”, com a área de doze mil setecentos e cinquenta metros qua- ser comprovado por meios normais. Que para suprir tal título fazem esta de-
matriz sob o artigo 242 da secção H, com o valor patrimonial corresponden- dade pelos meios extrajudiciais normais, dado o referido modo de aquisição. drados, a confrontar de norte com caminho, sul com Amândio Macedo, nas- claração de justificação para fins de primeira inscrição no registo predial.
te à fracção de 21,06€, e o atribuído de mil euros, não descrito na Conserva- Está conforme o original, na parte transcrita, o que certifico. cente com Alberto Moreira e poente com Mário Beça, inscrito na respecti- Está conforme.
tória do Registo Predial de Mogadouro, a cuja área pertence. Mogadouro o Cartório Notarial, em 26 de Maio de 2011. va matriz sob o artigo 713, com o valor patrimonial tributável de €158,88 e Bragança, 24 de Maio de 2011.
Que a restante parte do identificado prédio pertence a António Francisco A Notária, o atribuído de cento e sessenta euros; A colaboradora autorizada,
Pereira Esteves, casado, residente em Vila Nova de Gaia, pessoa com quem Fátima Mendes não descritos na Conservatória do Registo Predial deste concelho, confor- Elisabete Maria C. Melgo

20 31 de Maio de 2011 JORNAL NORDESTE


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J o r na l N o r d e s t e – S e m a ná r i o R e g i o na l de I n f o r m aç ão n .º 760 de 31 de Maio de 2011 J o r na l N o r d e s t e – S e m a ná r i o R e g i o na l d e I n f o r m aç ão metros quadrados, a confrontar do norte e do nascente com Eiras públicas,
n .º n .º 760 d e 31 d e M a i o d e 2011 do sul com José Agostinho da Fonseca Pinto, e do poente com João Francis-
Com o arquivo do antigo co Rodrigues, não descrito na Conservatória do Registo Predial de Bragan-
CARTÓRIO NOTARIAL ça, mas inscrito na respectiva matriz, sob o artigo 536, sendo de 2 163,24 eu-
DE BRAGANÇA ros o seu valor patrimonial a que atribui o valor de três mil euros.
Que entraram na posse do identificado prédio, em mil novecentos e oiten-
EXTRACTO / JUSTIFICAÇÃO ta, já no estado de casados, por compra verbal que dele fizeram a José Agos-
Certifico, narrativamente, para efeitos de publicação, que por escritura tinho da Fonseca Pinto e mulher Fernanda de Lurdes Franco França Pinto,
lavrada no dia vinte e cinco de Maio de dois mil e onze no Cartório Nota- residentes na referida freguesia de  Outeiro, sem que no entanto ficassem a
rial a cargo do notário Lic João Américo Gonçalves Andrade, sito na Ave- dispor de título formal que lhes permita o respectivo registo na Conservató-
nida Dr. Francisco Sá Carneiro, 16 em Bragança, exarada de folhas cento e ria do Registo Predial; mas, desde logo, entraram na posse e fruição do iden-
vinte e um a folhas de cento e vinte e dois verso do livro de notas para es- tificado prédio, em nome próprio, posse que assim detêm há mais de vinte
crituras diversas número “VINTE E TRÊS-G”, “MANUEL JOÃO PRETO anos, sem interrupção ou
e mulher MARIA BALBINA MACHADO PRETO, casados sob o regime ocultação de quem quer que seja.
de comunhão de adquiridos, ele natural da freguesia de Outeiro, concelho Que essa posse foi adquirida e mantida sem violência e sem oposição, os-
de Bragança e ela natural freguesia de Argozelo, concelho de Vimioso, re- tensivamente, com o conhecimento de toda a gente em nome próprio e com
sidentes na Estrada Nacional 209, Edifício Fontenário, Caixa 15, n.º 3782, aproveitamento de todas as utilidades do prédio, nomeadamente, fazendo
3.º dto, Lordelo, Paredes, NIFS 100 148 344 e 162 610 980, fizeram as de- obras de melhoramento e murando-o, guardando ali diversos bens móveis,
clarações constantes desta certidão, que com esta se compõe de duas laudas agindo sempre por forma correspondente ao exercício do direito de proprie-
e vai conforme o original. dade, quer usufruindo como tal o imóvel, quer beneficiando dos seus rendi-
Bragança, Cartório Notarial, vinte e cinco de Maio de dois mil e onze. mentos, quer suportando os respectivos encargos e as referidas obras de me-
A Colaboradora, 33/1 no uso da competência publicada em 31/01/2011, lhoramento e conservação, quer ainda pagando as respectivas contribuições
Bernardete Simões e impostos, mantendo-o sempre na sua inteira disponibilidade.
Que esta posse em nome próprio, pacífica, contínua e pública, condu-
Que são donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem do pré- ziu à aquisição do imóvel, por usucapião, que invocam, justificando o seu
dio urbano, sito em Eiras do Bacelo, freguesia de Outeiro, concelho de Bra- direito de propriedade, para o efeito de registo, dado que esta forma de
gança, composto por parcela de terreno para construção urbana com a área aquisição não pode ser comprovada por qualquer outro título formal ex-
de trezentos e cinquenta e seis, com a área de trezentos e cinquenta e seis trajudicial.

J o r na l N o r d e s t e – S e m a ná r i o R e g i o na l d e I n f o r m aç ão dino Alves, do sul com Estrada, do nascente com Antecedente e do po-


n .º n .º 760 d e 31 d e M a i o d e 2011 ente com Manuel Melhe, não descrito na Conservatória do Registo Pre-
Com o arquivo do antigo dial de Macedo de Cavaleiros, mas inscrito na respectiva matriz, sob o ar-
CARTÓRIO NOTARIAL tigo 1745, sendo de 17,51 euros o seu valor patrimonial a que atribui o va-
DE BRAGANÇA lor de cem euros.
Que entrou na posse do identificado prédio, em mil novecentos e oiten-
EXTRACTO / JUSTIFICAÇÃO ta e um, ainda no estado de solteiro, por compra verbal que dele fez a An-
Certifico, narrativamente, para efeitos de publicação, que por escritura la- tónio Canelha, residente que foi na referida freguesia de Podence, sem que
vrada no dia vinte e cinco de Maio de mil onze, no Cartório Notarial a cargo no entanto ficasse a dispor de título formal que lhe permita o respectivo re-
do notário Lic. João Américo Gonçalves Andrade, sito em Bragança, exa- gisto na Conservatória do Registo Predial; mas, desde logo, entrou na posse
rada de cento e dezoito a folhas cento e vinte do livro de notas para escritu- e fruição do identificado prédio, em nome próprio, posse que assim detém
ras diversas número “VINTE E TRÊS-G” CARLOS MANUEL MANSO, há mais de vinte anos, sem interrupção ou ocultação de quem quer que seja.
divorciado, natural da freguesia e concelho de Bragança (Sé), residente na Que essa posse foi adquirida e mantida sem violência e sem oposição, os-
freguesia de Santa Comba de Rossas, concelho de Bragança, NIF 154 011 tensivamente, com o conhecimento de toda a gente em nome próprio e com
088, fizeram as declarações constantes desta certidão, que com esta se com- aproveitamento de todas as utilidades do prédio, nomeadamente amanhan-
põe de duas laudas e vai conforme o original. do-o, cultivando-o e colhendo os seus frutos, agindo sempre por forma cor-
Bragança, Cartório Notarial, vinte e cinco de Maio de dois mil e onze. respondente ao exercício do direito de propriedade, quer usufruindo como
A Colaboradora, 33/1 no uso da competência publicada em 31/01/2011, tal os imóveis, quer beneficiando dos seus rendimentos, quer suportando os
Bernardete Simões respectivos encargos, quer ainda pagando as respectivas contribuições e im-
postos, mantendo-os sempre na sua inteira disponibilidade.
Que é dono e legítimo possuidor, com exclusão de outrem do prédio rús- Que esta posse em nome próprio, pacífica, contínua e pública, conduziu
tico, sito em Vale Pereiro, freguesia de Podence, concelho de Macedo de à aquisição do imóvel, por usucapião, que invoca, justificando o seu direi-
Cavaleiro, composto por horta, terra de centeio cada dois anos, com a área to de propriedade, para o efeito de registo, dado que esta forma de aquisi-
de novecentos metros quadrados, a confrontar do norte com João Bernar- ção não pode ser comprovada por qualquer outro título formal extrajudicial.

J o r na l N o r d e s t e – S e m a ná r i o R e g i o na l d e I n f o r m aç ão cento e oitenta e seis metros quadrados, a confrontar do norte com Ribeiro,


n .º n .º 760 d e 31 d e M a i o d e 2011 do sul com Carlota Silva, do nascente com Estrada e do poente com Cami-
Com o arquivo do antigo nho, não descrito na Conservatória do Registo Predial de Bragança, mas ins-
CARTÓRIO NOTARIAL crito na matriz respectiva, sob o artigo 110, sendo de 2.256,62  euros o seu
DE BRAGANÇA valor patrimonial, a que atribuem o valor de três mil euros.
Que os seus representados entram na posse do identificado prédio, em mil
EXTRACTO / JUSTIFICAÇÃO novecentos e oitenta e seis,  por doação verbal que dele lhes fizeram Ma-
Certifico, narrativamente, para efeitos de publicação, que por escritura nuel dos Anjos Silva e Maria da Assunção da Cruz, que foram residentes na
lavrada no dia vinte e três de Maio de dois mil e onze no Cartório Nota- referida freguesia de Alfaião, sem que no entanto ficassem a dispor de títu-
J o r na l N o r d e s t e – S e m a ná r i o R e g i o na l d e I n f o r m aç ão tónio Joaquim Camisa, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 293.º, com rial a cargo do notário Lic João Américo Gonçalves Andrade, sito na Ave- lo formal que lhes permita, o respectivo registo na Conservatória do Regis-
n .º 760 d e 31 d e M a i o d e 2011 o valor patrimonial tributário de €635,30 e idêntico valor atribuído. Pré- nida Dr. Francisco Sá Carneiro, 16 em Bragança, exarada de folhas oitenta to Predial; mas, desde logo, entraram na posse e fruição do identificado pré-
dios estes que não se encontram descritos na Conservatória do Registo Pre- e um a folhas de oitenta e três do livro de notas para escrituras diversas nú- dio, em nome próprio, posse que assim detêm há muito mais de vinte anos,
CARTÓRIO NOTARIAL mero “VINTE E TRÊS-G”, “AMÍLCAR DOMINGOS DA SILVA e mulher sem interrupção ou ocultação de quem quer que seja.
DE TORRE DE MONCORVO dial deste concelho conforme certidão de 25/05/2011 que da mesma apre-
sentam e que arquivo. Que os identificados prédios foram-lhes doados, em VIRGINIA DA CONCEIÇÃO SILVA, casados sob o regime da comunhão Que essa posse foi adquirida e mantida sem violência e sem oposição,
Certifico narrativamente, para efeitos de publicação, que por escritura de dia e mês que não conseguem precisar, do ano de mil novecentos c oitenta de adquiridos, ele natural da freguesia de São Julião de Palácios e ela natu- ostensivamente, com o conhecimento de toda a gente em nome próprio e
hoje, exarada de folhas sessenta e um a sessenta e dois verso, do respectivo e sete, por Luís Marcelino Esteves, residente em França, nunca tendo che- ral da freguesia de Alfaião, ambas do concelho de Bragança, residentes na com aproveitamento de todas as utilidades do prédio, nomeadamente, fa-
livro número cento e vinte e cinco-D; JOÃO CARLOS EVANGELISTA, di- gado a realizar a necessária escritura pública. Que, assim, não são detento- referida freguesia de Alfaião, NIFS 155 057 618  e 182 176 118, fizeram as zendo obras de melhoramento e habitando-o, guardando ali os seus haveres
vorciado, natural da freguesia e concelho de Torre de Moncorvo, onde resi- res de qualquer título formal que legitime o domínio dos mencionado, pré- declarações constantes desta certidão, que com esta se compõe de duas lau- e diversos bens móveis, agindo sempre por forma correspondente ao exer-
de no Bairro de Santo Cristo, na Rua das Carmelitas, número 28, que outor- dios. Que, não obstante isso, logo desde esse ano de mil novecentos e oi- das e vai conforme o original. cício do direito de propriedade, quer usufruindo como tal o imóvel, quer
ga na qualidade de procurador de VENERANDA DE FÁTIMA ESTEVES tenta e sete, começaram a habitar a referida casa, gozando de todas as utili- Bragança, Cartório Notarial, vinte e três de Maio de dois mil e onze. beneficiando dos seus rendimentos, quer suportando os respectivos encar-
MARTINS, NIF 170 291 642, e marido AUGUSTO CARLOS DE MATOS dades por ela proporcionadas, guardando nela os seus haveres, efectuando A Colaboradora, 33/1 no uso da competência publicada em 31/01/2011, gos e as referidas obras de melhoramento e conservação, quer ainda pagan-
MARTINS. NTF 149 825 390, casados sob o regime da comunhão de ad- regularmente obras de conservação e reparação, como substituição de ele- Bernardete Simões do as respectivas contribuições e impostos, mantendo-o sempre na sua in-
quiridos, naturais, ela da freguesia de Mós, concelho de Torre de Moncor- mentos danificados e de benfeitorização, ocupando também o prédio rústi- teira disponibilidade.
vo, ele da freguesia e concelho de Matosinhos, residentes na Travessa Mi- co, limpando-o, lavrando-o, colhendo os seus frutos e produtos, pagando Que são donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem do pré- Que esta posse em nome próprio, pacífica, contínua e pública, conduziu
guel Duarte Caturra, n.º 22, 1.º Esquerdo, freguesia de Lavra, concelho de ainda as respectivas contribuições e impostos, agindo [assim, sempre com dio urbano, sito em Alfaião, freguesia de Alfaião, concelho de Bragança, à aquisição do imóvel, por usucapião, que invocam, justificando o seu direi-
Matosinhos declarou: ânimo de quem exerce direito próprio, na convicção de tais prédios lhes per- composto por casa de habitação de rés do chão e primeiro andar, com a área to de propriedade, para o efeito de registo, dado que esta forma de aquisi-
Que, com exclusão de outrem, os seus representados são donos em legíti- tencerem, porque sem violência, contínua e publicamente, à vista e com o de cento e cinquenta e oito metros  quadrados e logradouro com a área de ção não pode ser comprovada por qualquer outro título formal extrajudicial.
mos possuidores, dos seguintes prédios: conhecimento de todos e sem oposição de ninguém. Que dadas as enun-
UM: Prédio urbano composto de casa destinada a habitação de dois an- ciadas características de tal posse que da forma indicada vêm exercendo
dares, com a superfície coberta de cinquenta metros quadrados, sito na Rua há mais de vinte anos, adquiriram o domínio dos ditos prédios por usuca-
do Castelo, freguesia de Mós, concelho de Torre de Moncorvo, a confrontar pião, título esse que pela sua natureza, não é susceptível de ser comprova- J o r na l N o r d e s t e – S e m a ná r i o R e g i o na l d e I n f o r m aç ão quadrados, a confrontar do norte e do nascente com Acácio Augusto Pi-
de norte e nascente com rua, de sul com Casimiro Augusto Veiga e de po- do pelos meios normais. n .º n .º 760 d e 31 d e M a i o d e 2011 res, do sul com caminho e do poente com João Batista Pires, não descrito
ente com Raquel Florinda Veiga, inscrito na respectiva matriz sob o artigo Que para suprir tal título fez, em nome deles, esta declaração de justifica- Com o arquivo do antigo na Conservatória do Registo Predial de Bragança, mas inscrito na respecti-
74.º com o valor patrimonial tributário de €555,10 e idêntico valor atribuído. ção para fins de primeira inscrição no registo predial. va matriz, sob o artigo 5517, sendo de 38,34 euros o seu valor patrimonial a
DOIS: Prédio rústico composto de terra que produz centeio, com a área Está conforme. CARTÓRIO NOTARIAL
DE BRAGANÇA que atribui o valor de cem euros.
de quatro mil cento e vinte metros quadrados, sito em Canadinhas, freguesia Cartório Notarial de Torre de Moncorvo, 25 de Maio de 2011. Que entraram na posse do identificado prédio, em mil novecentos e oiten-
dc Carviçais, concelho de Torre de Moncorvo a confrontar de norte com To- A Ajudante, EXTRACTO / JUSTIFICAÇÃO ta e nove, já no estado de casados, por herança aberta por óbito de  Maria
mé Miguel Rodrigues, de sul e poente com caminho e de nascente com An- Maria Joaquina Pando Branquinho Certifico, narrativamente, para efeitos de publicação, que por escritura la- Alice Gomes residente que foi no referido lugar de Terroso, sem que no en-
vrada no dia vinte e um de Maio de mil onze, no Cartório Notarial a cargo do tanto ficassem a dispor de título formal que lhes permita o respectivo regis-
notário Lic. João Américo Gonçalves Andrade, sito em Bragança, exarada to na Conservatória do Registo Predial; mas, desde logo, entraram na posse
de sessenta e sete a folhas sessenta e oito verso do livro de notas para escri- e fruição do identificado prédio, em nome próprio, posse que assim detêm
turas diversas número “VINTE E TRÊS-G” FRANCELINA DOS SANTOS há mais de vinte anos, sem interrupção ou ocultação de quem quer que seja.
PIRES e marido ARMANDO GREGÓRIO VAZ, casados sob o regime de Que essa posse foi adquirida e mantida sem violência e sem oposição, os-
comunhão geral de bens, ambos naturais da freguesia de Espinhosela, con- tensivamente, com o conhecimento de toda a gente em nome próprio e com
celho de Bragança, onde residem, no lugar de Terroso, NIFS 166 567 043 e aproveitamento de todas as utilidades do prédio, nomeadamente amanhan-
100 257 038, fizeram as declarações constantes desta certidão, que com es- do-o, cultivando-o e colhendo os seus frutos, agindo sempre por forma cor-
ta se compõe de duas laudas e vai conforme o original. respondente ao exercício do direito de propriedade, quer usufruindo como
Bragança, Cartório Notarial, vinte e um de Maio de dois mil e onze. tal os imóveis, quer beneficiando dos seus rendimentos, quer suportando os
A Colaboradora, 33/1 no uso da competência publicada em 31/01/2011, respectivos encargos, quer ainda pagando as respectivas contribuições e im-
Bernardete Simões postos, mantendo-os sempre na sua inteira disponibilidade.
Que esta posse em nome próprio, pacífica, contínua e pública, conduziu
Que são donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem do pré- à aquisição do imóvel, por usucapião, que invocam, justificando o seu direi-
dio rústico, sito em Barrondas, freguesia de Espinhosela, concelho de Bra- to de propriedade, para o efeito de registo, dado que esta forma de aquisi-
gança, composto por lameiro e pastagem, com a área de nove mil metros ção não pode ser comprovada por qualquer outro título formal extrajudicial.

J o r na l N o r d e s t e – S e m a ná r i o R e g i o na l d e I n f o r m aç ão Faz-se saber que foi distribuída neste tribunal, a acção de Interdição/Ina-


n .º 760 d e 31 d e M a i o d e 2011
bilitação em que é requerida Maria Ormesinda Cavaleiro Branco, soltei-
TRIBUNAL JUDICIAL ra, nascida em 15-05-1968, natural de S. Julião de Palácios – Bragança,
DE BRAGANÇA
filha de Francisco do Nascimento Branco e de Anílda das Graças Cava-
1.º Juízo
Praça Prof. Cavaleiro de Ferreira – 5301-860 Bragança leiro, titular do B.I. n.º 10201804 e com residência em São Julião de Palá-
Telef. 273 310 000 • Fax: 273 326 046 • Mail: braganca.tc@tribunais.org.pt cios – Bragança, e actualmente internada na APADI, desta cidade, para
ANÚNCIO efeito de ser decretada a sua interdição por anomalia psíquica.
   Interdição/ N/Referência: O Juiz de Direito,
Processo: 619/11.4TBBGC    /Inabilitação 1763109
Data: 17-05-2011 (Dr.) João Pedro Ferreira
Requerente: Ministério Público O Oficial de Justiça,
Requerido: Maria Ormesinda Cavaleiro Branco Amador Afonso

31 de Maio de 2011 JORNAL NORDESTE 21


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J ornal N ordeste – S emanário R egional de I nformação n .º 760 de 31 de Maio de 2011

MUNICÍPIO DE BRAGANÇA
CÂMARA MUNICIPAL
E D I T A L N.º 2 0 9 / 2 0 1 1
ANTÓNIO JORGE NUNES, ENG.º CIVIL E PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE BRAGANÇA:
Torna público, no uso da competência que lhe confere a alínea v) do n.º 1 do artigo 68. ° da Lei n.º 169/99,
de 18 de Setembro, alterada pela Lei n.º 5-A/2001, de 11 de Janeiro que, em cumprimento da deliberação to-
mada por esta Câmara Municipal, em sua Reunião Ordinária realizada no dia 23 de Maio de 2011, foi aprovado
o seguinte:
SEPULTURAS ABANDONADAS

Foram classificadas como abandonadas, podendo ser declaradas prescritas a favor do Município de
Bragança, a capela e as sepulturas abandonadas localizadas nos talhões 3, 4, 6, 7, 10, 12, 15, 18, 20, 21 e
22 do Cemitério Municipal do Toural.
a.  Talhão 3 – capela .......................................n.º 12 .................. – 8.24 m2 (2,66 x 3,10);
b.  Talhão 4 – sepultura dupla .........................n.º 22 .................. – 5,19 m2 (1,73 x 3,00);
c.  Talhão 6 – sepultura dupla .........................n.º 7 .................... – 5,50 m2 (2,75 x 2,75);
d.  Talhão 7 – sepultura dupla .........................n.º 27 .................. – 5,40 m2 (2,70 x 2,70);
e.  Talhão 7 – sepultura dupla .........................n.º 28 .................. – 5,50 m2 (2,75 x 2,75);
f.  Talhão 7 – sepultura dupla .........................n.º 55 .................. – 5,50 m2 (2,75 x 2,75);
g.  Talhão 10 – sepultura dupla .........................n.º 42 .................. – 7,56 m2 (2,70 x 2,80);
h.  Talhão 12 – sepultura dupla .........................n.º 102 ................ – 7,12 m2 (2,85 x 2,50);
i.  Talhão 15 – sepultura dupla .........................n.º 87 .................. – 7,84 m2 (2,80 x 2,80);
j.  Talhão 15 – sepultura dupla .........................n.º 104 ................ – 5,60 m2 (2,00 x 2,80);
k.  Talhão 16 – sepultura dupla .........................n.º 18 .................. – 5,60 m2 (2,80 x 2,80); J o r na l N o r d e s t e – S e m a ná r i o R e g i o na l d e I n f o r m aç ão condução: VR-17249, com último domicílio conhecido: Vale de Madres,
l.  Talhão 16 – sepultura dupla .........................n.º 28 .................. – 6,75 m2 (2,70 x 2,50); n .º 760 d e 31 d e M a i o d e 2011
Mogadouro.
m.  Talhão 18 – sepultura dupla .........................n.º 144 ................ – 6,21 m2 (2,70 x 2,30); TRIBUNAL JUDICIAL Progenitor: Silvia Gomez Betolaza, estado civil: Casado (regime: Des-
n.  Talhão 18 – sepultura individual ...................n.º 5 .................... – 2,99 m2 (2,30 x 1,30); DE VALPAÇOS conhecido), natural de Espanha, BI estrangeiro: 71500833-C, com último
domicílio conhecido: Vale de Madres, Mogadouro, com última residência
o.  Talhão 18 – sepultura individual ...................n.º 109-A ............ – 2,64 m2 (2,30 x 1,30); Secção Única conhecida na morada indicada, para no prazo de 30 dias, decorrido que se-
p.  Talhão 20 – sepultura dupla .........................n.º 80 .................. – 6,24 m2 (2,80 x 2,60); Largo do Jardim – 5430-000 Valpaços ja o dos éditos, se opor, querendo, a acção, devendo arrolar testemunhas e
Telef. 278 712 150 • Fax: 278 729 101 • Mail: valpacos.tc@tribunais.org.pt
q.  Talhão 20 – sepultura dupla .........................n.º 115 ................ – 6,24 m2 (2,80 x 2,80); requerer outras diligências de prova consistindo o pedido na de tudo como
r.  Talhão 21 – sepultura dupla .........................n.º 6 .................... – 7,28 m2 (2,80 x 2,60); ANÚNCIO melhor consta do duplicado da petição inicial que se encontra nesta Secre-
(Primeira Publicação) taria, à disposição do citando.
s.  Talhão 21 – sepultura individual ...................n.º 32-A .............. – 2,99 m2 (2,30 x 1,30); Fica advertido de que não é obrigatória a constituição de mandatário ju-
t.  Talhão 21 – sepultura dupla .........................n.º 120 ................ – 5,40 m2 (2,70 x 2,00); Processo: 197/09.4TBVLP dicial, salvo na fase de recurso.
u.  Talhão 22 – sepultura individual ...................n.º 93-A .............. – 2,99 m2 (2,30 x 1,30); Instituição de Tutela Valpaços, 18-05-2011
Menor: José Rebordelo Gomes N/Referência: 538588
2.  Mais se informa que somente as sepulturas n.º 27 e n.º 92 (Talhão 18), possuem registos relaciona-
Nos autos acima identificados, correm éditos de 30 dias, contados da O Juiz de Direito,
dos as datas e identificação das inumações; data da segunda e última publicação do anúncio, citando o(s) réus(s): (Dr.) José António Alves Esteves
3.  É concedido um prazo de 60 dias após publicação em jornal e afixação nos lugares de estilo, para Progenitor: José Joaquim Rebordelo Moreno, estado civil: Casado, O Oficial de Justiça,
os concessionários reivindicarem a posse das sepulturas abandonadas acima identificadas, nos termos dos nascido em 01-01-1972, nacional de Portugal, BI: 11616986, Licença de Carlos Manuel Dias Lopes
artigos 58.º e 59.º do regulamento dos Cemitérios Municipais de Bragança;
4.  Mais torna público que, terminado o prazo supra referenciado, compete à Câmara Municipal decla-
rar a posse das visadas sepulturas abandonadas em virtude da caducidade da concessão, de acordo com
o art.º 60.º do Regulamento dos Cemitérios Municipais de Bragança, conjugada com a alínea aa) do n.º 1 J o r na l N o r d e s t e – S e m a ná r i o R e g i o na l d e I n f o r m aç ão ta e quatro euros.
n .º n .º 760 d e 31 d e M a i o d e 2011 c) Prédio rústico, sito em Malhados, freguesia de Caçarelhos, concelho de
do art.º 64.º da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro na redacção conferida pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de
Com o arquivo do antigo Vimioso, composto por cultura de centeio e pastagem com seis freixos, com
Janeiro.
CARTÓRIO NOTARIAL a área de doze mil metros quadrados, a confrontar do norte com Maria do
Para constar se publica este EDITAL e outros de igual teor, que vão ser afixados nos lugares de estilo. Céu Magalhães, do sul com Catarina Falcão Ramos, do nascente com Ma-
E eu, Maria Mavilde Gonçalves Xavier Directora do Departamento Administrativo e Financeiro, o subs- DE BRAGANÇA
ria Aldina Oliveira Vicente e do poente com Caminho, não descrito na Con-
crevi. EXTRACTO / JUSTIFICAÇÃO servatória do Registo Predial de Vimioso, mas inscrito na matriz respectiva,
BRAGANÇA E PAÇOS DO MUNICÍPIO, 25 de Maio de 2011. Certifico, narrativamente, para efeitos de publicação, que por escritura la- sob o artigo 1104, sendo de 23,49 euros o seu valor patrimonial, a que atri-
vrada no dia vinte e quatro de Maio de dois mil e onze no Cartório Nota- bui o valor de quatro mil seiscentos e noventa e seis euros.
rial a cargo do notário Lic. João Américo Gonçalves Andrade, sito na Aveni- d) Prédio rústico, sito em Pascoais, freguesia de Caçarelhos, concelho de
da Dr. Francisco Sá Carneiro, 16 em Bragança, exarada de cento e quatro a Vimioso, composto por cultura de centeio, com a área de catorze mil trezen-
folhas cento e sete do livro de notas para escrituras diversas número “VIN- tos e setenta metros quadrados, a confrontar do norte com Ana Maria ventu-
J o r na l N o r d e s t e – S e m a ná r i o R e g i o na l d e I n f o r m aç ão crito na Conservatória do Registo Predial sob o nº 254 e inscrito na respec- TE E TRÊS-G” ALTINO NETO GERALDES, viúvo, natural da freguesia ra, do sul com Alfredo Augusto Vicente, do nascente com Francisco Manuel
n .º 760 d e 31 d e M a i o d e 2011 de Vila Chã de Braciosa, concelho de Miranda do Douro, residente em Bra- Falcão e do poente com Caminho, não descrito na Conservatória do Registo
tiva matriz sob o art.º32. Casa com dois andares, com três divisões no rés-
do-chão e cinco no 1º andar. Confronta a Norte com António Primo Afon- gança na Quinta da Trajinha, lote B, 3º, direito, NIF 174 837 275, fizeram as Predial de Vimioso, mas inscrito na matriz respectiva, sob o artigo 771, sen-
so; Sul: Rua Publica; Nascente: Francisco Manuel Portugal e Poente com declarações constantes desta certidão, que com esta se compõe de três lau- do de 15,25 euros o seu valor patrimonial, a que atribui o valor de quatro mil
CPN 4009
Rua Publica, sito no Bairro do Meio na Freguesia de Rossas Concelho e das e vai conforme o original. oitocentos e trinta e nove euros.
Alexandra Gomes Distrito de Bragança. Bragança, Cartório Notarial, vinte e quatro de Maio de dois mil e onze. Que entrou na posse dos referido prédios, em mil novecentos e oitenta e
Solicitadora de Execução PENHORADO EM: 07-04-2009. A Colaboradora, no uso da competência publicada em 31/01/2011, seis, ainda no estado de solteiro, por compra verbal que deles fez a Diaman-
INTERVENIENTES ASSOCIADOS AO BEM: Bernardete Simões tino Neto Alves e Martinho Augusto Falcão, residentes na referida freguesia
EXECUTADO: Imelda Maria do Céu Benites, Nif: 163659982, B.I. n.º de Caçarelhos, sem que no entanto ficasse a dispor de título formal que lhe
ANÚNCIO DE VENDA (2.ª e Última Publicação) Que é dono e legítimo possuidor, com exclusão de outrem, dos seguin- permita, o respectivo registo na Conservatória do Registo Predial; mas, des-
11625711-3, com morada em São Paulo - Brasil.
Processo 397/04.3TBBGC    Execução Ref. Interna: MODALIDADE DA VENDA: Venda mediante proposta em carta fecha- tes bens: de logo, entrou na posse e fruição dos identificados prédios, em nome pró-
Bragança    Comum PE-80/2008 da, a serem entregues na Secretaria do supra mencionado Tribunal, pelos in- a) Prédio rústico, sito em Pascoais, freguesia de Caçarelhos, concelho de prio, posse que assim detém há muito mais de vinte anos, sem interrupção
Tribunal Judicial – 2.º Juízo Data: 06-05-2011 teressados na compra, ficando como data para abertura das propostas o dia Vimioso, composto por cultura de centeio, com a área de três mil e seiscen- ou ocultação de quem quer que seja.
30 de Junho de 2011, pelas 14:00 Horas. tos metros quadrados, a confrontar do norte com Zulmira Martins, do sul Que essa posse foi adquirida e mantida sem violência e sem oposição,
Exequente: Elias Alves Dias e outros VALOR BASE DA VENDA: 29.927,00 Euros com Augusto José da Veiga, do nascente com Manuel Joaquim  Neto e do ostensivamente, com o conhecimento de toda a gente em nome próprio e
Executado: Imelda Maria do Céu Benites Será aceite a proposta de melhor preço, acima do valor de 20.948,90 Eu- poente com Celestino Anjos Martins Veiga, não descrito na Conservatória com aproveitamento de todas as utilidades dos prédios, nomeadamente,
ros, correspondente a 70% do valor base. do Registo Predial de Vimioso, mas inscrito na matriz respectiva, sob o arti- amanhando-os, adubando-os, cultivando-os e colhendo os seus frutos, agin-
Alexandra Gomes CP 4009, Agente de Execução com endereço profis- Nos termos do n.º 1 do art.º 897.º C.P. Civil “os proponentes devem jun- go 754, sendo de 3,99 euros o seu valor patrimonial, a que atribui o valor de do sempre por forma correspondente ao exercício do direito de proprieda-
sional em Av. João da Cruz, n.º 70, Edifício S. José – 2.º Esq. Frente, 5300- tar à sua proposta, como caução, um cheque visado, à ordem do Agente de três mil quinhentos e oitenta e oito euros. de, quer usufruindo como tal os imóveis, quer beneficiando dos seus ren-
‑178 Bragança. Execução ou, na sua falta, da secretaria, no montante correspondente a 20% b) Prédio rústico, sito em Vale Molhado, freguesia de Caçarelhos, con- dimentos, quer suportando os respectivos encargos, quer ainda pagando as
Nos termos do disposto no artigo 890.º do Código de Processo Civil, do valor anunciado para a venda, ou garantia bancária no mesmo valor”. celho de Vimioso, composto por Lameiro, com a área de dois mil e nove- respectivas contribuições e impostos, mantendo-os sempre na sua inteira
anuncia-se a venda dos bens adiante designados: centos metros quadrados, a confrontar do norte com Caminho, do sul com disponibilidade.
A sentença que se executa está pendente de recurso ordinário Não
BENS EM VENDA José Manuel Castro, do nascente com Diamantino Neto Alves e do poente Que esta posse em nome próprio, pacífica, contínua e pública, conduziu
Está pendente oposição à execução Não com Caminho, não descrito na Conservatória do Registo Predial de Vimio- à aquisição dos imóveis, por usucapião, que invoca, justificando o seu direi-
Tipo de Bem: Imóvel
ARTIGO MATRICIAL: 32 Finanças de Bragança. Está pendente oposição à penhora Não so, mas inscrito na matriz respectiva, sob o artigo 879, sendo de 19,72 eu- to de propriedade, para o efeito de registo, dado que esta forma de aquisi-
DESCRIÇÃO: Prédio urbano em propriedade total sem andares nem di- A Solicitadora de Execução, ros o seu valor patrimonial, a que atribui o valor de quatrocentos e seten- ção não pode ser comprovada por qualquer outro título formal extrajudicial.
visões susceptíveis de utilização independente destinada a habitação, des- Alexandra Gomes

ALMADA: Praça MFA, n.º 7, 2.º Dto., Sala B, 2800-171 Almada | SEIXAL: Rua Vítor Santos, n.º 13, 3.º Dto., 2855-604 Corroios
E-mail: 4009@solicitador.net | Tel. 212 743 259 / 273 328 194 | Fax: 217 743 259 / 273 382 033 | BRAGANÇA (A morada acima referida). J o r na l N o r d e s t e – S e m a ná r i o R e g i o na l d e I n f o r m aç ão triz sob o art.º 482 .
n .º 760 d e 31 d e M a i o d e 2011
PENHORADO EM: 17-01-2011.
INTERVENIENTES ASSOCIADOS AO BEM:
CPN 4009 EXECUTADOS: Álvaro Manuel Martins Bento e Maria Olinda Ro-
drigues Bento, casados no regime da comunhão de adquiridos, residentes
J o r na l N o r d e s t e – S e m a ná r i o R e g i o na l de I n f o r m aç ão n .º 760 de 31 de Maio de 2011 Alexandra Gomes no lugar de Outeiro, Bragança, NIF’s 103992003 e 103992014 respectiva-
Solicitadora de Execução mente e Ricardo Filipe Rodrigues Bento, NIF 217118771, BI:11000727
MINISTÉRIO DA ECONOMIA, DA INOVAÇÃO residente em Outeiro.
MODALIDADE DA VENDA: Venda mediante propostas em carta fe-
ANÚNCIO DE VENDA (2.ª e Última Publicação)
E DO DESENVOLVIMENTO Processo 40/06.6TBVMS    Execução Ref. Interna:
chada, a serem entregues na Secretaria do supra mencionado Tribunal, pe-
los interessados na compra, ficando como data para abertura das propostas
Direcção Geral de Energia e Geologia Vimioso – Tribunal Judicial    Comum
– Secção Única
PE/106/2006
Data: 20-05-2011
o dia 28 de Junho de 2011, pelas 14:00 Horas.
VALOR DA ADJUDICAÇÃO: 2.801,58 Euros.
Será aceite a proposta de melhor preço, acima do valor de 1.961,10 Eu-
AVISO Exequente: Banco Santander Totta, S.A.
Executado(s): Álvaro Manuel Martins Bento e outros
ros, correspondente a 70% do valor base.
Nos termos do n.º 1 do art.º 897.º C.P.Civil “os proponentes devem jun-
Faz-se público, nos termos e para efeitos do n.º 1 do Convidam-se todos os interessados a apresentar recla- tar à sua proposta, como caução, um cheque visado, à ordem do Agente
art.º 6.º do Decreto-Lei n.º 88/90 de 16 de Março e do n.º 1 do mações, ou a manifestarem preferência, nos termos do n.º 4 Agente de Execução, Solicitador de Execução, Alexandra Gomes CPN de Execução ou, na sua falta, da secretaria, no montante correspondente
art.º 1.º do Decreto-Lei n.º 181/70, de 28 de Abril, que EDM do art.º 13.º do Decreto-Lei 90/90, de 16 de Março, por escri- 4009, com endereço profissional em Av. João da Cruz, n.º 70, Edifício S. a 20% do valor base do bem, ou garantia bancária no mesmo valor”. Ad-
– Empresa de Desenvolvimento Mineiro, S.A., requereu a to com o devido fundamento, no prazo de 30 dias a contar da José – 2.º Esq. Frente, 5300-178 Bragança. verte-se ainda os possíveis proponentes que só serão consideradas as pro-
Nos termos do disposto no artigo 876.º e 890.º do Código de Processo postas recebidas até às 14:00 horas do dia supra designado, em envelope
atribuição de direitos de prospecção e pesquisa de depósitos data da publica­ção do presente Aviso no Diário da República. Civil, anuncia-se a adjudicação dos bens adiante designados: fechado, contendo a identificação completa do proponente, advertindo-se
minerais de estanho, volfrâmio, ouro, prata, cobre e sulfuretos O pedido está patente para consulta, dentro das horas ainda os possíveis proponentes que só serão aceites propostas que sejam
BENS A VENDER
associados, numa área “Bragança/Vimioso”, localizada nos de expediente, na Direcção de Serviços de Minas e Pedrei- Tipo de Bem: Imóvel acompanhadas de cópia de bilhete de identidade do proponente ou seu le-
concelhos de Bragança e Vimioso, distrito de Bragança, deli- ras da Direcção-Geral de Energia e Geologia, sita na Av. 5 ARTIGO MATRICIAL: 482 – Finanças de Bragança gal representante, caso remetidas pelo correio, ou mediante exibição de tal
mitada pela poligonal cujos vértices se indicam segui­damente, de Outubro, n.º 87, 5.º Andar, 1069-039 LISBOA, enti­dade DESCRIÇÃO: Prédio Urbano em propriedade total, sem andares nem documento de identificação, caso apresentadas pessoalmente.
em coordenadas Hayford-Gauss, DATUM 73, (Melriça): para quem devem ser remetidas as reclamações. O presen- divisões susceptíveis de utilização independente que se destina a habita- A sentença que se executa está pendente de recurso ordinário Não
te aviso e demais elementos estão também disponíveis na ção, composta de R/C com duas divisões e 1.º andar com duas assoalha- Está pendente oposição à execução Não
Área total do pedido: 211,104 km2 das, cozinha, casa de banho e despensa. Confrontações: Norte e Nascen-
VÉRTICE     MERIDIANA (m)    PERPENDICULAR (m)
página electrónica desta Direcção-Geral. te: Adriano Ilídio Rodrigues; Sul: Mário Rocha e Abilio Quintas; Poen- Está pendente oposição à penhora Não
   1 114000 233000 Direcção-Geral de Energia e Geologia, em 16 de Maio te: Francisco António Rodrigues. Descrito na Conservatória do Registo A Solicitadora de Execução,
Predial de Bragança sob o n.º 616/20110117 e inscrito na respectiva ma- Alexandra Gomes
   2 134000 223500 de 2011.
   3 130000 215000 O SUBDIRECTOR-GERAL, ALMADA: Praça MFA, n.º 7, 2.º Dto., Sala B, 2800-171 Almada | SEIXAL: Rua Vítor Santos, n.º 13, 3.º Dto., 2855-604 Corroios
   4 110000 224000 Carlos A. A. Caxaria E-mail: 4009@solicitador.net | Tel. 212 743 259 / 273 328 194 | Fax: 217 743 259 / 273 382 033 | BRAGANÇA (A morada acima referida).

22 31 de Maio de 2011 JORNAL NORDESTE


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31 de Maio de 2011 JORNAL NORDESTE 23


cultura

24 31 de Maio de 2011 JORNAL NORDESTE


cultura

Macedo de Cavaleiros

Arte Sacra ganha espaço


“Escultura Religiosa – Os gen(ios) vas peças das paróquias concelhias
es escultórioas” é o tema da mostra entram em exposição, é introduzida
que inaugurou a nova Sala de Expo- uma sala de paramentaria e a entra-
sições Temporárias do Museu de Arte da é agora feita pelo piso térreo, onde
Sacra de Macedo de Cavaleiros. está localizado o Posto de Turismo.
A abertura deste espaço, onde A mostra “Escultura Religiosa –
diferentes artistas exporão as suas Os gen(ios)es escultórioas” conjuga
obras ao longo do ano, resulta da am- três gerações da escultura estatuá-
pliação levada a cabo no Museu no ria religiosa. Além da expressão pela
arranque da sua terceira temporada. mesma forma de arte, a partilha de
Foram introduzidas algumas modi- um apelido comum, indissociável da
ficações no funcionamento, enrique- arte sacra portuguesa: Thedim. José
cendo o museu com novas ofertas Ferreira Thedim (pai), José Ferreira z Bispo de Bragança e autarca de Macedo inauguraram a exposição
culturais, depois de dois anos de fun- Thedim (filho) e Mamede Thedim
cionamento em que se afirmou como (neto), este ainda vivo, são autores a inauguração da exposição contou leiros, Beraldino Pinto, e do bispo de
um importante ícone da cultura e his- de uma imensa obra. com a presença do presidente da Câ- Bragança-Miranda, D. Montes Mo-
tória de Macedo de Cavaleiros. No- Para além de Mamede Thedim, mara Municipal de Macedo de Cava- reira.

Em grande angular Um reflexo, não só do estatuto já al-


cançado pelo entrevistado, mas tam-
bém da massificação crescente a que
Arte Contemporânea Graça Morais,
o repórter fotográfico abriu ao pú-
blico os bastidores das reportagens
a fotografia foi votada hoje em dia. e viagens por ele realizadas. Tratou-
BRUNO MATEUS FILENA total, participaram 30 amantes da fo- Já a 30 de Abril, António Sá mi- se, essencialmente, de tentar mos-
tografia, alguns provenientes, inclu- nistrou uma palestra com o título de trar aspectos não visíveis no trabalho
sive, das regiões do Porto e Lisboa. “Viagem ao Lado B”. No Centro de publicado. Como as pessoas que vai
Os workshops fotográficos conhecendo, a forma como viaja, epi-
proliferam, cativando cada sódios insólitos, comoventes ou cari-
catos, entre outras temáticas de inte-
vez mais adeptos resse. “Houve um lince que me saltou
para os ombros, para se aconchegar,
António Sá tem realizado diver- quando estava a fotografar estes ani-
sas iniciativas ao longo dos últimos mais num centro de recuperação no
dois meses em Bragança. Considera- Parque Nacional de Doñana, no âm-
do por muitos como um dos grandes bito de uma reportagem para a Na-
fotógrafos da actualidade, o freelan- tional Geographic Portugal”, relem-
cer desenvolveu, recentemente, dois bra o fotógrafo profissional, com 16
workshops dos quais faz um balanço anos de carreira, que não esquece a
extremamente positivo. Logo depois, generosidade de muitas pessoas que
em Maio, orientou, também, a 8ª me acolheram em suas casas, fosse
edição o passeio fotográfico “Prima- em Trás-os-Montes, na Amazónia, na
vera no Douro Internacional”, que China ou na Mongólia. Na verdade há
decorreu na região de Miranda do gente fabulosa em qualquer parte do
Douro. E se os dois primeiros tinham mundo”, sublinhou.
um cariz mais formativo, já o passeio O próximo workshop intitula-se “A
revestiu-se de um carácter mais lúdi- Arte de Ver” e decorre a 4 e 5 de Junho,
co e de contacto com a natureza. No z Douro Internacional captado pela objectiva de António Sá no Centro de Arte Contemporânea.

Os primeiros cinco leitores a apresentar o jornal


NORDESTE, comprado na loja book.it de Bragança,
recebem este livro de oferta.

31 de Maio de 2011 JORNAL NORDESTE 25


opinião

Mudança
para compreender a gravidade da os portugueses uma reflexão séria ficuldades e sacrifícios, que não po-
situação económica e financeira do e objectiva acerca do Estado de que derão deixar de ter como corolário
país, mas também com coragem precisamos, do modelo de organiza- próprio a transformação profunda
Nuno Reis* para apoiar a execução das trans- ção do seu Sector Empresarial, dos do estado de coisas que permitiram
formações e mudanças políticas de modelos de organização e resposta o surgimento e agravamento dos
que Portugal necessita para poder das estruturas públicas de apoio e problemas que nos conduziram à
Tem sido absolutamente con- ocupar o seu lugar, de forma digna protecção social aos mais desprote- actual situação. Seria absolutamen-
sensual, particularmente entre os e igualitária, no concerto das nações gidos, mas também da responsabi- te incompreensível, e motivo de
analistas políticos, a ideia de que o ocidentais. lidade que cada um de nós terá que “chacota”em todo o espaço comuni-
Líder do Partido Social Democra- Bem sabemos que ao longo dos assumir para a construção de uma tário, com óbvias e inegáveis conse-
ta, Pedro Passos Coelho, adoptou anos temos ouvido, da voz dos prin- sociedade mais coesa, justa e prós- quências para a imagem e reputação
uma estratégia arriscada e algo pe- cipais actores políticos, promessas e pera, assente nos valores que sempre do nosso país, que os responsáveis
rigosa, sobretudo para alguém que juras de mudança e verdade, saindo nos caracterizaram enquanto nação pela actual situação não fossem,
partiu para um ciclo eleitoral com aquelas, não raras vezes, frustradas e honraram o nome de Portugal. pelo menos, politicamente penaliza-
uma posição bastante confortável. ou abjuradas. No entanto, a mudan- Mas as propostas de mudança dos e Portugal não manifestasse de
No entanto, alheado dos resultados ça de que o Dr. Passos Coelho fala e e transformação apresentadas pelo forma clara e inequívoca, nas urnas,
das sondagens e estudos de opinião, promete já começou a concretizar-se. PSD não se circunscrevem a meros uma evidente vontade e disposição
que nos dias que correm vão sen- Na verdade, há já muitos anos, diria actos de gestão pública ou a uma para realizar as mudanças políticas,
do publicadas para todos os gostos, mesmo décadas, que os portugueses mera crítica, ainda que justa e legíti- económicas e sociais necessárias a
e ao jeito de Francisco Sá Carneiro não assistiam a um debate tão focali- ma, da governação que terá em 5 de uma rápida e efectiva transformação
que pura e simplesmente se limitava zado em propostas, medidas e estra- Junho, próximo, o seu ocaso. O PSD nacional. O primeiro passo para a
a ignorá-las, Passos Coelho decidiu tégias programáticas. A importância apela à valorização e mobilização de Mudança propalada pelo Dr. Passos
apresentar e sujeitar ao julgamen- que o PSD deu ao conjunto de me- uma sociedade civil livre e emancipa- Coelho foi por si dado nesta campa-
to dos portugueses o seu programa, didas que se propunha adoptar, sem da de um Estado que, omnipresente, nha, designadamente pela confiança
com medidas mais ou menos popu- jogos de sombras ou meias verdades, procura controlar e intervir em to- tranquila que depositou na maio-
lares, com maior ou menor aceitação encarando as coisas como elas são, dos os domínios da nossa vida co- ridade e responsabilidade política
no eleitorado, mas certamente pro- sem paliativos ou álibis de consci- lectiva, numa espécie de desconfian- dos portugueses, cabendo, agora, a
postas de mudança de paradigma na ência, obrigam os portugueses a re- ça permanente dos seus cidadãos, todos demonstrar se esta confiança
organização política, económica e flectir não apenas acerca dos erros e numa lógica absolutamente inversa é ou não merecida. Os resultados de
social do país. A proposta de Passos excessos cometidos pelos Governos àquela que preside aos melhores 5 de Junho, darão, certamente, a tão
Coelho, assenta num pressuposto do Eng. José Sócrates, mas também modelos ocidentais de relaciona- esperada resposta.
de maioridade e maturidade políti- sobre o país que desejam construir mento entre o Estado e os cidadãos.
ca dos portugueses, acreditando-se e legar às gerações futuras. O PSD Os anos que se avizinham serão, * Membro da Assembleia
que os eleitores estão preparados e Passos Coelho propõem a todos ninguém o desconhece, anos de di- * Municipal de Bragança

HORÓSCOPO de 1 a 7 de J unho Por Maysa

CARNEIRO GÉMEOS LEÃO BALANÇA SAGITÁRIO AQUÁRIO


Amantes Imperatriz Justiça Carro R o da da Fortuna Julgamento
AMOR: Atravessa uma fase ex- AMOR: Semana em que lhe será AMOR: Semana em que poderá en- AMOR: Alguma tensão na sua re- AMOR: A sua energia mental, AMOR: Depois de uma reflexão
tremamente importante no que possível organizar melhor alguns contrar equilibrio e alguma estabi- lação, causada por uma certa in- poderá pedir-lhe uma constante a nível sentimental, deu novo
toca aos seus afectos. Pode sen- aspectos da sua vida. A sua rela- lidade, embora á custa de grande compatibilidade, que poderá ser procura de diversidade, que não rumo á sua vida. Por isso não
tir uma certa dualidade, já que de ção será uma delas, procure não disciplina pessoal. A sua relação superada se ambos não puxarem o deixará saborear calmamente deixe que problemas ou ruptu-
uma lado poderá sentir-se, muito deixar nada por dizer mas faça-o poderá ser excelente se conseguir a carroça, um para cada lado. Que aquilo que possui de momento. ras do passado ensombrem o
bem tirando partido da nova re- de forma muito directa para não manter uma postura discreta. È ne- tal cederem um pouco, talvez dê seu momento actual. Procure
Sente medo da rotina, da repetição
lação, mas também um pouco gerar equívocos. cessario cumprir normas e regras resultados!!! viver o presente, dentro de um
mesmo que sejam apenas morais. das coisas e das situações, e por contexto que ache mais harmo-
bloqueado quanto à sua anterior
situação. Se continuar nesse im- Plano Material e LABORal: esse motivo, o sentido de liberda- nioso, e em que seja você, sem
Plano Material e LABORal: de, de independência, estarão tão
passe nem é feliz nem deixa que Alguns resultados em actividades Plano Material e LABORal: ter que alterar nada da sua ma-
A nível laboral, é possível que lhe em evidencia.
ninguém o seja. programadas, nomeadamente com Talvez surja alguma surpresa me- neira de estar e ser.
assuntos burocráticos, que pode- nos agradável no que respeita a seja exigido rigor, disciplina e maior
rão ser ultrapassados. multas ou penalizações. esforço de concentração. Plano Material e LABORal: Plano Material e LABORal:
Plano Material e LABORal:
Semana em que poderá ter que No ambiente de trabalho haverá A conjuntura não aconselha ex-
resolver assuntos legais ou bu- SAÚDE: Algumas indisposições, SAÚDE: Complicações intestinais. SAÚDE: Conduza com moderação. novas oportunidades. cessos ou imprudências.
rocráticos. mas estas serão passageiras.
SAÚDE: A sua saúde andara como SAÚDE: Talvez seja o momento
SAÚDE: Procure alguma estabi- exacto, para ir ao médico e fa-
a roda, inconstante.
lidade emocional. zer exames.

TOURO CARANGUEJO VIRGEM ESCORPIÃO CAPRICÓRNIO PEIXES


Diabo Louco Papisa Mago Lua Ermita
AMOR: Todo o tipo de excessos, AMOR: Semana com pensamen- AMOR: Poderá haver momentos AMOR: A nível sentimental, não AMOR: Semana em que poderão AMOR: Semana em que terá
quer em discussões, ou em ati- tos um pouco descontrolados, em que lhe sabe bem voltar atrás crie expectativas, pois estas podem estar em causa emoções fortes maior tendência, para se sinto-
tudes pouco coerentes, com as em que tanto se pode debruçar, no tempo. Se tal é impossível, em gerar ansiedade, que o impedirão e grandes definições. Neste mo- nizar com o seu interior. O seu
acções, poderão a nível sen- sobre o lado belo da sua vida, termos reais, é no entanto viável, de viver alegremente. Procure a mento para si a visão dos aconteci- desejo de afecto poderá estar
timental trazer-lhe rupturas e como afundar-se em divagações nas recordações de factos vividos. companhia dos amigos, estes serão mentos é difusa e parcial. Procure mais em evidência, no entanto
complicações desnecessárias. pessimistas. Agarre-se ao que Mas tudo isso já lá vai, já passou, óptimos para fomentar e ajudar a encarar as situações com maior é natural que a sua habilidade
Tenha um pouco de mais calma, tem de bom e dê volta à situação. o importante é ter calma, de modo que o seu espírito jovem e alegre, serenidade, sob pena de surgirem para receber ou mesmo pedir,
será benéfico para si. De momento, o mais importante a poder superar situações menos se mantenha. atitudes descontroladas. também não seja de momento a
é dominar as incógnitas do futu- agradáveis que possam surgir. mais indicada.
Plano Material e LABORal: ro, pois só é tangível, aquilo que
Plano Material e LABORal: Plano Material e LABORal: Plano Material e LABORal:
O excesso de confiança e certa de se pode usufruir. Plano Material e LABORal:
Quanto ao seu trabalho, poderá Procure não ficar desanimado, tudo É importante que tenha algum cui- Alguma agilidade, aliada a uma
displicência em relação ás obri-
Plano Material e LABORal: sentir que não está num caminho surgirá a seu tempo. dado, pois a Lua agrava, a tendên- boa percepção de todos os fac-
gações do seu dia a dia, tende-
Planeie um novo esquema de tra- fácil, mas tudo indica que está no cia, para os erros. tos, ser-lhe-á benéfico para si.
rão a ser prejudiciais.
balho, de modo a poder eviden- caminho certo. SAÚDE: Saia divirta-se, procure não
SAÚDE: Controle o seu sistema ciar as suas reais capacidades. se isolar. SAÚDE: Controle toda essa ansie- SAÚDE: Aproveite para reunir
SAÚDE: Procure não pensar tanto
nervoso. na vida. Tudo tem solução, menos a dade, de modo a não lhe causar energias.
SAÚDE: Cuide um pouco mais da morte. insónias.
sua alimentação.

26 31 de Maio de 2011 JORNAL NORDESTE


inzonices

I NCLI NÓM ETRO Pelourinho


O
POSITIV CDU e Bloco na frente – Pela primeira vez, a CDU e o Bloco de Es-
querda estão à frente na cidade de Bragança. Não, não é numa sondagem,
O
NEGATIV
mas na quantidade de cartazes colocados nas ruas, que supera largamente
a dos restantes partidos...

Máscaras – Com o PSD à frente


nas sondagens, há muita boa gente
a tirar a máscara, após seis anos de
silêncio. Era vê-los no mega jantar
de Passos Coelho, a fazer tudo para
dizer “eu estou aqui”. No lado opos-
Junta de Freguesia to, o meu compadre Zeferino tomou
de Atenor nota de algumas ausências no almo-
Rui Pereira ço com o José Sócrates. Haverá gen-
Ministro da Administração
Organizou a “Ronda das te que já saltou do barco, temendo
Interna
Adegas” e recriou muitos dos que ele vá ao fundo...
usos e costumes do Planalto
Na semana passada ficou Mirandês. Acresce que a fre- Justiça – O líder do CDS-PP gos-
cotado com a inauguração da guesia regista uma procura ta de puxar dos galões quando fala de
Esquadra da PSP de Miran- significativa de casas para Agricultura e Segurança Social. Diz-
dela, mas, desta vez, a ino- recuperar e o número de mo- se que Portas acalenta o sonho de ser
peracionalidade do SIRESP radores já aumentou. Primeiro-Ministro, mas o meu primo Tonho acha que o que lhe assentava
deitou tudo a perder…
bem era o cargo de “Ministro da Lavoura” ou “Ministro dos Velhinhos”...

foto
Dê cá
um beijinho Ainda agora
para a televisao! comecei e já meti
argolada com

Novela
as portagens...

Zé, temos enchente


e manifs zero. Que
mais queres?

Tu! Isto à beira


do pavilhão
do Passos
nem “metades”!

31 de Maio de 2011 JORNAL NORDESTE 27


ÚLTIMA
Última Hora
Freixo de Espada à Cinta
Adega lança
Vinho Tradicional
A Adega Cooperativa de Frei-
xo de Espada à Cinta acaba de
lançar cerca de seis mil garrafas
de um novo néctar, denominado
Vinho Tradicional. Trata-se de
um vinho que não tem aditivos
nem foi envelhecido em madeira,
com uvas provenientes de uma
vinha já antiga, das quais foram
seleccionadas castas variadas
“É um bom vinho, muito fru-
tado e que estou certo que vai
satisfazer os apreciadores deste
tipo de néctar, elaborado de acor-
do com os métodos mais tradicio-
nais ”, avançou o presidente da
ACFEC, José Santos.
José Santos deixa no ar a
ideia de estender esta experiên-
cia a outros lotes de vinho pro-
duzidos pela ACFEC, de forma a
proporcionar “opções de escolha”
aos apreciadores.

Azeite
China premeia
Trás-os-Montes
O azeite Quinta de Vale do
Conde obteve uma Menção Hon-
rosa na Categoria Intenso, no
Concurso 6th Oil China Competi-
tion 2011, um dos mais importan-
tes do sector.
O concurso foi promovido
no âmbito Oil China 2011 – 7th
China International Exihibition
of Olive Oil & Edible Oil, um dos
maiores certames oleícolas inter-
nacionais, realizado em Shangai
entre 18 e 20 de Abril de 2011.
O azeite vencedor é produ-
zido pela Sociedade Agrícola do
Conde, em S. Pedro de Vale do
Conde, concelho de Mirandela.
Num concurso em que as
classificações foram dominadas
por azeites de origem europeia, a
presença deste Azeite de Trás-os-
Montes Denominação de Origem
Protegida resulta do esforço dos
produtores regionais, nomeada-
mente da Sociedade Agrícola do
Conde, no sentido de melhorar a MONCORVAUTO – SOC. COMERCIAL DE AUTOMÓVEIS, LDA.
qualidade dos seus azeites. AV. DAS CANTARIAS, S/N • ZONA INDUSTRIAL • 5300-107 BRAGANÇA • TEL.: 273 312 403 • FAX: 273 312 891

VITOR DOS LEITÕES


Tlf. 273 010 022

28 31 de Maio de 2011 JORNAL NORDESTE

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