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PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO

CURSO DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA


Componente Curricular:
Professor:

METODOLOGIA CIENTÍFICA
ALFABETIZAÇÃO: CONCEPÇÃO DA ESCRITA E DA
LEITURA NAS SÉRIES INICIAIS

Monteiro – PB

2011

INTRODUÇÃO
O dia a dia apresentado pelos alunos que ingressam nas séries iniciais, mostra-se
preocupante considerando que a cada momento, o educador encontra-se diante de
alguns obstáculos, principalmente quando se refere à leitura e suas interpretações.

Torna-se imprescindível, criar no ambiente pedagógico um clima favorável à


leitura e a escrita, marcado por interações abertas e democráticas. Interações que vão
permitir muitas leituras de um mesmo texto, por sujeitos que têm histórias,
competências, interesses, valores e crenças diferentes e o inicio encantador das
produções textuais. Ao professor cabe reconstruir com seus alunos a trajetória
interpretativa de cada um, buscando compreender a reconstrução de cada sentido
apontado.
OBJETIVO GERAL:
 Compreender a concepção da escrita e da leitura na alfabetização da criança
de 0 a 6 anos.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
 Avaliar o que a criança de o a 6 anos conhece sobre a escrita e a leitura antes
e depois de inserida no cotidiano escolar.
 Compreender o desenvolvimento do processo da escrita e a leitura em
crianças de 0 a 6 anos.
 Refletir a cerca das metodologias utilizadas pelos professores que atuam na
alfabetização.
 Compreender porque muitas crianças se frustram diante do ensino da leitura
e da escrita nas séries iniciais.
JUSTIFICATIVA

A alfabetização de uma maneira geral tem sido uma questão bastante discutida,
principalmente pelos profissionais da educação, por se observar ainda uma grande
dificuldade na aprendizagem da leitura e da escrita da criança. Atualmente esta questão
vem recebendo atenção especial, principalmente se considerarmos a alfabetização não
apenas como aprendizado da leitura e da escrita, mas a importância de todo o seu
contexto sociocultural, histórico e econômico.

A alfabetização é sem dúvida o momento mais importante da formação escolar,


e infelizmente o que ainda presenciamos, é um desconhecimento da realidade linguística
da criança pelos profissionais da educação, como também pelos livros didáticos.

Porém, nas séries iniciais da escola a grande maioria dos alunos apresenta
imensa dificuldade durante o processo de alfabetização. É imprescindível, por tanto, a
investigação e identificação das causas de tal problema para que seja possível a
intervenção adequada e transformadora desta realidade.
Fundamentação Teórica

Nos primeiros anos de vida da criança é preciso mobilizar técnicas, métodos e


recurso pedagógicos que irão estimular seu desenvolvimento global, organizando não
somente expressões espontâneas da criança, mas pensamentos, linguagens e suas
relações, construindo assim novas situações que obriguem a formulação de novas
aprendizagens. A linguagem forma um conjunto de condutas cognitivas e emocionais
que vão dando à invenção, a descoberta e a apropriação de combinações diversificadas
permitindo a formação de conceitos de modo criativo e autêntico. Deste modo a
alfabetização não deve ser algo imposto pelos adultos, a criança deve alfabetizar-se de
acordo com os estímulos e o meio em que está inserida, não precisamos forçar, assim,
uma alfabetização precoce.

As primeiras relações da criança ocorrem na família, mas é na escola que a


criança amplia seus relacionamentos, assim a escola proporcionará experiências únicas
que segundo Zabala (apud KRIEGER, 1998) “depende das experiências vivenciadas, e
as instituições educacionais são um dos lugares preferenciais”.

Deste modo, o meio social fortalece certos impulsos mentais e emocionais,


concretizando que a educação nunca é diretamente, mas indiretamente através do meio,
principalmente, se entendermos a maneira de pensar da criança como uma construção
histórica e pela prática pedagógica desenvolvida em cada tempo e lugar.

O ensino da leitura e da escrita insere-se na aprendizagem significativa e da


funcionalidade da linguagem, não distanciando de sua finalidade primordial, a
comunicação, porém as crianças se deparam com uma aprendizagem dupla, precisam
conhecer o sistema de codificação da escrita alfabética. Por outro lado a linguagem
escrita, nesta perspectiva é importante se ter a noção que se aprende a ler e escrever,
lendo e escrevendo, e que os erros devem ser naturais nesse processo de exploração. Ao
ir desenvolvendo suas percepções, as crianças mesmo ainda não estando inseridas no
cotidiano escolar, vão imitando letras, números e desenhos, fingem que lê estória,
porém já conhecem o que se lê e o que não se Lê, deste modo, vão aos poucos
desenvolvendo o verdadeiro sentido da leitura e da escrita em seu mundo.

A alfabetização segundo Soares (1985) “precisa ser focada sob dois aspectos:
aquisição e desenvolvimento da linguagem e escrita, porém dar-lhe um significado
negaria o seu real sentido, afinal, alfabetização ultrapassa o apenas ler e o escrever”. O
processo de alfabetização perpassa por vários fatores, desde o seu desenvolvimento
emocional, social da natureza linguística que está inserido na relação escola e sociedade,
pois o trabalho de alfabetização, não se restringe apenas a sala de aula. Sem dúvida, a
alfabetização é o momento mais importante da formação escolar de uma pessoa, é
através da escrita e da leitura, que temos acesso ao saber e que na atualidade é uma das
maiores fontes do poder. Deste modo, nossas instituições são controladas pelo poder e
não peço saber.

Nessa perspectiva é relevante repensarmos atitudes a cerca da atual


alfabetização. É a escola que abusa da força da linguagem para ensinar, orientada pelos
princípios capitalistas, como CAGLIARI (1997) relata em seu livro de Alfabetização e
Linguística, a criança na escola, “é claro não poder escrever pura e simplesmente o que
quer, tem que aprender a escrever o que a cultura escolar lhe impõe. E isso é
lamentável.” Precisamos de uma alfabetização democrática, onde apenas ler e escrever
não são o bastante e nem o essencial, o primordial é estar inserido no contexto,
interpretar o mundo a sua volta com novas visões.
Metodologia
 Pesquisa bibliográfica sobre as definições e olhares a cerca da alfabetização
e das dificuldades enfrentadas pelas crianças em relação ao ensino-
aprendizagem, para “possível” intervenção auxiliando o professor para
resolução de algumas dificuldades;
 Observação in loco das relações ensino-aprendizagem, aluno-professor e da
dinâmica-social da sala de aula;
 Entrevistas (professor, alunos e pais);
 Análise de documentos (planos de aulas, atividades desenvolvidas e
proposta);
 Identificação das principais dificuldades dos sujeitos que estão alfabetizados;
 Observação de atividades dos alunos, contrastando as dificuldades relatadas
e a apresentadas.
CRONOGRAMA

PERÍODO 2011

ATIVIDADES MAIO JUNHO JULHO AGOSTO SETEMBRO OUTUBRO


CONSULTA
BIBLIOGRÁFICA
PESQUISA DE
CAMPO
SINTETIZAÇÃO
DOS DADOS
CONCLUSÃO DA
PESQUISA
Referências

ZAMBALA, Antoni. A prática educativa: como ensinar.

Porto alegre: Artmed, 1998.

SOARES, Magda. Letramento: um tema em três gêneros. 2ª ed.


Belo Horizonte: Autêntica, 2004.

CAGLIARI, Luiz Carlos. Alfabetização e Linguística. 10 ed.


Editora Scipione. São Paulo, SP, 1997.

FERREIRO, Emília. Reflexão sobre alfabetização. 24 ed.

São Paulo: Cortez, 2001.

FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler. 43 ed.

São Paulo: Cortez, 2002.

TEBEROSKY, Ana. Aprendendo a escrever. 1 ed.

São Paulo, Ática, 2001.

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