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Introdução

Energia nuclear é a energia liberada numa reacção nuclear, ou seja, em

processos de transformação de núcleos atómicos. Alguns isótopos de certos

elementos apresentam a capacidade de se transformar em outros isótopos ou

elementos através de reacções nucleares, emitindo energia durante esse

processo. Baseia-se no princípio da equivalência de energia e massa

(observado por Albert Einstein), segundo a qual durante reacções nucleares

ocorre transformação de massa em energia. Foi descoberta por Hahn,

Straßmann e Meitner com a observação de uma fissão nuclear depois da

irradiação de urânio com neutrões.

A tecnologia nuclear tem a finalidade de aproveitar a energia nuclear,

convertendo o calor emitido na reacção em energia eléctrica. Isso pode

acontecer controladamente em reactor nuclear ou descontroladamente em

bomba atómica. Em outras aplicações aproveita-se da radiação ionizante

emitida.

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Desenvolvimento

Ernest Rutherford, o descobridor do núcleo atómico, já sabia que esses

poderiam ser modificados através de bombardeamento com partículas rápidas.

Com a descoberta do neutrão ficou claro que deveriam existir muitas

possibilidades dessas modificações. Enrico Fermi suspeitava que o núcleo

ficaria cada vez maior acrescentando neutrões. Ida Noddack foi a primeira a

suspeitar que "durante o bombardeamento de núcleos pesados com neutrões,

esses poderiam quebrar em pedaços grandes, que são isótopos de elementos

conhecidos, mas não vizinhos dos originais na tabela periódica"

A fissão nuclear foi descoberta por Otto Hahn e Fritz Straßmann em

Berlim-1938 e explicada por Lise Meitner e Otto Frisch (ambos em exílio na

Suécia) logo depois, com a observação de uma fissão nuclear depois da

irradiação de urânio com neutrões.

Otto Hahn e Lise Meitner no laboratório

A primeira reacção em cadeia foi realizada em dezembro de 1942 em um

reactor de grafite de nome Chicago Pile 1 (CP-1), no contexto do projecto

"Manhattan" com a finalidade de construir a primeira bomba atómica, sob a

supervisão de Enrico Fermi na Universidade de Chicago.

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Fissão nuclear

Fissão Nuclear é a quebra do núcleo de um átomo instável em dois

menores e mais leves, como por exemplo, após a colisão da partícula neutrões

no mesmo. Esse processo pode ser rotineiramente observado em centrais

nucleares e/ou em bombas atómicas.

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Fusão Nuclear

Fusão Nuclear - é o processo no qual dois ou mais núcleos atómicos se

juntam e formam um outro núcleo de maior número atómico. A fusão nuclear

requer muita energia para acontecer, e geralmente liberta muito mais energia

que consome. Quando ocorre com elementos mais leves que o ferro e o níquel

(que possuem as maiores forças de coesão nuclear de todos os átomos, sendo

portanto mais estáveis) ela geralmente liberta energia, e com elementos mais

pesados ela consome. Até hoje início do século XXI, o ser humano ainda não

conseguiu encontrar uma forma de controlar a fusão nuclear como acontece

com a fissão.

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Vantagens da Energia Nuclear

A principal vantagem da energia nuclear obtida por fissão é a não

utilização de combustíveis fósseis. Considerada como não viável no passado, a

energia nuclear passou gradativamente a ser defendida por ecologistas de

nome como James E. Lovelock por não gerarem gases de efeito estufa. Estes

ecologistas defendem uma virada radical em direcção à energia nuclear como

forma de combater o aquecimento global.

Em comparação com a geração hidroeléctrica, a geração a partir da

energia nuclear apresenta a vantagem de não necessitar o alagamento de

grandes áreas para a formação dos lagos de reservatórios, evitando assim a

perda de áreas de reservas naturais ou de terras cultiváveis, bem como a

remoção de comunidades inteiras das áreas que são alagadas. Outra

vantagem da energia nuclear em relação à geração hidroeléctrica é o facto de

que a energia nuclear é imune à alterações climáticas futuras que porventura

possam trazer alterações no regime de chuvas.

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Desvantagens da energia nuclear

Resíduos radioactivos

A geração de rejeito radioactivo de centrais nucleares é normalmente

baixa, mas representa um problema pois os elementos contidos no

combustível queimado, principalmente os produtos de fissão, demoram um

tempo muito longo para decaírem noutros elementos e apresentam alta

radioactividade, portanto é necessário que eles fiquem confinados num

depósito próprio onde não possa haver nem interferência humana externa,

nem interferência ambiental (já que a interferência ambiental pode causar

vazamentos e deslocamento dos elementos).

Considera-se que apenas uma quantidade de 1 quilograma de Plutónio-

239 seria teoricamente suficiente de causar a extinção da população humana

ao longo prazo. Num ano, um reactor nuclear de 1200 MW (como por exemplo

o de Angra 2) produz 265 kg desse material, que tem uma meia-vida de 24.000

anos.

Acidentes

O acidente no reactor de Chernobyl, contaminou radioactivamente uma

área de aproximadamente 150.000 km² (corresponde mais de três vezes o

tamanho do estado do Rio de Janeiro), sendo que 4.300 km² possuem acesso

interditado indefinidamente. Até 180 quilómetros distantes do reactor situam-

se áreas com uma contaminação de mais de 1,5 milhões de Becquerel por km²,

o que as deixa inabitáveis por milhares de anos.

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