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UNIGRANRIO – UNIVERSIDADE DO GRANDE RIO

PROF. SANDRA IMPAGLIAZZO

MEDICINA 5º PERÍODO2009/2
BASES MORFO FISIO PATOLÓGICAS E CIENTIFICAS DA CLINICA MEDICA
I EPIDEMIOLOGIA

GRUPO: Alexandre Seraphim


Marcelle Bacelar
Renata Delfino
Renatta Gouveia
Valeska Pieve
REFERÊNCIA DO ARTIGO:

Incidência da infecção e de fatores de risco para os vírus das


hepatites B e C em diferentes populações e a associação com
diagnóstico sorológico, bioquímico e molecular.

Andréia Pelegrini1
Érica Evangelista Barbanera2
Flávio Buratti Gonçalves3

AGRAVO:

Hepatite

PROBLEMA:

A prevalência da Hepatite B e hepatite C, em grupos de risco.

CARACTERIZAÇÃO DO PROBLEMA (quantificação):

A hepatite B e a hepatite C, são os patógenos transmitidos pelo sangue mais


prevalentes, causam doença grave, debilitante com potencial para induzir
cronicidade, cirrose e câncer. Devido a freqüência de infecções, é importante
quantificar a prevalência e caracterização das populações acometidas, para que,
assim, se possa traçar estratégias de controle e prevenção mais eficazes para seu
combate.

“A distribuição das infecções na amostra estudada segundo o sexo demonstrou


prevalências no sexo masculino de 9,3%, 33,3% e 10,9% e no sexo feminino de
10,3%, 31,5% e 4,7%, para a infecção pelo VHB, VHC e co-infecção,
respectivamente, sendo estatisticamente significante a presença de co-infecção
no sexo masculino, enquanto, em relação à prevalência de infecções segundo a
faixa etária, estas foram predominantes nas faixas compreendidas entre 21 e 40
anos (48,5%) e entre 41 e 60 anos (42,0%), sendo a análise estatisticamente
significante na faixa compreendida entre 21 e 40 anos em indivíduos infectados
pelo VHB.”
HIPÓTESE EXPLICAÇÃO CAUSAL:

As formas de transmissão: o emprego de equipamentos médicos, hospitalares e


odontológicos contaminados; contribuíram para a disseminação da doença desde quando
foi relatada seu primeiro surto na década de 80. O uso compartilhado de seringas, agulhas e
outros instrumentos entre usuários de drogas, assim como relações sexuais sem
preservativo (camisinha) são as formas mais preocupantes de contaminação na população,
o que contribuíram para aumentar essa disseminação atualmente. Transfusões de sangue
foram a principal via de transmissão da doença, o que tornou obrigatória a testagem
laboratorial dos doadores.

Gestantes (grávidas) contaminadas podem transmitir a doença para os bebês, sendo o parto
normal ou por cesariana o principal momento de risco, o que pode ser minimizado pelo
médico através de tratamento adequado.

Na análise da associação entre os diversos fatores de risco e a prevalência de co-infecção,


foram estatisticamente significantes o HIV, o uso de drogas não-injetáveis, o uso de drogas
injetáveis, a prostituição e a DST.

FATOR (es) DE RISCO:

Diferenças geográficas, climáticas, econômicas e na origem étnica da população vão


interferir na epidemiologia das doenças e levar a uma diferença e de certa forma uma
discrepância ao compararmos as diferentes regiões do país. No Brasil os critérios de
notificação só se tornaram definitivos em 1999, levando a falhas e subnotificacões devemos
considerar também resultados falsos-positivosja que na maioria dos casos o método
utilizado foi o imunoenzimático para a pesquisa de anti-VHC, que é um bom teste, porém
necessita de confirmação diagnóstica.

Ao associarmos os fatores de risco com a infecção pelo vírus da hepatite B, foram bastante
significantes o uso de drogas não-injetáveis, o uso de drogas injetáveis e a gestação. Quanto
à infecção pelo vírus da hepatite C, levamos em consideração a hepatite A, o HIV, a
gestação e a DST. Já na co-infecção o principal é o HIV.

Levando em consideração a faixa etária a taxa de infecção é de forma crescente onde em


idades precoces tende a uma elevação lenta e gradual à medida que aumenta a faixa etária e
os comportamentos de risco se exarcebam, e vão sendo adquiridos ao longo da vida, tais
como atividade sexual de risco, uso de drogas ilícitas injetáveis e outras exposições ao
sangue e hemoderivados, a prevalência da doença vai acompanhar esta crescente da faixa
etária.
Os fatores de risco para esta doença estão evidenciados também em aspectos
comportamentais adotados por esses indivíduos, tais como, promiscuidade e a não
utilização de preservativo. A prostituição por exemplo se mostra associada ao risco para a
aquisição de hepatite B e C devido a comportamentos típicos adotados, tais como elevado
número de parceiros e relações sexuais de risco, e a práticas e situações a ela relacionadas,
aí incluídos o consumo de drogas ilícitas e de bebidas alcoólicas, a exposição a prisões, o
baixo nível educacional e a marginalização socioeconômica.

EFEITO OBSERVADO:

A imunização funciona na proteção contra o Vírus da Hepatite B,para a gestante e para o


feto, já que a transmissão vertical, pode ocorrer.
Dentre os diversos fatores de risco destacando-se o uso de drogas injetáveis ou não e a
gestação. A prevalência de hepatite B em gestantes depende do caráter epidêmico da região
e população estudada. Sendo a atividade sexual a principal via de transmissão do VHB, a
gestação pode ser vista como um possível indicativo de exposição ao vírus. O uso de drogas
relaciona-se a um comportamento sexual de risco, enquanto a transmissão viral entre
usuários de drogas injetáveis é primariamente parenteral, através da troca das seringas.

Foram considerados fatores de risco para infecção por vírus da hepatite C: hepatite A, o
HIV, a gestação e a DST. Lembrando que a contaminação pela hepatite A esta relacionada
a um mecanismo oro-fecal que remete a condições precárias, portanto pode haver a relação
entre a infecção e situação socioeconômica da população. A relação da co-infecção entre
HIV/vírus da hepatite C dá-se pela forma comum da aquisição das doenças. O HIV leva a
progressão mais rápida da doença, aumentando o risco de cirrose, assim como também a
maiores taxas de viremia pelo vírus da hepatite C. É importante salientar também que,
assim como ocorre na hepatite B, a gestação pode ser vista como um possível indicativo de
exposição ao vírus da hepatite C por via sexual. Já a presença de DSTs pode remeter a um
comportamento sexual de certa forma ´´promíscuo´´ no sentido da não proteção e número
de parceiros relacionando-se assim a sua transmissão.

POPULAÇÃO/AMOSTRA(gem):

“A população de estudo foi a pertencente ao setor de Infectologia da Clínica


Municipal de Especialidades Médicas, que se trata do Centro de Referência para o
diagnóstico e tratamento das hepatites virais no município. Foram incluídos no
estudo os casos notificados, entre 1994 e 2006, de pacientes com sorologia positiva
para as hepatites B e C. Os dados laboratoriais (resultados bioquímicos,
sorológicos e de biologia molecular) e epidemiológicos foram coletados entre os
meses de março e agosto de 2006.”

DESCRIÇÃO DO ESTUDO:

“Foram incluídos no estudo os casos notificados, entre 1994 e 2006, de pacientes com
sorologia positiva para as hepatites B e C. Os dados laboratoriais (resultados
bioquímicos, sorológicos e de biologia molecular) e epidemiológicos foram coletados entre
os meses de março e agosto de 2006. Os dados obtidos foram codificados e digitados em
planilha, utilizando-se o programa EXCEL e, posteriormente, submetidos à análise
utilizando-se o programa Epi Info versão 3.3.2. Para determinar a significância do
trabalho, foi utilizado o valor de “p” com correção de Yates.

Este trabalho, baseado na revisão de prontuários médicos de registro, foi realizado após o
consentimento da Direção e Coordenadoria do Programa DST/Aids da Clínica Municipal
de Especialidades Médicas de São Bernardo do Campo e a aprovação da Comissão de
Estágio do curso de Biomedicina da Universidade Metodista de São Paulo.”

AÇÃO PROGRAMÁTICA DE INTERVENÇÃO:

O conhecimento adequado sobre a freqüência do vírus B e a implementação de


estratégias indicadas para a sua prevenção exigem métodos complexos de
vigilância epidemiológica, e esta é importante para a diminuição da disseminação
da doença.

Propostas para uma boa profilaxia pré-exposição e pós-exposição da Hepatite B


são:

As gestantes devem ser avaliadas no exame pré-natal em relação aos marcadores


do vírus B; prevenção de infecção perinatal, através de triagem materna e de
profilaxia pós-exposição dos recém-nascidos de mães AgHBs +;vacinação contra
hepatite B de todas as crianças, visando prevenir a infecção na infância e em
idade mais avançadas;vacinação dos adolescentes que não foram
protegidos;vacinação de indivíduos pertencentes a grupos de risco. A vacina
contra a hepatite B é extremamente eficaz.

A Imunização ativa, passiva ou ativo-passiva, em curto período de tempo após a


exposição ao Vírus da Hepatite B, também pode efetivamente prevenir as
infecções.

Programas de prevenção para o vírus C deveriam incluir:

Prevenção de transmissão por atividades de alto risco (uso de drogas e sexo não
protegido com múltiplos parceiros);triagem de doadores e procedimentos de
inativação de produtos potencialmente contaminados com o vírus C (transmissão
através de sangue, produtos derivados de sangue, transplantes de órgãos e
tecidos); e melhorar as práticas de controle de infecção (transmissão através de
procedimentos médicos).

Poderia ser incluído nos programas educacionais: tratamento de viciados, uso de agulhas e
seringas, riscos de compartilhar drogas e uso de preservativos.
Algumas dessas estratégias já vem sendo realizadas, só que parece que não estamos dando
a devida importância aos riscos que estas doenças podem trazer. É indispensável que haja a
colaboração dos gestores de saúde, estaduais e municipais, profissionais de saúde, e aqueles
que detêm o poder de comunicação.

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