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Os agentes da polinização

Todos os segredos de um novo organismo vegetal estão contidos em cada


minúsculo grão-de-pólen (invisível a olho nu). Envolto em grânulos resistentes
a ácidos, a altas temperaturas e a outros fenômenos da natureza, resistem
protegidos e reconhecíveis por centenas de milhares de anos.

A polinologia tem condições de analisar sedimentos de lagos e pântanos,


podendo reconstituir o estado da antiga vegetação destes ambientes. Através
de longos tubos que trazem das profundidades material sedimentado em
camada, é possível revelar o diagrama polínico daquelas localidades, e assim
obter-se dados como: clima dominante na época, a chegada de novas plantas,
desmatamentos, uso de herbicidas, mudanças ambientais, etc.

A polinização pode se dar através de diversos agentes: vento, insetos,


pássaros, água, morcegos e homem. Se o transporte é feito pelo vento, as
plantas são chamadas anemófilas; se através de insetos, são denominadas
entomófilas; se realizado pela água, as plantas são chamadas de hidrófilas; se
pelas aves, as plantas denominam-se ornitófilas; se pelos morcegos, as plantas
são quiropterófilas; se polinizadas com a ajuda do homem, são plantas
antropófilas.

As flores polinizadas pelo vento, como as coníferas, as gramíneas e ciperáceas,


são desprovidas de nectários, de aromas e de envoltórios coloridos.
Apresentam entretanto, superprodução de pólen, pólen pequeno e peso
reduzido; alguns com câmaras de ar e outros comestigma plumoso.

Na polinização feita por animais, diversas são as formas de atração que as


plantas apresentam, como: coloração do cálice, da corola, modificações da flor,
odores e nectários.

As flores polinizadas por morcegos, como algumas paineiras e o baobá, só se


abrem à noite, exalando um odor forte.

As polinizadas por mariposas, como a dama-da-noite, possuem um perfume


suave. Assim como os nectários, se situam no fundo de uma longa corola
tubulosa. Somente as mariposas podem promover sua polinização, pois só elas
possuem uma espirotromba capaz de alcançar o fundo da corola.

As flores diurnas polinizadas por multidões de insetos ou aves, possuem odor


suave. São ricas em néctar e muito coloridas, como a maria-sem-vergonha,
polinizada por borboletas, as margaridas e girassóis por abelhas, a eritrina e
hibiscos por beija-flores.

As plantas aquáticas como a Vallisneria, têm sua flor masculina levada para a
feminina pela correnteza da água.

A polinização feita artificialmente pelo homem, em certos vegetais como a


baunilha e a tamareira, cujas polinizações naturais são muito deficientes,
contribui acentuadamente para o aumento da produção de seus frutos. Nos
desertos da Arábia, cultiva-se o hábito de sacudir cachos masculinos sobre a
inflorescência feminina das tamareiras, promovendo dessa maneira uma maior
fecundação com resultados surpreendentes na época da colheita.

Segundo pesquisadores, a abelha visita 10 flores por minuto, demorando-se


dez minutos em cada excursão fora da colméia. Em média, faz 40 vôos diários,
tocando 4.000 flores.

Uma família normal de abelhas manda para o campo pelo menos 10.000
trabalhadores que passam em 40 milhões de flores. Dois terços de
aproximadamente 225.000 espécies de angiospermas (plantas com flores e
frutos) dependem dos insetos.

Sep
27

Como as plantas atraem os animais

Elas embelezam os jardins e são fonte de grande admiração, as flores exibem


na natureza uma grande diversidade de formas, cores e cheiros. Tanta beleza
não é por acaso. Elas têm o papel crucial de atrair polinizadores. E para atraí-
los utilizam diferentes mecanismos, desde a oferta do néctar, como alimento
altamente energético; cores nas tonalidades melhor enxergadas por
determinado animal; ao uso de cheiros fortes, tudo de acordo com o gosto do
cliente, ou melhor, do polinizador. Tudo isso é possível porque elas evoluíram
junto com seus polinizadores (co-evolução), assim, o ambiente selecionou
aquelas flores que melhor atraem o polinizador, e este possui as melhores
estruturas para usufruir dos recursos alimentares oferecidos e de quebra fazer
a polinização. Os polinizadores, que podem ser animais ou o vento, são
responsáveis pelo transporte do pólen de uma flor para a outra. Após ser
polinizada, a flor formará os frutos e as sementes que garantirão a
perpetuação da espécie no ambiente. Dessa forma, muitas espécies que são
polinizadas principalmente ou unicamente por besouros possuem flores
tipicamente brancas ou com cores pouco vistosas, mas com odor forte. Isso
porque os besouros não retiram seus alimentos exclusivamente das flores, mas
principalmente, de outras fontes, tais como a seiva, os frutos, as fezes e a
carniça. Por isso, eles possuem o olfato mais desenvolvido do que a visão, o
que explica o fato das flores polinizadas por eles gastarem mais energia para
produzir cheiros do que cores. Estas podem ser grandes e solitárias, como nas
magnólias, algumas espécies de lírios, papoulas e rosas selvagens; ou
pequenas e agregadas em inflorescências, como nas Araceae e em alguns
membros da família da cenoura e erva-doce (Apiaceae). A família das
Anonáceas (graviola, araticum, pinha, fruta-do-conde) também são exemplos
de espécies polinizadas por besouros. As moscas que se alimentam de matéria
orgânica em decomposição, também são atraídas por flores mal cheirosas e
frequentemente escuras, como por exemplo, a planta suculenta africana
Stapelia gigantea e outras espécies da família Asclepiadaceae. Aproveitando-se
dessa atração por cheiro desagradável, plantas do gênero Arum têm flores que
formam uma engenhosa armadilha natural. A flor abre à noite e libera
substâncias com cheiro de fezes, que atraem moscas e besouros de esterco.
Estes penetram na flor e não conseguem sair devido a secreções de óleo que
os fazem escorregar. Isso para que em seus movimentos, transfiram pólen dos
órgãos masculinos para os órgãos femininos da flor fazendo a autopolinização.
Algum tempo depois, ocorrem mudanças anatômicas que provocam o
enrugamento da flor, fornecendo como que uma “escadinha” para o inseto
sair. Além de ter autopolinizado a flor, o inseto ainda sai carregando o pólen
que acabará levando para uma outra planta dessa espécie polinizando-a. As
flores polinizadas por borboletas e mariposas ao contrário, possuem odores
adocicados. Algumas espécies de borboleta enxergam o vermelho como uma
cor bem distinta, por isso, algumas flores polinizadas por borboletas são
vermelhas ou alaranjadas. Borboletas e mariposas possuem o aparelho bucal
longo, como um tubo, que fica enrolado quando elas não estão se alimentando.
Para se alimentar, elas esticam esse longo “tubo” e sugam o néctar (como
pode ser observado na imagem acima). Por isso, as flores polinizadas por estes
insetos possuem estruturas longas, em forma de tubo, onde está guardado o
néctar. Assim, apenas borboletas e mariposas, por possuírem aparelho bucal
longo, conseguirão alcançar. São exemplos de flores polinizadas por borboletas
e mariposas: As margaridas, Ixora (Ixora sp), Barba-de-barata, (Caesalpina
pulcherrinia), Justícia (Justicia carnea), dentre outras. Um exemplo de como a
relação planta e polinizador pode ser altamente especializada é o caso das
mariposas fêmeas da espécie Tageticula yucasella. Durante a noite, elas
polinizam as flores de iúca (Agavaceae). Mas em troca da realização deste
trabalho, a mariposa põe seus ovos na flor. Isso para que quando desenvolver
as sementes, suas larvas possam utilizá-las como alimento. Estima-se que
apenas 20% das sementes produzidas sejam consumidas pelas larvas em
desenvolvimento, demonstrado que esta estratégia é vantajosa tanto para as
mariposas que garantem alimento para que suas larvas sobrevivam, como
para a iúca que é polinizada garantindo a formação de suas sementes.

Sep

26

A polinização da Pitaya

As flores da Pitaya são laterais, noturnas, com 20 a 35 cm de comprimento,


brancas, completas, perfumadas ao abrir, à noite, quando são polinizadas por
insetos. Contém numerosos estames, tendo sido contados acima de 800 em
uma só flor, arranjados em duas fileiras, ao redor do pistilo formado por 14 a
28 estiletes de cor creme. As sépalas são de cor verde-clara. O pólen é
abundante e de cor amarela.

Para que ocorra a polinização cruzada ou autopolinização é necessário que a


flor se abra, o que ocorre a noite, mas a sua abertura é precedida de várias
etapas, ou seja: a partir das 12 horas há um inchamento do bulbo floral e o
início da deiscência das anteras. No inicio da noite (após as 19 hs), se dá a
abertura floral, com separação do perianto e das brácteas, estágio no qual as
anteras já estão com sua máxima deiscência. Os lóbulos do estigma se
estendem, mas como há uma separação dos estames e como há diferença de
altura desses órgãos, isso dificulta a autopolinização. Nesse estágio a umidade
relativa baixa e a insolação podem influir na senescência da flor, o que ocorre
no início da manhã seguinte.

A polinização e fecundação são essenciais para que haja frutificação na pitaya,


o que se dá durante a noite, com atração de polinizadores, como abelhas,
pássaros, mamangavas e morcegos, pelo perfume do néctar da flor. Além dos
citados polinizadores, pode haver autopolinização em algumas variedades ou
espécies. Há espécies que são auto-incompatíveis, necessitando de outra para
que haja a polinização cruzada.

Como os órgãos masculinos amadurecem primeiro, a abertura da flor pode ser


feita manualmente, o que atrai as abelhas e possibilita a transferência do pólen
pelas mesmas, pois é comum os citados insetos procurarem as flores, mas
estas ainda estarem fechadas. A abertura natural das flores só ocorre ao
anoitecer.

Se houver condições de fazer a polinização manual essa é aconselhável, pois é


fácil, embora trabalhosa. Basta abrir a flor, retirar o pólen com os dedos e
passar estes no estigma da outra flor.

Jul

07

Polinização – o que é?

Polinização: importante no processo de reprodução das plantas

O que é
Polinização é o transporte de grãos de pólen de uma flor para outra, ou para o
seu próprio estigma. É através deste processo que as flores se reproduzem.

Transporte do pólen

A transferência de pólen pode ocorrer de duas maneiras: através do auxílio de


seres vivos (abelhas, borboletas, besouros, morcegos, aves, etc) que
transportam o pólen de uma flor para outra, ou por fatores ambientais (através
do vento ou da água).

Além destas duas maneiras, há também a auto-polinização, ou seja, a flor


recebe seu próprio pólen. Contudo, há casos em que ela o rejeita; nestas
situações, ocorrerá a troca de genes com outras flores, o que resultará em uma
variação da espécie.

Entretanto, algumas espécies utilizam-se de seu próprio pólen objetivando


produzir sementes e garantir a estabilidade de sua população (aqui não
ocorrerá a variação, pois não haverá mistura de genes).

Existem algumas espécies, como as Gimnospermas, onde, na maioria das


vezes, a polinização é anemófila (através do vento). Acredita-se que isso seja
em decorrência da forma de evolução desta espécie (quando não podiam
contar com insetos especializados na coleta de pólen, como as abelhas).
Devido a isto, esta espécie possui uma pobre variação morfológica em suas
estruturas reprodutivas.

É impossível deixar de notar a beleza e a enorme variedade de flores


existentes na natureza, esta diversidade somente é possível graças à
população de insetos coletores de pólen, como as abelhas, borboletas,
mariposas, aves e mamíferos.

Jun
16

O que é polinização?

Polinização é a transferência dos grãos de pólen das anteras (parte masculina)


para o estigma (parte feminina) das flores, possibilitando a fecundação da flor
e posterior desenvolvimento do fruto. Para compreendermos melhor a
interação planta – abelha, é necessário conhecer as partes e funções da flor.
Numa flor típica, encontramos peças que recebem os nomes de cálice, corola,
nectário, gineceu e androceu.

Cálice – formado por sépalas, é a parte da flor normalmente verde. Constitui a


base da flor. A corola é formada por pétalas, que são coloridas.

Essas duas partes da flor, o cálice e a corola, têm função atrativa e ornamental
de grande importância para atrair as abelhas.

O nectário secreta um líquido açucarado chamado néctar. As abelhas coletam


o néctar, desidratam-no na colméia e o transformam em mel.

Androceu - é o órgão masculino da flor, composto pelos estames que são


formados pelo filete, conectivo e antera. Na antera são produzidos os grãos de
pólen que as abelhas coletam para sua alimentação como principal fonte
protéica.

Gineceu - é o órgão feminino da flor, composto pelos pistilos, que são formados
pelo estigma, estilete e ovário. No interior do ovário estão os óvulos, dos quais
se originarão as sementes.

Existem dois tipos de polinização: a autopolinização e a polinização cruzada. A


autopolinização é a transferência dos grãos de pólen da antera de uma flor
para o estigma da mesma flor ou de uma outra flor do mesmo pé. Neste último
caso, a autopolinização também é chamada de polinização direta ou
autogamia.
A polinização cruzada é a transferência dos grãos de pólen da antera de uma
flor para o estigma de outra flor da mesma espécie, mas de pés diferentes.
Neste caso, a polinização cruzada pode ser chamada também de alogamia. Na
natureza, esse tipo de polinização é o mais vantajoso, já que possibilita a
formação de novas combinações genéticas que favorecem a formação de
sementes, originando novas plantas, mais vigorosas e produtivas. Para que
isso ocorra, as plantas desenvolvem alguns mecanismos de defesa, como, por
exemplo:

* Dioicia, quando a planta tem flores unissexuais sobre indivíduos diferentes,


como o mamão.

* Dicogamia, quando os órgãos sexuais de uma mesma planta amadurecem


em tempos diferentes.

* Heterostilia, quando os elementos das flores, os estames e os pistilos têm


dimensões diferentes.

* Monoicia, quando a planta tem flores unissexuais sobre o mesmo indivíduo,


como o milho.

* Auto-esterilidade, quando a flor é polinizada pelo seu próprio pólen, mas não
é fecundada.

Diante de, alguns mecanismos de defesa que as plantas possuem para evitar a
autopolinização, existem vários agentes polinizadores que favorecem a
polinização cruzada, como o vento, os animais, a água e os insetos. Dentre
todos, os insetos são os mais importantes, principalmente as abelhas, que
desenvolveram na sua evolução mecanismos apropriados para se tornar
excelentes polinizadores, como pêlos em todo o corpo, que favorecem o
transporte dos grãos de pólen, e o seu eficiente sistema de comunicação, que
permite a uma abelha campeira indicar rapidamente a todas as outras abelhas
a localização de uma florada.

As plantas, por sua vez, para garantir a perpetuação da espécie, também


desenvolveram mecanismos de atração das abelhas, como:

Cores: as abelhas diferenciam bem a cor amarela, verde, azul e violeta, e são
atraídas por elas.

Aroma: as abelhas são muito sensíveis ao cheiro e facilmente treinadas a


visitar flores com odores específicos. Costuma-se aconselhar os apicultores a
macerarem algumas flores de grandes floradas e misturar em xarope, que será
oferecido às abelhas em alimentadores próprios, com o objetivo de treiná-las a
associar aquele cheiro a determinada fonte de alimento.

Forma: a forma da flor ajuda a destacá-la na folhagem e também favorece a


aproximação da abelha.

Néctar: é o maior atrativo da abelha. Localiza-se nos nectários, que podem ser
florais e extraflorais. Estes são encontrados no caule, folha, pecíolos etc., e
aqueles no interior da flor, dentro da corola, na base do ovário, para atrair as
abelhas e facilitar a polinização das flores. A secreção de néctar dentro da flor
inicia-se na hora da abertura da flor e cessa logo após a fertilização.

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