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SÃO PAULO
1999
Alfonso Gómez Paiva
Gestão de recursos hídricos: uma análise dos
Planos da bacia hidrográfica dos rios piracicaba,
Capivari e Jundiaí entre 1994 e 1997
Banca Examinadora:
___________________________________________
___________________________________________
___________________________________________
À Memória de minha Avó Nilva pelo seu estímulo aos meus estudos
Ao meu Orientador Prof. Dr. Arlindo Philippi Júnior por sua paciência e estímulo.
À Profa. Dra. Maria Cecília Focesi Pelicioni e à Profa. Dra. Maria Martha Hübner pela
revisão metodológica.
Martinez Jr. (CTH – USP), Dra. Mônica Porto (ABRH), José Ferreira Assis (CETESB –
À amiga Alfia Botelho Nunes e à Dra. Irene Jeanete pela revisão ortográfica e
gramatical; ao meu irmão, Hamlet, pelo auxílio inestimável quanto aos recursos e manutenção
dos equipamentos de informática, à minha Tia Diva que possibilitou a continuidade de meus
dando o apoio financeiro para que eu pudesse concluir esta etapa da vida acadêmica.
“POR MAIS QUE NA BATALHA SE VENÇA UM OU MAIS INIMIGOS, A VITÓRIA
BUDA
RESUMO
ABSTRACT
1. INTRODUÇÃO ..............................................................................................1
2. OBJETIVOS ..................................................................................................3
3. METOLOGIA .................................................................................................4
DE RECURSOS HÍDRICOS
Hídricos (SNGRH)...............................................................................88
........................................................................................................................95
CAPIVARI E JUNDIAÍ
14.COMENTÁRIOS E CONCLUSÕES
Inglaterra .............................................................................................................. 56
Figura X-1: Estimativa por setor de usuários sobre a arrecadação anual pela
Figura XI-3: Mapa do Estado de São Paulo e as 22 Bacias Hidrográficas ......... 102
Figura XIII-2: Mapa do Estado de São Paulo com as bacias hidrográficas segundo
Figura XIV-1: Situação geral das ações propostas pelo CBH-PCJ no Plano de
Figura XIV-2: Situação das ações propostas pelo CBH-PCJ no Plano de Bacias
ÍNDICE DE TABELAS
Europa ................................................................................................................. 12
Tabela V-4: Municípios que coletam, tratam e possuem ETE para os esgotos
Tabela V-6: Domicílios por tipo de instalação sanitária nas regiões do Brasil .... 31
Tabela V-8: Abastecimento de água por município e volume de água tratada ... 33
............................................................................................................................. 64
Tabela X-3: Distribuição percentual das verbas entre os oito setores ................. 78
Tabela X-5: Propostas de preços para a cobrança pelo uso da água ................. 86
Tabela XI-1: Relação de Estados do Brasil com Lei sobre política e sistema de
Tabela XII-3: Deflúvio mínimo natural de alguns rios da UGRHI-5 ..................... 114
Tabela XII-4: Barragens da bacia do rio Piracicaba e seus respectivos usos .... 115
............................................................................................................................ 119
Tabela XII-9: Principais atividades agropecuárias do CBH-PCJ por bacia ......... 121
Tabela XII-10: Principais atividades industriais do CBH-PCJ por bacia ............. 121
Tabela XII-11: Demandas por uso em cada sub-bacia do CBH-PCJ ................. 123
Tabela XII-13: Estimativas de cargas polidoras por bacias do CBH-PCJ ........... 125
Tabela XII-14: Formas de disposição do lixo nos municípios do CBH-PCJ ........ 129
Tabela XIII-5: Ações e investimentos de órgãos estaduais para 1994 em mil US$
............................................................................................................................ 157
Tabela XIII-6: Investimentos previstos e realizados por órgão estadual ............. 160
Tabela XIII-8: Ações previstas pelo CBH-PCJ para 1994 no relatório de situação
Tabela XIII-9: Ações e investimentos previstos para o período 96/99 ................ 166
UGRHI-5.............................................................................................................. 174
............................................................................................................................ 180
Tabela XIII-18: Classificação dos estabelecimentos quanto a área do lote ........ 187
diminuir esses conflitos se faz necessária a gestão dos recursos hídricos, onde o
deve ser articulado com os planos setoriais e regionais e a importância dos planos
Due to irregular water distribution on Earth, economic and population growth, could
profound concern for the environment, i.e., the importance of the municipalities
accordance with regional and sectorial plans, the current work has been developed
to analyse the hydrological basin of the rivers Piracicaba, Capivari and Jundiaí
econômico.
e 7,8% da população do Brasil. Por outro lado a demanda per capita do sudeste é
Recursos Hídricos. Uma trajetória marcada pela tímida ação do Poder Público,
águas, bem como a participação social no processo de decisão que deve ser
estabelecidos.
para garantir a qualidade de vida à geração presente, mas também à futura, não
citado.
1994 e 1995;
94/95 e o de 96/99;
planos de bacias.
4
3. METODOLOGIA
aplicada utiliza essa teoria para desenvolver sua aplicação prática; por exemplo, a
para a construção.
pois irá, segundo Best citado por Lakatos (1992), descrever, registrar, analisar e
Esse tipo de pesquisa é muito usado nas Ciências Humanas e Sociais, pois
desenvolvimento sustentável;
(1975);
propostos;
custos de implantação;
96/99.
gerais, bem como as ações propostas nos PDC's, de forma a estabelecer uma
gerenciamento dos recursos hídricos com a gestão do uso e ocupação do solo, foi
para que se pudesse realizar uma análise, identificando as metas e as ações que
humana.
discussão do capítulo.
Vale do Tennessee. Esses países são importantes pois, seus modelos de gestão
egípcia; Paris formada na Bacia do Rio Sena e a Cidade de São Paulo, formada
A água está presente desde os primórdios, ainda hoje, nas crenças, mitos e
1997).
extrapola suas
necessidades físicas
como também há
da população, devido à
contaminação e suas
conseqüências.
Figura IV-1: Gravura de 1923 retratando o desalento gerado pelo precário ou
inexistente saneamento básico. Fonte: Livro Saneamento do Brasil de Penna
(1923).
11
2,24% é água doce e, no entanto, boa parte dessa água doce está ou congelada
Área
10.500 43.475 30.120 24.200 17.800 8.950 3.980
10 3 km2
Vazão Média
102.000 458.000 145.000 260.000 334.000 76.000 73.000
Anual m3/s
Volume Médio
3.210 14.410 4.570 8.200 11.760 2.388 2.310
Anual km3/s
Fonte: SETTI,1994 (UNESCO, 1978).
12
Além da má distribuição da água pelo globo, há diferença na disponibilidade
cada cultura.
alguns países da Europa, onde uma fração destes tem uma demanda de água
capita por ano nos países europeus, bem como a relação entre a disponibilidade
disponibilidade.
Tabela IV-2: Disponibilidade e demanda per capita anual de alguns países da Europa
Disponibilidade per capita Demanda total
País
nos rios m3/hab/ano m3/hab/ano
Albânia 3080 94
Alemanha 1300 671
Bélgica 850 917
Bulgária 2000 1600
Espanha 2800 682
Finlândia 22110 774
França 3030 606
Holanda 680 1004
Hungria 570 502
Inglaterra 2110 507
Islândia 671.940 349
Itália 3130 811
Malta 70 68
Noruega 96150 489
Portugal 3310 1062
Suécia 21110 479
Suíça 6520 502
Fonte: World Resources Institute, 1990.
13
por continente, onde a relação entre milhões de habitantes por quilômetro cúbico
que dos 642,90 km3 de água retirada para tal uso, 45,73% referem-se ao
(Setti, 1994).
14
irrigação, tabela IV-5, onde a Europa, a Ásia e a América do Sul apresentam uma
demanda de 6,47; 9,29 e 8,24 quilômetros cúbicos de água para cada milhão de
Estados Unidos (país que mais contribui para tais resultados), é o continente que
doméstico, seja por hectare irrigado, como também no uso industrial. Isso mostra
Cada tipo de uso da água requer um grau de qualidade, incorpora uma certa
(Barth, 1999).
qualidade das águas do manancial que será utilizado, o que influi em custo. Esse
variando com o
Industrial produto, refrigeração e tipo de uso e de tóxicas e
tipo de uso
geração de vapor indústria elevação de
temperatura
Irrigação artificial de
Médios, Carreamento de
culturas agrícolas
Irrigação Alto, de 90% dependendo do agrotóxico e
segundo diversos
tipo de cultura fertilizantes
métodos
Doméstico Alterações na
Abastecimento
dessedentação de Baixo de 10% Médios qualidade com
Rural
animais efeitos difusos
Estações de piscicultura Carreamento de
Aquicultura Baixo de 10% Altos
e outras matéria orgânica
Alterações no
Perdas por
Geração Acionamento de regime e na
evaporação do Baixos
Hidrelétrica turbinas hidráulicas qualidade das
reservatório
águas
Lançamento de
Navegação Manutenção de calados
Não há Baixos óleo e
Fluvial mínimos e eclusagem
SEM DERIVAÇÃO
combustíveis
Recreação, Natação e outros Altos,
Lazer e esportes com contato Lazer especialmente
Não há
Harmonia direto, iatismo, contemplativo recreações de
Paisagística motonáutica contato primário
Com fins comerciais de Poluição
espécies naturais ou orgânica, física,
Pesca Não há Não há
introduzidas através de química e
estações de piscicultura bacteriológica
Melhoria da
Usos de Vazões para assegurar
Não há Não há qualidade da
preservação o equilíbrio ecológico
água
Fonte: BARTH, 1987.
17
Além disso, verifica-se na tabela IV-6 os efeitos nocivos que o tipo de uso
estabelecidos.
não afetando diretamente a saúde humana se, por exemplo, ao lançar seu
do ser humano.
18
A poluição dos recursos hídricos pode advir de diversas fontes como
1995).
A DBO 5 dos esgotos domésticos gira ao redor de 300 mg/l conforme Mota
(1995).
hábitos da população local; a lixívia do solo através da chuva pode levar aos
8).
química Nippon Nitrogen Fertilizer foi responsável por 887 mortes e mais de 2 mil
absorvidos que outras formas do metal e que fetos são quatro vezes mais
21
sensíveis ao metilmercúrio, enquanto uma pesquisa revela que recém-nascidos
1977).
corretivas.
22
5. A QUESTÃO DA ÁGUA NO BRASIL
5.1.Aspectos Gerais
hídrico. O Brasil, país com uma grande área nesse continente e tendo boa parte
1997).
(Maia, 1997).
Rio Piracicaba.
cheguem a consumir 17,8% dos recursos hídricos do país, como é o caso do Rio
Como foi visto, consumir muito não significa necessariamente ter um alto
hídricos.
Tabela V-1: Potencial e demanda per capita de água por Região do Brasil
Região População Potencial Demanda
Habitantes % M3/hab/ano % M3/hab/ano %
Norte 12.623.084 7,8 513.102 79,7 204 3,8
Nordeste 46.464.103 28,7 4.009 2,3 302 20,9
Centro-Oeste 10.890.945 6,7 69.477 9,3 355 5,4
Sudeste 68.400.270 42,2 4.868 4,1 436 44,5
Sul 23.688.758 14,6 15.907 4,6 436 25,4
Brasil 162.067.160 100 50.162 100 414 100
Fonte: DAEE, 1996 e IBG, 1996.
árido faz com que a pluviosidade seja inferior a 600 mm anuais, sendo que em
são escassas, irregulares e têm a característica de serem torrenciais. Tal fato faz
com que a região apresente as médias térmicas mais altas do país (acima de
redor de 331mm/ano.
0º Equador
Trópico de Capricórnio
23 º 27’
Semi-árido Subtropical
Figura V-1: O Clima No Brasil
médias anuais de chuva são altas e, em alguns casos, superiores a 3000 mm/ano
(Gonçalves, 1993), como é o caso do clima equatorial úmido que contrasta com
ºC.
como São Paulo, Iguape, Blumenau e Camboriú. Como as secas, elas também
humana pode contribuir para que esse fenômeno seja sentido com maior ou
enchentes.
é da ordem de 255 GW, tendo uma potência nominal instalada de apenas 58,65
A represa de Balbina inundou uma área de 2400 km2 para produzir 250 MW de
pela inundação de terras e alterações nos regimes dos rios, sem contar o impacto
socioambiental.
28
efeito deletério sobre seu bem-estar físico, mental ou social”. Essa definição, que
OMS, “um estado de completo bem-estar físico, social e mental, e não apenas a
ausência de doenças”.
dos resíduos sólidos produzidos por todas as atividades da região; coleta das
Norte coletam seus esgotos e apenas 2,3% dão algum tratamento antes de lançá-
esgotos, somente 15,0% deles dão alguma forma de tratamento, o que significa
Tabela V-4: Municípios que coletam, tratam e possuem ET para os Esgotos Sanitários por Região do Brasil
Coleta Tratamento ETE
Região Total
Nº % Nº % Nº %
Norte 298 25 8,4 7 2,3 2 0,7
Nordeste 1461 381 26,1 53 3,6 5 0,3
Sudeste 1430 1301 91,0 214 15,0 25 1,7
Sul 857 335 39,1 57 6,7 16 1,9
Centro-Oeste 379 49 12,9 14 3,7 3 0,8
Brasil 4425 2091 47,3 345 7,8 51 1,2
Fonte: IBGE, 1989.
maioria dos municípios terem seus esgotos coletados, há uma baixa percentagem
A tabela V-6 mostra que apenas 35,3% dos domicílios no Brasil apresentam
rede coletora e 14,7% não têm instalação sanitária o que, aliado à vala, uma
doenças.
Tabela V-6: Domicílios por tipo de instalação sanitária nas Regiões do Brasil
Região Domicílios Rede % Fossa % Vala % Outras % Sem %
Norte 1.954.368 26.005 1,3 477.832 24,4 91.858 4,7 943.539 48,3 415.134 21,2
Nordeste 9.014.003 800.840 8,9 1.359.542 15,1 183.501 2,0 3.272.743 36,3 3.397.377 37,7
Sudeste 15.820.409 10.039.479 63,5 1.672.051 10,6 679.201 4,3 2.725.743 17,2 703.935 4,4
Sul 5.694.400 777.255 13,6 2.262.104 39,7 196.077 3,4 2.113.012 37,1 345.952 6,1
C. Oeste 2.251.535 613.384 27,2 170.270 7,6 23.940 1,1 1.207.945 53,6 235.996 10,5
Brasil 34.734.715 12.256.963 35,3 5.941.799 17,1 1.174.577 3,4 10.262.982 29,5 5.098.394 14,7
Fonte: IBGE, 1991.
escoadouro”.
brasileira recebeu água por rede geral, 18,9% através de poços ou nascentes e
tabela V-7 refletem os domicílios com e sem canalização interna, rural e urbana.
31
A tabela V-8 coloca que 95,6% dos municípios brasileiros possuem sistema
Tabela V-8: Abastecimento e volume de água tratada nos municípios do Brasil por região.
Recebem Distribuída Sem
Regiões Municípios % Tratada % %
Água m3/dia Tratamento
Norte 298 259 86,9 1.653.774 1.417.326 85,7 236.448 14,3
Nordeste 1461 1355 92,7 4.837.261 4.548.669 94,0 288.592 6,0
Sudeste 1430 1429 99,9 16.246.208 15.822.692 97,4 423.516 2,6
Sul 857 834 97,3 3.431.717 3.360.962 97,9 70.755 2,1
C. Oeste 379 352 92,9 1.694.980 1.630.876 96,2 64.104 3,8
Total 4425 4229 95,6 27863940 26780525 96,1 1083415 3,9
Fonte: IBGE, 1989.
32
minimização de conflitos.
gerencial que permite estabelecer a direção a ser seguida ..., visando maior grau
para cada segmento do sistema. Partindo desse princípio pode-se dizer que o
indiretamente.
outros.
Parra (1972) ainda afirma que deve-se “proporcionar meios para que se
planejamento”.
2a] seleção dos meios e instrumentos a serem usados para que os objetivos
sejam alcançados;
(Lindgren, 1991).
35
A seleção do instrumento I é determinada pela menor diferença que o
mesmo possa estabelecer entre SD e SA, de forma que tal diferença tenda a
conseqüentemente o instrumento I pode ser ideal para um tempo t, mas não para
entre o uso dos instrumentos e os objetivos e entre o uso dos instrumentos e sua
seleção. Tais relações e dependências devem ser observadas com cuidado, esse
regional e que essa necessidade é sentida com maior intensidade quanto mais
que intervêm de forma mais decisiva os juízos de valores e aos técnicos cabe
1980).
37
REVISÃO TÉCNICA E
SOCIAL
C OLETA DE DADOS E SUA ANÁLISE
I NTERVENÇÃO
TÉCNICA
I MPLANTAÇÃO DO PLANO
I NTERVENÇÃO
T ÉCNICA
CONTROLE DA IMPLANTAÇÃO DO PLANO
Figura VI-2: Proces s o de planejam ento dos recursos hídricos segundo Cunha (1980).
Esse plano pode ser revisto, técnica e socialmente, através dos Comitês de
realização das obras, que constituem uma evidente limitação dos créditos que
de longo prazo o período ao redor de vinte e cinco anos, para horizontes a médio
prazo entre quatro a sete anos e para horizontes a curto prazo ao redor de um
ano. A RIOB atribui um período de cinco anos para ações a curto prazo.
Planos Locais de Gestão das Águas (SLGA) com alcance mais prático e preciso,
planejamento devem ter, é importante que se estabeleça esse período nos planos
de bacias; primeiro para que se possa realizar uma análise dos planos
considerando a variável tempo, segundo para que se possa tomar uma decisão
mais consistente.
Rio Grande do Sul estabelece uma duração mínima de doze anos para o Plano
Estadual e quatro anos para os planos de bacias, os quais podem ser revistos a
desenvolvimento econômico.
entre outras variáveis analisadas. Para isso, foram imputados todos os dados
econômicos e ambientais.
de alimentos impõe uma diminuição dos recursos naturais a ponto das variáveis
Na figura VII-1,
orientação à humanidade.
42
A declaração estabelece que os recursos não-renováveis devem ser
cooperar com o direito internacional, segundo o qual eles são soberanos para
explorar os seus recursos e definir a sua política ambiental, desde que não
essencial à vida; para isso, mostra a necessidade de uma gestão integrada, com
aquáticos.
aquáticos e os demais usos devem ser cobrados por taxas adequadas. O manejo
aquáticos;
sustentável;
das águas.
RECURSOS HÍDRICOS
8.1.Considerações Gerais
exterior, de forma a mostrar que a política hoje adotada pelo Brasil foi fruto
dessas experiências.
Negociação Coletiva, adotado pelo Brasil e que será melhor discutido no decorrer
do trabalho.
possam ser comercializados, para tanto deve ser possível a transferência desse
à água.
água, que pode ser realizada segundo critérios como o baseado no consumo
8.2.Gestão Americana
abordagem global dos problemas ligados ao uso da água (Setti, 1994). A partir de
1965 todos os Estados publicaram normas para o controle da poluição das águas
Hídricos e para terem aprovadas devem ser apoiadas pelo Conselho e no mínimo
Para regular o uso das águas subterrâneas foram criadas quatro doutrinas.
A primeira delas, estabelece que o proprietário pode captar água sem limitações
daí, um uso limitado pelo tamanho da terra sobrejacente ao aqüífero; e, por fim, a
propriedade sobre uma certa quantidade de água, desde que se satisfaça uma
Ainda segundo Souza (1989), as leis diferem em seu teor e rigor, devido à
Tennessee. Com origem nos montes Apalaches do Sul, o Vale tem pesado índice
pedras, que deságuam em diversos pontos do Tennessee. Seu curso desce 0,77
pés por milha percorrida (ou sejam 15,7 cm por km), com um desnível total de
estado natural era tão irregular quanto o seu curso. Em Florence, no Alabama,
ponto médio do rio, seu fluxo era, no inverno, vinte vezes maior que no verão
(Droze, 1965).
Durante séculos o Vale do Rio Tennessee foi alvo de discussões para uma
energia elétrica, que fazem parte da história do rio. Todas elas, porém, foram
(Droze, 1965).
que só foi amenizado com o início da construção das represas Norris e Wheeler
(Droze, 1965).
depois pela Lei de 1951, relativa à preservação da qualidade dos rios e pela Lei
Fluviais correspondentes.
(NRA), criada em 1989, que tem como função proteger o ambiente aquático. Para
licença da NRA para lançamentos de descargas. A NRA cobra uma taxa anual
aproximadamente 100 mil lançamentos, dos quais 50 mil são taxados e com os
9.000 lançamentos novos a cada ano, são gerados ao todo 40 milhões de libras
Committes).
8.4.Gestão Francesa
pela execução de obras que ficam a cargo dos municípios e do setor público ou
Hidrográfica.
matéria orgânica, estes foram os parâmetros que serviram para o cálculo dos
58
impostos. A tabela VIII-1 permite uma visualização da composição de cada
hídricos, seu modelo seguiu o francês, embora atualmente haja uma discussão
defensores dos mercados de água não aceitam que a água seja um bem privado.
envolvidos.
administrativa.
59
Aos municípios cabe a administração dos sistemas de abastecimento e
saneamento.
função elaborar e rever o Plano Hidrológico Nacional (PHN) bem como fornecer
assistência aos organismos de bacias para que estes possam elaborar seus
organismos de bacia.
capital moral e capital cultural e que o desenvolvimento pode ser mantido caso o
radical.
Gaia, no sentido de que a biota em conjunto com o meio físico são componentes
termodinâmicos, com mínima taxa de fluxo de matéria e energia, para tanto seria
1997).
ação ficou bem aquém das atribuídas, pois inicialmente ficou subordinada ao
(Monosowski, 1989).
65
como o do controle da poluição ambiental, pois foi marcada por uma série de
prejuízos da contaminação.
naturais. Essa definição deixa claro que poluição não necessariamente está
usos;
esgotos;
com a instituição da Política Nacional de Meio Ambiente que até hoje norteia o
A Política Nacional de Meio Ambiente vigente foi instituída pela Lei Federal
A lei com uma visão mais ampla dos problemas ambientais e levando em
desenvolvimento sócio-econômico.
O Ministério do Meio Ambiente (MMA), criado pela referida lei, como órgão
Naturais Renováveis).
com o IBAMA.
administrativa, para que o mesmo possa atingir as metas definidas (ver anexo II),
ele ainda estabelece como será mensurado o desempenho do IBAMA, para isso
contrato.
questões ao Plenário.
participativa, onde o ambiente deve ser palco de discussão dos diversos atores
71
que interagem com o mesmo, permitindo que cada um coloque sua situação, suas
responsável pela gestão das águas e finalmente 27 anos para que o Presidente
pontos ainda atual. Em suas considerações como no artigo 36, ficou estabelecido
sendo este de uso comum ou dominicais. Afora isso, o código determinou que a
propriedade das águas poderia ser tanto da União, como dos Estados e dos
gerenciamento.
sobre energia e água, podendo esta atribuir aos Estados autorização para legislar
assuntos específicos.
Tabela X-2- Classificação das Águas segundo a Resolução CONAMA nº20 de 1986.
Salinidade Classificação Uso Preponderante
Abastecimento sem tratamento e recreação de contato
Classe Especial
primário.
Abastecimento com tratamento simples e recreação de
Classe 1
Águas contato primário.
Doces Classe 2
Abastecimento com tratamento convencional e
Salinidade<=0,5% recreação de contato primário.
Classe 3 Abastecimento com tratamento convencional.
caso das águas doces a classe especial é a mais restritiva e a menos restritiva é
a classe 4.
recursos hídricos.
Foi assim, que em 1997 a Lei Federal 9.433 (ver anexo III) implantou a
Alagoas, sua bacia hidrográfica possui uma área de 640.000 km2 e seu curso é
dividido em Alto São Francisco, Médio São Francisco, Submédio São Francisco e
(Nou, 1994).
São Francisco) que selecionou oito áreas para implementar um programa que
Francisco).
caatinga, ocupam 70.000 hectares, entre elas estão: o Projeto Bebedouro I e II;
79
(Scheinowitz, 1983).
executiva.
hídricos deve sempre proporcionar o uso múltiplo das águas e contar com a
(Lanna, 1995).
enquadramento dos corpos d’água em classes, segundo o seu uso; a outorga dos
Os planos, que devem ser desenvolvidos a longo prazo, tem como finalidade
pelo uso, bem como a proposta de áreas restritas de uso para proteção dos
recursos hídricos, que devem ser por bacia, por Estado e para o País.
82
10.3.2. A Outorga
mediante o qual o Poder Público, outorgante, concede o direito de uso das águas
racionamento.
A Lei 9.433 define os casos que estão sujeitos a outorga, além das
energia elétrica seja de 6% sobre o valor da energia produzida, a ser paga pelos
a produziu.
1% para extração de ouro por empresas mineradoras. Tais valores são sobre o
A Lei 8.001 ainda estabelece como será realizada a distribuição dos valores
subsídios aos usuários dos recursos naturais com a finalidade de atingir os limites
características.
em áreas que ainda não esgotaram sua capacidade de assimilação. As áreas que
citados.
efetividade e afirma que a diferença entre elas reside no fato da primeira não
Esse instrumento embora conste em lei não foi implantado, estando em fase
de estudo. Ele permitirá à gestão das águas uma fonte de recursos financeiros
industrial e de abastecimento já
52,8%
26,3%
está computado o valor que seria
Industrial Irrigação Abastecimento
arrecadado tanto na captação
Figura X-I Estimativa por Setor de Usuário sobre a Arrecadação
Anual pela Cobrança do Uso da Água no Estado de São Paulo.
Fonte: Barth (1999). como no lançamento.
águas para o Estado de São Paulo, na tabela IX-3 não está incluído o setor de
87
energia elétrica, isso porque cabe à União exclusivamente decidir sobre a questão
de energia elétrica.
na tomada de decisão;
simultâneo;
disponível a toda sociedade, como dispõe a lei, quanto aos dados de cada
Outro fator que deve ser levado em consideração, segundo Makibara (1997)
operacionalização do sistema.
atribuições:
hídricos;
recursos hídricos, e
estaduais; deliberar sobre projetos que extrapolem o âmbito dos Estados, bem
MINISTÉRIO DO
MEIO AMBIENTE
SECRETARIA NACIONAL
DE RECURSOS HÍDRICOS
CONAMA
CNRH
grupos de pressão.
do Meio Ambiente composto por 30 membros, dos quais quinze são do Governo
estadual, tendo cada Estado liberdade para fazer a composição que julgar
O Brasil foi dividido em oito bacias hidrográficas federais pelo DNAEE, hoje
ANEEL (ver figura X-3), suas características estão na tabela X-6, onde é possível
A Lei 9.433 no que se refere aos comitês de bacia, determina que estes
pertencente a cada Estado e por fim, 40% dos votos para os representantes dos
usuários.
Até o início de 1999 já tinham sido instalados dois comitês federais: Comitê
Piranhas-Açú (CIBHPA).
Lanna (1995) afirma que diante dos custos externos gerados pela transação
de legitimação.
sistema, previstas na Lei 9.433, mas ainda não foram implantadas, são estruturas
hidrográficas.
França.
dispõe sobre a criação das Agências de Água, elas devem ser fundações de
Diretoria Executiva. Excluindo o Diretor Executivo que deverá ser indicado pelo(s)
não só reativo.
demanda ou com uma visão de apenas um setor, deve abranger as relações geo-
aos seis planos diretores dos municípios selecionados. Logo após a apresentação
dos dados será realizada a análise dos mesmos e por fim, no capítulo 14, a
d’água, ora pela contaminação das águas pelo vinhoto, causando grande
CEEIJAPI- Comitê Especial de Estudos Integrados das Bacias dos rios Jaguari e
Manifestações civis para recuperar a qualidade das águas dos rios Capivari
do CRH e do CORHI.
132
das Bacias dos Rios Piracicaba e Capivari, com a função de realizar estudos e
poder constituído, tal obstáculo foi sendo vencido aos poucos e muito
provavelmente haja, ainda, uma certa resistência quanto a essa nova forma de
gerenciamento.
plenária.
plenária, na prática essa função tem sido ocupada por um prefeito e a vice-
dois anos.
133
deliberação. São regidas de forma geral pela deliberação 8/94 e por meio de
seus pares.
PLENÁRIA
PRESIDENTE
VICE-PRESIDENTE
ESTADO: 16 representantes e 16 votos
MUNICÍPIOS: 58 prefeitos e 16 votos
SOCIEDADE CIVIL: 30 entidades e 16 votos
SECRETARIA-EXECUTIVA
Secretário-Executivo
CÂMARAS TÉCNICAS E
GRUPOS TÉCNICOS
Legislativa do Estado de São Paulo sob Projeto de Lei n. 5 de 3/2/96, não tendo
sido aprovado até setembro de 1998, com iguais objetivos e diretrizes gerais do
PERH 94/95.
mapa mostra que a classificação das bacias definiu regiões do Estado com
Continuada (PDC), que apresentaram, cada um, ações para o cumprimento das
consonância com seus objetivos e diretrizes, propuseram para cada PDC, ações
Planos de Bacias da UGRHI, o anexo VII apresenta os objetivos gerais dos PDC’s
relacionados abaixo:
Abastecimento Urbano;
de Proteção de Mananciais.
eventuais conflitos entre os planos de bacia das diversas UGRHI’s. Para isso o
de irrigantes;
destacam-se:
economizem água;
reutilização de efluentes ;
agricultor;
plano especial de gerenciamento das águas quando a soma das vazões captadas
pelos órgãos estaduais de gestão dos recursos hídricos com a finalidade de, em
direitos de uso das águas, cujas associações poderão sub-rogar cotas de águas
138
águas atingisse certos níveis pelos quais pudessem comprometer o seu uso.
Nos PERHs 94/95 e 96/99 ficou definido que nos usos onde houvesse a
orientações contidas nos planos de bacias, na falta dos mesmos determinam que
bacias hidrográficas.
Os PERHs ainda orientaram que a preferência para outorga deve ser aos
usuários que comprovassem maior eficiência e economia no uso das águas e que
financiados, para tanto o Estado durante dez anos poderia proporcionar ou obter
Cobrança pelo Uso dos Recursos Hídricos, importante fonte de financiamento das
nos fundos regionais específicos para cada bacia hidrográfica, ou em conta a ser
recursos hídricos;
irrigação;
de degradação.
94/95 são:
Banco Mundial;
para o CBH-PCJ;
- não Realizadas: são ações que foram previstas e, por circunstâncias não
se realizaram;
resultados obtidos para cada ano (94 e 95) e a situação final (SF) em que se
Tabela XIII-1: Avaliação das Ações Previstas nos Planos de Bacia do CBH-PCJ 94/95, para
cada PDC.
Síntese das Ações Realizadas
Ações Previstas SF
1994 1995
PDC 1: Planejamento e Gerenciamento Elaborada a proposta Discussão da proposta
1a-Discussão sobre reenquadramento dos pela CPLA. e redação do decreto. A
corpos de água;
1b-Discussão sobre mecanismos de Contrato com a Em discussão.
cobrança pelo uso da água; CNEC-FIPE para
A
realização dos
estudos.
1c-Discussão sobre criação da Agência de Elaboração e Encaminhamento para
Bacia; aprovação do o CRH, adaptação para A
Anteprojeto. uso em todo o Estado.
1d-Discussão sobre acompanhamento da Elaboração do Elaboração do
R
implantação do Plano das Bacias; Relatório Anual. Relatório Anual.
1e-Discussão sobre aprofundamento dos Deliberação 16/94 A revisão ampla do
estudos sobre estatutos e regimento do aprovada. Estatuto será realizada
R
Comitê; após a implantação da
Agência de Bacia
1f-Discussão sobre elaboração do Relatório 1993 e 1994. 1995.
Anual sobre a Situação dos Recursos R
Hídricos;
1g-Discussão sobre regulamentação da Coordenação dos Propostas dos grupos
APA do Piracicaba; grupos de trabalho em discussão. A
(SMA).
1h-Discussão sobre acompanhamento do 2 Reuniões públicas Acompanhamento do
desenvolvimento do Plano Integrado de para discussão do trabalho pela Secretaria
Aproveitamento dos Recursos Hídricos das trabalho da Hidroplan. Executiva. A
Bacias do Alto Tietê, Piracicaba e Baixada
Santista.
2-Implantação de sistema gerencial de Elaboração e Não prosperou o
outorgas com racionalização da aprovação da balcão único para
PR
operacionalização dos sistemas de proposta Delib. 17/94. outorgas e licenças.
licenciamento, outorgas e controle.
3-Delegar aos municípios competência Aguardando Aguardando
para gerir recursos hídricos de interesse manifestação do manifestação do CRH. NR
exclusivamente local. CRH.
145
PDC 9: Prevenção e Defesa Contra a Erosão do Solo e o Assoreamento dos Corpos D’ Água
1-Desenvolver ações conjuntas entre Estado, S. da Agricultura Sem
Municípios e entidades organizadas da Sociedade Civil desenvolve programa informação
no estabelecimento de medidas de controle preventivo em 13 microbacias do . PR
da erosão urbana e conservação do solo rural. CBH-PCJ.
PDC 10: Desenv. dos Municípios Afetados por Reservatórios e pela LPM
1-Desenvolver ações para recuperação dos recursos Sem informação. Sem
hídricos e de saneamento básico, por conta dos informação SI
recursos garantidos pelos royalties do setor elétrico. .
A- em andamento; NR- não realizado; R- realizado; P- paralisado; PR- parcialmente realizado; SI- sem informação; SF-
situação final; CT- Câmara Técnica; GT- Grupo Técnico; RS/94- relatório de situação de 94; MH- monitoramento
hidrológico; OL- outorga e licença; GIS- sistema de informação geográfica; PM- prefeituras municipais; IG- Instituto
Geológico; CIPC- Comitê Intermunicipal das Bacias dos Rios Piracicaba e Capivari; PDR – Plano Diretor de Recuperação.
Tabela XIII-2: Investimentos nos PDC’s de 94/95 em milhões de US$, segundo classificação
do PERH 94/95 e descritos no Plano de Bacia 94/95.
PDC D10 D3 P3 R3 OP93
1-Planej. e gerenciamento 31,875 11,103 5,746 8,344 1,060
2-Aproveitamento múltiplo e controle 148,836 5,424 78,836 0,800
3-Serviços e obras 725,990 540,300 73,706 542,680 1,500
4-Desenv. e proteção das águas subter. 48,177 14,044 8,416 10,351 0.929
5-Conservação e proteção dos 47,443 43,726 14,192 43,709 8,044
mananciais superficiais
6-Desenv. Racional da irrigação 0,416 0,388 0,253 0,321 0,000
7-Conservação das águas nas 6,668 2,837 0,836 1,122 0,000
industrias
8-Prevenção e defesa contra 86,828 26,102 8,392 17,420 4,850
inundações3
9-Preveção e defesa contra a erosão 36,370 17,334 3,743 9,092 0,000
10-Desenv. dos municípios afetados por 15,729 5,243 1,310 2,621 0,000
reservatórios e leis de proteção
Total 1.152,303 809,913 116,272 721,476 17,180
Fonte: CPLA, 1994.
D10 –Investimento Desejável em 10 anos; D3 – Investimento Desejável em 3 anos; P3 – Investimento Piso em 3 anos; R3
– Investimento Recomendável em 3 anos; OP93 – Investimento feito no Orçamento Programa de 1993.
do próprio CBH-PCJ.
149
estaduais.
Situação de 1993 foram as estabelecidas pelo CBH-PCJ e que estão nas tabelas
XIII-7 e XIII-8. Essas ações foram divididas pelo CBH-PCJ em duas partes, a
Tabela XIII-3: Ações e Investimentos Previstos e Realizados dos Municípios para 1.994.
P Estimativa de Investimento
Ações previstas para 1994 (constantes do Relatório de
D Investimento Realizado
Situação dos Recursos Hídricos do CBH-PCJ – 1993)
C (1.000 US$) (1.000 US$)
AMERICANA
Captação III (Rio Piracicaba) 2 1.500 0
Término da E.T.E. – AMERICANA 3 650 65
Interceptores (E.T.E. – AMERICANA) 3 3.000 3.000
E.T.E. – Gruta Dainese 3 6.500 0
E.T.E. – Praia Azul 3 3.500 0
Poços tubulares profundos 4 1.000 25
Programas de perdas de água em redes 5 500 0
Cadastro de redes 5 50 0
Programas de racionalização do uso da água pelas redes
7 50 0
públicas de distribuição.
SUB-TOTAL 16.750 3.090
150
ARTUR NOGUEIRA
Plano Diretor de água e esgoto 1 50 0
Zoneamento dos RH Superficiais e postos hidrométricos
1 20 0
(implantação.)
Captação II (Ribeirão Boa Vista) e adução 2 600 0
E.T.A. II (Tagliari) 2 150 25
Ampliação de recalque na captação I (Ribeirão Sítio Novo) 2 15 15
Reforma da E.T.A. 2 25 20
Ampliação e des. De lagoas de decantação de esgoto(Itamaraty e
3 200 0
Stoco)
Desassoreamento de sistema de lagoas de decantação de esgoto
3 50 0
(AIDAN)
Ampliação de emissário de esgoto 3 530 40
Cadastramento de rede de água/esgoto 5 20 4
Aquisição de hidrômetros (1.000) 5 50 0
Estudo de adequação tarifária 5 3 1
Implantação de área de proteção do manancial do Ribeirão Boa
5 25 0
Vista)
Implantação do viveiro de mudas 5 30 0
Desassoreamento da nascente do Cotrins (Canal com 1
8 30 0
Km/2m/2m)
Implantação de guia, sarjetas e galerias de águas pluviais
9 300 50
(Bairros: São Vicente, Planalto, Saciloto, CDHU, Trabalhadores)
SUB-TOTAL 2.098 155
ATIBAIA
Projeto e obras ampliação de captação de água bruta e Barr. Rio
2 700
Atibaia
Ampliação da estação de tratamento de água 2 670
Ampliação de rede coletora 3 1.100
Coletores tronco 3 670
Interceptor e emissário 3 1.190
N.I.
Estação de tratamento de esgoto 3 890
Estação elevatória de esgoto 3 160
Elaboração de projetos e obras de aproveitamento de água
4 200
subterrânea
Programas de controle de perdas de água em redes 5 50
Cadastro de redes de distribuição 5 15
SUB-TOTAL 5.645
BOM JESUS PERDÕES
Plano diretor e proj. executivo. p/ o sistema de afastamento de
1 10
esgotos urbanos
Ampliação da E.T.A. 2 2.500
Execução do sistema de afastamento de esgoto urbano 3 100
N.I.
Construção de poço artesiano no Jd. Santa Maria 4 10
Coleta de águas pluviais, (galerias), guias e sarjetas nos Bairros:
Jd. São Marcos, Jd. Portugal, V. Operária, Jd. Bela Vista, Jd. Belo
9 100
Horizonte e Jd. S. Dumont
SUB-TOTAL 2.720
BRAGANÇA PAULISTA
Treinamento técnico Água/Esgoto 1 3
Melhoria na captação junto ao Rio Jaguari 2 280
Projeto e obra de desassoreamento de córregos 8 5
Retificação e canalização de cursos d'água - Lavapés 8 300
N.I.
Cadastramento e zoneamento de áreas inundáveis 8 N.I.
Recuperação das antigas áreas de empréstimo das Barragens
Jaguari e Jacareí – Projeto e Obra 9 2.500
Projeto de obras de guias, sarjetas e galerias 9 N.I.
SUB-TOTAL 3.088
151
CAMPINAS
Obras previstas no Plano Diretor de Água e Esgoto 1 175 13.300
Recobrimento aerofotogramétrico do município 1 48,8 0
Proteção ao meio ambiente; levantamento do meio ambiente 1 28,9 0
Estudos, projetos e obras de sistemas de afastamento e
3 9.026 1.100
tratamento de esgotos
Saúde e Saneamento, proteção ao meio ambiente e controle
de poluição e contribuição ao Consórcio Piracicaba e
3 117 0
Capivari
Destinação final de resíduos sólidos 3 3.786,4 0
Elaboração de projetos e obras de aproveit. de água
subterrânea (poços) 4 240 0
Levantamento geológico e carta geotécnica do município 4 11,4 0
Programa de desenvolvimento operacional 5 8.000 750
Saneamento e drenagem Córrego Piçarrão/ Obras e
Instalações 8 731,5 8.000
Melhoria sistema, drenagem e obras complementares/obras
e instalações 8 975,4 0
Saneamento da bacia do Ribeirão Anhumas/ obras e
instalações 8 731,5 1.300
Recuperação de áreas degradadas 9 48,8 0
Construção praças, jardins, parques e bosques 9 731,5 0
SUB-TOTAL 24.652,2 24.450
CAMPO LIMPO PAULISTA
Emissário Rio Jundiaí-Marg. Direita E.T.A. ao Pq.
Internacional, ext. 2.500 m 3 58 0
Emissário margem direita córrego Moinho com extensão de
1.800 m 3 72 31,8
Emissário Córrego Mãe rosa extensão 4.500 m 3 180
SUB-TOTAL 310 126,8
CAPIVARI
Plano diretor de esgoto 1 8,6 14
Treinamento de pessoal em recursos hídricos 1 5 0
Implantação de programa de educação ambiental 1 10 0
Obra de alteamento da barragem ETA II 2 120 12
Ampliação do aterro sanitário 3 18 6
Convênio com o Inst. Geológico p/ aproveitamento de água
subterrânea (poços) 4 32 27
Implantação de área de proteção ambiental 5 60 16
Programa de controle de perdas de água em redes 5 5 0
Estudos de adequação tarifária 5 3 13
Projetos e obras de desassoreamento de córregos 8 40 23
Retificação e canalização de cursos d'água 8 600 0
Implantação de medidas de proteção contra erosão em área
de expansão urbana 9 80 0
Projetos e obras de guias, sarjetas e galerias 9 22 28
SUB-TOTAL 1.003,6 111
COSMÓPOLIS
Rede coletora de esgoto (8.000 m) 3 - 240
Estação de tratamento de esgoto tipo reator anaeróbio de
fluxo ascendente 3 - 160
SUB-TOTAL 400
INDAIATUBA
Captação Piraí 2 3.000 400
Tratamento Barnabé 3 N.I. 0
Tratamento Mercedes 3 N.I. 0
Emissário Barnabé 3 N.I. 0
Interceptor margem direita do Rio Jundiaí 3 N.I. 0
152
Tabela XIII-4: Investimentos Previstos e Realizados pelos Municípios para 1994 em cada
PDC em 1000 US$.
PDC Previsto Realizado %
1-Planejamento e Gerenciamento 928,30 13.599,30 1464,97
2-Aproveitamento Múltiplo e Controle dos R. Hídricos 17.679,00 8.171,50 46,22
3-Recuperação da Qualidade dos R. Hídricos 72.317,50 7.236,90 10,01
4-Desenvolvimento e Proteção das Águas Subterrâneas 1.388,40 82,00 5,91
5-Conservação dos Mananciais de Abastecimento Urbano 12.896,40 930,20 7,21
6-Desenvolvimento Racional da Irrigação 60,00 0,00 0,00
7-Conservação dos R. Hídricos na Indústria 83,50 10,50 12,57
8-Prevenção e Defesa Contra Inundações 15.741,40 11.361,00 72,17
9-Preservação e Defesa Contra Erosão do Solo 5.160,00 183,60 3,56
10-Desenvolvimento dos Municípios Afetados por 800,00 0,00 0,00
Reservatórios e Áreas de Proteção
Total 127.054,50 41.575,00 32,72
Fonte: Relatórios de Situação dos Recursos Hídricos do CBH-PCJ 1993 e 1994.
Tabela XIII-5: Ações e Investimentos de Órgãos Estaduais para 1.994 em 1.000 US$.
P
Ações previstas para 1994 (constantes do Relatório de Estimativa de Investimento
D
Situação dos Recursos Hídricos do CBH-PCJ - 1993) Investimento Realizado
C
CESP
1. Estudo de viabilidade do aproveitamento múltiplo de Santa
Maria da Serra, no Rio Piracicaba, para navegação, geração
2 400 100
de energia, turismo, desenvolvimento industrial e
abastecimento de água;
2. Estudo de viabilidade UHE de Sta. Maria da Serra; 2 500 0
3. Estudos ambientais do aproveitamento múltiplo de Sta.
2 350 0
Maria da Serra;
4. Manutenção de programa de recuperação de áreas
degradadas, doação de 100 mil mudas de espécies nativas e 5 70 70
assessoria técnica.
SUBTOTAL 1.320 170
DAEE
1. Dar suporte administrativo e financeiro da SE/CBH-PCJ; 1 Vb custeio Realizado
2. Estruturar equipe técnica multidisciplinar para apoio a
1 Vb. Custeio Não realizada
SE/CBH-PCJ;
3. Aquisição de equipamento de informática para
1 10 0
aparelhamento da SE/CBH-PCJ;
4. Concluir o cadastramento de usuários urbanos e
1 Vb. Custeio Não realizado
industriais;
5. Realizar um curso de geotecnia aplicada; 1 Vb. Custeio Não realizada
6. Desenvolvimento dos estudos do Plano Integrado de
Aproveitamento e Controle dos Recursos Hídricos das
2 2.000 1.417,90
Bacias do Alto Tietê, Piracicaba e Baixada Santista
(investimento na área CBH-PCJ);
7. Assistência técnica aos municípios em hidrogeologia
através de estudo, projeto e perfuração de poços tubulares 4 100 17,2
profundos;
8. Assistência técnica aos municípios e repasse de recursos
8 50 0
para obras de canalização de cursos d’água;
9. Serviço de Limpeza e desassoreamento de cursos d’água
8 Vb. Custeio Realizada
com equipamentos próprios;
158
Jarinú; 111,1 0
Mombuca; 111,1 0,4
Monte Mor 111,1 5,3
Paulínia 111,2 62,4
SUBTOTAL 1000 76,6
6-Estudos e projetos executivos para setorização do sistema
6 52.982,3 3.880,0
de abastecimento de Bragança Paulista
Secretaria da Agricultura e Abastecimento – SAA
1-Construção barragem para piscicultura e projetos
2 36,5 12,5
comunitários de irrigação;
2-Uso racional de agrotóxicos 3 10 2,0
3-Treinamento em microbacias que abastecem mananciais,
implantação de matas ciliares, conservação de estradas / 5 75 0
terraceamento e outras práticas;
4-Treinamento / utilização racional da água, monitoramento
da utilização racional da água na irrigação e formação de 6 60 0
associação de irrigantes.
5-Treinamento para manejo de MBH/conservação do solo,
planejamento conservacionista em 21 MBH’s em execução 9 70 0
de serviços conservacionista.
SUBTOTAL 247 52,0
Secretaria de Ciência e Tecnologia e Desenvolvimento Econômico
1-Realização de cursos extracurriculares de oleicultura,
1 Vb. Custeio Não realizado
práticas agrícolas, manejo do solo, etc.
SMA
1-Apoio técnico ao CBH-PCJ e coordenação de programas
1 Vb. Custeio Realizado
de investimento no âmbito da SMA [CPLA]
2-Publicação de relatório com estabelecimento de metas
ambientais e reenquadramento dos corpos d’água da bacia 1 65,0 115,7
do rio Piracicaba [CPLA]
3-Inventário florestal nas bacias do Piracicaba, Capivari e
1 50,0 N.I.
Jundiaí [CPLA]
4-Regulamentação da APA Piracicaba [CPLA] 1 4,0 13,0
5-Realização de encontros técnicos com delegacias de
ensino, cursos com professores e educação ambiental 1 Vb. Custeio Realizado
(CEAM)
6-Manutenção da estação experimental de Tupi (Piracicaba),
1 Vb. Custeio N.I.
estação ecológica de Ibicatu e produção de mudas (IF)
7-Estudos geo-ambientais para planejamento (IG) 1 Vb. Custeio 85% realizado
8-Estudos de planejamento para APA Jundiaí (CPLA) 5 2,5 2,5
9-Plano de ocupação da área de entorno dos grandes
5 21,0 0,0
reservatórios – APA Piracicaba (CPLA)
10-Projeto piloto de modelo de gestão e combate a erosão
9 Vb. Custeio 10% realizado
da micro bacia do Córrego Aterrado (CPRN)
SUB-TOTAL 142,5 131,2
Fundação Florestal
1-Produção de mudas de espécies nativas (FF) 5 82,0 N.I.
2-Manutenção dos programas "Viveiro Escola", "Viveiro
Pesquisa", fomento florestal e mapeamento das bacias do 5 Vb. Custeio N.I.
Piracicaba e Capivari (FF).
SUB-T1OTAL 82,0 N.I.
Fonte: Relatórios de Situação dos Recursos Hídricos do CBH-PCJ 1993 e 1994.
160
Tabela XIII-8: Ações Previstas pelo CBH-PCJ para 1994 no Relatório de Situação de
1993 com a necessidade de investimentos financeiros.
Previsto
Fonte/
Meta (1.000 Realizado (1.000 US$)
Recurso
US$)
C06 – Detalhar programa de
BIRD 1.600 0
Investimentos
C06 – Detalhar programa de
SRHSO 240 0
Investimentos (contrapartida)
C07 – Campanha Comunicação
SRHSO 500 0
Social
C08 – Modernização Rede
FEHIDRO 500 0
Hidrológica
C09 – Apoio Pesquisa CENA/USP FEHIDRO 25 0
C10 – Estudo para abastecimento
Áreas críticas da Bacia do Rio SRHSO 450 0
Jundiaí
C11 – Projeto Executivo Tratamento SRHSO 200 0
161
Esgotos de Atibaia
C12 – Projeto Executivo Tratamento
SRHSO 70 0
Esgotos de Santa Gertrudes
C13 – Conclusão da ETE Americana FEHIDRO 650 0
C14 – Ampliação/adequação ETE
FEHIDRO 500 0
Valinhos
C15 – Construção 4200 m.
FEHIDRO 1.000 0
Interceptor Capuava (Valinhos)
C16 – Construção ETE
FEHIDRO 700 0
Samambaia/Campinas
C17 – Construção ETE
FEHIDRO 300 0
Quilombo/Campinas
C18 – Construção 1ª Etapa ETE
FEHIDRO 1.200 0
Piracicamirim /Piracicaba
C19 – Construção 1ª Etapa ETE Jd.
FEHIDRO 87 0
B. Vista/Rio Claro
C20 – Construção ETE
FEHIDRO 650 0
Graminha/Limeira
C21 – Construção Sistema Esgoto
FEHIDRO 400 0
Corumbataí
C22 – Despoluição Rio Jundiaí
Municípios 2.700 N.I.
(CERJU)
C22 - Despoluição Rio Jundiaí
Estado 2.700 N.I.
(CERJU)
C22 - Despoluição Rio Jundiaí
Indústrias 2.600 N.I.
(CERJU)
C23 - Plano Estratégico Contra
FEHIDRO 300 0
Perdas
C24 - Estudos/Programa combate
SRHSO 100 0
Erosão
C25 - Adequação de ETE's/ Artur
FEHIDRO 125 0
Nogueira
C26 - Construção ETE Jd. Nilo/
FEHIDRO 75 0
Pedreira
C27 - Conclusão da ETE/
FEHIDRO 50 0
Iracemápolis
C28 - Início das obras Sistema
FEHIDRO 50 0
Afastamento Esgotos/ B.J. Perdões
TOTAL 17.772 0
Fonte: CBH-PCJ, 1994 – recursos aprovados pelo CBH-PCJ pela deliberação 15/94 de 21/12/94.
Capivari e Jundiaí embora suas ações previstas para cada PDC tenham sido
são os seguintes:
162
mediante:
Municípios;
reuso da água;
reutilização de efluentes;
para a região.
recursos hídricos;
hídricos;
outorgas e licenças com ênfase para os casos de conflito no uso das águas,
regulamento.
de distribuição de água.
sólidos.
166
prioridades.
para região. Essas deliberações definiram que 60% dos investimentos previstos
cada município, órgão ou entidade poderia somente pleitear apenas uma tomada
exceto para financiamentos a fundo perdido e atingir valor mínimo de 100 mil
pontos, caso sua localização fosse em uma sub-bacia com menor prioridade
Tratamento de Águas – ETA Abadia do Rio Piray, no valor de R$100 mil com
do plano diretor do município, que por muito tempo se fez ou ainda se faz, apenas
execução. O plano diretor não pode ser confundido com o plano urbanístico, pois
(Monteiro, 1990).
como catalisador das ações que tenham repercussão positiva sobre o seu
outras cidades, não porque haja falta quantitativa da mesma e sim um déficit
risco para construir sua moradia, sem auxílio técnico fazem suas casas,
casos a quatro habitantes e meio por cômodo. Todo o esgoto é lançado nos
corpos d’água, muitas vezes, por meio de valas abertas, o lixo é jogado a céu
aberto que ao chover é carreado para os corpos de água. Para agravar a situação
173
a população ainda retira a vegetação que cobria a encosta tornando o solo mais
frágil, assoreando e contaminando o corpo hídrico. Nas classes sociais com maior
bem maior, onde atividades de lavar o carro e varrer a calçada com o esguicho
são comuns. Estudos da SABESP indicam que 30% da água produzida pela
de água, o volume de esgoto e de lixo produzidos, ora por parte da população ora
14.
Tabela XIII-14: Lista das Leis que instituíram os Planos Diretores e as normas para o
Parcelamento e Uso do Solo.
Lei de Parcelamento
Município Plano Diretor
e Uso do Solo
Americana Lei 3.269 – 15/1/99 3.270 – 15/1/99
Campinas Projeto de Lei 4/95 6.031 – 28/12/88
Jundiaí Lei Complementar 224 – 27/12/96 2.507 – 14/8/81
Limeira Projeto de Lei Complementar Projeto de Lei Complementar
18/5/98 18/5/98
Piracicaba Lei Complementar 46 – 15/9/95 2.641 – 4/1/85
Rio Claro 2.492 – 6/8/92 2.493 – 6/8/92
(PDDI).
176
objetivos.
macrozonas:
Americana possui onze APPA’s, algumas delas são faixas de proteção para
urbanos vazios, para facilitar sua gestão essa macrozona foi dividida em dez
aproveitamento do solo, definindo a área mínima do lote igual a 300 m2, exceto
(divisão do loteamento e/ou lote em duas ou mais partes) esses valores devem
lotes resultantes com área igual a 150 m2, que só poderão ocorrer nas Zonas
residencial reservar parte da área total para lotes de caráter social e nesse caso a
que haja uma distância mínima entre a parte residencial e a industrial de 60m.
aos recursos hídricos superficiais são as faixas de proteção, a lei municipal segue
sanitários com suas derivações aos lotes; tudo aprovado pelo Departamento de
Água e Esgoto (DAE) de Americana. Tais projetos com detalhes deverão ser
envolvida.
uso para cada zona de interesse ao gerenciamento dos recursos hídricos ver a
tabela XIII-15.
cada zona de ocupação definiu quais teriam seu uso permitido, permitido com
restrição e não permitido. Entre elas as que podem interferir de alguma forma com
sofre as conseqüências.
Prefeitura fez uma análise do plano diretor de 1991, realizando uma série de
formas, pela manutenção e preservação das áreas verdes, das áreas com
vocação rural e das áreas de mananciais. Para isso o plano diretor dividiu o
hidrográfica.
determinado macrozoneamento.
predatórias.
Para melhor planejar o plano estabelece uma série de medidas entre elas o
usuário-pagador;
como as mineradoras.
28/12/1988, ela estabelece categorias de uso do solo com finalidade urbana (ver
tabela XIII-17).
zona rural, a qual poderá compreender usos urbanos, após análise da Prefeitura.
em cada categoria de uso. É importante citar que a lei, embora não deixe claro,
tipo de ocupação.
ambiente e da paisagem urbana. Define, também, que ao longo dos rios ficam
partir dos seus eixos, onde somente serão permitidos usos destinados à cultura,
refere-se a uso residencial com unifamiliar com área mínima de 250 m2,
possível construir número de unidades igual ao valor da área do lote por 250 m2,
podendo o lote ter até 25.000 m2. Nessas construções multifamiliares HMH3, a lei
permite a existência de comércio de pequeno porte com uso CL1 e CL2, onde
seu solo, estabelecendo áreas para urbanização prioritária; áreas não edificáveis;
190
21.
do Japi.
políticas setoriais serão instituídas por lei específica, assim, o plano define um
Importante citar que o plano acima determina a ação integrada dos vários
política setorial e a articulação para uma ação conjunta entre as entidades afins
mapas: de áreas com declividade acentuada; dos recursos hídricos, com suas
demarcada a área.
declividade, áreas com matas nativas, áreas insalubres, várzeas ou áreas sujeitas
meses após sua instituição e a cada 5 anos após sua primeira revisão.
da população.
20 operários por turno, área máxima construída de 250 m2 e com uma potência
194
elétrica que não exija cabine primária, serão enquadradas na subcategoria I1.1, já
as indústrias incômodas com área máxima construída superior a 10.000 m2, com
de duas faces, similar com as demais cidades aqui analisadas, de um lado uma
cidade com PIB superior ao dos Estados de Minas Gerais e Rio Grande do Sul,
metros de largura em cada margem dos cursos d’água, bem como seu
21 local.
município.
diretrizes:
impermeabilização;
adensamento.
de parcelamento.
Para cumprir sua função social, a propriedade urbana deve ser compatível
Ibitiruna.
também, os horizontes de tempo, sendo curto prazo até o ano de 1996, médio
efluentes industriais.
prazos são bem variadas, abrangendo desde os planos setoriais, passando por
198
Desenvolvimento (PDD).
loteamento residencial com lotes inferiores a 1.000 m2, propõe o estímulo do uso
poderão ser objeto de Projetos Urbanísticos, segundo o plano diretor, entre essas
ser levadas em consideração para cada sub-bacia, que são: do Ribeirão dos
contribuintes;
O zoneamento do uso do solo foi disposto pela Lei 2.641 de 4/1/1985, o qual
várzeas.
202
de cada lado.
Estado da Agricultura.
zonas de proteção e zona non aedificandi, ou seja zonas onde não se permite a
construção.
também determina que se exija das indústrias o tratamento dos seus rejeitos
industrial.
terem sido agrupadas por PDC, foram propostas pelo comitê, pelos municípios e
por alguns órgãos estaduais. Foram ao todo 84 ações propostas pelo comitê,
1993 (tabelas XIII-1, XIII-7, XIII-8); 277 pelos municípios e 39 pelos órgãos
Uma análise geral dessas ações indica que 81,4% das ações propostas
foram distribuídas em cinco dos dez PDCs que são: o PDC-3, destinado a
nessa ordem, como mostra a tabela XIV-1. Essa tabela também permite verificar
como foram distribuídas as ações nos PDCs em cada grupo que as propuseram
similar aos municípios, isto porque são entidades setoriais ligadas a serviços e
(tabela XIV-1).
O gráfico da figura XIV-1 mostra a avaliação das ações propostas pelo CBH-
PCJ nos relatórios de situação de 1994 e 1995, utilizando o critério definido pelo
comitê em: realizado (R); em andamento (A); parcialmente realizado (PR); não
Verifica-se que apenas 10,7% das 56 ações propostas pelo CBH-PCJ foram
embora tal avaliação não informe o quanto fora realizado. Essas ações
10,7% 19,6%
7,1%
30,4%
32,1%
Realizada Parcialmente Andamento
Não realizada Sem Informação
PDC10 100%
100%
PDC9 100%
PDC8 100%
PDC7 100%
PDC6 100%
Figura XIV-2: Situação das Ações propostas pelo CBH-PCJ no Plano de Bacias 94/95 em cada PDC.
R- ações realizadas; A- ações em andamento; PR- ações parcialmente realizadas; NR- ações não realizadas; SI- ações
sem informação.
águas subterrâneas teve apenas 7,1% das ações propostas pelo comitê; sendo
houve nenhuma ação realizada o que corresponde a 17,9% das ações propostas
comitê propôs apenas uma ação para cada, cujo resultado da avaliação é para o
e não realizados:
realizadas.
previstos por eles, foram utilizados. Uma análise da tabela XIII-4 (p. 157) indica
tabela mostra que o PDC-1 foi o que recebeu o maior volume de investimentos,
uma ação, prevista pela cidade de Campinas e que não poderia fazer parte do
PDC-1, já que a mesma foi destinada a obras e serviços do Plano Diretor de Água
e Esgoto, também é importante citar que a ação foi estimada em US$175 mil.
portanto, uma priorização dos PDCs por parte dos municípios. É importante
Realizado Previsto
Figura XIV-3: Porcentagem de investimentos realizados pelos Municípios em cada PDC e o valor previsto.
211
ressaltar que o PDC-7 previu um investimento bem menor que o PDC-3 e que
representa mais de 50% do valor total investido pelos órgãos estaduais. A figura
3,2%
4,4%
7,1%
35,0%
50,4%
Figura XIV-4: Porcentagem de investimentos realizados pelos órgãos estaduais em cada PDC.
Somente os órgãos que investiram algum valor do previsto foram incluídos.
Hídricos, Saneamento e Obras não explicou o motivo pelo qual não realizou as
212
ações que dependiam exclusivamente das verbas de custeio. Vale ressaltar que o
importantes para a gestão das águas, e, para tanto, foram previstas várias ações.
A soma de investimentos previstos pelos órgãos estaduais para essas ações foi
mesmo o DAEE, que utilizaria apenas as verbas de custeio, realizou as ações que
Situação dos Recursos Hídricos dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí de 1995
uso (p. 82). Devido a sua importância, os relatórios de situação, por lei, fazem a
no relatório de 1995.
através da deliberação 17/94, mas não prosperou. Outra ação não realizada e
usuários.
O fato de não ter sido realizada nenhuma ação para desenvolver um sistema
também, são importantes para os usuários e para a sociedade, pois permitem que
214
Uma das recomendações do PERH aos comitês de bacia foi que estes
gerenciamento das águas (p. 135). O assunto não prosperou devido à espera do
para situações críticas dos corpos hídricos das bacias, as quais se atinge quando
a soma das vazões captadas na bacia superar a 50% da sua vazão e quando a
CBH-PCJ quanto à questão, nenhuma ação nos PDC’s foi proposta para o
situação que levou o Governo do Estado a instituir a Operação Estiagem (p. 113).
hídricos (94/95 e 96/99) e os dois planos de bacias para o mesmo período, nota-
hídricos. Essa relação íntima precisa ser definida e consolidada para poder gerir
as águas com maior eficiência e isso só será possível quando existir uma
Uma idéia qualitativa dessa articulação foi possível pela análise dos planos
diretores dos municípios e suas respectivas leis de uso e ocupação do solo (p.
176).
ambiental, por vezes, associada à qualidade de vida. Tarefa nada fácil para a
216
insignificante.
faixa de proteção ao longo de cada margem dos corpos d’água com, no mínimo,
proteção das cabeceiras e da mata ciliar. O plano de Limeira determina que nas
refloresta-las.
loteamento para moradias populares com área mínima de 150m2, para as áreas
porém, Campinas salienta que essas medidas deverão ter o cuidado de não
estimular o adensamento.
risco.
de 94/95, tal fato não pode ser atribuído à articulação entre o comitê e os
municípios já que nenhuma ação prevista pelo plano de bacias abordou o tema.
vontade.
219
A seleção das ações por parte dos proponentes foi, de modo geral, positiva
bacias;
sociedade em geral.
A análise dos planos (p. 204) apontou para uma hierarquização dos PDCs,
se encontra a UGRHI-5.
A lei que aprovou o PERH 94/95 dispôs em seu capítulo V a criação dos
gerenciamento. No entanto, a criação dos PDC’s pode ser vista como uma forma
estratégica de evitar que ações com finalidades diferentes façam parte da mesma
Não está clara a finalidade dos PDCs, dentro do sistema, muito embora cada
existem algumas ações propostas em certos PDC’s que poderiam fazer parte de
(anexo VII).
compõem o programa.
o inverso.
parte dos planos diretores. Aliás, o comitê poderia ter auxiliado e participado da
solo, como prevê a Lei n. 7.663 e os objetivos dos PERHs, o que não foi previsto
de 96/99 estabeleceu uma série de ações que poderiam melhorar tal articulação.
informações são necessárias como devem ser apresentadas para que sejam
possa realmente avaliar a ação e o plano como um todo, como fez o IBAMA
(anexo II). Além disso o CBH-PCJ precisa primar pelas informações que divulga.
de US$175 mil e ter gasto US$13.300 mil (tabela XIII-3, p.149). É bom lembrar o
artigo 19 da Lei n. 7.663 (anexo IV), que dispõe sobre a finalidade dos relatórios
efetiva, ora por parte do Poder Público, ora por parte da sociedade de modo geral.
desenvolvimento sustentável.
Por fim, muitas das ações previstas no plano de bacias de 96/99 são as
mesmas do plano de 94/95 justificando com isso a sua baixa performance, apesar
Em tempo, vale ressaltar que o CORHI está modificando todo o formato dos
BRANCO, Samuel M. Energia e Meio Ambiente. São Paulo, Ed. Moderna, 1993.
BRASIL. Lei n. 4771, 15/09/1965. Institui o Novo Código Florestal. Diário Oficial da
União, Brasília, 1965.
CIÊNCIA HOJE. Lacerda, Luiz De. Minamata livre de mercúrio. V.23 – n. 133,
p.24-31, 1997.
CONTI, José B. & FURLAN, Sueli A. Geoecologia: O clima, os solos e a biota. In:
ROSS, Jurandyr L.S. Geografia do Brasil. São Paulo, EDUSP, 1996, p.67 –207.
RIO CLARO. Lei n 2.493, 6/8/1992. Dispõe sobre o Parcelamento do Solo para
fins Urbanos e dá outras providências. Secretaria Executiva do CDU, 9/1997.
RIO CLARO. Lei n 2.495, 10/8/1992. Dispõe sobre o Zoneamento Urbano e Rural
e dá outras providências. Secretaria Executiva do CDU, 9/1997.
SOUZA, Everaldo B. de. & ALVES, José M. Brabo & XAVIER, Terezinha de Ma. B.
S. A estação Chuvosa no Semi-Árido Nordestino nos anos de predominância
de Aquecimento ou Resfriamento em toda Bacia do Atlântico Tropical. RBRH-
Revista Brasileira de Recursos Hídricos, v.3, n. 2, p.47-55, 1998.
Continuação
Resolução
Licenciamento de obras de sistemas de abastecimento de água, de
1988 CONAMA
esgotos sanitários, drenagem e sistemas de limpeza urbana.
005
Resolução
1988 CONAMA Licenciamento de atividades industriais e geração de resíduos.
006
Resolução
1988 Dispões sobre Áreas de Proteção Ambiental (APA)
CONAMA 010
1989 Lei 7.797 Cria o Fundo Nacional do Meio Ambiente.
Institui para os Estados, Municípios e Distrito Federal a
compensação financeira pelo resultado da exploração de petróleo
1989 Lei 7.990
ou gás natural, de recursos hídricos para fins de energia elétrica e
de recursos minerais.
1989 Lei 7.735 Cria o IBAMA.
1989 Lei 7.802 Dispõe sobre agrotóxicos.
1992 Lei 8.490 Cria o Ministério do Meio Ambiente.
Resolução
1993 Dispõe sobre a destinação final de resíduos sólidos.
CONAMA 005
1997 Lei 9.433 Institui a Política Nacional de Recursos Hídricos.
1998 Decreto 2.612 Regulamenta o Conselho Nacional de Recursos Hídricos.
241
ANEXO II
Resultados globais
Relativos à legitimidade do papel institucional do
IBAMA e à eficácia das ações desenvolvidas
ATÉ ATÉ
META
31/12/00 31/12/01
Elevar o índice de reconhecimento e credibilidade junto à sociedade brasileira 10% 30%
Elevar o índice de cumprimento de compromissos de agendas consignadas em 10% 30%
acordos internacionais de meio ambiente
Elevar o índice de reconhecimento junto aos agentes dos setores ambientais, 10% 20%
econômicos e sociais
Elevar índice de reconhecimento da ação supletiva, junto aos demais agentes do 10% 20%
Sisnama, na execução de ações de intervenção
Elevar índice de reconhecimento interno e externo ao Ibama como agente 20% 40%
demandador e difusor de conhecimentos destinados à gestão ambiental
Reduzir o volume de recursos orçamentários diretamente alocados às atividades de 75% 60%
prestação de serviços publicitáveis
Elevar o nível de auto-sustentação financeira na gestão dos recursos e serviços 10% 20%
ambientais
Resultados de atendimento: Relativos à Proteção e manejo de ecossistemas e
de recursos de fauna e flora
ATÉ ATÉ
META
31/12/00 31/12/01
Elevar a representatividade dos esforços de proteção e manejo 10% 20%
Elevar a abrangência das operações de proteção e manejo 10% 20%
Reduzir o custo das operações de manejo de espécies e de proteção dos 10% 20%
ecossistemas
Elevar o patrocínio ou financiamento direto pela sociedade 30% 50%
Relativos à gestão de unidades de conservação federais
Elevar a representatividade das áreas protegidas 10% 20%
Elevar a abrangência das áreas protegidas 10% 20%
Reduzir o custo por hectare das operações relativas à gestão de futuras unidades de 10% 20%
conservação federais
Reduzir o custo por hectare das operações relativas à criação de futuras unidades de 10% 20%
conservação federais
Elevar o patrocínio ou financiamento direto pela sociedade 30% 50%
Resultados de atendimento: Relativos ao acesso ao uso dos recursos ambientais
ATÉ ATÉ
META
31/12/00 31/12/01
Reduzir a irregularidade observada pela fiscalização 25% 50%
Elevar a satisfação do usuário com o tempo de resposta praticado 50% 75%
Elevar a atualização do cadastro técnico de usuários e dos cadastros de atividades 25% 50%
Relativos à intervenção em projetos empresariais públicos e privados
Elevar a aceitação, pela população impactada pelo empreendimento, do nível de 25% 50%
resultados obtidos
Elevar a reparação do dano ambiental 10% 20%
Elevar a confiabilidade de prazos negociados 25% 50%
Elevar a produtividade de análise 10% 20%
Relativos ao macroprocesso: "Fiscalização ambiental*
Elevar a cobertura da fiscalização 30% 50%
Elevar a satisfação com a eqüidade da fiscalização praticada 50% 75%
Elevar a produtividade das ações de fiscalização 10% 20%
Relativos ao macroprocesso: Acidentes e emergências ambientais
Elevar o reconhecimento como agente capacitador e integrador 25% 50%
Elevar a prontidão de atendimento às solicitações e determinações 30% 50%
Elevar o rendimento dos recursos aplicados no atendimento 10% 20%
242
ATÉ ATÉ
META
31/12/00 31/12/01
Relativos à execução supletiva
Reduzir a representatividade dos esforços de ação supletiva 25% 50%
Elevar a satisfação dos organismos de representação da sociedade com o exercício 25% 50%
do papel supletivo do Ibama
Elevar o rendimento de recursos financeiros reservados especificamente para a ação
supletiva
Elevar o financiamento pelo Sisnama
Relativos às informações públicas sobre o meio ambiente
Elevar a utilidade das informações disponibilizadas 30% 50%
Elevar a abrangência do universo de coleta 40% 60%
Elevar o tempo de resposta no acesso à informação disponibilizada 25% 50%
243
ANEXO III
TÍTULO I
CAPÍTULO I
DOS FUNDAMENTOS
IX - a gestão dos recursos hídricos deve sempre proporcionar o uso múltiplo das
águas;
CAPÍTULO II
DOS OBJETIVOS
CAPÍTULO IV
DOS INSTRUMENTOS
V - a compensação a municípios;
SEÇÃO I
Art. 7º Os Planos de Recursos Hídricos são planos de longo prazo, com horizonte
de planejamento compatível com o período de implantação de seus programas e projetos e terão
o seguinte conteúdo mínimo:
245
I - diagnóstico da situação atual dos recursos hídricos;
VI - (VETADO)
VII - (VETADO)
SEÇÃO II
SEÇÃO III
Art. 11. O regime de outorga de direitos de uso de recursos hídricos tem como
objetivos assegurar o controle quantitativo e qualitativo dos usos da água e o efetivo exercício dos
direitos de acesso à água.
Art. 12. Estão sujeitos a outorga pelo Poder Público os direitos dos seguintes usos
de recursos hídricos:
Art. 13. Toda outorga estará condicionada às prioridades de uso estabelecidas nos
Planos de Recursos Hídricos e deverá respeitar a classe em que o corpo de água estiver
enquadrado e a manutenção de condições adequadas ao transporte aquaviário, quando for o
caso.
Parágrafo único. A outorga de uso dos recursos hídricos deverá preservar o uso
múltiplo destes.
§ 2º (VETADO)
Art. 15. A outorga de direito de uso de recursos hídricos poderá ser suspensa
parcial ou totalmente, em definitivo ou por prazo determinado, nas seguintes circunstâncias:
Art. 16. Toda outorga de direitos de uso de recursos hídricos far-se-á por prazo
não excedente a trinta e cinco anos,
renovável.
Art. 18. A outorga não implica a alienação parcial das águas, que são inalienáveis,
mas o simples direito de seu uso.
SEÇÃO IV
Art. 20. Serão cobrados os usos de recursos hídricos sujeitos a outorga, nos
termos do art. 12 desta Lei.
Art. 21. Na fixação dos valores a serem cobrados pelo uso dos recursos hídricos
devem ser observados, dentre outros:
Art. 22. Os valores arrecadados com a cobrança pelo uso de recursos hídricos
serão aplicados prioritariamente na bacia hidrográfica em que foram gerados e serão utilizados:
§ 3º (VETADO)
248
SEÇÃO V
DA COMPENSAÇÃO A MUNICÍPIOS
SEÇÃO VI
CAPÍTULO V
CAPÍTULO VI
TÍTULO II
CAPÍTULO I
V - as Agências de Água.
CAPÍTULO II
VIII - (VETADO)
251
IX - acompanhar a execução do Plano Nacional de Recursos Hídricos e
determinar as providências necessárias ao cumprimento de suas metas;
CAPÍTULO III
Art. 38. Compete aos Comitês de Bacia Hidrográfica, no âmbito de sua área de
atuação:
VII - (VETADO)
VIII - (VETADO)
252
IX - estabelecer critérios e promover o rateio de custo das obras de uso múltiplo,
de interesse comum ou coletivo.
Parágrafo único. Das decisões dos Comitês de Bacia Hidrográfica caberá recurso
ao Conselho Nacional ou aos Conselhos Estaduais de Recursos Hídricos, de acordo com sua
esfera de competência.
I - da União;
CAPÍTULO IV
Parágrafo único. A criação das Agências de Água será autorizada pelo Conselho
Nacional de Recursos Hídricos ou pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hídricos mediante
solicitação de um ou mais Comitês de Bacia Hidrográfica.
253
CAPÍTULO VI
Art. 47. São consideradas, para os efeitos desta Lei, organizações civis de
recursos hídricos:
TÍTULO III
III - (VETADO)
I - advertência por escrito, na qual serão estabelecidos prazos para correção das
irregularidades;
TÍTULO IV
Art. 53. O Poder Executivo, no prazo de cento e vinte dias a partir da publicação
desta Lei, encaminhará ao Congresso Nacional projeto de lei dispondo sobre a criação das
Agências de Água.
Art. 54. O art. 1º da Lei nº 8.001, de 13 de março de 1990, passa a vigorar com a
seguinte redação:
"Art. 1º .................................................................
.......................................................................
III - quatro inteiros e quatro décimos por cento à Secretaria de Recursos Hídricos
do Ministério do Meio Ambiente, dos Recursos Hídricos e da Amazônia Legal;
......................................................................
Art. 55. O Poder Executivo Federal regulamentará esta Lei no prazo de cento e
oitenta dias, contados da data de sua publicação.
ANEXO IV
TÍTULO I
Da Política Estadual de Recursos Hídricos
CAPÍTULO I
Objetivos e Princípios
SEÇÃO I
Das Disposições Preliminares
SEÇÃO II
Das Diretrizes da Política
SEÇÃO I
Da Outorga de Direitos de Uso dos Recursos Hídricos
SEÇÃO II
Das Infrações e Penalidades
SEÇÃO III
Da Cobrança pelo Uso dos Recursos Hídricos
SEÇÃO IV
Do Rateio de Custos das Obras
CAPÍTULO III
Do Plano Estadual de Recursos Hídricos
TÍTULO II
Da Política Estadual de Gerenciamento dos Recursos Hídricos
CAPÍTULO I
Do Sistema Integrado de Gerenciamento
de Recursos Hídricos - SIGRH
SEÇÃO I
Dos Objetivos
SEÇÃO II
Dos Órgãos de Coordenação e de Integração Participativa
263
SEÇÃO III
Dos Órgãos de Outorga de Direito de Uso das Águas,
de Licenciamento de Atividades Poluidoras
e Demais Órgãos Estaduais Participantes
CAPÍTULO II
Dos Diversos Tipos de Participação
SEÇÃO I
Da Participação dos Municípios
SEÇÃO III
Da Participação das Universidades,
de Institutos de Ensino Superior e de Entidades
de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico
CAPÍTULO III
Do Fundo Estadual de Recursos Hídricos - FEHIDRO
SEÇÃO I
Da Gestão do Fundo
SEÇÃO II
Dos Recursos do Fundo
SEÇÃO III
Das Aplicações do Fundo
ANEXO V
População dos Municípios da UGRHI-5 em 1995
Densidade
Município Urbana Rural Total Área
Hab/km 2
Águas de São Pedro 1.822 0 1.822 4 455,5
Americana 166.128 66 166.194 134 1.240,3
Amparo 44.463 9.275 53.738 447 120,2
Analândia 1.804 1.479 3.283 328 10,0
Artur Nogueira 12.673 19.583 32.256 178 181,2
Atibaia 89.340 8.278 97.618 479 203,8
Bom Jesus dos Perdões 10.069 595 10.664 109 97,8
Bragança Paulista 103.803 4.731 108.534 515 210,7
Campinas 862.567 27.228 889.795 798 1.115,0
Campo Limpo Paulista 54.556 624 55.180 80 689,8
Capivari 32.635 4.863 37.498 324 115,7
Charqueada 9.931 1.397 11.328 176 64,4
Cordeirópolis 12.166 2.761 14.927 138 108,2
Corumbataí 1.362 1.920 3.282 279 11,8
Cosmópolis 39.885 2.861 42.746 155 275,8
Elias Fausto 8.148 4.858 13.006 202 64,4
Holambra 5.147 1.287 6.434 64 100,5
Hortolândia 102.899 258 103.157 62 1.663,8
Indaiatuba 110.851 7.999 118.850 311 382,2
Ipeúna 2.176 840 3.016 191 15,8
Iracemápolis 12.442 1.001 13.443 116 115,9
Itatiba 60.449 6.398 66.847 323 207,0
Itupeva 15.992 5.172 21.164 201 105,3
Jaguariúna 24.231 5.153 29.384 143 205,5
Jarinú 6.514 5.547 12.061 208 58,0
Joanópolis 7.714 599 8.313 376 22,1
Jundiaí 279.433 23.903 303.336 433 700,5
Limeira 214.109 21.331 235.440 582 404,5
Louveira 17.718 1.195 18.913 55 343,9
Mombuca 1.480 1.077 2.557 134 19,1
Monte Alegre 3.112 2.507 5.619 111 50,6
Monte Mor 26.809 3.179 29.988 241 124,4
Morungaba 7.086 1.776 8.862 147 60,3
Nazaré Paulista 5.776 7.110 12.886 327 39,4
Nova Odessa 37.929 1.684 39.613 74 535,3
270
Paulínia 41.744 1.622 43.366 140 309,8
Pedra Bela 987 4.387 5.374 158 34,0
Pedreira 28.353 829 29.182 110 265,3
Pinhalzinho 4.354 4.690 9.044 155 58,3
Piracaia 21.362 0 21.362 386 55,3
Piracicaba 294.162 10.258 304.420 1.372 221,9
Rafard 7.664 1.752 9.416 133 70,8
Rio Claro 144.250 4.584 148.834 500 297,7
Rio das Pedras 19.567 1.926 21.493 228 94,3
Saltinho 4.331 921 5.252 99 53,1
Salto 86.480 0 86.480 135 640,6
Santa Bárbara d’Oeste 173.223 2.602 175.825 272 646,4
Santa Gertrudes 10.817 608 11.425 98 116,6
Santa Maria da Serra 4.013 788 4.801 257 18,7
Santo Antonio de Posse 12.785 2.847 15.632 155 100,9
São Pedro 17.521 4.844 22.365 620 36,1
Sumaré 181.297 454 181.751 153 1.187,9
Tuiuti 2.271 1.802 4.073 127 32,1
Valinhos 67.792 7.091 74.883 149 502,6
Vargem 2.078 3.192 5.270 143 36,9
Várzea Paulista 81.430 591 82.021 35 2.343,5
Vinhedo 37.786 228 38.014 82 463,6
CBH-PCJ 3.637.486 244.551 3.882.037 13.952 278,2
Fonte: HIDROPLAN, 1995.
271
ANEXO VI
1 – Paritária entre Poder Público e Sociedade Civil; 2 – Poder Público com 50%+1 dos membros; 3 – Há
referência a todos os atores envolvidos, mas não define o número de cada segmento; 4 – 1/3 dos votos
usuários e sociedade civil; 2/3 dos votos Poder Público;
5 – 40% usuários; 40% sociedade civil; 20% Poder Público; 6 – Representação Basicamente do Poder
Público.
NR – A lei não faz referência; *1 – caráter apenas consultivo;** - Não há participação direta da sociedade civil
e dos usuários;
# - A representação da sociedade civil será por meio do Poder Público Executivo e Legislativo e entidades da
sociedade civil.
273
ANEXO VII
Programa Objetivo
PDC-1: Planejamento e Gerenciamento de Recursos Hídricos
Planejamento Elaboração, e controle do plano quadrienal de
recursos hídricos e dos planos de bacias
hidrográficas.
Elaboração e publicação do relatório de situação dos
recursos hídricos no Estado de São Paulo
Gerenciamento Organização, implantação e apoio técnico e
administrativo aos comitês de bacias hidrográficas.
Desenvolvimento, regulamentação e aplicação dos
instrumentos de gerenciamento dos recursos hídricos:
cadastro, outorga e cobrança.
Promoção e criação de associações de usuários de
recursos hídricos.
Sistema de Informações sobre Recursos Hídricos Desenvolvimento e gestão do banco de dados
hidrológicos.
Projeto, implantação e gestão do sistema de cadastro,
outorga e cobrança.
Projeto, implantação e gestão do sistema de
planejamento, avaliação e controle.
Projeto, implantação e gestão do sistema de usuários
e públicos.
Projeto, implantação e gestão de sistema de
informações ambientais sobre recursos hídricos.
Renovação da Rede Hidrológica Desenvolvimento, modernização, operação e
manutenção da rede hidrológica, hidrometeorológica,
sedimentométrica e piozométrica.
Implantação e operação do sistema de alerta, radares
meteorológicos, redes telemétricas, sensoriamento
remoto e imagens de satélite.
Monitoramento da quantidade e qualidade dos
recursos hídricos.
Análise, processamento, publicação, divulgação e
difusão de dados hidrológicos.
Racionalização do uso do Recurso Hídrico para Redução das perdas e desperdícios nos sistemas
Abastecimento Urbano urbanos de abastecimento de água
Promoção da aplicação de equipamentos hidráulicos
e de saneamento que proporcionem economia de
recursos hídricos.
275
Cooperação com os Municípios para o Implantação e aplicação de legislação de proteção de
Desenvolvimento e proteção de Mananciais de Águas mananciais
Superficiais para o Abastecimento Urbano Delegação aos municípios para a gestão de águas de
interesse local com fins prioritários de abastecimento
urbano .
PDC-6: Desenvolvimento Racional da Irrigação
Disciplinamento da Utilização da Água para Irrigação Cadastramento de irrigantes e regularização das
captações de águas superficiais e subterrâneas
Zoneamento hidroagrícola, com indicação das áreas
de aptidão para irrigação
Gerenciamento de recursos hídricos em áreas
criticas, com participação dos irrigantes
Racionalização do Uso da Água para Irrigação Determinação regional dos valores de consumo das
principais culturas irrigáveis, levando este
conhecimento aos conhecimentos aos agricultores
visando aumentar a eficiência no uso da água para
irrigação.
Monitoramento de Áreas Irrigadas Acompanhamento da evolução física das áreas
irrigadas através de sensoriamento remoto,
confrontando com o disciplinamento da utilização da
água para irrigação .
Obras e Serviços de Sistemas Coletivos de Irrigação Estudos, levantamentos, projetos e obras de sistemas
e Drenagem coletivos de irrigação e drenagem, com participação
dos irrigantes e de suas associações.
PDC-7: Conservação de Recursos Hídricos na industria
Orientação à Localização Industrial Difusão de informações sobre as disponibilidades
hídricas, superficiais e subterrâneas, e sobre o
enquadramento dos corpos receptores.
Racionalização do uso do Recurso Hídrico na Promoção do uso racional das águas nas atividades
Industria industriais, com o reuso e a recirculação
Promoção da utilização de equipamentos e processos
que proporcionem economia de água.
Disciplinamento do Uso da Água Para Fins Industriais Cadastramento da utilização de água para fins
industriais e regularização das captações.
17. CITAÇÕES
- Lakatos (1992) p. 5
- Hilhorst (1975) p.5 , 36
- Rocha (1997) p. 9
- Penna (1923) p.9, 10
- World Resources Institute (1990) p. 12, 13, 14
- Rebouças (1997) p. 12, 13, 15, 63, 95
- Setti (1994) p. 13, 21
- Lanna (1987) p. 16, 79, 80, 93, 94
- Vega (1985) p.20
- Gonçalves (1993) p. 26
- Branco (1990) p. 28
- Heller & Costa & Barros (1995) p.29
- Oliveira (1997) p.34, 35
- Cunha (1997) p.34, 37, 39
- Lidgren (1991) p. 35, 36, 37
- Turra (1988) p. 35, 36
- Parra (1972) p. 35, 36
- Dror (1968) p. 35
- Souza (1981) p. 49, 50, 51
- Droze (1965) p.51, 52, 53
- Scheinowitz (1983) p.54, 78, 79
- Turner (1993) p. 61
- Monosowiski (1989) p.64, 65,67
- Nou (1994) p. 78
278