Visão Espírita da Bíblia: Herculano Pires
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Visão Espírita da Bíblia - J. Herculano Pires
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Sumário
Bíblia e Evangelho
Sentido histórico da Bíblia e a sua natureza profética
Coisas terríveis e ingênuas figuram nos livros bíblicos
Como a palavra de Deus ficou sujeita ao homem
Toda a Bíblia está cheia dos fenômenos mediúnicos
Professor de teologia defende a interpretação espírita da Bíblia
Ensinou o apóstolo Paulo: a Bíblia é um livro mediúnico
Comunicações de espíritos e materialização na Bíblia
Moisés proibiu precisamente o que o espiritismo proíbe
Moisés praticava e desejava a mediunidade bem orientada
Jeová dá lições sobre formas de mediunidade
Deuteronômio confirma mediunidade de Moisés
Como os homens conseguem amoldar a palavra de Deus
Expressões e palavras desfiguradas na Bíblia
Epístolas testemunham mediunidade apostólica
Como os apóstolos faziam as suas sessões espíritas
Deus morre quando os homens se apegam à letra que mata
Jesus proclamou em Nazaré o ano agradável ao Senhor
A gênese explicada à luz dos princípios espíritas
Como Deus tirou o homem do barro ou pó da Terra
Eva e a costela de Adão: um mito de origem social
Kardec esclarece a alegoria da queda do homem na Bíblia
Mostra a Bíblia que Adão não foi o primeiro homem
Caim fundou uma cidade sem ter quem habitá-la
Os filhos de Deus casaram com as filhas dos homens
Dilúvio: catástrofe parcial adaptada a uma antiga lenda
Adão não foi o primeiro homem, mas apenas o primeiro hebreu
O papel dos profetas na Bíblia e no culto da igreja primitiva
Sentido cosmossociológico da lenda bíblica do dilúvio
O livro dos espíritos como sequência natural da Bíblia
O que foi e o que é
A Bíblia e o espiritismo
Argumentos versus citações
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Bíblia e Evangelho
ABíblia (cujo nome quer dizer simplesmente: O Livro) é na verdade uma biblioteca, reunindo os livros diversos da religião hebraica. Representa a codificação da primeira revelação do ciclo do cristianismo. Livros escritos por vários autores estão nela colecionados, em número de 42. Foram todos escritos em hebraico e aramaico e traduzidos mais tarde para o latim, por São Jerônimo, na conhecida Vulgata Latina, no século quinto da nossa era. As igrejas católicas e protestantes reuniram a esse livro os Evangelhos de Jesus, dando a estes o nome geral de Novo Testamento.
O Evangelho, como se costuma designar o Novo Testamento, não pertence de fato à Bíblia. É outro livro, escrito muito mais tarde, com a reunião dos vários escritos sobre Jesus e seus ensinos. O Evangelho é a codificação da segunda revelação cristã. Traz uma nova mensagem, substituindo o deus-guerreiro da Bíblia pelo deus-amor do Sermão da Montanha. No espiritismo não devemos confundir esses dois livros, mas devemos reconhecer a linha histórica e profética, a linhagem espiritual que os liga. São, portanto, dois livros distintos.
O espiritismo
A antiga religião hebraica é geralmente conhecida como Mosaísmo, porque surgiu e se desenvolveu com Moisés. A nova religião dos Evangelhos é designada como cristianismo, porque vem do ensino do Cristo. Mas, assim como nas páginas da Bíblia está anunciado o advento do Cristo, também nas páginas do Evangelho está anunciado o advento do Espírito de Verdade. Esse advento se deu no século passado,¹ com a terceira e última revelação cristã, chamada revelação espírita. Cinco novos livros aparecem, então, escritos por Allan Kardec, mas ditados, inspirados e orientados pelo Espírito de Verdade e outros espíritos Superiores. Os cinco livros fundamentais do espiritismo, que têm como base O livro dos espíritos, representam a codificação da terceira revelação. Essa revelação se chama espiritismo porque foi dada pelos espíritos. Sua finalidade é esclarecer os ensinos anteriores, de acordo com a mentalidade moderna, já suficientemente arejada e evoluída para entender as alegorias e símbolos contidos na Bíblia e no Evangelho. Mas enganam-se os que pensam que a codificação do espiritismo contraria ou reforma o Evangelho.
¹ O autor se refere ao século dezenove. (N.E.)
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Sentido histórico da Bíblia e a sua natureza profética
Qual a posição do espiritismo diante do problema bíblico? Os recentes debates na televisão entre espíritas, pastores protestantes e sacerdotes católicos deram motivo a algumas incompreensões, das quais se aproveitaram adversários pouco escrupulosos da doutrina espírita, para lhe desfecharem novos e injustos ataques. Vamos procurar esclarecer, por estas colunas, a posição espírita, como já havíamos prometido.
Kardec define essa posição, desde O livro dos espíritos, como a de estudo e esclarecimento do texto, à luz da história e na perspectiva da evolução espiritual da humanidade. No capítulo 3 desse livro, final do item 59, depois de analisar as contradições entre a Bíblia e as ciências, no tocante à criação do mundo, ele declara: Devemos concluir que a Bíblia é um erro? Não; mas que os homens se enganaram na sua interpretação.
Essas palavras de Kardec, sustentadas através de toda a codificação, esclarecem a posição espírita. Devemos reconhecer na Bíblia a sua natureza profética (ou seja: mediúnica), encerrando a primeira revelação, no ciclo histórico das revelações cristãs. Esse ciclo começa com Moisés (primeira revelação), define-se com Jesus (segunda revelação) e encerra-se com o espiritismo (terceira revelação). Os leitores encontrarão explicações detalhadas a respeito em O evangelho segundo o espiritismo, de Allan Kardec, que é um manual de moral evangélica. O conceito espírita de revelação, porém, não é o mesmo das religiões em geral. Revelar é ensinar, e isso tanto pode ser feito pelos espíritos (revelação divina) quanto pelos homens (revelação humana), mas não por Deus em pessoa
, porque Deus age através de suas leis e dos espíritos. A revelação bíblica, portanto, não pode ser chamada de "palavra de