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Brasília – DF
MS/SVS – Programa Nacional de Vigilância em Saúde Ambiental relacionada à Qualidade da Água para Consumo Humano ii
Colaboradores:
MS/SVS – Programa Nacional de Vigilância em Saúde Ambiental relacionada à Qualidade da Água para Consumo Humano iii
Sumário
1. Introdução .............................................................................................................................. 8
2. Justificativa ................................................................................................................................ 9
3. Histórico .................................................................................................................................... 12
4.Objetivos ................................................................................................................................... 17
8. Estratégias................................................................................................................................ 31
8.1. Político-financeira................................................................................................................ 31
8.2. Institucional........................................................................................................................... 31
8.3.4 Atuação nos fóruns intra e intersetoriais dos setores afetos a qualidade e
quantidade da água ............................................................................................................. 34
MS/SVS – Programa Nacional de Vigilância em Saúde Ambiental relacionada à Qualidade da Água para Consumo Humano iii
8.3.5 Desenvolvimento de estudos e pesquisas ............................................................ 35
8.3.6 Identificação, cadastramento e inspeção permanentes das diversas formas
de abastecimento de água ................................................................................................. 35
MS/SVS – Programa Nacional de Vigilância em Saúde Ambiental relacionada à Qualidade da Água para Consumo Humano iv
Apresentação
MS/SVS – Programa Nacional de Vigilância em Saúde Ambiental relacionada à Qualidade da Água para Consumo Humano v
A concretização do modelo dar-se-á por meio deste programa nacional
vigilância em saúde ambiental relacionado à vigilância da qualidade da água
para consumo humano, o qual apresenta os instrumentos, mecanismos e
estratégias.
A implementação do Programa nacional pressupõe a atuação nas distintas
esferas de governo, de diferentes atores e setores institucionais, uma atuação
conjunta, integrada e articulada, abrangendo inclusive os parceiros que atuam no
controle social.
MS/SVS – Programa Nacional de Vigilância em Saúde Ambiental relacionada à Qualidade da Água para Consumo Humano vi
1. Introdução
MS/SVS – Programa Nacional de Vigilância em Saúde Ambiental relacionada à Qualidade da Água para Consumo Humano 8
todo o sistema de abastecimento de água, a fim de determinar o impacto na saúde
dos consumidores.
Do exposto, conclui-se que a vigilância em saúde ambiental relacionada à
qualidade da água para consumo humano é uma atividade investigativa, sendo
realizada e dirigida para identificar os fatores de riscos à saúde humana associados
com a água. Também é uma atividade tanto “preventiva” como “corretiva” com o
objetivo de assegurar a confiabilidade e segurança da água para consumo
humano. A vigilância é preventiva porque permite detectar oportunamente os
fatores de riscos de modo que resulta na tomada de ações antes que se apresente
o problema à saúde pública, e é corretiva porque permite identificar os “focos” de
doenças relacionadas com a água para que se possa atuar sobre os meios de
transmissão a fim de controlar a propagação da doença.
Este documento apresenta o programa nacional da vigilância em saúde
ambiental relacionado à qualidade da água para consumo humano, contendo as
bases conceituais, o campo e forma de atuação e as principais atividades para
operar este programa, que serão executadas nas esferas estaduais e municipais,
nos termos da legislação que regulamenta o SUS.
Este documento está estruturado em nove capítulos. Uma introdução com
uma abordagem sobre o programa nacional da vigilância em saúde ambiental
relacionado à qualidade da água para consumo humano, seguida de uma
justificativa da necessidade de implantação deste programa. O terceiro
contextualiza a vigilância da qualidade da água para consumo humano por meio
de um breve histórico, e o capítulo quatro apresenta os objetivos do programa. O
modelo de atuação a ser viabilizado por este programa, aspectos conceituais,
assim como as ações necessárias para a sua implantação estão contempladas no
quinto capítulo. Os capítulos seguintes descrevem o marco legal existente, as
estratégias de ação, as metas e prioridades e, por último, avaliação das ações do
programa.
2. Justificativa
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e a deterioração das águas dos mananciais. A importância da água destinada para
consumo humano como veiculo de transmissão de enfermidades tem sido
largamente difundido e reconhecido. A maior parte das enfermidades existentes em
países em desenvolvimento onde os saneamentos são deficientes é causada por
bactérias, vírus, protozoários e helmintos. Estes organismos causam enfermidades que
variam em intensidade e vão desde gastrenterites a graves enfermidades, algumas
vezes fatais e/ou de proporções epidêmicas.
No Brasil a Pesquisa Nacional de Saneamento Básico (IBGE, 2000) revelou que
97,9% dos municípios têm serviço de abastecimento de água. Entre 1989 e 2000, o
volume total de água distribuída por dia no Brasil cresceu 57,9%. Em 1989, dos 27,8
milhões de m3 de água distribuídos diariamente, 3,9% não eram tratados. Em 2000, a
proporção de água não tratada quase dobrou, passando a representar 7,2% do
volume total (43,9 milhões de m3 por dia), enquanto que no ano de 1989 a mesma
pesquisa indicava 95,9%. A pesquisa revelou ainda que 116 municípios, ou 2% do
total, não têm abastecimento de água por rede geral; a maior parte deles situado
nas regiões Norte e Nordeste.
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sentido, esse programa deve se dar sobre todas e quaisquer formas de
abastecimento de água coletivas ou individuais, na área urbana ou rural, de gestão
pública ou privada, incluindo as instalações intradomiciliares, como também nos
manancial, no sentido de preservar à qualidade da água para consumo humano.
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vigilância em saúde ambiental relacionado à qualidade da água para consumo
humano implantado em todo território nacional fortalecerão a execução das
atividades de promoção da saúde, propiciando a melhoria da qualidade de vida
da população.
3. Histórico
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“Art. 52° – com o fim de evitar os riscos da saúde inerentes ao
trabalho, o Ministério da Saúde estabelecerás as medidas a serem
adotadas.”
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legislação federal brasileira sobre potabilidade de água para consumo
humano editado pelo Ministério da Saúde;
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representação da OPAS/OMS no Brasil com o apoio da Secretaria de Estado da
Saúde de São Paulo, realizado em 1989 na cidade de Araraquara/SP.
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quanto à vigilância da qualidade da água para consumo humano. Em 2000, a FNS
passa a denominar-se FUNASA por meio do Decreto Federal n.º 3450 /2000.
No ano 2000 a FUNASA implementa algumas ações para viabilizar o
desenvolvimento das ações de vigilância da qualidade da água para consumo
humano, destacando-se a criação de um sistema de informações sobre qualidade
de água para consumo humano (SISAGUA) e a revisão da Portaria n.º 36 GM/1990
que dispõe sobre normas e o padrão de potabilidade de água para consumo
humano.
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institucionais de cada um, pois na época em que foi publicada (1977) não havia
um divisor de águas conceitual entre as ações distintas e as competências legais
entre os serviços de abastecimento de água (responsáveis pelo controle de
qualidade) e os órgãos de saúde (responsáveis pela vigilância da qualidade da
água).
Por outro lado, antes mesmo da publicação da Portaria n. º 36 GM/1990 que
estabeleceu os conceitos dos termos “Vigilância” e “Controle” de qualidade da
água para consumo humano, já existia entre o setor técnico envolvido - seja os
serviços de abastecimento público de água, seja as autoridades sanitárias - o
princípio de que a água fornecida à população nada mais é do que um produto,
sendo resultante de um processo de tratamento que adeqüe a água presente na
natureza a um determinado padrão de potabilidade com o objetivo de torná-la
segura à saúde humana.
Verifica-se que nas Américas não existe uma preocupação dos países em
conceituar vigilância da qualidade da água para consumo humano em termos
legais, isto é, por meio de instrumento legislativo específico. No “Consulation on Safe
Drinking Water” promovido pela OPAS em Washington/DC no período de 29 a 30 de
janeiro de 1998, constatou-se a necessidade de conceituar os termos “Vigilância” e
“Controle” de qualidade de água para consumo humano. O referido encontro teve
por objetivo avaliar a situação atual dos países do continente americano quanto
ao desenvolvimento dos programas de vigilância e controle de qualidade de água
para consumo humano e propor diretrizes de ações para os países membros da
OPAS.
4.Objetivos
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4.2. Objetivos específicos
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a) força motriz: representa as características mais gerais relacionadas ao
modelo de desenvolvimento adotado pela sociedade e que influenciam os
processos ambientais podendo afetar a saúde (exemplo: desenvolvimento
econômico).
b) pressão: corresponde às características das principais fontes de pressão
sobre o ambiente e as populações e, conseqüentemente, sobre a saúde (exemplo:
resíduos sólidos).
c) situação: refere-se aos níveis ambientais gerais que se encontram em
freqüente modificação, dependendo das pressões que recebem; em outras
palavras, refere-se ao ‘fatores de risco’ (exemplo: nível de poluição).
d) exposição: envolve a relação direta entre o ambiente imediato e a
população ou grupos expostos, é condição indispensável para que a saúde
individual e, ou, coletiva sejam afetadas (exemplo: população consumindo água
contaminada).
e) efeitos: são as manifestações na população resultantes de uma
exposição, podendo variar em função do tipo, magnitude e intensidade (exemplo:
morbi-mortalidade, intoxicação)
Verifica-se, portanto a existência de uma cadeia de condicionantes e
fatores de pressão que em uma análise mais profunda chegam a questões de
ordem abrangente e imponderável como a política de saneamento existente
atrelado a um modelo de desenvolvimento adotado pelo país. O entendimento
dessa rede de interações sócio-culturais e políticas envolvidas nas determinantes do
processo saúde -doença das patologias de veiculação e/ou origem hídrica devem
ser bem compreendidas por aqueles a quem compete o exercício da vigilância da
qualidade da água para consumo humano, para que as ações a serem
desenvolvidas possam ser as mais eficazes possíveis.
O esquema da figura 1 procura demonstrar de forma didática a cadeia de
interações envolvidas no processo saúde-doença das patologias de transmissão
e/ou origem hídrica, partindo da visão específica para a geral, possibilitando desta
forma avaliar as possibilidades de intervenções mais efetivas e racionais.
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FORÇAS MOTRIZES
PRESSÃO
ESTADO
EXPOSIÇÃO
EFEITO
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Quadro 1 – Operacionalização da “Estrutura de Causa e Efeito para as Ações de
Saúde e Ambiente” na vigilância da qualidade da água para consumo humano.
Desenvolvimento de ações de
educação e mobilização
social.
Exposição % da população consumindo água fora Vigilância e fiscalização
dos padrões de potabilidade. exercida pelo setor saúde
visando a garantia da
qualidade da água para
consumo humano.
Efeito Taxa de incidência de doença de Vigilância epidemiológica dos
transmissão hídrica. casos de doença de
transmissão hídrica
Atenção à saúde da
população.
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de 19 de setembro de 1990, considera-se como princípios básicos nos quais se
baseiam o modelo de vigilância da qualidade de água para consumo humano:
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mais uma diretriz, entendendo-se que o acesso à água em quantidade suficiente e
qualidade adequada é fundamental à vida humana.
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6.1.2. Gestão
Amostras Soluções
Controle Laboratório
Alternativas
(SAA e SAC) de controle
Individuais
Resultados
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Amostras
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Valida
ção (A Vigilância da
mostra Laboratório de
gem) qualidade da
saúde pública
água para
(Certificado ou
consumo
Acreditado)
humano
Legenda:
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visando a proteção de mananciais de abastecimento e sua bacia contribuinte,
além de estar articulados com as políticas dos órgãos de defesa do consumidor.
A busca da melhoria dos serviços de abastecimento de água deve ser
garantida pela integração dos setores saúde, meio ambiente e saneamento a partir
da priorização da alocação de recursos e orientação programática, com base nos
indicadores epidemiológicos e ambientais resultantes do exercício da vigilância em
saúde ambiental relacionada à qualidade da água para consumo humano. O
acesso à água potável deve ser garantido aplicando-se os princípios da
universalidade que é entendido como o direito da população à água; o da
igualdade que se refere à quantidade e padrão adequado de qualidade; e o da
equidade que está relacionado ao estabelecimento de mecanismos e definição
de critérios para priorização de acesso à água para consumo humano para as
populações mais necessitadas. O acesso à água potável deve ser garantido,
aplicando-se os princípios da universalidade, igualdade e eqüidade.
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Para as águas envasadas e as utilizadas como matéria prima para
elaboração de produtos e em serviços específicos deve ser observada a legislação
pertinente.
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6.3- Operacionalização
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Para viabilizar estas ações básicas é necessário o desenvolvimento de ações
executivas, de gerenciamento de risco e de informação, as quais são apresentadas
no fluxograma na figura 3.
Identificação e
cadastramento
Amostra fora do padrão
Inspeção
Comunicação com o
Outros Monitoramento da
Alimentaç responsável pelo sistema
sistemas qualidade da água
ão no de abastecimento,
de (vigilância e
SISAGUA solução alternativa
informação controle)
coletiva ou individual
Realização de
inquerítos e
investigação
Comunicação,
informação e Atividades de educação
mobilização do em saúde
consumidor
Ações de gerenciamento
Ações de informação Ações executivas
de risco
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constitucional do país. Esse marco legal deve contemplar mecanismos necessários
para verificar seu cumprimento pelas diversas esferas de governo.
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b) de saneamento básico; e,
c) relativas as condições e aos ambientes de trabalho.
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8. Estratégias
8.1. Político-financeira
8.2. Institucional
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¾ criação de grupo técnico assessor para dar apoio técnico às
coordenações do programa nas esferas federal, estadual e municipal, que deverá
ser composto não somente por técnicos do setor saúde como também por outros
representantes de setores afetos à qualidade da água para consumo humano, tais
como recursos hídricos, saneamento, meio ambiente, instituições de ensino e/ou de
pesquisa, além do segmento representante dos usuários.
A proposta de organização institucional pode ser visualizada conforme a
figura 4.
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Ministério da Saúde
Vigilância Ambiental
Grupo
em Saúde
Técnico
relacionado a
Assessor
qualidade da água
para consumo
humano - VIGIAGUA
Coordenação Grupo
Estadual de Vigilância Técnico
da Qualidade da Assessor
Água para Consumo
Humano
VIGILÂNCIA EM SAÚDE
Coordenação Grupo
Laboratório local Municipal de técnico
Vigilância da Assessor
Qualidade da Água
para Consumo
Humano
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8.3. Operacional
8.3.4 Atuação nos fóruns intra e intersetoriais dos setores afetos a qualidade e
quantidade da água
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8.3.5 Desenvolvimento de estudos e pesquisas
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O monitoramento permite investigar a qualidade da água e define a
aceitabilidade dela para o consumo humano. Em alguns casos compreende desde
a definição da amostra até os relatórios de informação sobre os sistemas e soluções.
O monitoramento contínuo da qualidade da água permite assegurar que o
sistema de distribuição como um todo, opere satisfatoriamente proporcionando um
produto dentro das normas de qualidade da água para consumo humano.
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ou origem dos surtos de doenças relacionadas com a qualidade da água a fim de
controlar a disseminação.
A análise detalhada das informações básicas disponíveis propiciará a
classificação do grau de risco à saúde das diferentes formas de abastecimento de
água. A identificação da classe de risco, em conjunto com os resultados das
análises físico, químico e bacteriológico da água consumida, permitirá a tomada
de decisão pelo setor saúde.
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8.3.15 Educação, comunicação e mobilização social
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Quadro 2 – Ações de vigilância da qualidade da água para consumo humano por
esfera de governo
AÇÕES FEDERAL ESTADUAL MUNCIPAL
Coordenação da VQACH
Normalização e procedimentos
Desenvolvimento de recursos humanos
Atuação nos fóruns intra e intersetoriais
dos setores afetos a qualidade e
quantidade da água
Desenvolvimento de estudos e pesquisas
Identificação, cadastramento e inspeção
periódica das diversas formas de
abastecimento de água (*)
Estruturação da rede laboratorial para
vigilância da qualidade da água para
consumo humano
Monitoramento da qualidade da água
para consumo humano (*)
Avaliação e análise integrada dos
sistemas de informação
Avaliação ambiental e epidemiológica,
considerando a análise sistemática de
indicadores de saúde e ambiente
Análise e classificação do grau de risco à
saúde das diferentes formas de
abastecimentos
Atuação junto ao(s) responsável (is) pela
operação de sistema ou solução
alternativa de abastecimento de água
para correção de situações de risco
identificadas (*)
Realização de inquéritos e investigações
epidemiológicas, quando requerida (*)
Disponibilização de informações
Educação, comunicação e mobilização
social
(*) estas ações poderão ser executadas complementar e suplementarmente pelos
níveis estadual e federal de governo
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9. avaliação do impacto à saúde dos sistemas de abastecimento de
água e das soluções alternativas coletivas e individuais a partir de
indicadores pré-definidos;
10. capacitação dos profissionais das vigilâncias em saúde e laboratórios
de referência para realizar ações de vigilância da qualidade da água
para consumo humano;
11. implementação de atividades laboratoriais para atender as
necessidades do programa, no que se refere às análises dos
parâmetros constantes na legislação ou outras exigidas pela
vigilância;
12. integração entre as ações previstas no programa com outras do setor
saúde relacionadas com a qualidade da água para consumo
humano;
13. definição de instrumentos e mecanismo formais de atuação intra e
intersetorial;
14. acompanhamento e avaliação da aplicação dos recursos financeiros
necessários para a implementação e desenvolvimento do programa;
15. participação nos fóruns de políticas de gestão de recursos hídricos e
meio ambiente, com vistas à produção de água potável para os
consumidores;
16. atuação junto aos gestores de saneamento, principalmente os de
abastecimento de água para consumo humano, com o objetivo de
influir nos critérios de alocação de recursos;
17. atuação junto ao(s) responsável(is) por sistemas ou soluções
alternativas coletivas e individuais de abastecimento de água
garantindo a adoção de medidas corretivas quando da
identificação de riscos à saúde.
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9. Metas e prioridades
O programa pretende atingir as seguintes metas:
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AÇÕES DESCRIÇÃO DAS AÇÕES METAS
9.4. Avaliação 8.4.1. Realizar inspeção nos sistemas de 100% dos sistemas de abastecimento de água e as
abastecimento de água e as soluções soluções alternativas coletivas cadastradas, avaliados
alternativas coletivas, por meio dos roteiros no prazo de cinco anos.
definidos no SISAGUA
8.4.2- Avaliar o programa a partir de Avaliação do programa a cada cinco anos.
indicadores de desempenho;
8.4.3- Definir os critérios de classificação de Critérios de classificação de riscos dos sistemas de
riscos dos sistemas de abastecimentos de abastecimentos de água e soluções alternativas
água e soluções alternativas. coletivas definidos no prazo de dois anos.
9.5- Qualidade 8.5.1- Atingir os sistemas de abastecimento de 100% de todos os sistemas de abastecimentos de
água e as soluções alternativas coletivas, água e soluções alternativas coletivas no prazo de
dotadas de desinfecção, três anos,
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10. Avaliação das ações do programa
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