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Elaborado por
Steven M.B. Casteleiro
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Lista das notícias que constituem o Dossier de Imprensa
11 - “Ministra diz que novo estatuto do aluno não acaba com conceitos de
faltas justificadas e injustificadas”
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1. Introdução
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A primeira notícia escolhida para desenvolver o comentário crítico é
relativa ao número de alunos inscritos nos cursos profissionais (notícia número
7). A escolha recaiu nesta pois retrata uma das novas apostas do Ministério da
Educação na redução das taxas de abandono escolar precoce do sistema de
ensino. A redução dos níveis de pobreza, bem como o crescimento da
economia do país devem ser solucionados com as competências adquiridas na
formação pessoal dos indivíduos, mas também com a redução dos níveis de
desemprego desqualificado.
2. Comentário da Notícia nº 7
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Acessível a partir de http://www.portugal.gov.pt/NR/rdonlyres/8CF5A479-C14C-41C1-B43E-
D5ACAE4D8252/0/Prevencao_Abandono_Escolar.pdf (consultado em 04/12/2007)
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acessível em resumo alargado a partir de http://www.portugal.gov.pt/NR/rdonlyres/579BB849-F5AF-
40CD-84B8-7BDABD5FF474/0/PNAPAE_sintese.pdf (consultado em 04 de Dezembro de 2007)
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retirado da página quadro do documento PNAPAE acessível a partir de
http://www.portugal.gov.pt/NR/rdonlyres/579BB849-F5AF-40CD-84B8-
7BDABD5FF474/0/PNAPAE_sintese.pdf
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Avaliando a notícia publicada no jornal on-line Sol, no dia 30 de Outubro
de 2007 verifica-se que o objectivo por parte do Ministério da Educação é o de
levar à redução dos níveis de abandono escolar até 2010, fazendo com que
metade dos alunos do ensino secundário frequentem com sucesso um curso
profissional. Esta ambição pretende atingir a meta de redução em 25 % das
taxas de saída precoce do sistema de ensino português.
A situação apresentada na notícia corresponde a uma estratégia seguida
pelo Governo para responder a um dos principais problemas que atingem a
escola pública em Portugal: o abandono precoce do sistema de ensino.
Segundo a literatura específica sobre Educação, entende-se como
abandono precoce em sentido restrito a saída dos adolescentes do sistema de
ensino antes da conclusão do ensino básico obrigatório. Em sentido mais lato,
entende-se o abandono escolar, como a saída do sistema de ensino antes dos
doze anos de escolaridade obrigatória, meta que deverá ser cumprida e
implementada nos tempos mais próximos.
As taxas de abandono escolar em Portugal, segundo os últimos dados
apontam para valores residuais ou mesmo inexistentes ao nível do primeiro
ciclo, revelando-se crescentes à medida que se caminha para os níveis de
ensino seguintes. Portugal é um dos países da União Europeia com maiores
taxas de abandono escolar precoce, segundo o II documento de trabalho anual
da Comissão Europeia sobre os progressos registados pelos 25 estados-
membros. Em 2004, Portugal registava uma taxa de 39,4% de abandono
precoce. Esta taxa é bastante superior relativamente a outros países novos
membros da União Europeia. Uma vez que afecta um grupo específico da
população portuguesa, caracterizado por indivíduos pouco preparados em
termos de habilitações literárias e profissionais para ingressar no mercado de
trabalho, gera indivíduos mais vulneráveis a fenómenos de exclusão social.
A intervenção para a resolução deste problema social passa pela
valorização da educação em Portugal. Esta valorização implica que cada aluno
deve efectuar o seu percurso educativo e formativo numa via de ensino mais
adequadas ao seu perfil.
Pretende-se encontrar estratégias que permitam que os alunos sigam
percursos distintos segundo as suas capacidades, aptidões e interesses
pessoais. Nesta perspectiva surgem os cursos CEF, estando inseridos num
conjunto de medidas para solucionar a prevenção dos fenómenos de abandono
escolar precoce associado a baixas qualificações escolares e profissionais.
O Ministério da Educação aposta assim na valorização da educação dos
jovens em risco como uma das formas de combater os problemas estruturais do
país.
“Se um homem tem fome não lhe dês um peixe, ensina-o a pescar”
Provérbio chinês:
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A segunda notícia seleccionada para efectuar o comentário crítico é
relativa ao novo estatuto do aluno do ensino não superior concebido pela
presente equipa ministerial e que foi aprovado na Assembleia da República
aguardando agora a promulgação por parte do Presidente da República.
O assunto constitui um tema importante que reflecte as transformações
que se encontram a decorrer na escola pública portuguesa. Uma vez que o
documento constitui um instrumento central e de máxima importância para
regular o estatuto dos alunos em cada escola será aqui comentada a notícia
número 2: “Chumbos por faltas vão deixar de existir”.
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O absentismo escolar corresponde a um fenómeno complexo, com
causas variadas dependendo do meio onde se encontra inserida a escola, mas
dependente de causas intrínsecas ao próprio indivíduo, que o levam à ausência
da escola. As soluções não podem passar por medidas que façam tábua rasa
entre os alunos que estão na escola a cumprir o seu dever, participando
activamente no percurso educativo escolhido e os alunos ausentes.
O absentismo constitui por sí um problema individual grave na medida
em que representa um entrave ao sucesso educativo de cada aluno. Pode
conduzir mais tarde a situações de abandono escolar e a situações de
delinquência e exclusão social levando o problema para a esfera da questão
social. Ao reduzir o problema do absentismo para a esfera do individual está a
contribuir-se para o aparecimento de uma geração de indivíduos apartados das
responsabilidades sociais ao mesmo tempo que se perpetuam as dificuldades
de resolução.
Na tentativa de solucionar e prevenir o problema, as escolas devem
delinear programas de intervenção consoante a realidade local específica. Para
isso, em cada ciclo de ensino, devem ser desenvolvidos programas de
acompanhamento especial através dos professores das turmas e/ou directores
de turma que devem estar atentos e vigiar os alunos mais propensos a faltar à
escola. O objectivo é o de tentar perceber as razões que levam os alunos a
essa atitude no sentido de poder solucionar de forma mais eficaz o problema
em causa.
Steven Casteleiro