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CAPÍTULO 1
Timesharing Sixth Edition V, justo quando Ken Thompson tirou seis meses de licença
(1976-77) dos Laboratórios da Bell para ensinar como um professor visitante no
Departamento de Ciência da Computação da Universidade da Califórnia (Berkeley). O
que ele ensinou foi o sistema Unix e enquanto estava lá também desenvolveu muito
do que eventualmente tornou-se a Versão 6. Notícias do sistema Unix já se
espalhavam pela comunidade acadêmica. Quando Thompson retornou aos
Laboratórios da Bell, os estudantes e professores continuaram a incrementar o Unix,
já que o mesmo tinha sido distribuído através de licenças acadêmicas que não eram
muito caras e também licenças para o governo e licenças comerciais em 1975.
Muito dessas melhorias feitas pelo pessoal de Berkeley, foram incorporadas
dentro do que se conhece como Berkeley Software Distribution (BSD) versão 4.2, além
de ser incluso também no Unix da AT&T. O Unix além de se expandir nos ambientes
acadêmicos, também se espalhava para outras máquinas da Digital como o VAX.
Inicialmente as edições do BSD consistiam principalmente de programas de
usuários, mas mudou drasticamente quando em 1980, a Universidade da Califórnia
(Berkeley) foi financiada pelo Departamento de Defesa (DARPA) para atualizar os
protocolos de comunicação das redes deles, ARPANET. Uma nova organização de
pesquisa, o Grupo de Pesquisa em Ciência da Computação ou CSRG, foi formado em
Berkeley para realizar esse trabalho. O novo protocolo ficou conhecido como o
Protocolo Internet e mais tarde como TCP/IP. A primeira implementação foi
amplamente distribuída como parte do BSD 4.2 em 1982. Tal implementação foi
incorporada dentro de outros sistemas operacionais marcando um modelo para o
futuro.
Como dito anteriormente, as modificações desenvolvidas em Berkeley como o
funcionamento em rede TCP/IP, sistema de arquivos, controle de tarefas e
melhoramento no código de gerenciamento de memória da AT&T levaram a uma
variedade de Unix conhecida como BSD, com isso o BSD manteve durante anos a sua
liderança em ambientes acadêmicos enquanto as versões da AT&T (que culminaram
na versão conhecida como System V) dominavam os ambientes comerciais. Isso se
dava a razões sociológicas, pois as universidades se sentiam confortáveis com a
versão não oficial BSD do Unix enquanto as empresas davam preferência à obtenção
de Unix a partir da AT&T.
Mesmo tendo criado e desenvolvido o Unix, a Bell Labs não podia comercializá-
lo na época devido as leis anti-monopólio nos EUA, que impediam seu envolvimento
no mercado de computadores. Apesar desta limitação, as universidades poderiam
licenciar o Unix, recebendo inclusive o código fonte do sistema. Como a maioria das
universidades utilizava computadores PDP-11, não existiam dificuldades para se
adotar o Unix como plataforma padrão no meio acadêmico. Em meados da década de
80, o Unix já podia ser encontrado não só no meio acadêmico, mas também na
indústria, sendo oferecido por inúmeros fabricantes.
Por ser dirigido a usuários e desenvolvido por usuários, a versão do Unix BSD
era geralmente a mais inovadora e rapidamente desenvolvida. Todavia, na época do
último Unix oficial da AT&T, o System V Release 4 (SRV4), absorveu grande parte dos
importantes avanços do BSD e adicionou alguns recursos por conta própria. Em
parte, devido ao fato de a AT&T ter se tornado capaz de vender comercialmente o
Unix em 1984, por ter sido dividida em várias empresas subsidiárias, os esforços de
desenvolvimento do Unix por parte do grupo de Berkeley definharam e morreram por
volta de 1993.
Alguns membros do grupo decidiram então publicar o código BSD (o qual era
aberto) sem o código proprietário da AT&T (mais ou menos 20% do kernel estava
faltando), e os esforços tinham sidos continuados por outros desenvolvedores que
mantém-os ativos até o momento. Pelo menos 4 ramos do desenvolvimento do Unix
http://www.levenez.com/unix/
“ Você suspira por melhores dias do Minix-1.1, quando homens serão homens e
escreverão seus próprios “device drivers” ? Você está sem um bom projeto e esta
morrendo por colocar as mãos em um S.O. no qual você possa modificar de acordo
com suas necessidades ? Você está achando frustrante quando tudo trabalha em
Minix ? Chega de atravessar noites para obter programas que trabalhem correto ?
Então esta mensagem pode ser exatamente para você.”
“ Como eu mencionei a um mês atrás, estou trabalhando em uma versão
independente de um S.O. similar ao Minix para computadores AT-386. Ele está,
finalmente, próximo do estágio em que poderá ser utilizado (embora possa não ser o
que você esteja esperando), e eu estou disposto a colocar os fontes para ampla
distribuição. Ele está na versão 0.02... contudo eu tive sucesso rodando bash, gcc,
gnu-make, gnu-sed, compressão, etc. Nele.”
Kernel).
O Linux de Linus Torvalds, não contem nenhuma linha de código do Unix. O
Linux foi escrito a partir do zero para estar de acordo com o padrão API POSIX
(Portable Operating System Interface), o mesmo padrão que os Unices seguem (uma
espécie de ISO ou ABNT – uma padronização que foi criada devido aos vários tipos de
Unices, e porque não existia um padrão entre os vários fornecedores ). Por causa da
API POSIX, do conjunto de utilitários e do uso do X-Window, o Linux é tão parecido
com o Unix que existem empresas que usam o Linux para desenvolver para Unix que
não seja o dela mesma (por exemplo, a IBM).
Inicialmente foi desenvolvido e usado amplamente por entusiastas, e desde
então o Linux tem conquistado o suporte das grandes indústrias de peso como IBM e
HP. Muitos analistas atribuem este grande sucesso e crescimento devido a
independência de fornecedor, baixo custo de implementação, segurança e
confiabilidade.
quando a primeira versão do kernel tinha sido escrita, o projeto GNU já tinha criado
muitos dos componentes para um sistema operacional livre, mas o kernel deste
projeto (GNU Hurd) ainda estava incompleto e indisponível, e o sistema operacional
“BSD” passava por problemas de licenças.
Linus e os outros desenvolvedores, adaptaram o kernel para trabalhar com os
componentes do projeto GNU e criar um sistema operacional completo.
Portanto, o usuário deve saber que embora muitos chamam de "Sistema
Operacional Linux”, o mais correto é que deveria chamar-se “Sistema Operacional
GNU/Linux”, ou seja, um sistema operacional GNU baseado no kernel Linux.
Todo este trabalho é fruto do trabalho e dedicação de muitas pessoas e de
muitas organizações independentes entre si, e não somente do Linus e seus
seguidores. Não confunda Linux com GNU/Linux !
Os sistemas GNU/Linux possuem hoje inúmeras ferramentas e utilitários como
ferramentas de desenvolvimento, banco de dados, servidores Web (Apache),
servidores de email (Postfix), ambientes desktop completo (KDE e GNOME), suítes de
escritório (OpenOffice). Além disso, este sistemas são aplicados em computadores
pessoais, supercomputadores, sistemas embarcados (como telefones móveis) e em
muito outros ambientes.
http://en.wikipedia.org/wiki/Timeline_of_Linux_development
Quanto ao nome Tux, foi sugerido por James Hughes e foi derivado de Torvalds
Unix, embora há outras explicações como se o pinguim estivesse usando um tuxedo
(um tipo de terno para homens).
Dica - Visite o site abaixo para maiores detalhes sobre a história do mascote do Linux
http://www.sjbaker.org/tux/
liberdade para copiar para outras pessoas, amigo e colegas, a liberadade também se
aplica para a modificação do programa de acordo com as necessidades do usuário e
consequentemente, o acesso completo aos fontes do programa e por último a
liberdade de distribuir versões modificadas (cobrando ou não pela transferência) e
ajudando a construir a comunidade.
O Projeto GNU não está limitado a criar apenas um sistema operacional, mas
sim uma gama completa de softwares para todos os níveis de usuários, como jogos e
ambientes desktop.
(3) A liberdade de redistribuir cópias de modo que o usuário possa ajudar ao seu
próximo
O usuário deve ser livre para redistribuir cópias, seja com ou sem modificações,
seja de graça ou cobrando uma taxa pela distribuição, para qualquer um em qualquer
lugar. Ser livre para fazer essas coisas significa (entre outras coisas) que o usuário
não tem que pedir ou pagar pela permissão.
elas existem.
Para qualquer tipo de trabalho ou atividade, sem que seja necessário comunicar
ao desenvolvedor ou a qualquer outra entidade em especial.
Está tudo bem se não for possível produzir uma forma binária ou executável
(pois algumas linguagens de programação não suportam este recurso), mas deve ser
concedida a liberdade de redistribuir essas formas caso seja desenvolvido um meio de
criá-las.
O Copyleft
Além dessas licenças do Projeto GNU, existe muitas outras licenças que são
consideradas como software livre compatíveis com a GPL ou não. Existem também
licenças de software não livre e licenças de documentação livre ou não.
http://www.gnu.org/licenses/license-list.html
2) Todos os programas devem incluir o código fonte. Caso não seja distribuído
com o código fonte, deve haver indicações claras de como obtê-lo
E o autor pode também exigir que o trabalho derivado seja distribuído sob
uma nova nomenclatura ou sob um diferente número de versão
9) A licença não deve exigir que outro programa distribuido em conjunto siga a
mesma licença. Um programa de código aberto pode, portanto, ser distribuído
em conjunto com um proprietário sem que este tenha que se tornar livre
10)A licença deve ser tecnologicamente neutra, não devendo exigir o uso de uma
tecnologia específica ou tipo de interface
Para esse movimento, o software deve ser aberto não por questões de
liberdade, mas sim porque consideram o modelo aberto de desenvolvimento mais
eficiente tanto técnica quanto economicamente. A idéia central é que quando os
programadores podem ler, modificar e distribuir o código, naturalmente surgem
melhorias, adaptações e correções, que têm como conseqüência, a evolução do
programa.
A Iniciativa Open Source existe para trazer este tipo de caso ao mundo
comercial !
Para o movimento open source, software não livre é uma solução secundária
enquanto que, para o movimento software livre, software não livre é um problema
social e software livre é a solução.
CAPÍTULO 2
Apesar das diferenças entre as distribuições, uma pessoa mais experiente pode
realizar a mesma tarefa em qualquer distribuição, talvez demorando um pouco mais
para familiarizar-se com a distribuição que está sendo utilizada, mas o resultado será
o mesmo. Toda distribuição Linux permite realizar as mesmas coisas, atingir os
mesmos objetivos, realizar as mesmas tarefas. É realmente uma questão de gosto
pessoal e adaptação.