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Resumo
1 Apresentação 2
1.1 Atividades 3
1.2 Da coleta e digitalização do material 4
2 Atividades acadêmicas 4
2.1 Filologia Portuguesa 4
2.2 Atividades Futuras 5
3 O corpus 7
3.1 Da natureza da edição 7
3.2 A edição semidiplomática 7
4 Comentários 8
4.1 Dos documentos 8
4.2 Das dificuldades 8
5 Normas de transcrição 9
Conclusão 13
Referências 15
Edição fac-similar e semidiplomática 16
1
Resumo
O objetivo inicial deste projeto de Iniciação Científica é editar documentos manuscritos1 cujo tema
central é a Faculdade de Direito (atual Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo),
relativos ao período de 1850 a 1894, arquivados sob o número C-05640 no Acervo do Arquivo
Público do Estado de São Paulo. Com o apoio da bolsa científica PIBIC-CNPq-USP, iniciada em
agosto de 2006, as seguintes atividades foram realizadas: leitura da bibliografia fundamental, coleta
de material, edição semidiplomática de 50% dos manuscritos e participação como aluna ouvinte da
matéria obrigatória do 6º semestre do curso de Letras: Filologia Portuguesa.
1 Apresentação
A pesquisa em curso pretende editar documentos da Faculdade de Direito de São Paulo, atual
Faculdade de Direito da USP, situada desde sua fundação no Largo de São Francisco, na cidade de
São Paulo, e torná-los acessíveis a um público mais amplo, incluindo profissionais de áreas
específicas como lingüistas, historiadores, sociólogos e outros. O resultado deste trabalho também
poderá ser utilizado como base para futuras pesquisas sobre o português do Brasil escrito no século
XIX.
1
Fólio com texto escrito à mão, com pena e tinteiro.
2
Edição que conserva a escrita original do manuscrito com mínimas intervenções. Neste trabalho, optou-se
por desenvolver apenas as abreviaturas.
3
Edição que atualiza para a escrita atual a escrita do manuscrito.
2
embora comuns no século XIX. Do ponto de vista histórico, há documentos que registram momentos
do crescimento e da transformação da cidade de São Paulo em metrópole e no surgimento do ensino
universitário do país. Já para o estudo social, principalmente no ramo das Ciências Políticas, é
válido mencionar que foram os alunos da Academia os principais intelectuais do movimento
republicano e abolicionista e de lá também saíram muitos dos líderes políticos do Brasil Imperial e
Republicano: “O liberalismo brasileiro foi, durante longo tempo, quase privilégio de uma categoria
de homens: o bacharel4, que se converteu em político profissional e procurou ascender ao poder por
intermédio do partido. Bacharel que fez da política vocação, lutou pelo êxito das causas e que se
apaixonou e transformou a política em atividade ética, em verdadeira cruzada civilizatória...”
(Adorno 1988).
Os documentos ora editados, ao serem digitalizados e divulgados, passam a ter maiores
chances de serem preservados, pois, na sua forma manuscrita, a qualidade sensível de papéis e tintas
utilizados no século XIX faz com que sua deterioração seja inevitável. A importância de se preservar
esse material transcende o objetivo da edição dos documentos.
1.1 Atividades
Conforme o cronograma inicial, o projeto foi dividido em duas etapas. Os documentos incluem
manuscritos que chegaram ao Gabinete da Presidência da Província de São Paulo cujo tema é a
Faculdade de Direito. A lata, dividida em pastas catalogadas pelo ano do recebimento da
correspondência não é totalmente homogênea. Há documentos relativos aos anos de 1850, 1856,
1860, 1864-66, 1868, 1870, 1872, 1875-76 e 1881-84. A primeira etapa desta pesquisa, consistia na
leitura da bibliografia, digitalização do material para a pesquisa do primeiro ano, edição de 50% dos
manuscritos coletados (1850, 1856, 1860, 1864, 1865), freqüência às aulas de Filologia Portuguesa
e elaboração do relatório semestral. A segunda metade dos manuscritos será editada no segundo
semestre da Iniciação Cientifica, enquanto que o material referente aos anos de 1866 a 1884 será
editado no segundo ano.
Inicialmente, as leituras foram concentradas nos temas relativos à história da Faculdade de
Direito do Largo São Francisco e, com o intuito de adquirir conhecimentos e técnicas necessárias
para a edição de manuscritos, nos temas concernentes à Filologia e à Paleografia. A disciplina
Filologia Portuguesa abordou toda a bibliografia relevante para a pesquisa com os manuscritos e
contribuíram para uma melhor absorção e aproveitamento da pesquisa. Por meio de aulas práticas
submetidas à avaliação constante, os melhores métodos a serem aplicados nesta iniciação científica
4
Aqui, a palavra bacharel se refere aos alunos formados na Faculdade de Direito.
3
puderam ser avaliados. Futuramente, acrescentarei ao trabalho um índice onomástico a fim de
facilitar o acesso de pesquisadores.
Primeiramente, foi feita uma visita ao Arquivo Público do Estado de São Paulo, local em que está
depositado o material a ser editado. A digitalização do material foi solicitada, posteriormente, ao
Arquivo Público. Como o material pode ser consultado somente in loco, o próprio Arquivo se
encarregou de fazer as cópias digitais (com a ajuda de um scanner de mesa?), fornecendo-as ao
custo de R$1,20 (um real e vinte centavos) por cópia de cada fólio.
O corpus deste projeto contém material suficiente para dois anos de trabalho, porém, como a
atual bolsa tem duração de um ano, apenas os manuscritos correspondentes aos anos 1850, 1856,
1860, 1864-66, 1868, 1870, 1872, 1875-76, 1881-84, serão editadas no primeiro ano de vigência da
bolsa. Neste primeiro semestre, a metade deste material do primeiro ano foi editada, ou seja, o
material correspondente aos anos de 1850, 1856, 1860, 1864 e 1865. No segundo ano de pesquisa,
os manuscritos correspondentes aos anos de 1885-1891 e 1894 serão editados.
Foram editados todos os manuscritos previstos no cronograma inicial. Devido à fragilidade
dos manuscritos, evitou-se o seu manuseio direto. No entanto, as cópias digitalizadas permitem a
solução de 95% dos problemas. Faz-se necessário recorrer aos próprios manuscritos para sanar
determinadas dúvidas. Dessa forma, visitamos o Arquivo Público sempre que necessário para
dirimir pequenas dúvidas.
2 Atividades acadêmicas
4
Ementa e programa: ‘Apresentar ao aluno de Graduação uma Introdução à Filologia, stricto e lato
sensu. Mostrar a necessidade de busca do texto fidedigno, como edição de documentos,
manuscritos ou impressos. Valorizar o estado de língua em que foi escrito originalmente o
documento. Conceito e objeto da Filologia. Relações com a Diplomática, com a Codicologia e com
a Paleografia. O documento original e a cultura de sua época. A Crítica Textual. Escolas de
Crítica Textual. O exame de testemunhos. Os tipos de edição. As etapas do trabalho filológico.
Critérios de edição do manuscrito medieval. Critérios de edição do manuscrito moderno.’
Para o segundo ano do curso de graduação em Letras, mais especificamente, para o terceiro
semestre, assistirei duas disciplinas (optativas), Paleografia I e O Manuscrito Literário à Luz da
5
Edição que mantém as mesmas características do fólio original, incluindo caracteres pitorescos.
6
Edição que mantém as mesmas características do fólio original, excluindo caracteres pitorescos.
5
Crítica Genética, a fim de que estas mesmas matérias venham enriquecer o campo de conhecimento
na área de Filologia e Paleografia. As matérias são oferecidas pelo Instituto de Estudos Brasileiros
da USP.
7
Fólio escrito em máquina de escrever ou tipográfica.
6
3 O corpus
O corpus utilizado nesta pesquisa inclui cartas, na maioria das vezes, remetidas pelo diretor da
Faculdade de Direito ao Presidente da Província, bilhetes e despachos. Com exceção de uma das
pastas, que contém um documento datiloscrito, todos os documentos são manuscritos8.
As cartas remetidas a partir da direção da Faculdade de Direito trazem, em sua maioria,
caligrafia na assinatura diferente da caligrafia do corpo do texto. Isso demonstra que o verdadeiro
autor das cartas não as escrevia. É possível, portanto, que o diretor da Faculdade ditasse as cartas a
um secretario. Há, também, nos documentos anotações feitas por terceiros, ou seja, anotações que
não eram nem de quem escrevera o corpo do documento, nem daquele que assinara. Trata-se de
anotações feitas pelo corpo administrativo da Faculdade, do Gabinete da Presidência da Província
ou por arquivistas.
8
Fólio com texto escrito à mão, com pena e tinteiro.
7
lingüísticas e a respeito da grafia, da ortografia, da fonética, da fonologia, da morfologia, do léxico,
da sintaxe e da semântica do português escrito na segunda metade do século XIX com o português
falado e escrito de hoje.
O material editado encontra-se em anexo.
4 Comentários
A maioria dos documentos transcritos até o momento pode ser chamada de requerimentos e
pareceres, pois se trata de solicitações e pareceres, freqüentemente encaminhados pelos diretores da
Faculdade ao Gabinete do Presidente da Província de São Paulo. Entretanto, há outros tipos de
documentos, como por exemplo, uma “carta anônima”, um atestado médico, uma carta confidencial
muito parecida com um bilhete, cartas pessoais (como a remetida pelo Visconde de Baependy),
relatório de desempenho e freqüência dos alunos, entre outros.
No decorrer do trabalho, percebemos que houve uma (possível) troca de documentos entre as
pastas ‘5’ e ‘7’. Arquivada na pasta ‘7’, foi encontrada uma carta anônima composta por três fólios,
um deles com fólio recto e fólio verso, e outro, somente com o fólio recto. Nesta carta, havia,
manuscrita por terceiros, a informação ‘P.5’ e ‘D.1A’, ou seja, tratava-se de uma carta pertencente à
pasta 5, numerada como Documento 1A. Entretanto, o ano da data da carta encontra-se rasurado e
ilegível.
O documento versa sobre assunto encontrado em um outro manuscrito, guardado na pasta 5,
sob o código ‘P.5’ - ‘D.1’. Isso pode ser confirmado pela leitura e cotejo das cartas mencionadas.
Há, ainda nesta mesma pasta 5, mais dois documentos referentes à carta sob o código ‘P.5’ - ‘D.1’:
a carta sob o código ‘P.5’- ‘D.1B’ e a carta sob o código ‘P.5’ - ‘D.1C’. Conclui-se, assim, que a
carta anônima foi trocada de pasta, podendo-se afirmar, então, que a data rasurada nesta mesma
carta é correspondente ao ano de 1860.
O orientador deste projeto procurou me introduzir ao estudo da Filologia. Sob sua orientação,
freqüentei como aluna ouvinte no horário matutino (posto que curso o Noturno), a disciplina
Filologia Portuguesa, lecionada pelo Professor Dr. Heitor Megale. Mesmo sendo esta uma matéria
obrigatória do terceiro ano, mais especificamente, do sexto semestre, o Prof. Dr. Heitor Megale,
8
gentilmente, acolheu uma aluna do primeiro ano entre seus discentes. A segunda dificuldade, ainda
dentro da disciplina de Filologia Portuguesa, foi o uso dos conhecimentos específicos de lingüística
na análise de documentos trabalhados em sala de aula, como por exemplo, as matérias de fonética e
fonologia, ainda não cursadas com profundidade no ciclo básico. Para conseguir bons resultados
dentro do curso de Filologia Portuguesa foi preciso dedicar-me a essas matérias.
No que diz respeito ao trabalho com os manuscritos objeto desta pesquisa, a maior
dificuldade foi o trabalho com as cópias digitalizadas, uma vez que as digitalizações são de baixa
resolução, devido à precariedade dos equipamentos do Arquivo Público de SP. Foram poucos os
manuscritos que para serem mais bem visualizados não precisaram ser alterados através do uso de
recursos de programas editores de imagens (Photoshop). Muitas palavras e expressões escritas a
lápis não puderam ser transcritas a partir da cópia digital cedida pelo Arquivo Público. O fato de
não poder trabalhar diretamente com os manuscritos originais também se tornou uma dificuldade.
Embora estivessem disponíveis, optou-se por recorrer aos manuscritos apenas para dirimir dúvidas.
As edições foram feitas através de cópias digitais (e/ou mecânicas) gravadas em CD, ou seja, da
edição fac-similar9 dos documentos, pois os manuscritos utilizados para o desenvolvimento desta
pesquisa, por serem de um material sensível, do século XIX, encontram-se em estado delicado e de
fácil deterioração ao ser manuseado.
A quinta dificuldade foi com a formatação das edições. Cada edição requer um cuidado
minucioso, como em relação à pontuação, à verificação da fonte (se esta está em caixa alta ou caixa
baixa), à verificação do parágrafo, atenção às notas de rodapé e a qualquer informação adicional
(anotações de terceiros, dúvidas levantadas a respeito da origem de determinado fólio, o tipo do
documento, etc.), transcrição fidedigna do manuscrito, entre vários outros cuidados. O cuidado deve
ser redobrado, pois a escrita do século XIX não tem os mesmos padrões da escrita em vigor da
norma gramatical atual. A sexta e última dificuldade está na elaboração do relatório que requer uma
descrição que seja, ao mesmo tempo, detalhada e também suficientemente concisa.
5 Normas de transcrição
As seguintes normas e justificativas norteiam o trabalho (cf. Spina 1994, Cambraia 1999, Oliveira
2005, inter alia):
9
Edição que reproduz através de fotocópia, digitalização de imagens, entre outros recursos, um documento
original.
9
Justificativa: permite o acesso ao manuscrito original.
10
informavam explicitamente o tipo de tratamento que o material deveria receber. Em geral, essas
intervenções (numeração, pedido de arquivamento (‘arquive-se’), despachos diversos, etc.) são
facilmente identificáveis pelo tipo de tinta e tipo de letra. Anotações feitas por terceiros,
encontradas no documento, serão marcadas por colchetes duplos ‘[[ ]]’, como por exemplo em [[Ao
Senhor Director]].
10. Norma: o cabeçalho de cada manuscrito editado conterá uma sinopse escrita em itálico com
dados relevantes do documento: tipo do documento, remetente e destinatário e data, etc.
11
11. Norma: quando se tratar de documento com mais de um fólio, o número de fólios será
indicado mencionando-se também se se trata do fólio recto ou verso. O fólio recto será indicado
apenas com a numeração arábica, como em 1, e o fólio verso receberá a numeração mais a letra
minúscula v, como em 1v.
12. Norma: os números que se referirem às datas (por exemplo: 1º de Junho de 1860), sejam eles
cardeais ou ordinais, serão transcritos como se apresentarem nos manuscritos originais. Com
exceção quando se tratar de abreviações para nomes de meses (por exemplo, 9bro > Novembro).
13. Norma: as transcrições que não couberem em uma única folha terão o tamanho de sua fonte
reduzida.
14. Norma: Os nomes de pessoas descritos nas sinopses preservarão a escrita da época do
manuscrito, sendo atualizados, somente os eventuais diacríticos que neles aparecerem.
12
16. Norma: no cabeçalho, os nomes, relevantes no documento, serão transcritos conforme
17. Os manuscritos serão editados com fonte Times New Roman, corpo 11. As margens serão
6 Conclusão
A pesquisa em andamento atingiu seus objetivos propostos para o semestre: editar a metade dos
manuscritos recolhidos da Faculdade de Direito arquivados na lata sob o código C-0.5640 do
Arquivo Público do Estado de São Paulo. Os resultados obtidos contribuíram para minha formação
acadêmica e para o desenvolvimento dentro no curso de Letras. A eleição de um foco de estudo
possibilitou a organização de uma grade de disciplinas, benéficas tanto para as futuras etapas desta
pesquisa, como também, para a pavimentação de uma carreira acadêmica.
Além da possibilidade de se planejar uma carreira dentro do curso de Letras, trabalhar nesta
pesquisa de iniciação científica trouxe um melhor rendimento dentro de sala de aula: aumento no
aproveitamento (notas) e, concomitantemente, na média ponderada entre todas as matérias. Somado
a estes fatores se junta o desenvolvimento da prática de argumentação e a interpretação de leituras.
Em outras palavras, o desenvolvimento de pesquisas externas à grade curricular obrigatória sempre
traz benefícios ao aluno de qualquer graduação. A edição dos manuscritos permitiu observar a
complexidade presente nos documentos, no que diz respeito à sua riqueza lingüística, histórica e
social.
Como a pesquisa trata da edição de documentos, não há como se cotejar testemunhos
diferentes de um mesmo documento para que se resolvam dúvidas a respeito de determinadas
transcrições. Logo, para que se mantivesse a fidelidade à escrita original dos documentos, em
trechos e palavras ilegíveis ou de transcrição duvidosa, o trabalho embasou-se nas normas de
transcrição mencionadas neste relatório.
O Arquivo Público é, como o próprio nome diz, aberto a todos os interessados, porém sua
inacessibilidade está no fato de que poucas pessoas são capazes de decifrar e identificar o que
trazem escritos os documentos ali guardados. A dificuldade em lê-los não reside apenas na
caligrafia distanciada da atual, mas também no uso de abreviaturas, construções sintáticas diferentes
do padrão gramatical atual, do emprego do léxico, e mais uma infinidade de fenômenos lingüísticos
13
que fazem com que manuscritos fiquem restritos a especialistas, sobretudo filólogos e paleógrafos.
Logo, editar esses documentos manuscritos é uma das formas de trazer a um público amplo material
de fundamental importância para a sociedade e para a Universidade de São Paulo, pois podemos
assim, conhecer aspectos da criação do Ensino Superior no Brasil. Os manuscritos da Faculdade de
Direito ora editados são inéditos, fato que reforça a importância desta Pesquisa.
A partir dos documentos editados, observou-se que parte da correspondência trata da vida
cotidiana da Faculdade, como pedidos de licença de professores e requerimentos solicitando
dispensas de funcionários e a requisição de professores (lentes) substitutos. Dessa forma, os
documentos abrem uma janela para compreendermos a história da vida privada daquela que foi,
juntamente com a Faculdade de Olinda, a primeira instituição de ensino superior do Brasil Imperial.
14
Referências
CAMBRAIA, César Nardelli. 2005. Introdução à crítica textual. São Paulo: Martins Fontes.
CUNHA, Antonio Geraldo da. 1999. A carta de Pero Vaz de Caminha. São Paulo: Humanitas.
MARTINS, Ana Luiza Martins & Heloisa Barbuy. 1999. Arcadas-História da Faculdade de
Direito do Largo de São Francisco. São Paulo: Melhoramentos/Alternativa.
MEGALE, Heitor & Silvio de Almeida Toledo Neto. 2006. Por minha Letra e Sinal. São Paulo:
Atelie Editorial.
NOGUEIRA, José Luis de Almeida. 1977. Academia de São Paulo: Tradições e Reminiscências.
São Paulo: Saraiva.
15
Edição semidiplomática dos manuscritos
16
APESP C0-5640-Pasta01-0001
[[C.1]]
[[P.1]]
[[D.1]]
[[0.5640]]
[[Faculdade de Direito 1850]]
1
A caligrafia da assinatura é diferente da caligrafia do corpo do documento.
17
18
APESP C0-5640-Pasta01-0002
Atestado médico, datado de 17 de abril de 1850, anexado à carta ‘D.1’, assinado pelo
Dr. Ernesto Benedito Ottavi[o], informando sobre doença do professor Francisco
Maria Goulart.
[[C.1]]
[[P.1]]
[[D.1A]]
[[0.5640]]
2
No cabeçalho, foi mantida a grafia do nome, identica à grafia do documento ‘D1’.
19
20
APESP C0-5640-Pasta02-0001
[[C.1]]
[[P.2]]
[[D.1]]
[[0.5640]]
[[Faculdade de Direito]] [[Saõ Paulo, 1854]]
Resposta
De Vossa Excelen(cia).
Visconde de Baependy.
21
22
APESP C0-5640-Pasta03-0001
[[C.1]]
[[P.3]]
[[D.1]]
[[0.5640]]
[[Faculdade de Direito 1854]]
Confidencial
Sala Número 27
3
Não se deduz que o bilhete mencionado foi diretamente enviado ao Presidente da Província devido ao pronome de tratamento que
é utilizado: Vossa Senhoria ao invés de Vossa Excelência.
23
24
APESP C0-5640-Pasta05-0001
[[C.1]]
[[P.5]]
[[D.1]]
[[Faculdade de Direito 1860]]
[[Reservado]]
[[Officio 10 – do Ministro do Imperio a 9 de Maio de 1860]]
4
Esta formatação marcando parênteses não corresponde à leitura duvidosa, mas sim, à formatação do documento original.
25
26
APESP C0-5640-Pasta05-0002
1v
5
Esta formatação entre aspas pertence à formatação do documento original.
27
28
APESP C0-5640-Pasta05-0003
[[C.1]]
[[P.5]]
[[D.1]]
[[0.5640]]
6
A sílaba [in] foi repetida.
29
30
APESP C0-5640-Pasta05-0004
2v
7
Idem à nota 5.
31
32
APESP C0-5640-Pasta05-0005
[[C.1]]
[[P.5]]
[[D.1]]
[[0.5640]]
8
A caligrafia da assinatura é diferente da caligrafia do corpo do documento.
33
34
APESP C0-5640-Pasta05-0006
Cópia de ofício, datado de 01 de julho de 1860, remetido por José Maria de Avellar
Brotero ao Marquês de Olinda.
[[C.1]]
[[P.5]]
[[D.1B]]
[[0.5640]]
Copia −
9
A caligrafia da assinatura e diferente da caligrafia do corpo do documento.
35
36
APESP C0-5640-Pasta05-0007
[[C.1]]
[[P.5]]
,[[D.1C]]
[[0.5640]]
10
A caligrafia da assinatura é diferente da caligrafia do corpo do documento.
37
38
APESP C0-5640-Pasta06-0001
[[C.1]]
[[P.6]]
[[D.1]]
[[0.5640]]
MEMORIA HISTÓRICA
DOS ACONTECIMENTOS NOTAVEIS
DA
FACULDADE DE DIREITO DE SÃO PAULO
5 DURANTE O ANO DE 1864.
llustrissimos Senhores
30 Aulas maiores.
35 1º Anno12.
11
Neste datiloscristo, a centuação (nesse caso ‘~’) das palavras ocorre como a acentuação corrente nos dias de hoje.
12
Esta formatação em itálico não corresponde à abreviatura, mas sim, à formatação documento original, pois este, não se trata de um
documento manuscrito, mas sim, um datiloscristo (documento feito em máquina de escrever ou máquina de tipos).
39
40
APESP C0-5640-Pasta06-0002
Continuação do documento anterior.
1v
–2–
2º Anno13.
5 Primeira Cadeira. – O Senhor Doutor João Theodoro.
Segunda Cadeira – O Senhor Doutor Faleão Filho.
3º Anno14.
13
Idem à nota 10.
14
Idem à nota 10.
15
Idem à nota 10.
16
Idem à nota 10.
41
42
APESP C0-5640-Pasta06-0003
2v
[[C.1]]
[[P.5]]*
[[D.1]]
[[0.5640]]
–3–
de condição; proceda assim, e não faltará sob a regra das incompatibilidades ou independente
della quem se dedique de alma e coração ao professorado, e exhiba abundantemente o fructo
5 de suas locubrações e fadigas, com proveito da mocidade e do paiz. A politica ficaria então
de parte; e até a advocacia judicial, que tanto distrahe o Lente dos seus estudos quotidianos,
e das leituras da sua cadeira, muita vez de materia estranha ao serviço de advogado, não
se reputaria mais occupação propria e digna de um professor de Direito, que sómente no
melhor desempenho do seu honroso cargo deverá concentrar todas as vantagens e glorias do
10 seu presente e do seu futuro.
Reflexões destas já outros collegas das duas Faculdades do Imperio as tem feito em
suas memorias annuaes. Lembro entre outras, a memoria do Senhor Doutor Conselheiro José Bonifácio
em 1859, do Senhor Doutor Villela Tavares em 1863, e do Senhor Doutor Drumond em 1864. E’ de crer que
não sejão baldados tão fundados reclamos.
15 A distribuição das cadeiras pela Congregação do 1º de Março não foi observada invaria-
velmente até o fim do anno. A segunda cadeira do 2º anno foi regida de 21 de Setembro até 15
de Outubro, época do encerramento das aulas, pelo rspectivo Lente Cathedratico, o Senhor Doutor
Martim Francisco. A primeira cadeira do 3º anno foi regida de 30 de Setembro a 15 de Outubro
pelo Lente Cathedratico della, o Senhor Conselheiro Doutor José Bonifacio.
20 A segunda cadeira do 4º anno foi regida pelo Senhor Conselheiro Doutor Falcão sómente até o dia 19 de
Março; de 27 de Abril até 30 de Junho esteve a cargo do Senhor Doutor Ferreira França; de 23 de
Setembro até 7 de Outubro leu nella o Senhor Doutor Falcão Filho; e de 11 a 15 de Outubro o Senhor
Doutor Antonio Carlos. A segunda cadeira do 3º anno foi regida até 14 de Maio pelo Senhor Doutor Antonio
Carlos; de 23 deste mez a 25 de Julho pelo Senhor Conselheiro Doutor Ramalho, Lente da primeira ca-
25 deira do 5º anno; de 29 de Julho até 7 de outubro foi de novo confiada ao Senhor Doutor An-
tonio Carlos; e de 11 a 15 do ultimo mez ao Senhor Doutor Gonçalves de Andrade.
O Senhor Conselheiro Doutor Clemente Falcão de Souza, que por longo tempo honrou com a
sua palavra prestigiosa a cadeira de direito commercial e maritimo do 4º anno, foi jubilado,
a pedido seu, e na fórma dos estatutos, por Decreto de 20 de Agosto do anno transacto. Sua Excellen(cia)
30 deixa bem viva na Faculdade a memoria dos eminentes serviços, que com tanta devotação prestou
no seu afamado cargo. Permitta-me a Congregação, a mim que fui seu discipulo, como quasi
todos nós, que nesta occasião preste a homenagem de respeito e gratidão, que devo á pessoa
de um mestre tão conspicuo.
Em consequencia desta jubilação, foi nomeado Lente da segunda cadeira do 4º anno, por
35 Decreto de 10 de Setembro, o substituto mais antigo, o nosso estimável collega Senhor Doutor An-
tonio Carlos Ribeiro de Andrada Machado e Silva, que prestou juramento, e tomou posse de
seu lugar, perante a Congregação, no dia 8 de Outubro.
Com a nomeação referida do Senhor Doutor Antonio Carlos, deu-se uma vaga a um dos lugares
de Lente substituto da Faculdade, para cujo preenchimento abrio-se a 19 de Setembro com
40 o prazo da lei, o respectivo concurso, que se ha de encerrar a 20 do corrente mez, por ser
feriado o dia 19. Está inscripto o Doutor José Maria Corrêa de Sá e Benevides.
Sem mais accidentes notaveis, a não ser uma defeza de theses em que o pretendente foi
mal succedido, corrêrão os trabalhos da Faculdade, nas aulas maiores, do dia 15 de Março até
15 de Outubro, em que se encerrarão.
45 Matriculárão-se nos cinco annos do curso Juridico 430 estudantes, e distribuidos da ma-
neira seguinte:
No 1º anno 90
No 2º anno 110
No 3º anno 73
No 4º anno 76
No 5º anno 81
430
43
44
APESP C0-5640-Pasta06-0004
Continuação do documento anterior.
2v
–4–
Forão approvados:
Plenamente Simplesmente Total
No 1º anno 56 31 87
No 2º anno 53 26 79
No 3º anno 60 13 73
No 4º anno 58 17 75
No 5º anno 79 - 79
306 87 393
5 Reprovados:
No 1º anno 1
No 2º anno 306 87 14
15
De dia em dia se vai tornando mais sensível o defeito da distribuição das materias no curso
das nossas Faculdades de Direito. A divisão, tão natural, das sciencias sociais e juridicas, não
foi por maneira alguma attendida, nem produz os seus salutares effeitos no systema da orga-
10 nisação adoptada.
As cadeiras mais importantes do curso tem desenvolvimento incompleto; por exemplo:
as de Direito civil, que é e deve ser a base do ensino nas Faculdades de Direito, são lidas
sômente por dous annos, tempo escassissimo, para que os estudantes adquirão, senão profundo,
ao menos geral conhecimento das mais importantes instituições de direito patrio privado; e
15 acontecce por isso que, entre outros, o ramo vastississimo das obrigações17 , o de mais frequente
uso na vida pratica, nunca faz objecto das prelecções annuaes. A cadeira de theoria e pratica
do processo está por tal modo sobrecarregada, que é impossivel ao Lente chegar, nem se quer
ao meio do mais rapido curso que tiver delineado; e entretanto é a cadeira de pratica a luz
viva que há de guiar os passos do futuro juiz e advogado nas veredas tortuosas do fôro. O
20 direito romano, a mais proxima e abundante fonte do nosso direito privado, a base de todas
as legislações civis dos povos da Europa, como disse Cousin18 , a mais bella applicação da lei
natural na phrase de Bossuet19, a razão escripta e o direito modelo, como o denominarão tantos
outros, ahi é ensinado em um anno só: e o que é mais grave, ensinado no 1º anno da Fa-
culade, quando a intelligencia dos alumnos, removida de chofre dos estudos preparatorios para
25 as aulas de direito, não está ainda em estado de investir com as difficuldades da mais technica
e systematica das legislações conhecidas. “A sciencia, disse Thiercilin20, no seu opusculo da litte-
ratura de direito21, só entra na intelligencia por camadas superpostas.”22
“O que se póde esperar, pergunta elle censurando o methodo de se analysar exegeticamente na
França o Codigo civil no 1º anno, o que se póde esperar de um ensino, que para logo abisma
30 o alumno no mais fundo das inextrocaveis dificuldades, que suggere a explicação do nosso Co-
digo?”23
Os estatutos que regem as Faculdades do Imperio ainda não estão approvados por lei
e por mais de uma vez o Governo Imperial tem manifestado o desejo de acolher a lição da
experiencia, afim de refaze-los. Sem desvanecer-me por um momento só de que a minha hu-
35 milde opinião possa ser attendida nas altas regiões do poder, fico entretanto em que cumpro
um dever rigoroso, expendendo-a francamente á congregação, que lhe dará o peso, que em
sua sabedoria merecer.
Apreciando a distribuição das materias nos cursos das Faculdaes e Direito da França
e de outros Estados da Europa, como os da Hollanda e da Belgica, sem esquecer o da Uni-
40 versidade de Coimbra de tão gloriosas tradições, tenho para mim que a melhor combinação
a que entre nós, sem ferir conveniencias já radicadas, se poderia chegar seria a seguinte:
Curso de sciencias sociais
1º anno24
45
Primeira cadeira. – Direito natural e direito das gentes.
Segunda cadeira. – Direito constitucional, em suas relações com o direito publico universal e
o direito ecclesiastico.
17
Idem à nota 10.
18
Idem à nota 10.
19
Idem à nota 10.
20
Idem à nota 10.
21
Idem à nota 10.
22
Esta formatação entre aspas pertence à formatação do documento original.
23
Idem à nota 23.
24
Idem à nota 10.
45
46
APESP C0-5640-Pasta06-0005
[[C.1]]
[[P.6]]
[[D.1]]
[[0.5640]]
–5–
2º anno25
5 cadeira. – Direito administrativo.
cadeira. – Econimia politica.
3. cadeira. – Diplomacia.26
Curso de sciencias juridicas
10
1º anno27
O primeiro anno do curso de sciencias sociais.
15 2º anno28
Primeira cadeira. – Direito Romano.
Segunda cadeira. – Direito civil patrio.
20 3º anno29
Primeira cadeira. – Direito Romano.
Segunda caeira. – Direito civil e patrio.
Terceira cadeira. – Direito e processo criminal.
25
4º anno30
Primeira cadeira. – Processo civil.
Segunda cadeira. – Direito civil patrio.
30 Terceira cadeira. – Direito commercial.
Em ambos estes cursos se poderia conferir o gráo de bacharel em sciencias sociaes ou
juridicas. O bacharel porém, que se propuzesse a obter o gráo de doutor, dever-se-hia mostrar
examinado e approvado mediante a frequencia, antes da defeza das theses, em todos os cinco
35 annos da Faculdade. Os substitutos, tres para cada um dos cursos, serião destinados a reger
de preferencia, nas vagas dos cathedraticos, as cadeiras dos cursos a que pertencessem.
No plano que offereço não apparece a cadeira de direito ecclesiastico, que tambem não
existe em nenhuma das Faculdades de Direito da França, e cujas noções podem ser conve-
nientemente expostas na cadeira de direito constitucional. O direito maritimo, qual o inter-
40 pretamos na nossa Faculdade, não é sciencia distincta da do direito das gentes. A hermeneu-
tica juridica póde ser dada em cada cadeira, applicando-se a cada ramo do direito as regras de
interpretação que lhes forem concernentes.
Entendem alguns que, devendo o conhecimento e estudo dos sugeitos do direito preceder
naturalmente ao de suas manifestações juridicas, não se deve estudar o direito internacional
45 antes do direito publico, que determina a natureza e a constituição organica das sociedades
politicas e portanto das nações. Outros são de parecer que, sendo o direito das gentes em
suas maximas fundamentaes, a applicação da lei natural ás relações da vida dos povos, com
a modificação que acarreta-lhe a differente natureza e destino de taes pessoas juridicas, não ha
conveniencia alguma em desprendel-o do estudo do direito natural, cujo complemento é. Qual-
50 quer que seja porém o valor das duas opiniões, é certo que a segunda tem em seu favor
a pratica da Universidade de Coimbra; além de que, no plano que proponho, ellas se conci-
lião, porque, chegado ao direito das gentes, já o estudante deve ter largas noções de direito
público, que faz objecto da segunda cadeira do 1º anno.
Nos programmas das cadeiras de direito Romano e civil se estabeleceria o modo de tor-
55 nar-se mais facil e proveitoso o estudo destas importantes materias, partindo-se da historia, me-
25
Idem à nota 10.
26
Preferiu-se, aqui, manter a formatação original. Provavelmente, quando esse documento foi datilografado, houve um problema de
formatação, pois como se pode notar nos outros fólios deste mesmo documento, as formatações correspondentes se dão por ‘1ª; 2ª e
3ª cadeira’.
27
Idem à nota 10.
28
Idem à nota 10.
29
Idem à nota 10.
30
Idem à nota 10.
47
48
APESP C0-5640-Pasta06-0006
5 3v
–6–
Aulas menores.
31
Idem à nota 10.
32
Idem à nota 10.
49
50
APESP C0-5640-Pasta06-0007
[[C.1]]
[[P.6]]
[[D.1]]
[[0.5640]]
–7–
Inglez.33
Requerêrão 93
Approvados plenamente 1
Approvados simplesmente 22
Reprovados 12
Deixárão de fazer exame 58
93
5 Rhetorica.34
Requerêrão 89
Approvados plenamente 3
Approvados simplesmente 19
Reprovados 35
Deixárão de fazer exame 32
89
Philosophia.35
Requerèrão 63
Approvados plenamente 2
Approvados simplesmente 7
Reprovados 21
Deixárão de fazer exame 33
63
Geometria.36
Requerêrão 116
Approvados plenamente 9
Approvados simplesmente 19
Reprovados 19
Deixárão de fazer exame 69
116
10
Historia e Geographia.37
Requerêrão 72
Approvados plenamente 1
Approvados simplesmente 15
Reprovados 23
Deixárão de fazer exame 33
72
33
Idem à nota 10.
34
Idem à nota 10.
35
Idem à nota 10.
36
Idem à nota 10.
37
Idem à nota 10.
51
52
APESP C0-5640-Pasta06-0008
4v
–8–
Latim.38
Requererão exame 72
Approvados plenamente 1
Approvados simplesmente 27
Reprovados 19
Deixárão de fazer exame 25
72
10
Francez.39
Requerêrão 91
Approvados plenamente 7
Approvados simplesmente 13
Reprovados 10
Deixárão de fazer exame 61
91
Inglez.40
Requerêrão 65
Approvados plenamente 11
Approvados simplesmente 23
Reprovados 14
Deixárão de fazer exame 17
65
38
Idem à nota 10.
39
Idem à nota 10.
40
Idem à nota 10.
53
54
APESP C0-5640-Pasta06-0009
[[C.1]]
[[P.6]]
[[D.1]]
[[0.5640]]
–9–
Rhetorica.41
Requerêrão 50
Approvados plenamente 3
Approvados simplesmente 20
Deixárão de fazer exame 27
50
5 Philosophia.42
Requerêrão 70
Approvados plenamente 8
Approvados simplesmente 11
Reprovados 21
Deixárão de fazer exame 30
70
Geometria.43
Requerêrão 68
Approvados plenamente 4
Approvados simplesmente 32
Reprovados 9
Deixárão de fazer exame 23
68
Historia e Geographia.44
Requerêrão 73
Approvados plenamente 9
Approvados simplesmente 27
Reprovados 11
Deixárão de fazer exame 26
73
10
SYNOPSE DOS EXAMES.
Approvados 196
Reprovados 84
- -
Examinados 280
Deixárão de fazer exame 209
- -
Requerêrão exame 489
41
Idem à nota 10.
42
Idem à nota 10.
43
Idem à nota 10.
44
Idem à nota 10.
55
56
APESP C0-5640-Pasta06-0010
– 10 –
5v
Entre os que deixarão de fazer exame contemplo não só os que suspenderão, que poucos
forão, como os que não poderão ser chamados para a exhibição de suas provas, os quaes forão
em grande numero.
Por mais de uma vez, entre outras na memoria apresentada a esta Faculdade em 1861 pelo
5 nosso digno collega o Senhor Doutor Falcão Filho, tem-se clamado contra este incoveniente, para não
dizer injustiça. Dos 607 estudantes que requererão exame em Fevereiro e Março, só fize-
rão-no 325; dos 489 que requêrerào em Novembro, só forão examinados 280. Sei que nem
sempre estão devidamente preparados os pretendentes ao exame, e delles muitos ha em que tal
pretenção é o resultado apenas de uma audacia inqualificavel, mas também entre os que não
10 são chamados é possivel que se achem os mais habilitados, e a circunstancia, de nenhuma
ponderação, de terem recebido na pia baptismal um nome cuja primeira letra é das pri-
meiras do alphabeto45 os arredará por certo do incontestável direito que possuem de serem
admittidos á examinação.
Sobre outros defeitos, bastaria este para condemnar o novo systema de exames de prepa-
15 ratorios, e estabelecer a preferencia do antigo regimen. Por mais que se haja apregoado a
excellencia da exhibição das provas escriptas, que tem em seu favor a grande autoridade de
Cousin46, a experiencia tem demonstrado, entre nós ao menos, que de outro valor e efficacia
são as provas oraes para a verificação da capacidade do examinado. Na impossibilidade de
apreciarem todos os membros da commissão julgadora as provas litteraes diarias, correm ellas
20 por conta e unica syndicancia dos professores das cadeiras, cujas notas são a unica base do
voto que proferem os mais membros da commissão. Se aquellas notas vão sempre de acordo,
como sinceramente creio com o merecimento das provas escriptas, nem sempre estas são do-
cumento certo das habilitações do examinando; porque a despeito da mais rigorosa vigilancia
muita vez se offerecem ao julgamento peças, que não são fructo do trabalho do alumno, mas
25 de auxílio e subsidios extranhos. Neste caso, e é elle frequentissimo, a prova escripta, quando
acolhida, produz veradeira mistificação; o contrabando lá passa franco nos navios neutros
da sciencia.
Que mais se devia exigir de um estudante, qua arguido por espaço de meia hora, por
dous professores em linguas ou em sciencias, dá mostras de saber e de capacidade? Não é
30 assim que se verifica o talento e applicação dos estudantes das aulas maiores da Faculdade?
Há porventura examinador algum que confie no merecimento da maior parte das dissertações
annuaes e de exame dos estudantes do curso de direito?
Tem-se dito que o novo systema, ampliando o numero de julgadores, offerece garantias
de justiça pela suppressão da prepondêrancia do voto dos professores das cadeiras. Mas nos exames
35 das aulas maiores sempre preponderou, sem inconveniente, o parecer dos lentes das respectivas
cadeiras, e os estylos tem mantido com razão a pratica de se tomarem em consideração as in-
formações, que sobre o merecimento dos examinados, costumão dar os seus mestres do anno.
Ora não é a mais grave das injustiças pretendermos, que sómente nós cumprimos com escru-
pulo e imparcialidade os nossos deveres? E no systema actual, quando a prova oral não for
40 rematante como nunca é, para della formar-se conceito seguro das habilitaçõs do alumno,
não serão as informações dos professores das cadeiras, e principalmente a qualificação que
derem às provas escriptas, que hão de determinar o voto dos commissarios e do proprio Di-
rector da Faculdade, presidente do acto? Na peior hypothese porém, quando injustamente
tivesse de prevalecer o voto dos professores seria tal resultado muito mais vantajoso para a
45 moralidade do ensino, do que o produzido por um systema, cuja base tem a triste conve-
niencia allegada de desprestigiar o pessoal do professorado.
Dos quadros expostos dos exames do anno passado se verifica, que em Fevereiro e Março
mais de metade dos estudantes examinados forão reprovados, predominando assim, nessa quadra
o salutar pensamento da severidade nos julgamentos: ao passo que em Novembro as repro-
50 vações descêrão abaixo do traço dos exames effectuados. Achar-se-ia então desalentado aquelle
principio salvador? Póde ser; porém é muito mais provavel o rigor dos julgadores no
começo do anno, abrindo nova época, houvesse desanimado os intrepdos, senão temerarios,
aspirantes das approvações eventuaes.
A experiencia tem posto a limpo que da sevridade dos julgamentos nos exames de pre-
55 paratorios depende principalmente a sorte e a felicidade do estudante no curso superior de
direito. E com razão. Quem possue, já não digo profundamente, mas com certa sufficiencia,
as disciplinas que se ensinão como preparatorios dos estudos da Faculdade, não é homem so-
menos, e póde facilmente, com a inteligencia cultivada que tem, emprehender commetimentos
litterarios e scientificos de maior vulto. O que esperar-se porém de aum alumno, para quem
60 a traducção do compendio é tarefa insuperavel, ou que entra para o estudo de direito phi-
losophico sem a essencial iniciação das aulas de philosophia? “A inclinação para as letras
e sciencias, dizia em 1862 o nosso illustrado collega Senhor Doutor Gonçalves de Andrade, alentada
e fortalecida com o habito de applicação, adquirido no exercicio de varios preparatorios, é
penhor seguro de que, nas materias de direito, os mais talentosos serão distinctos estudantes,
45
Idem à nota 10.
46
Idem à nota 10.
57
58
APESP C0-5640-Pasta06-0011
[[C.1]]
[[P.6]]
[[D.1]]
[[0.5640]]
– 11 –
os de mediana capacidade mui regulares. Ao avesso destes, continuarão mal soffridos, com
pouco ou nenhum aproveitamento, os que se mostrárão reluctantes, remissos, ou destituidos
5 de engenho e penetração nos estudos secundários.”47 A incontestavel verdade desta apreciação
eu proprio a verifiquei no anno proximo passado, em que tive a honra de reger a cadeira de
direito Romano. Os estudantes que passarão pelas bancas rigorosas de Fevereiro e Março assim
como os filhos do collegio de Pedro Segundo, mostrarão-se pela maior parte, capazes de es-
tudo e susceptiveis de futuro desenvolvimento.
10 Não largarei mão desta parte da minha tosca exposição, sem offerecer ao esclarecido criterio
da congregação e do Governo Imperial algumas considerações no sentido de se aperfeiçoarem
os estudos secundarios da Faculdade de Direito.
Todo mundo sabe com que avidez se procurão as obras dos jurisconsultos allemães, quando
compostas em latim, ou traduzidas para o francez; nem há quem desconheça o subsidio enorme
15 que a douta Allemanha nos póde fornecer para o conhecimento e estudo dos differentes e
vastissimos ramos da sciencia do direito. Com tão ricos mananciaes, parece-me que a lingua
de Hugo, de Savigny, de Kant, de Mittermayer e de Fenerbach, devera-se reputar indispensavel
preparatorio de um curso regular de direito.
Mais uma reflexão, e terminarei. Se a Faculdade de Direito possue um curso annexo de
20 estudos secundarios, é obvio que de pouco proveito será elle, se não for methodisado. Um
acervo de aulas sem nexo algum, e que podem ser frequentadas simultaneamente, ou de modo
desconcertado, ao arbitrio dos alumnos, é anomalia difficil de se explicar. Como se hão de es-
tudar sciencias antes do estudo das linguas, rhetorica e poetica sem o conhecimento dos mo-
delos que se analysão? Já vi nesta Faculdade estudantes approvados em todos os preparatorios
25 serem mais de uma vez reprovados em francez ultimo exame que lhes faltava! Contra tal
confusão e desordem, que serve tão sómente para dificultar o estudo, com grande perda de
tempo para o alumno, e despezas e decepções de suas familias, facil é o remedio. Organise-se
um curso regular de preparatorios, de certo numero de annos, como se pratica no Collegio de
Pedro Segundo, distribuindo-se as respectivas materias pelos differentes annos, conforme a
30 importancia e o nexo dellas, com matriculas, frequencia rigorosa, e exames no fim de cada
anno. Este melhoramento se poderia conseguir de um dia para outro sem augmento de despeza;
uma lei, ou um decreto do Governo, é todo fiat48 por que espera semelhante cahos.
Ao concluir o meu perfunctorio trabalho, supponho que interpreto fielmente os senti-
mentos desta nobre e illustre Congregação, congratulando-me com ella pela acertada escolha
35 que da pessoa do Senhor Conselheiro Doutor Vicente Pires da Motta acaba de fazer o Governo Im-
perial para o lugar do Director da nossa Faculdade de Direito. Filho, e ornamento da Fa-
culdade, em que regeo por largo tempo uma das cadeiras de direito civil; collega e mestre
dos seus actuais companheiros de serviço; conhecedor das tradições desta casa, de suas neces-
sidades e aspirações; temos fundada esperança, de que o nome prestigioso do Senhor Conselheiro
40 Pires da Motta ha de ser a mais firme garantia de prosperidade e reputação deste Estabe-
lecimento.
São Paulo 2 de Março de 1865. – Doutor Manoel Antonio Duarte de Azevedo49 – Approvado na
Sessão de Congregação do dia 2 de Março de 1865. – José Maria Avellar Brotero50, Secretario.51
47
Idem à nota 23.
48
Idem à nota 10.
49
Idem à nota 10.
50
Idem à nota 10. Abriu-se aqui uma exceção às regras das normas de transcrição. Como a abreviatura do nome de José Maria de
Avelar Brotero já se encontrava em itálico, utilizou-se o sublinhado para destacar o desenvolvimento da abreviatura.
51
Idem à nota 11.
59
60
APESP C0-5640-Pasta07-0002
Ofício, datado de 21 de janeiro de 1865, remetido pelo diretor interino, José Maria de
Avellar Brotero, ao Presidente da Província, João Crispiniano Soares, reclamando a
respeito da construção de um novo muro da Faculdade de Direito e, conseqüentemente,
solicitando sua dispensa de tomar conta de tais serviços.
[[C.1]]
[[P.7]]
[[D.1]]
[[0.5640]]
[[Por copia ao Min(isterio) do Imperio em 18 de Janeiro de1865.]]
61
62
APESP C0-5640-Pasta07-0003
1v
63
64
APESP C0-5640-Pasta07-0004
Ofício, datado de 24 de janeiro de 1865, remetido pelo diretor interino, José Maria de
Avellar Brotero, ao Presidente da Província, João Crispiniano Soares, relatando sobre
um requerimento de licença do bedel Fermino José Soares.
[[C.1]]
[[P.7]]
[[D.2]]
[[0.5640]]
[[Não ha logar]]
65
66
APESP C0-5640-Pasta07-0005
1v
justiça.52
Deos guarde a VossaExcellencia
Saõ Paulo 24 de Janeiro de 1865
52
A sílaba [jus] foi repetida.
53
A caligrafia da assinatura é diferente da caligrafia do corpo do documento.
67
68
APESP C0-5640-Pasta07-0006
[[C.1]]
[[P.5]]*
[[D.1A]]
[[0.5640]]
*Esta carta anônima, provavelmente, foi colocada por engano entre os documentos da pasta 7, sob o
código P.7, pois as anotações encontradas nesta carta a vinculam à carta sob o código D.1, pertencente
a pasta 5, sob o código P.5.
54
Esse parêntese compreendendo toda a expressão é original do documento.
55
Esta formatação entre aspas pertence à formatação do documento original.
69
70
APESP C0-5640-Pasta07-0007
1v
56
A expressão sublinhada é foi inserida pelo autor da carta como continuação da linha 13.
71
72
APESP C0-5640-Pasta07-0008
[[C.1]]
[[P.5]]
[[D.1A]]
[[0.5640]]
Um anonymo
73
74
APESP C0-5640-Pasta07-0009
Ofício, datado de 01 de fevereiro de 1865, remetido pelo diretor interino, José Maria de
Avellar Brotero, ao Presidente da Província, João Crispiniano Soares, relatando a
respeito do requerimento de pedido de licença do professor substituto Couto Antonio do
Valle .
[[C.1]]
[[P.7]]
[[D.3]]
[[0.5640]]
[[Corado]]
57
A caligrafia da assinatura é diferente da caligrafia do corpo do documento.
75
76
APESP C0-5640-Pasta07-0010
Ofício, datado de 03 de fevereiro de 1865, remetidao pelo diretor interino, José Maria
de Avellar Brotero, ao Presidente da Província, João Crispiniano Soares, informando-
lhe sobre o início dos trabalhos da Faculdade.
[[C.1]]
[[P.7]]
[[D.4]]
[[0.5640]]
[[Accene – e communiquem ao Senhor Ministro do Imperio]]
[[Respondido a 3 de Fevereiro de 1865.]]
58
A caligrafia da assinatura é diferente da caligrafia do corpo do documento.
77
78
APESP C0-5640-Pasta07-0011
[[C.1]]
[[P.7]]
[[D.5]]
[[0.5640]]
[[Archive-se Comuniqu[e] (Thesouraria) da Faculdade]]
[[(Communiquem) a Thesouraria da Fazenda a 6 de Fevereiro de 1865.]]
[[Respondido na mesma data.]]
59
A caligrafia da assinatura é diferente da caligrafia do corpo do documento.
79
80
APESP C0-5640-Pasta07-0012
[[C.1]]
[[P.7]]
[[D.6]]
[[0.5650]]
[[Requeira a (Thesouraria) da Faculdade]]
81
82
APESP C0-5640-Pasta07-0013
1v
O Director
60
A preposição [das] foi repetida.
61
A caligrafia da assinatura é diferente da caligrafia do corpo do documento.
83
84
APESP C0-5640-Pasta07-0014
[[C.1]]
[[P.7]]
[[D.7]]
[[0.5640]]
20 O Director
62
A caligrafia da assinatura é diferente da caligrafia do corpo do documento.
85
86
APESP C0-5640-Pasta07-0015
[[C.1]]
[[P.7]]
[[D.8]]
[[0.5640]]
[[Nomeio o Conselheiro Ramalho Recuze, indicando o nomeado, e á este officio]]
[[15,3,65]]
[[Respondido a 14 de Maio de 1865.]]
O Director
63
A caligrafia da assinatura é diferente da caligrafia do corpo do documento.
87
88
APESP C0-5640-Pasta07-0016
[[C.1]]
[[P.7]]
[[D.9]]
[[0.5640]]
[[Espere-se o exame dos Engenheiros]]
[[Ajunte-se á [ilegível] da Camara e volte. Registre-se no requerimento da Camara]]
20 O Director
64
A caligrafia da assinatura é diferente da caligrafia do corpo do documento.
89
90
APESP C0-5640-Pasta07-0017
Ofício, remetido pelo diretor da Faculdade de Direito, Vicente Pires da Motta ao Vice-
Presidente da Província, Coronel Joaquim Floriano de Toledo, relatando a devolução
de um ofício da Câmara Municipal em 26 de julho de 1865.
O Director
65
A caligrafia da assinatura é diferente da caligrafia do corpo do documento.
91
92
APESP C0-5640-Pasta07-0018
[[C.1]]
[[P.7]]
[[D.9.A]]
[[0.5640]]
Primeira Secçaõ
A Camara Municipal
da Capital em officio de 11 de
5 Julho corrente, faz ver a
necessidade de demolir-se
o restante do muro que fe-
cha areã do antigo conven-
to de Saõ Francisco, naõ só por es-
10 tar eminente a sua queda,
como por que d’ella pode resul-
tar serias consequencias
aos transitantes.
Este officio foi ao Director
15 da Faculdade para infor-
mar e elle declara que
há necesidade naõ só da
demoliçaõ do muro deque
trata a camara, como da recos-
20 tituicaõ de outro para se-
parar a parte do Edificio
que fica sobre a meza rua
Vossa Excellencia em vista de expen-
do, dignar se ha resalvas com[o]
25 julgar o conveniente Sessao de 29
93
94
APESP C0-5640-Pasta07-0019
1v
de julho de 1865
Casttro Netto
95
96
APESP C0-5640-Pasta07-0020
[[C.1]]
[[P.7]]
[[D.9B]]
[[0.5640]]
[[Peça informaçoẽs ao Senhor Conselheiro Director da Faculdade de direito]]
66
Excetuando a caligrafia da assinatura de Antonio Jose Osorio da Fonseca, o restante das assinaturas é diferente da caligrafia do
corpo do documento.
67
Embora a assinatura não apareca na edição fac-simile, no documento original ela se encontra no folio verso, sozinha, no alto do
documento.
97
98
APESP C0-5640-Pasta07-0021
[[C.1]]
[[P.7]]
[[D.10]]
[[0.5640]]
[[Convide-se o engenheiro obter para com o Senhor]]
[[(Arquivado) Margo sim e devem a um exame]]
[[e comunique-se ao Director (departamento) que aquelle acceitar]]
[[Respondido a 12 de Agosto de 1865.]]
[[Officiou-se aos Engenheiros Albert e Azevedo Arquive-se a 8 de agosto de 1865.]]
15 O Director
Vicente Pires da Motta68
68
A caligrafia da assinatura é diferente da caligrafia do corpo do documento.
99
100
APESP C0-5640-Pasta07-0022
Carta, datada de 9 de agosto 1865, remetida pelo engenheiro fiscal, Ernesto Diniz
[ilegível] ao Presidente da Província, João da Silva Carrão, relatando a respeito de
exames feitos às obras da parede exterior da Faculdade de Direito em .
[[C.1]]
[[P.7]]
[[D.10A]]
[[0.5640]]
20 Engenheiro fiscal
Ernesto Diniz [ilegivel]
101
102
APESP C0-5640-Pasta07-0023
[[C.1]]
[[P.7]]
[[D.11]]
[[0.5640]]
69
O diacrítico da palavra ‘São’ foi colocado em cima da letra ‘a’ porque nas cartas que trazem esta mesma caligrafia, o escrevente
mantém o acento igual aos acentos correntes na escrita atual. Note-se como exemplo o nome de ‘Carrão’, no final da carta. Os
demais fólios que trouxerem esta caligrafia, também serão acentuados como neste exemplo.
70
A caligrafia da assinatura é diferente da caligrafia do corpo do documento.
103
104
APESP C0-5640-Pasta07-0024
[[C.1]]
[[P.7]]
[[D.12]]
[[0.5640]]
O Director
71
A caligrafia da assinatura é diferente da caligrafia do corpo do documento.
105
106
APESP C0-5640-Pasta07-0025
[[C.1]]
[[P.7]]
[[D.13]]
[[0.5640]]
72
A caligrafia da assinatura é diferente da caligrafia do corpo do documento.
107
108
APESP C0-5640-Pasta07-0026
[[C.1]]
[[P.7]]
[[D.14]]
[[0.5640]]
O Director
73
A caligrafia da assinatura é diferente da caligrafia do corpo do documento.
109
110
APESP C0-5640-Pasta07-0027
[[C.1]]
[[P.7]]
[[D.15]]
[[0.5640]]
[[Fim]]
O Director
15 Vicente Pires da Motta74
74
A caligrafia da assinatura é diferente da caligrafia do corpo do documento.
111
112
APESP C0-5640-Pasta07-0028
[[C.1]]
[[P.7]]
[[D.16]]
[[0.5640]]
[[Visto]]
75
A caligrafia da assinatura é diferente da caligrafia do corpo do documento.
113
114
APESP C0-5640-Pasta07-0029
[[C.1]]
[[P.7]]
[[D.17]]
[[0.5640]]
O Director
76
A caligrafia da assinatura é diferente da caligrafia do corpo do documento.
115
116
APESP C0-5640-Pasta07-0030
[[C.1]]
[[P.7]]
[[D.18]]
[[0.5640]]
77
A caligrafia da assinatura é diferente da caligrafia do corpo do documento.
117
118
APESP C0-5640-Pasta07-0031
[[C.1]]
[[P.7]]
[[D.19]]
[[0.5640]]
[[Fim]]
[[O Comando Superior o dispensa ate fixar-se]]
[[Respondido e expedido ordem ao Comando Superior]]
[[á 26 de Outubro de 1865.]]
78
A caligrafia da assinatura é diferente da caligrafia do corpo do documento.
119
120
APESP C0-5640-Pasta07-0032
[[C.1]]
[[P.7]]
[[D.20]]
[[0.5640]]
[[Respondido a 10 de Dezembro de1865]]
[[Os mesmos]]
O Director
79
A caligrafia da assinatura é diferente da caligrafia do corpo documento.
121
122
APESP C0-5640-Pasta07-0033
[[C.1]]
[[P.7]]
[[D.21]]
[[0.5640]]
O Director
80
A caligrafia da assinatura é diferente da caligrafia do corpo do documento.
123