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7;Q"'' HAAVEY, D. Condição pós-moderna. São :.aulO, Loyola , 1992 I ~ _.t2W. ri.l ErJJJ..io.~o:;" .A",[ ~'VlO 1- I ,'Ii.e:.
é~' .** LEC~~;' "EldesencanlDpostmodern? .EM:CALDERON oNf/r(lP'Y.144d NÃO-MODERNO' . .'.'
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~rf;?':,::~ ~" ~~ : ~ SHAYEGAN, D. La mi ~adam~tiiada.Ezquizofi-eniaculturaI: .~..
;. f~>: }, ·; " . 0<:, ' países .tradicionales frente a la modernidad. Barcelona, Pe ~ . . "
.'. _0 ' , ...-:':,! , : n fns u1a, 1990' : '0.0, . '. , "", .
,:) ;:; "":/ ::,_: : " . .... ' ~ <' ;d'·· .: 'd .' :·Ri·· ·d· :J '·· ·· ··· '1.9·93 . '. Na imprensa e na conversa vem se mandando pa.r:a a conta.
'.., , /..., '... . . .SANTOS · W G Razoes de esor em, o e anerro,. d ~ demo o que e, . . e ousado, extraordinári10 e
:\ (~ ' .:':;' - ':; : ::' :' . . . . . ' '.' ' . "' .. " _. ' . '. .. . .. , .' .... . ' e pos-mo esquisito
\j:~· , , ·: \:: :~ :~ : ; : ;:-::YEGA ,1.· E. ';'Signos ydesf.gilios ~n 1~ sociedadIatinoamericana''. _. :,não-convencionaI. Há por baixo urna intuição ou.convicção não. .'
; ,~·;f;/.: ~h:' ·-:>: :':: ~:· '; ~" · EM: :CALDERON. Qp .:CiL ·. :, " "': ' , ', ' . . .. ' ': '." . ''' ' : e1aborada de que omoderno.que sucedeu aonão-modernoou.
::~§i ';:/(. , : .'·hrX\VA ·i. 'Ú11o:" G . EI fi;d~ ia ·ni ode~idad . México. Gedes·~.1986 . . :: . .'ao pré -modernoou , de algummod? ; ossu~~ou;está send~ ag.bra -.' .' .
':::: ~;':> : :":";;' /::; :"":: " ', :: . ;;, : : .: ;. .'.' .' ,;. . ~ " .' :" : ' . .': . '. ' .•' . . : ' . . : . ': . . 'passado para trás pelo p6s-moderno. Instintivamente a atribui-se . .. . .
: XZ<~· , ·' \ ~< :: : . ~~~ERME190 , S. ~'Lapostmodemidad ex,p1icada .desde América '." :':urri juízo de valor a cada um, ganhando sempre omais 'recente. .r .
'.<,~.;-; ; :.:: o>':::~~:E:·«.·~ ~~tina" . EM: C~DERON., Op. CiL ..'' ... . ' . ; ' !,Então; sei modemo 'é melhorido-que ser pr é-moderro e o .
o ( d.:;riO
c,::i : j.' :@ ..'..'. .: ~~~:~,e:~Sé:;~h~ ':;'e~:d~oqdgb;~:e:~. ~~;~~~. c~~:~
rÚ~'-.J J .
<.~ ' .. '0-,";.:' ~ c:-; '. ,: -:f:.;i,u7 L "moderno" sempre conota umarelação ao tempo, pensa-se o pré
(1 : . . .' .
. :';~ ~': .:. ~ o· .. .- .''.":".' o · . e o pés-moderno como'algo anterior ou posterior ' ao referencial .
~; '..•.~ . . . .. . .. .1/.. () .f ' " o .,modem.o. Masnão se ate~ta para.?fato de q~e os três se m~sc1am .
" , ' '.: ' .' (l; '
::.:~ ." . .:-,:..:;.. , . . ,' . '. .~ . ., :.e convivem ' .No Brasil, coabitam sofisticadós lampejos de
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.." . ..jlOp~laçao . :V otamos num plebiscito entre monarquia e-república, .
~'=:~ .. ' . '.'. o. _oo,: , . ... , ,_. 0 ,: . ' • presIdencIalismo e parlamentansmo. mas temos o Impacto para
~~: ~ .' :':.' ,. ;'. ' lisante de um' congresso com muitos membros despreparados,
~i · / ·:. ·o: o,', fisiológicos e corruptos. Lado a lado, perfIJam-se neste país uma
' .
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:. ' .:.."que-passarri .fome,' s~m .instrução :nem. ~úde, · ·.niais .d~ 2Q~ . '. : ·~e: ~ :.:. ';:' .~o ~~or~ .~ ode~~ . ·~n:tou-se . enta,? o . ~tu~;. ? :b9.':I:l: .an u.go; .0.:, .: .
.... ...-. analfabetos, enormeevasão e.repetência escolar, oito .mílhões de".·. ·' . velho, osupergdo. . ......' ::: '~ .:' .' : " :". .....' . . ... . . :'. ":. :. . .'. ': .. -....
e
{ :.':, :'rrie~os meninás:~a' ,'ruá- . , .: '. ;.' :'.. ·.· Te~tfmi~s· l ogo eliréúriir o usoimpreciso de'três pàlavrascorn .
' 0 ' .: ' .; : : .':. ' . • •
. -. .: .: :::":,No' BraSil ' do governo Collor; lima. certa mádemidade foi . :' ,. ... :o ~esmo 'radical mOdem-I ' 'mas : com acepções hem''distin tas'.
proposta e imposta como -Ideal e ' meta.. ·O vocábulo entr~u na. . ' Modernismo conota processos artísticos e literários, arquitetôni-..·
. : "retQI-lCa-, 05 cial e ganhouas praças . pela 'grande imprensa.' Sem' " . cos e . teológicos. Modernização traduz evolução tecnológica, .
..':· .ê! tar~ib es os autores, paranão alongara lista, elencoalguns títulos .substituições de técnicas ou 'de m,étodos obsoletos por.outr()smais _
· .. · : . dé~ aiti:gos. no "Jornal do Brasil", nos anos de 91 e 92. ~studO · " Um
recentes e elaborados.' Modernidade .tem ' sido indevidamente '
:: .' de<se~s conteúdOs '':''' ao 'lad o da incidência da palavra modemi-". ' . . usada nosentido demodernismo e/ou modernização: Muitos <los : .
....:..... ·:·' d~dé . no .acervo informativo dosjornais ~ . mostra o leque v·ariado .:: " títuios do Jornal do Brasil acima 'elericados se referiam ; 'fato, '
de
não
:. .·.·,- :: ·e; o
raro, .ímpreciso.de-ac épções ede referências que .terna : .. à modernização não à modernidade . . ' .. ., ,
e
." : o : :süscito~ : . "A culturadamodernidade", ,,9 .dilema da moderni-,, · . . •... Em s'einân'tlca adequada.vrnodernidade traduz uma época
· ". ., dade'tjComprornisso :co ~.: a ' mode~idade " ."..0 tripé 'da.moder- " .histórica, 'urna construção filosófica e um paradigma cultural , Na
". ..'nidade", "Galileu e a ~ode:rnidade ", ".0 índio e a modernidade" '. .r .'. história', 'os tempos 'modernos, que se contrapõem à 'An tig üidade .
'.:' ::'::"."0 mito da rnodemidade't;"Modernidade ou imoralidade?", "que:' ~"': e "à idade Média; ' começam' .com o advento ' dos europeus às .
. . . :.A: ~: ~fu1 .al! modernidade? - .' . . o,' .,' ,: ':'.- . Américas (Í492). Este tempo era: antes delimitado pela queda 'de
: ,: ::: , o<,:~ 'Sem .r~sposta a .estaúltima pergunta, armou-se. o festival ' . Constantinopla (1453). Na filosofia. .a modernidade, emcontraste .
~ . ' .':....semântico deumaequívoca modernidade. Enquanto na Europa e . : com' a filosofia clássica e .coma escolástica;' se insinua .corn o '
:
.:. ~:. ,; :: nos .Estados Unidos ' veri{'se falando', há .tempos , da "crise da :.' - .·nominalismo do séc. XIV e se inicia de fato com Des·~tes.
.' ·-.:':·.ri1 txlernidade \ enquanto a·:inspiração 'marxista , embora filhada o..' ..' Desdobra-se através de Kant; Hegei, .Marx, .Nietzsche, Héideg- '.· .
~: . · :~:;· : m~~~ni~ade ; tenhaproscrito sempre qualquerpactuação com a, ':' " ger , Habermas, parasó balizarporalto ti demarcaçãomaior do ' .
~ . -:'.~ :' :·)~~er.IÜdade , vistapor ela .apen~s corno criação burguesa, a cÜ~ . :pensamento ocidental, neste.particular. Na .an tropologia social e
:.:.', :-.', efunesta..era Collor nos propunha a modernidadecomoutopiae :. ' "' éultural , .6 : modernocorresponde aurn paradigma.cultural. vque.
'. :: ,, : ~ .· Tne~ nacional, Elafoie.ide certo modo, é cantada ainda em prosa .,,' se'contrapõe ao não-mOdem'oe não, propriamente, aO"~dicional, ·
:::... . e:versc;> ,no economê.i{ tecnológico ounosjargões de plantão ·em ·: .como tantas vezes se pretende. Esse paradigma teve.~ua temati
. · ~ ::· va.r:iados · d.ialetos acadêmicos e profissionais. . ' zação e difusão malora partir. do llumÍnismo e da :.revolução
. 0
;.,. .... . ::.. . > ~... . - .. ..' . ,industrial, nos séculos xvrn e XIX. '. .
·...: ..:: <:" .::. ~ : _' . A Não vou abordar neste'àrtig~ os modernismos ou' a: moder ~
• .
. '.:',' : ~ ~. ', ; ..~OX~ÇAO~~ANTICA ' " , . : ·nização. Não ' voU' tnúàr da modernidade histÓrica ·ou filos6fica. .
·.' :....':<::.'... ' . .. ~: ' >. .~: . . .:.
Focaliio ' apenas, pelo ân.gulo da antropologia, o~ paradigfl)as
i .' · ; . ~:· : · . < Nuina revista· de 'edutação, vamos tentar 'uma aboida,gem " . o·culturãis 'não-moderno e moderno . Eles 'serão nossa mediação
e
:: :~ J :'~' '~iorosa téc.nica: que .ajude os educadores .a se sitUarem neste .' propedêutica' para captar e iluminar o p6s-mode~o. Não po'sso
" .:: lab~to do não-m6derno ~ .':<io modern'o e do pós-mOderno. .: . aqui ser exaustivo ou detalhista. Limito-me às grandes linhas de .
:> -'.:.. ~ . _ .~- 6 radical mode~-vem do advérbio latino modo, que signi- . cada paradigma, .() bastan~ para perceber o perfIl de cada um e
'.:' fic.(recente, há pouco,' ~~w a pouco. Já nos séculos V e V1 de o contraste entre eles. Por paradigma entendo um conjunto de
; . . : .. "
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pressupostos, de conceitos e métodos c, 'culados em um refe - . NO PARAf:"'{;MA NÃO-MODERNO,
rencial exemplar. Este define , para uma de terminada comunidade ENCONTRAMOS OS SEGUINTES TRAÇOS:
· ou grupo humano, as vertentes de percepção e análise, . de .
.avaliação e interpretação: sugere ou aponta os tipos de questões 01. Há uma integração do todo sócio-cultural : o sistema de
· que podem ser perguntados, os modos e explicações que .pode m .
· parentesco, de propriedade, o técnico-instrumental, o lúdico, o
ser procurados. Podemos falar de paradigmas científicos (p.ex .
nonnativo, .o político, o econômico, o simbólico de comunicação
. a mecânica de Newton ou a relatividade de Einstein;o método
e representação e outros se articulam numa interdependência que
.ded utivo ou o indutivo; o racional ou o mítico; o abstrato ou o nos leva a compreendê-los como partes de um todo. Não é preciso
.' empírico). No plano ' antropológico, de que aqui tratarnosv o '
· não-moderno, o moderno e o pós-moderno são três paradigmas
ser
funcionalista, nem se pautar por esta interpretação, para atinar
com a interdependência e complementaridade com que eles são
distintos). " . .
· vividos, de fato, no cotidiano dos membros do grupo humano
não-moderno, tanto nas sociedades simples (tribos indígenas),
Paradigmas cultu;ais: não-moderno, moderno, pós-moder- .. · como nas complexas (civilizações do passado .os maias e astecas, . .
no. '. a
, ou sociedades do presente, islâmica, por exemplo).
02. Este conjunto tem na religião ou no mito sua fonte de
. .Toda caracteri~çã~ supõe uma seleção de. traços : que é' · .inteligibilidade e de legitimação. Religião e/ou mito .são assim
.: tributária da mentalidade de quem a faz. Com isto está dito que : I . .cirnento de articulaçãoe chave de compreensão do todo cutural
· nenhuma individuação pode ter pretensões de 'ser completa e, .social. Não é possível, por exemplo, entender a estrutura interna
menosainda, .absoluta. : Pode haver , pois,oUtrase diversas ' . . da cultura islâmica e de suas expressões na organização social
. . '. caracterizações. Elas; serão também válidas e todas podem .se . .(Estado, Direito, 'Ed ucação , Costumes, etc.) sem o recurso ao
:, .' '. enriquecer reciprocamente. A individuação que ' aqui ofereço . Corão e à sua inspiração religiosa~ ' " . .
' .recolheumamplo consenso . . . OJ.Estes dois pressupostos-se refletem na concepção.totali
zante,holística, orgânica, da formação sócio-cultural. Prevalece
•
. : a c~nsciênda e a operação dogrupo, coma conseqüência depen- .
. "':"0 PARADIGMA PRE-MODERNO OU
dência e submissão do indivíduo a ele, na conformidade com o
NÃO-MODERNq :" l u g a r e o papel que lhe atribui o grupo. O ~obre· ·nasce 'nobre o ." e
. ....... . . 'plebe u; plebeu. Grandes decisões, como as .relativasà profissão ' :.
. Prefiro o termo não-moderno, porque ele 'n ã~' conota uma e ao casamento, às transações comerciais e aos confrontos bélicos, ,
:cronologia do anterior e 'posterior. Ao" dizer-se pré-modemo.rj . "c órrespondern e atendem aos interesses e às alianças do grupo. ' .
" . porém, está latente nó. prefixo pré a idéia de contínuo evolutivo . Este decide supletivamente pelo indivíduo, o qual, por sua vez,
, .":. ," e linear seguido do moderno e do p6s-mod~rnb.~sta seqüência :se-pensa, se reconhece e se autodefine a partir do grupo. . .
.' ., ', c!ono16gica , domin~t~ . ~os anos 60, . é hoje, inaceitável. ~o : 04 . Segue-se ' das o sentido de ordem, corno harmonia e :
','.. .dizer-se não-modemojmoderno e pós-moderno, sublinha-se' an- : .' estabilidade deste quadro de equilíbrio e/ou tensão entre o indi- .
e
'. tes a diversidade entr~ ·paradigmas,.q~e.podem·coexlstir e, de. -".. víduo o grupo. A realidade e a consciência de uma hierarquia
:fato; têm convivido através da história. A monarquia, por exern- : inscrita naprópria índole' da cultura é uma conseqiiência natural . .
. plo, é uma instituição não-moderna. Todavia, ela vive, há séculos ' Ela' assegura tanto a ordem interna' do grupo cultural como a
. _.. , . , .':' - .
" e ainda hoje, com modernas formas do sistema parlamentarista.
.. "1:
.- ,
permanência de 'seu modelo e identidade: dá-lhe, por dentro da
:'.~ .~ própria estruturado modelo cutural, /0:,elemeritos básicos de última todos os ar : ~' )s se refer~rn ao ser . humano individual,".
,: .
. ...:: administração de seus confl.it?~ e de sua eventual superação. e
como sujeito de direiio's de deveres, raiz de toda decisão e ação,
. _ . ·::.. ·· · ,,:05. Essa permanência decorre dacontiriuidade e dahomo com a conseqüente rejeição das decisões supletivasdo grupo por .
e
."::: ' : g~eidade de significações e sentidos , de valores e símbolos, de 'ele . Cada ser humano tem inteligibilidade em -si e por si não a
'.··, ..· práticas sociais de ação e comunicação', que tendem a ser estáveis partir do grupo. Em cada indivíduo se recapitulaa humanidade .
. .,:::.-e apresentam resistências ' à mudança. Daí o .risco das culturas Isto se tem hoje, no Ocidente; como dado adquirido. Manifesta
',:··. ,m onolíticas e intolerantesçprepotenra, e autoritárias. Sociedades .se , por exemplo, na corrente 'avaliação judicial de pleitos , e '
. ' .. '::.' ,e cultu"fas de identidades bem vincadas, elas se reafirmam sempre " c~nflitos entre indivíduos egrupos nos estados' modernos .. Para '.. .
.' "::" . Y na~efesa de sua identidade. . Vêem na crise umaameaça e tomar um caso emblemático, a jurisprudênci'a em relação à ..
~ ,. :", -,,: ~pres sen tem a morte na mudança; . ' transfusão de sangue, .no caso de um paciente individual dela
' : '~
.; : :,':,'; ". :9 6 . O primado da relaç~opessoa/pess'oa sobre a relação ; realmente necessitado, se tem firmadosempre contr~a à nega
, :.~:; : .~soa/cousa estabelece ,um estilo de comunidade que e como que ! tiva pretensão religiosa do grupo ao qual pertence. Ainda mesmo
" ' :.,'.: .dadoe pré-definidopelos costumes e hábitos do grupo, toman na Revolução Soviética de inspiração marxista, a utopia aponta .
.', :.::.;: d crse i ntocável e inapelável. Ele se transmite pela socialização para o benefício pleno dos indivíduos, segundo suas necessidades.
" :'<d as pessoas em termos deorientaçãocentripeta das mesmas para Seareação à ideologia individualista de inspiraçãoliberal-capi
Para
, ~' q~ gruPo : propriedade do grupo, produção o grupo, organi talista conduz à ' ênfase coletivista comunista no grupo' ~ . na
.: .zaçãoem função do grupo e, 'portanto, confronto ou alianças entre. sociedade 'c o mo um todo, ' istopode ser visto, certarnen te mais do
,;"grup<)sd ivers9s;' pautados sempre pelos respectivos interesses, ' ponto de visto teórico do que prático, como uma mediação
. ,. .·:·:;s alvaguar da da coesão interna de cadagrupo. Um bom exemplo corretiva do erro histórico e menoscorno uma supressão da
'. ..:?) .do que dizemos se. encontra na África' .pós-indepe ndênCia. Em centralidade e dos ,interesses do indivíduo, ' ainda mesmo . nu~
':' . Xm~i~os'países , os conflitos ou as uniões tribais prevalecem sobre contexto leninista de forte hegemonia 'do Estado. Esta ce~tralida-.
'. < ~<. os interesses nacionais e até mesmo os 'põem em risco. ' :"
. .s.:-. ' '07. Todo este conjunto do universo não-moderno se move a
dedo indivíduo o revela como sujeito . Isto deveser tomado tanto'
no sentido da emergência de novos sujeitos no horizonte cult~ral,
.~ :, -.:'.p anif de uma concepção mais estática da história 'r ecorr ente e quanto na ênfase dada à subjetividade na'cultura moderna'A:md.a
.: :,'}·: :,· ,:. cíc~ca : Diante dela~anife.sta-se~~~ certa passiVidadeda pessoa>.' qu.ando ~s Causas mot~v~in e im?ul~i?nam grupo~, :stes ~nf~tI:am
•. <y
~ :~ ~ e .<:Io: grupo , asen~çao de ImJX?sslbllIdade.-de escaparda sujeição ' pnmordlaliTI.en~eos direitosdo indivíduo . .umavl~o d~ I~dlVlduo
• - :::.-: à Il1es~~. .Tudo Isto ~e~á perme:ado, não raro; de pérspectívas e de ~eus direitos está à_ base dos movImentos. fe~:msU:s, .do
.-, :' . '.:,: ~~te~~~l1s~S OU ~ondIC1opantes, fa~is~ oyhegelllônicas.... ... . "gay-people", das pressoes pelo aborto, dos individualismos
, : : ~." " '" '. " c. . " : '. ~ . . . . . . .... ' : . " " ' , ' nacionalistas de tantas faces . .
· .. ," o
, ~ '. "
.' a cónq~ista possível do ~on;enso viáv~lC1tre pares·e~v~r~·os. Chama a aten::1 na' modernidade a distância que vai entre
Por isso mesmo ela será, não raro. :precária e. instável, sujeita seus ideais e suas perspectivas otimistas e criativas e a contradição
.sempre a renegociaçõese redefinições. Essas dependem da capa- . .que se registra entre elas e a concretização da vida moderna ao
-cidadede dialogar, 'de ceder e superar, de entender e persuadir. . longo da história. Há, na modernidade, uma ambivalência que se
.. 'A-ordem no moderno não será, pois, orgânica e necessariamente . foi revelando através do potencial desdobramento de ·suas con
~ harmoniosa. Esta'índole paradoxal da ordem moderna pervade o quistas profundamente humanas e de suas perversões absurdas,
." ..: universo político de uma democracia sonhada, que reconheça a cruéis e frustrantes, com as quais nos encontramos no mundo
.., : .igualdade dos.indivíduos' e seu direito à participação e a expres ainda fortemente vincado como moderno em que vivemos, apesar
.são,' na edificação solidária e. na gestão subsidiária do bem de do reconhecimento hoje incontornável, da precariedade do pro
a
todos. Esta ordem devepresidir comunicação eo contrastante jetoda modernidade. É poraí que se abre o flanco à criticada
universo.da informação. No moderno, a ordem se tece e retece a modernidade, ou pela vertente contracultural da antirnodernidade
cada momento. Ela t.ril.duzo direito e o dever de todos à .ou pelo viés da pós-modernidade. .
sobrevivênciae a convincente afirmação dapr6pria liberdade no
. contexto respeitado' das liberdades alheias. S6 assim a liberdade
;. '. serávivida não no compartimento estanque de cada indivíduo, . ' 0 PARADIGMA ' PóS~MOD:ERNO
:::.' .'masno congraçamento fecundodas comunidades humanas em
tantosníveis, desde a família até a nação, desde o município até ·
. . PressupostorÉ bem nítida ' a' ruptura entre os paradigmas
'. , flagrante 'com o paradigma não-moderno~ ' . não-niàderno ~ Pelo contrário, o p6s-modernocomporta uma
":,: .·-. l~~ad~ , h u m ~.a ' c oITem "lado a lado, como um dos postulados . 01 : O pós-moderno surge, pois da percepção da crise da
I
.,:,' .:j deo19gicos da modernidade. Nesta história. o ser humano é ativo. ' modernidade. Esta posição se fundamenta na constatação de que .
f'~.'·' , . ·é' ·construtor. Nesta visão moderna. da histõria existe latente o todos ' ós grandes temas e os relatos modernos de emancipação, .
:~~~ci al de.: transformação e de 'crescente libertação, 'marcado
' : ' : '-.Ó» :
.l aos 'quais se haja dado alguma legitimidade ou atribuído hegerno- :
, .. múitó. embora pela evidência da perversão que é"a outra face da nia, foram, na verdade, invalidados no decurso dos últimos 50
.: . .mesma visão moderna da autonomia da liberdade. anos no progresso histórico da civilização-culturalocidental. Entre
osdiversos e numerosos.grandes relatos, ressaltam os da posição
- '.
do homem diante da história, do trabalho e da produção, do
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... .: . .: .:: ~. ~ ~ ' .~ . . .. _ , ~ . ._ . . . .. - .:.; _. _ . . _-_ ..- .:-- - -
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. _ ., _ • • - . _ _ o . ' • "• • • ~ _ • •
moderno. É indispensável um process.:~ . ~e discernimento e "uma AA.VV: A modernidade em ·discussão. Revista Conciliurn 244
. iluminados também pelos critérios teológicos .da perspectiva AZEVEDO. Marcello de c. Modernidade e Cristianismo. O desa
.educativa: critérios evangélicos, cristãos e católicos, ·no caso de fio da inculturação. S. Paulo. Ed. Loyola. 1981 .
..escolas filiadas AEC. .
à
AZEVEDO. ·Marcellô' -& c. Entroncamentos ' e Entrechoques. .
. •. :.:::· Este discernimento constante e esta lúcida formação da liber-·
.. : . darle 'ofe recernà educação hoje os referenciais mais importantes Viver a fé em um mundo plural. S. Paulo. Ed. Loyola. 1991. .
· . paracàpacitareducadores e educandos a viver ern um mundo como
esp. pp. 65':79 e 81-98.
·.0 Í195.SO,· secularizadoe pluralista, científico e tecnológico, frag- ·
BINGEMER. Maria Clara L.. Alteridade e Vulnerabilidade. Ex- ..
na.
..mentadoe ·mutante,·: experiência da crise de tudo isto. Pelo .. periênciade Deus e pluralismo religioso 'no moderrio em
.... : .: e x~r"êí~ .l o do discernimento e da liberdade, a educação hoje não crise. S. Paulo. Ed. Loyola. 1993. . .
- ·.- · · . ·se rá: 'a~nç ão acríticae dócil aos modismos de último grito, lança
.. :.. . ·Di~e.·rn ~inen to e liberdade, pelo contrário; tomarão possível apri . CONNOR..S-tev~n . Cultura PÓ~- MÓderna.lntrodu~ãoàs teorias
.. ... •.morar'éIevar adíante.mafidelidade, elementos fundamentais da : .
. . do contemporâneo. S. Paulo. Ed. Loyola. 1992. .
·:..·..':;.. tradtçãb~iecidaao longodo tempo e. dahistória, Eles permitirão, . .. . . .
.:···,.: não,méno·s . visões réalistaseprospectívasque.uo mesmo tempo, ·. .. GARCIA RUBlO. Alfonso. Unidade na Pluralidade. ·S . Paul o~ Ed.
·: ·.· ~ -: :ilunun~. opresente e. constroem o futuro com fecunda criativida- ' Paulinas. 1989. pp. ll-74 ~ . '.
' :: ~ ':-::: " élê:~~~~~~~ :~~ : ' . :~ .,: , ", " ~.>. ' " . . . .:::. . . " . .... . ".'. ' .' '. ..' .. .. '. "
' ."'.:. :; ::·.'-;Ed~ car parao reto uso do discernimento e da liberdade ,e .. . HARVEY. David. A condição pós-moderna. Uma pesquisa sobre
. -::,. :.funda;ffie.n tar ·eticamerne oprojeto .pedagõgico para hoje. Urge < ., . as origens da-mudança cultural.S. Paulo. Ed..Loyola ~·1992 ..
~: : " f~~ie :não apartirde conceituações teóricas e abstratas, eventual- .
MARD6"NES:Jàsé Maria.. EI desafio de "ta postmodernidad al:
. .: ·:. Iii~-le:- pré-moldadas por" ideologias menos ournais explícitas. .
:" . . ..cristianismn.Madrid. Fe·Y Secularidad. Sal Terrae, 1988 (ao'
· ..::.... I1p-póik/pelo éo~l!ário,fáiê-Iq. a partir. do· conhecimento dos :
qual souparticularmente devedor para trataro pós-moderno).
. :~. p~d~g'maS sócio-culturais, EÚ~s manifestam indutivamente a or-.·
· ·:0 g8.niiàçã(Ú~strutural de' nossos .universosi nc;lividuais. e ' grupuis.' . SANTA'ANA: J~lio. Teologia é ·modernid~de, ~~ ~A~V.Arrié~·
·. :>: :~ Eles ·~.friem paraalém -dcfenornenolôgico que podemos perceber ' .. . . . rica ~atina:·5dO anos deevangelização. S.Pauio:Ed. Paulinas. -.:
: . : e 'd~crêv'êr-e que; não.raro, condicionae devora em nóso cotidia . 1990 2.a. ed.pp. 174-204. . .
::: ·i,::.· n(i': :~l:1car não será um esforço enciclopédico para estocar infor- .· :VAZ. Henrique C. de L.. ReÜgião e Modernidade filosófica, in :
.:/:..·maÇã6.. 'n'O· 'cérebro ou nu.computador. ·. ·EdUcar·:será. capacitar .: . . .... ·BINGEMER.· Maria Clara L. (org.) O impacto da religião'
",; :· :/ · I~S.~~(p3:ra · si luar;.se responsavelmente no mundo: serã viver li ..: . sob~e amodernidade. Coleção Seminários Especiais do Cen
~. )~ : pártirda'história: serã criar história sabendo nela intuir-e descobrir tro João XXIII. RJ. S. Paulo. Ed. Loyola. 1992 pp. 83-107...
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