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CAPÍTULO 1

A Necessidade de Revelação
Paulo Irineu Martin

("E Simão Pedro, respondendo, disse: Tu és o Cris-


to o Filho de Deus vivo.
E Jesus respondendo, disse-lhe: Bem-aventurado és
tu, Simão Barjonas, porque não to revelou a carne e
o sangue, mas meu Pai, que está nos céus")
(Mateus 16:16-17)

OS SETE CASTIÇAIS DE OURO


(Apocalipse 1:11)

• Nesta figura estão representados cada um dos sete mensageiros enviados às


igrejas. As sete estrelas são os sete anjos das sete igrejas, e os sete castiçais são
as sete igrejas. (Apocalipse 1:20).
• As sete igrejas situadas na Ásia Menor, tinham certas características naquele
tempo, que se evidenciariam e chegariam a ser frutos maduros nas eras subse-
qüentes.
• Um escurecimento misterioso na lua em 7 etapas, representaria cada Era da
Igreja, até um obscurecimento total para representar esta Era de Laodicéia.
• Esta figura foi desenhada por uma visão, ante centenas de pessoas, pelo Anjo
do Senhor, vindicando a mesma coisa que havia sido desenhado pelo profeta num
quadro. Ele desceu em forma de uma luz e desenhou as 7 Eras da Igreja na parede
do Tabernáculo em Jeffersonville - Indiana - U.S.A.
• Não sabendo que um ano e seis meses mais tarde, Deus o vindicaria nos céus,
pela lua, que seria mostrado através da nação pelos jornais (dos EUA).
• A cruz simboliza aquele que tem na destra às 7 estrelas e está ali em meio dos
castiçais de ouro.
• “Bem aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta PROFE-
CIA... (APOCALIPSE 1:1-3).
• (Baseado nas mensagens: A visão de Patmos, parag. 76-78, A Era da Igreja de
Éfeso, Parag. 23, Reconociendo el dia y su mesage páginas 4-5, 0 Segundo Selo,
Parag. 11).

A NECESSIDADE DE REVELAÇÃO

Somente por REVELAÇÃO divina podemos conhecer a Deus e seus mistéri-


os. Não há outra forma de adquirir este conhecimento.
A grande confusão religiosa que encontramos atualmente no mundo, tem sido
o resultado do esforço do homem ao tratar de entender os mistérios de Deus por meio
dos métodos humanos. Porém somente por REVELAÇÃO divina podemos conhecer
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com exatidão a verdade de Deus para o presente. Um bom exemplo disto, é o caso de
Pedro. Enquanto os outros discípulos referiam ao Senhor as opiniões que os homens
tinha acerca d’Ele.
“E Simão Pedro, respondendo, disse: Tu és o Cristo o Filho de Deus vivo.
E Jesus respondendo, disse-lhe: Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas, por-
que não to revelou a carne e o sangue, mas meu Pai, que está nos céus” (Mateus
16:16-17)
Pedro não obteve esta bem-aventurança pela capacidade intelectual ou por
qualquer outro meio humano, mas por REVELAÇÃO de Deus; porque se temos de
saber algo acerca de Deus, não nos pode vir pelos meios naturais. Pedro nunca teria
aprendido isso num seminário ou escola, pois ninguém lhe poderia ensinar, porque a
mente humana não pode entender os mistérios de Deus a menos que Ele o revele.
Sendo Pedro um homem ignorante, um rude pescador, qual foi a diferença
entre ele e os grandes líderes religiosos que lhe permitiu declarar o que eles não
sabiam acerca de Cristo? A diferença foi a REVELAÇÃO que Pedro recebeu de Deus.
Quando uma pessoa tem recebido em sua alma a REVELAÇÃO de Deus, se
converte num crente completamente diferente dos demais; pois o verdadeiro crente
não conhece as coisas de Deus por conjecturas nem por imaginação, mas por uma
convicção que lhe vem de uma maneira inexplicável, a qual produz na sua vida um
genuíno convencimento que lhe permite estar seguro de ter recebido a verdade de
Deus.
Entendemos que os fariseus e os escribas, chamados a ensinar o povo, não
souberam quem era Jesus, antes o confundiram com Belzebu, mas este homem co-
mum, Pedro, naquele preciso momento, soube que estava na presença de Cristo, a
Palavra feita carne, porque recebeu REVELAÇÃO de Deus.
Então a REVELAÇÃO não tem nada que ver com a educação nem com o nível
intelectual do indivíduo, é mais bem algo que depende da eleição divina.
Ontem, a REVELAÇÃO pôs a Pedro por cima de todos aquele estudiosos e
sábios; e hoje, a REVELAÇÃO coloca a todos os verdadeiros crentes, por humildes
que sejam numa posição espiritual muito elevada com respeito as demais pessoas.
Quando Caim e Abel trouxeram suas ofertas a Deus, Caim trouxe do fruto da
terra, e Abel trouxe um cordeirinho. Deus se agradou da oferta de Abel, “Mas não
atentou à Caim e a sua oferta”. Qual foi a diferença entre estes dois seres e as suas
ofertas? A mesma Bíblia responde “pela fé - REVELAÇÃO - Abel ofereceu a Deus
maior sacrifício que Caim, pelo qual alcançou testemunho de que era justo...” (Hebreus
11:04)
Se pode ver claramente que Caim obrou conforme suas idéias e parecer; en-
quanto que Abel, por REVELAÇÃO, entendeu que sem derramamento de sangue não
há remissão de pecados. O sangue do Cordeiro de Deus é o único que pode espiar o
pecado. Abel havendo entendido isto, ofereceu o sacrifício simbólico do cordeirinho; e
Deus aceitou esta oferta porque harmonizava com o plano divino da redenção.
Hoje também se necessita REVELAÇÃO divina para se fazer diferente dos
religiosos formalistas; pois vivemos num tempo de grande confusão. Há muitas inter-
pretações da Bíblia e diversas crenças baseadas na mesma. Sem REVELAÇÃO de
Deus, ninguém poderia sair da confusão que impera neste mundo. Em meio desta
confusão, como podemos saber aonde está a verdade quando cada denominação
reclama possui-la? Sabemos que é impossível que todos a tenham porque existe
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grandes diferenças na interpretação de uma mesma porção da Bíblia.
Jesus disse: “Eu sou... a Verdade...” Ele é o Verbo de Deus; “E aquele Verbo -
PALAVRA - foi feito carne... Ele disse: “Todas as cousas me foram entregues por meu
Pai: e ninguém conhece o Filho, senão o Pai; e ninguém conhece o pai, senão o Filho,
e aquele a quem o Filho o quiser revelar”. (Mateus 11:27). Esta Escritura nos mostra
que somente o senhor pode revelar a sua Palavra a quem Ele quer.
“Assim, pois, isto não depende do que quer, nem do que corre, mas de Deus,
que se compadece” (Romanos 9:16).
“Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam...” (Sal-
mos 127:1).
Também Jesus disse: “Graças te dou, ó Pai, Senhor dos céus e da terra, que
ocultaste estas cousas aos sábios e entendidos e as revelastes aos pequeninos”.
Esta expressão “as revelastes aos pequeninos” não somente nos ensina como há de
ser a natureza das pessoas que recebem a REVELAÇÃO de Deus; senão que tam-
bém prova que naquele tempo houve REVELAÇÃO da Palavra para que pudessem
conhecer os mistérios de Deus. Sendo que “Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje e
eternamente”, temos que crer que hoje também haverá REVELAÇÃO para que o
povo de Deus possa entender com exatidão o cumprimento da palavra no presente.
Portanto, Deus, tem dado esta REVELAÇÃO para tirar o seu povo da confusão
denominacional e para que saibam que a Bíblia não pode ser interpretada por um
grupo em particular; senão que Deus mesmo a interpreta ao cumprir em cada era o
que tem prometido por seus profetas.
Se temos que sair da confusão denominacional que impera no mundo religio-
so, temos que encontrar a REVELAÇÃO de Deus e o cumprimento do que a Palavra
tem predito para esta era. Pois Deus está operando hoje como fez ontem, e está
cumprindo as promessas contidas em sua Palavra para este tempo.
Como já temos dito, a REVELAÇÃO de Deus é a que estabelece a diferença
entre um verdadeiro crente e os religiosos formalistas, pois ela liberta o crente do
erro e o põe em harmonia com o plano de Deus.
A importância da REVELAÇÃO pelo Espírito a um verdadeiro crente nunca se
pode enfatizar demasiado; porque a REVELAÇÃO significa para o Cristão muito mais
do que a mente humana pode compreender.
Uma pessoa pode ouvir o ensinamento do pastor, ou de qualquer teólogo, acerca
do plano de redenção ainda que se lhe ensinem com a maior eloqüência essa pessoa
não terá a Vida Eterna até que Deus mesmo lhe revele ao seu coração que Jesus é o
Cristo e que ele é purificado pelo sangue.
Satanás odeia a REVELAÇÃO porque ele sabe que o povo de Deus recebe a
REVELAÇÃO VERDADEIRA DA IGREJA VERDADEIRA e o que ela é, o que ela
representa, e que ela pode realizar as obras maiores, ele sabe que a Igreja é um
exército invencível. O povo de Deus recebe REVELAÇÃO dos dois espíritos (o de
Cristo e o do anti-cristo) dentro da estrutura da Igreja Cristã, e por meio do Espírito
Santo discerne e resiste ao espírito do anti-cristo, Satanás sabe que está sem poder
ante o povo de Deus. Ele está contrariado como esteve quando o Senhor Jesus Cristo
o resistiu no deserto. Com REVELAÇÃO verdadeira em nossas vidas, as portas do
inferno não podem prevalecer contra nós, mas nós prevaleceremos contra ela. É a
REVELAÇÃO de Deus o que lhe dará a você a autoridade sobre o diabo.
Então para entender com exatidão a Palavra de Deus, se necessita da REVE-
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LAÇÃO do Espírito Santo. Um simples estudo comparativo não é suficiente para en-
tender os mistérios de Deus; se requer o ensinamento do Espírito.
Antes, como está escrito: As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e
não subiram ao coração do homem, são as que Deus preparou para os que o amam.
Mas Deus no-las revelou pelo seu Espírito; porque o Espírito penetra todas as
coisas, ainda as profundezas de Deus.
Porque, qual dos homens sabe as coisas do homem, senão o espírito do ho-
mem, que nele está? Assim também ninguém sabe as coisas de Deus, senão o Espí-
rito de Deus.
Mas nós não recebemos o espírito do mundo, mas o Espírito que provém de
Deus, para que pudéssemos conhecer o que nos é dado gratuitamente por Deus.
As quais também falamos não com palavras de sabedoria humana, mas com
as que o Espírito Santo ensina comparando as coisas espirituais com as espirituais.
Ora o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus porque
lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritual-
mente.
Mas o que é espiritual discerne bem tudo, e ele de ninguém é discernido.
Porque, quem conheceu a mente do Senhor, para que possa instruí-lo? Mas
nós temos a mente de Cristo. (I Corintios 2:9-16).
Agora, Deus tem prometido que ensinará aos seus: Está escrito nos profetas:
E serão todos ensinados por Deus. Portanto todo aquele que do Pai ouviu e aprendeu
vem a mim”. (S. João 6:45). Esta expressão: “Todos serão ensinados por Deus” se
refere a todos os filhos; como se vê claramente na profecia donde foi tomado esta
citação: “E todos os seus filhos serão discípulos do Senhor” (Isaias 54:13). Porque “O
que é de Deus, ouve as palavras de Deus”; porém o que não é de Deus; pode ouvir ou
crer qualquer outra coisa, menos a Palavra pura de Deus. Jesus disse: “As minhas
ovelhas ouvem a minha voz, e eu conheço-as, e elas me seguem;”(S. João 10:27).
Somente as verdadeiras ovelhas de Deus podem ouvir a seguir a voz - PALAVRA - do
Príncipe dos pastores; os demais podem seguir qualquer credo denominacional ou
qualquer tradição religiosa; porém ao invés tropeçam na Palavra e não a podem rece-
ber.
Este tem sido o clamor do Espírito Santo em cada uma das Sete Eras da Igreja:
“O que tem ouvido, ouça o que o Espírito diz às Igrejas.” Assim que nem todos podem
ouvir a voz do Espírito, senão aqueles que tem ouvidos espirituais. Jesus disse: “Nem
todos recebem esta palavra, senão aqueles a quem é dado” (Mateus 19:11). De modo
que a voz do Espírito Santo - A MENSAGEM - que Deus tem enviado em cada uma
das Sete Eras da Igreja para guiar o seu povo, tem sido o mesmo que os grupos
religiosos, tem perseguido e considerado como herege e diabólico. Assim tem sucedi-
do desde o princípio, e sempre sucederá igual. O que tem tido ouvidos espirituais, tem
escutado a voz do Espírito e seguido, porém os demais a tem rejeitado e combatido.
Os ensinamentos do Senhor Jesus Cristo ofenderam e escandalizaram os re-
ligiosos do seu dia. Eles consideraram a Jesus como um falso profeta, e seus
ensinamentos como heresias. Eles não queriam escutar suas palavras nem tampouco
deixavam que o povo as escutasse. “E muitos deles diziam: Tem demônio, está fora de
si; por que o ouvis? (S. João 10:20).
É de notar que foram os religiosos, que oravam e jejuavam continuamente, os
que se ofenderam com a mensagem de Jesus.
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Então, acercando-se dele os seus discípulos, disseram-lhe: Sabe que os
fariseus, ouvindo estas palavras, se escandalizaram?
Ele, porém, respondendo, disse: Toda a planta, que meu Pai celestial não plan-
tou, será arrancada.
Deixai-os: são condutores de cegos: ora se um cego guiar outro cego, ambos,
cairão na cova. (Mateus 15:12-14).
Em todas as Eras, os grupos religiosos tem rejeitado a palavra, quando Deus a
tem revelado, e nesta era tinha que suceder o mesmo.
Porém sempre tem sido uma minoria que tem escutado a voz de Deus e a tem
obedecido.
“Não temas, ó pequeno rebanho, porque foi do agrado do Pai dar-vos o reino.
(Lucas 12:32).
Os católicos Romanos dizem que a Igreja está edificada sobre Pedro. Agora,
isso é verdadeiramente carnal. Como poderia Deus edificar a igreja sobre um homem
tão indeciso, que negou ao Senhor Jesus e até praguejou ao fazê-lo? Deus não pode
edificar sua Igreja sobre nenhum homem nascido do pecado. E não foi sobre alguma
pedra ali como se Deus houvesse santificado a terra nesse lugar. E não é como dizem
os Protestantes, que a igreja está edificada sobre Jesus. É SOBRE A REVELAÇÃO.
Leia-o como está escrito.
“Não to revelou a carne e nem o sangue, mas meu Pai te revelou ( esta é a
pedra), e sobre esta pedra (revelação) edificarei a minha igreja”. A Igreja está edificada
sobre a Revelação, sobre o Assim Diz o Senhor.
Amigo, abre o teu coração para a Palavra de Deus, e aceite o que o Senhor
está te falando por meio dela. Esquadrinhe as Sagradas Escrituras, e saiba que sem-
pre tem sido por meio da REVELAÇÃO que os filhos de Deus tem encontrado a verda-
de. E esta REVELAÇÃO vem por eleição divina, não por vontade humana. Por que
escolheu Deus a Abel em lugar de Caim, e a Jacó em lugar de Esaú? Porque esses
foram seus desígnios e a sua vontade.
Queira Deus que você seja um dos seus eleitos, com a REVELAÇÃO para
conhecer a Palavra manifestada para esta Era da Igreja, a mensagem que está aper-
feiçoando ao povo do Senhor, e que possa participar das grandes bênçãos que se
aproximam, para os que amam ao Senhor.
O propósito que temos ao publicar este folheto é dar a conhecer a REVELA-
ÇÃO da Palavra de Deus, a qual Ele tem manifestado para esta última Era da Igreja
Gentia, a fim de que os verdadeiros filhos de Deus despertem para a presente verda-
de, e saiam de todo sistema denominacional e de toda doutrina dos homens, e se
ponham a tona com a vontade de Deus, se preparando para os grandes acontecimen-
tos que se avizinham.
Se o amigo desejar mais literaturas sobre o mensageiro desta era ou mais
algum esclarecimento a respeito do irmão William Marrion Branham, então nos escre-
va, pois nos encontramos à disposição de todas as pessoas de boa vontade e que
desejam conhecer a respeito daquilo que temos ouvido e testificado, que Deus nos
enviou um profeta para esta era final da igreja gentia, para voltar os nossos corações
a mesma fé dos apóstolos, restaurando todas as coisas e revelando todos os segre-
dos selados até o tempo do fim. (Dan. 12:4 e 12:9)

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CAPÍTULO 2
Por que batizar em nome
do Senhor Jesus Cristo?

"Portanto ide, ensinai todas as nações, batizando-as


em Nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo"
(Mateus 28:19)
"E em Seu nome se pregasse o arrependimento e a
Essa fotografia do irmão Branham remissão dos pecados, em todas as nações, começando por
batizando no rio Ohio, foi tirada na Jerusalém"
ocasião quando ele recebeu sua
comissão da Coluna de Fogo, a qual (Lucas 24:47)
falou estas palavras: “Como João "E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos e cada um de vós
Batista foi enviado como o precursor da
primeira vinda de Jesus Cristo, assim seja batizado em nome de Jesus Cristo para perdão dos pe-
mesmo tu tem sido enviado como o pre- cados; e recebereis o dom do Espírito Santo"
cursor de Sua segunda vinda.”
Jeffersonville, Indiana, 11 de Junho de (Atos 2:38)
1933.

Paulo diz: Assim que já não sois estrangeiros, nem forasteiros, mas concida-
dões dos santos, e da família de Deus; edificados sobre o fundamento dos apóstolos
e dos profetas, de que Jesus Cristo é a principal pedra da esquina. (Efésios 2:19 -
20).
Se somos então edificados neste fundamento, não deverá ser o nosso Evan-
gelho o mesmo Evangelho que eles pregaram? Não ensinaremos como os apósto-
los ensinaram? Não faremos como eles fizeram concernente à inteira doutrina da
salvação? Certamente, pois Paulo disse em (Gálatas 1:8): Mas, ainda que nós mes-
mos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho
anunciado, seja anátema.

OS APÓSTOLOS BATIZARAM SOMENTE EM NOME DO SENHOR JESUS

Examinaremos os relatos dos serviços batismais registrados na Santa Pala-


vra de Deus.
O Espírito Santo descendo sobre os 120 no cenáculo. A multidão se aproxi-
mou bruscamente e foi convencida do fato de que este grupo de pessoas tinha re-
cebido algo real de Deus; algo que eles também necessitavam. A resposta de Pedro
aos corações sinceros e famintos quando perguntaram: "Que faremos?" foi a se-
guinte: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo,
para perdão dos pecados; e recebereis o dom do Espírito Santo. De sorte que foram
batizados os que de bom grado receberam a sua palavra; e naquele dia agregaram-
se quase três mil almas. (Atos 2:38 e 41).
Há quem diz que a razão pela qual Pedro lhes ordenou que fossem batizados
no Nome do Senhor Jesus, é porque eram judeus e o batismo serviria para que
confessassem a Jesus Cristo. Vejamos porém, a casa de Cornélio e os membros de
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sua família, e aqui novamente encontramos a Pedro ordenando que se batizassem
no Nome do Senhor. (Atos 10:47-48).
Se Pedro tivesse errado no dia de Pentecostes, certamente haveria tido
bastante tempo para se corrigir antes que fosse à casa de Cornélio. Estaria Pedro
errado no dia de Pentecostes?
Quando eles ficaram comovidos, "perguntaram a Pedro e aos demais apósto-
los..." (Atos 2:37). Isto inclui a Mateus quem escreve o livro de S. Mateus (Mateus
28:19). Também (Atos 2:14) vemos Pedro levantando-se com os onze. Mateus esta-
va lá, porém não encontramos palavras de correção da parte dele. Por que? Jesus
disse em (S. João 17:6): Manifestei o teu nome aos homens que do mundo me
deste; eram teus, e tu nos deste.
Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, de que Jesus
Cristo é a principal pedra da esquina. (Efésios 2:20). Em lugar nenhum encontra-
mos que eles batizaram repetindo as palavras: "Em nome do Pai, e do Filho e do
Espírito Santo".
Pelo contrário, eles apenas batizaram em nome do Senhor Jesus Cristo; eles
cumpriram a ordem do Senhor em (Mateus 28:19). Pois ali Jesus não indicou aos
apóstolos que usassem estas palavras como uma fórmula. Ele ordenou o batismo
usando o Nome.
Felipe foi a Samaria e pregou-lhes Cristo (Este povo não era judeu, mas
samaritano). Eles prestaram atenção à mensagem que ele entregou "Os apóstolos,
pois, que estavam em Jerusalém, ouvindo que Samaria recebera a Palavra de Deus,
enviaram para lá Pedro e João. Os quais tendo descido, oraram por eles para que
recebessem o Espírito Santo.” (Porque sobre nenhum deles tinha ainda descido;
mas somente eram batizados em nome do Senhor Jesus). (Atos 8:14 - 15).
Cornélio era um homem justo e temia a Deus com toda sua casa. Ele viu em
uma visão um anjo que lhe disse para mandar chamar a Pedro em Jope, o qual lhes
diria as palavras pelas quais poderiam ser salvos. Quando ele declarou a grande
verdade, que "Por meio do Nome de Jesus todo que Nele crê recebe perdão dos
pecados", o Espírito Santo caiu sobre todos que ouviram a Palavra e eles falaram
em línguas como fizeram os apóstolos no dia de Pentecostes. Então Pedro respon-
deu: Pode alguém porventura recusar a água, para que não sejam batizados estes,
que também receberam como nós o Espírito Santo? (Atos 10:47). A seguir observa-
remos um ato batismal dirigido por Paulo"... e achando ali alguns discípulos, disse-
lhes: Recebestes vós já o Espírito Santo quando crestes? E eles disseram-lhe: Nós
nem ainda ouvimos que haja Espírito Santo.
Perguntou-lhes então: Em que sois batizados? E eles disseram: No batismo
de João
Mas Paulo disse: Certamente João batizou com o batismo do arrependimen-
to, dizendo ao povo que cresse no que após ele havia de vir isto é, em Jesus Cristo.
E os que ouviram foram batizados em nome do Senhor Jesus.
E, impondo-lhes Paulo as mãos, veio sobre eles o Espírito Santo; e falavam
em línguas e profetizavam. (Atos 19:1-6).
Não cremos que Paulo alterou a fórmula ou modo de batismo quando batizou
Lídia e sua gente de casa e nem ao carceireiro de Filipos.
Agora, note bem: Paulo não estava junto com os apóstolos quando Jesus deu
suas instruções finais a eles em (Mateus 28:19) e (Lucas 24:47), contudo encontra-
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mos Paulo batizando em Nome do Senhor Jesus Cristo. De quem recebeu esta reve-
lação? Cumpre mencionar que o Evangelho de Paulo não é uma cópia ou imitação
de outros apóstolos, mas é uma revelação.
Mas faço-vos saber, irmãos, que o Evangelho que por mim foi anunciado não
é segundo os homens. Porque não o recebi, nem aprendi de homem algum, mas
pela revelação de Jesus Cristo. (Gálatas 1:11 - 12).
Ele escreveu: E, quanto fizerdes por palavras ou por obras, fazei tudo em
nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus pai. (Col. 3:17).
Paulo reclamou ter autoridade divina:
Se alguém cuida ser profeta, ou espiritual, reconheça que as coisas que vos
escrevo são mandamento do Senhor. (I Cor. 14:37).
O batismo com água é executado tanto por palavras como por obras. Não
podemos deixar de comunicar esta ordem à igreja.
Por causa disto me ponho de joelhos perante o Pai de nosso Senhor Jesus
Cristo, do qual toda a família nos céus e na terra toma o nome. (Efésios 3:14 - 15).
Devemos ler os Atos dos Apóstolos e as epístolas de Paulo para saber o que
os apóstolos ensinaram e praticaram após a vinda do Espírito Santo.
Você dirá: "Se Jesus quisesse que nos batizássemos em seu nome, então,
por que Ele não nos disse?"
Ele o disse. Note que Ele falou "No Nome".
Qual é o Nome do Pai? Jesus dá a resposta em (São João 5:43):
Eu vim em nome de meu Pai.
E qual é o Nome do Filho? A resposta é dada por um anjo em (Mateus 1:21):
...e chamará o seu nome Jesus.
E em qual nome o Espírito Santo é revelado? A resposta é encontrada em (S.
João 14:26):
Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome,
esse vos ensinará todas as coisas.
É citado nos versículos encontrados em (Lucas 24:45-47), que Jesus abriu o
entendimento dos discípulos. Foi necessário que o entendimento lhes fosse aberto e
muitos hoje em dia necessitam desta mesma operação para que possam entender
as Escrituras:
Em (Lucas 24:47) encontramos:
E em seu nome se pregasse o arrependimento e a remissão dos pecados, em
todas as nações, começando por Jerusalém.
Foi Pedro um daqueles a quem Jesus havia falado e cujo entendimento tam-
bém tinha sido aberto. Após ter escutado estas instruções, poucos dias depois co-
meçou a pregar inspirado pelo Espírito Santo, e continuou até que os corações dos
ouvintes ficaram comovidos e sentindo-se condenados, perguntaram a Pedro e aos
demais apóstolos: "Que faremos varões irmãos? "Pedro não hesitou e firmemente
deu a prescrição: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de
Jesus Cristo para perdão dos pecados; e recebereis o dom do Espírito Santo. (Atos
2:38)
Alguns dizem que aceitarão as palavras de Jesus em (Mateus 28:19), porém
não as de Pedro em (Atos 2:38).
Mas, foi Pedro quem falou no dia do Pentecostes ou foi o Espírito Santo?
Pedro disse que era o Espírito Santo mandado dos céus. (I Pedro 1:12).
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Pedro foi um apóstolo e a ele foram dadas as chaves do reino (Mateus 16:17-
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Para que vos lembreis das palavras que primeiramente foram ditas pelos san-
tos profetas, e do mandamento do Senhor e Salvador, mediante os vossos apósto-
los. (II Pedro 3:2).
Aqui somos animados a considerar as palavras dos santos profetas e o man-
damento dos apóstolos, e o apóstolo Pedro ordenou que o batismo fosse em Nome
do Senhor Jesus Cristo.
O senso comum lhe dirá que o livro dos Atos é a igreja em ação; e se assim
batizaram, então assim é como se deve batizar.
De coração aberto irmão, consulte as Escrituras, seja batizado em nome do
Senhor Jesus Cristo, e Deus lhe encherá com seu Espírito.
A fórmula correta para o batismo nas águas tem sido restaurada nestes últi-
mos dias. Amém.

CAPÍTULO 3
A Unidade de Deus
“... quem vê a mim vê ao Pai” (São João 14:6-11)

Ouve, Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor.


Amarás, pois o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de
toda a tua alma, e de todo o teu poder. (Deuteronômio 6:4-5)
Para todo hebreu ortodoxo, o Senhor é UM, porque esse é o testemunho da
Palavra em todo Antigo Testamento. "Ouve, Israel, o Senhor nosso Deus é o único
Senhor"; portanto, ninguém poderá fazer com que um verdadeiro israelita creia que
Deus está dividido em duas ou três personalidades. Assim também deveria ser com
cada cristão que confessa crer na Palavra do Senhor; porque Deus não muda." Por-
que eu, o Senhor, não mudo" (Malaquias 3:6). Porém lamentavelmente, o mundo
cristão tem dividido em três partes ao Deus único; tem feito das manifestações de
Deus, três personalidades distintas, e argumentam que estas três pessoas formam
um só Deus. Isto não tem uma explicação sensata e fica fora de uma inteligência
concebível, porque se são três pessoas diferentes, ainda que sendo de uma idêntica
substância, são três deuses; de outra maneira a linguagem teria perdido o seu signifi-
cado; porém a Escritura prova totalmente o contrário deste ensinamento que por vári-
os séculos se tem infiltrado no cristianismo; o qual, como muitos outros, o mundo o
tem como verdadeiro. Agora, uma doutrina não é verdadeira porque tenha muito tem-
po nem porque a maioria a professe, senão porque seja parte da Palavra de Deus; por
essa razão temos que ir à Palavra para encontrar a verdade.
"E o nascimento de Jesus foi assim: estando Maria sua mãe desposada com
José, antes que se ajuntassem, se achou ter concebido do Espírito Santo." (Mateus
1:18)
Aqui diz claramente que Maria se achou ter concebido do Espírito Santo, de
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modo que o Espírito Santo foi quem gerou a Jesus. Agora, Jesus chamou a Deus seu
Pai, porém como o mundo religioso dá uma personalidade ao Pai e outra ao Espírito
Santo, então a quem dos dois chamava Ele seu Pai? Acaso tinha Jesus dois pais: um
a quem Ele chamava Pai e outro aquele que o gerou? Vê você o enredo que fazem os
religiosos ao personificar as manifestações de Deus?
Porque para os que crêem que Deus o Pai é uma pessoa e o Espírito Santo
outra, Jesus teve dois pais? Aquele a quem Ele chamava Pai e ao Espírito Santo
quem o gerou. Isto é inconcebível, pois assim fica entendido ao dizer que o Pai é uma
pessoa distinta do Espírito Santo. Sem dúvida pelas Sagradas Escrituras vemos que
o Pai, é o MESMO Espírito Santo, porque Deus é Espírito. Então há uma perfeita
harmonia na Palavra: Jesus chamou Pai àquele que o gerou; de outro modo, teria tido
dois pais.
Agora Jesus disse:'' Eu e o Pai somos um” (João 10:30) Também disse: “quem
me vê a mim vê o Pai” (João 14:9). De modo que Jesus e o Pai são também UM e a
MESMA PESSOA. Então PAI, FILHO e ESPÍRITO SANTO são a MESMA personali-
dade. “Porque três são os que testificam no céu: o Pai, a Palavra, e o Espírito Santo,
e estes três são UM. (I João 5:7).
A revelação da Escritura nos mostra UM DEUS, uma só personalidade com
diferentes manifestações. O Todo poderoso, o que é, que Era e que há de vir, Alfa e
Omega, Princípio e fim, é UM e a MESMA pessoa.
Jesus disse: “O Pai que está em mim, ele faz as obras”. (João 14:10).
Também diz a Escritura:” Isto é, Deus estava em Cristo reconciliando consigo o
mundo, não lhes imputando os seus pecados, e pôs em nós a palavra de reconcilia-
ção”. (II Cor. 5:19).
Agora, qual Deus estava em Cristo? Pois havendo UM SÓ Deus, temos que
crer que ESSE era quem estava em Cristo. Não se pode dar outra personalidade a
Deus pelo fato de haver adquirido humanidade. Isto na verdade é um mistério, porém
não dá base para converter a Deus em várias pessoas. “E sem dúvida alguma grande
é o mistério da piedade: Aquele que se manifestou em carne, foi justificado em espíri-
to, visto dos anjos, pregado aos gentios, crido no mundo, e recebido acima na glória.
(I Timóteo 3:16).
Este é o grande mistério que envolve a Deus como uma pessoa com distintas
manifestações, porque Deus tem diferentes ofícios, e através deles Ele toma a posi-
ção que se propõe para cumprir seus desígnios. Jesus é Deus manifestado em carne.
Isto não o faz outro Deus, nem outra personalidade. É o único e Todo Poderoso Deus
habitando em um tabernáculo de carne. Como também o ensina João: “No princípio
era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. E o Verbo se fez carne,
e habitou entre nós”. (João 1:1 e 14).
Ademais, está escrito: “E, visto como os filhos participam da carne e do san-
gue, também ele participou das mesmas coisas, para que pela morte aniquilasse o
que tinha o império da morte, isto é, o diabo”; (Hebreus 2:14). É uma temeridade
querer converter a Deus em várias pessoas, sendo que o mesmo Senhor Jesus Cristo
disse: “Eu e o Pai somos um”. O Pai que está em mim, ele faz as obras”. “O que vê a
mim, vê o Pai”. Tudo isto é o mesmo que dizer: “DEUS ESTAVA EM CRISTO’.
Em Deus não há mais que uma SÓ PERSONALIDADE com diferentes mani-
festações segundo seus propósitos. Deus como Espírito não pode morrer, porém ten-
do que efetuar a Redenção do seu povo, teve que tomar humanidade para poder
10
morrer por nós. Jesus Cristo homem, o Tabernáculo de Deus, morreu como morre
nosso corpo, o tabernáculo no qual vivemos; porém Seu Espírito saiu e voltou a Deus.
“Saí do Pai, e vim ao mundo; outra vez deixo o mundo, e vou para o Pai” (João 16:28).
Entendemos que isto é um mistério porque a mesma Escritura o diz: “E sem dúvida
alguma grande é o mistério da piedade: Aquele que se manifestou em carne... “Sendo
um mistério, só por revelação divina podemos entendê-lo. “Ninguém conhece o Pai;
senão o Filho, e aquele a quem o Filho o quiser revelar” (Mateus 11:27). Tratar de
conhecer a Deus pelo arrazoamento humano ou pelas interpretações e tradições dos
homens, fariam do único Deus, duas ou três pessoas; porém pela revelação divina,
Deus é UM com diferentes manifestações.
Ao único Deus (Rom. 16:27), o verdadeiro Deus e a vida eterna (I João 5:20),
o grande Deus e nosso Senhor Jesus Cristo (Tito 2:13), o Deus ‘’todo-poderoso
(Apocalipse 1:8), o Deus Criador (Colos. 1:16-17), para os apóstolos era UM e a
MESMA PESSOA. O Novo testamento não ensina que Pai, Filho e Espírito Santo
tenham personalidades separadas. Ali não encontramos nada quanto a primeira, se-
gunda e terceira pessoa. Para os apóstolos não existiam três deuses, senão UM; sem
dúvida, hoje a maioria dos chamados cristãos crêem em UM Deus trino ainda que isto
seja anti-bíblico, porque a palavra trindade nem sequer se acha na Bíblia; pois é uma
invenção humana introduzida no cristianismo, uma doutrina sem apoio escriturístico.
Os apóstolos não criam numa multiplicidade de pessoas em Deus, antes ensi-
naram que Deus é UM, manifestado como Pai, como Filho e como Espírito Santo. Três
ofícios da Divindade em sua relação com o homem. Deus se manifestou como Filho,
porém essa manifestação não o fez outro Deus diferente, senão o mesmo Deus da
glória; o Eterno e Todo-poderoso manifestado em Cristo. “Deus estava em Cristo re-
conciliando consigo o mundo” (II Coríntios 5:19). Ele se tornou humano para poder
morrer e reconciliar-nos consigo mesmo, porém essa encarnação não o fez outra
pessoa diferente; Ele seguiu sendo o único e um só Deus. Jesus na terra foi o Profeta,
o Cordeiro e o Filho; sem dúvida isto não o converteu em três pessoas; foram somente
três manifestações ou ofícios da mesma pessoa.
Eis aqui um exemplo sensível da vida humana que pode ajudar-nos a entender
esta verdade: Todo homem casado e com filhos representa três ofícios diante da soci-
edade e da família. Este homem por causa de seus filhos é um pai, e nesta relação se
apresentaria em qualquer ato humano ou social em caso de ter que atuar com respei-
to a seus filhos. Este pai ao mesmo tempo é filho em relação com seu progenitor; e se
tivesse que comparecer diante de um tribunal com respeito a seu pai, teria que fazê-lo
na condição de filho. De modo que este homem é tanto pai como filho; sem dúvida isto
não o faz duas pessoas, senão a MESMA pessoa exercendo dois ofícios diferentes.
Este mesmo homem que é pai e ao mesmo tempo filho, porquanto é casado, é tam-
bém esposo; e ao relacionar-se com sua esposa, toma uma posição diferente à de
filho e também à de pai. Encontramos este homem exercendo diante da sociedade
três ofícios ou manifestações completamente diferentes: Pai, filho e esposo. Seria
muito insensato quem afirmasse que por este fato se trate de três homens diferentes
ou um homem dividido em três pessoas; porque ao ser avô haveria que acrescentar
uma quarta personalidade, e isto é ridículo sob todo ponto de vista. Este homem é UM
com diferentes ofícios ou manifestações; Diante de seu filho é um pai, e ante seu pai
é um filho, e ante sua esposa é um esposo; porém é UMA SÓ pessoa. “Tanto o seu
eterno poder como a sua divindade, se entendem, e claramente se vêem pelas coisas
11
que estão criadas, para que eles fiquem inexcusáveis.” (Rom. 1:20)
Deus é UM, porém tem tomado diferentes ofícios em sua relação com o homem.
Quando se manifestou como Filho era ao mesmo tempo Pai e Espírito, por esta razão
disse a Filipe: “Quem me vê a mim vê o Pai; e como dizes tu: Mostra-nos o Pai? Não crês
tu que eu estou no Pai e o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo não as digo de
mim mesmo, mas o Pai, que está em mim, é quem faz as obras”. (João 14:9-10). “Eu e
o Pai somos UM” (João 10:30). Não duas nem três pessoas, senão UMA.
“Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o principado está sobre
os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso, Conselheiro, Deus forte, Pai da
eternidade, Príncipe da Paz” (Isaías 9:6). Este menino que foi Jesus, o Filho que nos
foi dado, segundo esta Escritura, é ao mesmo tempo o Deus forte e Pai eterno. Isto é
um verdadeiro mistério. “Grande é o mistério da piedade: Aquele que se manifestou
em carne” (I Timóteo 3:16). É dizer, o Deus forte, Pai eterno tomou a forma de um
menino que cresceu como os homens para operar a Redenção do povo.
“E dará à luz um filho e chamarás o seu nome JESUS; porque ele salvará o seu
povo dos seus pecados. Tudo isto aconteceu para que cumprisse o que foi dito da
parte do Senhor, pelo profeta, que diz Eis que a virgem conceberá e dará a luz um
filho, e chamá-lo-ão pelo nome de EMANUEL, que traduzido é: Deus conosco” (Mateus
1:21-23). Essa manifestação foi simplesmente “Deus conosco”. Isso é tudo o que
declara a palavra, e não se deve dizer mais do que isto, porque seria aumentar a
Palavra; e está escrito: “Nada acrescentes às suas palavras, para que não te repreen-
da e sejas achado mentiroso” (Provérbios 30:6). Não devemos argumentar coisas
que Deus não diz em sua Palavra; ainda que se há algo que não entendamos, deve-
mos repeti-lo tal como Ele o tem dito.
Este Deus forte, Pai eterno, Jeová do Antigo Testamento, nasceu e cresceu
como um menino. Este é Jesus, cujo nome significa Jeová Salvador. É o mesmo Pai
eterno que tomou humanidade e se manifestou em carne para redimir a seu povo: “E
visto como os filhos participam da carne e do sangue, também ele participou das
mesmas coisas, para que pela morte aniquilasse o que tinha o império da morte”
(Hebreus 2:14). A encarnação de Deus Criador, o converteu no Deus Salvador; de
modo que o Criador do Antigo Testamento é o mesmo Salvador do Novo Testamento.
“E não há outro Deus senão eu; Deus justo e Salvador não há fora de mim. Olhai para
mim, e sereis salvos, vós todos os termos da terra; porque eu sou Deus, e não há
outro.” (Isaías 45:21-22). Não há dois salvadores, senão UM. “Pois na cidade de
Davi, vos nasceu hoje o Salvador, que é CRISTO, o Senhor.” (Lucas 2:11). Jeová
Salvador no Antigo Testamento é o mesmo Jesus Salvador no Novo. Um e a MESMA
pessoa. Veja (Isaías 43:10-11).
O Deus do Antigo Testamento prometeu estar presente e vir ELE MESMO para
salvar ao seu povo; isto é exatamente o que Ele fez. Ele mesmo veio e consumou sua
obra. Ali manifestado como o Criador, aqui manifestado como o Salvador, e agora no
meio de seu povo manifestado como o consolador; porém não são três pessoas, mas
UMA e a MESMA pessoa. Este é o testemunho de toda a Escritura. Assim creram os
profetas e apóstolos. Então de onde veio esta crença que acrescenta a Deus três
pessoas distintas? Isto veio depois da idade apostólica, e foi introduzido astutamente
no Concílio de Nicéia no ano 325 a.d. A chamada trindade, que nem sequer aparece
na Bíblia, teve sua origem no culto pagão. Os romanos adoravam a muitos deuses e
também oravam a seus antepassados como mediadores e intercessores.
12
Então a nova religião lhes deu a oportunidade de mudar os nomes de seus
velhos deuses pelo nomes novos; e em vez de Júpiter, Vênus, Marte etc. Tiveram a
Pedro, PAULO, Fátima, Cristóvão, etc. Eles não podiam fazer que sua religião pagã
permanecesse com um só Deus, portanto o dividiram em três, dando-lhe personalida-
des separadas para as manifestações de Deus e logo fizeram dos santos seus
intercessores. Desde então a verdade de UMA SÓ pessoa em Deus, a escureceram.
Hoje os encontramos confessando que Deus é UM, porque assim o afirma a Escritura,
mas ao mesmo tempo ensinando a doutrina da trindade, teoria que converte a Deus
em três pessoas. Esta doutrina é uma tradição pagã introduzida ao Cristianismo.
As Sagradas Escrituras ensinam que Deus é UM, porém a tradição assegura
que é trino; de modo que existe um conflito entre as Escrituras e as crenças tradicio-
nais do mundo chamado cristão. Sem dúvida que temos que tomar uma decisão entre
estes dois ensinamentos, porque são diametralmente opostos. Este assunto de dividir
a Deus em três pessoas distintas e não obstante crer que as três constituem um Deus,
é uma coisa irracional. Se são três pessoas e cada uma delas é Deus, lógicamente,
são três deuses; porque uma pessoa não pode ser ao mesmo tempo três. Uma pes-
soa pode exercer vários ofícios ao mesmo tempo, porém jamais poderá converter-se
em mais de uma pessoa. Os que sustentam a teoria pagã de dividir a Deus em três
pessoas distintas de fato, são politeístas. Essa crença veio do paganismo e se intro-
duziu no cristianismo já pervertido, porque no cristianismo genuíno do Novo Testa-
mento, não existiu tal ensinamento.
Agora, os que sustentam esta doutrina irracional, argumentam que se trata de
um mistério, porém a Bíblia não diz nada do mistério da trindade; este termo nem
sequer aparece na Bíblia. As Sagradas Escrituras fala-nos do mistério da piedade,
Deus manifestado em carne, porém não diz nada da fictícia doutrina da trindade.
“Tu crês que há um só Deus; fazes bem. Também os demônios o crêem e
estremecem.” (São Tiago 2:19). Se fazemos bem quando cremos que Deus é UM,
então o mal está em crer no contrário, porque isso significaria contrariar a Escritura.
Ainda que os demônios crêem e sabem que Deus é UM; porém eles não pregam o
que sabem, senão o que pervertem; de modo que esta doutrina da trindade é uma
perversão diabólica.
O Senhor Jesus Cristo falando com a samaritana, disse: “DEUS É ESPÍRITO”.
Agora que Espírito é Deus? Indiscutivelmente Ele é o Espírito Santo porque a Escritu-
ra o diz: “Um Espírito” (Efésios 4:4), e não há dois Espírito Santo, É um só Deus, um
só Espírito, um só Senhor; Não são três, senão UM. A Escritura diz: “mas quando se
converterem ao Senhor, então o véu se tirará. Ora, o Senhor é Espírito; e onde está o
Espírito do Senhor aí há liberdade”. (II Coríntios 3:16-17).
As sagradas Escrituras não se contradizem porque foram inspiradas pelo Es-
pírito Santo. Elas ensinam claramente que nosso Deus é UM. Um Deus com diferen-
tes manifestações; de modo que o Filho é Deus com todos seus atributos. Por essa
razão João disse: “E sabemos que já o Filho de Deus é vindo, e nos deu entendimento
para conhecermos o que é verdadeiro; e no que é verdadeiro estamos, isto é, em seu
Filho Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna.” (João 5:20). Desta
maneira fica demonstrado que Deus veio manifestado como Filho para revelar-se a si
mesmo como o Deus verdadeiro; por conseguinte, JESUS CRISTO é Deus mesmo
manifestado em carne"Jesus Cristo é o mesmo ontem e hoje, e eternamente". (Hebreus
13:8). Amém.
13
CAPÍTULO 4
A Necessidade de um Profeta

“Eis que vos envio o profeta Elias, antes que venha o dia grande
e terrível do Senhor;
E converterá o coração dos pais aos filhos, e o coração dos
filhos a seus pais; para que eu não venha, e fira a terra com
maldição."
(Malaquias 4:5-6)
Cada vez que Deus tem revelado sua Palavra, o tem feito através de um
profeta. Enoque foi um profeta do tempo antediluviano. Deus lhe revelou Sua Pala-
vra, e ele falou de eventos que ainda estão por suceder. Três gerações depois, Deus
levantou a Noé e lhe revelou a situação espiritual e o juízo iminente do dilúvio. Po-
rém eles não creram.
Essa é a maneira que Deus tem estabelecido, segundo as Escrituras, para
falar ao povo:
“E todo o povo viu os trovões e os relâmpagos, e o sonido da buzina, e o
monte fumegando; e o povo, vendo isso, retirou-se e pôs-se de longe. E disseram a
Moisés: Fala tu conosco e ouviremos e não fale Deus conosco, para que não morra-
mos”. (Exôdo 20:18-19).
Chega-te tu, e ouve tudo o que disser o Senhor nosso Deus, e tu nos dirás
tudo o que disser o Senhor nosso Deus, e ouviremos, e o faremos. (Deuteronômio
5:27).
Então o Senhor me disse: Bem falaram naquilo que disseram. Eis que lhes
suscitarei um profeta no meio de seus irmãos, como tu; e porei as minhas palavras
na sua boca, e ele lhes falará tudo o que eu lhe ordenar. E será que qualquer que
não ouvir as minhas palavras, que eu falar em meu nome, eu o requererei dele.
(Deuteronômio 18:16-19).
Por estas Escrituras, vemos que o povo não pode suportar a voz direta de
Deus; portanto, pediram a Moisés que entrasse na presença de Deus e ouvisse as
palavras que Deus tinha para eles, e logo lhes dissesse tudo o que Deus lhe houves-
se dito. Essa atitude do povo foi aprovada por Deus e desde então você não tem a
Deus falando diretamente ao povo senão através de um profeta.
Deus estabeleceu ali que sua revelação viria sempre através de um profeta; e
assim tem sucedido sempre. Cada profeta de Deus tem trazido a revelação da Pala-
vra para o tempo em que tem sido levantado. Cada um deles trouxe a porção que
correspondia para seu tempo, até que apareceu João Batista, o último dos profetas
do Antigo Testamento, quem introduziu a Cristo, a plenitude da Palavra. Os profetas
anteriores tiveram porções da Palavra, porém Cristo foi a plenitude da Palavra, Cris-
to foi o Profeta por excelência com toda a revelação da Palavra de Deus.
A dispensação Judia terminou com o maior dos profetas hebreus, João Batis-
ta, de quem Jesus disse:
“E eu vos digo que, entre os nascidos de mulheres não há maior profeta do
14
que João batista; mas o menor do reino de Deus é maior do que ele”. (Lucas 7:28).
O Senhor o identificou como profeta de quem falou Malaquias: “Este é aquele de
quem está escrito: Eis que envio o meu anjo diante da tua face, o qual preparará
diante de ti o teu caminho”. (Lucas 7:27). Pois, João foi quem introduziu o Messias
para Israel: sem dúvida, os líderes religiosos não creram, antes fizeram-lhe tudo o
que quiseram. Estava anunciado nas Escrituras que viria diante do Senhor para pre-
parar o caminho; sem dúvida o mundo religioso de seu dia, tendo as Escrituras, não
o receberam. Ainda que os profetas não dissessem que se chamaria JOÃO, sem
dúvida, a vindicação de Deus em sua vida e ministério provava que este era o men-
sageiro que tinha de vir diante do Messias. Porém aqueles líderes religiosos, junto
com o povo, estavam cegos para a Palavra e para a obra que Deus estava fazendo
ao seu redor.
Eles estavam esperando um profeta e ao Messias; porém quando aparece-
ram, os rejeitaram. Porque os rejeitaram? Porque aqueles religiosos tinham se apar-
tado da Palavra e estavam apoiados em suas próprias interpretações. Os
ensinamentos deste profeta não tinham afinidade com as crenças daqueles grupos
religiosos; porque um profeta de Deus não vem para confraternizar com as organiza-
ções religiosas, senão para trazer a Palavra de Deus.
Deus não envia um profeta quando tudo anda bem, senão quando dentro do
povo há coisas torcidas que devem ser endireitadas. Então o profeta vem com a
Palavra cortante e forte para fustigar tudo o que seja contrário a Palavra de Deus;
porém os religiosos não aceitam tal admoestação porque golpeia fortemente seus
costumes e crenças nas quais estão estabelecidos; por conseguinte, se levantam
contra a mensagem e o mensageiro, e lhe resistem como Janes e Jambres resisti-
ram a Moisés. Assim sucedeu no Antigo e Novo Testamento, e hoje sucederá o mes-
mo.
Hoje, mais que nunca, se necessita de um verdadeiro profeta de Deus para
tirar o povo do Senhor da confusão denominacional que reina no mundo chamado
cristão, donde as tradições e interpretações privadas tem tomado o lugar da Palavra,
e donde os sistemas denominacionais tem usurpado o lugar do Espírito Santo na
direção das coisas espirituais.
Neste tempo quando as igrejas estão sumidas em tanta contaminação mun-
dana, pobres, cegas, miseráveis e nuas, porém crendo que estão ricas espiritual-
mente, e que não tem necessidade de nada; então é quando se necessita um profeta
com autoridade de Deus para declarar a verdadeira condição espiritual da igreja, e
para abrir os olhos dos predestinados da hora, a fim de que pudessem ver a Palavra
pura do Senhor.
Se você é uma semente de Deus, sem dúvida que já se tem dado conta da
condição espiritual do mundo que hoje se chama cristão, assim como também da
necessidade de um profeta para tirar aos verdadeiros filhos de Deus da confusão
denominacional que impera neste tempo.
Qualquer pessoa que lê as Escrituras com revelação divina, pode perceber a
hora em que estamos vivendo, porque todos os eventos anunciados para este tem-
po, já estão presentes: Israel está em sua terra demonstrando ser uma nação forte;
a multiplicação da maldade a vemos em todas as fases da vida humana; o mesmo se
pode dizer quanto a ciência, a qual tem-se multiplicado em todos os aspectos; a
frieza nas igrejas não a pode negar nenhuma pessoa sensata; as igrejas estão
15
mundanizadas e convertidas em clubes de religiosos; os chamados cristãos se tem
conformado com os costumes e sistemas do mundo em todos os aspectos de suas
organizações religiosas; e muitas religiões estão hoje convertidas em negócios lu-
crativos. Esta é a apostasia do fim.
A condição do mundo e das igrejas é um prognóstico da aproximação do juízo
de Deus, a Grande Tribulação. Porém o sinal mais importante do tempo do fim, é a
presença do profeta que Deus tinha prometido enviar antes do juízo; o qual restaura-
ria todas as coisas, todas as verdades de Deus que os homens tem pervertido no
decorrer dos séculos.
“Eis que eu vos envio o profeta Elias, antes que venha o dia grande e terrível
do Senhor”. (Malaquias 4:5).
E respondendo Jesus, lhes disse: Em verdade, Elias virá primeiro e restaura-
rá todas as coisas". (Mateus17:11)
Esta restauração tão ignorada pelo mundo religioso enriquecido por suas con-
quistas materiais, é o sinal mais evidente do tempo em que estamos vivendo e da
breve vinda do Senhor, pois as Escrituras dizem: “O qual convém que o céu o conte-
nha até aos tempos da restauração de tudo, dos quais Deus falou pela boca de
todos os seus santos profetas, desde o princípio” (Atos 3:21).
Esse profeta Elias anunciado para este tempo, tem estado na terra com sua
mensagem restauradora, porém a grande maioria ignora este fato; portanto, se tem
repetido o caso que sucedeu com João Batista, o precursor da primeira vinda do
Senhor: “Mas digo-vos que Elias já veio, e não o conheceram, mas fizeram-lhe tudo
o que quiseram. Assim farão eles também padecer o Filho do homem”.
O mesmo Senhor falando de João como Elias daquele tempo, também falou
do Elias que tinha que vir antes de sua Segunda vinda para restaurar todas as coi-
sas:
“E os seus discípulos o interrogaram, dizendo: Porque dizem então os escribas
que é mister que Elias venha primeiro?
E Jesus, respondendo, disse-lhes: Em verdade Elias virá primeiro, e restau-
rará todas as coisas;
Mas digo-vos que Elias já veio, e não o conheceram mas fizeram-lhe tudo o
que quiseram (Mateus 17:10-12).
Vemos nesta porção das Escrituras, que o Senhor Jesus Cristo fala em dois
tempos gramaticais em relação com Elias: UM QUE JÁ VEIO - PASSADO - que foi
João Batista; e o outro que tinha de vir - FUTURO - para restaurar todas as coisas.
Temos que entender que o Senhor não está procurando alterar a Gramática, nem
tampouco brincando com as palavras, senão falando de um Elias que estava no
futuro - virá primeiro, e restaurará todas as coisas - e de outro que estava no passa-
do - “Elias já veio, e não o conheceram” - Aqui temos os dois homens com os dois
ministérios profetizados em Malaquias capítulo quatro: “Converterá o coração dos
pais aos Filhos, e o coração dos filhos aos pais”.
Então não há dúvida que Elias tinha que vir antes da Grande Tribulação, por-
que tinha uma obra para levar a cabo: “Converterá o coração dos filhos aos pais”;
pois a outra parte deste ministério já estava realizado por João: “Converter o coração
dos pais aos filhos”. (Malaquias 4:6).
João preparou aos pais para que Jesus pudesse dar as boas vindas dos fi-
lhos ao entrar no redil. De modo que aqueles homens, os pais da igreja primitiva,
16
fosse preparados por João para que recebessem a Cristo, a Palavra; porém o Elias
desta era tinha de converter aos filhos dos últimos dias a fé dos Pais do dia de
Pentecostes. Este profeta prepararia aos filhos para dar as boas vindas a Jesus; é
dizer, sua mensagem levaria aos verdadeiros filhos de Deus a fé primitiva dos após-
tolos e profetas; lhes preparando assim para a segunda vinda do senhor.
O senhor sabia que as igrejas estariam nesta condição de frieza espiritual
quando chegasse o tempo do fim; ele sabia que o cristianismo chegaria a este esta-
do de conformismo mundano que hoje estamos vendo; portanto, anunciou que viria
um tempo no qual restauraria todas as coisas, antes do rapto (Atos 3:21). Também
prometeu que levaria esta restauração a cabo por meio do profeta Elias (Mateus
17:11).
Todos sabemos que Elias foi um profeta que ministrou em Israel durante um
tempo de grande apostasia.
Quando Deus tomou a Elias, “o espírito de Elias repousou sobre Eliseu” (2
Reis 2:15); logo antes da primeira vinda do Senhor, João veio com o espírito e virtu-
de de Elias... afim de preparar ao Senhor um povo bem disposto. (Lucas 1:17),
porém está prometido que Elias viria antes do dia grande e terrível do Senhor
(Malaquias 4:5) a Grande Tribulação; e finalmente aparecerá junto com Moisés du-
rante o tempo da Grande Tribulação. (Apoc 11:3).
Agora, sabendo que estamos no tempo do fim e que a Grande Tribulação
está as portas, temos que entender que o profeta Elias já tem estado presente para
cumprir esta restauração prometida pelo Senhor. Porém não é uma reencarnação do
Elias do Passado; como tampouco o foi no caso de João; senão o ministério deste
homem manifestado num mundo religioso com condições semelhantes as que impe-
raram durante seu dia. É o ministério de Elias num homem sem temor e desprendido
de todo interesse material, com uma mensagem cortante, como o machado à raiz
das árvores, denunciando toda coisa contrária a palavra de Deus, e convidando ao
povo a voltar para a Palavra e a uma entrega completa ao Senhor.
Todos os que tem conhecido a vida e o ministério do irmão William Marrion
Branham, sabem que Deus o vindicou como o profeta mensageiro desta era; e mes-
mo sua mensagem assinala como tal porque está em completa harmonia com as
Escrituras.
Deus tem cumprido sua Palavra para esta era, e o verdadeiro povo de Deus
está se preparando para o rapto; porém não obstante, muitos chamados cristãos
nem sabem o que tem acontecido.
Amado irmão, abre teus olhos antes que seja demasiado tarde, busca a pre-
sença do Senhor e esquadrinha as Escrituras, porque nela está o plano de Deus
para esta hora.
Certamente o Senhor Jeová não fará coisa alguma, sem ter revelado o seu
segredo aos seus servos, os profetas. (Amós 3:7).

17
CAPÍTULO 5
A Predestinação
"Como também nos elegeu nele
antes da fundação do mundo..."
Efésios 1:4

Consideremos com a maior sensibilidade este tema bíblico que não é muito
conhecido: A PREDESTINAÇÃO. Isto está muito claro nas Sagradas Escrituras.
Sem dúvida há pessoas que atuam como se pudesse obrigar Deus a fazer determi-
nada coisa , como se Ele houvesse esquecido de algo, ou como se existissem
certas cenas nos acontecimentos da vida humana que Deus não tivesse conheci-
mento. Porém, estamos certos que ninguém pode surpreender a Deus; Ele sabe
tudo desde o princípio; Ele olha adiante com a mesma facilidade com que olha para
trás. Portanto as decisões de Deus são sábias e firmes.
De modo que Deus em seu conhecimento antecipado elege, rejeita, decreta
ou fala, o que logo chega a suceder no tempo que Ele mesmo tem determinado.
A predestinação é a decisão soberana de Deus de eleger ou rejeitar.
Porque a palavra da promessa é esta: Por este tempo virei, e Sara terá um
filho.
E não somente esta, mas também Rebeca, quando concebeu de um, de Isaque,
nosso pai.
Porque, não tendo eles ainda nascido, nem feito bem ou mal (para que o
propósito de Deus, segundo a eleição, ficasse firme, não por causa das obras, mas
por aquele que chama),
Foi-lhe dito a ela: O maior servirá o menor.
Como está escrito: Amei Jacó e aborreci Esaú.
(Romanos 9:9-13)
Esta Escritura prova que Deus elege como quer e para o que quer. Assim que
o homem forçosamente cumprirá o que Deus tem decretado.
Logo pois compadece-se de quem quer, e endurece a quem quer.
(Romanos 9:18)
Assim, pois, isto não depende do que quer, nem do que corre, mas de Deus,
que se compadece.
(Romanos 9:16)
Deus em sua soberania elege as suas criaturas para seus propósitos, e nin-
guém pode impedí-lo nem dizer que há injustiça em Deus.
“Que diremos pois? Que há injustiça da parte de Deus? De maneira nenhu-
ma.” (Romanos 9:14)
Agora, Deus não está sujeito às circunstâncias, não desenvolve seus planos
às cegas, nem determina algo à última hora. E como um engenheiro que quando tem
que fazer uma construção; esse homem não pede o material de qualquer maneira,
nem qualquer tipo de material; senão que ele planifica tudo de antemão; sabe o que
tem que pedir e no que utilizará. Deus não é menos que isto, porque como Criador e
18
Dono conhece todas as coisas antecipadamente desde o princípio. De modo que
nada surpreende a Deus; nem o bem do santo, nem a extrema maldade do ímpio.
Agora, se perguntamos como Deus predestina? Não seríamos capazes de
explicar-lhe por causa da limitação humana; porém sabemos que Deus como um
ser, tem seus pensamentos, e isto são seus atributos. E como um arquiteto ou pintor,
eles têm primeiro seus pensamentos; logo os expressam e os levam a cabo.
Os pensamentos de Deus são perfeitos e quando Ele chega a expressá-los,
constituem seus planos perfeitos. O que Ele tem tido em sua mente chega a ser uma
realidade no tempo que Ele tem determinado.
Porque os que dantes conheceu, também os predestinou para serem confor-
mes à imagem de seu filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos
irmãos.
E aos que predestinou a estes também chamou; e aos que chamou a estes
também justificou; e aos que justificou a estes também glorificou. (Romanos 8:29-
30)
Os predestinados estão nos pensamentos de Deus desde o princípio; porém
em determinado tempo se manifestam sobre a terra. São conhecidos e predestina-
dos por Deus desde a eternidade, porém quando se manifestam neste mundo, então
Deus os chama, justifica e glorifica.
Há predestinados para uma coisa e para outra: uns para ser salvos aceitando
e obedecendo a Verdade de Deus; e outros para perder-se rejeitando a Verdade.
Isto o ensina a Escritura com toda a claridade.
Ou não tem o oleiro poder sobre o barro, para da mesma massa fazer um
vaso para honra e outro para desonra? E que direis se Deus, querendo mostrar a
sua ira, e dar a conhecer o seu poder, suportou com muita paciência os vasos da ira,
preparados para perdição?
Para que também desse a conhecer as riquezas de sua glória nos vasos de
misericórdia, que para glória já dantes preparou, (Romanos 9:21-23)
Então o Supremo Oleiro prepara uns para morte e outros para Sua glória. Isto
parece muito duro, porém é a verdade que tinha que sair a luz nesta era final da
igreja, porque assim o tinha prometido o Senhor.
Jacó e Esaú nasceram de um mesmo pai e de uma mesma mãe; sem dúvida,
foram completamente diferentes em caráter e em tudo; porém Deus conhecendo isto
antecipadamente e para que seu propósito conforme a eleição e predestinação per-
manecesse, escolheu amar a Jacó e aborrecer a Esaú. Nisto não há injustiça, por-
que Deus conhece todas as coisas. E como Deus é justo, sempre faz o melhor; ainda
que agora nós não o entendamos.
Nossa resposta a esta eleição tem sua base em Deus, quem toma a iniciativa
ainda antes de que nasçamos. Por essa razão o Senhor disse a seus discípulos:
"Não me escolhestes vós a mim, mas eu vos escolhi a vós, e vos nomeei, para que
vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça; afim de que tudo quanto em meu
nome pedirdes ao Pai ele vô-lo conceda.” (João 15:16) Tampouco foram
determindadas circunstâncias , nem obras de casualidade, o que mudou o rumo da
vida de Paulo ali no caminho de Damasco senão que assim estava determinado por
Deus desde o principio. Ele o havia escolhido desde o ventre de sua mãe como um
vaso para sua glória. “Mas, quando aprouve a Deus, que desde o ventre de minha
mãe me separou, e me chamou pela sua graça, revelar o seu Filho em mim, para
19
que o pregasse entre os gentios, não consultei a carne nem o sangue.” (Gálatas
1:15-16). Jeremias também é outro exemplo claro da predestinação. “Antes que te
formasse no ventre te conheci, e antes que saísses da madre, te santifiquei: às
nações te dei por profeta.” (Jeremias1:5).
Isto demonstra a completa soberania de Deus em sua eleição, na qual Ele
participa só. “Porque quem entendeu a mente do Senhor? Ou quem foi seu conse-
lheiro? (Romanos 11:34). Quem estava com Deus ali no principio para dizer-lhe o
que tinha que fazer? “Porque dele e por ele, e para ele, são todas as coisas...” (Ro-
manos 11:36). Isto tira toda vanglória; porque não podemos fazer nada por nós
mesmos. “Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que edificam;”
(Salmos 127:1). Também diz a Escritura: “Assim, pois, isto não depende do que
quer, nem do que corre, mas de Deus, que se compadece.” (Romanos 9:16). Sabe-
mos que nem ainda a fé que uma pessoa professa, é sua, senão de Deus; pois está
escrito: “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom
de Deus.”
( Efésios 2:8-9)
Paulo escrevendo aos Efésios disse: "Como também nos elegeu nEle -Cristo-
antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante
dele em caridade; e nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo, para si
mesmo, segundo o beneplácito de sua vontade.'' De modo que os predestinados
foram escolhidos em Cristo antes da fundação do mundo; e tudo isto foi por desejo
e determinação de Deus. Os filhos de Deus têm estado com Ele desde o princípio,
porque estavam em Seus pensamentos; e Seus pensamentos são eternos. Deus
pensou nos seus desde o princípio; é dizer, desde a eternidade.
Tudo isto revela que o plano e propósito de Deus para com seus filhos, está
decretado desde o princípio. Agora nós temos feito presentes neste plano em nosso
tempo; como os apóstolos, profetas e demais filhos de Deus se fizeram presentes
em seu tempo; porém tudo estava estabelecido desde o princípio.
Milhares de anos antes de que Jesus nascesse ali em Belém, na mente de
Deus, já havia morrido por nossos pecados; assim também os predestinados para
salvação têm seus nomes no livro da vida desde a eternidade.''E adoraram-na todos
os que habitam sobre a terra, esses cujos nomes não estão no livro da vida do
cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo.'' (Apocalipse 13:8) . Isto não é
algo novo que acontece hoje. Isto é um fato desde o princípio. Assim como estáva-
mos nos lombos de nosso pai terreno antes que fôssemos manifestos sobre a terra;
de igual maneira, se não houvéssemos estado nos pensamentos de Deus desde o
princípio, jamais haveríamos podido chegar a ser Seus filhos. Os que hoje são filhos
de Deus, estavam em seus lombos, em seus pensamentos, desde o princípio. ''E
nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o
beneplácito de sua vontade... Em quem temos a redenção pelo seu sangue, a remis-
são das ofensas, segundo as riquezas da sua graça. Que Ele fez abundar para
conosco em toda a sabedoria e prudência; descobrindo-nos o mistério da sua vonta-
de, segundo o seu beneplácito, que propusera em si mesmo, de tornar a congregar
em Cristo todas as coisas, na dispensação da plenitude dos tempos..." Tudo, segun-
do o plano de Deus, é reunido em Cristo; o qual foi imolado antes da fundação do
mundo para redimir aos seus, seus filhos predestinados.
ORDENADOS PARA TROPEÇAR
20
''Eis que ponho em Sião a pedra principal da esquina, eleita e preciosa; e
quem nela crer não será confundido.
E assim para vós, os que credes, é preciosa, mas, para os rebeldes, a pedra
que os edificadores reprovaram essa foi a principal da esquina:
E uma pedra de tropeço e rocha de escândalo, para aqueles que tropeçam na
palavra, sendo desobedientes; para o que também foram destinados." (I Pedro 2:6-
8).
Havendo visto o que corresponde à predestinação dos filhos de Deus, quere-
mos abordar a predestinação dos que estão ordenados a tropeçar. Podemos ver que
existem diversas plantas no campo: Há trigo como também há joio. Cada um tem
seu propósito no plano de Deus. Numa casa há também diferentes vasos, porque
Deus, o Supremo Oleiro, faz como Ele quer. Então, sem dúvida, há pessoas predes-
tinadas para obedecer a palavra de Deus, como também há os que estão ordenados
para tropeçar nela. Assim tem sucedido em cada era; esta não pode ser exceção.
Os que tropeçam crêem que têm razões para obras como obram porque não
sabem que estão tropeçando com a palavra; pois estão cegos e não o sabem. Não
lhes tem sido revelado pelo que estão tropeçando; não o podem ver porque estão
ordenados para tropeçar, como ensina a escritura. Ao contrário outros estão predes-
tinados para obedecer, como diz o apóstolo Pedro:...
...''Eleitos segundo a preciência de Deus Pai, em santificação do Espírito,
para a obediência e aspersão do sangue de Jesus Cristo; graça, e paz vos seja
multiplicada.'' (I Pedro 1:2).
Uma pessoa ordenada para obedecer, ao fim se achará ao lado da Palavra.
Ninguém pode alterar esse rumo, pois tem sido elegido para obedecer. O que desde
o princípio Deus dispôs que fôssemos, isso seremos; por essa razão afirmamos que
o trigo será trigo toda a vida, e o joio será joio. O natural ilustra o espiritual. Se no
natural não podemos mudar um gênero para outro, porque a lei do criador é que
cada gênero se reproduz conforme a sua semente, então no espiritual é o mesmo.
Agora, o mais significativo de tudo isto, é que a pedra de tropeço é o mesmo
Jesus Cristo, a Palavra; com a qual tropeçam os mesmos edificadores. São os mes-
mos que estão edificando que tropeçam na Palavra, e não o sabem. Eles crêem
edificar. O tropeço destes edificadores é nada menos que a mesma Palavra de Deus;
e não escapar a isto porque assim esta escrito: "Pedra de tropeço, e rocha de escân-
dalo para aqueles que tropeçam na Palavra, sendo desobedientes, para o qual fo-
ram também 'ORDENADOS.'' Ao não ser predestinado para obedecer a Palavra, se
rebelam e se fazem inimigos da Palavra; lutam contra ela, e ainda assim pretendem
servir a Deus.
Muitos aparentam como gente escolhida de Deus; porém quando chega a
Palavra, então se manifesta o que em verdade são. Jesus disse:
''Se eu não viera, nem lhes houvera falado, não teriam pecado, mas agora
não têm desculpa do seu pecado." (São João 15:22).
Na Escritura podemos ver que Datã, Coré e Abirão saíram do Egito com Moisés
e caminharam com todo povo pelo deserto. A Palavra estava manifestada em Moisés.
Obedecer a Moisés era obedecer a Palavra. Ele era o profeta de Deus, e a Palavra
vem somente aos profetas. Datã e Coré tropeçaram na Palavra quando menospre-
zaram e desobedeceram a Moisés. Eles se rebelaram contra a maneira de Moisés
conduzir as coisas; porém ele estava fazendo tudo conforme a Palavra. Eles creram
21
que as coisas deveriam conduzir-se de outra maneira; portanto, reuniram duzentos e
cinqüenta varões principais, e logo toda a congregação, com o fim de desprezar a
Moisés. Eles se rebelaram contra a Palavra de Deus; sem dúvida, creram ter razão
ao ir contra Moisés, o qual tinha a Palavra. Os que tropeçam, têm seus argumentos
que parecem razoáveis; porém Deus tem uma só maneira de dirigir as coisas, e isto
é conforme a sua Palavra. Ao ouvir a Palavra, eles duvidam, menosprezam, comen-
tam mal, julgam e criticam, ridicularizam e a combatem. Seu principal objetivo é
achar falta na Palavra e nas pessoas que crêem. Logo buscam, como Coré, Datã e
Abirão a quem contaminar (Números 16). Se na congregação há outros com a mes-
ma natureza, então muito em breve conseguem apoio para persistir na sua rebelião
contra a Palavra; como sucedeu com aqueles. A Escritura ensina que os que trope-
çam na Palavra, são desobedientes; porém esta desobediência é para a Palavra da
hora. Não a podem obedecer, mas obram contrário a ela. Por que a desobedecem?
Porque foram ordenados, predestinados, para tropeçar na Palavra.
''Porque, havendo-a alguns ouvido, o provocaram; mas não todos os que
saíram do Egito por meio de Moisés.
Mas com quem se indignou por quarenta anos? Não foi porventura com os
que pecaram, cujos corpos caíram no deserto?
E a quem jurou que não entrariam no seu repouso, senão aos que foram
desobedientes?
E vemos que não puderam entrar por causa da sua incredulidade." (Aos
Hebreus 3:16-19).
Por esta Escritura podemos ver que a raiz da desobediência é a Incredulida-
de. O que tropeça é um incrédulo para a Palavra. Um incrédulo é quem não tem a
Palavra em seu coração; ainda que possa suceder que por um pouco de tempo
aparente tê-la, porém finalmente obrará contrário a Palavra porque não há semente
de Deus nele. Este foi o caso de Judas; um homem que, segundo diz a Escritura foi
escolhido, chamado para estar com os discípulos, porém estava ordenado para tro-
peçar. Andou todo o ministério com o Senhor, e todos criam que ele era igual aos
demais. Era de tal confiança no grupo que guardava o tesouro; e em alguns casos
fez alarde de grande zelo. Quanto tempo Judas pôde durar assim? O tempo neces-
sário para que revelasse o que ele era. Se não tinha a Palavra, como podia obedecê-
la? Tinha que chegar o tempo em que se manifestaria o que estava por dentro. Judas
tropeçou na Palavra; foi um incrédulo para a Palavra. O pecado que condena o mun-
do é a incredulidade; as demais coisas são atributos do pecado . ''Mas quero lem-
brar-vos, como a quem já uma vez soube isto, que, havendo o Senhor salvo um
povo, tirando-o da terra do Egito, destruiu depois os que não creram.'' (Judas 5)
A mesma Palavra que serve de gozo aos obedientes, serve de tropeço aos
rebeldes; a mesma Palavra que é gozo e bênção para uns, é escândalo e tropeço
para outros. As mesmas águas que levantaram Noé na arca, foram as que afogaram
aos incrédulos. ''Quem é sábio, para que entenda estas coisas? Prudente, para que
as saiba? Porque os caminhos do Senhor são retos, e os justos andarão neles, mas
os transgressores neles cairão.'' (Oséias 14:9)
Têm existido duas correntes humanas desde o mesmo princípio, as quais se tem
estendido por todas as partes do mundo. Ainda que dois seres (sejam varões ou fême-
as) pareçam iguais porque estão dentro da raça humana; sem dúvida podem ser se-
mentes diferentes, porque a Escritura declara que há filhos de Deus e filhos do diabo.
22
O Senhor Jesus Cristo disse para a nata da sociedade, os religiosos de seu
dia: “Vós sois de vosso pai, o diabo." Isto prova que há duas correntes humanas; as
quais chegam até o tempo atual. A ignorância desta verdade tem levado muitos a
crer que Deus está obrigado a salvar a todos; e por essa razão têm chegado a pen-
sar que é injustiça predestinar a uns para honra e outros para desonra. Ignoram que
é impossível que alguém que não seja filho de Deus, possa obedecer a Palavra até
o fim. Caim é o melhor exemplo disto. Deus para Caim e para sua oferta não atentou.
E irou-se Caim fortemente, e descaiu-lhe o seu semblante. E o Senhor disse a Caim:
"Por que te iraste? E por que descaiu o teu semblante? Se bem fizeres, não haverá
aceitação para ti? E se não fizeres bem, o pecado jaz à porta, e para ti será o seu
desejo, e sobre ele dominarás'' ( Gênesis 4:5-7). Desta maneira Deus está dizendo
a Caim que fizesse como seu irmão Abel para que fosse aprovado; porque Abel tinha
oferecido um sacrifício conforme a sua vontade; porém Caim em vez de obedecer a
Deus, se rebelou contra a Palavra. Escolheu o pecado antes que a obediência à
Palavra. Caim rejeitou o conselho de Deus e tomou sua própria eleição; pois em vez
de oferecer o sacrifício que Deus lhe sugeriu, derramou o sangue de seu irmão. Isto
mostra claramente que há pessoas que por sua natureza não podem obedecer a
Deus; porque não há neles lugar para a Palavra de Deus.
Sendo que Deus não obriga as pessoas a obedecer-lhe, porque cada indiví-
duo tem livre arbítrio, então quem pode obrigar a Deus escolher alguém que não O
ama e nem Lhe quer obedecer? Será Deus injusto por não obrigar a um desobedien-
te a ser-Lhe fiel? Se você não quer nada com Deus, nem quer obedecer sua Palavra,
será Deus injusto porque não o obriga? Deus predestina por seu conhecimento an-
tecipado, porque Ele sabe com antecipação quem Lhe obedecerá e quem não o
fará. As pessoas que não desejam servir a Deus aqui, tampouco quererão fazê-lo lá.
A Escritura diz: ''Como a árvore cai, assim fica.'' Isto ensina que como a pessoa
morre, assim aparecerá mais além.
Diante de todos está o caminho da vida e o caminho da morte. Os filhos de
Deus tomam o caminho da vida porque estão predestinados para isso, sua natureza
é obedecer a Deus; porém a outra semente escolhe sempre o caminho contrário a
Palavra, porque estão ordenados para tropeçar. Então serão julgados de acordo
com sua atitude para com a Palavra. Será um juízo justo porque cada um tem feito
as obras de acordo com seu livre arbítrio. ''De maneira que cada um de nós dará
conta de si mesmo a Deus''. (Romanos 14:12) . ''Porque todos devemos comparecer
ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio
do corpo, ou bem, ou mal." (II Corintios 5:10).
Os predestinados para vida são atraídos a Deus e a sua Palavra como as
partículas de ferro são atraídas por um "eletroimã", os metais que não são da mes-
ma natureza do Eletroimã não podem ser atraídos porque não respondem a suas
ondas magnéticas. Algo parecido sucede com os seres humanos; porque quando
Deus, o grande "Eletroimã'', exerce sua atração, respondem somente os que possu-
em de sua natureza, os que têm a semente de Deus. O eletroimã não depende das
partículas de metal, senão as partículas de metal do eletroimã, assim como a pessoa
predestinada depende de Deus. Ele exerce atração sobre as pessoas, porém estas
manifestam seu livre arbítrio recebendo ou rejeitando o chamamento; porém quando
há harmonia entre o que atrai e o que é atraído, então se fundem numa só coisa. A
semente predestinada harmoniza com Deus, porque são elegidos em Cristo - A PA-
23
LAVRA - desde antes da fundação do mundo. ''Porque os que dantes conheceu
também os predestinou... E aos que predestinou a estes também chamou; e aos que
chamou a estes também justificou” (declarou inocentes) (Romanos 8:29-30).
A semente predestinada também se manchou no pecado como os demais;
porém, contrário a Caim e seus descendentes, quando ouve a Palavra, a obedece e
abandona toda coisa contrária a ela; ao contrário Caim e seus descendentes, resis-
tem a Palavra e tomam o caminho da rebelião, O sangue não pode advogar hoje por
eles, porque tampouco o fez no princípio; ao contrário, para os filhos de Deus é a
promessa:
''No qual temos redenção por seu sangue, a remissão dos pecados pelas
riquezas de sua graça.'' (Efésios 1:7).
''Mas, se andarmos na luz, como Ele na luz está, temos comunhão uns com
os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo o pecado.'' (I
São João 1:7).
Tendo conhecimento antecipado, Deus elege ou rejeita. De modo que nin-
guém lhe pode acusar Deus de injustiça. E no mais Deus é soberano e faz as coisas
conforme ao conselho de sua vontade. Ninguém pode acusar a Deus de injustiça,
porque Ele em sua soberania faz como quer.
''Agora cinge os teus lombos, como homem; e perguntar-te-ei, e tu responde-
me. Onde estavas tu, quando eu fundava a terra? Faze-mo saber, se tens inteligên-
cia. Quem lhe pôs medidas, se tu o sabes? Ou quem estendeu sobre ela o cordel?
Sobre que estão fundadas as suas bases, ou quem assentou a pedra de esquina,
quando as estrelas da alva juntas alegremente cantavam, e todos os filhos de Deus
rejubilavam?'' (Jó 38:3-7).
''Porventura o contender contra o todo-poderoso é ensinar? Quem assim argue
a Deus, responda a estas coisas". (Jó 40:2).
Sobretudo temos que entender que Deus é Soberano, e quando Ele obra em
sua soberania, ninguém Lhe pode acusar de injustiça, porque Deus é justo em tudo,
e predestina em justiça; e ninguém pode instruir-lhe nem aconselhar-lhe, como diz a
Escritura:
''Ó profundidade das riquezas, tanto da sabedoria, como da ciência de Deus!
Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis os seus cami-
nhos!
Por que quem compreendeu o intento do Senhor? Ou quem foi seu conselhei-
ro?
Ou quem lhe deu primeiro a Ele, para que lhe seja recompensado?"
(Romanos 11:33-36)

24
CAPÍTULO 6
Caim e sua descendência
“A Semente da Serpente”

“E falou Caim com o seu irmão Abel: e sucedeu que,


estando eles no campo, se levantou Caim contra o seu
irmão Abel, e o matou.”
(Gênesis 4:8)

As Sagradas Escrituras nos falam de ovelhas e cabritos (Mat. 25:32-33),


árvores boas e árvores más (Mat. 7:17-20), trigo e joio (Mat. 13:24-30), vasos de
honra e vasos de desonra (II Tim. 2:2-20), filhos de Deus e filhos do diabo (I São
João 3:10).
Os filhos de Deus, são gerados por Deus. “Os quais não nasceram do san-
gue, nem da vontade da carne, nem da vontade do varão, mas de Deus.” (S. João
1:13). “Sendo de novo gerados, não da semente corruptível, mas da incorruptível,
pela Palavra de Deus, viva e que permanece para sempre.” (I. S. Ped. 1:23). Este
gerado de Deus, é um novo nascimento, “Jesus respondeu e disse-lhe: Na verdade
na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de
Deus.” (São João 3:3). De modo que os filhos de Deus nascem de Deus porque são
gerados por Ele. Eles tem tido sua origem em Deus desde o princípio, e tem sido
manifestados na era em que Ele os tem querido manifestar. Isto se pode ilustrar com
a vida natural: Nós estivemos nos lombos de nossos pais muito antes que fôssemos
feitos manifestos neste mundo. Um homem com capacidade para gerar, tem seus
filhos em seus lombos, até que pelos laços santos do matrimônio se fazem manifes-
tos. Assim também os filhos de Deus, estavam em Deus desde o princípio e, ao seu
tempo, Ele os gerou por Sua Palavra. A Palavra de Deus é a semente incorruptível
que gera os filhos que nascem em Seu reino.
Assim como nascemos no natural, também nascemos no espiritual. “E assim
como trouxemos a imagem do terreno, assim traremos também a imagem do celestial.”
(I Cor. 15:49). Assim como aparecemos com a imagem de nossos pais no natural,
também mostraremos a imagem de nosso Pai espiritual. Encerramos como um mis-
tério esta dupla natureza: A humana e a espiritual.
Adão não teve pai terreno, pois Deus o gerou por Sua Palavra, o fez à Sua
imagem e semelhança, logo o fez participante de carne e sangue, pois o criou, um
corpo do pó da terra.
“E, visto como os filhos participam da carne e do sangue, também Ele partici-
pou das mesmas coisas, para que pela morte aniquilasse o que tinha o império da
morte, isto é o diabo;” (Heb. 2:14).
De modo que os filhos de Deus tem que vir por esta linha: Espiritualmente são
gerados pela Palavra de Deus, e humanamente vem de Adão seu pai terreno. Os
FILHOS DE DEUS não podem vir por outra via.
“Porque, assim como TODOS morrem em Adão, assim também TODOS se-
rão vivificados em Cristo” (I. Cor. 15:22). Todos os descendentes de Adão, morrem
25
por causa do pecado, porém em Cristo, o último Adão, serão vivificados por causa
de Sua justiça. Esta será a sorte de TODOS os que vem por Adão.
Se os FILHOS DE DEUS descendem de Adão, segundo a carne, e espiritual-
mente são gerados pela Palavra de Deus, então de onde vem os filhos do diabo?
Esta é uma pergunta que deve ser respondida, porque não podemos ser filhos de
Deus e ao mesmo tempo filhos do diabo. E um filho do diabo nunca pode chegar a
ser filho de Deus, como tampouco um filho de Deus pode chegar a ser um filho do
diabo; porque são de naturezas diferentes. Um porco não pode chegar a ser ovelha,
nem ovelha pode converter-se em porco.
Nisto são manifestos os filhos de Deus, e os filhos do diabo. Qualquer que
não pratica a justiça, e não ama a seu irmão, não é de Deus. (I S. João 3:10).
Pode suceder que um filho de Deus caia em uma trama do diabo e cometa um
pecado; como também pode um filho do diabo imitar as coisas de Deus; entretanto
conservam naturezas diferentes, e no fim se manifestará o que tem por dentro. O
trigo sempre será trigo, e o joio sempre será joio. São duas sementes diferentes,
ainda que são muito parecidas. Ambas vivem no mesmo campo e se alimentam da
mesma chuva e do mesmo sol, porque Deus “faz que o seu sol se levante sobre
justos e injustos” (Mat. 5:45). Entretanto são sementes diferentes, as quais se repro-
duzem segundo seu gênero, porque assim o tem decretado o Senhor: “Produza a
terra ervas verdes, erva que dê semente, árvore frutífera que dê fruto segundo a sua
espécie, cuja semente esteja nela sobre a terra” (Gênesis 1:11). Cada semente se
reproduz segundo seu gênero. Isto sucede tanto no natural como no espiritual. Uma
semente de milho produzirá milho toda a vida.
Na parábola do trigo e do Joio, diz: “O reino dos céus é semelhante ao ho-
mem que semeia boa semente em seu campo...” Este semeador representa o Filho
do Homem plantando os filhos do reino; “Mas dormindo os homens, veio o inimigo, e
semeou o joio no meio do trigo, e retirou-se.” este outro semeador representa o
diabo, plantando seus filhos no campo. Ambos, tanto Deus como o diabo, tem plan-
tado seus filhos, porém toda a planta que não tem sido plantada pelo Pai Celestial,
será arrancada. (Mat. 15:13). Assim que há dois semeadores e duas sementes dife-
rentes.
O inimigo não pode alterar a semente original representada no trigo, porém
introduziu outra semente no campo, e desta maneira o misturou. Hoje estas duas
sementes estão misturadas no mundo, porém guardam separação em seu gênero
porque são de naturezas diferentes. Podem nascer juntas e viver uma ao lado da
outra; porém trigo produzirá trigo, e joio produzirá joio. Cada semente se reproduzirá
conforme o seu gênero. “Qualquer que é nascido de Deus não comete pecado; por-
que sua semente permanece nele; e não pode pecar, porque é nascido de Deus” (I.
João 3:9). Esta semente de Deus não se pode misturar, pode permanecer ao lado
de outra semente diferente, porém sempre conserva sua natureza original, porque
tem sido gerada por Deus; portanto conserva as características de seu Pai e se
distingue no mundo como filho de Deus. Os filhos de Deus tiveram sua origem em
Deus, e os filhos do diabo tiveram sua origem no diabo; porque o diabo tem semente
e a tem semeado neste mundo. Agora, se os filhos de Deus, procedem espiritual-
mente de Deus e no natural descendem de Adão, então os filhos do diabo tem que
proceder espiritualmente do diabo, e no carnal tem que ter também seu pai.
“Vós tendes por pai ao diabo, e quereis satisfazer os desejos do vosso pai;
26
ele foi homicida desde o princípio e não se firmou na verdade, porque não há verda-
de nele...” (João 8:44).
O Senhor Jesus Cristo declarou a estes judeus que desejavam matar-lhe,
sua verdadeira procedência e também sua descendência natural. Espiritualmente
eram filhos do diabo e no natural eram filhos do homicida desde o princípio, o qual é
CAIM.
“Não como Caim, que era do maligno, e matou a seu irmão. E porque causa o
matou? Porque suas obras eram más e as de seu irmão justas” (I. João 3:12).
Desta maneira o Senhor Jesus Cristo mostra donde se originaram os filhos
do diabo e quando foi que este inimigo começou semeando sua má semente no
campo, Foi lá no mesmo jardim do Éden. No mesmo princípio vemos o joio no campo
ao lado do trigo: Caim com Abel. E lá no princípio esta besta matou a seu irmão Abel.
Abel descendia espiritualmente de Deus e naturalmente de Adão e a Escritura o
declara justo. Ao contrário Caim é chamado filho do diabo; porém QUEM SERIA
SEU PAI CARNAL? Porque Adão não podia produzir uma besta como Caim. A natu-
reza de Adão podia gerar um justo como Abel, porém não podia produzir um filho do
diabo, como tampouco o trigo pode produzir joio.
E disse o Senhor Deus a mulher: Porque fizeste isto? E disse a mulher: A
serpente me enganou, e eu comi. Então o Senhor Deus disse à serpente: porquanto
fizeste isto, maldita serás mais que toda besta e mais que todos os animais do cam-
po: sobre teu ventre andarás, e pó comerás todos os dias da tua vida. E porei inimi-
zade entre ti e a mulher, entre a tua semente e a sua semente, esta te ferirá a cabeça
e tu lhe ferirás o calcanhar. (Gênesis 3:13-15).
É conveniente tirarmos a idéia de que o animal denominado aqui “a serpente”
era como o ofídio que normalmente chamamos “cobra”. Fixe-se você na maldição
lançada por Deus sobre este animal depois da queda no jardim do Éden: “Então o
Senhor Deus disse a serpente: por quanto isto fizeste, maldita serás mais que todas
as bestas e animais do campo; SOBRE O TEU VENTRE ANDARÁS, e pó comerás
todos os dias da tua vida.” (Gen. 3:14). Não podemos definir qual era a sua forma
antes desta maldição, porém tinha que ser um animal ERECTO, porque de outra
maneira não teria sentido estas palavras do Senhor. Também sabemos que era mais
ASTUTO que todos os outros animais do campo, de modo que somente o homem o
superava. “Ora, a serpente era mais ASTUTA, que todos os animais do campo...
(Gên. 3:1). Nesta expressão está encerrado a capacidade que tinha este animal;
pois podia arrazoar, mentir, seduzir recordar, etc.”
O primeiro que fez com Eva, este astuto ser, foi arrazoar sobre o que ele
sabia que Deus havia dito. Fixe-se como introduziu seu arrazoamento. “É assim que
Deus disse: Não comereis de toda a árvore do jardim?” Este é um arrazoamento
sutil, o qual revela a semelhança desta besta com o homem. Este animal estava
falando com Eva: Falava como homem e ademais conhecia o idioma de Adão e Eva.
Esta besta foi criada com esta capacidade. Era um ser muito semelhante ao homem.
Em seu arrazoamento pode-se ver sua grande astúcia: “É assim que Deus disse:
Não comereis de toda a árvore do jardim? Isto era como dizer-lhe: “Tu crês isso que
Deus te tens dito? “Era um argumento sumamente astuto pelo qual fazia Deus men-
tiroso. Seu propósito era que Eva duvidasse da Palavra de Deus e crê-se no
arrazoamento que ele estava expondo. Fixemo-nos na inteligência e sagacidade
deste animal. Geralmente há a tendência de passar por alto suas qualidades tão
27
parecidas com as do homem, porque pensamos que o diabo era quem estava fazen-
do tudo isto; porém recordemos que o diabo não pode criar nada; ele somente usa e
perverte o que já existe. O diabo somente estava usando a capacidade deste animal
para consumar sua maldade. Esta besta não era como um papagaio a quem pode-
mos ensinar-lhe a repetir algo; era um animal astuto, o qual em seu arrazoamento
havia formulado uma pergunta que exigia uma resposta.
“E a mulher disse à serpente: do fruto das árvores do jardim comeremos; mas
do fruto da árvore que está no meio do jardim disse Deus: não comereis dele, nem
nele tocareis para que não morrais.” (Gên. 3:2-3).
Devemos notar que Eva não estranhou a conversação da serpente, ela o
recebeu como algo normal, dando a entender que ela sabia que esta besta falava
como o homem portanto ela lhe respondeu a pergunta com o que sabia que Deus
havia dito, entretanto, a seta diabólica entrou em Eva, e a serpente se atreveu a
fazer uma afirmação contrária ao que Deus havia dito: “Então a serpente disse à
mulher: Certamente não morrereis”. (Gên. 3:4). Isto era uma mentira. Esta besta
tinha capacidade para mentir e não somente mentiu, porém que com seu argumento
pôs a Deus por mentiroso. O propósito da serpente era que Eva comesse o que se
lhe havia proibido. Este animal estava inspirado pelo diabo, porém sem dúvida, que
ele também havia posto sua capacidade a disposição de Satanás; portanto o malig-
no o tomou como instrumento para semear sua semente dentro do gênero humano e
assim continuar na terra o que havia começado no céu; por essa razão a Escritura o
chama a serpente antiga, pois esta besta foi a cúmplice do diabo na queda de Adão
e Eva. Assim como encontramos hoje homens que são inspirados diabolicamente
para fazer o mal, da mesma maneira a serpente foi inspirada pelo diabo para fazer o
que fez.
Fixe-se como argumento este animal: “Porque Deus sabe que no dia em que
dele comerdes se abrirão os vossos olhos, e sereis como Deus, sabendo o bem e o
mal” (Gên. 3:5). Este animal estava tratando de despertar na mente de Eva o desejo
de adquirir sabedoria e de ser igual a Deus. Este argumento a cativou e, em sua
mente, ela deu crédito para as palavras da serpente e duvidou da Palavra de Deus.
Ali foi enganada pela serpente e caiu ao acertar seu arrazoamento; logo tudo o de-
mais foi fácil. A Bíblia diz que a serpente a seduziu: “E Adão não foi ENGANADO,
mas a mulher, sendo SEDUZIDA, veio a cair em transgressão.” (I Tim. 2:14).
A tradição afirma que Eva comeu uma maçã (ou uma fruta natural) e que o
pecado esteve na desobediência, porém Paulo ensina que a serpente a ENGANOU
e a SEDUZIU. E todos sabemos o que sucede quando um homem engana e seduz
uma mulher. Isto não é assunto de se comer uma fruta natural, porém algo mais
grave. O apóstolo Paulo escrevendo aos Coríntios faz isto ainda mais claro:
Porque estou zeloso de vós com zelo de Deus; Por que os tenho preparado
para vos apresentar como uma virgem pura a um marido, a saber, Cristo. Mas temo
que, como a serpente enganou a Eva com sua astúcia, assim também seja de algu-
ma sorte corrompidos os vossos sentidos...” (II Coríntios 11:2-3).
Paulo está falando da Igreja como uma virgem pura, a qual ele tem preparado
a um marido, Cristo; porém em seguida diz que teme que suceda o que fez a serpen-
te com Eva; é dizer, Paulo relaciona a Eva com uma virgem pura, quem antes de se
unir a seu legítimo marido, foi enganada e seduzida pela serpente astuta. A mesma
Eva confessou ao Senhor que a serpente a havia enganado e ela havia comido do
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fruto proibido.
Então o Senhor Deus disse à mulher: Que é o que tens feito? E disse a mu-
lher: A serpente me enganou e eu comi. (Gên. 3:13).
Deus quis deixar este mistério envolto em um simbolismo; portanto aqui não
está se referindo a comer-se um alimento natural. Isto o podemos ver mais claro em
outras porções das Escrituras Sagradas:
“Tal é o caminho da mulher adúltera: Ela come e limpa a sua boca e diz: não
cometi maldade.” (Prov. 30:20). Isto não significa que uma mulher adúltera por co-
mer frutas ou algum alimento natural, porém um simbolismo que representa o ato
sexual.
O pecado original não foi comer maçãs ou qualquer outro fruto natural, porém
o pecado de adultério e fornicação e isto mesmo tem sido a arma mais poderosa do
diabo através de todos os tempos e nesta era está mais generalizado do que em
qualquer outra. A grande corrupção hoje consiste na perversão do sexo, porque ali
começou o pecado original.
A serpente, astuta mais que todos os animais do campo, inspirada por Sata-
nás, enganou e seduziu a mulher, como o ensinou o apóstolo Paulo: E Adão não foi
enganado, mas a mulher sendo enganada, caiu em transgressão. (I Tim. 2:14). E já
sabemos o que sucede quando um homem engana e seduz uma mulher. Assim que
o pecado de Eva não foi o de se comer uma fruta natural, senão o pecado de adulté-
rio, foi infiel a Adão. A Escritura diz: “Tal é o caminho da mulher adúltera, COME e
limpa a sua boca e diz: “não cometi maldade.” (Prov. 30:20). Aqui a Escritura encerra
no ato de comer, o pecado da mulher adúltera. “E disse a mulher: A serpente me
enganou e eu COMI”. (Gên. 3:13).
Neste ato, a serpente deixou sua semente em Eva; e ainda que esta besta
perdesse sua forma original pela maldição lançada por Deus, sem dúvida sua se-
mente sobreviveu. A semente da serpente foi Caim, a quem a Escritura chama “FI-
LHO DO MALIGNO”, porque o diabo foi seu pai espiritual, e a serpente seu pai
natural. Por esta razão a Escritura afirma que há filhos de Deus e filhos do diabo. Os
filhos de Deus vem por Adão, e os filhos do diabo vem por Caim. Talvez ninguém
possa distingui-los no físico, porém no espiritual tem grandes diferenças. Sem dúvi-
da, tanto um como outro são religiosos. Foi num ato religioso que Caim irou-se con-
tra seu irmão Abel; pois ambos trouxeram sua oferta a Deus, porém o zelo de Caim
o levou até a matar seu irmão Abel.
“E conheceu Adão a Eva, e ela concebeu e teve a Caim, e disse: alcancei do
Senhor um varão. E teve mais a seu irmão Abel”... (Gên. 4:1-2).
A Escritura é muito cuidadosa ao registrar este feito, e claramente destaca
um conhecimento e dois nascimentos. É dizer: Adão a conheceu uma vez “E deu a
luz a Caim... e depois deu a luz a seu irmão Abel”. Esta informação da Escritura
sugere gêmeos; pois não fala de um novo conhecimento, para que nascesse Abel;
ao contrário para nascer Sete, se fala de um novo conhecimento: “E conheceu DE
NOVO Adão a sua mulher, a qual teve um filho, e chamou o seu nome Sete; porque
Deus (disse ela), me tem substituído OUTRA semente em lugar de Abel, porquanto
Caim o matou”. (Gen. 4:25). Agora, note você que Eva não disse: Deus me tem dado
mais semente, porém OUTRA SEMENTE, pois Sete não era da mesma semente de
Caim. Este procedia da serpente, e Sete descendia de Adão. Os descendentes de
Sete foram chamados de filhos de Deus e chamados do Nome de Jeová, enquanto
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que os de Caim, foram simplesmente catalogados como os filhos dos homens. Adão
CONHECEU DE NOVO a sua mulher, é dizer, a conheceu pela segunda vez, e deste
feito nasceu Sete, pois de seu primeiro conhecimento nasceu Abel.
Na parábola do trigo e do Joio, o que os semeadores saíram a semear foi
gente. Um semeou filhos de Deus, e o outro, filhos do diabo. Estas são as únicas
duas classes de pessoas que há no mundo. As podemos subdividir de muitas manei-
ras, porém não são mais que dois grupos; e ambos grupos tem sido religiosos desde
o princípio. Porém recorde: trigo, sempre tem sido trigo; joio, sempre tem sido joio. A
religiosidade não tem mudado sua natureza. Olha o que o Senhor disse: “... Ao tem-
po da ceifa eu direi aos ceifeiros: colhei primeiro o joio, e atai-o em molhos para o
queimar; mas o trigo recolhei no meu celeiro”. (Mat. 13:30). Ele não manda recolher
o joio para convertê-lo em trigo, senão para queimá-lo. Alguns crêem que podem
converter filhos do diabo em filhos de Deus. Jesus disse aos religiosos de seus dias:
“Mas vós não credes porque não sois das minhas ovelhas, como já vo-lo tenho dito:
as minhas ovelhas ouvem a minha voz, e eu conheço-as, e elas me seguem” (João
10:26-27). Em outra ocasião lhes disse: “Quem é de Deus escuta as palavras de
Deus; por isso vós não as escutais, porque não sois de Deus (João 8:47). Um joio
poderá crer em qualquer sistema denominacional, tradição ou dogma, porém nunca
poderá permanecer até o fim na Palavra de Deus. Um filho de Deus pode estar
cativo nas garras do diabo enquanto permaneça em ignorância, porém quando a
semente seja regada e despertada, então viverá provando que é um filho de Deus.
Mas, como então o que era gerado segundo a carne perseguia o que era
gerado segundo o espírito, assim também agora.” (Gálatas 4:29).
Todos os atos de intolerância religiosa tem tido sua origem no princípio, e os
autores deles nem sequer sabem quem é o seu pai, antes em seu zelo religioso
perseguem, caluniam, difamam, e até matam, crendo que nesta forma estão fazen-
do um serviço a Deus, ou colaborando com sua obra. Estão cheios de ódio, e não
sabem amar e nem perdoar. Eles confessam que são de Deus, porém suas ações e
palavras demonstram quem é seu verdadeiro pai. Os grandes religiosos no tempo
do Senhor Jesus Cristo asseguravam que eram sementes de Abraão e filhos de
Deus, porém Jesus disse: “Se fosseis filhos de Abraão, farieis as obras de Abraão.
Mas agora procurais matar-me, a mim, homem que vos tem dito a verdade... (João
8:30-40). “Jesus lhes disse: “Se Deus fosse o vosso pai, certamente me amarieis...”
(João 8:42). Você pode ouvir-lhes falar de amor porém eles não podem amar, por-
que descendem do homicida desde o princípio e sua natureza é perversa. Suas
palavras e suas ações demonstram o que há em seu interior. Somente a verdadeira
semente de Deus amará até seus próprios inimigos e orará por seus perseguidores
porque possui da natureza de Deus e Deus é amor.

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CAPÍTULO 7
O Profeta desta era

“Eis que vos envio o profeta Elias, antes que venha o dia
grande e terrível do Senhor;
E converterá o coração dos pais aos filhos, e o coração
dos filhos a seus pais; para que eu não venha, e fira a
terra com maldição”.
(Malaquias 4:5)
Esta fotografia tão estranha foi tomada no dia 24 de janeiro de 1950, em
Houston, Texas – U.S.A – pelo Sr.º Ayers; que estava trabalhando para um ministro
que estava contra o ministério do irmão William Branham. Quando o fotógrafo revelou
as fotografias se assustou ao notar que somente esta foto havia saído bem. As demais
saíram queimadas (negras).
Somente a mão sobrenatural de Deus podia fazer isto; novamente vindicando
Seu profeta.
O fotógrafo assustado levou a fotografia diretamente para o irmão Branham
para mostrá-la. Em seguida, a levaram ao Sr.º George J. Lacy, Investigador de
Documentos Duvidosos, de uma agência do Governo Federal (F.B.I.)
Depois de havê-la submetido cuidadosamente a todas as experiências e
provas possíveis, o Sr.º Lacy provou e afirmou que a fotografia era absolutamente
genuína e que não era possível de que fosse um caso de se haver retocado nem de
dublagem de negativo. Disse ele: “Sou da opinião precisa de que o raio de luz que
aparece em cima da cabeça na forma de um círculo foi causado por luz caindo no
negativo.”
Esta é a mesma Coluna de Fogo que guiou aos Israelitas em Êxodo 13:21 e
que deteve a Saulo em seu caminho a Damasco em Atos 9:3.

O PROFETA DESTA ERA


Os dons de Deus vem por eleição ou por predestinação, não por méritos ou
esforços pessoais. Moisés não estava orando e jejuando por um ministério quando
Deus lhe apareceu e disse que ele era um profeta. O mesmo podemos dizer de
Elizeu, que se encontrava trabalhando no campo quando Elias jogou o seu manto
sobre ele; e de Jeremias, de quem o Senhor disse: “Antes que te formasse no ventre
te conheci, e antes que saísses da madre, te santifiquei; às nações te dei por profeta”
(Jeremias 1:5). Paulo, o profeta e apóstolo dos gentios na primeira era da igreja,
tampouco estava demandando este ministério quando se encontrou com o Senhor
no caminho de Damasco; porém Deus o tinha escolhido desde o ventre de sua mãe
para esta obra. (Gálatas 1:15). Então os dons de Deus são predestinados.
Quanto ao homem vindicado como o profeta-mensageiro desta era, ele nada
teve que fazer para obter este ministério. Tudo foi por graça e eleição de Deus.
O ministério do irmão WILLIAM MARRION BRANHAM caracterizou-se por
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sua fidelidade a Palavra de Deus e por sua humildade e amor. Sua meta foi agradar
ao Senhor e viver para os demais.
O irmão WILLIAM MARRION BRANHAM nasceu no Estado de Kentucky,
Estados Unidos, numa cabana muito humilde, em 6 de abril de 1909. Ele foi o
primogênito de um casal muito pobre.
Dez dias depois de seu nascimento uma Coluna de luz penetrou pela janela
e posou sobre sua cabeça. Ninguém pensou sobre o significado daquela luz
misteriosa. Desde tenra idade teve visões que se cumpriam cabalmente. Quando
tinha sete anos, enquanto carregava água para seu pai, assustou-se com o ruído
dum vento que procedia de uma árvore debaixo da qual descansava.
Quando ele olhou para averiguar a origem daquele ruído, notou um redemoinho na
copa da árvore donde procederam estas palavras: “Não fumes, nem bebas ou
desonres teu corpo com coisa alguma, porque haverá uma obra para ti quando tenhas
maior idade”. Sendo um menino se atemorizou e correu para esconder-se nos braços
de sua mãe, a qual pensava que ele estava enfermo dos nervos.
Várias semanas depois disto, enquanto brincava com seu irmão, veio-lhe a
visão da construção de uma ponte sobre o rio Ohio, donde ele viu que enquanto a
construíam, uma parte da ponte caiu e produziu a morte de vários trabalhadores.
Vinte anos depois, esta visão teve perfeito cumprimento enquanto se construía a
Ponte Municipal sobre o rio Ohio.
Naquele tempo o irmão Branham não entendeu que Deus estava tratando
com ele; portanto quando a pressão dos seus amigos e familiares inconversos se
fazia sentir, ele procurava comprazer-lhes, porém todos seus esforços neste particular
fracassaram, porque aquele som peculiar de vento forte e a presença de um “Ser”
que ele não via, sempre obstaculizaram suas intenções.
A vida do irmão Branham transcorreu normalmente por muitos anos, até
que uma enfermidade por pouco não lhe cortou a existência. Quando estava pronto
para ser operado, pensou que tinha chegado o final de sua jornada, porém ali teve
novas visões, e ouviu de novo a voz do Senhor que lhe chamava. E nessa ocasião
prometeu a Deus que se lhe concedesse vida, ele pregaria o evangelho por todas as
partes. O irmão Branham disse que depois disto se sentiu tão bem como nunca se
tinha sentido.
Cumprindo suas promessas começou a buscar a Deus com o fim de lhe
servir e ser-lhe fiel, até que um dia brilhou nele a luz da Salvação, lhe causando
grande gozo ao experimentar o perdão de seus pecados. Pouco depois experimentou
o batismo no Espírito Santo. Esta experiência, diz o irmão Branham que a sentiu
como uma chuva que caía sobre ele e penetrava todo seu ser. Logo encontrou
companheirismo com os missionários batistas donde logo foi ordenado para pregar
o Evangelho. Teve muito êxito em suas reuniões e muitas pessoas chegaram a
conhecer a Cristo por sua pregação.
A 11 de junho de 1933, quando o irmão Branham batizava uns convertidos
no rio Ohio, frente a uma multidão de quatro mil pessoas, sucedeu um fenômeno
extraordinário: Apareceu no céu uma estrela incandescente como um bólido, com
um ruído de vento forte, o qual foi audível para todos os que estavam presentes.
Esta estranha luz posou sobre o irmão Branham sob a vista de todos. Muitas pessoas
caíram de joelhos clamando a Deus, enquanto outras gritavam e corriam presos de
temor. Daquela Coluna de Fogo saiu uma voz que disse:
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“Como João Batista foi enviado como precursor da minha primeira vinda,
assim também, tu e tua mensagem tem sido enviado para precursar a minha
Segunda vinda”, isto não foi algo provocado ou produzido pelo irmão Branham nem
por nenhum ser humano; senão a perfeita expressão da vontade e eleição divina. E
temos que nos lembrar que Deus não muda: Se teve um mensageiro para preparar
ao povo antes de Sua Primeira Vinda, então teria que enviar outro que prepararia ao
povo antes de Sua Segunda Vinda.
Isto é exatamente o que tem feito a mensagem do irmão William Marrion
Branham. Tem sido um impacto na semente predestinada no mundo inteiro, tem
tornado o povo de Deus à pureza da Palavra, e o tem separado de todo costume
pagão e das interpretações dos homens. Em resumo, a mensagem do irmão William
Marrion Branham tem levado o verdadeiro povo de Deus em todo o mundo à unidade
da fé, e desta maneira o tem preparado para a Segunda Vinda do Senhor Jesus
Cristo.
No mesmo ano de 1933, o irmão Branham teve várias visões de caráter
mundial que deveriam cumprir-se antes do regresso do Senhor. Entre elas viu o
ditador Benito Mussolini invadindo a Etiópia, e como esta nação caía rendida sob o
seu domínio. Também lhe foi mostrado o trágico fim deste ditador. Viu a Alemanha
encabeçada por Hitler entrando em guerra contra a América, e na mesma visão
contemplou a derrota de Hitler, assim como também a famosa linha Sigfrield donde
via morrer muitos americanos. Ele viu também os três ismos: O Fascismo, Nazismo
e Comunismo; os dois primeiros reduzidos a nada, porém o Comunismo o viu florescer.
Outra visão lhe mostrou os tremendos avanços tecnológicos e científicos que se
desenrolariam depois da guerra. Em outra visão lhe foi mostrada a decadência moral
da mulher e a forma imoral como chegaria a vestir-se no tempo do fim.
Exatamente como a vemos hoje nas ruas e nas fotografias que aparecem
publicadas.
Quando o irmão Branham manifestou publicamente estas visões, alguns
ministros batistas quiseram lhe persuadir para que não as desse a conhecer, porque
eles pensaram que não eram inspiradas por Deus e, portanto, ao não se cumprirem
seriam uma reprovação para o Evangelho; porém todas estas suposições humanas
se dissiparam quando estas visões tiveram perfeito cumprimento.
Todavia o irmão William Marrion Branham não entendia muitos fenômenos
que sucediam ao redor de sua vida, até que um dia no ano de 1946 quando regressava
de seu trabalho (porque ele pastoreava e trabalhava ao mesmo tempo) sentiu o
ruído de um vento forte na copa de uma árvore perto de sua casa. Isto produziu um
efeito tão grande em sua vida que sua esposa teve que acudir em sua ajuda pelo
impacto recebido. Ela pensou que ele tinha se adoentado de repente, porém quando
se normalizou, lhe contou o sucedido. Esta foi a ocasião quando o irmão William
Marrion Branham decidiu buscar ao Senhor num lugar solitário até achar a razão de
todos estes mistérios que o rodeavam. Deixou então sua esposa e filhos e se internou
num monte, um lugar secreto, com o propósito de não regressar até não haver achado
a resposta por parte de Deus. Orou intensamente fazendo um exame minucioso de
sua vida e pedindo ao Senhor que lhe perdoasse em tudo aquilo em que lhe pudesse
haver ofendido. Quando derramou seu coração em oração sincera diante de Deus,
se levantou esperando a resposta divina. Era como as onze da noite quando viu uma
luz que entrava na peça, naquele monte donde ele estava orando. Ele pensou que
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podia ser alguém que vinha alumiando com uma lanterna, porém olhou e não viu a
ninguém. Aquela luz se intensificou até parecer uma bola de fogo que brilhava sobre
o piso. De repente ouviu passos de um vulto que vinha se aproximando. Isto o
atemorizou grandemente porque ele sabia que por esses lugares não tinha nenhuma
pessoa. O irmão Branham viu tão perfeitamente este personagem que se lhe
apresentou, que ele o descreve num testemunho, donde relata estes acontecimentos
de sua vida. Aquele mensageiro lhe disse:
“Não temas, eu sou enviado da presença do Deus Todo Poderoso para dizer-
te que tua vida extraordinária e teus modos estranhos tem sido para indicar que
Deus te tem enviado para que leves um dom de cura para as pessoas do mundo. Se
és sincero e podes fazer com que te creiam, nada será obstáculo a tua oração, nem
sequer o câncer”.
Ali recebeu a comissão de ir por todo o mundo com este ministério da Cura
Divina, com dois sinais que lhe foram dados; um para levantar a fé do povo, e o
outro, o sinal claro da Segunda Vinda do Senhor. O primeiro sinal consistiu em
conhecer as enfermidades e doenças das pessoas por vibrações em sua mão
esquerda. Milhares de pessoas conheceram e experimentaram a vindicação deste
sinal. Bastava que o irmão Branham tomasse uma pessoa pela mão para saber se
estava enferma e que classe de enfermidade tinha. Com este ministério ele foi
chamado a muitos lugares e efetuou campanhas por toda a América do Norte e por
diferentes partes do mundo. Chegou a realizar campanhas que reuniram mais de
quinhentos mil pessoas. Mais tarde teve outro sinal com o qual poderia discernir os
pensamentos e intenções do coração. O irmão Branham pregava a Palavra e depois
chamava os enfermos para orar por eles.
Um dos casos mais extraordinários em seu ministério, sucedeu em Durban,
cidade do Sul da África, donde levaram um homem deformado que não podia levantar-
se; o qual caminhava como um animal usando suas mãos e seus pés. Algumas
pessoas ganhavam dinheiro exibindo-o nas ruas como um exemplar de curiosidade.
O conduziam como um animal através de uma corrente amarrada na cintura. Quando
levaram este homem ao acampamento em busca de oração, Deus mostrou por visão
ao irmão Branham que seria curado. Isto deu oportunidade para que o irmão Branham
desafiasse a todos os líderes religiosos, como o fez Elias no monte Carmelo,
chamando-os publicamente para a plataforma para que provassem o poder de seus
deuses e de suas religiões fazendo com que aquele homem fosse curado. Ninguém
se atreveu a aceitar o desafio, portanto, o irmão Branham perguntou ao povo que se
eles estariam dispostos a deixarem seus deuses, que não eram capazes de curar
aquele homem, e a receberem ao Senhor Jesus Cristo como o Deus Vivo e verdadeiro,
se Ele curasse aquele inválido. O povo respondeu que assim o fariam. Logo o irmão
Branham fez com que trouxessem o inválido, e orou publicamente pedindo ao Senhor
que o curasse e provasse que Ele era o único Deus verdadeiro. Tão de repente
como o irmão Branham orou por aquele homem este se endireitou tal como o Senhor
lhe havia mostrado na visão. Aquele foi um espetáculo tremendo, as pessoas louvaram
a Deus por esta obra. Este homem era conhecido por todo o povo. Se calcula que
trinta mil pessoas aceitaram a Cristo nessa reunião. Quando a campanha terminou o
prefeito da cidade comandou uma caravana na qual iam sete caminhões de estacas
cheios de todos os artefatos conhecidos para inválidos, tais como: muletas, bastões,
cadeiras de rodas, camas, aparelhos ortopédicos e demais instrumentos dos quais
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se valem os inválidos para andar.
Na cidade de Bombaim, Índia, donde aproximadamente quatrocentos mil
pessoas vieram ouvir-lhe. O irmão Branham ao ver seus muitos deuses e práticas
pagãs lhes falou como Paulo aos atenienses. Ali também desafiou aos líderes e
representantes como o havia feito na África. Lhes mostrou a impotência de seus
deuses e suas religiões vãs. Ele tomou ao mendigo mais conhecido da cidade, que
tinha ficado cego de tanto olhar o sol num rito de adoração a seus deuses. O povo se
assustou quando o irmão William Marrion Branham revelou com detalhes a vida e a
enfermidade deste homem, porém o maior susto foi quando ele desafiou aos líderes
de dezenas de seitas religiosas que estavam ali, convidando-lhes que viessem e
orassem a seus deuses pela cura deste pobre cego. Quando nenhum deles aceitou
o desafio, ele disse: “Os líderes e sacerdotes de todas as religiões representadas
aqui, tem recusado vir em nome de seus deuses a orar por este pobre cego, porém
eu tenho vindo a vocês no Nome do meu Senhor Jesus Cristo. Ao recusar o convite,
eles tem provado que seus deuses não lhe podem curar, porém eu digo que o Deus
em quem eu creio lhe pode curar. Agora, se este homem receber a cura quando eu
orar ao meu Deus vocês me prometem abandonar seus deuses mortais e impotentes?
A multidão respondeu que assim o faria. Então o profeta tomou ao homem e orou por
ele pedindo ao Senhor Jesus Cristo que glorificasse seu Nome e provasse diante
daquele povo que Ele era o Deus vivo e verdadeiro.
Naquele instante aquele homem começou a gritar dizendo que já via, e o
provava com suas ações. Isto trouxe uma comoção tão tremenda na gente, que
todos quiseram passar adiante para tocar ao irmão Branham e serem curados.
Tantos são os milagres e maravilhas que Deus fez na vida do irmão Branham
que se necessitariam muitos folhetos como este para lhes poder relatar tudo.
Porém a coisa mais sobressalente do profeta desta era, foi que a Coluna de
Fogo que esteve com Moisés no deserto a qual apareceu a Paulo no caminho de
Damasco, sempre esteve presente em seu ministério.
Em Houston, Texas, U.S.A., em janeiro de 1950, quando o irmão Branham
celebrava uma reunião, Deus permitiu que esta luz que sempre o acompanhava,
aparecesse numa fotografia. Isto sucedeu quando um ministro se opôs às reuniões
que efetuava o irmão Branham. Este Senhor querendo negar a Cura Divina lançou
publicamente um desafio. Um irmão que acompanhava o profeta aceitou o desafio e
se fixaram as condições. Este ministro contrário, contratou dois fotógrafos para tirar
incidências do desafio, com o propósito de usar estes instantâneos na publicidade
de sua presumida vitória sobre o profeta e seus ensinamentos. As fotografias foram
tomadas normalmente durante o debate, porém quando estes fotógrafos regressaram
ao laboratório para revelar os filmes, viram que nenhuma das exposições tinham
saído. Todas se perderam excetuando uma que a tinha tomado do irmão Branham,
depois do debate. Esta foi a que apareceu com a Coluna de Fogo sobre a cabeça do
irmão Branham. Esta fotografia foi submetida a toda classe de provas; e o governo
norte-americano na pessoa do Dr. George Lacy, quem nessa ocasião era chefe do
laboratório do F.B.I., deu sua palavra declarando que se tratava de uma fotografia
genuína com um fenômeno sobrenatural.
Isto foi uma vindicação pública da parte do Senhor à seu servo, o profeta,
quem dizia que a luz de Deus lhe acompanhava desde seu berço e estava ali em
suas reuniões. Esta é a mesma que lhe deu os sinais e o ministério em 1946. Esta é
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a mesma luz que acompanhou a Moisés no deserto quando ele tirou a Israel do
Egito, e é a mesma que apareceu a Paulo no caminho de Damasco quando ficou
cego. Esta luz é o mesmo Senhor da glória, o mesmo ontem, hoje e pelos séculos,
porque Ele é luz.
Milhões de pessoas já viram esta fotografia e está em milhares de lugares
como um testemunho da verdade que Deus tem enviado um profeta nesta era com
uma mensagem para seu povo. Não somente há milhões que ignoram este fato,
senão que há quem o resiste e o combate. Porém isto não anula a verdade de Deus,
porque Ele tem prometido um profeta para esta era. Ele o tem enviado e o tem
vindicado com a sua presença. Amém.
E eles, quer ouçam quer deixem de ouvir (porque eles são casa rebelde)
hão de saber que esteve no meio deles um profeta (Ezequiel 2:5). Amém.

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