Professional Documents
Culture Documents
Configurações e
jumpers
À medida em que os anos passam, jumpers e dip switches são cada vez
menos usados. Há poucos anos atrás era preciso configurar diversos jumpers
para instalar uma simples placa de expansão. Atualmente as placas de CPU
ainda utilizam alguns jumpers, bem como discos rígidos e drives de CD-
ROM. Muitas das opções de configurações de hardware existentes nas placas
de CPU, que antes eram programadas através de jumpers, hoje são definidas
no CMOS Setup. Não pense entretanto que um bom técnico pode passar
sem conhecer jumpers. Os conceitos técnicos envolvidos na configuração de
jumpers e dip switches são os mesmos utilizados em configurações do CMOS
Setup.
*** 75%
***
Figura
19.1
Jumpers e dip
switches
Nem sempre as placas e drives vêm prontos para serem usados. Na maioria
das vezes é preciso configurar seus jumpers. Isto ocorre particularmente com
placas de CPU, discos rígidos e demais dispositivos IDE. Placas de expansão
modernas não utilizam jumpers (com raríssimas exceções), bastará encaixá-
las no slot, e estarão prontas para funcionar. Neste capítulo veremos como
19-2 Hardware Total
programar os jumpers que definem os clocks e a voltagem de operação dos
processadores, além de outros jumpers das placas de CPU. Veremos ainda
como configurar jumpers de dispositivos IDE e de diversos tipos de placas de
expansão.
Figura 19.2
Formas de configurar um jumper.
Figura 19.5
Informações de configuração indicadas na
face superior de um processador.
A maioria dos processadores possui esta indicação. Nos raros casos em que
não possui, é possível descobrir esta informação por outros métodos.
Considere por exemplo um processador AMD K6-2/550 AGR. Através do
seu manual podemos entender o significado das letras “AGR” usadas como
sufixo. A figura 6 foi extraída do manual do K6-2, e nela vemos que a letra
“G” indica que a voltagem do núcleo deve ser de 2,3 volts (a média da faixa
2,2V-2,4V).
Capítulo 19 – Configurações e jumpers 19-7
Figura 19.6
Nos manuais dos fabricantes existem
indicações de voltagem, baseadas no
sufixo do processador.
Configurando o clock
externo do processador
Cada processador foi projetado para operar com um determinado clock
externo. Em praticamente todas as placas de CPU, este clock não é
configurado automaticamente. Cabe ao montador do PC fazer esta
programação. Isto é válido tanto nas placas de CPU antigas para Pentium e
19-8 Hardware Total
Pentium MMX, como nas placas para processadores mais modernos como
Pentium III, Pentium 4 e Athlon. A figura 8 mostra a programação do clock
externo em uma placa de CPU para Pentium 4. Através de dip switches
podem ser escolhidos valores entre 100 e 133 MHz. O valor correto para este
processador é 100 MHz, mas os adeptos do overclock podem utilizar valores
mais elevados. Note que não existe configuração default ou automática para
este clock. Sempre será preciso indicá-lo corretamente.
Figura 19.8
Programação de clock externo em uma
placa de CPU para Pentium 4.
Note que nem todas as placas são tão flexíveis no que diz respeito à
programação do clock externo. Placas de CPU mais antigas podem suportar
no máximo 100 MHz. Placas ainda mais antigas podem chegar até 66 MHz
apenas. Lembramos que os barramentos dos processadores só evoluíram de
66 para 100 MHz no início de 1998, um avanço relativamente recente.
OBS: Existem algumas versões do Athlon e do Duron que são destravadas. Existem ainda
métodos para destravar processadores, mas deixamos isso para os sites e publicações que
incentivam o overclock.
Capítulo 19 – Configurações e jumpers 19-13
Figura 19.12
Programação de multiplicadores.
Figura 19.13
Programação de multiplicadores em uma
placa de CPU para Athlon.
Flash BIOS
As placas de CPU modernas possuem seu BIOS armazenado em um tipo
especial de ROM, chamado Flash ROM. Sua principal característica é que,
ao contrário das ROMs comuns, podem ser reprogramadas pelo usuário,
utilizando softwares apropriados, fornecidos pelo fabricante da placa de
CPU. Este recurso é usado para permitir atualizações do BIOS, que muitos
fabricantes de placas de CPU oferecem através da Internet. Existem Flash
ROMs com voltagens de programação de 5 volts, e outras mais antigas, com
voltagens de programação de 12 volts. Modelos mais novos nem necessitam
de voltagens especiais: são programadas apenas com um comando de
gravação, habilitado pelo chipset. Não altere este jumper, deixe-o como veio
de fábrica. Ele não deve ser programado pelo usuário, e sim pelo fabricante.
Capítulo 19 – Configurações e jumpers 19-15
É o fabricante quem escolhe qual tipo de Flash ROM será instalada (5 volts
ou 12 volts), e programa este jumper de acordo. A figura 15 mostra um
exemplo desta programação.
Voltagem da SDRAM
A maioria das memórias SDRAM opera com tensão de 3,3 volts, mas
existem alguns modelos antigos de 5 volts. A maioria das placas de CPU
aceita apenas SDRAMs de 3,3 volts, mas existem algumas que possuem
jumpers através dos quais podemos selecionar entre as duas tensões
possíveis. A figura 16 mostra um exemplo desta programação.
Figura 19.16
Exemplo de programação da voltagem
de operação da SDRAM.
Figura 19.17
Módulo SDRAM DIMM/168 e seu
chanfro indicador de voltagem.
Figura 19.18
Indicando o tipo de DDR SDRAM.
Figura 19.19
Identificando o tipo de módulo DDR.
Capítulo 19 – Configurações e jumpers 19-17
A maioria dos jumpers mostrados até aqui dizem respeito às placas de CPU
de fabricação mais recente. Mais adiante neste capítulo voltaremos ao
assunto, mostrando inclusive jumpers de placas de CPU mais antigas.
Master Usada quando o drive é o primeiro dispositivo ligado a uma interface IDE.
No caso desses drives, não importa se existe ou não um segundo dispositivo
ligado na mesma interface. A configuração do Master será a mesma, com
ou sem Slave.
Slave Usada quando o drive é o segundo dispositivo ligado em uma interface
IDE.
Exemplo 2
Suponha agora dois discos rígidos IDE ligados na interface IDE primária, e
na secundária, um drive de CD-ROM IDE ligado como Master, e um ZIP
Drive IDE ligado como Slave. Os jumpers devem ser configurados da
seguinte forma:
Exemplo 3
Capítulo 19 – Configurações e jumpers 19-19
Nesta configuração, façamos a ligação de um disco rígido IDE e um drive de
CD-ROM ligados na interface IDE primária, e um segundo disco rígido IDE
ligado na interface secundária.
Agora que você já sabe como os discos rígidos e dispositivos IDE devem ser
instalados, resta saber como configurar os seus jumpers. Todos os discos
rígidos possuem jumpers através dos quais pode ser escolhida uma entre as
três configurações possíveis (Master sem Slave, Slave e Master com Slave).
No manual do disco rígido você sempre encontrará as instruções para
configurar esses jumpers.
19-20 Hardware Total
Figura 19.20
Jumpers de um disco rígido.
*** 75%
***
Figura
19.21
Tabela de
configurações de
jumpers para um
disco rígido.
A tabela da figura 21 mostra ainda uma quarta opção, que é a Cable Select.
Esta configuração raramente é usada, e necessita de um cabo flat IDE
especial. Com esta opção, não é preciso alterar jumpers do disco rígido para
fazer a sua instalação. Basta ligá-lo na extremidade do cabo, e será
automaticamente reconhecido como Master, ou ligá-lo no conector do meio
do cabo, para que seja automaticamente reconhecido como Slave. Apesar de
praticamente não ser usada, é bom que você saiba da existência desta
configuração. Os fabricantes de discos rígidos estão propondo a sua adoção
como padrão. Desta forma, o disco rígido teria uma instalação Plug and Play,
ou seja, sem a necessidade de configurar jumpers.
Observe que nem sempre é preciso indicar para um disco rígido se existe
um Slave presente. Alguns modelos utilizam a mesma configuração para o
Master, não importando se está sozinho ou acompanhado de um Slave. A
figura 22 mostra a configuração de jumpers de um disco rígido que tem esta
característica. Observe que a configuração para Master está descrita como
“Master Drive in dual drive system or Only Drive, in single drive system”.
Entretanto, é possível que você se depare com algum disco rígido com um
manual dotado de instruções menos claras. Essas instruções abreviadas
dizem respeito a dois jumpers que devem ser usados para configurar o disco:
Figura 19.23
Jumpers de um drive de CD-ROM IDE.
Figura 19.24
Jumpers de um drive LS-120.
Figura 19.26
Jumpers de uma unidade de fita Onstream
DI30.
Seria muito difícil detalhar todos os jumpers de todas as placas de CPU. Por
maior que seja a sua experiência, você sempre encontrará novidades. Para
ilustrar e facilitar o seu trabalho, vamos apresentar alguns exemplos de
jumpers encontrados em algumas placas de CPU.
Keyboard power on
Muitos teclados possuem uma tecla Power, que pode ser usada para ligar ou
desligar o computador. Quando esta tecla está presente, ela pode desligar o
computador, mas não funcionará para ligá-lo. Se o computador estiver
totalmente desligado, o teclado não poderá enviar à placa de CPU o código
da tecla, e não poderá comandar a função Power on. Várias placas de CPU
possuem entretanto um jumper que pode ser usado para manter o teclado
ligado, mesmo com o computador desligado, fazendo com que a sua tecla
Power possa ser usada para ligar o computador.
19-26 Hardware Total
*** 35% ***
Figura 19.27
Exemplo de jumper para habilitar a tecla Power do teclado.
Internal buzzer
Todas as placas de CPU possuem uma conexão (PC Speaker) para o alto
falante existente no gabinete. Muitas placas entretanto possuem um pequeno
alto falante (buzzer) que substitui o existente no gabinete. Essas placas
podem ter um jumper para habilitar ou desabilitar este alto falante.
AC ’97 Enable/Disable
Muitas placas de CPU possuem circuitos de áudio integrados, dispensando o
uso de uma placa de som. Normalmente essas placas permitem desabilitar os
seus circuitos de áudio, permitindo a instalação de uma placa de som avulsa.
Figura 19.31
CPU Voltage Setting, usado para
overclock.
Vídeo onboard
19-28 Hardware Total
Existem placas nas quais o vídeo onboard nunca pode ser desabilitado.
Existem outras nas quais ele é desabilitado automaticamente quando uma
placa de vídeo é instalada. Existem outras onde, ao ser instalada uma placa
de vídeo, podemos selecionar através do CMOS Setup, qual dos dois
“vídeos” é o primário e qual é o secundário. Finalmente, encontramos placas
onde o vídeo onboard pode ser totalmente desatilitado, através de um
jumper (figura 32) ou do CMOS Setup.
Figura 19.32
Habilitando e desabilitando o vídeo
onboard.
Figura 19.33
Indicando a memória de vídeo
compartilhada.
Figura 19.34
Indicando a freqüência do barramento
AGP.
Modo de segurança
Algumas placas de CPU possuem um jumper chamado safe mode (modo de
segurança). Quando o processador é destravado, ou seja, aceita programação
do clock interno, uma programação indevida dos multiplicadores através do
CMOS Septup pode impedir o computador de funcionar, e desta forma nem
mesmo o CMOS Setup pode ser utilizado. Ao ativarmos o modo de
segurança, o processador irá operar com um clock baixo, e desta forma
podemos ter acesso ao CMOS Setup para corrigir a programação errada.
Feita a correção, desativamos o modo de segurança para que o computador
volte a funcionar com a velocidade correta.
19-30 Hardware Total
Figura 19.35
Modo de segurança.
Configurações do Pentium II
As versões antigas do Pentium II tinham algumas características que o
diferenciam de modelos mais novos. Além de operar com clock externo de
66 MHz, não tinha seus multiplicadores travados, portanto era necessário
configurar na placa de CPU, os jumpers que definiam o multiplicador, e em
Capítulo 19 – Configurações e jumpers 19-31
conseqüêcia, o clock interno. Esta característica era encontrada nos modelos
até 333 MHz.
Clocks do Pentium II
Estamos portanto falando dos processadores Pentium II com clock interno de
233, 266, 300, e 333 MHz. O clock externo usado nesses casos é de 66 MHz.
Posteriormente foram lançadas versões do Pentium II que operam com este
clock externo, e também operam com clocks internos de 350, 400 e 450
MHz, entretanto essas versões usavam os multiplicadores “travados”.
Também é possível que a sua placa tenha sido lançada na época em que o
Pentium II mais veloz era, digamos, o de 300 MHz, e você agora quer
instalar um processador Pentium II com um clock mais elevado, a princípio
não suportado pela placa. Clocks mais elevados podem ser usados, bastando
programar corretamente o multiplicador de clock através dos jumpers BF0,
BF1, BF2 e BF3. Mais adiante neste capítulo veremos como descobrir as
configurações de clocks mais elevados que não são especificadas no manual
da placa de CPU. Por exemplo, a placa cujas informações são apresentadas
na figura 36 permitem chegar até o máximo de 300 MHz, mas com a técnica
que veremos, poderemos saber como configurar a placa para processadores
mais velozes, à medida em que forem lançados, mesmo que o manual da
placa de CPU não faça referência a essas configurações, e mesmo que não se
trate de um modelo que opere com multiplicadores travados.
19-32 Hardware Total
*** 35% ***
Figura 19.36
Tabela de configuração de jumpers para os clocks interno e
externo em uma placa de CPU Pentium II.
Voltagens do Pentium II
Você não precisa programar a voltagem de operação do Pentium II. Ao
contrário dos processadores que usam o Socket 7, o Pentium II possui 5 dos
seus pinos dedicados a informar à placa de CPU, qual é a sua voltagem de
operação. Os circuitos reguladores de voltagem da placa de CPU irão gerar a
tensão apropriada e enviá-la para o Pentium II, de acordo com esses pinos
de identificação. Ainda assim, podemos encontrar algumas placas para
Pentium II que possuem jumpers para sua configuração de voltagem. Se esta
tensão for programada no modo manual, temos que saber qual é a voltagem
interna utilizada pelo Pentium II. A tabela abaixo indica essas tensões:
Clock Voltagem
233 MHz 2,8 volts
333, 350, 400, 450 MHz 2,0 volts
266 e 300 MHz Existem modelos de 2,8 e 2,0 volts
Apenas os modelos de 266 e 300 MHz nos levam à dúvida. Para ambos os
clocks, existem versões de 2,8 (CPUID=63) e 2,0 volts (CPUID=65). O
Pentium II e os processadores modernos não possuem indicação externa do
seu clock, já que a configuração é automática. Neste caso, é melhor usar a
configuração automática da placa de CPU e verificar no CMOS Setup, a
voltagem que foi configurada automaticamente. Mesmo primeiras placas
Capítulo 19 – Configurações e jumpers 19-33
para Pentium II possuem um monitor de voltagens que pode ser consultado
no CMOS Setup. Sabendo a voltagem correta, poderemos usar a
configuração manual, se for necessário.
S=STD=3,3 volts
V=VRE=3,5 volts
Figura 19.40
Programação do Cyrix 6x86L.
Figura 19.41
Inscrições em um 6x86L.
6x86MX-PR233
75 MHz Bus 2.5x
Defeito: O erro mais comum na configuração de processadores Cyrix é a confusão que muitos
fazem entre o clock e o índice PR. Como vimos, PR233, por exemplo, não significa que o
clock é 233 MHz. É preciso configurar o clock correto para cada modelo de processador,
usando as tabelas apresentadas.
Capítulo 19 – Configurações e jumpers 19-39
O K6-III foi produzido apenas nas versões de 400 e 450 MHz (100 MHz
externos, multiplicadores 4x e 4,5x). As voltatens variam entre 2,2 e 2,4 volts.
Consulte a indicação de voltagem inscrita na parte superior do chip.
Em certos casos, você nem precisará ter o trabalho de construir esta tabela.
Alguns manuais já a apresentam, como no exemplo da figura 46.
Normalmente essas placas utilizam 4 jumpers ou microchaves para
selecionamento da voltagem interna do processador, e os valores gerados
vão de 2.0 a 3,5 volts.
Capítulo 19 – Configurações e jumpers 19-43
*** 35% ***
Figura 19.46
Tabela de configurações de voltagem interna do processador,
extraída do manual de uma placa de CPU.
Os jumpers representam BF2, BF1 e BF0 podem aparecer com esses nomes,
mas também podem apresentar nomes diferentes, como J40, J36, J34, por
exemplo. Em geral ON significa com jumper, e OFF significa sem jumper,
mas você também poderá encontrar configurações inversas, ou seja,
ON=sem jumper e OFF=com jumper. Em certas placas, as ligações poderão
usar jumpers de 3 pinos, e as opções ON e OFF significarão 1-2 e 2-3, ou
vice-versa. Uma forma fácil de decifrar o que é ON e o que é OFF, é
olhando para a configuração que resulta no multiplicador 2,5. Nesta
configuração, um sinal está em OFF, e os outros dois estão em ON. Compa-
rando a tabela seguinte com a tabela de configurações do manual da placa,
descobrimos o que significa ON e OFF. Também descobrimos qual é o sinal
correspondente ao BF2, já que na configuração 2,5x um sinal é diferente dos
outros dois. Para descobrir qual é o jumper que corresponde ao BF1, basta
comparar as configurações 2x e 2,5x. A diferença entre essas duas
configurações está exatamente no BF1. Sabendo qual é o BF2 e o BF1, o
terceiro jumper será o BF0.
Configuração de BF0-BF3
Processadores para Slot 1 têm quatro dos seus pinos (BF3, BF2, BF1 e BF0)
para formar multiplicadores até 9x. A tabela que se segue mostra as
configurações desses sinais de controle para obter os diversos multiplicadores
possíveis. Mostra também os clocks internos que são obtidos em cada caso,
usando clocks externos de 66, 75, 83 e 100 MHz.
Note que nem todos os processadores obedecem a esta tabela. Por exemplo,
um Pentium III/1000 com clock externo de 1000 MHz usa multiplicador 10x,
que não é indicado pela tabela. Normalmente o que o fabricante faz nesses
casos é trocar valores obsoletos (2x, 2,5x, etc.) por novos valores maiores.
Lembre ainda que os processadores modernos, em sua maioria, são travados
e ignoram a programação dos multiplicadores.
Figura 19.47
Parte do manual de uma placa de CPU
486/586.
Capítulo 19 – Configurações e jumpers 19-47
*** 35% ***
Figura 19.48
Parte do manual de uma placa de CPU 486/586.
J3 - Power Supply Connectors. Estes nada mais são que os dois conectores
existentes na placa de CPU, próprios para a ligação na fonte de alimentação.
J12 - Turbo Switch Connector. Deve ser ligado ao botão Turbo, existente no
painel frontal do gabinete. Observe que de acordo com o manual, a placa
opera em modo “normal” (baixa velocidade) quando existe um jumper
instalado (Short), e opera em velocidade Turbo quando não existe jumper
instalado (Open). Desta forma, basta simplesmente que você não faça ligação
alguma, e a placa irá operar em Turbo, independentemente de como estiver
posicionado o Turbo Switch. A vantagem é que desta forma, evitamos que
alguém depressione acidentalmente o Turbo Switch, o que faria o PC operar
em baixa velocidade. Tome muito cuidado, pois este método de ignorar o
Turbo Switch nem sempre é usado desta forma. Existem placas de CPU que
operam em velocidade baixa quando não existe jumper ligando os dois
pinos da conexão para Turbo Switch. Consulte o manual da sua placa de
CPU para verificar qual é a forma correta de configurá-la permanentemente
como Turbo, se é com ou sem jumper instalado.
J10 - Turbo LED Connector. Ligamos aqui o Turbo LED, ou então o display
digital existente no painel frontal do gabinete.
J13 - Hard Disk LED Connector. Ligamos aqui o LED indicador de acesso
ao disco rígido, existente no painel frontal do gabinete.
JP2 - Flash EPROM BIOS Jumper. Muito cuidado, pois ao contrário dos
demais jumpers e conexões mostrados até agora, este apresenta muitas
diferenças de uma placa para outra. As placas de CPU modernas possuem o
seu BIOS armazenado em Flash ROM. Sua principal característica é que
pode ser reprogramada. Vários fabricantes de placas de CPU oferecem,
através da Internet, versões novas para os BIOS de suas placas, além de um
programa próprio para fazer a transferência deste novo BIOS para a Flash
ROM. Ocorre que existem Flash ROMs que são reprogramadas mediante a
aplicação de uma voltagem de 12 volts, e outras mediante uma voltagem de
5 volts. Esta placa de CPU está preparada para operar com ambos os tipos, e
este jumper é configurado na fábrica, em função da tensão de programação
da Flash ROM instalada. Não altere este jumper, caso contrário você corre o
risco de danificar a Flash ROM.
CPU Type Jumpers. Esta placa possui uma série de jumpers usados para
configurar o tipo do processador e o clock utilizado. Existem ainda outras op-
ções de configuração, mostradas na figura 50. Você precisará identificar qual
é o processador a ser usado, bem como o seu fabricante. Observe que este
manual não explica a função de cada um desses jumpers, apenas mostra
como configurá-los em função do processador utilizado.
19-50 Hardware Total
*** 35% ***
Figura 19.50
Parte do manual de uma placa de CPU 486/586.
JP3A, JP3B, JP3C - CPU Speed Jumpers. Esses jumpers definem o clock
externo do processador. As opções são 25, 33, 40 e 50 MHz. A escolha deve
ser feita em função do clock do processador utilizado. Processadores da
classe DX operam com valores iguais para o clock interno e externo.
Portanto, para esses processadores, basta obedecer o valor do clock es-
tampado na sua parte superior. Um 486DX-40 deve ser configurado com o
valor 40, um 486DX-33 deve ser configurado como 33, e assim por diante.
Processadores da classe DX2 possuem o clock interno igual ao dobro do seu
clock externo. Por exemplo, um 486DX2-80 deve ter o seu clock externo
programado com 40, para que o interno seja igual a 80. O 486DX4-100 pode
operar com clocks externos de 25, 33, 40 ou 50 MHz, sendo que a opção 33
MHz é a mais indicada. O 5x86-133 da AMD é em geral programado com o
clock externo de 33 MHz. Quanto ao 586 da Cyrix, a programação
dependerá do clock interno. Para o modelo de 100 MHz, o clock externo
poderá ser 25 ou 33 MHz (o fator multiplicador para o clock interno deverá
ser 4x e 3x, respectivamente). Para o modelo de 120 MHz, devemos usar o
clock externo de 40 MHz, e programar o fator multiplicador como 3x.
JP5A, JP5B, JP5C, JP5D, JP4 - CPU Voltage Jumpers. Observe que existe um
erro neste manual. Na figura 50 está indicado que esses jumpers dizem
respeito à velocidade do processador (CPU Speed Jumpers), mas na verdade
Capítulo 19 – Configurações e jumpers 19-51
aplicam-se à sua voltagem. Os processadores 586, assim como as versões
mais recentes do 486, operam com 3,3 volts. Nesse caso JP5A, JP5B, JP5C e
JP5D devem ter jumpers ligados entre seus respectivos pinos 1 e 2. Além
disso, JP4 deve ter um jumper conectado. Processadores mais antigos, como
por exemplo o 486DX-33 da Intel, operavam com 5 volts. De qualquer
forma, você sempre encontrará estampado na parte superior ou inferior do
processador, a sua voltagem de operação. Lembre-se ainda que os modelos
mais recentes, com 75 MHz ou mais, operam com 3,3 volts. Os modelos
mais antigos, operando com 25 ou 33 MHz, operam com 5 volts. Modelos de
40, 50 e 66 MHz poderão ser encontrados com diferentes voltagens, e esses
requerem maior cuidado.
O manual desta placa de CPU traz ainda uma tabela como a que se segue,
na qual é mostrada a programação dos jumpers que definem o fator
multiplicador do clock externo para obter o clock interno.
Observe ainda que na tabela, assim como na figura 49, é feita distinção entre
dois tipos de 486DX4-100, fabricados pela AMD: comum e Enhanced. Para
configurar corretamente os jumpers desta placa, será preciso distinguir entre
os dois modelos. Devemos verificar o que está escrito na parte superior do
chip. Por exemplo:
Am486DX4-100
A80486DX4-100 NV8T
B9521 EPB T
AMD
3 volt
Heat Sink and Fan req’d
Na figura 51 vemos o layout da placa. Existem 3 slots ISA e 3 slots PCI, mas
não é possível utilizar todos simultaneamente. Quando instalamos uma placa
no terceiro slot ISA, não poderemos usar o primeiro slot PCI, e vice-versa
Capítulo 19 – Configurações e jumpers 19-53
(são chamados de “slots compartilhados”). A placa possui uma grande
quantidade de jumpers, característica comum nas placas de CPU que supor-
tam diversos processadores. As figuras 52 e 53 mostram como configurar os
jumpers em função do tipo de CPU. Será preciso consultar a indicação do
nome completo do processador, o que está estampado na sua parte superior,
e inferior.
Figura 19.51
Layout de uma placa de CPU 486/586.
Figura 19.54
Trecho do manual de uma placa de CPU
486/586.
Overview
The OPTi 82C895 provides a highly integrated solution for fully compatible, high performance
PC/AT platforms. The chipset supports 486SX/DX/DX2, P24C and P24D microprocessors in the
most cost effective and power efficient designs. It offers optimum performance for systems run-
ing up to 50 MHz.
System features
Esta placa é chamada de “OPTI-895 Green 486 WB” (figura 55). Suporta
chips 486, até o máximo de 100 MHz. Sendo uma placa relativamente
antiga, não possui slots PCI, tendo apenas ISA e VLB. Portanto, para obter o
melhor desempenho possível, é preciso utilizar placas de expansão SVGA e
IDEPLUS na versão VLB. Permite a instalação de memórias SIMM de 30 ou
de 72 vias, uma característica comum nas placas de CPU daquela época.
Não possui interfaces IDE, para drives, seriais e paralela, como ocorre nas
placas de CPU mais modernas. Não está explícito, mas esta placa, assim
como muitas de sua época, e todas as de fabricação anterior, não possui no
seu BIOS a função LBA, que dá suporte a HDs com mais de 504 MB.
Figura 19.55
Layout de uma placa de CPU 486.
Placas SVGA
19-58 Hardware Total
As placas SVGA modernas não utilizam mais jumpers. Já os modelos
antigos, sejam ISA ou VLB, possuem em geral diversos jumpers que devem
ser configurados. É preciso ter o manual da placa para fazer a configuração
correta. Sem o manual, a operação se transforma em jogo de adivinhação,
portanto é realmente necessário encontrar o manual. Como não podemos
apresentar manuais de centenas de placas diferentes, mostraremos aqui o
exemplo de uma placa SVGA ISA e de uma placa SVGA VLB. Os jumpers
que você vai encontrar são muito parecidos com os das placas dos nossos
exemplos, mas terão nomes e posições diferentes.
Figura 19.58
Uma placa SVGA VLB.
JP1 - Monitor Type. Este jumper é usado para definir a freqüência horizontal
a ser usada na resolução de 1024x768. Nos monitores mais simples, que
chegam a uma freqüência horizontal máxima entre 35 e 38 kHz, devemos
deixar que seja usada a varredura entrelaçada na resolução de 1024x768.
Este é o caso do monitor Samsung SyncMaster 3. Devemos então ligar o
jumper entre 2-3. Os monitores modernos, como o Samsung SyncMaster
3NE e superiores, são capazes de operar com no mínimo 48 kHz de
freqüência horizontal. Assim, a resolução de 1024x768 pode utilizar a
Capítulo 19 – Configurações e jumpers 19-59
varredura não entrelaçada. Devemos então ligar um jumper entre 1-2. Se
você não tem certeza sobre a freqüência horizontal máxima suportada pelo
seu monitor, escolha a opção entrelaçada. Posteriormente você pode con-
sultar o manual do seu monitor para verificar se a varredura não entrelaçada
é suportada na resolução de 1024x768. Para isto, basta checar se a máxima
freqüência horizontal suportada pelo monitor é igual ou superior a 48 kHz.
JP2 - VESA Clock. Este jumper deve ser configurado de acordo com o clock
utilizado pelo barramento VLB, que é igual ao clock externo do processador.
Para clocks de 33 MHz ou inferiores (486DX-25, 486DX-33, 486DX2-50,
486DX2-66, 486DX4-75, 486DX4-100), deve ser ligado um jumper entre 1-2.
Quando o clock do barramento VLB for superior a 33 MHz (486DX-40,
486DX-50, 486DX2-80), o jumper deve ser colocado entre 2-3.
Figura 19.59
Descrição dos jumpers de uma placa
SVGA VLB.
OBS: Placas de vídeo VLB podem ficar “malucas” quando são instaladas em
um barramento de 40 MHz (exemplo, no 486DX2-80). É preciso atuar sobre
19-60 Hardware Total
o jumper que gera wait states, caso contrário, ocorrerão problemas na
imagem, como troca de cores, modos gráficos que não funcionam, imagens
com partes ausentes, etc.
Jumper Setting
JP4 Open*
JP5 Close Configure for 16-bit slot
JP6 Close
JP4 Close
JP5 Close Configure for 8-bit slot
JP6 Close
* Default Settings
Podemos constatar que esta placa possui muitos jumpers, o que era comum
nas placas SVGA ISA. Já as placas VLB possuem em geral menos jumpers, e
as placas PCI normalmente não possuem jumper algum. Os jumpers
existentes na placa do nosso exemplo são os seguintes:
JP2 - Esta placa, apesar de ser ISA de 16 bits, pode ser conectada tanto em
slots de 16 como de 8 bits. Em geral placas com esta característica podem ser
configuradas para detectar de forma automática o tipo de slot no qual são
conectadas. Este jumper, ao ser programado na opção CLOSED, habilita a
Capítulo 19 – Configurações e jumpers 19-61
detecção automática do tipo de slot. Na opção OPEN, este recurso é
desabilitado, sendo preciso definir o tipo de slot através dos jumpers JP4, JP5
e JP6.
JP7 - Este é outro jumper bastante comum nas placas SVGA antigas, e em
muitas das modernas. As placas VGA originais (assim como ocorre com as
SVGA) eram totalmente compatíveis com a placa EGA (Enhanced Color
Graphics Adapter). Essas placas utilizavam a interrupção 9 (IRQ9), e muitos
programas antigos contavam com esta característica. Placas modernas não
precisam mais utilizar a IRQ9, e oferecem a opção de usar (para manter
compatibilidade com programas antigos) ou não usar a IRQ9. A princípio,
devemos deixar a IRQ9 na placa SVGA desativada, assim poderemos usá-la
na instalação de outras placas (fax/modem, por exemplo). Para desativar a
IRQ9 nesta placa SVGA, basta remover o jumper JP7.
JP4, JP5 e JP6 - Esses três jumpers, em conjunto, definem o tipo de slot no
qual a placa será encaixada. Para usar um slot de 16 bits, devemos configurá-
los como OPEN, CLOSED e CLOSED (sem, com e com), e para usar um
slot de 8 bits, usamos a opção CLOSED, CLOSED, CLOSED.
Placas IDEPLUS
Assim como ocorre com outros tipos de placas, é absolutamente necessário
ter o manual para configurar corretamente os jumpers de uma placa
IDEPLUS. Comparando modelos diferentes, constatamos que os jumpers
dessas placas são mais ou menos parecidos, mas não têm os mesmos nomes
nem a mesma localização na placa. Mostraremos aqui dois exemplos para
que você saiba os jumpers que poderá encontrar.
Figura 19.60
Uma placa IDEPLUS VLB.
W5, W6 - Esses dois jumpers definem o endereço que será ocupado pela pri-
meira porta serial. O default é COM1, mas as placas IDEPLUS também
permitem configurar esta porta como COM3. A placa do nosso exemplo
permite, além dessas duas opções, configurar esta porta como COM4.
Temos ainda uma quarta opção, que é a de deixar esta porta desabilitada.
Figura 19.63
Parte do manual de uma placa IDEPLUS
ISA.
J6 - Com este jumper selecionamos se a primeira porta serial irá operar como
COM1 (default) ou como COM3.
19-66 Hardware Total
Figura 19.64
Parte do manual de uma placa IDEPLUS
ISA.
J7 - Possui a mesma função que J5, exceto que se aplica à segunda porta
serial. Com ele podemos habilitar ou desabilitar a segunda porta.
J12, J13, J14 e J15 – Usados para escolher as interrupções usadas pelas portas
seriais. Para cada uma delas, as opções são IRQ2, IRQ3, IRQ4 e IRQ5. Por
default, a primeira porta deve usar a IRQ4 e a segunda porta deve usar a
IRQ3.
J10 - Indica o endereço a ser usado pela porta paralela. As opções oferecidas
por esta placa são 378 e 278, mas existem placas que ainda oferecem 3BC.