Professional Documents
Culture Documents
Empresas
9 ETNOCÊNTRICAS
9 POLICÊNTRICAS
9 GEOCÊNTRICAS
(H. Perlmutter)
1
Gestão de Negócios Internacionais
TIPOS DE ACTIVIDADE
DAS EMPRESAS MULTINACIONAIS
(J. Dunning, 1993)
2. ACESSO A MERCADOS
3. GANHOS DE EFICIÊNCIA
Envolvente Local
Diversidade Processos de Inter-acção e Parceiros
Actividades e Papéis
y Diferenças Nacionais
y Divergência de Interesses
y Soberania
y Financeiro – Cambial
y Fiscal
y Jurídico
ENVOLVENTES MÚLTIPLAS
grupo no estrangeiro.
Contexto
Não mudar Mudar
EVITAR INFLUENCIAR
• Ignorar • Publicidade
• Procurar nicho • Lobby
para se esconder • Cooptação
REAGIR ADAPTAR
• Imitar o líder • Gestão Estratégica
• Reorganizar
a) a organização cresce;
b) a pirâmide organizacional se desenvolve;
c) a envolvente muda substancialmente,
o que liquida completamente as estratégias intuitivas até aí perseguidas pelos
empreendedores de sucesso.
Nos dias de hoje não é possível gerir com sucesso com base em regras
sólidas, estáveis e duradouras, políticas históricas ou simples extrapolações
das tendências actuais. Ao contrário, tem que se olhar para o futuro, definir
objectivos estratégias e as respectivas políticas. Em todas as áreas tem que
se ultrapassar a experiência e formação, captar a fotografia global, e fazer as
perguntas chave:
1. onde estamos?
2. onde estaremos dentro de um, dois, cinco anos se não mudarmos nada?
será isso aceitável?
3. se não, o que fazer, quais os riscos e potenciais prémios?
1.2. GLOBALIZAÇÃO
Impacto da Internet
Análise da envolvente
Formulação da estratégia
Implementação da estratégia
Avaliação e controlo
Ao nível interno o que deve ser avaliado são os pontos fortes e os pontos
fracos da organização relativamente às estratégias de longo prazo. É nesta
análise que se vão encontrar as eventuais vantagens (Strengths) competitivas
a proteger e as eventuais desvantagens (Weakness) a eliminar.
1.5.2. Formulação da Estratégia
Estratégia da Empresa
Estratégia do negócio
Estratégia funcional
Hierarquia da estratégia
Programas
Orçamentos
Os meios são sempre escassos, nomeadamente os financeiros, e os
orçamentos convertem em valores todos os programas destinados a atingir os
objectivos definidos, e servem para acompanhar e controlar o seu alcançar e
eventuais desvios. Os orçamentos servem, não só para detalhar
financeiramente os planos de implementação das estratégias, como também
para determinar o impacto futuro esperado pela implementação das ditas
estratégias e a nova situação financeira.
Procedimentos
Resultados
Para que a avaliação e controle se tornem efectivos, tem que haver um sistema
de comunicação aos diversos níveis da hierarquia, de forma que a informação
não resulte enviesada. Usando o sistema os gestores poderão comparar o que
está a ocorrer, em comparação com os objectivos traçados.
A mudança da estratégia
A formulação / discussão estratégica, não é um processo regular e contínuo.
Esta irregularidade pode perceber-se pela tendência muito humana de
continuar num determinado rumo até que algo de errado ou importante
aconteça, ou uma pessoa ou organização seja forçada a questionar as suas
acções e seus pressupostos.
Nas empresas há, normalmente um evento que acorda a sua estrutura para as
questões estratégicas:
uma mudança de líder;
uma crise financeira, resultante ou não de crises comerciais;
uma ameaça de compra;
um reconhecimento da própria equipa de gestão de que algo vai mal (perda
de quadros, de quota de mercado, etc.
Intervenção Externa – exemplo recusa de financiamento
Ponto de inflecção estratégico – alterações major de tecnologia,
regulamentares, valores e preferências dos clientes.
1.5.6. Formulação da Decisão estratégica
Quadro
Corporate governance (p.26)refere-se á relação entre estes três (directores, gestão de topo,
accionistas) grupos na determinação da direcção e performance da organização
Na última década os accionistas têm questionado o papel dos directores devido à corrupção de
casos como a Enron, Tyco, etc em que os directores demonstram um alinhamento com o CEO
e esquecem os interesses dos accionistas.
Geralmente, quanto mais pequena for uma corporação menos activos são os directores.
o Affiliated directors
o Retired directors
o Family directors
A globalização dos negócios também teve impacto nos directores. A Europa é a regiaõ mais
globalizada, isto é com directores “não nacionais”.
É muito recente nos EUA. Muitos têm acções da empresa e portanto são também accionistas
apesar de pequenos.
Outra foram de representação é a de ter uma pessoa do sindicato presente. Outra é a de ter
“conselhos de empregados” para trabalhar de perto com os gestores.
Interlocking directors
o Direct interlocking - quando duas empresas partilham um director
o Indirect interlocking – quando duas empresas partilham um director de uma
terceira empresa
Muitas empresas têm esta situação com instituições financeiras.
Este método permite obter informações internas sobre um ambiente incerto e conhecimento de
estratégias potenciais e tácticas.
Existem evidências que indicam que empresas que estão bem “interlocked” são mais capazes
do que outras para sobreviver num ambiente altamente concorrencial.
2
Organização do Quadro de Directores
Muitos dos que preferem esta dupla função numa só pessoa concordam que um “outside
director” faça a eleição de um “Lead Director” que faz a avaliação anual do CEO e é consultado
sobre os assuntos do quadro de directores.
Responsabilidades
1. Liderança executiva e visão estratégica
Responsabilidades – envolve adquirir coisas realizadas atrvés e com outros no sentido
de satisfazer os objectivos da organização
Líder executivo – na direcção das actividades direccionadas á realização dos objectivos
da organização
Visão estratégica – é a descrição naquilo que a empresa é capaz de se tornar.
O CEO articula a visão estratégica para a organização
O CEO apresenta um papel para os outros identificarem e seguirem
O CEO comunica altos standards de desempenho e também mostra confiança nas
capacidades dos seus seguidores para alcançar estes standards.
3
2. Gerir o processo de planeamento estratégico
Os gestores devem lidar com interesses conflituosos de uma forma ética para poder fazer um
plano estratégico viável.
2 visões:
STAKEHOLDERS
Grupos com interesse nas actividades de uma organização; afectam ou são afectados por
essas actividades.
4
2.4 DECISÔES ÉTICAS
Código de ética
• Clarifica as expectativas de conduta dos empregados da empresa em várias situações
• Torna claro que a empresa espera dos seus colaboradores que reconheçam as
dimensões éticas nas decisões e acções
1. Uma acção é ética se a pessoa quer que essa mesma acção seja feita por todos numa
situação idêntica.
2. Uma pessoa nunca deverá tratar outro ser humano como um meio mas sempre como um
fim.
5
2. 5 IMPACTO DA INTERNET NA DIRECÇÃO CORPORATIVA E RESPONSABILIDADE
SOCIAL
Exemplos de problemas
6
4 - INTERNAL SCANNING: ORGANIZATIONAL ANALYSIS
A estratégia tem sido definida como o “encontro (equilíbrio) que uma organização realiza entre
os seus recursos internos, as suas competências ..... e as oportunidades e riscos existentes no
seu meio envolvente” (“the match an organization makes between its internal resources and
skills .... and the opportunities and risks created by its external environment”). (1978, Charles
W. Hofer and Dan Schendel, Strategy Formulation:Analytic Concepts ,St.Paul, MN:West,p12).
Assim, além das ameaças e oportunidades externas, a avaliação da empresa deve ser
igualmente realizada com base nos factores estratégicos internos – forças e fraquezas que
permitem que a empresa tire vantagens das oportunidades e evitar ameaças.
A análise interna representa é a análise da organização e consiste na identificação e
desenvolvimento dos recursos da organização.
Fraquezas Ameaças
4.1.1. Recursos
“Não existe algo chamado ‘recurso’ até que o homem encontre um uso para alguma coisa na
natureza e assim o dote de valor económico.” ( Drucker).
Num artigo datado de 1985, Wernerfelt define recurso com “qualquer coisa que pode ser
pensado como um ponto forte ou uma fraqueza de uma dada empresa”.
Teece, Pisano and Shuen (1997, Dynamic Capabilities and Strategic Management, in Strategic
Management Journal, Vol. 18, No 7, 1997, pp.509- 533) definem recursos como “activos
específicos de uma empresa que são difíceis senão impossível de imitar” dando como
exemplos, os segredos comerciais, a especialização de algumas fábricas e experiências
vividas por engenheiros envolvidos na produção. Tais activos são difíceis de transferir de uma
empresa para outra devido a custos de transacção e de transferência, e também porque estes
activos muitas vezes contêm algum conhecimento tácito.
Se a resposta for afirmativa para um qualquer recurso, este é considerado uma força e uma
competência distintiva.
As competências distintivas da empresa baseiam-se nos seus recursos e capacidades, que
podem ser representados por activos tangíveis, tais como sistemas de distribuição, invenções
patenteadas ou economias de escala ou por activos intangíveis, tais como reputação, imagem
de marca ou o potencial dos recursos humano. As empresas expandem-se utilizando estes
recursos pré-existentes.
2
Coletivo/Tácito
Facilidade
em
Coletivo/Explícito
Proteger
Individual/Explícito
Individual/Tácito
Facilidade em Transferir
Na cadeia de valor da empresa, mesmo que seja uma empresa com integração total, existirá
uma área onde reside o centro de gravidade da empresa, onde aloca as suas competências
nucleares.
A vantagem competitiva de uma empresa tem sua origem nas diferentes actividades que ela
executa. Cada uma destas actividades contribui para a posição de custos da empresa, além de
criar uma base para a sua diferenciação. O conjunto de todas as actividades executadas
constitui a Cadeia de Valor da empresa.
3
Passos da análise:
o Examinar cada linha de produto da cadeia de valor em termos das várias actividades
envolvidas na produção desse produto ou serviço.
o Examinar os “linkages” entre cada linha de produto da cadeia de valor
o Examinar as potenciais sinergias entre as cadeias de valor de diferentes linhas de
produtos ou business units - Conseguem-se economias de escala pela partilha de fases
da cadeia para produtos diferentes.
• Estrutura simples
• Estrutura funcional
• Divisões
• Strategic business units (SBU’s)
o Missão única
o Concorrentes identificados
o Focus no Mercado externo
o Controlo das suas funções de negócio
• Conglomerada (holding)
Cultura empresa – uma colecção de crenças, expectativas e valores que são apreendidos e
partilhados, e transmitidos de uma geração para outra pelos membros da organização, que em
geral reflecte os valores do fundador e a missão da empresa:
a) fornece identidade
b) ajuda a gerar um compromisso por algo superior ao indivíduo
c) ajuda a na estabilização social da organização
d) fornece uma referência que modela o comportamento das pessoas
• Intensidade - é o grau para o qual os membros de uma unidade aceitam normas, valores
ou outros conteúdos de cultura
• Integração - é a extensão para a qual as unidades ao longo da organização partilham
uma cultura comum.
4
4.3.3. Marketing & estratégia: (p.89)
É a primeira ligação da empresa com o cliente, logo deverá haver uma preocupação do gestor
com o posicionamento de marketing e o marketing mix.
5
Impacto da descontinuidade tecnológica e a estratégia
Prahalad e Hamel (1994) identificaram forças que criam impacto na natureza da competição
dentro de uma indústria neste início de século. Essas forças estão a alterar as fontes de
vantagens das empresas e a economia das indústrias através de novas e imprevisíveis
maneiras. Uma delas é a descontinuidade tecnológica, que tal como Richard Foster referiu é
um fenómeno com importância estratégica fundamental uma vez que impede que o incremento
de uma tecnologia anterior, sendo unicamente possível a sua substituição pela nova tecnologia.
O gestor deve determinar quando abandonar a presente tecnologia e quando desenvolver ou
adoptar nova tecnologia.
Produção contínua - são aqueles em que os produtos podem ser continuamente agrupados ou
processados. Operating leverage é o impacto de uma mudança específica no volume de
vendas ou no lucro líquido. Os custos fixos são mais elevados mas com uma alteração das
vendas e atingindo o breakeven os lucros crescem muito mais rapidamente.
A preocupação com o fortalecimento do capital intelectual tem mudado a gestão dos recursos
humanos nas empresas. Observa-se que os processos de recrutamento e selecção têm-se
modificado, no sentido de usar novas técnicas capazes de identificar pessoas com potencial de
crescimento, flexibilidade e pensamento estratégico (Vasconcelos, 2000).
6
Fischer, citado por Fleury & Fleury (2000), identificou alguns pontos fundamentais da gestão
estratégica dos recursos humanos nas empresas, voltadas à gestão do conhecimento. Entre
eles destacam-se: a capacitação de competências necessárias às estratégias de negócio e o
desenvolvimento de competências essenciais.
Matriz IFAS auxilia a conhecer melhor os pontos fortes e fracos da organização, ao levantar
informações sobre os recursos organizacionais disponíveis.
7
5 – FORMULAÇÃO DA ESTRATÉGIA: ANÁLISE DA SITUAÇÃO E DO NEGÓGIO
A SWOT começou a ser desenvolvida nos anos 60, nas escolas americanas de administração.
Desenvolvido essencialmente pela Escola de Harvard foi a base da formulação estratégica das
décadas seguintes.
O objectivo inicial era focalizar a combinação das "forças e fraquezas" de uma organização
com as "oportunidades e ameaças" provenientes do mercado. MONTANA e CHARNOV (1998)
explicam que esta abordagem utiliza a opinião dos executivos da organização para avaliar os
pontos importantes do planeamento.
O objectivo da SWOT é definir estratégias para manter pontos fortes, reduzir a intensidade de
pontos fracos, aproveitando oportunidades e protegendo-se de ameaças. Diante da
predominância de pontos fortes ou fracos e de oportunidades e ameaças, pode-se adoptar
estratégias que busquem a sobrevivência, manutenção, crescimento ou desenvolvimento da
organização
Críticas à análise SWOT
Um dos outcomes desta análise é encontrar um nicho onde a organização possa fazer uso das
suas competências nucleares e ter vantagem competitiva numa oportunidade do mercado.
Nichos são pequenos segmentos que têm sido ignorados ou negligenciados pelos outros e que
oferecem oportunidades de negócios incrementais, mas que no entanto têm de ter as seguintes
características:
Não sendo possível encontrar um nicho, por vezes a empresa pode procurar um janela
estratégica, que consiste numa oprotunidade de mercado única num período particular de
tempo.
2
5.3. Revisão da missão e objectivos
HISTÓRIA DA EMPRESA
PREFERÊNCIAS DA
DIRETORIA
AMBIENTE DE MISSÃO DA
MERCADO EMPRESA
RECURSOS DA
EMPRESA
COMPETÊNCIAS
DISTINTAS
SETOR DE ATUAÇÃO
PRODUTOS E BENEFÍCIOS
GRAU DE
MISSÃO DA VERTICALIZAÇÃO
EMPRESA COMPETÊNCIAS DA
EMPRESA
SEGMENTAÇÃO DE
MERCADO
ESCOPO GEOGRÁFICO
3
5.4. Gerar Alternativas estratégicas através da matriz TOWS
A Estratégia S-O (ou, Maxi-Maxi), que constitui a situação mais desejável, pois baseia-se na
exploração das Forças Internas, para retirar vantagens das Oportunidades presentes no
Ambiente Externo (o objectivo principal deverá ser deslocar-se de outras posições na matriz
para esta situação);
A Estratégia S-T (ou, Maxi-Mini), que se baseia na organização das Forças para lidar com as
Ameaças presentes no ambiente externo, com o objectivo de maximizar as primeiras e
minimizar as últimas
A Estratégia W-O (ou, Mini-Maxi), que constitui um plano de desenvolvimento que pretende
converter as Fraquezas em Forças, dadas as Oportunidades presentes no ambiente externo.
É de notar que, os ambientes interno e externo são dinâmicos, estando sujeitos a várias
transformações, logo os factores (Forças, Fraquezas, Oportunidades, e Ameaças)
apresentados numa determinada Matriz TOWS, dizem respeito a momentos particulares no
tempo (Weihrich e Koontz, 1994). Por conseguinte, o estratega deve preparar várias Matrizes
TOWS, em diferentes momentos do tempo, tomando em consideração uma análise sequencial,
incluindo Matrizes TOWS referentes ao passado, presente, e a diferentes momentos (cenários)
do futuro (Weihrich e Koontz, 1994).
4
5.5. Estratégias corporate
5.5.1. Collusion
Cooperação activa entre empresas de modo a reduzir os seus outcomes e aumentar preço,
torneando assim a lei da oferta e da procura.
É uma parceria entre duas empresas de modo a conseguirem atingir objectivos estratégicos
significativos dos quais ambas beneficiam.
Motivos:
5.5.2.1. Concórcios
Empresas similares numa mesma indústria constituem uma parceria para atingirem benefícios
comuns, que isoladamente seriam excessivamente dispendiosos.
5.5.2.2. Joint-ventures
Acordo entre duas ou mais empresas independentes que institui uma entidade económica, com
funções de uma empresa autónoma ou, pelo menos, exerce uma actividade relativa à produção
de bens ou à prestação de serviços.
Aliança forte e próxima quando empresas estabelecem acordos de longo termo com
fornecedores chave ou distribuidores chave.
Operacionais
Estratégicos
6
6 – FORMULAÇÃO DA ESTRATÉGIA
2. Estratégia de portfolio – indústrias ou mercados nos quais a empresa compete através dos
seus produtos e SBUs.
WRIGHT, KROLL e PARNELL (2000) destacam que uma empresa pode adoptar uma
estratégia corporativa de:
Crescimento - quando dispõe de recursos ou tem oportunidades que lhe permitam aumentar
a participação de mercado, e o valor da empresa;
1
6.1.2.1 - Estratégias de Crescimento
a) Concentração
2
A diversificação no contexto da estratégia corporativa representa a presença empresarial
em mais de um sector, com o intuito de reduzir as incertezas e dificuldades enfrentadas por
empresas que atuam em um único sector.
o Exportação
o Licenciamento
o Franchising
o Joint Ventures
o Aquisições
o Desenvolvimento em Green-field (não querem herdar problemas anteriores das
fábricas e empresas em conjunto com os seus activos, optando por construir novas)
o Partilha de produção (alta tecnologia dos países desenvolvidos + mão de obra barata
nos PEVD)
o Operações chave na mão
o BOT (Built, Operate, Tranfer)
o Contratos de gestão
A decisão a favor ou contra uma diversificação ou foco é um dos pontos mais delicados para
se discutir e chegar a um consenso, visto que deve estar totalmente baseado em decisões
estratégicas, metas, objectivos e resultados esperados.
Alguns motivos ou factores básicos que levam uma empresa a se diversificar podem ser
apresentados. “Pode-se apontar em primeiro lugar o equilíbrio oligopolista, significando a
dificuldade que a empresa possa ter de crescer mais rapidamente que o mercado no qual
actua (local, regional, nacional) em função do alcance do equilíbrio de mercado, em que as
participações estão mais ou menos cristalizadas, sendo muito difícil aumentar a participação
em cima dos concorrentes”. (TACHIZAWA, 2000). Outro problema é o excesso de recursos,
3
isto é, a empresa possui uma reserva maior do que a necessária para investir em seu
mercado foco, transparecendo a necessidade de investir em outros mercados para obter um
crescimento. Além disso, muitos executivos baseiam-se nas desvantagens da especialização
para propor modificações na estratégia da empresa, iniciando uma diversificação.
Entretanto, verifica-se que cada negócio possui sua própria cota de risco, e de certa forma, a
diversificação pode reduzir esta cota, mas sempre haverá uma quantidade de risco
intrínseca.
Mas a diversificação não pode ser entendida como a solução para todos os problemas, para
todas as empresas. É um processo que envolve riscos, que, em igual condições, são
maiores que os riscos da expansão.
Indo um pouco além, CHRISTENSEN (1999) destaca algumas das razões que fatalmente
levaram ao fracasso as estratégias corporativas de diversificação: falta de análise prévia
sobre a existência de compatibilidade entre a oportunidade e mercado e os recursos e
capacidades da empresa; não reconhecimento de que a falta de oportunidades em certo
negócio não significa a capacidade de ser bem sucedido em um novo negócio; tentativa de
criar um fluxo de lucros mais estável; e tentativa de proteger investidores pessoas físicas
(accionistas) da dupla tributação dos dividendos, por meio do reinvestimento dos excessos
de caixa na compra de novas empresas.
4
Apesar da sua importância, PORTER (1999) afirma que não existem evidências disponíveis
que comprovem de forma satisfatória o êxito ou o fracasso das estratégias corporativas, uma
vez que a maioria dos estudos que abordam essa questão o faz por meio da análise e
avaliação das fusões e aquisições no mercado bolsista. O autor destaca que o mercado
avalia essas negociações como neutras ou levemente negativas. Para ele, uma forma
correcta de avaliar as estratégias corporativas seria pelos programas de diversificação.
a) Pausa/prossiga com cuidado – parar para decidir se optam por crescimento ou redução;
normalmente utilizada de forma temporária esperando a oportunidade de a envolvente se
tornar mais hospitaleira.
b) Sem alterações – não fazer nada; empresas estáveis com posições competitivas
modestas que não são afectadas grandemente pela mudança da envolvente.
c) Lucro – esperar por melhores dias gerando lucros de forma “artificial” para não fornecer
maus resultados ao mercado e accionistas.
a) Turnaround
b) Captive
c) Venda ou desinvestimento
d) Liquidação ou falência
5
A análise dessa matriz permite ter-se a visão dos resultados e da posição estratégica da
empresa em relação ao portfólio dos seus atuais produtos e a projeção dos movimentos
estratégicos possíveis para cada produto.
6
6.1.3.2. Matriz GE/McKinsey
Passos:
7
FORÇA DO NEGÓCIO (Posição Competitiva)
Forte Média Fraca
ATRATIVIDADE DO MERCADO 5.00 3.67 2.33 1.00
Alta 5.00 Juntas
Acessórios
Bombas para a indústria
hidráulicas aeroespacial
3.67
Baixa Média
Embreagens
Bombas
de
combustível
Diafragmas
2.33 flexíveis
Válvulas de
escape
1.00
Investir/crescer Seletividade/ganhos Colher/abandonar
Questões:
a) é complicada e estranha
b) a atractividade embora numérica é elaborada com uma escala subjectiva
c) não descreve com efectividade as posições dos novos produtos ou negócios em indústrias
deenvolvidas.
Consiste no uso de uma matriz, onde no eixo vertical considera-se a atractividade do país
(taxa de crescimento, dimensão do mercado, tipo de governo, etc) e no eixo horizontal a
força competitiva do produto (market share, margem, suporte, etc).
Os produtos então são distribuídos nos quadrados, e de acordo com as suas posições
relativas são tomadas decisões de investimento, crescimento, joint venture, cash, etc.
Vantagens
a) encoraja os gestores de topo a avaliar cada SBU e alocar recursos por cada
b) estimula o uso dados orientados pelo exterior para o julgamento
c) destaca a disponibilidade de Cash-flow para crescimento e expansão
d) a descrição gráfica facilita a comunicação
8
Limitações
Questões:
9
6.1.4.2. Construção de matriz Parenting-fit
a) Negócio na Hartland
b) Negócio no limite da Harland
c) Negócio Ballast
d) Negócio em Alien Territory
e) Negócio de Value Trap
10
6.2. Estratégia de negócio
Vantagem de custo sustentada - Depende dos “Cost drivers”. Em geral, os “Cost drivers”
chave a explorar para criar uma vantagem sustentada são:
• Escala
• Ligações funcionais
• Inter relações
• Integração
• Timing
• Experiência
11
Mas..
Sustentabilidade da diferenciação:
12
“Pitfalls” usuais na diferenciação
- Variedade de produto
- Tipo de cliente
- Canal de distribuição
- Área geográfica
13
6.2.1.4. Questões das estratégias genéricas
14
6.2.1.5. Riscos associados às estratégias genéricas de Porter
15
6.2.1.6. Estrutura da indústria e estratégia competitiva
16
6.2.1.8. Qual é a melhor estratégia competitiva
Esta relação exige que o mercado seja definido por forma que às empresas diferenciadas ou
que adoptam estratégias de enfoque sejam atribuídas quotas elevadas em algumas
indústrias definidas de modo limitado
E que às empresas lideres de custo as definições de indústria sejam definidas de forma
ampla.
17
6.2.1.9. Qual é o melhor timming para competir
Vantagens no pioneirismo
o Reputação
o Tomada de posição
o Custos de mudança
o Avanço favorável na curva de aprendizagem
o Acesso favorável a recursos
o Definição de normas
o Barreiras institucionais
o Sobre-lucros iniciais
Desvantagens do pioneirismo
o Custos do pioneirismo
o Obtenção de autorizações
o Formação de clientes
o Desenvolvimento de infra-estruturas
o Desenvolvimento de produtos complementares
o Custos elevados dos inputs iniciais
o Incerteza quanto à procura
o Alterações das necessidades dos consumidores
o Especificidade dos investimentos iniciais
o Descontinuidades tecnológicas
18
5.4.1.10. Onde competir – tácticas
Ofensivas
o Ataque frontal
o Ataque pelos flancos
o Ataque em bypass
o Ataque em círculo
o Guerrilha
Defensivas
Linha completa de produtos em todos os segmentos de mercado lucrativos para fechar todos
os pontos de entrada
Bloqueio aos canais de acesso por acordos exclusivos com os distribuidores
Subir os custos de mudança dos consumidores oferecendo treino para utilizador a preço-baixo
Subir os custos de tentar ganhar utilizadores mantendo os preços baixos em items que novos
consumidores provavelmente quase comprarão.
Aumentar economias de escala para reduzir custos unitários
Excluir alternativas tecnológicas através de patentes ou licenciamentos
Limitar o acesso do exterior ao pessoal
Amarrar os fornecedores obtendo contratos exclusivos ou comprando locais chave
Evitar fornecedores que também servem os concorrentes
Encorajar o governo a aumentar as barreiras de segurança, standards de poluição e políticas
favoráveis de comércio
19
7 – Formulação da estratégia: Estratégia funcional e selecção da estratégia
Lida com o dia-a-dia operacional da organização, no que diz respeito ao padrão adoptado na
tomada de decisões funcionais. É a abordagem que as áreas funcionais fazem para atingir as
estratégias e objectivos da corporativa e das SBUs de modo a maximizar a produtividade dos
recursos.
Concentre-se no que faz melhor do que os rivais e entregue o restante a especialistas. Esta é a
ideia-chave do outsourcing, um conceito cada vez mais popular entre as empresas.
Originalmente o outsourcing era confundido com a simples subcontratação, circunscrevendo-se
a actividades de baixo valor acrescentado, e afastadas do negócio vital de cada empresa como
os serviços limpeza, de segurança, o correio expresso, etc.
O aumento da competitividade dos mercados forçou as empresas a passarem a concentrar os
seus melhores recursos no seu negócio vital, criando oportunidades de outsourcing de
actividades, funções ou processos que não seriam sequer imagináveis: transporte,
armazenamento, frotas, funções financeiras, sistemas informáticos, etc.
Como o implementar
Os processo típicos de outsourcing (a não ser que apenas digam respeito a serviços de menor
valor acrescentado para a empresa) devem ser assumidos pela gestão de topo que, depois
poderão entregar a sua execução a uma equipa interna (de preferência multidisciplinar). Como
se trata de uma ferramenta estratégica é importante que o topo da empresa seja envolvido nas
decisões.
Existem, pelo menos, cinco grandes passos no processo de decisão de outsourcing:
2
Vantagens - Os estudos feitos sobre o assunto dizem que, em média, o outsourcing conduz a
uma redução de custos de 9% e ao aumento da produtividade em 15%. Em termos genéricos,
podemos destacar as seguintes grandes vantagens do conceito:
3
Incerteza quanto à evolução do negócio;
Risco de surgirem, num futuro próximo, subcontratados mais eficientes e com maior
diversidade de soluções;
Risco de surgirem melhores alternativas em relação ao desempenho das actividades,
Risco de a organização se encontrar numa situação fragilizada e sem competências
internas para se adaptar à mudança;
perigo de a subcontratação se traduzir no aparecimento de mais um interlocutor a
dificultar a comunicação e a gerar conflitos entre as várias partes envolvidas;
Eventual ocorrência de custos ocultos;
Tendência em considerar o outsourcing como um fim e uma solução definitiva, em vez
de um meio de concentração de recursos em áreas vitais.
Duas estratégias
Penetração Desenvolvimento
organizacionais
de mercado de mercado
possíveis
Aumentar a participação de
Aumentar o volume de mercado em 5%, atraindo
Objetivos de MKT compra dos clientes atuais novos segmentos até o final
possíveis em até 10% neste ano do ano
Lida com a melhoria e inovação de produto e processo e o modo como deve ser obtida a
tecnologia (desenvolvimento interno, aquisição, alianças estratégicas).
Job Shpo
Sistemas de produção flexíveis
Linhas dedicadas
Produção em massa
Produção modular
Customização de massas
Várias fontes
Uma única fonte
JIT
7.1.9. Estratégia de RH
a) Seguir o líder – a imitação pode parecer uma boa ideia mas ignora as forças e as fraquezas
específicas da empresa.
b) Procura de outro “Home run” – empresas que tiveram um grande sucesso num produto
em que foram pioneiras tendem a procurar por outro super produto, com uma probabilidade de
sucesso baixa.
c) Batalha – guerra cega com competidor por market share, sem preocupação com os
resultados da empresa.
e) Perder a mão – investir tanto numa estratégia que a gestão de topo não quer reconhecer o
erro.
5
7.3. Escolha da estratégia: selecção da melhor estratégia
Não se trata de uma previsão, mas de narrativas possíveis de futuros diferentes e divergentes,
desenhados especialmente para ressaltar os riscos e as oportunidades inerentes às
estratégias, enriquecendo o processo de planejamento.
Construcção:
2 – Construir compromisso financeiro pro forma geral (com base nos dados do ano anterior)
É a pressão, ponderada pela sua posição relativa, dos vários stakeholders que influencia a
selecção da melhor alternativa estratégica. Os estrategas devem ser capazes de escolher
alternativas que minimizem as pressões externas e maximizem a probabilidade de ganhar o
suporte dos stakeholders. Os gestores de topo podem adicionalmente propor políticas que
influenciem os stakeholders chave.
6
7.3.1.3. Pressão da cultura
Se uma estratégia for incompatível com a cultura de uma organização a hipótese de sucesso é
muito reduzida.
Não é um processo pacífico, envolve debate, o que melhora a qualidade das decisões e
encoraja a avaliação crítica.
Cada estratégia alternativa deve ser avaliada face aos seguintes critérios:
a) exclusividade mútua
b) probabilidade de sucesso
c) completa
d) consistência interna
7
9 – IMPLEMENTAÇÃO DA ESTRATÉGIA: GESTÃO RH E DIRECÇÃO
Uma das chaves para a implementação são os RH: contratar, despedir, promover as pessoas
certas. Outra chave é dirigir através de objectivos específicos e claros de desempenho e pela
promoção de uma cultura de grupo corporate.
Neste caso os requisitos para a gestão devem estar enquadrados com a estratégia definida.
Por exemplo, as promoções devem ser consideradas não apenas em função do desempenho
mas também da implementação de novas estratégias.
Depois de formulada uma nova estratégia a organização pode ter de alterar os seus critérios de
recrutamento e formação.
O tipo de gestor deverá estar em função da direcção estratégica da empresa ou da SBU (ex:
perito indústria dinâmica, gestor analítico de portfólios, planeador cauteloso de lucros,
liquidatário profissional, etc)
A selecção e gestão deve ter em conta não apenas a adequação de atributos e experiências
mas também a sua potencialidade para crescer na organização.
9.1.4. RH internacionais
Devido às diferenças culturais o estilo de gestão e as práticas de RH devem ser adaptadas aos
países de destino, sendo já normal a formação intercultural de gestores através da sua rotação
em empresas subsidiárias.
9.2 LIDERANÇA
Uma vez que a cultura organizacional exerce uma influência poderosa no comportamento dos
membros da empresa, pode afectar de forma decisiva a capacidade da empresa para alterar o
seu direccionamento estratégico.
As organizações são naturalmente avessas à mudança e conservadoras. Não existe uma
cultura óptima mas a estratégia deve estar de acordo com a cultura e a sua gestão tem uma
particular importância na implementação de estratégias.
a) integração
b) assimilação
c) separação
d) desculturação
Fornecem uma oportunidade à organização para ligar os objectivos individuais em cada nível
aos do nível imediatamente superior
9.2.4 TQM
2
10 – AVALIAÇÃO E CONTROLE
Criar processos de controle periódico, nos quais tais informações são apresentadas e
discutidas com a alta administração dos eventos ocorridos e das alternativas de solução
possíveis.
Em síntese, a montagem dos processos de controle empresarial deve ser um dos primeiros
esforços sistemáticos das equipes de planejamento em uma organização, pois estes processos
fornecerão as bases de informação e induzirão os executivos a comportamentos
indispensáveis para que o planejamento seja transformado em processo organizacional
permanente e rotineiro.
ROI – medidas como esta são apropriados para avaliar a capacidade da empresa ou divisão
para atingirem os objectivos de rentabilidade desejados. Os objectivos de produtividade podem
ser avaliados através de controles estatísticos de processo.
10.2.2 Tipos de controlo
a) controle comportamental
b) controle de outputs (resultados face a objectivos ou targets)
c) controle de inputs (motivação, recursos)
É um método contabilistico que aloca custos fixos e indirectos a produtos ou linhas baseado
nas actividades de valor acrescentado incorporadas no produto.
Centros de responsabilidade
b) centros de receitas
c) centros de despesas
d) centros de lucros
e) centros de investimentos
b) Repatriação de lucros
2
10.3. Sistemas de informação estratégicos
• ERP
As avaliações do longo prazo não são geralmente efectuadas em virtude dos executivos não
perceberem a sua importância, acharem que as de curto prazo são mais importantes, o seu
desempenho não é avaliado no longo prazo e não têm tempo para o fazer.
Deslocamento de finalidade
3
10.7. Uso da Auditoria Estratégica para avaliar o desempenho da Corporação
7. Implementar a estratégia
8. Avaliação e controle
4
3 – Análise do ambiente e da industria
As empresas pioneiras muitas vezes falham. Não se adaptam às mudanças ambientais. Para
ter sucesso é necessário estar sintonizado com o ambiente.
Esta incerteza ambiental por um lado é uma ameaça, mas por outro é uma oportunidade para
introduzir inovação.
“Neste ambiente em que mudanças ocorrem com altíssima velocidade, perceber tendências,
visualizando as mudanças antes que elas ocorram, passa a ter um valor extraordinário como o
factor decisivo do sucesso e, às vezes, da própria sobrevivência”
Michael Scott Morton - Mit
• Economico
• Tecnologico
• Politico-Legal
• Sociocultural
•
o Tendências socioculturais:
Aumentar consciência no ambiente
Crescimento dos mercados seniors
Impacto da explosão da geração Y
Declínio do mass market
Mudar o passo e o local de vida
Alterar a composição da casa
Aumentar a diversidade da força de trabalho e dos mercados
MACROAMBIENTE VARIÁVEIS
• Distribuição da renda
ECONÔMICO • Globalização
• Disponibilidade de crédito
• Clima econômico
• Escassez de matérias-primas
NATURAL • Custo da energia
• Poluição / meio-ambiente
• Mudanças tecnológicas
TECNOLÓGICO • Oportunidade de Inovação
• Recursos para P & D
Actividade daqueles que afectam e são afectados directamente pela organização (governo,
comunidades locais, fornecedores, concorrentes, etc) – Competitive activity Report
O conjunto destas forças determina o potencial de lucro final na indústria, que é medido em
termos de retorno no longo prazo sobre o capital investido. A meta da estratégia competitiva
para uma unidade empresarial numa indústria é encontrar um posicionamento dentro dela em
que se possa defender melhor contra estas forças competitivas ou influencia-las em seu favor.
a) economias de escala
b) diferenciação do produto
c) necessidades de capital
d) custos de mudança
e) acesso aos canais de distribuição
f) desvantagens de custos independentes de escala
o tecnologia patenteada
o acesso privilegiado a matérias primas
o localizações favoráveis a preços interiores
o subsídios oficiais
o anos de experiência
g) política governamental
h) retaliação prevista
3
Rivalidade entre empresas: (p.62) - Consequência da interacção de vários factores
estruturais:
Limitam o retorno potencial de uma indústria impondo um limite aos preços que as empresas
poderiam lucrar.
4
Poder de negociação dos fornecedores: (P.63)
a) É dominado por poucas empresas e é mais concentrado do que a indústria para a qual
vende
b) Não está obrigado a lutar com outros produtos substitutos
c) A indústria não é um cliente importante para o grupo fornecedor
d) O produto dos fornecedores é um “input” importante para o negócio do comprador
e) Os seus produtos são diferenciados ou o grupo desenvolveu custos de mudança
f) Representa uma ameaça concreta de integração para a frente
A tensão dinâmica entre estes dois factores resume-se em: Think globally, but act locally (p.65)
Para interagir com o ambiente e construir uma postura flexível frente à imprevisibilidade das forças externas, as
organizações desenvolvem determinados tipos de comportamentos estratégicos. Nesse sentido, Miles & Snow
(1978) desenvolveram uma tipologia de comportamento estratégico com base na capacidade de resposta da
empresa às condições de mudança do ambiente.
• Defenders
• Prospectors
• Analyzers
• Reactors
Defensivas - apresentam uma visão mais conservadora no que se refere ao desenvolvimento de produtos e
mercados, apresentando estreitos domínios de produto-mercado. Raramente investem na introdução de novas
tecnologias, focando então em melhorias da eficiência das operações já existentes.
5
Analíticas – observa-se uma mistura entre as defensivas e as prospectoras, uma vez que as mesmas operam em
dois tipos de domínios de produto e mercado. Um é relativamente estável em que as organizações operam de
forma rotineira e eficiente a partir de estruturas e processos formalizados, e outro é baseado em mudança onde a
alta administração observa os concorrentes e investe na adopção de ideias promissoras envolvendo a exploração
de novos produtos e mercados.
Reactivas – são aquelas em que a alta administração frequentemente percebe as mudanças e as incertezas que
ocorrem no ambiente em que estão inseridas, mas demonstram incapacidade de dar respostas às mudanças
ambientais. Miles & Snow (1978) destacam que estas organizações apresentam um desempenho inferior aos
demais tipos estratégicos.
Assim, as organizações com comportamentos estratégicos defensivos, prospectores e analíticos podem ser
consideradas como formas estáveis de organização se houver um alinhamento entre a estratégia, os processos e
a estrutura. Já as reactivas revelam um não alinhamento entre estratégia e estrutura, caracterizando formas
instáveis de organizações.
3.2.6. Factores críticos de sucesso para criar uma matriz da indústria – matriz CPM
FCS são aquelas variáveis que podem afectar de modo determinante o posicionamento
competitivo global de todas as empresas dentro de uma indústria. Variam de indústria para
indústria e são fundamentais.
6
3.3. Competitive Intelligence
A análise ambiental fornece bastantes dados e tendências, mas para prever se as tendências
se mantêm ou alteram é preciso intuição e sorte, baseando-nos em pressupostos que nem
sempre estão correctos.
Técnicas de previsão:
• Extrapolação
• Brainstorming
• Opinião de Experts
• Técnica de Delphi
• Modelos Estatísticos
• Descrição de Cenários – Cenário é o conjunto formado pela descrição de uma situação
futura e do encaminhamento dos acontecimentos que permitem passar da situação de
origem à situação futura” O futuro é múltiplo e o caminho não é único. Técnica mais
usada.
• Cenário da Indústria
o Examinar possíveis mudanças nas variáveis sociais globais
o Identificar incertezas nas 6 forças no ambiente de tarefas.
o Conceber uma escala de pressupostos plausíveis acerca das tendências futuras
o Combinar pressupostos acerca das tendências individuais dentro dos cenários
consistentes internos
o Analisar a situação da indústria que prevalece perante cada cenário
o Determinar as fontes de vantagem competitiva para cada cenário
o Prever ambiente dos concorrentes para cada cenário
o Seleccionar os cenários mais prováveis e usá-los na formulação da estratégia
GESTÃO INTERNACIONAL
1. A Gestão Internacional
Segundo o World Investment Report 1995 existiam nessa altura 40 mil empresas
multinacionais com 250 mil filiais espalhadas pelo Mundo. Tais empresas seriam
responsáveis por cerca de 2/3 do comércio mundial, correspondendo metade daquela
fracção a transacções intra-empresa. Por outro lado, temos assistido nos últimos anos a
um acentuado movimento de internacionalização das empresas portuguesas, o qual vem
colocar novas questões quanto à sua organização interna e à sua capacidade de orquestrar
unidades dispersas internacionalmente. A gestão de empresas com subsidiárias em
diversos países tem uma complexidade muito maior que a gestão corrente de empresas
nacionais. Tal complexidade resulta não só do número de unidades envolvidas, mas
também da sua inserção em contextos variados, exigindo a análise de factores políticos e
culturais, a consideração dos fluxos financeiros, de conhecimentos e de recursos humanos
e a estruturação de mecanismos de coordenação e controlo adequados. O objectivo da
disciplina de Gestão Internacional será precisamente o estudo destas questões.
2. Objectivos
3. Programa
1. INTRODUÇÃO
1.1. Apresentação do Programa e método de trabalho
1.2. Os desafios da gestão internacional
1.3. Conceitos básicos
2. A INTERNACIONALIZAÇÃO DAS EMPRESAS
2.1. Internacionalização – Desafio para todos?
2.2. Internacionalização: Principais facetas
2.3. Internacionalização: Porquê?
Teorias do investimento internacional
2.4. Internacionalização: Como?
Processos de Internacionalização
2.5. As empresas portuguesas: da internacionalização à gestão internacional
3. A COMPLEXIDADE DAS PRESSÕES NA ACTIVIDADE INTERNACIONAL
3.1. A envolvente internacional da empresa
3.2. O processo de globalização
3.3. As forças de diferenciação local
3.4. As pressões para a inovação à escala mundial
4. ESTRATÉGIA E COMPETITIVIDADE GLOBAL
4. Método de Trabalho
Casos
Ao longo das aulas serão discutidos seis casos: BodyShop, Komatsu, Xerox & Fuji-
Xerox, Colgate-Palmolive, Vizir Launch e Asea Brown Bovery
Trabalhos a efectuar
5. Avaliação
M o trabalho monográfico
BIBLIOGRAFIA ADICIONAL
C1
HQ C2
Responding
the market
C3