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8.1. Introdução
8.2. Metodologia
sua precisão. Estes pontos foram incorporados à base cartográfica como uma camada
complementar de dados.
- Imagem de satélite Landsat, formada pela combinação de 4 bandas espectrais, tomada em
1998. Esta imagem foi georreferenciada com base nos pontos de campo descritos no item
anterior e em pontos notáveis.
A localização dos pontos de GPS encontram-se na Figura 8.1.
Figura 8.1: posição dos pontos de verificação das informações que geraram as representações
em SIG
Todas estas informações constituem camadas que estão sendo disponibilizadas a órgãos
públicos ao final do projeto. Para isso, foram usados formatos de arquivos Arcview formato
shape, compatível com padrões Arc/Info e outros programas de geoprocessamento. De posse
destes dados foram realizadas análises em ambiente SIG com o objetivo de avaliar a
localização e dimensão de áreas possivelmente afetadas pelo projeto.
Foi avaliada a hipótese de alagamento da região devido a um aumento do nível da lagoa
em 60 cm, dado obtido através da modelagem (ver capítulo relativo a este tema). Este valor de
60 cm acima do nível atual, corresponde de fato a mais de 1 metro acima do datum (Imbituda,
SC) e é um valor estimado para uma situação extrema, em que coincidem forte maré de
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sizígia e maré de tempestade causada pelo intenso vento de Sudoeste observado durante a
entrada de frentes frias. A distância dos limites da lagoa à cota de alagamento de 60 cm foi
estimada com base na inclinação do terreno. Esta inclinação foi medida através de trabalho de
campo e da extrapolação da inclinação da batimetria da lagoa. Assume-se, neste caso que a
inclinação da superfície submersa da lagoa represente também a área emersa circundante.
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h
L=
d
Onde:
L é a distância entre a margem e a cota de alagamento;
h é o incremento de nível de água da lagoa, nesse caso estimado em 60 cm;
d é a declividade do terreno.
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Saquarema.
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Tabela 8.1: Área total do município (em km2) segundo uso do solo.
Uso do solo Área (km2) Proporção da área total do
município (%)
Pastagem 157,24 44,5
Vegetação secundária 53,79 15,2
Corpos d´água 32,98 9,3
Restinga 30,82 8,7
Área urbana 23,96 6,8
Área inundável 21,73 6,1
Mata atlântica 19,38 5,5
Área urbana de média densidade 7,41 2,1
Praia 2,60 0,7
Área urbana de baixa densidade 2,13 0,6
Solo exposto 0,64 0,2
Área de reflorestamento 0,38 0,1
Área agrícola 0,19 0,1
Total 353,19 100,0
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Tabela 8.2: Área total e área inundável do município segundo tipo de vegetação.
Cobertura vegetal Área total Proporção da área Área inundável Proporção
(km2) total do município (km2) inundável
(%) (%)
Vegetação secundária 102,61 29,05 0,57 0,56
Mata atlântica 101,00 28,60 0,26 0,26
Mata atlântica alterada 57,19 16,19 2,85 4,98
Brejo - Tifal 30,52 8,64 17,80 58,32
Restinga 24,04 6,81 0,25 1,04
Outros 37,83 10,71 0,00 -
Total 353,19 100,00 21,73 6,15
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Após o levantamento da cota atual da laguna, foram ainda feitos alguns levantamentos
no entorno da laguna (Tabela 8.4) afim de se determinar em alguns pontos críticos qual a
altura de construções e obras de arte em relação ao nível atual da laguna. Infelizmente, vários
pontos que nos pareceram crítico, principalemente nos sacos de Fora (Saquarema) e Jardim
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não puderam ser medidos. Trata-se de casa (possivelmente de veraneio) que foram
construídas às margens da laguna e que estavam fechadas. Estas construções estão situadas
dentro da faixa de proteção marginal da laguna (ver Projeto de Alinhamento da Orla na
Figura 8.3).
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A partir deste estudo foi possível estabelecer o risco de inundação na laguna através de
estudo em SIG. A esta altura é preciso ressaltar a diferença que existe entre o que está sendo
chamado de “área inundável” (Figura 8.10) e “área de alagamento” (Figura 8.11). A
primeira foi obtida através da interpretação de imagens de satélite pela Fundação CIDE, que
classifica a área inundável como aquela ocupada por vegetação de brejo e que na banda 1 do
satélite Landsat, característica de presença de água, conseguiu detectar a presença de água
nessas áreas. Trata-se na verdade de uma área de vegetação de brejo de umidade elevada.
Área de alagamento é aquela calculada para um eventual aumento do nível da lagoa que pode
ocorrer após a abertura da barra. Esta última é uma previsão obtida pelos parâmetros descritos
na parte Métodos deste capítulo.
A Figura 8.11 mostra os limites obtidos para a cota de alagamento de 60 em torno da
Lagoa de Saquarema.
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Figura 8.11: Estimativa da área total de alagamento da lagoa após a abertura da barra em
condições excepcionais.
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A área total alagável no caso de um aumento de 60 cm do nível da lagoa seria de cerca de 7,7
km2. Observa-se que a maior área alagável situa-se ao norte da lagoa, coincidente com a área
inundável, estabelecida pela interpretação de imagem de satélite (CIDE, 1998). As áreas de
pasto seriam alagadas em parte se sua superfície, por se situarem também na margem norte da
lagoa. Tanto a área urbana quanto a área florestada seriam pouco atingidas pelo alagamento.
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