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O NEGÓCIO QUE NÃO CORRESPONDE AOS INTERESSES DA

SEGURANÇA DA EUROPA.
Os EUA e a Polônia fecharam o acordo sobre a criação da base
norte-americana da Defesa Antimíssil (DAM) com dez
interceptores de mísseis em território polonês. Isso ficou claro
depois das conversações do Presidente George W. Bush com o
Primeiro-Ministro da Polônia, Donald Tusk em Washington.
É preciso dizer que este resultado estava previsto, pois ainda no
inicio do mês de fevereiro o chanceler polonês, Radoslav
Sikorsky declarou depois de visitar este país ter conseguido o
acordo entre os EUA e a Polônia acerca desta questão. O resto
dependia se Washington desejaria ou não aceitar as exigências
de Varsóvia sobre a modernização das suas forças armadas e lhe
fornecer os sistemas da defesa antimíssil «Patriot» e «TAAD» em
troca de concordar com a instalação da base norte-americana da
DAM.
Presidente George W. Bush aprovou este negócio. E agora, no
decorrer dos próximos meses os departamentos militares e
diplomáticos dos dois países deverão elaborar toda a
documentação, sendo ser em sua base que será assinado o
documento oficial.
O premiê polonês Donald Tusk considerou o acordo fechado com
Washington de ser um verdadeiro «avanço» na questão da
garantia da segurança nacional e fortalecimento das relações
bilaterais com os EUA.
Provavelmente que do seu prisma seja isso mesmo, porém a
partir do ponto de vista do bom senso, se isso for um «avanço»,
então não é para o futuro da Europa, mas regresso ao passado.
Não é por acaso que grande parte da população da Polônia é
contra o surgimento do escudo antimíssil dos EUA em seu país.
Até mesmo na OTAN aumenta a insatisfação com o fato de que
questões da defesa continental não são resolvidas na base
multilateral, mas em conversações isoladas de Washington com
Varsóvia e Praga. E além do mais, a Rússia advertiu
reiteradamente que o surgimento das bases norte-americanas
da DAM na Europa irá prejudicar o sistema da segurança e
estabilidade que vem sendo formado no Continente nas últimas
décadas, e provocará uma nova rodada da corrida armamentista.
Certamente é compreensível que respondendo ao desafio dos
EUA Moscou será obrigado a tomar medidas recíprocas para
garantir a sua segurança nacional;
Conhecendo a posição de Moscou, o Presidente George W. Bush,
bem como, o premiê da Polônia Donald Tusk disse que os planos
antimísseis dos EUA não ameaçam a Rússia. Já Bush declarou
que tenciona continuar trabalhando com o Presidente Vladimir
Putin e lhe conceder as garantias correspondentes. E aqui não dá
para entender do que se fala, pois Washington refuta todas as
propostas da Rússia sobre a cooperação na criação da DAM
européia. Ao mesmo tempo está absolutamente claro ter ficado
para trás as épocas quando Moscou confiava na honestidade dos
nossos parceiros ocidentais e confiava em suas palavras. Na
época os EUA e a OTAN prometeram não fazer avançar a
máquina militar da aliança para junto das fronteiras da Rússia.
Onde estão essas promessas e o que vemos hoje? - Escreveu
Victor Enikeiev.

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