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Ano
Portugus
Delimitao cronolgica
A poesia trovadoresca insere-se numa primeira fase (consideram-se limites cronolgicos desta fase: 1189 ou 1198-1354) da chamada poca medieval da literatura portuguesa que abrange, de forma geral, o perodo que se estende de finais do sculo XII ao final do primeiro quartel do sculo XVI. Do ponto de vista histrico, o seu incio pouco posterior constituio de Portugal enquanto reino independente.
Contexto poltico-social
Dentro do contexto histrico medieval, devem salientar-se alguns aspectos: A existncia de um sistema feudal, determinando uma organizao social assente na relao de vassalagem dos servos face ao senhor. Os reinos peninsulares encontravam-se, ainda, fortemente condicionados pela Reconquista Crist. De um modo geral, pode caracterizar-se a sociedade medieval peninsular como basicamente rural. Os castelos funcionavam como ncleos em torno dos quais se organizavam as populaes, na dependncia do senhor feudal.
Desenvolvia-se, tambm, uma actividade econmica e mercantil ao longo da costa, com alguns contactos mais intensos com cidades interiores servidas por vias fluviais.
Poesia trovadoresca
A poesia trovadoresca subdivide-se em trs categorias: cantigas de amigo, cantigas de amor e cantigas de escrnio e maldizer.
Cantigas de amigo
Na cantiga de amigo a donzela, ou namorada, quem fala, dirigindo-se a seres da Natureza, me ou a amigas num desabafo ou na narrativa breve de um episdio relacionado com o seu amigo. As cantigas de amigo seguem, em grande parte, uma estrutura paralelstica. O ambiente geralmente o do campo, da beira-mar, da fonte, do adro da igreja e, eventualmente, o domstico. Consoante o ambiente em que decorrem, as cantigas so classificadas como bailias, cantigas de romaria, barcarolas, cantigas de fonte ou albas.
Cantigas de amor
Nestas cantigas o trovador quem fala, dirigindo-se sua senhora, que elogia e cujas qualidades exalta. Trata-se, aqui, da expresso do chamado amor corts, em que o trovador se sujeita a uma relao de vassalagem perante a senhora amada. O trovador expressa a sua coita (sofrimento amoroso) por no poder atingir o objecto do seu amor.