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Materiais de Apoio

Curso: Hardware Aula: Disp. de Hardware Data: 


Descrição/Objetivo: 

Elaborador: Bruno Aparecido Gonçalves Unidade: Nova Granada

Mouse: funcionamento e tipos


Introdução
O mouse é um item praticamente obrigatório nos computadores (exceto
àqueles com aplicações especiais, tais como servidores). Graças a esse
dispositivo, que orienta uma seta na tela do computador, conseguimos
realizar tarefas de tal forma que o mouse parece ser uma extensão de
nossas mãos. O objetivo deste artigo é mostrar os dois tipos de mouse
mais comuns, assim como explicar seu funcionamento.
Surgimento do mouse
O mouse surgiu no ano de 1964, tendo sido inventando por Douglas
Englebart, em Standford. Feito de madeira, o primeiro modelo, chamado
"XY Position Indicator For A Display System", demorou, mas chamou a
atenção por proporcionar melhor facilidade de uso do que os dispositivos
existentes até então. A partir daí, vários mouses foram sendo criados em
centros de pesquisas, até que em 1979, Steve Jobs, principal executivo da
Apple, visitou a Xerox e viu vários protótipos de equipamentos sendo
testados. Um deles era um modelo de mouse. Steve Jobs gostou da idéia
e passou a estudá-la melhor. Como conseqüência, em 1984, o
computador Apple Macintosh foi lançado tendo o mouse como grande
novidade. A grande questão é que a Microsoft já tinha lançado o mouse
antes para PC, mas naquela época não havia de maneira fortalecida os
conceitos de interface gráficas e o mouse não se mostrou muito útil.
Somente após o lançamento da Apple, cujo sistema operacional frisava a
interface com o usuário, é que o mouse começou a ficar popular.
Funcionamento e tipos de mouse
Atualmente, existem dois tipos básicos de mouse: os
tradicionais, que operam com uma "bolinha" em sua
base inferior e os mouses ópticos, que usam um
sensor óptico no lugar da "bolinha".
O mouse tradicional tem em sua base inferior uma
bola envolvida em material plástico ou de borracha.
Praticamente todo o corpo desta esfera fica dentro do
mouse, sendo que apenas uma parte fica exposta.
Esta parte exposta fica em contato com a superfície onde o mouse se
encontra e quando o dispositivo é movimentado, a bola também se move
e aciona dois roletes (ou rolamentos), sendo que um é responsável por
movimentar a seta do mouse na tela do computador no sentido horizontal
e o outro rolete é responsável por movimentar a mesma seta no sentido
vertical. Geralmente existe um terceiro rolete, que apenas serve para dar
melhor movimentação à esfera. Como esses roletes operam em conjunto
é possível fazer a seta seguir em todas as direções.
Na ponta de cada rolete, existe um disco com perfurações na borda,
semelhante a um disco de uma engrenagem. Tais discos ficam localizados
entre um LED emissor de luz infravermelha e um sensor de luz
infravermelha. Quando os roletes se movimentam, estes discos giram e
as perfurações neles existentes num instante permitem a passagem da
luz do LED para o sensor (quando a luz passa pela perfuração) e noutro
instante não permitem (quando a luz é bloqueada pela parte não-
perfurada). Um chip ligado aos sensores "conta" a quantidade de vezes
em que houve passagem de luz e transmite essas informações ao
computador num formato de coordenadas X e Y. A partir daí, o
computador "traduz" estas informações em movimentos que a seta deve
seguir pela tela. O computador também recebe as informações dos
botões clicados. Os mouses que possuem uma roda no meio (entre os
botões esquerdo e direito), têm esse recurso funcionando de maneira
semelhante. A ilustração abaixo ajuda a entender esta explicação:

A construção de mouses deste tipo é relativamente fácil, tanto que


existem cursos de eletrônica onde o aluno é até estimulado a criar um.
Tamanha simplicidade faz com que este dispositivo tenha custo baixo e
permite até mesmo a criação de pequenas empresas voltadas para isso
(portanto, não se impressione se um dia você encontrar um mouse da
marca InfoWester =D).
Apesar da simplicidade, o mouse com esfera começou a perder espaço
para os mouses ópticos. Isso porque o mouse com esfera apresenta
alguns problemas, como por exemplo, quando há sujeira nos roletes e
estes não se movimentam adequadamente quando a bola gira. Além
disso, há certas aplicações onde é preciso ter uma precisão enorme do
movimento do mouse (aplicações gráficas principalmente) e o mouse
tradicional não consegue ser tão eficiente. Essas e outras razões
incentivaram o desenvolvimento de um modelo melhor, que hoje
conhecemos como "mouse óptico". A Microsoft foi a criadora deste tipo de
mouse.
O mouse óptico não opera com uma "bolinha" em
sua base inferior. Ao invés disso, ele usa um
sensor óptico, que é muito mais preciso. Além da
precisão, esse tipo de mouse acumula muito
menos sujeira e funciona em qualquer superfície,
sendo que em muitos casos o uso de mousepad
(tecido de borracha ou de plástico que serve
como superfície para o mouse) chega a ser
dispensável.
O mecanismo óptico presente neste tipo de
mouse emite um feixe de luz capaz de ler a superfície seis mil vezes por
segundo (esse valor varia de acordo com o modelo do mouse). Por isso é
que existe tanta precisão. Além disso, o sensor é capaz de perceber as
direções do movimento do mouse e assim transmitir tais informações ao
computador, para que este oriente a seta na tela. Por ser um processo
mais complexo, é necessário utilizar chips mais sofisticados nestes
mouses, o que deixa o produto mais caro. No entanto, o valor destes
mouses diminui à medida em que se tornam populares. Boa parte dos
modelos existentes, como o visto na figura ao lado, aproveita a luz
emitida pela feixe para criar efeitos luminosos no dispositivo.
Resolução
Quando se fala de resolução dos mouses, fala-se do menor movimento
que o mouse consegue perceber, tendo como medida um ponto por
polegada. Assim, um mouse de 300 dpi consegue detectar movimentos
de 1/300 th de uma polegada. Os modelos mais básicos de mouses são
capazes de detectar movimentos de 350 a 600 dpi, mais do que
suficientes para o uso cotidiano. Evidentemente, quanto maiores forem os
valores de dpi, melhor a performance do mouse.
Finalizando
Obviamente, o nome mouse se refere à semelhança destes dispositivos
aos ratos (mouse = rato em inglês). Apesar de algumas pessoas mais
tradicionais preferirem fazer uso quase que exclusivamente do teclado, é
inegável que o mouse representou uma revolução na comunicação
"homem - computador". Graças ao mouse, uma série de aplicações foram
criadas e outras significantemente melhoradas. Tanto que hoje em dia,
utilizar a interface gráfica do computador sem mouse é uma tarefa que
proporciona grande perda de tempo.

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