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- CURSO DE HARDWARE E MONTAGEM

Prof.º Adriano Queiroz Sobrinho – Técnico em Informática – Manaus – AM – (092)236-1779 / 9125-9909

PLACAS DE SOM
Os recursos de gerenciamento de som nos computadores pessoais
percorreram um longo caminho desde os bips até a reprodução em
alta-fidelidade. No início, os PCs contavam com um pequeno alto-
falante, de desempenho muito fraco, cuja função básica consistia em
fornecer informação ao usuário quando o sistema, por algum motivo
grave, não se inicializava e não era capaz de exibir nenhuma imagem
na tela do monitor. A escassez de dispositivos de som nos computa-
dores prosseguiu por algum tempo, mesmo depois do surgimento de
equipamentos mais básicos, destinados ao uso doméstico, que nesse
aspecto superavam amplamente os PCs. A orientação voltada para o
uso profissional dos PCs explica em grande medida essa demora na
introdução do som, que finalmente chegou graças à ampla difusão
dos jogos e de outros programas de entretenimento, até terminar
por impor-se como um dos elementos básicos do ambiente multimí-
dia hoje presente em praticamente todos os computadores pessoais.

NATUREZA DO SOM
O som é uma sensação gerada em nossos ouvidos quando captam as vibrações produzidas por um corpo ao mo-
ver-se, chocar-se ou simplesmente roçar em um outro. Tais vibrações produzem variações de pressão no ar, que
então são transmitidas por ele na forma de ondas sonoras. Estas podem ser representadas por meio de um gráfico
no qual os eixos horizontal e vertical indicam respectivamente o tempo e o deslocamento, ou comprimento, da
vibração a partir de um ponto de origem. Qualquer som tem duas propriedades básicas, a altura e a intensidade. A
primeira é determinada pela freqüência das vibrações e habitualmente expressa em hertz (Hz), unidade que indica
o número de vibrações por segundo. Quanto maior a freqüência, mais alto (agudo) é o som. O ouvido humano não
é capaz de perceber todas as freqüências possíveis. Poucas pessoas conseguem distinguir com clareza sons de
freqüências inferiores a 16 Hz ou superiores a 20 kHz (1 kHz = 1 .000 Hz). A nota mais grave de um piano, por
exemplo, costuma ser de 27 Hz; a mais aguda, de 4 kHz. Neste ponto, vale destacar: “não se deve confundir a
freqüência das vibrações sonoras, que indicam a altura de um som, com a freqüência de digitalização, que deter-
mina a resolução dos sons em formato digital”. A segunda propriedade básica de qualquer som é a intensidade,
também conhecida como amplitude. Ela se refere ao volume do som, que será maior ou menor em função da
quantidade de energia sonora das vibrações que o produzem. A intensidade é expressa em decibéis (dB), medida
logarítmica que indica a relação existente entre duas potências sonoras. A intensidade sonora é expressa por uma
medida logarítmica pelo fato de que o ouvido humano não reage de maneira linear às sensações acústicas. Assim,
quando se aumenta o volume de um equipamento de som, por exemplo de 4 para 16 W de potência, a intensidade
sonora não aumenta na mesma proporção (x 4), mas apenas o dobro (x 2). Alguns exemplos de intensidade sono-
ra: “o murmúrio das folhas de uma árvore fica em torno de 20 dB; numa via pública não excessivamente movi-
mentada a intensidade pode alcançar cerca de 70 dB, ou seja, 50 dB de diferença em relação ao leve ruído das
folhas da árvore; o barulho de um trovão nas proximidades do observador chega a atingir 120 dB”. A unidade de-
cibel é empregada também para indicar outras relações de potência acústica que não se confundem com a inten-
sidade de um som. Por exemplo, entre as características técnicas de qualquer sistema reprodutor de áudio, desde
os equipamentos de som Hi-Fi até as placas de som, está o valor SNR (signal to noise ratio, relação entre sinal e
ruído), que é expresso em decibéis. No caso, essa medida indica basicamente o nível máximo de intensidade de
saída que o dispositivo pode gerar sem acrescentar ruído eletrônico nem distorções ao sinal sonoro.

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TRATAMENTO DIGITAL
As ondas sonoras podem ser convertidas em seqüências de
dados em formato digital por meio de um processo que rece-
be o nome de digitalização ou sampling (“sampleamento”).
Esses dados digitalizados são transformados em arquivos que
permitem o armazenamento, a manipulação e a reprodução
da correspondente informação sonora. Tanto as operações de
digitalização como as de reprodução da informação digital são
realizadas por meio da placa de som. Esse periférico consiste
geralmente de uma placa de expansão que se conecta ao bus
do sistema. Em alguns equipamentos, porém, os circuitos da
placa de som são integrados diretamente na placa-mãe do
sistema. A quantidade de informação representada por um
som em formato digital a ser processado pelo computador é
relativamente pequena se comparada, por exemplo, à quanti-
dade de dados que o sistema gráfico do PC precisa gerar
constantemente ao longo do funcionamento do equipamento. Os aperfeiçoamentos introduzidos nas placas gráfi-
cas exigiram um aumento constante da capacidade de transferência de informação com o sistema, que levou à
adoção de novos buses de conexão PCI ou AGP. As placas de som, ao contrário, não precisaram de uma maior
capacidade de transferência; seus desempenhos melhoraram por outras vias. Apesar disso, atualmente muitas
delas deixaram de empregar o bus ISA em favor do PCI, que, além de outras vantagens, permite sua instalação
pelo sistema plug & play. Esses processadores especializados, ou co-processadores, são conhecidos como DSPs
(digital signa! processors, processadores de sinais digitais). Dependendo do tipo de placa, pode haver um ou vários
DSPs, que, da mesma forma que o processador do sistema, necessitam de uma certa quantidade de memória para
funcionar. Uma memória ROM incorpora as principais instruções de funcionamento do DSP, enquanto uma peque-
na quantidade de memória RAM lhe fornece a área de trabalho e armazenamento em tempo de execução. O de-
sempenho do DSP não é tão importante para a qualidade de som que a placa armazena e reproduz quanto o dos
conversores DAC (digital to analog converter, conversor digital a análogico) e ADC (analog to digital converter,
conversor analógico a digital) que ela também possui. Esses componentes da placa de som são os que se encarre-
gam de converter o som de um formato a outro e, portanto, de determinar a capacidade e a qualidade dos dados
em ambos os formatos. Em muitas placas de som, a existência de potentes DSPs e de conversores DAC e ADC de
elevado desempenho permite reduzir a carga de trabalho do microprocessador central e aumentar ligeiramente a
velocidade do sistema quando se faz uma utilização intensiva de sua seção de áudio (geralmente com os jogos).
Por tal motivo, nesses casos é comum que as placas de som sejam referidas como placas aceleradoras de áudio.

QUALIDADE E DESEMPENHO
As únicas funções atribuídas às primeiras placas de som eram
a digitalização e a reprodução dos sinais e dados por elas rece-
bidos. Quando aumentou o volume de dados a ser processado,
elas passaram a incorporar processadores de som projetados
especialmente para manipular importantes quantidades de
informação em formato digital.
EMPRENDENDO SOBRE OS VÁRIOS
MODELOS DE PLACAS DE SOM
Existem diversos modelos de placa de som no mercado. A maioria dos modelos segue o padrão das placas Sound
Blaster, da Creative Labs, de modo a manter compatibilidade em software. Ao comprar uma placa de som, você
deve se preocupar com a aplicação que a placa terá. Você encontrará no mercado placas desde R$ 15,00 até mais
de R$ 200,00. Em geral, as placas de som mais baratas não possuem amplificador e sua síntese é por FM. Já as
placas mais caras, além da síntese ser por wave table e haver integrado um amplificador de áudio, em geral pos-
suem uma baixa relação sinal/ruído e recursos avançados de áudio 3D. As principais características de uma placa
de som são:
• PROCESSADOR DE ÁUDIO: Atualmente a maioria das placas de som trabalha com a mesma qualidade
do CD, ou seja, taxa de amostragem de 44.100 Hz e resolução de 16 bits. Algumas poucas placas de som
para uso profissional trabalham com taxas de amostragem ou resolução maiores. Tome cuidado, pois no
mercado você encontrará um equívoco clássico: placas como Sound Blaster AWE 64, Sound Blaster 128 e

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similares não são placas de “64 bits” nem de “128 bits” como muitos leigos supõem. Essas placas são de
16 bits. A nomenclatura 64, 128, etc. refere-se à polifonia do sintetizador de wave table da placa de som.
• RELAÇÃO SINAL/RUÍDO: Caso vá trabalhar profissionalmente com a placa de som (gravando vinhetas,
por exemplo), você deverá se preocupar com esse fator, para não injetar ruído em seu trabalho. As placas
de som Sound Blaster apresentam uma relação sinal/ruído típica de 80 dB (os modelos Sound Blaster PCI
oferecem uma relação de 90 dB). Placas de melhor qualidade apresentarão valores maiores (quanto maior
esse valor, melhor). A placa de som Sound Blaster Live!, por exemplo, apresenta uma relação de 96 dB,
que é um valor considerado muito bom.
• SINTETIZADOR: Existem dois tipos de sintetizador: FM e Wave Table. Essa característica irá influenciar
na reprodução de arquivos MIDI e na trilha sonora de fundo de jogos e apticativos. As placas de som mais
baratas utilizam síntese de FM, que possui baixa qualidade, enquanto as placas de som mais caras utilizam
síntese por Wave Table. Algumas placas de som baratas são vendidas como tendo sintetizador de Wave
Table, enquanto, na verdade, essa síntese é executada por software e não por hardware, o que diminui o
desempenho do micro. Estudaremos o funcionamento desse circuito mais adiante.
• MEMÓRIA RAM: Placas que possuem sintetizador por Wave Table possuem uma pequena quantidade de
memória RAM para a criação de novos instrumentos. A menos que você queira trabalhar com edição musi-
cal, não precisa se preocupar com a quantidade de memória RAM que a placa de som utiliza. Nesse tipo de
placa você também encontrará um conector para a instalação de uma sobreplaca contendo mais memória
RAM. Obviamente, nenhum desses recursos são encontrados em placas-mãe com síntese de FM.
• CONECTOR PARA SOBREPLACA: Em placas de som com síntese por FM, podemos conectar uma sobre-
placa com sintetizador de Wave Table, como a Wave Blaster da Creative Labs e a Sound Canvas da Ro-
land. No caso de placas de som que já têm síntese por Wave Table, podemos conectar sobreplacas com
memória RAM. Você entenderá melhor a função dessas sobreplacas lendo o próximo tópico.
• AMPLIFICADOR DE ÁUDIO: Normalmente, as placas de som têm um pequeno amplificador, para que
você possa escutar o som produzido através de um par de caixas acústicas. Placas de som de baixa quali-
dade (baratas e On-Board) não têm amplificador de áudio, necessitando de caixas amplificadas. Para des-
cobrir se a uma placa de som possui ou não amplificador, verifique se existe a saída “Spk Out”, que so-
mente placas de som com amplificador possuem.
• MIXER: A placa de som consegue destinar às suas saídas de áudio todas as fontes de áudio nela conecta-
das, graças a um mixer interno. Esse mixer normalmente é controlado via software, permitindo que você
controle o volume de cada entrada e saída individualmente (por exemplo, com o controle de volume do
Windows 9x). Placas de som de baixa qualidade (baratas) não têm controle de seu mixer por software,
não permitindo que você utilize, por exemplo, o Controle de Volume do Windows 9x.
• ENTRADA ANALÓGICA DE ÁUDIO DE CD (CD IN): Entrada para a conexão da saída de áudio da uni-
dade de CD-ROM, de modo que você consiga escutar CDs de áudio através das caixas acústicas que estão
conectadas à placa de som. Além disso, esse procedimento permite o controle do volume da unidade de
CD através de software.
• ENTRADA DIGITAL DE ÁUDIO DE CD (SPDIF, Sony/Philps Differential Interface Format): Caso a sua
unidade de CD-ROM tenha uma saída SPDIF e a sua placa de som tenha uma entrada desse tipo, você po-
derá interligar as duas, através de cabo apropriado, não conectando o cabo de áudio analógico (CD In).
Essa ligação faz com que a comunicação entre a unidade de CD e a placa de som seja feita digitalmente,
fazendo com que não haja ruído na saída do áudio do CD.
• ENTRADA ANALÓGICA DE MODEM (TAD, TELEPHONE ANSWERING DEVICE): Alguns modems
possuem uma saída chamada TAD, que é, na verdade, uma ligação com o seu pequeno alto-falante. Al-
gumas placas de som possuem entrada para modem (conector TAD), permitindo que você conecte o fax
modem à placa de som, para que os ruídos do modem, em vez de saírem através de seu alto falante, pas-
sem a sair através da saída da placa de som (caixinhas de som, por exemplo). Além disso, o volume do
modem passa a ser controlado através do mixer. Essa ligação permite também que você grave conversas
telefônicas em forma de arquivos Wav, use a placa de som como um sistema “viva-voz” para conversas te-
lefônicas tradicionais (de voz) e injete sons de computador durante uma conversa telefônica.
• ENTRADA DO ALTO-FALANTE (PC-SPK): Diversas placas de som possuem um conector ao qual você
pode conectar a saída para alto-falante da placa-mãe (conector “Speaker” da placa-mãe), através de um
cabo apropriado (você mesmo pode fazer esse cabo com dois fios). Caso você efetue essa ligação, o alto-
falante do gabinete do micro será desligado (já que o conector ao qual eie éencaixado na placa-mãe pas-
sará a ser utilizado pela placa de som) e os sons originalmente emitidos por ele passarão a sair através da
caixas de som do kit multimídia. O seu volume passará a ser controlado pelo mixer.

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• ENTRADAS ANALÓGICAS EXTERNAS: Duas entradas de áudio — uma entrada de linha (une in), que
pode ser utilizada para a conexão de um aparelho de som para a captura de sons provenientes do mesmo,
e uma entrada para microfone (mic in).
• SAÍDAS ANALÓGICAS EXTERNAS: Duas saídas de áudio — uma saída de linha (line out), para a cone-
xão a um amplificador externo, enquanto a outra (speaker out) é amplificada, para a conexão de um pe-
queno par de caixas acústicas ou fones de ouvido. Placas de som que não possuem amplificador não apre-
sentam essa saída. Normalmente, acompanha o kit multimídia um par de pequenas caixas acústicas.
• ENTRADAS E SAÍDAS DIGITAIS EXTERNAS: Placas de som mais avançadas (como a Sound Blaster
Live!) possuem saídas digitais, sendo possível a conexão de amplificadores externos que possuam entradas
desse tipo, eliminando o ruído nessa conexão, já que a comunicação digital, ao contrário da analógica, é
imune a ruídos.
• PORTA PARA JOYSTICK: Permite que seu micro se transforme em uma verdadeira máquina para jogos.
• INTERFACE MIDI (MUSICAL INSTRUMENT DIGITAL INTERFACE — INTERFACE PARA INSTRU-
MENTOS MUSICAIS DIGITAIS): Estudaremos essa interface no final deste capítulo. Ela ocupa pinos
que normalmente não eram utilizados do conector do joystick. Por esse motivo, você precisará de um cabo
adaptador para utilizar a interface MIDI, conforme ilustra a Figura. O cabo comercializado pela Creative
Labs chama-se Sound Blaster MIDI Kit. Outros fabricantes também comercializam esse cabo. É importante
notar que essa não é simplesmente uma ligação de fios; dentro dela há um circuito optoacoplador que iso-
la a placa de som dos instrumentos MIDI.
• INTERFACE PARA CD-ROM: Atualmente as placas de som não têm nenhuma interface para CDROM.
Até pouco tempo atrás, as placas de som vinham com uma porta IDE para a conexão de unidades IDE
(como vimos, as unidades de CD-ROM IDE não devem ser conectadas a essa porta) e, na época das uni-
dades de CD-ROM com conexão proprietária, as placas de som vinham com uma interface proprietária pa-
ra a conexão do CD-ROM.

OS SINTETIZADORES
Arquivos no formato MIDI são criados através de instrumentos MIDI, como veremos no final do capítulo. Teorica-
mente, para reproduzir arquivos MIDI, você precisaria, obrigatoriamente, de instrumentos MIDI conectados ao
micro. Acontece que arquivos MIDI são utilizados para compor trilhas sonoras, como aquelas presentes em jogos e
em outras aplicações, como em algumas páginas da Internet. Para que você possa reproduzir arquivos MIDI sem a
necessidade de instrumentos, há, na placa de som, um sintetizador responsável por reproduzir arquivos MIDI. A
maneira como o sintetizador funciona influi diretamente na qualidade dos arquivos MIDI que são executados via
placa de som. Existem dois tipos de sintetizador: FM (utilizado pela maioria das placas de som) e Wave Table.

SÍNTESE POR FM
A síntese por FM é utilizada pela maioria das placas de som, pois o sintetizador FM — normalmente um circuito
Yamaha OPL3 — é extremamente barato. O sintetizador FM, quando executa algum arquivo MIDI, cria os sons
eletronicamente, na hora. A qualidade não é a melhor possível, já que você percebe nitidamente que se trata de
um som produzido por computador. Quando o som de um piano é executado, por exemplo, não é o som de um
piano real, mas sim o de um circuito eletrônico que tenta imitá-lo eletronicamente.

SÍNTESE POR WAVE TABLE


Já no caso do sintetizador por Wave Table, a placa de som tem uma memória ROM contendo o som digitalizado de
diversos instrumentos (normalmente os 128 instrumentos que compõem o padrão General MIDI mais um set de
bateria eletrônica). Esses sons foram gravados digitalmente em um estúdio de gravação. Nesse caso, quando o
som de um piano é executado, você realmente escuta um piano, já que o som foi gravado de um piano real: o
sintetizador da placa de som apenas trata de reproduzir um som previamente gravado, e não de criá-lo na hora. É
claro que essa é uma tecnologia cara, pois há todo o custo da gravação e digitalização dos sons dos instrumentos,
bem como o custo do próprio sintetizador, que é bem mais caro que um simples sintetizador FM. Placas de melhor
qualidade — como a Sound Blaster AWE 32 e a Sound Blaster AWE 64 — têm, além do sintetizador FM, um sinteti-
zador de Wave Table. Além da memória ROM contendo os instrumentos pré-gravados, podemos adicionar memó-
ria RAM àplaca de som. Com isso, podemos criar novos instrumentos, bem como criar efeitos especiais. Justamen-
te por esse motivo, as placas de som com sintetizador de Wave Table da Creative Labs chamam-se AWE, que sig-
nifica Advanced Wave Effects. A adição de memória RAM à placa de som pode ser feita de diversas maneiras. As

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placas de som Sound Blaster AWE 32 aceitam módulos SIMM-30, enquanto as placas de som Sound Blaster AWE
64 e Sound Blaster Live! permitem a instalação de mais memória RAM através de uma sobreplaca. Em placas de
som que não têm sintetizador de Wave Table, podemos instalá-lo através de uma sobreplaca, como a Wave Blas-
ter, da Creative Labs, a DB5OXG, da Yamaha, e a Sound Canvas, da Roland. É importante que, em placas de som
com síntese por Wave Table, você configure corretamente o sintetizador MIDI no sistema operacional, de modo
que o sintetizador utilizado seja realmente o sintetizador por Wave Table, e não o antigo sintetizador FM. No Win-
dows 3.x, isso é feito no Mapeador de MIDI do Painel de Controle (ver Figura). Já no Windows 9x, essa configura-
ção é feita no ícone Multimídia do Painel de Controle, na guia MIDI. Importante notar que existem diversas placas
de som com síntese de wave table por software (como é o caso das placas de som Sound Blaster PCI, por exem-
plo). É fácil detectar esse tipo de placa, pois elas sao mais baratas do que a média de preço das placas com sinte-
tizador de wave table. Nesse tipo de placa, não há um circuito sintetizador e, com isso, a síntese é processada pelo
processador do micro através de sofrware, o que faz com que o desempenho do micro caia quando esse recurso é
utilizado (tocar arquivos MIDI ou programas que tenham trilha sonora baseada em MIDI, como jogos, por exem-
plo). A síntese de wave table por software utiliza parte de memória RAM do micro (normalmente 2 MB ou 4 MB)
para armazenar os sons, o que colabora para diminuir o desempenho do micro. Em placas com síntese de wave
table por hardware, esses sons são gravados em uma memória ROM localizada na placa de som, como vimos ante-
riormente.

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OS MAIS MODERNOS MODELOS DE PLACAS DE SOM


A seguir, iremos estudar os principais modelos de placa de som no mercado. Como dissemos anteriormente, ire-
mos nos concentrar na família Sound Blaster da Creative Labs, por ser a família de produtos mais conhecida. As
placas de som de outros fabricantes, em geral, correspondem a algum modelo da Sound Blaster. Basta você, por
similaridade, deduzir qual é o modelo a que a placa de outro fabricante mais se aproxima.

SOUND BLASTER ORIGINAL E SOUND BLASTER PRO


Esses foram os primeiros modelos de placa de som que surgiram para PCs. Trabalham somente com taxas de a-
mostragem de 22.050 Hz e resolução de 8 bits. Enquanto a Sound Blaster é mono, a Sound Blaster Pro é estéreo.
A Sound Blaster Pro trazia ainda uma interface de CD-ROM com conexão proprietária embutida, para a conexão de
unidades de CD-ROM Panasonic lx.

SOUND BLASTER 16
A Sound Blaster 16 foi a primeira placa de som a trazer sons com qualidade de CD, já que trabalha com taxa de
amostragem de até 44.100 Hz com resolução de 16 bits, em estéreo. Atualmente todas as placas de som tem, no
mínimo, as mesmas características da Sound Blaster 16. Existem diversos modelos de Sound Blaster 16 no merca-
do, pois a Sound Blaster foi produzida durante muitos anos e foi recebendo diversas pequenas modificações. Por
exemplo, a Sound Blaster 16 original não obedecia ao padrão plug-and-play e tinha uma interface Panasonic em-
butida, para a conexão de unidades de CD-ROM com conexão proprietária. Os últimos modelos de Sound Blaster
16 produzidos já eram plug-and-play e tinham uma porta IDE para a conexão de unidades de CD-ROM IDE. (Lem-
bramos mais uma vez que unidades de CD-ROM IDE não devem ser conectadas a essa porta). A Figura ilustra o
modelo original da Sound Blaster 16. Os principais modelos de Sound Blaster 16 são os seguintes:
• Sound Blaster 16 original: Não é plug-and-play e tem interface para CD-ROM Panasonic/ Matsushita
• Sound Blaster MCD: Não é plug-and-play e tem interface para CD-ROM Panasonic, Sony e Mitsumi. Alguns
modelos tinham também uma interface IDE.
• Sound Blaster 16 IDE: Não é plug-and-play. Além da interface para CD-ROM Panasonic, com porta IDE.
• Sound Blaster 16 SCSI: Não é plug-and-play e tem um host SCSI Adaptec 1510 embutido, para a conexão
de unidades de CD-ROM SCSI.
• Sound Blaster 16 ASP: Todos os modelos de Sound Blaster que vimos até agora permitiam a instalação de
um processador avançado de sinais, para a obtenção de recursos especiais.
• Sound I3laster 16 PnP: Esse é o modelo de Sound Blaster 16 atualmente comercializado. É plug-andplay e
tem uma interface IDE integrada. Não permite a instalação do processador avançado de sinais.
• Sound Blaster 16 WavEffects: Os modelos mais recentes de Sound BLaster 16 vêm com um software
(chamado Creative WaveSynth) que emula síntese por Wave Table, melhorando a qualidade na reprodu-
ção de arquivos MIDI. Esse software utiliza parte da memória RAM do micro (em geral 2 ou 4 MB) para o
armazenamento dos sons. Lembramos que esse recurso nao étão eficiente quanto a síntese por hardware,
bem como diminui o desempenho do micro.

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SOUND BLASTER AWE 32


A grande diferença da Sound Blaster AWE 32 para a Sound Blaster 16 é a existência de um sintetizador de Wave
Table (no caso, um processador EMU-8000 da E-mu Systems), além do sintetizador FM padrão (Yamaha OPL3) e
de possuir um processador de sinais avançados (CSP) e 512 KB de memória RAM onboard para a criação e arma-
zenamento de novos instrumentos musicais. Assim como ocorreu com a Sound Blaster 16, vários modelos de AWE
32 foram lançados no mercado. O modelo original tinha, além do processador avançado de sinais e sintetizador de
Wave Table, interface para diversos modelos de unidades de CD-ROM com conexão proprietária. Tinha também
soquetes SIMM-30 para a instalação de memória RAM — utilizada na criação de novos instrumentos e efeitos es-
peciais diversos (em outras palavras, para a utilização da placa de som como um samp/er). Em um segundo mo-
mento, além das interfaces para unidades de CD-ROM com conexão proprietária, a placa de som AWE 32 passou a
vir também com uma porta IDE. Esses modelos não eram plug-and-play. Na Figura, você observa o modelo origi-
nal da Sound Blaster AWE 32. Em um segundo momento foram criadas placas de som AWE 32 plug-and-play com
uma porta IDE integrada. Como vimos, AWE significa Advanced Wave Effects, representando a existência do sinte-

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tizador de Wave Table. O processador de Wave Table utilizado — EMU-8000 — consegue reproduzir até 32 vozes
MIDI simultaneamente. E por esse motivo que existe um “32” no nome dessa placa de som. A gravação e reprodu-
ção de áudio digital são feitas nos mesmos moldes da Sound Blaster 16: taxa de amostragem máxima de 44.100
Hz e resolução de 16 bits. Acontece que muitos leigos, por analogia, acabaram chamando a placa de som Sound
Blaster AWE 32 de “placa de som de 32 bits”, o que não é verdade. Essa placa de som é uma placa de 16 bits igual
à Sound I3laster 16.

SOUND BLASTER AWE 64 E AWE 64 GOLD


A placa de som AWE 64 é igual à Sound Blaster AWE 32 PnP, com a diferença de permitir a reprodução simultânea
de até 64 vozes MIDI. Ao contrário da Sound Blaster AWE 32, a AWE 64 não permite a instalação de módulos
SIMM-30. A instalação de mais memória RAM se dá exclusivamente através de sobreplacas contendo mais memó-
ria RAM, como a placa mostrada na Figura. Os primeiros modelos dessa placa vinham com uma interface IDE em-
butida. Os atuais modelos não t~m essa interface, acabando com a instalação errônea de unidades de CD-ROM
IDE. (A preocupação agora é com os usuários que instalam unidades como slave do disco rígido...) O modelo topo
de linha chama-se Sound Blaster AWE 64 Gold, que, além de todas as características da AWE 64 tradicional, tem 4
MB de memória RAM on-board. (Essa placa possui conector para a instalação de sobreplaca contendo mais memó-
ria RAM.) Os conectores de entrada e saída de linha da AWE 64 Gold são RCA (padrão utilizado por aparelhos de
som), ao contnfrio de todos os demais modelos, em que os conectores são P2 estéreo (mesmo padrão utilizado
por wa/k-mans). Essa placa de som pode ser vista na Figura. Devemos reparar que o processador de Wave Table
EMU-8000 tem polifonia de apenas 32 vozes MIDI. A placa de som consegue atingir a sua polifonia de 64 vozes
através de software. Portanto, podemos dizer que esse modelo de placa de som tem polifonia de 64 vozes MIDI,
sendo 32 por hardware e 32 por sofrware. O problema é que o software para executar a polifonia das 32 vozes
“extras” — chamado WaveSynth/WG — utiliza instruções específicas do processador Pentium. Isso significa
que, ao se instalar essa placa de som em micros com processadores antigos (486s) ou de outros fabricantes (6x86,
6x86MX, etc.), o sofrware de aumento de polifonia simplesmente não funciona; a placa de som se comporta como
se fosse uma Sound Blaster AWE 32. Não há nada que se possa fazer, já que a Creative Labs não pretende rees-
crever o seu software de polifonia.

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SOUND BLASTER PCI: ENSONIQ, PCIÓ4, PC1128


Como você deve ter percebido, todas as placas de som vistas anteriormente eram ISA. O uso do barramento ISA
não apresenta nenhum problema para placas de som, já que elas são dispositivos extremamente lentos se compa-
radas ao próprio barramento ISA. Entretanto, o uso de som 3D (surround) era prejudicado pelo baixo desempenho
do barramento ISA. Além de facilitar a instalação (já que dispositivos PCI, como são nativamente plug-and-play,
não causam conflitos), placas de som PCI podem apresentar áudio 3D surround posicional. Todas as placas da
família Sound Blaster PCI possuem síntese de wave table por software (e não por hardware, como na Sound Blas-
ter AWE 32, AWE 64 ou Live!), além de serem compatíveis com o som 3D do DirectX (DirectSound3D). Os princi-
pais modelos de placas de som Sound Blaster PCI são os seguintes:
• Ensoniq: Atualmente esse é o modelo mais simples de placa de som da Creative Labs. Possui síntese de
wave table por sofrware com polifonia de 32 vozes. Como não possui amplificador, você precisará obriga-
toriamente instalar caixas de som amplificadas. Apesar de usar som 3D e ser compatível com o DirectX,
possui saída para apenas dois alto-falantes.
• PCI 64: Possui síntese de wave table (por software) com polifonia de 64 vozes e saída para quatro alto-
falantes, aproveitando completamente os recursos de áudio 3D.
• PCI 128: Essa placa possui saída amplificada para quatro caixas de som, trazendo um potente som 3D sur-
round. De todos os amplificadores usados por placas de som da Creative Labs, o da PCI 128 é o que tem
maior potência. Possui síntese de wave table com 128 vozes; porém, executada por software, e não por
hardware.

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Prof.º Adriano Queiroz Sobrinho – Técnico em Informática – Manaus – AM – (092)236-1779 / 9125-9909

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SOUND BLASTER LIVE!


A placa de som Sound Blaster Live! atualmente é a placa topo de linha da Creative Labs. Ela possui as seguintes
características: Som surround: A Sound Blaster Live! possui saída para 8 caixas de som, formando um sistema de
som surround no formato 7.1 (ver Figura). Essas saídas estão disponíveis através do conector Digital DIN da ex-
pansão de conectores da placa (Figura). É necessária a utilização de um amplificador de áudio que suporte esse
formato. Para os usuários que não possuem esse equipamento, a placa possui saídas analógicas para quatro caixas
de som, formando o sistema surround básico. Tecnologia Environmental Audio (EAX): Aliado ao seu sistema de
caixas de som, essa placa possui a tecnologia Environmental Audio, que é um som 3D de qualidade impressionan-
te. Com o uso de programas escritos com essa tecnologia, o usuário tem a noção da posição espacial da fonte
sonora, fazendo com que haja a impressão de se estar “dentro” do jogo, por exemplo (desde que as caixas este-
jam posicionadas corretamente, é claro). Essa tecnologia vai além do áudio 3D tradicional porque usa um sistema
surround (de 4 a 8 caixas de som), ao contrário do sistema de áudio 3D tradicional, em que são usadas apenas
duas caixas.
• Síntese por wave table: Seu processador de Wave Table (EMU1OK1 da E-mu Systems) é capaz de proces-
sar até 64 vozes por hardware diretamente (ao contrário do sintetizador utilizado na AWE 32 e AWE 64,
que processam somente até 32 vozes). Sua polifonia MIDI total é de 256 vozes, sendo que 192 vozes são
processadas por sofrware (a exemplo do que ocorre na Sound Blaster AWE 64, em que 32 vozes são pro-
cessadas por hardware e as outras 32 vozes, por software, dando uma polifonia total de 64 vozes).
• Memória RAM: Utiliza memória RAM do micro para armazenar novos instrumentos (para uso da placa de
som como um sampler). Na AWE 32 e AWE 64, existe 512 KB de memória RAM on-board para essa finali-
dade (na AWE 64 Gold há 4 MB de memória RAM). Você pode usar até 32 MB da memória RAM do micro
para essa finalidade.
• Boa relação sinal/ruído: Essa é a placa de som da Creative Labs que oferece a menor taxa de ruído (96
dB), podendo ser utilizada para aplicações comerciais de áudio.
Como possui múltiplos conectores, essa placa de som possui uma extensão de conectores. Nessa extensão foram
alojadas as entradas e saídas de áudio digital e interface MIDI, como você observa na Figura.

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ÁUDIO ON-BOARD
Na maioria das placas-mãe com esse recurso, o áudio on-board se compara ao de uma placa Sound Blaster 16,
com a exceção de não possuir, na maioria das vezes, um amplificador de áudio. Para usuários mais exigentes, é
melhor instalar uma placa de som avulsa do que utilizar o áudio on-board.

INTERFACE MIDI
A criação e edição de música através de instrumentos eletrônicos e, principalmente, a interligação de diversos ins-
trumentos entre si foram sempre facilitadas pelo padrão MIDI (Musical Instrument Digital Interface). Como todos
os instrumentos eletrônicos manipulam, na verdade, dados binários, a interconexão entre eles é possível e extre-
mamente funcional. No entanto, devemos ter em mente que as informações que circulam em comunicação MIDI
são somente de ativação e desativação de notas musicais e nunca sons e música propriamente ditos. Isso significa
que você passa a poder controlar instrumentos remotamente e sincronizá-los, O som de cada instrumento continua
sendo emitido por cada instrumento individualmente, necessitando, pois, de um mixer de áudio conectado à saída
dos instrumentos, de modo a escutarmos corretamente o som gerado pelos mesmos. Basicamente, utilizamos o
microcomputador com duas finalidades. A primeira — e mais importante — como um seqüenciador que permitirá
definir, ao longo de uma linha do tempo, a que momento cada instrumento será acionado e que nota de cada ins-
trumento será acionada. Nesse caso, o microcomputador será o “maestro” de todos os seus instrumentos, concen-
trando em um só equipamento o controle de todos os outros. Isso é feito através de programas seqüenciadores,
como o Cakewalk (Twelve Tones). A maioria dos instrumentos digitais hoje em dia são multitimbrais, isto é, permi-
tem a execuçao de mais de um timbre (“instrumento ) simultaneamente. Em um teclado multimbral, é impossível
tocarmos simultaneamente mais de um instrumento, uma vez que temos somente um único teclado! Já com o
auxílio de um seqüenciador (papel que pode ser desempenhado pelo micro), é possível controlarmos todos os tim-
bres do instrumento simultaneamente, via MIDI. A edição é facilitada pela tela do computador, em tamanho bem
mais fácil de se utilizar do que os minúsculos displays normalmente disponíveis em instrumentos digitais. Em se-
gundo plano, fica a utilização de placas de som especiais MIDI, com sons de instrumentos. É o caso das sobrepla-
cas Sound Canvas, Wave Blaster e das placas de som Sound Blaster AWE 32, AWE 64 e Live!. Essas placas têm
sons MIDI gravados em ROM, permitindo diversos instrumentos — em altíssima fidelidade, para usos profissionais,
note bem — sem a real necessidade de um sintetizador conectado ao microcomputador. O som, nesse caso, sairá
pela saída de áudio da placa de som, e seu nível poderá ser controlado pelo mixer da placa de som (ativado via
software). Algumas placas de som, como as Sound Blaster PCI, possuem síntese de wave table por software. Nes-
se tipo de placa de som a síntese é controlada pelo processador do micro esse caso, os sons neïo sio gravados em
uma ROM na placa de som, mas sã’o carregados em RAM e não por um sintetizador localizado na placa. Arquivos
MIDI (extensão Mid) são arquivos de seqüência e gerados através do programa seqüenciador. Neles há apenas a
ordem de quais notas devem ser tocadas em quais instrumentos, por isso são pequenos em tamanho.

CONEXÃO
A interface MIDI consiste basicamente em duas vias, uma chamada
MIDI out e outra MIDI in, disponíveis através de conectores DIN de
cinco pinos (os mesmos utilizados nos teclados). A interface MIDI da
Sound Blaster é disponível através de um conector DB 15 fêmea,
utilizado também para a conexão de um joystick. Dessa maneira, deve-
rá ser adquirido um cabo adaptador especial, mostrado na Figura. Esse
cabo é comercializado pela Creative Labs com o nome Sound Blaster
MIDI Kit. Note que outros fabricantes também comercializam
esse cabo. É importante notar que essa não é simplesmente
uma ligação de fios; dentro dela há um circuito
optoacoplador que isola a placa de som dos instrumen-
tos MIDI e, por esse motivo, na maioria das vezes,
não compensa montar esse cabo em casa. Todo
cabo MIDI possui dois conectores: MIDI in: Entrada
de comandos MIDI — Ligado a Dispositivos Con-
troladores (mestres). I~ MIDI out: Saída de comandos MIDI — Ligado a Dispositivos Controlados (escravos). A
conexão típica do micro a um instrumento MIDI (tal qual um teclado ou uma bateria eletrônica) é feita ligando-se a

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saída MIDI out do microcomputador à entrada MIDI in do instrumento e a entrada MIDI in do micro à saída MIDI
out do instrumento, conforme ilustra a Figura. Note, no entanto, que o instrumento conectado à saída MIDI out de
um dispositivo passará a ser controlado por esse dispositivo, ou seja, um instrumento será mestre do outro, que,
por sua vez, será escravo. Na Figura, vemos a conexão de um sintetizador e uma bateria eletrônica ao micro. O
microcomputador será o seqüenciador, enquanto a bateria eletrônica será escravo do sintetizador. Normalmente,
instrumentos digitais têm uma terceira saída, MIDI thru; na verdade, uma continuação da entrada MIDI in do
dispositivo, de modo a reenviar os comandos MIDI enviados pelo seqüenciador ao próximo instrumento. Alguns
instrumentos não têm a saída MIDI thru. Nesse caso, a maioria permite a função Soft Thru, que faz com que a
saída MIDI out se porte como se fosse MIDI thru. É interessante conectar ao menos um sintetizador à entrada
MIDJ in do seqüenciador. Como o micro não tem teclado musical profissional, ficaríamos mais à vontade contro-
lando a entrada de notas no programa seqüenciador através do teclado de um dos sintetizadores em vez do tecla-
do do micro ou do mouse. Não podemos nos esquecer de que a saída de áudio continua sendo através de cada
instrumento em particular, a não ser, é claro, no caso de placas de som com síntese por Wave Table.

GENERAL MIDI
Como os arquivos MIDI armazenam a seqüência de notas e instrumentos utilizados
durante uma música, há um grande problema: e se os aparelhos utilizados na reprodução
forem outros? Antigamente havia este problema: instrumentos MIDI não eram
padronizados. Isso queria dizer que o número do timbre “Órgão de Igreja” poderia variar
de acordo com o modelo do instrumento. Em um instrumento, ele poderia ser o 170
timbre e, em outro, o SO — ou seja, se você
tentasse reproduzir um arquivo MIDI com um
conjunto diferente de instrumentos utilizado na
produção do arquivo, a música seria reproduzida
com outros sons, totalmente diferentes do projeto
original. Para resolver esse problema, foi criado o
padrão General MIDI. Esse padrão estipula 128
instrumentos mais um conjunto de bateria
eletrônica. Com isso, instrumentos General MIDI
terão sempre os timbres básicos posicionados na
mesma ordem, evitando problemas de
compatibilidade musical.

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