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pentateuco

do grego, "os cinco rolos", o pentateuco é composto pelos cinco primeiros livros da
bíblia cristã. também chamado de torá, uma palavra da língua hebraica com significado
associado ao ensinamento, instrução, ou especialmente lei, uma referência à primeira
secção do tanakh, i.e., os primeiros cinco livros da bíblia hebraica, da autoria de moisés.
os judeus também usam a palavra torá num sentido mais amplo, para referir o
ensinamento judeu através da história como um todo. neste sentido, o termo abrange todo
o tanakh, o mishnah, o talmud e a literatura midrash. em seu sentido mais amplo, os
judeus usam a palavra torá para referir-se a todo e qualquer tipo de ensino ou filosofia.

livros do pentateuco (torá)


génesis
primeiro livro da bíblia. narra acontecimentos, desde a criação do mundo, na perspectiva
judaica (o chamado "relato do génesis"), passando pelos patriarcas hebreus, até à fixação
deste povo no egipto, depois da história de josé.

Êxodo
o livro conta a história da saída do povo de israel do egipto, onde foram escravos durante
400 anos. narra o nascimento, a vida e o ministério de moisés diante do povo de israel,
bem como o estabelecimento da lei e a construção do tabernáculo. mostra o início de um
relacionamento entre o povo recém-saído do egito e deus através de uma aliança proposta
pelo próprio deus. É a organização do judaísmo.

levítico
basicamente é um livro teocrático, isto é, tem caráter legislativo; apresenta em seu texto o
ritual dos sacrifícios, as normas que diferenciam o puro do impuro, a lei da santidade e o
calendário religioso entre outras normas e legislações que regulariam a religião.

números
este livro é de interesse histórico, pois fornece detalhes acerca da rota dos israelitas no
deserto e de seus principais acampamentos. pode ser dividido em três partes:

• o recenseamento do povo no sinai e os preparativos para retomar a marcha (1-


10:10). o capítulo 6 relata o voto de nazireu.

• a história da jornada do sinai até moabe, o envio dos espiões e o relato que
fizeram, e as murmurações (oito vezes) do povo contra as dificuldades do
caminho (10:11-21:20).

• os eventos na planície de moabe, antes da travessia do jordão (21:21-cap. 36).

deuteronômio
contém os discursos de moisés ao povo, no deserto, durante seu êxodo do egito à terra
prometida por deus. os discursos contidos nesse livro, em geral, reforçam a idéia de que
servir a deus não é apenas seguir sua lei.

gênesis
gênesis é o primeiro livro da bíblia. faz parte do pentateuco, os cinco primeiros livros
bíblicos, cuja autoria é, tradicionalmente, atribuída a moisés (em hebraico, ‫משה‬, moshê).
gênesis (que significa “origem; nascimento”) é o nome dado pela septuaginta ao primeiro
destes livros, ao passo que seu título hebraico bereshit (no princípio) é tirado da primeira
palavra na sua sentença inicial.
todas as informações contidas no livro de gênesis relacionam-se com eventos que
acredita-se que ocorreram antes do nascimento de moisés. narra acontecimentos, desde a
criação do mundo, na perspectiva judaica, passando pelos patriarcas hebreus, até à
fixação deste povo no egipto, depois da história de josé.

• autor: moisés (segundo a tradição judaico-cristã; porém há exegetas que


discordam seriamente disso);

• significa: começo, princípio, origem;

• primeiro livro da bíblia e primeiro do pentateuco;

• possui 50 capítulos;

• contém uma história da criação da terra, da humanidade, da queda do homem e da


escolha da nação de israel por deus.

visão panorâmica
• parte 1 - o príncipio da história da humanidade. capítulo 1 ao capítulo 11.

• parte 2 - os começos do povo hebreu. capítulo 12 ao capítulo 50.

• escrito cerca de 1445-1405 a.c.


personagens principais
/wiki/imagem:durer_adam_and_eve.jpg /wiki/imagem:durer_adam_and_eve.jpgadão e
eva de dürer
• adão e eva

• νο

• αβραο

• ισαθυε

• ϕαχ⌠

• ϕοσ

estudos e discussões
as discussões acerca da origem e autoria dos textos bíblicos dependem da premissa de
que estes textos não foram ditados por deus ao ouvido dos homens e que os relatos não
sejam literais, mas que tenham sido interpretações dos atos de deus através da história do
povo de israel. partindo deste princípio, é difícil tratar do conteúdo de gênesis como um
texto escrito por apenas uma pessoa em um curto período de tempo.
acredita-se que o livro de gênesis tenha sido escrito por moisés (embora ele viesse a
morrer antes do final do pentateuco), ou por cronistas próximos a ele. as informações,
bem como os pormenores restantes, porém, podem ter sido transmitidas a moisés por
meio de tradição oral. por causa da longevidade dos homens daquele período, as
informações podem ter sido transmitidas por adão a moisés através de apenas cinco elos
humanos, a saber, matusalém, sem, isaque, levi e anrão.
uma outra possibilidade é que moisés obteve grande parte das informações relativas a
gênesis de escritos ou documentos já existentes. já no século xviii, o erudito holandês
campegius vitringa sustentava este conceito baseando sua conclusão nas freqüentes
ocorrências, em gênesis (dez vezes), da expressão (em kj; tr) “estas são as gerações de”, e
uma vez “este é o livro das gerações de”. nesta expressão, a palavra hebraica para
“gerações” é toh•le•dhóhth, melhor traduzida por “histórias” ou “origens”. por exemplo,
“gerações dos céus e da terra” dificilmente se enquadraria aqui, ao passo que “história
dos céus e da terra” tem sentido. (gên 2:4) em harmonia com isso, a versão alemã
elberfelder, a francesa crampon e a espanhola bover-cantera são versões que usam o
termo “história”, assim como faz a tradução novo mundo.
para a crítica bíblica, entretanto, evidências no texto demonstram que as tradições de
gênesis, especialmente entre o final da narrativa do dilúvio e a história de josé, devam ter
sido compiladas durante o período de dominação babilônica, entre os séculos vii e vi a.c..
É postulado que abraão tenha nascido na cidade de "ur dos caldeus", termo repetido
algumas vezes. no entanto, os caldeus somente surgiram na região de ur, a leste da
mesopotâmia, por volta do século ix a.c., pelo menos 1000 anos depois do tempo suposto
para a história de abraão. a própria diferença nos estilos literários e as histórias
aparentemente desconexas da vida de abraão podem ser um indicativo de que tais
histórias tenham sido compiladas em diferentes momentos, ou por diferentes autores, a
partir de uma tradição oral transmitida por muitas gerações.
alguns estudiosos acreditam que as histórias de isaque, em vários momentos tão
semelhantes às de abraão, sejam um recurso estilístico observado em outros pontos do
relato bíblico (a recorrência da cidade de belém relacionada ao nascimento de davi e jesus
para ressaltar seu parentesco, por exemplo, embora jesus nunca fosse referido como
belenense ou belemita, mas como nazareno pois habitava na cidade de nazaré), para
realçar a ligação entre os dois personagens através de seus atos, fortalecendo a ligação
entre israel, filho de isaque, e o patriarca abraão.
a narrativa da história de josé, que visa explicar a origem das 12 tribos de israel, pode ter
sido compilada por cronistas de israel, no período em que os reinos de israel e judá
estiveram divididos, durante o primeiro milênio antes de cristo, pois toda a narrativa
realça a importância e a nobreza de josé (pai das meia-tribos de efraim e manassés, as
tribos dominantes do reino do norte), em contrapartida com a indiferença e a inveja de
judá (a tribo predominante do reino do sul), refletindo o rancor das tribos de josé e a tribo
de judá naquele período. ao final da narrativa, quando jacó chega ao egito e abençoa seus
filhos, à tribo de judá é prometido que reinaria sobre todas as outras, o que contradiz a
finalidade do restante da narrativa

como o livro veio ser canônico


desde do começo, os primeiros cincos livros que compõem o conjunto dos canônicos
como parte das escrituras hebraicas, foram aceitos pelos judeus como documentos
autênticos. assim, nos dias de davi, os eventos registrados de gênesis a primeiro samuel
eram plenamente aceitos como a verdadeira história da nação e dos tratos de seu deus
com eles.
no entanto, adversários das escrituras hebraicas têm atacado fortemente o pentateuco, em
particular no que tange à autenticidade e à autoria. por outro lado, ironicamente a
reconhecimento dos judeus, de que moisés foi o escritor do pentateuco, podemos salientar
o testemunho de antigos escritores, alguns dos quais eram inimigos dos judeus. hecateu
de abdera, o historiador egípcio mâneto, lisímaco de alexandria, eupolemo, tácito e
juvenal, todos atribuem a moisés o estabelecimento do código de leis que distinguia os
judeus das outras nações, e a maioria menciona em especial que ele assentou suas leis por
escrito. numênio, o filósofo pitagórico, até mesmo menciona janes e jambres como os
sacerdotes egípcios que opuseram a moisés. (2 tim. 3:8) estes autores abrangem um
período que se estende do tempo de alexandre (quarto século a.c), quando os gregos se
interessaram pela primeira vez na história judaica, ao do imperador aureliano (terceiro
século d.c). muitos outros antigos escritores mencionam moisés como líder, governante
ou legislador.
apesar do estrito cuidado dos copistas dos manuscritos da bíblia, introduziram-se no texto
alguns pequenos erros e alterações de escribas. ao todo, são insignificantes e não alteram
a integridade geral das escrituras. foram descobertos e corrigidos por meio de cuidadosa
colação erudita ou comparação crítica dos muitos manuscritos e versões antigos
existentes.
quanto ao estudo crítico do texto hebraico, teve seu inicio, por parte dos eruditos no
século xviii. nos anos de 1776-80, em oxford, benjamin kennicott publicou variantes de
mais de 600 manuscritos hebraicos. daí, em 1784-98, em parma, o erudito italiano j. b. de
rossi publicou variantes de mais de 800 manuscritos. o hebraísta s. baer, da alemanha,
também produziu um texto-padrão. mais recentemente, c. d. ginsburg dedicou muitos
anos a produzir um texto-padrão crítico da bíblia hebraica. foi publicado pela primeira
vez em 1894, passando por revisão final em 1926. neste, fornecendo um estudo textual
por meio de notas de rodapé, que comparam muitos manuscritos hebraicos do texto
massorético. o texto básico usado por ele foi o texto de ben chayyim. mas, quando os
mais antigos e superiores textos massoréticos de ben asher se tornaram disponíveis, kittel
empreendeu a produção de uma terceira edição, inteiramente nova, que após a sua morte
foi completada por seus colegas. joseph rotherham usou a edição de 1894 deste texto na
produção da sua tradução inglesa, the emphasised bible (a bíblia enfatizada), em 1902, e
o professor max l. margolis, associado a colaboradores, usou os textos de ginsburg e de
baer na produção da sua tradução das escrituras hebraicas, em 1917.

livro do Êxodo
Êxodo é o segundo livro do antigo testamento e do pentateuco. a sua autoria é atribuída
ao profeta moisés pela tradição judaico-cristã. veja também bíblia.
o termo Êxodo (em gr. Êxodos) deriva da versão septuaginta grega (lxx), de procurava
intitular os livros a partir do seu conteúdo. o seu nome em hebraico é shemôtht, que
significa "nomes", de acordo com o costume de judaico de intitular os livros a partir das
suas palavas iniciais. (Êxodo 1:1 - "estes são os nomes ..."; em língua hebraica we élleh
shemôtht)

conteúdo do livro
Êxodo dá continuidade à narrativa iniciada em gênesis. relata o inicio da escravidão do
povo de israel do egipto, sua posterior libertação e aliança com deus no monte horebe, na
península do sinai, onde deus entrega a moisés as duas tábuas de pedra contendo os dez
mandamentos. também narra o nascimento e a vida de moisés.

o começo da escravidão
depois da morte de josé e de toda a sua geração, subiu ao trono do egipto um novo faraó -
e muito provavelmente uma nova dinastia - "que não sabia nada a respeito de josé." (1:6,8
blh) segundo o relato bíblico, o faraó disse ao seu povo: "ele disse ao seu povo: eis que o
povo dos filhos de israel é mais numeroso e mais forte do que nós. vamos, usemos de
astúcia para com ele, para que não se multiplique, e seja o caso que, vindo guerra, ele se
ajunte com os nossos inimigos, peleje contra nós e saia da terra." (1:9,10 ala)
com esse fim designaram sobre eles, chefes de trabalhos forçados com o objectivo de os
oprimir; de tornar a sua vida penosa. segundo o relato bíblico, os israelitas trabalham na
construção das cidades de pitom (ou pi-atum, que significa "casa de [deus] atum") e
ramsés (que significa "casa do filho de [deus] rá"; ou pi-ramsés-meri-amon), que seriam
locais para armazenagem de cereais. ambas cidades situavam-se na fronteira oriental do
delta do nilo. a cidade de pi-ramsés seria a avaris mencionada no relato do sacertote e
historiador egípcio manéto, citado pelo historiador judeu flávio josefo.
quanto mais os egípcios os oprimiam, tanto mais eles se multiplicavam, a ponto de os
egípcios temerem uma rebelião. (1:12-14) para conter o preocupante aumento da
população masculina entre os israelitas, o faraó terá ordenado que todo menino israelita
recém nascido fosse morto. (1:15-22) É neste contexto que surje o nascimento de moisés.
passaria exactamente 80 anos, até a libertação de israelitas do egipto.

Êxodo de israel
[editar] rota do Êxodo (esboço)
o povo de israel organiza o acampamento em sucote, e dali caminha até ao etão, no
limite do deserto, onde acamparam. (13:17,18,20) sucote estava evidentemente a um dia
de jornada (32 a 48 km) do etão que é acreditado que se estende ao longo do lado norte
da península de sinai.
retrocedem e acampam diante de pi-hairote, entre migdol e "o mar", à vista de baal-
zefom [ou seja, a fronteira norte]. É o último lugar antes da travessia do mar vermelho.
(14:1-3) crê-se que migdol seja a pronúncia egipcia do hebraico mighdal, que significa
"torre", devendo referir-se a um posto militar ou torre de vigia na fronteira egipcia. numa
das cartas de tell-amarna é mencionado maagdali.
após a travessia do mar vermelho, entram no ermo do sur. sur ou shûr, significa "muro"
ou 'muralha". depois de 3 dias de caminhada, chegam ao oásis de mara, em ár. ani
hawarah, onde as águas eram amargas. mara significa "amarga", devido à sua água ser
salobre e sulfurosa, não potável. andando 24 km mais para sul, chegaram ao oásis de
elim, em ár. wadi garandel, com 12 fontes de água e 70 palmeiras. elim significa
"árvores grandes [sagradas]". (15:22,23,27)
atravessam o ermo de sim junto ao mar vermelho, entre o oásis de elim e o monte horebe
(sinai), hoje a planíce de el kaa. acamparam a dofca, e depois em alush, e finalmente, no
oásis de refidim. dafca é actualmente chamada em ár. de serábit el-chadem. era um
antigo centro egípcio de extração de cobre e de turquesas e onde havia fornos de
fundição. segundo os filólogos, dofca é um nome hebraico que equivale a "fornos de
fundição". alush é um local não identificado entre dofca e refidim.
• a questão das codornizes como o maná, tal como descritos no texto bíblico, são
um acontecimento local natural. somente as suas circunstâncias (tempo, duração,
quantidade, etc ...) que tornam estes factos em parte milagrosos ou inexplicáveis.
o mesmo se aplica ao fenómeno da "água brotar da rocha".
foi em refidim, a actual wadi feiran dos árabes, a nw do monte horebe. foi aqui que
ocorreu o episódio de "água brotar da rocha" (números 20:11). foi o local da batalha entre
israel e os amalequitas. josué, ajudante de moisés, saí vitorioso. (17:1,6; números 33:12-
15) por fim, o povo de israel acampa junto do monte horebe, na península de sinai. em
árabe, é chamado jebel musa que significa "monte de moisés".

rota do Êxodo (contestação)


a rota "oficial" do exôdo carece de comprovação arqueológica. algums autores
questionam o exôdo bíblico; outros autores apresentam rotas mais plausíveis com o texto
bíblico; existem trabalhos (vide ron wyatt) que apontam a praia de nuweiba no golfo de
Áqaba como o provável local da travessia do mar vermelho, e o monte sagrado situado na
arábia saudita, no local chamado em árabe de jabel el laws.
obtido em "http://pt.wikipedia.org/wiki/livro_do_%c3%8axodo"

levítico

levítico é o terceiro livro da bíblia. faz parte do pentateuco, os cinco primeiros livros
bíblicos, cuja autoria é, tradicionalmente, atribuída a moisés.
É um dos livros do antigo testamento da bíblia e possui 27 capítulos. os judeus chamam-
no va-yikra ou vaicrá (e chamou). basicamente é um livro teocrático, isto é, seu caráter é
legislativo; possui, ainda, em seu texto, o ritual dos sacrifícios, as normas que
diferenciam o puro do impuro, a lei da santidade e o calendário litúrgico entre outras
normas e legislações que regulariam a religião.

sobre
terceiro livro do pentateuco, contendo as leis de deus sobre sacrifícios, pureza e outros
assuntos relacionados com a adoração de yhvh.

escritor
toda a evidência, bem como a tradição judaica-cristã, leva a identificar moisés como o
escritor, assim como os demais livros do pentateuco. ele teria obtido as informações de
jeová (levítico 26:46).
leis e regulamentos
mediante as leis sanitárias e dietéticas, e os regulamentos sobre a teologia moral e sexual,
proveram-se-lhes protecção contra doenças. (levítico, capítulos 11-15, 18) tais leis os
beneficiariam em sentido espiritual, porque os habilitariam a familiarizar-se com os
modos de agir do deus jeová, e ajudaria-os a ajustar-se a tais. (11:44) os cristãos
entendem que tais regulamentos como parte da lei de moisés, serviam como tutor para
conduzir os judeus ao messias, que seria o grande sumo sacerdote de deus, prefigurado
pelos incontáveis sacrifícios oferecidos em harmonia com a lei. — gálatas 3:19, 24;
hebreus 7:26-28; 9:11-14; 10:1-10.

livro dos números

números (do hebraico ‫ במדבר‬bamidbar no ermo; em latim numeri vulgata, derivando de


a·rith·moí da lxx) é o quarto livro da bíblia. faz parte do pentateuco (conhecida pelos
judeus como torá), os cinco primeiros livros bíblicos, cuja autoria é, tradicionalmente,
atribuída ao patriarca moisés. um dos livros do antigo testamento da bíblia, possui 36
capítulos e recebe esse nome por causa dos censos relatados. a época da escrita, por volta
de 1470 a.c..

origem do nome
nota: se procura visão judaica do texto, consulte bamidbar.
o quarto livro do pentateuco deriva seu nome dos dois censos de israel mencionados no
livro. narra eventos que ocorreram na região do monte sinai, durante as peregrinações dos
israelitas no ermo e moabe. este nome números foi usado pela primeira vez na tradução
grega da versão lxx, sendo bastante adequado, pois todo o livro esta repleto de números,.
mais de uma vez explica que, moisés se dedicou a registrar cada sitio onde os hebreus
acampavam, todos os oásis e cada acampamento, e as palavras concludentes do livro
também indicam ser ele o escritor do relato. — 36:13. estas alusões explicam
perfeitamente como estas antiquíssimas descrições puderam chegar a nós, intactas.

conteúdo
“a punição de corá” (sandro botticelli)
a narrativa abrange um período de 38 anos, entre 1512 a 1473 a.c. (números 1:1;
deuteronômio 1:3, 4) estas descrições incluem os acampamentos das tribos (1:52, 53), a
ordem de marcha (2:9, 16, 17, 24, 31) e os sinais de trombeta para a assembléia e o
acampamento (10:2-6). a lei sobre a quarentena. (5:2-4) diversas outras ordens são dadas:
o uso de trombetas (10:9), a separação das cidades para os levitas (35:2-8), a ação contra
a idolatria e os cananeus (33:50-56), a escolha das cidades de refúgio, instruções sobre
como lidar com homicidas acidentais (35:9-33), e leis sobre heranças e o casamento.
(27:8-11; 36:5-9).
o agrupamento dos elementos do livro foi elaborado em torno dos principais textos, tarefa
esta extremamente difícil. por isso historicamente tem-se buscado estabelecer uma
divisão mais simples, como por exemplo, segundo a região onde sucederam os
acontecimentos.
assim, pode-se dividir números em três partes principais:
1. no sinai: 1:1-10:10
2. no deserto de cades-barnéia: 10:11-22:1
3. nas planícies de moabe: 22:2-36:13

natureza e organização
como é habitual aos livros do antigo testamento, que pertencem a serie de livros
históricos do antigo testamento, sua história é descrever os tempos passados, números é
história, mas não história por si mesma, mas dedicada a narrar os atos do deus de israel.
mesmo assim, a historicidade deste livro é suficientemente sólida para ser tecnicamente
aceito hoje em dia, inclusive em aspectos particulares como a chegada a cades, que tem
sido confirmada pela arqueologia. a respeito de cades, nada se conta em números sobre os
38 anos que passaram naquele lugar. em todo o livro, moisés mantém a narração, apenas
a interrompendo-a para inserir textos jurídicos.

sentido religioso
moisés tira água da rocha (de nicolas poussin)
o grande criador dos pesos e medidas é yhvh. números conta como deus organizou o seu
povo em doze tribos de israel, descendentes dos doze filhos varões de jacó, e como este a
transformou numa assembléia santificada.
com o tempo, seriam reconhecidos como "filhos de abraão" pela religião e a
espiritualidade. a sociedade israelita e o autor não faziam distinção entre os israelitas e
imigrantes: todos os que viviam na terra prometida em obediência e observação das leis
de deus deviam ser irmãos entre si.
as doze tribos de israel são registradas e organizadas. os israelitas recebem ordens
relacionadas a sua adoração e seus tratos com outros, mas há falta de respeito para com
os representantes deus e desobedecem às suas ordens. yhvh abençoa israel, mas insiste na
adoração exclusiva ao passo que a nação se prepara para entrar em canaã.
deuteronômio
deuteronômio é o quinto livro da bíblia. faz parte do pentateuco, os cinco primeiros
livros bíblicos, cuja autoria é, tradicionalmente, atribuída a moisés. É um dos livros do
antigo testamento da bíblia e possui 34 capítulos.
contém os discursos de moisés ao povo, no deserto, durante seu êxodo do egito à terra
prometida por deus. o nome é de origem grega e quer dizer segunda lei ou repetição da
lei.
os discursos contidos nesse livro, em geral, reforçam a idéia de que servir a deus não é
apenas seguir sua lei. moisés enfatiza a obediência em conseqüencia do amor: "amarás ao
senhor teu deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, e com todo o teu
entendimento". também é enfatizado o "caminho da benção e da maldição", no qual deus
previne o povo a seguir seus mandamentos, pelos quais o povo ou seria abençoado, ou
receberia maldições (porém, caso se arrependesse e voltasse a seguir de coração a deus,
ele se arrependeria e perdoaria o povo).

[editar] sobre

o nome hebraico deste quinto livro do pentateuco é deva•rím (palavras), tirado da frase
inicial do texto hebraico. o nome “deuteronômio” deriva do título grego na septuaginta,
deu•te•ro•nó•mi•on, que significa literalmente "segunda lei, repetição da lei". vem da
tradução grega duma frase hebraica em deuteronômio 17:18, mish•néh hat•toh•ráh,
corretamente traduzida por "cópia da lei".
a autenticidade de deuteronômio como livro do cânon da bíblia e de moisés ser o escritor
dele acha-se bem alicerçada no fato de que deuteronômio sempre foi reputado pelos
judeus como parte da lei de moisés. a evidência da autenticidade de deuteronômio, em
geral, é a mesma que a dos outros quatro livros do pentateuco. (veja pentateuco; também
esses livros sob os seus respectivos nomes.) no novo testamento cristão, jesus é a
principal autoridade que atesta a autenticidade de deuteronômio, citando-o três vezes ao
repelir as tentações de satanás, o diabo. (mt 4:1-11; de 6:13, 16; 8:3) também, jesus
respondeu à pergunta quanto a qual era o maior e o primeiro mandamento por citar
deuteronômio 6:5. (mr 12:30) e paulo cita deuteronômio 30:12-14; 32:35, 36. — ro 10:6-
8; he 10:30.
o tempo abrangido pelo livro de deuteronômio é um pouco superior a dois meses, no ano
de 1473 aec. foi escrito nas planícies de moabe, e consiste em quatro discursos, um
cântico e uma bênção, da parte de moisés, enquanto israel acampava nas fronteiras de
canaã, antes de entrar nessa terra. — de 1:3; jos 1:11; 4:19. avisos e leis. deuteronômio
está repleto de avisos ao povo hebreu contra a adoração falsa e a infidelidade, bem como
de instruções sobre a maneira de lidar com tais, de modo a preservar a adoração pura.
algo notável em deuteronômio é a exortação à santidade. admoestava-se os israelitas a
não se casarem com pessoas das nações em sua volta, porque isto representaria uma
ameaça para a adoração pura e a lealdade a jeová. (de 7:3, 4) foram avisados contra o
materialismo e a autojustiça. (8:11-18; 9:4-6) foram feitas fortes leis referentes à
apostasia. eles deviam cuidar-se bem, a fim de que não se desviassem para outros deuses.
(11:16, 17) foram avisados contra os falsos profetas. foram dadas instruções, em dois
lugares, sobre como identificar um falso profeta e como lidar com ele. (13:1-5; 18:20-22)
até mesmo se um membro da própria família se tornasse apóstata, a família não devia ter
pena dele, mas devia tomar parte em apedrejá-lo até a morte. — 13:6-11.
as cidades de israel que apostatassem deviam ser devotadas à destruição e nada delas
devia ser preservado para benefício pessoal de alguém. tal cidade nunca deveria ser
reconstruída. (de 13:12-17) os delinqüentes cujos pais não conseguissem controlá-los
deviam ser apedrejados até morrerem. — 21:18-21.
a santidade e o isentar-se da culpa de sangue foram destacados pela lei relativa ao modo
de se lidar com um caso de homicídio não solucionado. (de 21:1-9) indicando o zelo pela
adoração pura, deuteronômio continha regulamentos sobre quem podia tornar-se membro
da congregação de jeová, e quando. nenhum filho ilegítimo, até a décima geração, nem
moabita ou amonita, por tempo indefinido, e nenhum eunuco podia ser admitido. todavia,
egípcios e edomitas da terceira geração podiam tornar-se membros da congregação. —
23:1-8.
deuteronômio esquematiza o arranjo judicial para israel, quando se fixasse na terra da
promessa. delineia as habilitações para juízes, e o arranjo de tribunais nos portões das
cidades, sendo o santuário o supremo tribunal do país, cujos julgamentos deviam ser
seguidos por todo o israel. — de 16:18–17:13.

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