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EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA MM. 1ª VARA DE FAMÍLIA,


INFÂNCIA, JUVENTUDE E IDOSO DA COMARCA DE CABO FRIO - RJ.

Processo n. 2004.011.002445-7

Márcia Barbosa Simas, brasileira, solteira, do lar,


portadora da carteira de identidade de n. __________________, do cpf de n.
_________________, residente e domiciliada na
______________________________________________, vem, por seu
advogado infra-assinado (documento de procuração em anexo), em conformidade
com o artigo 297 e seguintes do Código de Processo Civil, apresentar
CONTESTAÇÃO a presente ação de guarda e responsabilidade do
menor/adolescente Júlio César Lima da Silva, movida por Denísio Lima da Silva,
já devidamente qualificado, pelos fatos e fundamentos que passa a expor:

(1). O Autor, em sua peça vestibular, alega que conviveu


com a requerida de 200 a 2004, estando separado de fato da mesma desde janeiro
de 2004.”

(2). Alega, outrossim, que a ré não teria condições


financeira para arcar com o sustento de seu filho, em todas às suas necessidades
básicas, além de não fornecer ao mesmo ambiente propício para que cresça com
dignidade e respeito.

(3). Não obstante, afirma que o menor em questão, sob a


sua guarda, é possuidor de um ambiente harmonioso e rodeado de carinho,
“sendo-lhe prestado todo tipo de assistência material e moral indispensável ao
seu desenvolvimento”, razões estas que fundamentam seu pedido de guarda do
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menor, estas na modalidade provisória e “definitiva”, bem como a condenação da


ré no pagamento das custas judiciais e honorários advocatícios.

(4). Contudo, mister se faz refutar veementemente os


fatos e fundamentos empreendidos pelo autor, pois, além de estarem
completamente destoantes da verdade, demonstram-se exageradamente
imprudentes tendo em vista o mal que pode advir de tal prática para um convívio
harmonioso e respeitoso entre os envolvidos na presente ação.

(5). Assim, mesmo não influenciando na presente


demanda, é bom que se aluda que a ré conviveu com o autor não pelo período
compreendido entre 2000 e 2004, mas sim de 2003 a 2004.

(6). A ré, na ocasião, sempre privilegiou o cuidado


absoluto à família, razão pela qual sempre esteve sob o julgo financeiro de seu
companheiro, que, ao invés de ressaltar seus dotes e virtudes, vem depreciando a
imagem de uma mãe de família dedicada ao extremo, que abriu mão de sua vida
profissional, e consequentemente financeira, em detrimento do bem maior de
uma sociedade, qual seja, a FAMÍLIA. Pena que alguns ainda teimam em se
utilizar de tal artifício em proveito próprio.

(7). Outrossim, a ré jamais foi negligenciou à seu filho


dignidade e respeito, tampouco deixou de oferecer ao mesmo um ambiente
harmonioso e cercado de carinho. Agora, se deixou de dar o amparo material
indispensável ao desenvolvimento do menor, foi por simplesmente não ter
pensado em si própria, mas no bem-estar da família, e se tiver que pagar por isso,
que assim o seja.

(8). Entrementes, é de salutar importância ressaltar que


se o menor esteve sob a guarda do pai até a presente data, foi por que a mãe não
teve, e ainda não, tem condições financeiras de arcar com as necessidades básicas
do menor, por fatos já reiteradamente expostos, mas, que um dia, em razão da
dedicação que sempre atribuiu ao bem-estar familiar, e a boa educação que deu a
seu filho, terá seus atos reconhecidos.

(9). Contudo, esqueceu-se o autor de mencionar em sua


peça inaugural que desde a separação do casal o mesmo vem, de forma precária,
permitindo a visita da mãe ao seu filho, obstando em várias oportunidades que
relacionamento se desenvolvesse, utilizando-se do poder econômico, que diz
reiteradamente ter, para tal prática.

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(10). Sendo assim, ciente está a ré da necessidade da


manutenção e deferimento da guarda da menor pelo pai, mesmo sendo de sua
incomensurável vontade a guarda e cuidado do filho. Faz isso única e
exclusivamente para benefício do menor, pois, tendo em vista o lastro temporal
que os separou, bem como os benefícios que podem advir de tal situação, esta
seria a melhor opção.

(11). Contudo, não abre mão das visitas legalmente


estabelecidas, pois, somente assim poderá assistir ao filho com carinho e amor
maternos, o que está sendo obstado pelo autor sem medir às consequências dos
seus atos. Com esse ato, mais uma vez abre mão, a ré, de um direito em benefício
do bem-estar familiar, e que isso não seja esquecido.

Em face de tudo o que foi exposto, requer-se o seguinte:

(a). Que sejam concedidos os benefícios da Lei n.


1.060/50, ou seja, gratuidade de justiça, declarando sob as penas da lei que não se
encontra em condições de arcar com as custas processuais e honorários
advocatícios sem incorrer em prejuízo próprio, bem como de sua família;

(b). entendendo não ser o meio apropriado para o


deferimento de tal pedido, mas, sob forma de se respeitar o princípio da economia
processual, que seja regularizada a visita da ré ao seu filho na forma da lei;

Protesta provar o alegado por todos os meios de prova


em direito admitidos, especialmente documental, testemunhal e depoimento
pessoal do representante legal da autora.

Termos em que,

espera deferimento.

Arraial do Cabo, de de 2007.

Marcelo Carlos Castro


OAB-RJ 109.428
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