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Talvez você não saiba que o nosso sistema de energia elétrica, baseado em corrente
alternada, foi possível devido a Nikola Tesla (1856-1943), que descobriu o campo
magnético giratório.
Suas mais de 700 invenções incluem desenvolvimentos que tornaram possível a era
industrial como a conhecemos hoje, havendo o toque de sua genialidade em toda a parte
de nossa vida moderna, de forma insuspeitada para a maioria das pessoas.
Como costuma acontecer aos homens de visão, Tesla teve que suportar a incompreensão
de seus contemporâneos. Dentre suas descobertas, o mundo só conheceu aquelas que
interessaram ao poder financeiro, e aquele que teria sido o seu invento mais importante foi
também o mais visado.
Trata-se do Sistema Mundial de transmissão de energia elétrica sem fios, projeto que foi
“abafado” pelas mesmas mãos que se apoderaram de várias de suas idéias e que as
usaram ou em proveito próprio ou a serviço da tecnologia bélica, o que, sem dúvida,
contribuiu para intensificar o quadro de brutalidade humana que caracterizou o século XX.
Diferentemente da grande maioria dos cientistas, Tesla foi sempre guiado pelo ideal de
colocar o seu trabalho científico a serviço do bem-estar do homem, e em nome desse
objetivo chegou a passar por situações de verdadeira penúria financeira.
Tendo compreendido que o uso contínuo e prolongado das fontes de energia usadas na
época constituiriam, a longo prazo, uma ameaça à manutenção das reservas naturais do
planeta, ele passou décadas tentando descobrir uma fonte energética não poluente e que
não destruísse a natureza.
Isso foi o suficiente para que Tesla se tornasse um incômodo para muita gente e um perigo
para uma sociedade que era dominada pelo materialismo e pelo egoísmo.
Por ter levado às últimas conseqüências seu ideal de ser efetivamente útil à sociedade, o
inventor do sistema que possibilitou o aproveitamento doméstico e industrial da eletricidade
– a qual é, como se sabe, responsável pelo enorme progresso tecnológico ocorrido no
século XX , foi em vida, perseguido, desprezado, ignorado e até humilhado, tendo chegado
ao ponto de passar os últimos anos de sua existência na solidão de um quarto de hotel e na
miséria.
E, postumamente, a única homenagem que lhe prestam é o banimento de seu nome da
história da ciência que é ensinada nas universidades. E, por incrível que pareça, nem
mesmo a grande maioria dos docentes da área da Física costumam estar a par do assunto.
Mas é chegada a hora de conhecer e reconhecer este gênio inventivo, que, tendo
encarnado o protótipo do legítimo cientista, legou às gerações seguintes um raro exemplo
de conduta.
Desde o início de sua infância, ficou claro que Tesla era uma mente extraordinária. Seu pai,
Milutin Tesla, o ajudou a fortalecer sua memória e raciocínio através de uma grande
variedade de constantes exercícios mentais. Sua mãe, Djouka Tesla, vinha de uma longa
linhagem de inventores, e ela própria criava várias ferramentas para costura e outras
tarefas que desempenhava em casa.
Diz-se que Tesla possuia memória fotográfica e foi um excepcional estudante, que após
perder uma bolsa de estudos após um ano, retomou os estudos de forma autodidata
frequentando bibliotecas.
Ele estudava febrilmente, quase durante todo o dia, em uma rotina que ia das 3:00 da
manhã às 11:00 da noite todos os dias. Ele pretendia impressionar seus pais, com suas
conquistas na faculdade, em parte porque seu pai estava relutante em deixá-lo ir à
faculdade, desejando que ele o seguisse no serviço clerical.
Tesla tinha grande facilidade em conectar causa e efeito. Esta habilidade de ligar seus
processos mentais e seus mapas internos à realidade física, combinada com sua prática
em construir imagens, conduziu-o, na vida adulta, ao sucesso como inventor.
Ele não precisava fazer experimentos: concebia, aperfeiçoava e testava suas invenções
usando somente a imaginação, sem nada escrever ou anotar, seus protótipos eram
construídos inteiramente em seu processo mental, mesmo os mais complexos.
O invento, após ser montado sem nenhuma modificação, funcionava perfeitamente. Tesla
dormia apenas uma ou duas horas por dia, e trabalhava continuamente em suas invenções
e teorias sem descanso e sem tirar férias.
Entrou para a Escola Politécnica em Gratz, onde por quatro anos estudou matemática,
física e mecânica, confundindo mais de um professor pela sua extrema compreensão da
eletricidade, uma ciência ainda na infância, naqueles dias.
Tesla era um aluno excepcional capaz de questionar todo o status quo tecnológico com um
insight que em muito superava o de seus instrutores. Ele se rebelava especialmente contra
a idéia de que a corrente contínua era o único meio possível de distribuir energia elétrica.
Tesla, sonhava em ir para a América e conhecer o famoso Thomas Alva Edison, de modo
que eles pudessem unir forças e revolucionar o mundo.
Era claro para ele que a corrente contínua era ineficiente e incapaz de transmitir energia a
longas distâncias, e certamente deveria haver um outro método. A idéia da corrente
alternada era tida pela comunidade científica com desdém, em muitos aspectos como a
fusão do hidrogênio a frio é desacreditada até hoje. Simplesmente ao mencionar a Corrente
Alternada em suas palestras, Tesla recebia de seus ouvintes um sorriso sarcástico.
Isso, porém, nunca o desencorajou a ponto de fazê-lo abandonar este enigma tão
envolvente.
Em 1882, ele arrumou um emprego na Companhia Continental Edison em Paris,
distinguindo-se como um engenheiro excepcional. Dois anos mais tarde, viajou à Nova York
para conhecer o presidente da companhia: o próprio Thomas Alva Edison.
Tesla foi aceito na Continental Edison Company graças a uma carta de recomendação
escrita por um gerente dessa mesma Companhia em Paris, onde o inventor europeu
trabalhara. A carta de recomendação dirigida a Edison dizia: “Conheço dois grandes
homens, e você é um deles; o outro é esse jovem”.
Edison passou a tratá-lo com desdém, e certamente não tinha a menor intenção em
colaborar com qualquer pesquisa sobre a corrente alternada. Edison via a corrente
alternada como um sonho impossível na melhor das hipóteses, ou, na pior, uma ameaça a
todo o seu império de corrente contínua.
Propôs então modificar os geradores fabricados por esse outro inventor a fim de que se
tornassem 25 % mais eficientes em apenas dois meses.
Completamente céptico, Edison disse a Tesla que se ele assim o fizesse, ele lhe pagaria
cinquenta mil dólares. Exercendo um esforço massivo, virtualmente sem paradas, Tesla
conseguiu cumprir com a promessa, projetando e construindo vinte e quatro novos tipos de
dínamo, os quais, efetivamente, se revelaram superiores aos modelos antigos em 30,5%.
Mas, quando lhe pediu o pagamento dos cinquenta mil dólares, Edison recusou-se a honrar
o acordo, dizendo que estava apenas brincando. Revoltado, Tesla demitiu-se e nunca mais
trabalhou com Edison.
Apesar de Thomas Alva Edison ser sem dúvida alguma um extraordinário inventor,
empregava muitas pessoas que trabalhavam em conjunto com ele; creditando-se de todas
as invenções e idéias produzidas, não estando claro até hoje o que Edison realmente
inventou, e do que fez apropriação a partir de outros trabalhos.
O Instituto Elétrico Edison (Edison Electric Institute) foi formado para perpetuar a noção de
que Edison foi o inventor do gramofone, e ter certeza de que os textos escolares e a
informação corrente sempre o mencionariam em conexão com diversas outras invenções.
Entre Edison e Nikola Tesla se estabeleceu uma contenda que ficaria conhecida na época
como a "guerra das correntes". Ela se originou de um problema prático já então conhecido:
como transportar energia elétrica sem grandes perdas nos condutores.
A vantagem da energia de Corrente Alternada era que você podia enviá-la a longas
distâncias através de fios de calibre razoável com pequenas perdas, e se você os juntasse,
colocando-os em "curto-circuito", somente o lugar onde eles se tocavam derretia e
provocava faíscas, até que eles deixassem de se tocar.
A energia de Corrente Contínua, por outro lado, necessitava de enormes cabos para
atravessar qualquer distância, os quais esquentavam quando estavam levando energia.
Quando em curto, os cabos derretiam-se por todo o caminho até a casa de força, e as ruas
tinham que ser escavadas outra vez para novos cabos serem lançados.
Com o uso da corrente alternada, foi possível desenvolver os transformadores, através dos
quais obtém-se facilmente altas tensões elétricas, necessárias para o transporte de grandes
quantidades de energia elétrica sem risco de queima dos fios de condução.
Além disso, as perdas de energia que este sistema ocasionava eram enormes. Assim, para
iluminar Nova Iorque, por exemplo, teriam sido necessárias cem estações geradoras de
potência de corrente contínua, e com a tecnologia da corrente alternada apenas uma já
bastava, não só para cumprir a mesma função como também para atingir uma área ainda
maior.
Tornou-se possível, portanto, transportar a energia elétrica das grandes centrais geradoras,
as quais poderiam tornar utilizável o enorme potencial energético oferecido pela natureza
(tal como ocorre, por exemplo, nas usinas hidroelétricas), até distâncias de milhares de
quilômetros da fonte, viabilizando-se assim o uso extensivo da eletricidade. Desse modo, o
progresso e o desenvolvimento das civilizações puderam ser impulsionados como nunca.
Em maio, o Instituto Americano de Engenheiros Elétricos convidou Tesla para dar uma
palestra. O convite foi aceito, e ele discorreu então, diante de uma platéia surpresa, sobre o
sistema de corrente alternada, demonstrando, através de explicações criteriosamente
embasadas nas leis da Física, as incríveis vantagens de seus inventos. Com essa
exposição, Tesla ofereceu ao público uma descrição bastante aproximada daquilo que é o
sistema elétrico usado hoje em dia no mundo inteiro.
Decidiu então agir rápido. Visitou-o em seu laboratório e ofereceu-lhe o valor de um milhão
de dólares por todas as patentes associadas a essa corrente alternada, além de um dólar
por cada cavalo de potência fornecido. Posteriormente, Westinghouse, tendo mudado de
idéia acerca deste segundo item do contrato, induziria Tesla a cancelá-lo.
Desenvolve a partir desse período um conjunto extenso de inventos para produção e uso
da eletricidade, como o motor elétrico e registra outra centena de patentes, como o
acoplamento de dois circuitos por indução mútua, princípio adotado nos primeiros
geradores industriais de ondas hertz, o princípio e metodologia de criar energia (corrente
alternada) através de campo magnético rotativo, o motor assíncrono de campo giratório,
dentre outros.
Em 1891, Tesla desenvolveu a invenção pela qual seu nome é mais conhecido hoje: A
bobina Tesla. Simples o bastante para qualquer interessado construir, e totalmente
funcional em modelos caseiros, ela era uma inovação impressionante, que foi a base para o
rádio, televisão, e meios modernos de comunicação sem fio.
A transmissão sem fio de energia elétrica tornaria-se a maior pesquisa de sua carreira. Ele
descobriu que um tubo de vácuo colocado em proximidade com uma bobina Tesla
imediatamente começaria a brilhar, sem fios, ou sem sequer um filamento dentro do tubo
brilhante.
Conforme os anos passaram, a visão de Tesla de energia sem fio tornou-se cada vez maior
em escopo. Ele resolveu um dos maiores problemas implícitos em sua primeira teoria, que
era a transmissão de energia através de longas distâncias sem a perda significativa de
força.
Ao invés disso, ele decidiu transmitir a energia através do solo. Isso faz pouco sentido em
termos elétricos convencionais, uma vez que a superfície da Terra é literalmente tida como
"a terra" - um receptáculo usado para descarregar energia em excesso de um condutor.
Mas Tesla descobriu que se ela fosse carregada o bastante, a Terra tornaria-se o condutor,
e não o inverso. Neste sentido, todo o planeta poderia ser transformado em um colossal
transmissor elétrico.
Um advogado do Colorado, chamado Curtis, que havia defendido Tesla na corte em certa
ocasião, ofereceu-lhe ajuda para montar um campo de testes em Colorado Springs. Curtis
também era empregado da companhia de força local, e fornecia energia a Tesla sem custo.
Tesla e seus assistentes montaram um laboratório único nos arredores da cidade com uma
torre de aproximadamente 60 metros. Este era o "Transformador Amplificador" de Tesla,
que ele dizia ser a maior de suas invenções.
A população de Colorado era naturalmente curiosa sobre o que este grande inventor estava
tramando, e respeitava os sinais ao redor do perímetro dizendo: "MANTENHA A
DISTÂNCIA - GRANDE PERIGO". Ainda assim, eles logo sentiram os efeitos do aparato de
Tesla. Faíscas saíam do chão conforme eles andavam pelas ruas, penetrando em seus pés
pelos sapatos. A grama ao redor do prédio de Tesla brilhava com uma pálida luz azul (Fogo
de Santelmo), chamas elétricas brotavam de torneiras abertas e cavalos levavam choques
das próprias ferraduras.
Estes eram os efeitos colaterais ao ajustar o transformador amplificador à Terra. Uma vez
que ele estava adequadamente calibrado, Tesla estava pronto para conduzir a maior
sinfonia de sua carreira, usando todo o planeta como sua orquestra.
Certa noite em 1899, Tesla acionou sua máquina em força total, na esperança de produzir
um fenômeno que ele chamou de "crescente ressonante". Sua torre descarregou na Terra
dez milhões de volts. A corrente atravessou o planeta na velocidade da luz, forte o bastante
para não morrer antes do final. Quando ela chegou ao lado oposto do planeta, ela foi
rebatida de volta, como círculos de água voltando à sua origem. Ao voltarem, a corrente
estava em muito enfraquecida, mas Tesla estava emitindo uma série de pulsos que se
reforçavam um ao outro, resultando em um tremendo efeito cumulativo.
Tesla voltou a Nova York procurando apoio para sua idéia de implementar um sistema de
energia ressonante global.
Já consciente com a inevitável relutância dos executivos em oferecerem energia grátis,
Tesla disfarçou seu projeto como uma rede de comunicações, além de fonte de energia
elétrica, sonhando, décadas antes do advento da Internet, com um sistema de
comunicação global bem mais sofisticado do que o hoje utilizado. George Westinghouse
rejeitou a idéia.
Ao inventar o transmissor de alta potência, Tesla criou também uma forma de canalizar, ou
“individualizar” nas suas palavras, a energia transmitida.
Inúmeros experimentos nessa direção permitiram que o cientista compreendesse a forma
de propagação das ondas de rádio e a ressonância da Terra. Isto o convenceu de que a
comunicação sem fio para qualquer ponto do planeta era possível com o sistema que
estava aperfeiçoando.
“Assim que a torre de Wardenclyffe estiver pronta será possível para um empresário em
Nova York ditar instruções e tê-las imediatamente disponíveis no seu escritório de Londres
ou em qualquer outro lugar. Ele poderá ligar da sua mesa para qualquer assinante de
telefone em qualquer lugar do globo, sem nenhuma mudança de equipamento. Um
instrumento barato, do tamanho de um relógio de pulso, irá permitir ao seu usuário ouvir em
qualquer lugar, no mar ou na terra, músicas, discursos de líderes políticos, conferências de
cientistas, o sermão de sacerdotes, todos originados em outros lugares, ainda que
distantes. Da mesma maneira, qualquer imagem, desenho ou material impresso poderá ser
transmitido de um lugar a outro...”
Contudo, além destes propósitos, as pesquisas de Tesla publicadas num artigo pelo New
York Times, indicavam que Wardenclyffe também poderia ser utilizada como uma arma
para derrubar aviões. Tesla afirmava que ela também poderia ser utilizada para controlar o
clima.
Enquanto Tesla trabalhou neste projeto, uma série de acidentes e infortúnios atingiram
Wardenclyffe, e ele estava começando a necessitar de dinheiro. Os fundos e o entusiasmo
de Morgan evaporaram rapidamente, principalmente ao saber que Tesla estaria tentando
viabilizar também uma nova forma de distribuição livre de energia elétrica com alcance
global.
Como não havia forma de restringir o acesso de energia para o usuário, nem como medir e
cobrar pelo benefício disponibilizado, o projeto de Tesla entrava em conflito com o maior
filão econômico de sua época, pois ameaçava inviabilizar a comercialização da energia
elétrica e, por isso mesmo, a construção de novas megacentrais de energia.
A primeira invenção de Tesla com propósito militar usava uma espécie de automação
tecnológica, com a qual o trabalho de seres humanos poderia ser substituído por máquinas.
Especificamente, Tesla produzia barcos e submarinos que funcionavam por controle
remoto.
Ele demonstrou o navio por controle remoto em uma exposição no Madison Square
Garden, em 1898. O aparato era tão avançado que até mesmo usava uma espécie de
reconhecimento vocal para responder aos comandos verbais de Tesla e o de voluntários do
público.
Em público, Tesla falou das virtudes humanitárias da invenção: ela iria impedir que vários
trabalhadores arriscassem suas vidas em atividades perigosas.
Contudo, Tesla tinha a expectativa de obter um contrato com o exército dos Estados
Unidos. Em uma apresentação para o departamento de guerra, Tesla argumentou que sua
invenção poderia obliterar a armada espanhola, e acabar com a guerra com a Espanha em
uma tarde. Contudo, oficiais cépticos não aceitaram a oferta de Tesla.
Tesla eventualmente conseguiu um contrato militar bem sucedido: com a marinha alemã, O
produto não eram seus barcos a controle remoto, mas turbinas sofisticadas que o almirante
Von Tirpits usou com grande sucesso em sua armada de navios de guerra.
Depois que J. P. Morgan cortou seu apoio a Tesla, este contrato veio a representar sua
única fonte de renda. Quando do advento da primeira guerra mundial, Tesla cancelou seu
contrato com os alemães para não ser acusado de traição.
Tesla realizou suas primeiras experiências com tecnologia ressonante em seu laboratório
em Nova York ligando um pequeno oscilador, que fazia com que um espelho vibrasse
levemente. Súbitamente, o laboratório foi invadido por um esquadrão de policiais, exigindo
que Tesla parasse com seus experimentos. A ilha de Manhattan estava vibrando por
quilômetros de distância.
Tesla não considerou como ondas ressonantes tornam-se mais fortes quanto mais elas
viajam, ele, sem perceber, criou o que foi conhecido como a Máquina de Terremotos de
Tesla. Tesla ficou fascinado com a idéia da Luz como sendo tanto partícula como onda - a
proposição fundamental do que se tornaria a física quântica. Este campo de investigação o
levou à criação do Raio da Morte.
O Raio da Morte:
O mecanismo por detrás do raio da morte não é bem compreendido até hoje. Ele
aparentemente é uma espécie de acelerador de partículas.
Tesla disse que ele era uma melhoria de seu transformador ressonante amplificador, capaz
de concentrar energia em um raio tão fino que ele não se dispersaria, mesmo a grandes
distâncias.
Ele o promoveu como uma arma puramente defensiva, com a intenção de impedir ataques,
fazendo de seu raio da morte o tataravô da defesa estratégica. Ele se baseia no princípio
da aceleração eletrostática de minúsculas partículas de cargas.
Por se tratar de uma velocidade muito alta não é necessário que a partícula seja muito
grande para produzir um grande estrago. Uma corrente dessas partículas
convenientemente aceleradas e projetadas poderia causar um dano de proporções
gigantescas.
Naquela época, o famoso Robert Peary estava fazendo sua segunda tentativa em chegar
ao polo norte. Nikola Tesla notificou a expedição de que tentaria entrar em contato com
eles de alguma forma e que eles deveriam relatar qualquer coisa incomum que
observassem.
Ele pretendia usar as Forças de Coriolis, responsáveis pelos jetstreams, para a fabricação
de climas artificiais, e qualquer ponto da terra deveria ser iluminável através de descargas
elétricas. No seu laboratório em Long Island Tesla conseguiu, repetidamente, iluminar
artificialmente regiões inteiras com suas correntes.
Tesla ligou o equipamento. De início, era difícil dizer que ele estava funcionando. Sua
extremidade emitiu uma luz pálida, difícilmente notável. Então, uma coruja voou de seu
ninho no topo da torre, na direção do raio, e foi desintegrada instantaneamente.
Isso concluiu o teste. Tesla observou os jornais e enviou telegramas para Peary na
esperança de confirmar a efetividade do raio da morte. Nada apareceu. Tesla estava pronto
para admitir derrota quando recebeu notícias de um estranho evento ocorrido na Sibéria.
Em 30 de junho, uma enorme explosão havia devastado Tunguska, uma área remota na
floresta da Sibéria. A explosão devastou aproximadamente 2.150 quilômetros quadrados de
taiga siberiana, derrubando mais de 60 milhões de árvores.
O epicentro da explosão foi localizado a 60º 53' 09'' N e 101º 53' 40'' E, aproximando-se do
rio Tunguska. Durante os últimos 98 anos este evento catastrófico inspirou uma grande
quantidade de investigações científicas.
A energia necessária para desencadear este evento foi estimada em não menos do que o
equivalente a 15 megatons de TNT (850 bombas de Hiroshima).
O acontecimento se deu numa das regiões mais inacessíveis e menos povoadas da terra e
não foi inicialmente considerado pela opinião pública mundial.
Isso apesar dos jornais das metrópoles estarem cheias de notícias sobre aparições
luminosas estranhas, noites brancas e luzes polares, tudo sendo interpretado como
reflexões de poeiras estratosféricas relacionadas a uma erupção na ilha Iwan Bogoslof, nas
Aleutas.
Nikola Tesla tinha uma explicação diferente. Era claro para ele que seu raio da morte tinha
ultrapassado seu alvo calculado e atingido Tunguska. Ele ficou extremamente grato que a
explosão, miraculosamente, não matou ninguém. Tesla desmontou o raio da morte
imediatamente, crendo-o muito perigoso para continuar existindo.
Seis anos mais tarde, o fim da primeira guerra fez com que Tesla reconsiderasse. Ele
escreveu ao presidente Wilson, revelando o segredo do teste do raio da morte, oferecendo-
se para reconstruí-lo para o departamento de Guerra, argumentando que a mera ameaça
de tamanha força destrutiva faria com que as nações em guerra concordassem em
estabelecer-se a paz imediatamente.
Por influência de Thomas Alva Edison que participava das comissões técnicas não foi
levado a sério, recebendo apenas uma resposta da secretária do presidente agradecendo
sua oferta.
Com esta recusa, Tesla fragmentou os planos de construção de tal arma e os distribuiu
entre os governos Inglês, Canadense, Russo e, por fim, o Norte Americano de forma que
estes viessem a cooperar futuramente entre si para a materialização de sua invenção.
Tesla fez mais uma tentativa de ajudar seu país na guerra em 1917. Ele concebeu uma
estação emissora que emitiria ondas exploratórias de energia, permitindo que seus
operadores determinassem com precisão a localização de veículos inimigos distantes.
Em 4 de julho de 1976 vários ouvintes de rádio nos EUA detectaram um novo e estranho
sinal que recebe da CIA o nome de sinal pica-pau. Por triangulação detectaram a sua fonte
na União Soviética.
Este apagão foi similar ao provocado por um experimento de Tesla, em Colorado Springs,
que acabou por danificar os geradores da usina local.
Tesla também desenvolveu uma teoria que deu origem a um projeto governamental (USA)
que recebeu a denominação de Projeto Haarp.
Através de um grande conjunto de antenas, uma série de ondas muito complexas são
enviadas à ionosfera . Estas ondas estão desenhadas de tal forma que se encaixam com a
ionosfera que se comporta como uma cavidade ressonante.
Este conceito inclui o aquecimento da ionosfera como se tratasse de um gigantesco forno
de microondas. O projetista original do Haarp o define como um escudo de defesa contra
mísseis que pode destruir os circuitos das bombas ingressantes.
Foi designado inicialmente para diversas aplicações mas não foi concebido originalmente
como uma arma. Nas patentes, seu uso primordial é defensivo. Também se afirma que pelo
hiperaquecimento de porções da atmosfera superior se poderia afetar os padrões climáticos
globais, um conceito pelo qual Tesla foi ridicularizado a alguns anos atrás. Teria algo a ver
com o El Nino?
Tesla também tinha a idéia de criar uma "parede de luz", manipulando ondas
eletromagnéticas em um certo padrão. Esta misteriosa parede de luz permitiria que o
tempo, espaço, matéria e até gravidade fossem manipuladas à vontade do operador, e
concebeu uma grande variedade de propostas que parecem hoje sair diretamente da ficção
científica, incluindo naves anti-gravidade, tele-transporte e viagens no tempo.
A maioria dos engenheiros eletricistas desconhece que Tesla foi o verdadeiro inventor do
rádio e não Marconi, processo somente reconhecido pelo Supremo Tribunal dos EUA em
1943 após o seu falecimento, vitimado por poderosos interesses que lhe roubaram o mérito.
Por este motivo, nos anos 50, grandes corporações foram impedidas de estabelecer um
monopólio em lógica eletrônica.
Ele recebeu mais de 13 títulos honoris causa de instituições diversas como a Universidade
de Columbia, Yale, além das Universidades de Paris, Viena, Praga, Sofia, entre outras.
Foi considerado um verdadeiro gênio pelos maiores cientistas vivos de sua época tais
como: Lorde Kelvin, Rutherford, Niels Bohr, Einstein, Helmholtz, Crookes, Dewer, Rayleigh,
Bragg, Millikan, Compton, Appleton além de muitos outros incluindo reitores universitários,
membros da comunidade de defesa, e até mesmo consultores científicos para o Presidente
dos Estados Unidos.
Em 1912, chegou-se a pensar em dividir o Prêmio Nobel de Física entre Tesla e Edison,
mas Tesla se recusou terminantemente a isso, e o prêmio acabou sendo dado a outro
pesquisador.
R.M. Page do IRE identifica o Dr. Tesla como o primeiro cientista a "... propor o uso de
ondas eletromagnéticas para determinar a posição, velocidade, e curso relativos de um
objeto em movimento", sendo reconhecido amplamente que Tesla, em 1900, foi o primeiro
a propor o moderno conceito de radar.
Ele manteve ainda a prioridade legal para patentear o controle remoto por rádio, robótica
experimental, e comunicação segura por divisão de freqüência multiplexada.
Tesla era um discípulo da ciência pura, em oposição à ciência aplicada, com pouca ou
nenhuma facilidade em imaginar como lucrar com suas idéias. Seus parceiros de negócios
frequentemente não agiam em seu melhor interesse.
Por exemplo, no ápice de sua implementação bem sucedida da corrente AC, ele poderia ter
coletado uma enorme quantidade de riquezas materiais. Ele tinha um contrato com
Westinghouse que poderia facilmente tê-lo posicionado como um dos homens mais ricos da
América.
Porém, quando George Westinghouse disse a Tesla que os gastos com a instalação do
sistema poderiam por sua companhia em perigo no futuro, Tesla rasgou o contrato como
gesto de amizade. Se ele não o tivesse feito, ou, pelo menos negociado uma fração dele,
Tesla teria morrido na luxúria, e preservado sua notoriedade de maneira bem mais
apropriada.
Edison, que está muito longe da genialidade inventiva de Nikola Tesla, mas que foi um
excelente homem de negócios, é muito bem lembrado, assim como a sua General Electric,
ao contrário de Tesla que ainda permanece na obscuridade para a maioria das pessoas,
mesmo nos Estados Unidos.
Outras análises tiram o peso dos ombros de Tesla e propõem que grandes empresários e o
governo dos Estados Unidos conspiraram de forma proposital para suprimir seu gênio
inventivo. No topo da lista de suspeitos, figura Edison que, incomodado pelo sucesso e
reputação técnica de seu antigo empregado com a corrente alternada, efetivamente liderou
uma campanha para destruir seu nome.
Ele organizou demonstrações nas quais animais eram eletrocutados letalmente com
equipamentos geradores de Corrente Alternada. Edison também fez parte da mesa de
conselheiros do departamento de guerra que rejeitou as propostas de Tesla para o Raio da
Morte e seu Radar.
Ele imediatamente encerrou seu patrocínio a Tesla, e alguns argumentam que ele ainda
tenha usado sua considerável influência para impedir que outros o patrocinassem.
O governo, que sempre manteve Tesla distante quando este apresentava suas propostas,
tornou-se subitamente interessado em seu trabalho após a sua morte. O FBI ordenou que o
escritório de propriedades estrangeiras se apoderasse de todos os documentos de Tesla,
um ato ilegal, uma vez que Tesla era cidadão americano desde 1891. Quando Tesla
faleceu aos 87 anos de idade, seu legado de mais de 700 patentes ficou jogado na
escuridão, esquecido por quase todos, salvo o governo norte-americano, que confiscou e
levou todos os bens de Tesla para um depósito, onde permaneceram pelos dez anos
seguintes à sua morte.
Os informativos oficiais confirmam que a coleção foi microfilmada durante este período.
Contudo, o governo nega a existência de qualquer tecnologia armamentista entre os
documentos de Tesla. Muitos cientistas e pesquisadores de ponta estão convencidos que o
pentágono realizou várias experiências com projetos baseados na tecnologia de Tesla.
É interessante notar que a motivação para nosso sistema de defesa "Guerra nas Estrelas"
foi baseado no receio de que os soviéticos tivessem começado a empregar armas
baseadas nos princípios de alta energia de Tesla.
Outra das invenções de Tesla, que é familiar a qualquer um que já tenha possuído um
automóvel, foi patenteada em 1898 sob o nome de "ignição elétrica para motores a
gasolina".
Nikola Tesla também projetou e construiu protótipos de uma máquina rotativa por queima
de combustível incrível, baseada em um projeto anterior de uma bomba rotativa. Testes
recentes que tem sido realizados na turbina a disco sem hélice indicam que, se construída
usando materiais cerâmicos para alta temperatura recentemente desenvolvidos, colocar-se-
ia entre os mais eficientes É interessante notar que Tesla, em 1898, descreveu não
somente a transmissão da voz humana, mas também de imagens, e posteriormente
projetou e patenteou dispositivos que envolviam as fontes de energia que fazem funcionar
os tubos de TV atuais.
Até hoje suas anotações são estudadas, e se vivesse em nossa época, ainda assim suas
idéias estariam à frente de nosso tempo.
Deve-se lembrar que até mesmo a corrente alternada era considerada irreal e improvável,
antes de Nikola Tesla. Há a possibilidade, ainda, que os seus mais bizarros conceitos e
pesquisas sejam validados em algum ponto no futuro, quando a ciência chegar a seu nível.
O tempo dirá.
A memória de Tesla e das suas contribuições para a ciência moderna mobiliza uma massa
de pesquisadores interessados em recuperar seus inventos e propostas para equipamentos
elétricos e de comunicação a distância. Nos Estados Unidos, um dos movimentos em
atividade é o Tesla Wardenclyffe Project, criado na década de 1980 pela Tesla Memorial
Society. Junto com a organização Friends of Science East, o grupo eclético de admiradores
do cientista tenta transformar o local de construção da torre inacabada do Sistema Mundial
de Transmissão sem Fio (demolida em 1915) em espaço reconhecido pelo Registro
Nacional de Locais Históricos, parte de um programa federal que coordena iniciativas
públicas e privadas com interesse em identificar, avaliar e proteger fontes históricas e
arqueológicas.
Nikola Tesla viveu incompreendido e perseguido durante sua existência, mas deixando
como exemplo uma história de vida que se encontra registrada na memória da misteriosa
fênix que, sempre viva, há de ressuscitar quantas vezes se fizer necessário.
Fonte(s):
Alguns links:
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http://www.doutrina.linear.nom.br/nikola...
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