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APOSTILA DE ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA


CURSO PREPARATIVO PARA CONCURSOS
BRASÍLIA/DF Página(s)
Prof. Marcelo Rux
1º Semestre de 2011 Pag. 1
marcellorux@gmail.com

APOSTILA DE
ADMINISTRAÇÃO
FINANCEIRA E
ORÇAMENTARIA

PÚBLICA
O GOVERNO ESTIMA AS SUAS RECEITAS
E FIXA EM LEI AS SUAS DESPESAS.
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ORÇAMENTO PÚBLICO remuneradas, que contam com planos de saúde particulares. O


mesmo pode-se dizer da educação pública fundamental.
Cada pessoa ou grupo familiar, mesmo sem perceber,
elabora em diversos momentos de suas vidas um
orçamento pessoal ou familiar, conforme o caso. ORÇAMENTO PÚBLICO NO BRASIL
Levantamos, um a um, nossos desejos de gastos com IMPÉRIO
vestuário, alimentação, habitação, saúde, diversão etc., e somamos # 1788 – 1789 (Tiradentes)
os respectivos valores. Ao mesmo tempo, somamos a renda que Tiradentes luta contra a arbitrariedade do governo de Portugal pela
esperamos receber com salário, rendimentos financeiros, cobrança de tributos, a qualquer tempo, do Brasil Colônia. A Inconfidência
dividendos etc. e confrontamos o total apurado com a nossa Mineira representou verdadeiro marco na luta pelos direitos civis no
estimativa de gastos. orçamento, pois buscava a imposição de limites à cobrança descontrolada
Como um dos problemas básicos da sociedade consiste na de tributos.
limitação dos recursos frente às suas necessidades, é bem possível # 1808
que o nosso desejo de realizar despesas seja superior às receitas D. João VI criação o Erário Público, uma espécie de Ministério da Fazenda
que esperamos receber. Por essa razão, devemos estabelecer um dos dias de hoje, o Conselho da Fazenda e o Banco do Brasil, a fim de
planejamento de nossos gastos, onde elegemos as despesas administrar as finanças do país.
prioritárias, ou seja, as mais importantes a serem realizadas, # 1821
deixando de lado, ou para outra oportunidade, aquelas que não Criação da Secretaria de Estado dos Negócios da Fazenda em substituição
consideramos tão essenciais. ao Real Erário Público.
No caso do setor governamental, esse planejamento é # 1824 (Constituição Imperial de 1824)
consubstanciado em lei e recebe o nome de orçamento público. A Constituição Imperial estabelece competência ao Executivo para
Nessa lei são listadas, para um determinado exercício, todas as elaboração da proposta orçamentária e à Assembléia Geral (Câmara dos
despesas eleitas como prioritárias pelos Poderes da República, Deputados e Senado) para aprovação da proposta. A legislação sobre
bem como as estimativas das receitas previstas para serem impostos fica a cargo da Câmara dos Deputados. De acordo com o artigo
arrecadadas e que custearão aqueles gastos. Como exemplos de 172 da Constituição de 1824:
despesas públicas, podemos citar os gastos com a manutenção dos
"O Ministro de Estado da Fazenda, havendo recebido dos outros ministros
órgãos (ministérios, autarquias etc.), com o sistema de saúde, com
os orçamentos relativos às despesas das suas repartições, apresentará na
a educação, com os investimentos, com o pagamento de juros e
Câmara dos Deputados anualmente, logo que esta estiver reunida, um
amortização da dívida pública.
balanço geral da receita e despesas do Tesouro Nacional do ano
Como exemplos de receitas públicas, temos aquelas originadas dos
antecedente, e igualmente o orçamento geral de todas as despesas
tributos cobrados das pessoas e das empresas, da exploração do
públicas do ano futuro e da importância de todas as contribuições e rendas
patrimônio, da prestação de serviços etc. e aquelas que envolvem
a tomada de recursos de terceiros (empréstimos ou operações de públicas."
créditos) e as derivadas da venda de ativos governamentais. # 1830
O orçamento público, juridicamente, materializa-se numa lei Primeiro orçamento aprovado pelo Legislativo.
ordinária, de validade anual, que exprime, em termos financeiros e # 1834
técnicos, as decisões políticas na alocação dos recursos públicos, Emenda à Constituição confere às Assembléias Legislativas das províncias
estabelecendo as ações e programas prioritários para atender às competência para fixar despesas municipais e provinciais. Determina
demandas da sociedade. Além de permitir o controle das finanças também a repartição das rendas entre municípios e a fiscalização da
públicas, evitando que sejam realizados gastos não previstos, o aplicação dos recursos.
orçamento público atua como instrumento da programação de REPÚBLICA
trabalho do governo como um todo, e de cada um de seus órgãos # 1891 (1ª Constituição Republicana)
em particular. Poder Legislativo elabora o orçamento a partir de proposta do Executivo. É
O orçamento público, e bem dizendo, as despesas e as receitas instituído o Tribunal de Contas como órgão de controle.
nele contidas, afeta de várias maneiras a vida dos cidadãos. Do “Art 34 - Compete privativamente ao Congresso Nacional:
lado das despesas, verificamos que, dependendo do tipo de gasto, 1º) orçar a receita, fixar a despesa federal anualmente e tomar as contas
pode-se estar beneficiando mais um segmento social do que outro. da receita e despesa de cada exercício financeiro;”
Por exemplo, os gastos com a saúde atendem mais às camadas # 1934
sociais de menor poder aquisitivo do que às mais bem
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A Constituição confere ao Presidente da República competência para a orçamentoprograma para todas as esferas públicas. Criação do Ministério
elaboração do orçamento e ao Legislativo para apreciá-lo. Extraordinário de Planejamento e Coordenação Econômica.
Da Elaboração do Orçamento # 1967
Art 50 - O orçamento será uno, incorporando-se obrigatoriamente à É da competência do poder Executivo a iniciativa das leis orçamentárias,
receita todos os tributos, rendas e suprimentos dos fundos e incluindo-se vedado ao Legislativo emendar o orçamento. O Decreto-lei nº 200, de
discriminadamente na despesa todas as dotações necessárias ao custeio fevereiro de 1967, disciplina a organização administrativa da União e
dos serviços públicos. define o planejamento como "princípio fundamental" de administração.
§ 1º - O Presidente da República enviará à Câmara dos Deputados, dentro # 1988
do primeiro mês da sessão legislativa ordinária, a proposta de orçamento. Com a Constituição Federal de 1988, o sistema orçamentário federal
§ 2º - O orçamento da despesa dividir-se-á em duas partes, uma fixa e passou a ser regulado por três leis:
outra variável, não podendo a primeira ser alterada senão em virtude de • a Lei do Plano Plurinanual (PPA);
lei anterior. A parte variável obedecerá a rigorosa especialização. • a Lei de Diretrizes Orçamentária (LDO); e
§ 3º - A lei de orçamento não conterá dispositivo estranho à receita • a Lei Orçamentária Anual (LOA).
prevista e à despesa fixada para os serviços anteriormente criados. Não se Possibilita também ao Congresso Nacional emendar restritamente o
incluem nesta proibição: orçamento.
a) a autorização para abertura de créditos suplementares e operações de # 2000
créditos por antecipação de receita; Publicação da Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF, que dispõe sobre a
b) a aplicação de saldo, ou o modo de cobrir o déficit. responsabilidade na gestão fiscal.
§ 4º - É vedado ao Poder Legislativo conceder créditos ilimitados. Experiência Histórica do Orçamento Público no Brasil
§ 5º - Será prorrogado o orçamento vigente se, até 3 de novembro, o A evolução e o desenvolvimento da técnica orçamentária são
vindouro não houver sido enviado ao Presidente da República para a recentes no Brasil, o que não significa que o orçamento tenha sido
sanção. valorizado ao longo da história do país. Ao contrário, reflete uma
# 1937 (DASP) curiosa tradição de se copiarem modelos. Foi assim no período do
Criação do Departamento Administrativo do Serviço Público - DASP com Império, quando prevaleceu o modelo do orçamento inglês. No
atribuições de da elaboração do orçamento e coordenação das ações de início da República, foi adotado o modelo norte-americano de
planejamento. conferir amplos poderes ao Legislativo para elaborar o orçamento.
Art. 67 - Haverá junto à Presidência da República, organizado por decreto Na década de 60, o Brasil adotou o modelo do orçamento-
do Presidente, um Departamento Administrativo com as seguintes programa, também de inspiração norte-americana.
atribuições: As atividades administrativas brasileiras foram exercidas de forma
a) o estudo pormenorizado das repartições,departamentos e empírica, apesar da abundância de leis e de regulamentos e do
estabelecimentos públicos, com o fim de determinar, do ponto de vista da funcionamento de instituições criadas por improvisações mais ou
economia e eficiência, as modificações a serem feitas na organização dos
menos felizes.
serviços públicos, sua distribuição e agrupamento, dotações
A evolução tecnológica e a expansão econômica mundial forçaram
orçamentárias, condições e processos de trabalho, relações de uns com os
o início da expansão do aparelho administrativo, a criação de
outros e com o público;
b) organizar anualmente, de acordo com as instruções do Presidente da novos órgãos e o recrutamento de servidores para funções
República, a proposta orçamentária a ser enviada por este à Câmara dos técnicas.
Deputados; O processo de elaboração foi aperfeiçoado na tentativa de
c) fiscalizar, por delegação do Presidente da República e na conformidade eliminar a prática já tão enraizada nas unidades orçamentárias de
das suas instruções, a execução orçamentária. elaborar propostas pedindo o máximo de recursos possível, de
# 1946 modo que se pudesse conferir aos órgãos centrais (com poder
A Constituição confirma competência do Executivo para elaboração da
político-decisório) a faculdade de ajustar o volume das demandas à
proposta orçamentária e admite possibilidade de emendas.
receita existente, de modo que cada unidade fosse contemplada
# 1964
com um montante de recursos "suficiente" para o
A Lei nº 4.320 estabelece normais gerais de direito financeiro para a
elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, estados, desenvolvimento de suas atividades e para os novos projetos.
municípios e Distrito Federal, e institui a metodologia do
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A principal mudança refere-se à transição entre a época de altos elaborado pelo Conselho Técnico de Economia e Finanças. Ao
índices de inflação para a realidade atual, na qual as taxas parecem longo da República, as classificações das despesas do poder público
ser controláveis. No período inflacionário, o orçamento era mostram nitidamente a evolução do caráter social do contrato
elaborado a preços correntes e, ao longo da execução, corrigiam-se orçamentário. Inicialmente, o Estado brasileiro se voltava quase
as distorções de preços através de suplementações, pois os valores que exclusivamente para as ações de manutenção da máquina
orçados já não correspondiam, quando do desembolso, ao estatal, como Administração Geral e Financeira e Segurança.
montante necessário ao cumprimento da despesa. Não havia • Governo Militar
correspondência entre a realidade da execução orçamentária com A Constituição de 67, no artigo 67, eliminou qualquer tipo de
a execução financeira das despesas, que acabavam sendo emenda à peça orçamentária por parte do Poder Legislativo. Este
mensalmente corrigidas. impedimento vigorou até 1988.
Com a redução dos índices de inflação, nova metodologia foi Os militares procuraram valorizar os princípios do planejamento.
adotada, qual seja a introdução da sistemática de indexação do Recriaram o Ministério do Planejamento e elaboraram planos
orçamento à sua execução a preços constantes, o que acabou nacionais de desenvolvimento. Através do Decreto-lei 200, de
permitindo às unidades executoras a reavaliação permanente de fevereiro de 67, definiram o planejamento como princípio
seus gastos, sobretudo em face da efetiva disponibilidade de fundamental de administração pública e elevaram o orçamento-
recursos. programa ao status de plano geral de governo.
Dessa forma, o orçamento passou a ser peça estratégica para • Brasil Atual
o controle financeiro, deixando compatíveis receitas e despesas A atual Constituição de 1988 promoveu importantes mudanças na
em volume, dentro de um determinado período de tempo. legislação orçamentária. Criou a Lei de Diretrizes Orçamentárias e
Breve Histórico o Plano Plurianual de ação governamental, em substituição ao
• Inconfidência Mineira antigo orçamento plurianual de investimentos. Devolveu aos
Em 1788, com tantas medidas arbitrárias e impopulares, um grupo parlamentares a prerrogativa de apresentarem emendas ao
integrado por intelectuais, proprietários rurais, mineradores, orçamento, embora com restrições, como a impossibilidade de
militares e membros do clero acreditou ter chegado a hora de alterar a receita proposta e as despesas com pessoal.
colocar um fim na opressão metropolitana e criar limites para o Outra criação importante foi a CPI do Orçamento. Ela teve o mérito
governo interferir na vida das pessoas. de levar ao conhecimento da população o estado lamentável das
• Império finanças públicas do país, desmascarando um esquema perverso
A administração das finanças passou a ser feita no país. Foi criado de benefícios privados em que vários segmentos do próprio
o Erário Público, ancestral do atual Ministério da Fazenda, e o governo vinham se envolvendo, durante décadas. Apesar do papel
Banco do Brasil. O banco respondia pela gerência dos fundos para positivo da CPI do Orçamento para a democratização do país e
a manutenção da Corte, pelo pagamento dos soldos e pela para a moralização da gestão das finanças públicas, ela não teve
promoção das transações mercantis. Entretanto, a instituição de maiores conseqüências na modernização dos mecanismos de
tributos continuou nas mãos do Imperador e este outorgou a gerência orçamentária.
primeira Constituição Brasileira, que teve como modelo a inglesa.
• República
Iniciamos com uma nova Constituição, a novidade foi conferir ao
Poder Legislativo a competência para a elaboração dos
orçamentos. O Poder Executivo elaborava uma proposta que era
entregue informalmente ao Congresso como subsídio. As
tentativas para a padronização do orçamento público começaram
em 1939, com a realização da primeira Conferência de Técnicos em
Contabilidade Pública e Assuntos Fazendários, promovida pelo
Governo Federal para discutir o projeto do padrão orçamentário
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As sucessivas crises que se abateram sobre a economia brasileira, esforços no sentido do aperfeiçoamento dos instrumentos de
no início da década de 1980, propiciaram oportunidade para que planejamento e da gestão dos programas governamentais.
se promovesse ampla reavaliação dos instrumentos de gestão das A mobilização dos agentes envolvidos permitiu promover amplo
finanças públicas até então adotados no País. Iniciou-se na ocasião reordenamento institucional do governo federal. Realizaram-se
um longo processo de busca por maior conhecimento quanto às modificações profundas no arcabouço normativo, que abrangeram
origens dos desajustes estruturais de nossa economia, ao tempo desde o texto constitucional até as normas operacionais.
em que se desenvolveram diversos esforços para superar a Foram reformuladas as funções do Banco do Brasil, do Banco
situação de descontrole que então marcava a gestão das contas Central e do Tesouro Nacional, processo que conduziu à criação da
públicas no País. Secretaria do Tesouro Nacional e a ajustes de contas entre essas
Até meados da década de 1980, a elaboração de estatísticas sobre instituições.
as contas públicas brasileiras tinha como principal deficiência a Foram introduzidos modernos recursos tecnológicos na
carência de dados confiáveis acerca da execução orçamentária e administração pública federal, voltados para a execução das
financeira dos governos, em todos os níveis. As poucas tarefas relacionadas com a gestão das contas públicas. Nesse
informações existentes somente eram disponibilizadas com sentido, foi instituído o Sistema Integrado de Administração
expressiva defasagem temporal e com níveis de detalhamento Financeira - SIAFI, do governo federal, por intermédio do qual
inadequados às necessidades de análise. No governo federal, o passaram a se realizar, de forma integrada e automatizada, as
problema era agravado pela multiplicidade de peças transações orçamentárias e financeiras e seus respectivos registros
orçamentárias: o orçamento geral da União, o orçamento da contábeis. Não se descuidou também da busca pela constituição
previdência social e o orçamento monetário. de um quadro de servidores adequadamente motivado e
A premência de obtenção de melhores informações, que capacitado para o desempenho das tarefas com o nível de
propiciassem as condições para o adequado gerenciamento das qualidade desejado.
contas públicas, a partir das crises fiscais vividas na década de O alcance de todas as mudanças ainda não se encontra
1980, coincidiu com a introdução das novas tecnologias de devidamente reconhecido.
informação no setor administrativo. Esse cenário permitiu que a Por isso, nesta apostila pretendemos contribuir para desfazer a
ampla reforma institucional no governo central brasileiro, então impressão de “caixa preta” que tem sido atribuída às contas
promovida, fosse acompanhada da implementação de modernas públicas. Trouxemos um pouco da história recente, imprescindível
ferramentas de gestão, o que terminou transformando para que se compreendam a origem e a motivação de alguns dos
radicalmente a administração das finanças do País. Infelizmente, mecanismos de gestão hoje adotados. Elencamos princípios,
ainda não podemos considerar que tal tarefa esteja concluída, conceitos e fundamentos que norteiam as normas e os
apesar do longo caminho já percorrido. E esse não foi um caminho procedimentos hoje adotados. Para aqueles que devam ou
fácil. Como em todos os processos de mudança, especialmente queiram se dedicar com maior profundidade ao mundo das
quando se trata de assunto de tamanha relevância para a finanças públicas, são apresentados detalhamentos de
sociedade, obstáculos se impuseram, reveses foram necessários. mecanismos operacionais, abrangendo desde a elaboração do
Mas o tempo, como sempre o faz, conspirou a favor da mudança, e planejamento até as execuções orçamentária e financeira.
muitas vitórias já podem ser contabilizadas por aqueles que Acreditamos que o público em geral poderá, aqui, encontrar
dedicaram esforços no aperfeiçoamento da gestão das finanças respostas para alguns dos questionamentos sobre como o governo
públicas brasileiras. administra o dinheiro público, ou seja, o seu dinheiro. Também os
Não foi trabalho de um governo, mas sim de todo o País. Os servidores que exercem atividades nas áreas de planejamento, de
primeiros estudos para a reforma das finanças do governo federal execução, de controle, ou de simples acompanhamento da
se iniciaram ainda no governo do General João Figueiredo e despesa pública encontrarão aqui orientações para a realização de
tiveram forte impulso no governo do Presidente José Sarney, tendo suas tarefas.
sido fundamental, nos dois períodos, a liderança de Maílson da A imprensa, os profissionais e estudantes de economia e os
Nóbrega, primeiro na condição de Secretário-Geral do Ministério fornecedores do governo poderão melhor compreender os
da Fazenda e, depois, já como Ministro daquela pasta. Os mecanismos operacionais de gestão, assim como o alcance e as
governantes dos períodos seguintes deram continuidade à tarefa, limitações das informações e dos dados usualmente divulgados
de forma que a Lei de Responsabilidade Fiscal é o último grande pelos governos municipais, estaduais e federal.
marco desse processo que ainda hoje continua, com a introdução
de ajustes pontuais. Mais recentemente, são relevantes os
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do Distrito Federal e Câmaras de Vereadores) discutir, aperfeiçoar


Conceitos Básicos de Gestão de e aprovar os projetos dessas leis.
A forma constitucional prevista para a atuação legislativa, em sua
Finanças participação na elaboração dos planos e orçamentos, dá-se por
São apresentados os fundamentos das finanças públicas, o meio de emendas aos referidos Projetos de Lei.
ordenamento imposto pela Lei de Responsabilidade Fiscal, assim Uma visão panorâmica do processo integrado de planejamento e
como as diferentes visões do planejamento governamental, com orçamento pode ser representada pela figura a seguir, que
um histórico de sua evolução no Brasil. identifica os grandes marcos ao longo do ciclo2:
A Lei de Responsabilidade Fiscal1 - LRF, aprovada em 2000 pelo 1. Até o final de agosto do primeiro ano de mandato, o Poder
Congresso Nacional, introduziu novas obrigações para o Executivo encaminha ao Poder Legislativo a proposta de lei do PPA
administrador público dos três poderes: Executivo, Legislativo e para os quatro anos seguintes;
Judiciário, impondo disciplina fiscal em relação à elaboração e à 2. Até 15 de abril de cada ano, o Poder Executivo encaminha ao
execução dos orçamentos da União, do Distrito Federal, dos Poder Legislativo o projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias
Estados e dos Municípios. O leitor observará ao longo do livro que (PLDO) para o exercício seguinte, para ser analisado e aprovado até
muitos dos capítulos farão referência a este que é um dos grandes 30 de junho.
marcos institucionais da gestão das finanças públicas no país. 3. Até 31 de agosto de cada ano, o Poder Executivo encaminha ao
A leitura da primeira parte traz ainda alguns conceitos poder legislativo o Projeto de Lei Orçamentária do ano seguinte
fundamentais ao entendimento das demais etapas do ciclo de para ser analisado e aprovado até 31 de dezembro.
gestão dos recursos públicos como, por exemplo, os conceitos de 4. Até 30 dias após a publicação do Orçamento, os poderes
resultado primário e de resultado nominal. elaboram a programação financeira e o cronograma mensal de
Ciclo de Gestão dos Recursos Públicos desembolso.
A sociedade, na medida em que se torna mais esclarecida e ciosa
de seus direitos e responsabilidades, tem exigido a melhoria da
qualidade e a ampliação da abrangência dos serviços prestados
pelo Estado. Para atender às novas demandas, cada vez mais
complexas e qualificadas, a administração pública brasileira
deparou-se com a necessidade de imprimir mudanças estruturais
em sua forma de planejar e administrar.
No final da década de 1990, a mudança mais evidente foi a
transformação da classificação funcional-programática dos
orçamentos em estruturas programáticas flexíveis, para que
viessem a constituir verdadeiros instrumentos de gestão da
estratégia do governo.
Dessa transformação derivou a total integração dos instrumentos
de planejamento e orçamento (PPA, LDO e LOA), enquanto que os
processos inerentes ao planejamento, ao orçamento, às finanças e
ao controle passaram a conviver sob uma agenda única,
interdependente.
A Constituição atribui ao Poder Executivo a responsabilidade pelo
sistema de Planejamento e Orçamento, que tem como principais
instrumentos:
• O Plano Plurianual (PPA); Apos serão abordados os aspectos relacionados ao Plano
• A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e; Plurianual - PPA, que define os rumos do governo para um período
• A Lei Orçamentária Anual (LOA) de quatro anos. A Constituição Federal estabelece que o PPA deve
No que diz respeito a esta parte do livro, é importante destacar conter "as diretrizes, objetivos e metas da administração pública
que, como co-responsável e participante na elaboração dos federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e
instrumentos de planejamento e orçamento, cabe ao parlamento para as relativas aos programas de duração continuada".
(Congresso Nacional, Assembléias Legislativas, Câmara Legislativa Entao, trata-se da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO),
instrumento de governo que estabelece as metas e prioridades
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para o exercício financeiro subseqüente; orienta a elaboração do arrecadada, o Poder Executivo poderá ser premido a reduzir seus
Orçamento; dispõe sobre alterações na legislação tributária; gastos. Em situações como essa, são editados os chamados
estabelece a política de aplicação das agências financeiras de Decretos de Programação Orçamentária e Financeira (ou Decretos
fomento e as metas fiscais para três exercícios seguintes. de Contingenciamento), nos quais são estabelecidos limites de
Com base na LDO, o órgão da administração pública responsável gasto em montantes menores que o valor das dotações
pelo orçamento coordena a elaboração da proposta orçamentária orçamentárias aprovadas pelo Legislativo.
do ente para o ano seguinte, juntamente com os demais órgãos e Trataremos dos mecanismos e dos principais aspectos que o
unidades orçamentárias, incluídos os poderes Legislativo e responsável pela administração do caixa do ente governamental
Judiciário e o Ministério Público. deve levar em consideração a fim de que seja cumprida a meta
Na próxima etapa, propicia ao estudante os conceitos básicos para fiscal para o período. Aborda também aspectos a serem
elaboração do Orçamento Público, os princípios que norteiam sua observados para que o ente administre as obrigações a pagar
elaboração e evolução ao longo do tempo. Por intermédio do dentro da sua capacidade de arrecadação, respeitados os limites
Projeto de Lei Orçamentária Anual o governo define, dentre os de endividamento estabelecidos pela LRF. Terminado o exercício,
objetivos do PPA, aqueles que serão priorizados no Orçamento, algumas despesas contratadas ao longo do ano ainda não terão
assim como as metas a serem atingidas naquele ano. A Lei sido pagas. Seus valores constituem os chamados restos a pagar.
Orçamentária Anual é o principal instrumento da política fiscal do Abordaremos os procedimentos e normas que tratam desse
governo e disciplina todas as suas ações. Cabe ressaltar que assunto.
nenhuma despesa pública pode ou deve ser executada sem que se É importante destacar que, nos aspectos conceituais, esta parte do
encontre prevista no Orçamento. livro abrange todo o setor público, compreendendo a
As leis orçamentárias dos entes governamentais brasileiros administração direta e indireta das três esferas de governo.
estimam as receitas e fixam os valores das despesas autorizadas, Parte III: A Experiência do Governo Federal
em montantes compatíveis com a previsão de arrecadação. Se, O estudante terá contato com a experiência de gestão dos
durante o exercício financeiro, houver necessidade de realização recursos públicos no âmbito do governo federal, tratando nesse
de despesas acima do limite previsto na Lei, o Poder Executivo caso dos aspectos sistêmicos, operacionais e de legislação
pode e deve submeter ao Legislativo projeto de lei de crédito concernente ao governo federal.
adicional. As práticas abordadas ao longo dos capítulos têm relação direta
Abordará a dinâmica da receita pública, sua caracterização, as com os principais sistemas estruturantes do governo federal (SIAFI,
diversas definições e os estágios percorridos até o momento do SIASG, SIDOR, SIGPlan e outros), com destaque para o Sistema
recolhimento aos cofres públicos. Além disso, trata o capítulo das Integrado de Administração Financeira do Governo Federal -
classificações da receita de acordo com sua origem (natureza da Assim, o estudante poderá conhecer como se processa a
receita) e sua destinação (fonte de recursos), com destaque para arrecadação das receitas federais, como funcionam os mecanismos
as vinculações constitucionais aos Estados, Municípios e regiões. de ingresso e saída de recursos da conta única do Tesouro
A execução da despesa pública será abordada, no que tange à sua Nacional, os principais instrumentos de pagamentos utilizados,
caracterização, definições e classificações (institucional, funcional, conceitos básicos da estrutura do SIAFI e os impactos do Sistema
econômica, e outras). As etapas da execução da despesa também de Pagamentos Brasileiro - SPB sobre as rotinas de gerenciamento
são tratadas desde a geração até o pagamento, inclusive quanto da conta única. São também apresentados os procedimentos,
aos recolhimentos de retenções. Também são tratadas no capítulo orientações normativas e instrumentos utilizados na elaboração da
8 as questões relacionadas ao estabelecimento de limites mínimos programação orçamentária e financeira, bem como seus
de aplicação de recursos em determinadas áreas, como aqueles respectivos registros no SIAFI.
relacionados aos gastos nas áreas de educação e saúde. Busca-se, adicionalmente, desmistificar as rotinas de utilização do
Após a aprovação do orçamento, cabe ao chefe do poder, segundo Cartão de Pagamentos do Governo Federal - CPGF, que é utilizado
a Lei de Responsabilidade Fiscal - LRF, elaborar a programação principalmente como forma de adiantamento de recursos a título
financeira e o cronograma mensal de desembolso. Pode ser que os de suprimento de fundos. Assim, procuramos oferecer elementos
parâmetros macroeconômicos (PIB, inflação, câmbio) projetados e para que o leitor entenda melhor o funcionamento, sob o enfoque
utilizados para elaboração do orçamento em meados do ano normativo e operacional, da administração orçamentária e
anterior, apresentem comportamento diferente daqueles financeira no âmbito do setor público brasileiro.
inicialmente projetados. Caso nova estimativa de arrecadação
indique que a receita estimada não será integralmente
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e) transferências das operações de fomento, até então realizadas


1 INTRODUÇÃO pelo Banco Central, para o OGU;
No início da década de 80, com a eclosão da crise da dívida f) incorporação ao OGU, a partir de 1988, de todas as despesas
públicas federais, inclusive as das autarquias, fundações e fundos;
externa, o crédito externo ao Brasil ficou escasso, fazendo com que
g) transferência da administração da dívida pública para a
o país tivesse mais uma vez que recorrer ao Fundo Monetário
Secretaria do Tesouro Nacional e incorporação ao OGU das
Internacional – FMI, negociando uma ajuda financeira. Naquela
época o cenário fiscal do país apontava para os seguintes despesas com o pagamento de juros da dívida pública, com
submissão ao Congresso Nacional da aprovação dos limites de
problemas:
endividamento.
a) déficit público elevado, porém com uma grande incerteza sobre
Assim, durante a década de 90 as informações relativas às
o valor exato desse déficit, em decorrência das dificuldades de
mensuração; Necessidades de Financiamento do Setor Público ganham uma
ênfase cada vez maior dentro e fora do governo. A Secretaria do
b) ausência de estatísticas fiscais em consonância com as boas
Tesouro Nacional – STN passa a divulgar em conjunto com o Banco
práticas internacionais;
c) inexistência de mecanismo efetivo de controle do gasto público, Central as informações detalhadas do endividamento do setor
que possibilitasse respostas imediatas às diretrizes da política público, informando aos agentes econômico e à sociedade, por
meio de boletins mensais, os principais aspectos relacionados às
econômica.
contas públicas, como por exemplo, a variação da dívida, o
O acordo com o FMI foi implementado a partir de 1983 e desde
então houve muitos avanços. resultado da previdência social e o resultado do Tesouro Nacional.
A partir de 1995, com o início do Programa de Apoio à
A principal tarefa implementada em conjunto com técnicos do FMI
Reestruturação e ao Ajuste Fiscal dos Estados, que propiciou o
e do governo, no final de 1982,
quando foi negociado o empréstimo, que incluía uma série de refinanciamento de dívidas de Estados, a partir da assunção de
compromissos assumidos pelo país, foi o aparelhamento do Banco compromissos fiscais com vistas ao equilíbrio orçamentário
sustentável, os conceitos de metas fiscais e resultado primário
Central para registrar as operações de endividamento do setor
passam a se incorporar à legislação do país.
público.
Nesse sentido, foi implementado critério de apuração do déficit Este processo todo tem seu ápice com a publicação da Lei
Complementar 101, de 04/05/2000, mais conhecida como Lei de
público, mais conhecido entre os economistas como Necessidades
Responsabilidade Fiscal - LRF, que tem o objetivo de estabelecer
de Financiamento do Setor Público – NFSP, sendo introduzidos no
normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade
país os conceitos de Resultado Primário, Resultado Nominal e
Resultado Operacional, como instrumento para avaliar a fiscal, estabelecendo os seguintes postulados:
a) ação planejada e transparente;
sustentabilidade da política fiscal do país.
b) prevenção de riscos e correção de desvios que afetem o
Os principais avanços aconteceram a partir da segunda metade da
década de 80 com a necessidade de manter o endividamento equilíbrio das contas públicas;
público controlado mediante monitoramento do déficit público, e c) garantia de equilíbrio nas contas, via cumprimento de metas de
resultados entre receitas e despesas, com limites e condições para
de um modo geral da política fiscal do governo.
a renúncia de receita e a geração de despesas com pessoal,
Dentre as principais medidas, no que se refere à eliminação de
problemas históricos que contribuíam para a falta de controle da seguridade, dívida, operações de crédito, concessão de garantia e
inscrição em restos a pagar.
política fiscal, colaborando para um maior controle e transparência
A LRF se consagra desde então como principal instrumento da
das contas públicas, destacam-se:
legislação de finanças públicas
a) criação da Secretaria do Tesouro Nacional, em 1986, com a
finalidade de unificar, gerir e contabilizar os pagamentos e do país, expandindo para Estados e Municípios conceitos até então
utilizados apenas pelo governo federal, como resultado primário e
recebimentos do governo federal;
resultado nominal.
b) criação da Conta única do Tesouro Nacional, em 1988,
extinguindo a conta movimento mantida no Banco do Brasil; Adiante detalharemos os principais aspectos sobre funcionamento
c) implantação, em 1987, do Sistema Integrado de Administração dos atuais instrumentos de planejamento, orçamento e
programação financeira na Administração Pública Federal.
Financeira do Governo Federal – SIAFI;
d) eliminação do orçamento monetário, incorporando suas
despesas ao Orçamento Geral da União - OGU;
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b) O orçamento de investimento das empresas em que a União,


2 PLANEJAMENTO direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com
2.1 Conceito direito a voto (parágrafo 5º, Inciso II);
c) O orçamento da seguridade social, abrangendo todas as
Planejamento é um processo de análise e decisão que precede,
entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou
preside e segue a ação individual ou coletiva dos agentes sociais na
indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos
procura da solução dos problemas aproveitando as possibilidades
com eficiência, eficácia e constância. pelo poder público (parágrafo 5º, Inciso III).
Todo planejamento tem como foco atingir plenamente os objetivos
previamente determinados, sendo o pilar sobre o qual será 2.3 Processo de integrado de planejamento e orçamento
desenvolvida a previsão orçamentária. O ciclo orçamentário ou processo orçamentário pode ser definido
2.2 Base legal como um processo contínuo, dinâmico e flexível, através do qual se
De acordo com o artigo 6º do Decreto-Lei 200/1967, as atividades elabora, aprova, executa, controla e avalia os programas do setor
da Administração Federal obedecerão aos seguintes princípios público nos aspectos físicos e financeiro, corresponde, portanto, ao
fundamentais: período de tempo em que se processam as atividades típicas do
Planejamento orçamento público.
Coordenação O quadro abaixo identifica as quatro etapas do processo de
Descentralização planejamento:
Delegação de Competência
Controle
Determina ainda que estes princípios devem ser obedecidos na
consecução de todas as atividades da administração pública
federal. No que se refere ao planejamento reza o seu artigo 7º:
A ação governamental obedecerá a planejamento que visa a
promover o desenvolvimento econômico-social do País e a
segurança nacional norteando-se segundo planos e programas 2.4 Prazos de encaminhamento
gerais, setoriais e regionais de duração plurianual.(com Conforme o artigo 84, inciso XXIII, da CF/88, "... compete
adaptações) privativamente ao Presidente da República :
De acordo com a Constituição, em seu artigo 165, os instrumentos XXIII - enviar ao Congresso Nacional o plano plurianual, o projeto
de planejamento são: de lei de diretrizes orçamentárias e as propostas de orçamento
I - Plano Plurianual (PPA) – que visa estabelecer, de forma previstos nesta Constituição; "(grifos nossos)
regionalizada as diretrizes, objetivos e metas da Administração 2.4.1 Das Propostas do PPA e da LDO
Pública Federal para as despesas de capital e outras decorrentes e Com relação ao plano plurianual, devemos salientar que o seu
para as relativas aos programas de duração continuada; encaminhamento para discussão e aprovação do Congresso
II - Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) – que tem as seguintes Nacional deve ser feito até quatro (4) meses antes do
funções básicas: encerramento do primeiro exercício financeiro do mandato
Estabelecer as metas e prioridades da Administração Pública presidencial e devolvido para sanção até o encerramento da sessão
Federal para o exercício financeiro seguinte; legislativa, isto é, até 15.12 (ver artigo 57 da CF/1988). E com
Orientar a elaboração da Lei Orçamentária Anual (LOA); relação à lei de diretrizes orçamentárias, esta deve ser
Alteração da Legislação Tributária; encaminhada pelo Presidente de República até oito meses e meio
Estabelecer a política de aplicação das agências financeiras oficiais (8,5) antes do encerramento do exercício (15.04) financeiro e
de fomento. devolvido para sanção presidencial até o encerramento do
III - Lei Orçamentária Anual (LOA) – que discriminará os recursos primeiro período legislativo (30.06). Sob nenhuma hipótese, a
orçamentários/financeiros para se atingir as metas e prioridades sessão legislativa poderá ser encerrada sem a discussão, votação e
estabelecidas pela LDO e compreenderá: aprovação do plano plurianual e a lei de orçamento (Ver artigo 57,
a) O orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, § 2º).
órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive 2.4.2 Da Proposta de Lei Orçamentária Anual
fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público (parágrafo 5º, De acordo com o § 2º do artigo 35 do Ato das Disposições
Inciso I); Constitucionais Transitórias, até a entrada em vigor de lei
complementar que substitua a atual Lei nº 4.320/1964, o projeto
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de lei orçamentária deverá ser enviado pelo Presidente ao encaminhará ao Poder Legislativo nos prazos estabelecidos nas
Congresso Nacional até quatro meses antes do encerramento do Constituições e nas Leis Orgânicas dos Municípios, compor-se-á:
exercício financeiro e devolvido para sanção presidencial até o i - Mensagem que conterá : exposição circunstanciada da situação
encerramento da sessão legislativa (que só assim poderá ser econômico-financeira, documentada com demonstração da dívida
encerrada). Observe que não são determinadas datas fixas, mas fundada e flutuante, saldos de créditos especiais, restos a pagar e
prazos. Isto se deve a possíveis mudanças nas datas de início e fim outros compromissos financeiros exigíveis; exposição e justificação
do exercício financeiro e da sessão legislativa. da política econômico-financeira do Governo; justificação da
Caso o Legislativo não receba a proposta de orçamento, conforme receita e despesa, particularmente no tocante ao orçamento de
o artigo 35 da Lei nº 4.320/1964, será considerada como proposta capital;
a Lei Orçamentária em vigor. É uma regra um tanto descabida, mas ii - Projeto de Lei de Orçamento :
é a lei. É de se notar, porém, que a atual Constituição não a) texto do projeto de Lei contendo dispositivos que autorizem o
contemplou tal hipótese, pois seria uma aberração administrativa Poder Executivo a abrir créditos suplementares até determinado
o Executivo deixar de elaborar o projeto de lei orçamentária anual. limite, e
2.5 Emendas aos projetos de PPA,LDO e LOA b) e a efetuar operações de crédito, inclusive por antecipação de
Com relação à emendas ao projeto de lei de orçamento por parte receita, obedecida a legislação em vigor;..."
do Presidente, a CF/1988, em seu artigo 166, § 5º a 7º, só permite Além disto a proposta orçamentária deverá conter diversos
que sejam propostas enquanto não for iniciada a votação, na quadros demonstrando a receita e despesas de acordo com as
Comissão mista, pertinente ao item a ser alterado. Tal fato, em categorias econômicas; as fontes de recursos e legislação
relação à CF/1969, era permitido enquanto não estivesse pertinente; quadro das dotações por Órgãos do Governo e da
concluída a votação da parte de cuja alteração estivesse sendo Administração; quadro demonstrativo do programa anual de
proposta. trabalho do governo em termos de realizações de obras e
Isto se dá também para o plano plurianual e a lei de diretrizes prestação de serviços.
orçamentárias. Finalmente, devem constar tabelas explicativas com o
As emendas aos projetos de lei do PPA, da LDO e da LOA deverão comportamento da receita e da despesa de diversos exercícios
ser apresentadas na Comissão mista, que emitirá parecer, e financeiros.
apreciadas pelo plenário das duas Casas do Congresso Nacional, na A Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF (Lei Complementar 101), de
forma regimental. É preciso destacar que as emendas que 05/05/2000, trouxe várias alterações na elaboração da lei
modifiquem o projeto de lei orçamentária anual só poderão ser orçamentária anual dentre as quais a obrigação de:
aprovadas caso sejam compatíveis com o plano plurianual e a lei Conter demonstrativo da compatibilidade da programação do
de diretrizes orçamentárias; sejam relacionados à correção de orçamento com as metas previstas no Anexo de Metas Fiscais;
erros ou omissões e de dispositivos do texto do projeto de lei; e Previsão de reserva de contingência, cuja forma de utilização e
indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os montante, definido com base na receita corrente líquida,
provenientes de anulação de despesas, excluídas as que incidam destinado ao atendimento de passivos contingentes e outros riscos
sobre: e eventos fiscais imprevistos;
Pessoal e seus encargos sociais; Demonstrativo em separado do refinanciamento da dívida pública;
Serviço da dívida; e;
Transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios
e Distrito Federal.
Deve-se destacar também que o Presidente de República poderá
rejeitar as emendas do Legislativo ao projeto de lei orçamentária
anual (veto parcial ou total). O Congresso Nacional apreciará o veto
presidencial, podendo rejeitá-lo, pela maioria absoluta dos
deputados e senadores, em voto secreto, o que determinará a
devolução do projeto anteriormente aprovado pelo Legislativo
para promulgação do Executivo.
2.6 Conteúdo e a forma da proposta orçamentária
De acordo com combinação dos artigos 2 e 22 da Lei nº
4.320/1964, "...a proposta orçamentária que o Poder Executivo
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órgãos e entidades da administração federal, bem como da


3 OS SISTEMAS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA FEDERAL aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado;
3.1 O Sistema de Planejamento Federal e Orçamento exercer o controle sobre as operações de crédito, avais e garantias,
bem como os direitos e haveres da União; e
As atividades de planejamento, orçamento e coordenação têm
apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.
como órgão central o Ministério do Planejamento Orçamento e
Gestão - MP e divide-se em dois subsistemas:
Subsistema de Planejamento
O Subsistema de Planejamento tem como órgão central a
Secretaria de Programas e Investimentos – SPI com os seguintes
objetivos principais:
Coordenar a elaboração dos planos e programas gerais de governo
e promover a integração dos planos regionais e setoriais;
Acompanhar a execução desses planos e programas;
Assegurar mediante normas e procedimentos orçamentários, a
aplicação de critérios técnicos, econômicos e administrativos para
o estabelecimento de prioridades entre as atividades
governamentais; e
Estabelecer fluxos permanentes de informações entre as unidades
componentes do sistema, a fim de facilitar os processos de decisão
e coordenação das atividades governamentais.
Subsistema de Orçamento
A Secretaria de Orçamento Federal é a unidade administrativa
encarregada do subsistema de orçamento, que visa dar suporte ao
Sistema de Planejamento e tem como função elaborar e consolidar
o Orçamento Geral da União conforme os objetivos e metas gerais
do Governo Federal, dotando de recursos os programas de
trabalho de acordo os objetivos e metas estabelecidos.
Como órgãos setoriais, temos: as Coordenadorias de Orçamento da
Secretaria de Administração Geral dos Ministérios Civis e órgãos
equivalentes dos Ministérios Militares e da Presidência da
República, que tem a finalidade de orientar e consolidar, a nível
setorial, as propostas orçamentárias. A nível seccional, temos: os
órgãos de funções equivalentes nas Entidades da Administração
Indireta (Autarquias, Fundações, Empresas Públicas e Sociedades
de Economia Mista).
3.2 Os Sistemas de Programação Financeira e Controle Interno
O Subsistema de Programação Financeira tem como órgão central
a Secretaria do Tesouro
Nacional - STN/MF.
O Subsistema de Controle Interno do Poder Executivo é exercido
pela Secretaria Federal de Controle - SFC e é composto das
atividades de auditoria com as seguintes finalidades, conforme o
artigo 74, da Constituição Federal:
Avaliar o cumprimento das metas previstas no Plano Plurianual, a
execução dos programas de governo e dos orçamentos da União;
comprovar a legalidade e avaliar resultados, quanto a eficácia e
eficiência da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos
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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E todos os programas devem ser justificados cada vez que se
inicia um novo ciclo orçamentário.
ORÇAMENTÁRIA PÚBLICA
Orçamento com Teto Fixo
CONCEITO
Critério de alocação de recursos que consiste em
• É o ato pelo qual o Poder Legislativo autoriza ao
estabelecer um quantitativo financeiro fixo, geralmente
Poder Executivo, por certo período e em pormenor, as
obtido mediante a aplicação de percentual único sobre as
despesas destinadas ao funcionamento dos serviços
despesas realizadas em determinado período, com base no
públicos e outros fins adotados pela política econômica
qual os órgãos/unidades deverão elaborar suas propostas
ou geral do país, assim como a arrecadação das receitas já
orçamentárias parciais. Também conhecido, na gíria
criadas em lei;
orçamentária, como “teto burro”.
• É um processo de planejamento contínuo e
Orçamento com Teto Móvel
dinâmico de que o Estado se utiliza para demonstrar seus
Critério de alocação de recursos que representa uma
planos e programas de trabalho, para determinado
variação do chamado “teto fixo”, pois trabalha com
período.
percentuais diferenciados, procurando refletir um
• Ele abrange a manutenção das atividades do
escalonamento de prioridades entre programações, órgãos e
Estado, o planejamento e a execução dos projetos
unidades. Em gíria orçamentária, conhecido como “teto
estabelecidos nos planos e programas de governo.
inteligente”.
PRINCIPAL FUNÇÃO
Orçamento Incremental
• Controlar os recursos com que a sociedade terá
Orçamento feito através de ajustes marginais nos seus itens
que contribuir para manter em funcionamento os serviços
de receita e despesa.
públicos necessários ao atendimento das necessidades
Orçamento Sem Teto Fixo
econômicas e sociais da população, bem como da
Critério de alocação de recursos que consiste em conferir
aplicação desses recursos por parte do Estado.
total liberdade aos órgãos/unidades no estabelecimento dos
TÉCNICAS ORÇAMENTÁRIAS
quantitativos financeiros correspondentes às suas propostas
- Orçamento Tradicional
orçamentárias parciais. Em gíria orçamentária, conhecido
- Orçamento Base Zero
como “o céu é o limite”.
- Orçamento com Teto Fixo
Orçamento de Desempenho
- Orçamento com Teto Móvel
Processo orçamentário que se caracteriza por apresentar
- Orçamento Incremental
duas dimensões do orçamento: o objeto de gasto e um
- Orçamento Sem Teto Fixo
programa de trabalho (ainda não vinculado a um sistema de
- Orçamento Tradicional
planejamento), contendo as ações desenvolvidas. Toda a
- Orçamento de Desempenho
ênfase reside no desempenho organizacional (o que o Estado
- Orçamento Programa
faz), sendo também conhecido como orçamento funcional.
Orçamento Tradicional (Orçamento Clássico)
Orçamento Programa
Processo orçamentário que se caracteriza por adotar
• É um plano de trabalho no qual são detalhados os
instrumentos para controlar as despesas por:
programas e despesas que se pretende realizar durante o
- unidade administrativa (órgãos responsáveis pelo gasto)
exercício financeiro, evidenciando a política econômica do
- objeto de gasto (elemento de despesa)
governo, isto é, é um instrumento de atuação
Orçamento Base Zero (OBZ)
governamental voltado para aspectos administrativos e de
É uma previsão orçamentária ou um “Budget”, projetado
planejamento;
sem levar em consideração o que ocorreu nos anos
• Foi instituído pela Lei Nº 4.320/64, mas somente
anteriores. Principais características: análise, revisão e
implantado após a CF/88 com a criação do PPA , LDO;
avaliação de todas as despesas propostas e não apenas das
solicitações que ultrapassam o nível de gasto já existente;
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• São demonstrados os propósitos, objetivos e metas para √ Integração do planejamento e orçamento;


as quais a administração solicita os recursos necessários,  Os recursos são alocados (orçamento) às ações dos diversos
identificando o um custo dos programas propostos para programas (planejamento);
alcançar tais objetivos e os dados quantitativos que medem √ Quantificação de objetivos e metas;
as realizações e o trabalho realizado dentro de cada  Está intimamente ligado aos problemas que a sociedade
programa; pretende ver solucionados;
• Está direcionado para o alcance dos objetivos almejados √ Relação insumo/produto;
pela Administração Pública, sendo muito mais do que mero  Identifica o volume de recurso necessário/utilizado para
instrumento financeiro; cumprir objetivos;
• É um tipo de técnica de orçamento que mais se aproxima √ Alternativas programáticas;
do modelo ideal do orçamento, tornando-se um instrumento  é o estudo de todas as formas de se alcançar o objetivo do
fundamental de todo o processo de gestão dos objetivos do programa;
Estado;  escolha da melhor maneira e o menor custo para a resolução
• Fornece o instrumento necessário para que o do problema;
administrador público, a partir do estudo de problemas da √ Acompanhamento físico-financeiro;
sociedade, possa estabelecer políticas públicas que irão  Identifica quanto de meta e de recursos que já foram
solucionar esses problemas; executados/gastos;
• Lógica do orçamento programa: √ Avaliação de resultados;
– Identificar e priorizar os problemas;  fornecimento de dados para avaliação do que foi produzido
– Estudo das alternativas de solução desses problemas; para saber se os objetivos estão sendo alcançados;
– Alocação dos recursos necessários para a solucioná-los. √ Atribui responsabilidades ao Administrador Público;
• Todas as decisões sobre a alocação dos recursos são  Deve haver a prestação de contas do responsável/gerente
tomadas à luz do planejamento, de forma a maximizar a das ações previstas e dos resultados alcançados;
atuação estatal e o retorno dos recursos investidos pelo setor
privado no setor público;
• O orçamento programa permite:
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Principais Diferenças entre Orçamento Tradicional e visa avaliar a honestidade do


- controle - controle visa avaliar a eficiência e e
Programa agente governamental; governamentais;
RADICIONAL PROGRAMA
- principais critérios classificatórios : - principal critério de classi
do do planejamento; - integrado-ao
unidades administrativas e elementos;
planejamento; - funcional-programáti

os para adquirir “meios”; - aloca recursos para -atingir


decisões tomadas
objetivos tendo em vista as
e metas; - decisões tomadas com base em ava
necessidades das unidades organizacionais. técnicas das alternativas po
s aspectos contábeis; - ênfase nos aspectos administrativos e de planejamentos;

essidades financeiras das Fonte:


- considera todos os custos dos programas, inclusive os que Giacomoni, James - 13ª Edição pág. 159
es organizacionais; extrapolam o exercício;

nsuração de resultados; - há mensuração de resultados;


Os objetivos podem ser classificados em: C) estrutura do orçamento está voltada para os aspectos
√ derivados – demonstram quantitativamente os propósitos administrativos e de planejamento.
específicos do governo, contribuindo para o alcance dos D) alocação de recursos visa à consecução de objetivos e
objetivos finais ou básicos; metas.
√ finais ou básicos – demonstram os fins últimos de toda a E) Existe utilização sistemática de indicadores e padrões de
ação do governo, evidenciando uma avaliação qualitativa dos medição do trabalho e dos resultados.
objetivos e indicando as orientações para as políticas nas 3) (ESAF/TCI - PI 2003) - No tocante ao conceito de
áreas econômica e social; orçamento-programa, identifique a opção falsa.
QUESTÕES DE CONCURSOS a) O principal critério de classificação é o funcional-
01- (FCC/AFC-TCU/1999) Assinale a única opção correta programático.
pertinente ao conceito de orçamento-programa. b) Na elaboração do orçamento-programa são
A) A estrutura do orçamento enfatiza os aspectos contábeis considerados todos os custos dos programas, inclusive os
de gestão. que extrapolam o exercício.
B) O principal critério de classificação é o funcional- c) O controle visa avaliar a eficiência, a eficácia e a
programático. efetividade das ações governamentais.
C) O controle visa avaliar a honestidade dos agentes d) O processo orçamentário é dissociado dos
governamentais e a legalidade no cumprimento do processos de planejamento e programação.
orçamento. e) Existe a utilização sistemática de indicadores e
D) O processo orçamentário é dissociado dos processos de padrões de medição dos trabalhos e dos resultados.
planejamento e programação. 4) (ESAF/TCU - 2000) - Somente uma das afirmações
E) As decisões orçamentárias são tomadas tendo em vista as a seguir, referentes ao orçamento-programa, não é
necessidades das unidades organizacionais. verdadeira, assinale-a.
02- (ESAF/AFC STN 2000 II) - Assinale a única opção que a) A alocação dos recursos tem em vista a consecução
é pertinente ao orçamento tradicional e não ao orçamento- de objetivos e metas.
programa. b) A utilização de indicadores e padrões de
A) Os principais critérios classificatórios são unidades desempenho não é relevante para o setor público.
administrativas e elementos. c) O orçamento está inserido num processo mais
B) Na elaboração do orçamento, são considerados todos os amplo de planejamento.
custos dos programas, inclusive os que extrapolam o d) A estimativa dos custos dos programas é essencial
exercício. para o seu acompanhamento e avaliação.
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e) O orçamento identifica os responsáveis pela d) Na elaboração do orçamento tradicional, são


execução dos programas. consideradas as necessidades financeiras das unidades
5) (ESAF/MPU - 2004) - A programação orçamentária, organizacionais, enquanto na elaboração do orçamento-
com base nas metas fiscais, admite vários processos na programa são considerados todos os custos dos programas,
elaboração do orçamento. Identifique qual é o processo que inclusive os que extrapolam o exercício.
expressa financeira e fisicamente os programas de trabalho e) No orçamento-programa, o principal critério de
de governo, possibilitando a integração do planejamento classificação das despesas é o funcional-programático, enquanto
com o orçamento, a quantificação de objetivos e a fixação no orçamento tradicional os principais critérios classificatórios
de metas, as relações insumo, produto e a avaliação de são as unidades administrativas e os elementos.
resultados. 8) (ESAF - TCU 2006 - Analista) - Assinale a única opção
a) orçamento de desempenho incorreta em relação a orçamento-programa.
b) orçamento-programa a) A integração planejamento-orçamento é característica
c) orçamento base-zero do orçamento-programa.
d) orçamento tradicional b) Orçamento-programa informa, em relação a cada
e) orçamento com teto fixo atividade ou projeto, quanto vai gastar, para que vai gastar e
6) (ESAF- AFC/STN - 2005) - Confrontando-se as por que vai gastar.
diferenças entre o orçamento tradicional e o orçamento- c) O orçamento-programa identifica programas de
programa, não se pode afirmar que trabalho, objetivos e metas, compatibilizando-os com os planos
a) o orçamento tradicional é o processo de elaboração de médio e longo prazos.
do orçamento em que é enfatizado o objeto de gasto. d) O orçamento-programa é o processo de elaboração do
b) o orçamento-programa é o responsável por orçamento em que é enfatizado o objeto de gasto.
apresentar os propósitos, objetivos e metas para as quais a e) Processo de elaboração do orçamento-programa é
administração terá de prover os fundos necessários. técnico e baseia-se em diretrizes e prioridades, estimativa real
c) a integração planejamento-orçamento é uma de recursos e cálculo real das necessidades.
característica básica do orçamento-programa. 9) (ESAF - MPOG/2002) Com relação ao conceito de
d) o orçamento tradicional compatibiliza as orçamento-programa, assinale a única opção correta.
programações anuais com os planos. a) No orçamento-programa, os critérios de classificação
e) o orçamento-programa parte da previsão de recursos baseiam-se em uni¬dades administrativas.
para que sejam definidos as atividades e os projetos que b) No orçamento-programa, o controle visa avaliar a
serão executados. eficiência e a eficácia das atividades governamentais.
7) (ESAF - AFC/CGU 2006 - Auditoria e Fiscalização) - c) O orçamento-programa é totalmente dissociado do
Indique a afirmativa incorreta com relação ás diferenças processo de planejamento.
entre o orçamento tradicional e o orçamento-programa. d) A estrutura do orçamento-programa prioriza os
a) No orçamento tradicional, a estrutura do orçamento aspectos contábeis da gestão.
está voltada para os aspectos administrativos e de e) Na elaboração do orçamento-programa, são
planejamento, enquanto no orçamento-programa a estrutura respeitadas as necessidades financeiras das unidades
do orçamento dá ênfase aos aspectos contábeis de gestão. administrativas.
b) No orçamento tradicional, o processo orçamentário é 10) (FCC) É característica da técnica de elaboração
dissociado dos processos de planejamento e programação, orçamentária denominada orçamento base zero:
enquanto no orçamento-programa, o orçamento é o elo entre o (A) dissociação dos processos de planejamento e programação.
planejamento e as funções executivas da organização. (B) revisão crítica dos gastos tradicionais de cada unidade
c) No orçamento tradicional, a alocação de recursos visa a orçamentária.
aquisição de meios enquanto no orçamento programa a (C) ênfase aos aspectos contábeis da gestão e controle externo
alocação de recursos visa a consecução de objetivos e metas. dos gastos.
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(D) avaliação da integridade dos agentes governamentais e (E) plano de trabalho que tem por finalidade estabelecer as
legalidade no cumprimento do orçamento. diretrizes, objetivos e metas da administração pública
(E) direitos adquiridos sobre verbas orçamentárias federal, de forma regionalizada, orientando a ação
anteriormente outorgadas. governamental apenas dos governos subnacionais.
11) (ESAF- AFC/STN - 2005) - De acordo com o conceito
de orçamento, identifique a única opção incorreta. 13. Com relação à técnica do orçamento base zero, assinale a
a) Orçamento público é o processo mediante o qual o opção incorreta.
governo traça um programa de projetos e atividades, estimando A) É uma técnica de elaboração de orçamentos públicos e
suas receitas e planejando sua aplicação, com prévia fixação das privados cujo objetivo é eliminar a prática nociva de se alocar
despesas. recursos a determinada unidade orçamentária ou
b) Os princípios orçamentários estão basicamente departamento com base apenas na justificativa do aumento de
definidos na Constituição Federal e na Lei nº 4.320/64. vendas ou projetos nessas unidades, em relação ao ano
c) O orçamento incremental é o orçamento elaborado por anterior.
meio dos ajustes marginais nos itens de receita e despesa. B Essa técnica foi desenvolvida no final dos anos 60 do século
d) O orçamento tradicional destaca as metas, os passado, na empresa privada Texas Instruments. Sua
objetivos e as intenções do governo, consolidando um metodologia é centrada no conceito conhecido como pacote
conjunto de programas a ser realizado durante determinado de decisão.
período. C O pacote de decisão é o documento que identifica e
e) No Brasil, a Lei nº 4.320/64 estabelece a descreve uma atividade específica, de modo que a
obrigatoriedade do orçamento-programa, determinando que a administração possa avaliá-la e priorizá-la em relação a outras
Lei Orçamentária conterá a discriminação da receita e despesa. atividades.
12) O orçamento-programa foi introduzido no Brasil por D A adoção dessa técnica tende a reduzir os custos e o
meio da Lei no 4.320/64 e do Decreto-Lei no 200/67. A trabalho de preparação do orçamento, além de diminuir a
Constituição Federal de 1988 consolidou definitivamente o resistência por parte dos indivíduos/grupos, que deixariam de
orçamento-programa no Brasil, ao vincular o processo se preocupar com a priorização de suas atividades.
orçamentário ao PPA, à LDO e à LOA. Orçamento-programa é
um GABARITO
(A) documento que prevê apenas a fixação da despesa e a 1. B 2. A 3. D 4. B
previsão da receita, constituindo a principal peça contábil- 5. B
financeira para a orientação da ação governamental. 6. D 7. A 8. D 9. B
(B) programa que compreende as metas e prioridades da 10. B
Administração Pública Federal, orienta a elaboração da Lei 11. D 12.D 13.D
Orçamentária Anual, dispõe sobre as alterações na legislação
tributária e estabelece a política de aplicação das agências
financeiras oficiais de fomento.
(C) documento que se preocupa com a efetividade e a
eficiência dos gastos públicos das estatais.
(D) plano de trabalho, um instrumento de planejamento da
ação do governo, por meio da identificação dos seus
programas de trabalho, projetos e atividades, além do
estabelecimento de objetivos e metas a serem
implementados, bem como a previsão dos custos
relacionados.
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PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS √ Propicia a identificação das receitas e despesas de


• São premissas a serem observadas na concepção da transferências;
proposta orçamentária, implícita ou explicitamente √ Princípio orçamentário constitucional (art 165, § 5º ).
expressas na legislação; Princípio da Anualidade ou da periodicidade
• São os princípios: √ O orçamento tem vigência limitada a determinado período;
√ da Unidade ou da Totalidade; √ Vigência = 01 ano (exercício financeiro);
√ da Universalidade; √ Coincide com o calendário civil (1º de jan a 31 de dez);
√ da Anualidade ou Periodicidade; √ Exceções: Créditos adicionais: Especiais e
√ da Especificação, Especialização ou Discriminação; Extraordinários.
√ da Exclusividade; Princípio da Especificação, Especialização ou da
√ do Equilíbrio; Discriminação
√ da Não Afetação; √ As receitas e despesas devem ser detalhadas, ao
√ do Orçamento Bruto; máximo para conhecimento das origens e aplicações dos
√ da Clareza; recursos;
√ da Publicidade; √ Não se pode agregar despesas ou receitas que inviabilize
√ da Unidade de Caixa; conhecer sua fonte e seu destino;
√ da Programação; √ Despesa deve ser discriminada, no mínimo por
√ da Legalidade; elementos (pessoal, material, obras, etc);
√ da Precedência; √ Elementos – são os recursos colocados à disposição do
√ do Estorno de verbas. estado para a consecução de seus fins;
Princípio da Unidade ou da Totalidade Exceção: Dotações globais - Dotação não especificamente
√ O orçamento deve ser uno, ou seja, deve existir apenas um destinada a órgão, unidades orçamentária, programa ou
só orçamento para um exercício financeiro; categoria econômica (reservas de contingências).
√ Possibilita o controle sobre os gastos públicos, evitando o Princípio da Exclusividade
excesso de despesas e conseqüentemente, o déficit público; √ Princípio orçamentário constitucional;
√ Procura-se eliminar a existência de múltiplos orçamentos √ A Lei Orçamentária deverá tratar de matéria
(orçamentos paralelos); exclusivamente orçamentária, somente estimativas de
√ O princípio da totalidade prevê a coexistência de múltiplos receitas ou a fixação de despesas.
orçamentos que, no entanto, devem ser consolidados em uma Exceção: Poderá conter autorizações para:
única lei (LOA).  Abertura de créditos suplementares;
√ Princípio orçamentário constitucional que determina que a  Operações de crédito, inclusive por Antecipação
Lei Orçamentária Anual (LOA) deverá conter os orçamentos: de Receita Orçamentária (ARO);
 Fiscal; Princípio do Equilíbrio
 de Investimento das Estatais; √ Não é mais previsto na Constituição Federal;
 da Seguridade Social. √ Valor da despesa = Valor da receita;
Exceção: créditos adicionais √ Tem a finalidade de impedir que o setor público exerça
Princípio da Universalidade suas atividades sem a preocupação com os saldos
√ O orçamento deve conter todas as receitas e despesas orçamentários (déficits ou superávits) que influenciam nas
referentes aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e finanças:
entidades da administração direta e indireta, inclusive as  Públicas – aumento do endividamento;
fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;  Privadas – aumento da redução da demanda agregada
√ Evita que a arrecadação de algum recurso financeiro, bem da economia;
como a sua aplicação, fuja à competente apreciação e √ Quando o orçamento atua de forma deficitária, esse
aprovação do Poder Legislativo. princípio, informa que deverá existir fonte (operação de
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crédito) que financie o excesso de despesas sobre o √ O orçamento tem que ser claro e de fácil entendimento;
montante das receitas. √ Princípio de difícil execução, devido à linguagem
√ Regra de Ouro específica do orçamento.
Art. 167. São vedados: Princípio da Publicidade
III - a realização de operações de créditos que excedam o √ Princípio orçamentário constitucional;
montante das despesas de capital, ressalvadas as √ Os atos da administração devem ser acessíveis a todos, salvo
autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais disposição contrária;
com finalidade precisa, aprovados pelo Poder Legislativo por √ Objetiva garantir o acesso público do conteúdo do
maioria absoluta; orçamento;
Princípio da Unidade de Caixa
√ Os recursos do governo devem ser recolhidos/depositados
Receitas Despesas em uma única conta, facilitando a administração e o controle
de seus respectivos fluxos e estoques;
Princípio da Programação
√ É o princípio mais moderno;
√ O orçamento deve:
Operações de Créditos
 servir como verdadeiro instrumento de administração do
governo; e
Princípio da Não-Afetação de Receitas de Impostos  atuar como ferramenta que auxilia de forma fundamental
√ Princípio orçamentário constitucional; no planejamento e gerenciamento das ações do estado.
√ É vedada a vinculação de impostos a órgão; fundo; ou Princípio da Legalidade
despesa, salvo: √ As receitas e despesas públicas só podem ser efetuadas se
 Participação de estados, DF e municípios na arrecadação autorizadas mediante lei.
tributária; Princípio da Precedência
 Recursos para saúde e educação; √ O orçamento deve ser aprovado antes de iniciar o
 Prestar garantia à União; exercício financeiro;
 Pagamento de débitos para com a União; e Princípio da Proibição do Estorno de verbas
 Garantia de operações de antecipação de receita. √ O Poder Executivo não pode desfazer o que o Poder
Princípio do Orçamento Bruto Legislativo discutiu, apreciou e votou;
√ Todas as receitas e despesas constarão da Lei de √ As alterações na Lei Orçamentária só podem ser
Orçamento pelos seus totais, vedadas quaisquer deduções; efetuadas mediante nova autorização legislativa;
√ Os valores líquidos impedem: QUESTÕES DE CONCURSOS
 a averiguação do fluxo/caminho percorrido pelos recursos 01. (ACE/2002) A ação planejada do Estado materializa-se
orçamentários; e através do orçamento público. Indique o princípio
 que os recursos sejam disponibilizados de forma orçamentário que consiste na não-inserção de matéria
transparente. estranha à previsão da receita e à fixação da despesa.
A) princípio da discriminação
Receitas Despesas B) princípio da exclusividade
C) princípio do orçamento bruto
Imposto de Renda R$ Transferência para Estados e D) princípio da universalidade
100,00 Municípios R$ 47,00 E) princípio do equilíbrio
02. (FCC - Mare – Analista de Orçamento – 1999) Relaciona-
se diretamente com o princípio da unidade de tesouraria
Princípio da Clareza A) a previsão da receita.
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B) o recolhimento das receitas. 06. (FCC - PMJAB – Auditor Tributário – 2006) Todas as receitas
C) a arrecadação da receita, apenas. e despesas constarão da Lei Orçamentária pelos seus totais,
D) a liquidação da despesa, apenas. vedadas quaisquer deduções. Trata-se do principio
E) a arrecadação da receita e a liquidação da despesa. orçamentário
03. (FCC - TRT – 20ª Região – Analista Judiciário – 2006) Em A) da Unidade.
relação ao princípio orçamentário da universalidade, é B) do Orçamento Bruto e Universalidade.
correto afirmar que: C) do Equilíbrio Orçamentário.
A) em regra, não se inclui na lei de orçamento, normas D) da Anualidade.
estranhas à previsão de receita e à fixação de despesa. E) da Não-Afetação de Receitas.
B) Cada orçamento deve se ajustar a um modelo único 07. (FCC - MARE – Analista de Orçamento – 1998) Constitui
não querendo dizer que deva compreender todas as receitas exceção ao Princípio da Anualidade
e despesas numa única peça. A) os restos a pagar.
C) O orçamento inclui todas as receitas e despesas, quer B) a dívida ativa.
da Administração direta, quer da Administração Indireta. C) a reabertura de créditos.
D) O orçamento deve ser expresso de forma clara, D) o serviço da dívida a pagar.
ordenada e completa, e manter o equilíbrio, do ponto de vista E) o plano plurianual.
financeiro, entre os valores de receita. 08. (FCC - TRF - Analista Judiciário – 4ª Região – 2004) O
E) O orçamento inclui somente as receitas e despesas da princípio da anualidade estabelece que as autorizações
Administração Direta. orçamentárias e, conseqüentemente, o exercício financeiro
04. (FCC - Analista Judiciário – TRF 4ª REGIÃO/2001) Constitui no Brasil deve corresponder a doze meses e coincidir com o
exceção ao princípio da anualidade: ano civil. Contudo, constitui EXCEÇÃO ao princípio
A) os créditos especiais e extraordinários abertos nos mencionado
últimos quatro meses; A) o processo dos fundos especiais.
B) a inscrição em restos a pagar processados B) os restos a pagar não processados.
C) a inscrição em restos a pagar não processados C) a autorização para os créditos reabertos.
D) a inscrição do serviço da dívida a pagar D) as receitas vinculadas.
E) a utilização do superávit financeiro do exercício E) o processamento das despesas orçamentárias de
anterior. exercícios anteriores.
05. (AFC-TCU/1999) No tocante aos objetivos dos princípios 09. (TCU/1996) Desde seus primórdios, a instituição
orçamentários, assinale a opção correta. orçamentária foi cercada por uma série de regras, com a
A) Segundo o princípio da exclusividade, o orçamento finalidade de aumentar-lhe a consistência no cumprimento
deve conter todas as receitas e despesas referentes aos poderes de sua principal tarefa, que é auxiliar o controle parlamentar
da União. sobre os executivos. No Brasil, a prática orçamentária, que é
B) De acordo com o princípio da unidade, o orçamento fundamentada nessas regras, também chamadas princípios
deve conter apenas matéria orçamentária. orçamentários,
C) O princípio da publicidade representa uma regra A) não respeita o princípio da unidade, dada a existência
técnica administrativa, segundo a qual a lei do orçamento do orçamento fiscal, do orçamento das estatais e do
somente deve veicular matéria de natureza financeira. orçamento da seguridade social.
D) O princípio da legalidade determina que o conteúdo do B) respeita o princípio da universalidade, mesmo não
orçamento deve ser divulgado por veículos oficiais de havendo a exigência de inclusão das receitas e das despesas
comunicação. operacionais das empresas estatais.
E) O princípio da unidade recomenda que deve existir C) não respeita o princípio do orçamento bruto,
apenas um orçamento. porquanto permite que algumas despesas sejam deduzidas de
certas receitas.
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D) respeita o princípio da anualidade, mesmo havendo a D) do orçamento bruto.


exigência de elaboração de planos plurianuais. E) da exclusividade.
E) respeita o princípio da exclusividade, mesmo havendo 14. (TRT-21ª REG/2003) A inclusão de dispositivo estranho
a possibilidade de o orçamento conter autorizações para a à previsão da receita e à fixação da despesa na Lei
abertura de créditos suplementares. Orçamentária Anual fere o princípio orçamentário
10. (TRT 4ª Região – Analista Judiciário – 2006) A autorização, A) da não afetação da receita.
na lei do orçamento, para abertura de créditos B) da unidade.
suplementares é exceção ao princípio orçamentário C) da anualidade.
A) da não afetação de receita D) da exclusividade.
B) da unidade E) do orçamento bruto.
C) da universalidade 15. (TRF 5ª REG./2003) O domínio orçamentário próprio e
D) da exclusividade independente pela pessoa jurídica central do Estado, em
E) do orçamento bruto coexistência com os das suas entidades da administração
11. (FCC – TCM/CE – Auditor – 2006) O princípio que indireta e a visão geral do conjunto das suas finanças
estabelece que todas as receitas e despesas do ente público públicas é obtido por consolidação, segundo o princípio
devem constar na elaboração do orçamento é denominado orçamentário
principio da A) da anualidade.
A) unidade. B) da totalidade.
B) exclusividade. C) da universalidade.
C) universalidade. D) da não afetação das receitas.
D) não afetação. E) da exclusividade.
E) especificação. 16. (TRF-CE/2004) O princípio da anualidade estabelece que
12. (TCU/1996) Assinale a opção correta referente à as autorizações orçamentárias e, conseqüentemente, o
aplicação dos princípios orçamentários. exercício financeiro no Brasil deve corresponder a doze
A) De acordo com o princípio da unidade, os meses e coincidir com o ano civil. Contudo, constitui
orçamentos das três esferas da Administração deveriam ser EXCEÇÃO ao princípio mencionado
unificados em um orçamento nacional. A) a autorização para os créditos reabertos.
B) Em consonância com o princípio do orçamento B) as receitas vinculadas.
bruto, as transferências no âmbito interno de cada esfera da C) o processamento das despesas orçamentárias de
Administração se anulam. exercícios anteriores.
C) A existência da conta única encontra respaldo no D) o processo dos fundos especiais.
princípio da unidade de caixa. E) os restos a pagar não processados.
D) A destinação dos recursos das taxas para o custeio 17. (TRE-AP/2003) No que diz respeito ao orçamento
de serviços específicos contraria o princípio da não-afetação público, a formulação de objetivos e o estudo das
de receitas. alternativas da ação futura para alcançar os fins da
E) A adoção do princípio da exclusividade condiciona a atividade governamental; assim como a redução dessas
criação ou aumento de impostos a sua inclusão no alternativas de um número muito amplo a um pequeno e,
orçamento. finalmente, a prossecução do curso da ação adotada,
13. (TRE-AM/2003) “Todas as receitas e despesas constarão referem-se ao princípio da
da Lei do Orçamento pelos seus totais, vedadas quaisquer A) programação.
deduções”, constitui enunciado do princípio orçamentário B) unidade.
A) da unidade. C) universalidade.
B) da universalidade. D) estabilidade orçamentária.
C) da não afetação da receita. E) exclusividade.
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18. (CESPE-STM/Analista/2004) O princípio da legalidade 25. (CESPE-Procurador TCDF/2002) O princípio do equilíbrio


dispõe que o orçamento deve ser objeto de uma lei orçamentário, considerado, em uma concepção clássica,
resultante de processo legislativo completo. Isso não impede como o verdadeiro princípio fundamental dos orçamentos
que o orçamento seja às vezes entendido como uma lei públicos, está expressamente previsto na Constituição da
especial, ou lei apenas no sentido formal, já que o seu República.
conteúdo guarda mais correlação com os atos 26. (CESPE – Técnico Judiciário – TRE Alagoas – 2004) O
administrativos que propriamente com preceitos legais. orçamento brasileiro tem alto grau de vinculações, tais como
19. (CESPE–Anatel/Analista/2004) Com base na Lei nº transferências constitucionais para estados e municípios,
4.320/1964, a LOA conterá a discriminação da receita e da manutenção do ensino, seguridade social e receitas próprias
despesa, de forma a evidenciar a política econômico- de entidades. Essas vinculações tornam o processo
financeira e o programa de trabalho do governo, obedecidos orçamentário extremamente rígido.
os princípios da unidade, universalidade e anualidade. A 27. (CESPE – 2004 – Contador - Agência de Defesa
partir da Constituição Federal de 1988, nenhum outro Agropecuária do Estado do Pará) O princípio do equilíbrio
princípio poderá ser relacionado ao orçamento público. surgiu com o objetivo de impedir que a lei de orçamento, em
20. (CESPE-Procurador TCU/2004) Em cumprimento ao função da natural celeridade de sua tramitação no
princípio da exclusividade, todas as receitas e todas as legislativo, seja utilizada como meio de aprovação de
despesas dos poderes, fundos, órgãos e das entidades da matérias que nada tenham a ver com questões financeiras.
administração pública direta e indireta devem estar incluídos GABARITO
no orçamento anual geral. 1. B 2. B 3. C 4. A
21. (CESPE-Procurador TCDF/2002) Os basilares princípios da 5. E
universalidade e da exclusividade, expressamente previstos 6. B 7. C 8. C 9. E, C, E, C, C
no texto constitucional, implicam, respectivamente, que o 10. D
orçamento deve conter todas as receitas e despesas, 11. C 12. C 13. D 14. D 15. B
inclusive a dos Poderes, fundos, órgãos e entidades da 16. A 17. A 18. E 19. E 20. E
administração direta e indireta, e que o orçamento não 21. C 22. C 23. C 24. E 25. E
conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação
da despesa, não incluídas nessa proibição as hipóteses 26. C 27. E
definidas na própria Constituição da República.
22. (CESPE-Procurador TCDF/2002) O princípio da não-
vinculação ou da não-afetação da receita, positivado no
texto constitucional, veda a vinculação de receita de
impostos a órgão, fundo ou despesa, admitindo, todavia,
algumas exceções, expressamente definidas, a essa regra
geral.
23. (CESPE-TCE-PE/Auditor/2004) Pelo princípio da não-
vinculação da receita de impostos, é proibido vincular a
receita de impostos a órgãos, fundos e a despesas. Apesar
disso, é admissível a utilização da receita de impostos para a
realização de atividades de administração tributária.
24. (CESPE-Procurador TCU/2004) Em observância ao
princípio da especificação, que comporta exceções, o
orçamento não contem dispositivo estranho à previsão das
receitas e à fixação das despesas.
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Orçamento na constituição de 1988: Plano Plurianual A LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS – LDO


(PPA), Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), Lei A LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL - LOA
Orçamentária Anual (LOA) PLANO PLURIANUAL (PPA)
LEIS ORÇAMENTÁRIAS A lei que o instituir estabelecerá, de forma regionalizada, as
diretrizes, objetivos e metas da administração pública
Características
federal para as despesas de capital e outras delas
- São leis ordinárias, entretanto, as leis que as regulam, são
decorrentes e para as relativas aos programas de duração
leis complementares;
continuada.
- São privativas do chefe do executivo;
Art. 167. São vedados:
- A CF/88 estabelece que a competência para legislar sobre
§ 1º - Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um
matéria orçamentária é “concorrente” entre União, Estados
exercício financeiro poderá ser iniciado sem prévia inclusão
e Distrito Federal;
no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob
- São leis apenas no sentido formal;
pena de crime de responsabilidade.
Os prazos estão dispostos no ADCT art. 35
Lei complementar prevista no art. 165, § 9º da CF, irá dispor
Base legal sobre o exercício financeiro, os prazos, a elaboração e a
organização do PPA, LDO e LOA.
De acordo com o artigo 6º do Decreto-Lei 200/1967, as Como ainda não temos esta lei utilizaremos o que está
atividades da Administração Federal obedecerão aos disposto no art. 35 do ADCT.
Prazo do PPA
seguintes princípios fundamentais: O ADCT estabelece que no âmbito federal o projeto de lei do
Planejamento PPA será encaminhado, pelo Poder Executivo, ao Congresso
Coordenação Nacional até 4 meses antes do encerramento do exercício
Descentralização (31/08) e devolvido para sanção ate o encerramento da
sessão legislativa (22/12).
Delegação de Competência Vigência do PPA
Controle O ADCT estabelece que o PPA cobrirá o período
Determina ainda que estes princípios devem ser compreendido entre o inicio do segundo ano do mandato
obedecidos na consecução de todas as presidencial e o final do 1º exercício do mandato
subseqüente. Esta regra, entendida como norma geral, é
atividades da administração pública federal. No que se extensiva aos demais entes da Federação.
refere ao planejamento reza o seu artigo 7º: O PPA tem a mesma duração do mandato do chefe do Poder
A ação governamental obedecerá a planejamento que visa a Executivo, porém vigência distinta.
promover o
desenvolvimento econômico-social do País e a segurança
nacional norteando-se
segundo planos e programas gerais, setoriais e regionais de
duração plurianual.(com
adaptações)
De acordo com a Constituição, em seu artigo 165, os
instrumentos de planejamento são:

Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:


O PLANO PLURIANUAL – PPA
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LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS (LDO) montante da dívida pública a ser observado no


Objetivos exercício financeiro a que se refere, além de sinalizar
Instituída pela Constituição de 1988, a Lei de Diretrizes com metas fiscais para os dois exercícios seguintes. O
Orçamentárias - LDO é o instrumento norteador da
elaboração da lei orçamentária anual na medida em que anexo conterá, ainda:
estabelece para cada exercício: I - a avaliação do cumprimento das metas relativas ao
• as prioridades e metas da administração pública ano anterior;
federal. II – demonstrativo das metas anuais, instruído com
• a estrutura e organização dos orçamentos
•  as diretrizes para a elaboração e execução dos memória e metodologia de cálculo que
orçamentos da União e suas alterações. justifiquem os resultados pretendidos, comparando-as
•  as disposições relativas à dívida pública federal. com as fixadas nos três exercícios anteriores,
• as disposições relativas às despesas da União com evidenciando a consistência delas com as premissas e
pessoal e encargos sociais.
• a política de aplicação dos recursos das agências os objetivos da política econômica nacional;
financeiras oficiais de fomento. III – evolução do patrimônio líquido, também nos
• as disposições sobre alterações na legislação últimos três exercícios, destacando a origem e
tributária da União.
a aplicação dos recursos obtidos com a alienação de
A Lei de Responsabilidade Fiscal atribuiu à LDO a
responsabilidade de tratar de outras matérias: ativos;
• estabelecimento de metas fiscais IV – avaliação da situação financeira e atuarial do
• a fixação de critérios par a limitação de empenho e regime próprio dos servidos públicos e dos
movimentação financeira.
fundos públicos e programas estatais de natureza
• a publicação da avaliação financeira e atuarial dos
regimes geral de previdência social e próprio dos atuarial; e
servidores civis e militares. V – demonstrativo da estimativa e compensação da
• a avaliação financeira do Fundo de Amparo ao renúncia de receita e da margem de
Trabalhador e as projeções de longo prazo dos benefícios
expansão das despesas obrigatórias de caráter
de amparos assistenciais - LOAS.
• a margem de expansão das despesas obrigatórias continuado.
de natureza continuada. É primordial, para a elaboração do Anexo de Metas
• avaliação dos riscos fiscais. Fiscais, o domínio dos conceitos de
resultado primário e nominal, renúncia de receita e
Anexo de Metas Fiscais
margem de expansão.
O Anexo de Metas Fiscais – AMF demonstrará como Anexo dos Riscos Fiscais
será a condução da política fiscal para os Conterá a avaliação dos passivos contingentes e outros
próximos exercícios e avaliará o desempenho fiscal dos riscos capazes de afetar as contas públicas, informando
exercícios anteriores. as providências a serem tomadas, caso se concretizem.
Desta forma, o AMF fixará as metas de Receita, Para entender a finalidade do Anexo de Riscos Fiscais é
Despesa, Resultado Primário e Nominal e necessário, primeiramente,
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compreender o que são passivos contingentes. Define- estabelecidas, cabendo ao Poder Executivo informar o
se passivo contingente como uma despesa incerta ou montante de limitação para cada Poder. Caso o chefe
eventual, ou seja, como a situação de risco que envolve do Poder deixe de expedir o ato determinando a
um grau de incerteza quanto à sua efetiva ocorrência. limitação de empenho e movimentação financeira
Entretanto, para que conste no anexo, o mesmo deverá ficará sujeito à multa de trinta por cento dos seus
ser capaz de afetar o equilíbrio das contas públicas. vencimentos anuais. A data para a informação dos
O Anexo de Riscos Fiscais resguarda o equilíbrio das demais poderes, bem como das despesas que ficarão
contas públicas. Por intermédio deste sujeitas à limitação, deverá constar na Lei de Diretrizes
anexo serão determinadas, previamente, as medidas Orçamentárias. Desde já, cabe ressaltar que a LRF
que serão adotadas em caso de efetivação Administração Financeira e Orçamentária dispõe que
da despesa. Esse relatório poderá servir como base não serão objeto de limitação as despesas originárias
para a fixação do percentual a ser destinado a de obrigações constitucionais e
Reserva de Contingência, conforme dispõe a alínea "b" legais, bem como as destinadas ao pagamento do
do inciso III do art. 5º da Lei de Responsabilidade Fiscal. serviço da dívida.
Critérios e Forma de Limitação de Empenho Ressalte-se que, conforme o disposto no § 1° do art. 9°
A Lei de Responsabilidade Fiscal determina que, em até da LRF, no caso de restabelecimento da receita prevista
trinta dias após a aprovação da Lei Orçamentária, o na lei orçamentária, ainda que parcialmente, as
Poder Executivo deverá estabelecer as metas bimestrais dotações serão recompostas, desde que se preserve a
de arrecadação bem como a programação financeira e meta de resultado.
o cronograma de execução mensal de desembolso,
respectivamente arts. 13 e 8º da mencionada lei. Prazos da LDO
Segundo o ADCT o projeto da LDO deverá ser encaminhado
Destes dispositivos legais inferimos que a execução da ao Congresso Nacional até 8 meses e meio antes do
despesa deverá ficar atrelada a realização da receita. encerramento do exercício (15/04), e devolvido para sanção
O Poder Executivo, bimestralmente, fará a verificação até o encerramento do 1º período da sessão legislativa
do comportamento da receita e, caso se constate que a (17/07).
O primeiro período da sessão legislativa somente será
realização da receita poderá não comportar o encerrado após aprovação da LDO (art. 57, § 2º, CF).
cumprimento das metas de resultado estabelecidas no As emendas ao projeto da LDO não poderão ser aprovadas
Anexo de Metas Fiscais, todos os Poderes deverão quando incompatíveis com o PPA (art. 166, § 4º, CF).
proceder, no prazo de trinta dias, a limitação de Vigência da LDO
Em relação à execução da LOA: exercício financeiro;
empenho e movimentação financeira Em relação à elaboração e execução da LOA: superior a
(contingenciamento) nos montantes necessários para o 1 ano.
cumprimento do resultado fixado.
Após a LRF, todos os Poderes são co-responsáveis pelo
atingimento das metas fiscais
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LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL (LOA) pensionista, dos Estados, do Distrito Federal e dos
A lei orçamentária anual compreenderá: Municípios.
• o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus XI -
fundos, órgãos e entidades da administração direta e § 1º - Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um
indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo exercício financeiro poderá ser iniciado sem prévia inclusão
Poder Público; tem como função reduzir desigualdades inter- no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob
regionais, segundo critério populacional. pena de crime de responsabilidade.
• o orçamento de investimento das empresas em que QUESTÕES DE CONCURSOS
a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do 01. (TRE-PE/2004) O instrumento que contém a previsão de
capital social com direito a voto; tem como função reduzir receita e a fixação da despesa para um determinado
desigualdades inter-regionais, segundo critério populacional. exercício, elaborado em consonância com a LDO −Lei de
• o orçamento da seguridade social, abrangendo Diretrizes Orçamentárias, é denominado
todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da A) leverage financeiro.
administração direta ou indireta, bem como os fundos e B) cash-flow.
fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público. C) orçamento público.
Exemplo : Saúde, Previdência e Assistência social. D) contabilidade pública.
Prazos da LOA E) programa de governo.
O ADCT estabelece que no âmbito federal o projeto de lei 02. (FCC - TRE-MG – Analista Judiciário – 2005) Elaborar-se-á
orçamentária da União será encaminhado, pelo Poder no primeiro ano do mandato do Executivo e terá vigência de
Executivo, ao Congresso Nacional até 4 meses antes do 48 meses:
encerramento do exercício (31/08) e devolvido para sanção A) Lei de Diretrizes Orçamentárias - LDO
ate o encerramento da sessão legislativa (22/12). B) Orçamento Público
De acordo com a CF/88 é vedado o inicio de programas não C) Plano Plurianual
incluídos na LOA (art. 167, I da CF). As emendas ao projeto D) Lei do Orçamento Anual – LOA
de lei do orçamento anual ou aos projetos de créditos E) Ciclo Orçamentário
adicionais somente podem ser aprovadas caso sejam 03. (FCC - TRT – 20ª Região – Analista Judiciário – 2006) O
compatíveis com o PPA e com a LDO (art. 166, § 3º, I da CF). sistema orçamentário público é composto por três leis de
Vigência da LOA iniciativa do Executivo sendo que a Lei de Diretrizes
Um exercício financeiro (01/01 a 31/12). Orçamentárias
- O exercício financeiro coincide com o ano civil. A) Constitui-se no instrumento utilizado para a
Art. 167. São vedados: conseqüente materialização do conjunto de ações que foram
VI - a transposição, o remanejamento ou a transferência de planejadas, visando ao melhor atendimento e bem estar da
recursos de uma categoria de programação para outra ou de comunidade.
um órgão para outro, sem prévia autorização legislativa; B) Prevê despesas de capital que não se associam a
VIII - a utilização, sem autorização legislativa específica, de ações corriqueiras de operação e manutenção de serviços
recursos dos orçamentos fiscal e da seguridade social para pré-existentes, apresentando projetos de forma individual e
suprir necessidade ou cobrir déficit de empresas, fundações financeiramente quantificados.
e fundos, inclusive dos mencionados no art. 165, § 5º; C) Estabelece metas de governo para um período de 4
IX - a instituição de fundos de qualquer natureza, sem prévia anos.
autorização legislativa. D) É integrada pelos orçamentos fiscal, de investimento
X - a transferência voluntária de recursos e a concessão de das empresas estatais e da seguridade social.
empréstimos, inclusive por antecipação de receita, pelos E) Propões critérios para limitação de empenho e
Governos Federal e Estaduais e suas instituições financeiras, movimentação financeira e apresenta anexos de metas e
para pagamento de despesas com pessoal ativo, inativo e
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riscos fiscais, entre outros conteúdos, conforme a Lei de A) semestral, com inicio em 1º de janeiro e término em 31 de
Responsabilidade Fiscal. junho.
04. (TRT-RN/2003) O exercício financeiro compreende B) bimestral.
A) 12 meses consecutivos quaisquer. C) anual, com inicio em 1º de janeiro e término em 31 de
B) 12 meses coincidindo com o ano calendário. dezembro.
C) 18 meses consecutivos. D) anual, com inicio em 1º de fevereiro e término em 31 de
D) 18 meses coincidindo com o ano civil. janeiro do exercício seguinte.
E) 24 meses consecutivos. E) quadrimestral.
05. (TRF-CE/2004) Estabelece as diretrizes e objetivos da 09. (FCC - ANALISTA JUDICIÁRIO – TRF 4ª REGIÃO/2001) É
Administração Pública vedada a movimentação sem prévia autorização legislativa,
A) a Constituição Federal. de recursos orçamentários:
B) o plano plurianual. A) de uma categoria de programação para outra, apenas;
C) os planos e programas gerais, setoriais e regionais. B) de um órgão para outro, apenas
D) a lei de diretrizes orçamentárias. C) de um poder para outro, apenas
E) a lei orçamentária anual. D) do orçamento fiscal e da seguridade para cobrir déficit de
06. (FCC - MPPEP – Analista Ministerial – 2006) A Lei nº empresas, fundações e fundos, mesmo que não
4.320/64, conforme art 1º, estatui normas gerais do direito compreendidos nos orçamentos constantes de Lei
financeiro, para elaboração e controle dos orçamentos e Orçamentária Anual.
balanços, E) De uma categoria de programação para outra ou de um
A) da União, apenas. órgão para outro.
B) dos Estados e dos Municípios, apenas. 10. (TRE-AP) A lei anual que compreende as metas e
C) dos Municípios e do Distrito Federal, apenas. prioridades da Administração Pública federal, incluindo as
D) da União, dos Estados e do Distrito Federal, apenas. despesas de capital para o exercício financeiro subseqüente,
E) da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal. sendo que, dentre outras situações, dispõe sobre as
07. (ACE-MA/2005) O Anexo de Metas Fiscais deverá integrar alterações na legislação tributária, diz respeito à
A) o Plano Plurianual (PPA) disposto pela Constituição Federal, A) lei de diretrizes orçamentárias.
estabelecendo metas de resultados primário e nominal para o B) mensagem do plano plurianual.
seu período de vigência. C) proposta orçamentária anual.
B) a Lei Orçamentária Anual (LOA), estabelecendo as D) norma específica de natureza tributária.
metas de resultados primário e nominal para o exercício a que E) aplicação dos créditos adicionais.
se referirem e para os dois seguintes. 11. (TRE-MG) Elaborar-se- no primeiro ano do mandato do
C) o projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), Executivo e terá vigência de 48 meses:
estabelecendo em valores correntes e constantes a meta para A) Lei de Diretrizes Orçamentárias - LDO.
o montante da dívida pública para o exercício a que se referir B) Orçamento Público.
e para os dois seguintes. C) Plano Plurianual.
D) a Lei Orçamentária Anual (LOA), estabelecendo as D) Lei do Orçamento Anual - LOA.
metas de resultados primário e nominal somente para o E) Ciclo Orçamentário.
exercício a que se referir. 12. (FCC - TRF - Analista Judiciário – 4ª Região – 2004)
E) o Plano Plurianual (PPA) disposto pela Constituição Estabelece as diretrizes e objetivos da Administração Pública
Federal, estabelecendo as metas anuais em valores correntes A) a lei de diretrizes orçamentárias.
e constantes relativas a receitas, despe¬sas, resultado B) a lei orçamentária anual.
nominal e primário e o montante da dívida pública. C) a Constituição Federal.
08. (FCC - MPPEP – Analista Ministerial – 2006) No Brasil a D) o plano plurianual.
duração do exercício financeiro é E) os planos e programas gerais, setoriais e regionais.
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13. (MPPEP – Analista Ministerial de Planejamento – 2006) financeiras relativas à execução do orçamento denomina-
Com relação ao Orçamento Público, analise: se
I. A Lei Orçamentária Anual compreenderá o orçamento A) Exercício Financeiro.
fiscal, o orçamento de investimento das empresas, em que o B) Período Adicional.
Estado, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital C) Período Trimestral.
social com direito a voto e o orçamento da seguridade social. D) Exercício Semestral.
II. A Lei de Diretrizes Orçamentárias tem a finalidade de E) Exercício Contábil.
nortear a elaboração dos orçamentos anuais de forma a 16. (TCE – AM – Procurador – 2005) A espécie de
adequá-los às diretrizes, objetivos e metas da administração orçamento que “compreenderá as metas e prioridades da
pública, estabelecidos no plano plurianual. administração pública federal, incluindo as despesas de
III. O Plano Plurianual é um plano de médio prazo, através do capital para o exercício financeiro subseqüente, orientará
qual procura-se ordenar as ações do governo que levem à a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as
realização dos objetivos e metas fixadas para um período de alterações na legislação tributária e estabelecerá a
cinco anos. política de aplicação das agências financeiras oficiais de
IV. A lei dos orçamentos anuais é o instrumento utilizado fomento” denomina-se
para a conseqüente materialização do conjunto de ações e A) Orçamento fiscal
objetivos que foram planejados visando ao atendimento e B) Plano Plurianual
bem-estar da coletividade. C) Orçamento da seguridade social
V. A Lei de Diretrizes Orçamentárias compreenderá as D) Lei de diretrizes orçamentárias
metas e prioridades da administração pública. E) orçamento de investimento das empresas estatais.
É correto o que consta em: 17. (MPPEP – Analista Ministerial de Planejamento –
A) I, III e IV, apenas 2006) A Constituição Federal de 1988 introduziu diversas
B) I, II, IV e V, apenas inovações no processo orçamentário. Define
C) II, III e IV, apenas corretamente uma dessas inovações:
D) IV e V, apenas A) Recuperou a figura do planejamento na
E) I, II, III, IV e V administração pública brasileira, mediante a integração
14. (Fiscal da Receita – Auditoria Tributária – DF – 2001) entre plano e orçamento, por meio da criação do Plano
Em matéria de orçamentos, é certo que Plurianual (PPA) e da Lei de diretrizes Orçamentárias (LDO).
A) cabe à lei ordinária, entre outros casos, determinar B) concluiu o processo de modernização orçamentária,
condições para instituição e extinção de fundos. criando, além do Orçamento Monetário, o Orçamento
B) cabe à lei complementar, entre outros casos, Fiscal e o Orçamento da Seguridade social.
estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial da C) Restaurou a prerrogativa do Congresso Nacional de
administração direta e indireta. iniciativa de proposição da lei em matéria orçamentária ao
C) o Poder Executivo publicará, até vinte dias após o longo de todo o ciclo orçamentário.
encerramento de cada trimestre, relatório da execução D) unificou o processo orçamentário, propondo um
orçamentária. PPA válido por 5 anos.
D) é vedado, em qualquer hipótese, conter na lei E) aprovou a Lei de Responsabilidade Fiscal
orçamentária anual dispositivo estranho à previsão da 18. (FCC – Prefeitura Municipal de Santos – Administrador
receita e a fixação de despesa. – 2005) Os princípios básicos que devem ser seguidos para
E) leis de iniciativa dos três Poderes estabelecerão o a elaboração e controle do orçamento Público Brasileiro
plano anual, os orçamentos qüinqüenais e as diretrizes estão definidos pelos seguintes dispositivos legais:
orçamentárias. A) Constituição Federal do Brasil, Lei nº 4.320⁄64,
15. (MPPEP – Analista Ministerial – 2006) O período no Plano Plurianual, Lei de Diretrizes Orçamentárias, Lei de
qual se exercem todas atividades administrativas e Responsabilidade Fiscal e Lei nº 8.666⁄93.
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B) Constituição Federal do Brasil, Lei nº 4.320⁄64, Plano b) A fixação de critérios para a limitação de empenho e
Plurianual, Lei de Diretrizes Orçamentárias e Lei de movimentação financeira.
Responsabilidade Fiscal. c) A publicação da avaliação financeira e atuarial dos
C) Plano Plurianual, Lei de Diretrizes Orçamentárias, Lei regimes geral de previdência social e próprio dos servidores
de Orçamento Anual e Fluxo de Caixa Governamental. civis e militares.
D) Constituição Federal do Brasil, Lei nº 4.320⁄64, Plano d) O estabelecimento de prioridades e metas da
Plurianual, Lei de Diretrizes Orçamentárias, Lei de administração pública federal.
Responsabilidade Fiscal, Orçamento pelo regime de caixa e e) O estabelecimento de metas fiscais.
de competência e Fluxo de Caixa. 23). (STJ - ANALISTA - 2004) - A LDO deve conter as metas e
E) Política Fiscal, Política Regulatória e Política prioridades da administração pública federal, com as
Monetária. despesas de capital para o exercício subseqüente.
19. (FCC – TCE/CE – Auditor – 2006) Considere as seguintes 24). (STJ - ANALISTA - 2004) - É vedado o inicio de programas
afirmações: não-incluídos como prioridade na LDO.
I. o projeto do plano plurianual, para vigência até o 25). (STJ - ANALISTA - 2004) - É vedada a utilização, sem
final do primeiro exercício financeiro do mandato autorização legislativa especifica, de recursos dos
presidencial subseqüente, será encaminhado até quatro orçamentos fiscais e de investimentos das estatais para
meses antes do encerramento do primeiro exercício suprir necessidade ou cobrir déficit de empresas, fundações
financeiro e devolvido para sanção até encerramento da e fundos.
sessão legislativa. 26). (STJ - ANALISTA - 2004) É vedada a instituição de fundos
II. O projeto de lei de diretrizes orçamentárias será de qualquer natureza, sem prévia autorização legislativa.
encaminhado até seis meses antes do encerramento do 27). (STJ - ANALISTA - 2004) - É vedada a transferência
exercício financeiro e devolvido para sanção até voluntária de recursos e a concessão de empréstimos,
encerramento da sessão legislativa. inclusive por antecipação de receita, pelos governos federal
III. O projeto de lei orçamentária da União será e estaduais e suas instituições financeiras, para pagamento
encaminhado até quatro meses antes do enceramento do de despesas com pessoal ativo, inativo e pensionista, dos
exercício financeiro e devolvido para sanção até o estados, do Distrito Federal e dos municípios.
encerramento da sessão legislativa. 28). (TCU - ANALISTA -2004) - Instituído pela Constituição
SOMENTE está correto o que se afirma em Federal de 1988, o plano plurianual, de vigência coincidente
A) I B) II C) I e com a do mandato do chefe do Poder Executivo, estabelece,
II de forma regionalizada, as diretrizes, os objetivos e as metas
D) I e III E) II e III da administração pública federal para as despesas de capital
20). (MMA - ANALISTA - 2004) - No Brasil, tanto a iniciativa e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas
como a competência em matéria orçamentária são do Poder de duração continuada.
Executivo. 29). (TCE-RN - PROCURADOR - 2004) - Em conformidade com
21). (TCE-RN - PROCURADOR - 2004) - As leis do PPA não a Constituição da República, o PPA terá vigência de quatro
podem ser de iniciativa popular. anos, independentemente da duração do mandato do chefe
22). (MPOG 2003) - A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) do Poder Executivo.
instituída pela Constituição de 1988 é o instrumento 30). (TCDF - AUDITOR - 2002) - O projeto de lei de diretrizes
norteador da Lei Orçamentária Anual (LOA). A Lei de orçamentárias será encaminhado pelo presidente da
Responsabilidade Fiscal (LRF), de 04 de maio de 2000, República ao Congresso Nacional até oito meses e meio
atribuiu é LDO a responsabilidade de tratar também de antes do encerramento do exercício financeiro e será
outras matérias. Indique qual opção não representou uma devolvido para a sanção até o encerramento do primeiro
responsabilidade adicional é criadas pela LRF. período da sessão legislativa.
a) A avaliação de riscos fiscais. 31). Considere as seguintes afirmativas:
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I. A Lei Orçamentária Anual compreenderá o orçamento (E) O Plano Plurianual, a lei de Diretrizes Orçamentárias
fiscal, o orçamento de investimento das empresas em que o e o Orçamento anual são instrumentos relativos ao processo
Estado, direta ou indiretamente, detenha a maioria do orçamentário.
capital social com direito a voto e o orçamento da
seguridade social. GABARITO
II. A Lei de Diretrizes Orçamentárias tem a finalidade de 01. C 02. C 03. E 04. B
nortear a elaboração dos orçamentos anuais de forma a 05. B
adequá-los às diretrizes, objetivos e metas da administração 06. E 07. C 08. C 09. E
pública, estabelecidos no plano plurianual. 10. A
III. O Plano Plurianual é um plano de médio prazo, por meio 11. C 12. D 13. B 14. B
do qual procura-se ordenar as ações do governo que levem à 15. A
realização dos objetivos e metas fixadas para um período de 16. D 17. A 18. B 19. D
dez anos. 20. E
IV. A lei dos orçamentos anuais é o instrumento utilizado 21. C 22. D 23. C 24. E
para a conseqüente materialização do conjunto de ações e 25. E
objetivos que foram planejados visando ao atendimento e 26. C 27. C 28. E 29. E
bem-estar da coletividade. 30. C
V. A Lei de Diretrizes Orçamentárias compreenderá as metas 31. E 32. D
e prioridades da administração pública.

Sobre o Orçamento Público no Brasil está correto o que se


afirma SOMENTE em
(A) II e IV. (B) IV e V. (C) I, II e V. (D) I, III e V.
(E) I, II, IV e V.

32). É INCORRETO o que se afirma em:


(A) O projeto de lei orçamentária anual deve ser
elaborado de forma compatível com o Plano Plurianual, com
a lei de diretrizes orçamentárias e com as normas da Lei de
Responsabilidade Fiscal.
(B) A lei de diretrizes orçamentárias conterá Anexo de
Riscos Fiscais, onde serão avaliados os passivos contingentes
e outros riscos capazes de afetar as contas públicas,
informando as providências a serem tomadas, caso se
concretizem.
(C) A lei de diretrizes orçamentárias disporá sobre
normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos
resultados dos programas financiados com recursos dos
orçamentos.
(D) A lei orçamentária poderá consignar dotação para
investimento com duração superior a um exercício financeiro
que não esteja previsto no Plano Plurianual.
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√ serão abertos por Medida Provisória (União) ou Decreto


Leis de Créditos Adicionais (Estados e Municípios, podendo ocorre por MP desde que
CREDITOS ORÇAMENTÁRIOS previsto na Constituição Estadual ou na Lei Orgânica)
Créditos Orçamentários - São autorizações constantes na √ Não precisam de autorização legislativa; comunicam de
Lei Orçamentária para a realização de despesas. imediato ao legislativo
Dotação - Limite de crédito consignado na lei de √ Não é necessário haver recursos disponíveis nem
orçamento ou crédito adicional, para atender determinada indicação destes recursos
despesa. √ Vigência: Exercício Financeiro, salvo se o ato de
Créditos Ordinários: Estão na Lei autorização for promulgado nos últimos 4 meses daquele
Créditos Adicionais: exercício, caso em que reabertos no limite dos seus saldos,
• São as autorizações de despesa não computadas ou serão incorporados ao exercício financeiro subsequente.
insuficientemente dotadas na Lei de Orçamento. Dos recursos disponíveis
• O ato que abrir crédito adicional indicará: √ Consideram-se recursos, desde que não comprometidos:
√ a importância;  o superávit financeiro apurado em balanço patrimonial do
√ a espécie; e exercício anterior; é a diferença positiva entre o ativo
√ a classificação da despesa, até onde for possível. financeiro e o passivo financeiro, conjugando-se, ainda, os
• Classificam-se em: saldos dos créditos adicionais transferidos e as operações de
√ suplementares; crédito a eles vinculadas.
√ especiais;  o excesso de arrecadação é o saldo positivo das diferenças
√ extraordinários. acumuladas mês a mês entre a arrecadação prevista e a
Créditos suplementares realizada, considerando-se, ainda, a tendência do exercício.
√ são os destinados a reforço de dotação orçamentária;  o produto de operações de credito autorizadas, em forma
√ serão autorizados por lei e abertos por decreto executivo. que juridicamente possibilite ao poder executivo realizá-las.
* Suplementação automática - Consta na LOA, basta o  os recursos que ficarem sem despesas correspondentes,
decreto. em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de
√ dependem da existência de recursos disponíveis e requer Lei Orçamentária Anual.
indicação destes recursos.  Operação de crédito é a receita decorrente da colocação de
√ Vigência: Exercício Financeiro. títulos públicos ou de empréstimos obtidos junto a
Créditos especiais entidades estatais ou particulares internas e externas;
√ os destinados a despesas para as quais não haja dotação  a anulação parcial ou total de dotações orçamentárias ou
orçamentária específica (novas despesas); de créditos adicionais, autorizados em Lei;
√ serão autorizados por lei e abertos por decreto executivo.  dotação global - reserva de contingência - não
√ dependem da existência de recursos disponíveis e requer especificamente destinada a órgão, unidade orçamentária,
indicação destes recursos. programa.
√ Vigência: Exercício Financeiro, salvo se o ato de Artigos da CF
autorização for promulgado nos últimos 4 meses daquele Art. 166.
exercício, caso em que reabertos no limite dos seus saldos, § 8º - Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou
serão incorporados ao exercício financeiro subsequente. rejeição do projeto de lei orçamentária anual, ficarem sem
Créditos extraordinários despesas correspondentes poderão ser utilizados, conforme
√ os destinados a despesas urgentes e imprevisíveis tais o caso, mediante créditos especiais ou suplementares, com
como: as decorrentes de guerra, comoção interna ou prévia e específica autorização legislativa.
calamidade pública. Art. 167. São vedados:
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II - a realização de despesas ou a assunção de obrigações C) Superávit financeiro do exercício anterior apurado


diretas que excedam os créditos orçamentários ou em balanço patrimonial.
adicionais; D) Excesso de arrecadação.
V - a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia E) Empréstimos e financiamentos de natureza
autorização legislativa e sem indicação dos recursos orçamentária
correspondentes; 05. (FCC - TRT – 20ª Região – Analista Judiciário – 2006)
VII - a concessão ou utilização de créditos ilimitados; Créditos adicionais são autorizações de despesas
QUESTÕES DE CONCURSOS nãocomputadas ou insuficientemente dotadas na Lei
01-(ACE/2002) Com relação aos créditos adicionais, aponte a Orçamentária Anual. Créditos especiais, extraordinários e
única opção correta pertinente aos créditos extraordinários. suplementares, respectivamente, são autorizados para:
A) São destinados a reforço de dotação orçamentária. A) despesas não consideradas na Lei Orçamentária;
B) São destinados a despesas para as quais não haja dotação atender a despesas imprevisíveis e urgentes; reforço de
específica. dotações orçamentárias que se acrescem aos valores das
C) São autorizados por lei e abertos por decreto. dotações constantes da Lei Orçamentária.
D) São abertos por decreto do Executivo, que dará B) atender a despesas imprevisíveis e urgentes; reforço
conhecimento ao Legislativo. de dotações orçamentárias que se acrescem aos valores das
E) Sua abertura depende da existência de recursos disponíveis. dotações constantes da Lei Orçamentária; cobertura de
02. (FCC - PMJAB/2006) São créditos adicionais especiais os despesas eventuais não consideradas na Lei Orçamentária.
destinados a C) cobertura de despesas eventuais não consideradas
A) reforço de qualquer dotação orçamentária. na Lei Orçamentária; reforço de dotações orçamentárias
B) despesas urgentes e imprevistas, como calamidades que se acrescem aos valores das dotações constantes da Lei
públicas. Orçamentária; atender a despesas imprevisíveis e urgentes.
C) despesas para as quais não haja dotação orçamentária D) reforço de dotações orçamentárias que se acrescem
especifica, não necessitando de autorização por lei, devendo, aos valores das dotações constantes da Lei Orçamentária;
porém, ser abertos por Decreto do Executivo. atender a despesas imprevisíveis e urgentes; despesas
D) despesas para as quais não haja dotação orçamentária eventuais não consideradas na Lei Orçamentária
especifica, devendo ser autorizados por lei e abertos por E) reforço de dotações orçamentárias que se acrescem
Decreto do Executivo aos valores das dotações constantes da Lei Orçamentária;
E) despesas urgentes e imprevistas, como calamidades cobertura de despesas eventuais não consideradas na Lei
públicas, necessitando de autorização por lei, mas Orçamentária; atender a despesas imprevisíveis e urgentes.
dispensando Decreto do Executivo para a abertura. 06. (TRF - Analista Judiciário – 4ª Região – 2004) A
03. (FCC - TER-MG – Analista Judiciário – 2005) Na Lei do reabertura de créditos adicionais abrange, no seu todo,
Orçamento, as autorizações de despesas não computadas ou A) os suplementares e especiais.
insuficientemente dotadas denominam-se: B) os especiais.
A) Despesas Correntes B) Despesas de Capital C) os suplementares.
C) Despesas Operacionais D) os especiais e os extraordinários.
D) Restos a pagar E) Créditos Adicionais E) os extraordinários.
04. (FCC - TRT – Analista Judiciário – 2006) Não são 07. (AFC-TCU/1999) O orçamento público no Brasil, após a
considerados recursos para cobertura de créditos adicionais sua aprovação em lei, poderá sofrer modificações no
os provenientes de: decorrer de sua execução através do mecanismo de
A) Operação de crédito realizada para atender abertura de créditos. Identifique o único tipo de crédito
insuficiência de caixa, possuindo natureza extra-orçamentária. que já é previsto.
B) Anulação parcial ou total de dotações orçamentárias A) crédito ordinário
ou de créditos autorizados em lei. B) crédito suplementar
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C) crédito especial E) No que se refere às despesas extra-orçamentárias,


D) crédito extraordinário há a necessidade de adoção dos mesmos procedimentos
E) crédito adicional relativos à administração dos créditos orçamentários.
08. (FCC - TRT – 5ª Região – Analista Judiciário – 2003) Para 11. (TCU/1996) Com relação aos créditos orçamentários e
fins orçamentários, consideram-se créditos extraordinários adicionais, é correta a afirmação de que
as autorizações de despesas que A) a lei orçamentária pode autorizar o Poder Executivo
A) resultam da anulação parcial ou total de dotações a abrir créditos suplementares e especiais até determinado
orçamentárias ou de créditos adicionais, autorizados em lei. limite
B) se destinam a reforço de dotação orçamentária, B) o cancelamento de dotações orçamentárias ou de
sendo autorizados por lei e abertos por Decreto executivo. créditos adicionais exige autorização legislativa, genérica ou
C) visam a despesas para as quais não haja dotação específica
orçamentária específica, sendo abertos por Decreto C) quando a receita arrecadada está aquém da prevista,
executivo. pode-se abrir crédito suplementar mediante operação de
D) dependem da existência de recursos disponíveis crédito por antecipação de receita
para ocorrer a despesa, devendo ser precedidos de D) receitas extra-orçamentárias são utilizadas para a
exposição justificativa. abertura de créditos adicionais, que serão utilizados tão
E) se destinam a despesas urgentes e imprevistas, em logo se dê sua conversão em receitas orçamentárias
caso de guerra, comoção intestina ou calamidade pública. E) os créditos extraordinários podem ser abertos
09. (FCC - TRE – Analista Judiciário – 2002) Quanto aos independentemente da existência de recursos e da
créditos adicionais previstos na Lei no 4.320, de 17/03/64, indicação de sua destinação
observa-se que, aqueles destinados a despesas, para as 12. (TRE-MG/2005) Na Lei do Orçamento, as autorizações de
quais não haja dotação orçamentária específica, despesas não computadas ou insuficientemente dotadas,
classificam-se como denominam-se
A) comuns. B) suplementares. A) Despesas Correntes.
C) extraordinários. B) Despesas de Capital.
D) especiais. E) empenhados. C) Despesas Operacionais.
10. (TCU/1996) No transcorrer de um exercício D) Restos a Pagar.
financeiro, pode ocorrer a necessidade de abertura de E) Créditos Adicionais.
créditos adicionais para cobrir despesas não-computadas 13. (TRF/2003) Quando da apuração do superávit financeiro, o
ou insuficientemente dotadas. Com base na legislação balanço patrimonial do exercício anterior indicava para o
vigente, relativa a esse assunto, julgue os itens seguintes. ativo financeiro o valor de $150 e para o passivo financeiro o
A) Créditos extraordinários são os destinados ao de $70. No exercício haviam sido reabertos dois créditos
reforço de dotação orçamentária já constituída. adicionais: um especial pelo saldo de $50, que havia sido
B) Os créditos especiais são os destinados a despesas aberto com recursos de operação de crédito, do qual deixou
urgentes e imprevistas, tais como as decorrentes de guerra, de ser arrecadado no exercício anterior o valor de $20; e um
comoção intestina ou calamidade pública. extraordinário pelo saldo de $28. Considerados esses dados,
C) Os créditos adicionais suplementares são o valor máximo do crédito adicional a ser aberto será
autorizados por lei e abertos por decreto, após a A) $80. B) $52. C)
apresentação de exposição justificativa, dependendo da $30.
existência de recursos disponíveis. D) $22. E) $ 2.
D) A vigência dos créditos adicionais especiais e 14. (TRF/2004) A reabertura de créditos adicionais abrange,
extraordinários pode ultrapassar o exercício financeiro em no seu todo,
que foram autorizados. A) os suplementares.
B) os especiais e os extraordinários.
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C) os extraordinários. 18. (TRE-MG) Na Lei do Orçamento, as autorizações de


D) os suplementares e especiais. despesas não computadas ou insuficientemente dotadas,
E) os especiais. denominam-se
15. (FCC – TCM/CE – Auditor – 2006) Os créditos adicionais A) Despesas Correntes.
extraordinários B) Despesas de Capital.
A) precisam ser aprovados pelo Poder legislativo. C) Despesas Operacionais.
B) destinam-se a reforçar dotação orçamentária já D) Restos a Pagar.
existente. E) Créditos Adicionais.
C) podem constar previamente da lei orçamentária 19. (FCC – TRT 24ª Região – Analista Judiciário – 2006) A
anual. autorização, na lei de orçamento, para abertura de créditos
D) independem da existência de recursos para financiar o suplementares é exceção ao princípio orçamentário:
gasto. A) Da não afetação da receita
E) destinam-se a cobrir despesas através do excesso de B) Da unidade
arrecadação. C) Da universalidade
16. (TCESP) Os créditos adicionais especiais, assim entendidos D) Da exclusividade
os destinados a despesas para as quais não haja dotação E) Do orçamento bruto
orçamentária específica, são 20. (FCC – TRF 4ª Região – Analista Judiciário - 2006) É
A) inconstitucionais no regime hoje vigente no Brasil. recurso de cobertura de créditos suplementares ou
B) autorizados por decreto e abertos por ato da especiais, decorrente de receitas não gastas em períodos
autoridade fazendária. anteriores,
C) autorizados por lei e abertos por decreto executivo. A) o saldo do orçamento
D) autorizados por decisão judicial e abertos por lei. B) o superávit financeiro
E) autorizados por decisão judicial e abertos por decreto C) o excesso de arrecadação
executivo. D) a anulação de crédito
17. (FCC – TRT 24ª Região – Analista Judiciário – 2006) Em E) as operações de crédito com amortização e encargos
relação aos créditos adicionais, é correto afirmar: a serem pagos em exercícios financeiros subseqüentes.
A) A abertura de crédito especial independe da 21. (FCC – TRF 4ª Região – Analista Judiciário – 2006) Os
existência de recursos disponíveis para ocorrer a despesa, créditos orçamentários têm vigência adstrita ao exercício
porém será precedida de exposição justificada. financeiro em que forem autorizados. Porém, se o ato de
B) Os créditos extraordinários são destinados a autorização for promulgado nos últimos quatro meses do
despesas para as quais não haja dotação orçamentária exercício, a Constituição autoriza sejam reabertos, nos
específica, sendo aberto por lei específica. limites dos seus saldos, os créditos adicionais.
C) São classificados como suplementares quando A) Especiais
destinados a reforço de dotação orçamentária e especiais B) Suplementares
quando destinados a atender despesas urgentes e C) Extraordinários
imprevistas, em caso de guerra ou calamidade pública. D) Especiais e extraordinários
D) Os créditos extraordinários serão autorizados por lei E) Suplementares e extraordinários
e abertos por decreto, destinando-se às despesas urgentes e 22. (FCC – TRF/1ª Região /2006) Dos Créditos Adicionais
imprevistas em caso de guerra e comoção intestina. abaixo relacionados poderão estar previamente autorizados
E) Somente os créditos suplementares e especiais na Lei Orçamentária Anual (LOA) os
dependem da existência de recursos disponíveis para a A) ordinários B) suplementares.
ocorrência de despesa pública. C ) simples.
D ) especiais. E ) extraordinários.
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23. (FCC - MPPEP – Analista Ministerial – 2006) A decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade
autorização, na lei de orçamento, para abertura de créditos pública, por meio da edição de medida provisória.
suplementares e contratação de operações de créditos, 32). (CESPE - TCDF/Consultor/2002) Ocorrendo grave
constitui EXCEÇÃO constitucional ao principio orçamentário acidente natural gerador de situação de calamidade pública,
da o presidente da República pode, por intermédio de decreto,
A) Universalidade. B) Não-afetação de receitas. proceder à abertura de créditos extraordinários, dando
C) Unidade. D) Exclusividade. imediato conhecimento ao Poder Legislativo.
E) orçamento Bruto. 33). (CESPE - TCU/Analista/2004) Para atender a despesas
24). (CESPE - MC&T/Analista/2004) Classificam-se como imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, de
créditos adicionais as autorizações de despesas comoção interna ou de calamidade pública, o Poder
insuficientemente dotadas ou não-computadas na lei Executivo federal, amparado nas disposições da Lei nº
orçamentária anual, inclusive os créditos extraordinários. 4.320/1964, pode editar decreto abrindo crédito
25). (CESPE – Anatel/Analista/2004) O conceito de créditos extraordinário.
adicionais está disposto no art. 40 da Lei nº 4.320/1964. Na 34)(CESPE - MC&T/Analista/2004) Denominam-se créditos
classificação desses créditos, incluem-se os destinados à orçamentários, no entender de Giacomoni, a quantidade de
reversão de dotação orçamentária (suplementares), os recursos financeiros com que conta uma unidade
destinados a receitas para as quais não houve dotação orçamentária.
orçamentária específica (especiais) e os destinados a receitas 35). (CESPE - MC&T/Analista/2004) Machado Júnior e Reis
urgentes e imprevistas (extraordinários). afirmam que o crédito orçamentário seria portador de uma
26). (CESPE - TCDF/Procurador/2002) Os créditos dotação e esta, o limite autorizado, quantificado
suplementares, especiais e extraordinários são sempre monetariamente.
adstritos ao exercício financeiro, ou seja, vigoram, sem 36). (ESAF - MPOG/2003) Com base na Constituição Federal
exceção, da data em que forem abertos até, de 1988, identifique a opção correta com relação aos
impreterivelmente, o último dia do respectivo exercício créditos adicionais.
financeiro. a) Os créditos adicionais são classificados em crédito
27). (CESPE - Cearaportos/Analista/2004) Os créditos complementar, crédito especial e crédito extraordinário.
adicionais terão vigência no exercício financeiro em que b) Os créditos especiais e extraordinários terão vigência
forem abertos. Os créditos especiais e os extraordinários no exercício financeiro em que forem autorizados, salvo se o
poderão ser reabertos, dependendo de seus saldos, no ato de autorização for promulgado nos últimos quatro meses
exercício seguinte, desde que autorizados pelo Congresso daquele exercício, caso em que, reabertos nos limites dos
Nacional. seus saldos, serão incorporados ao orçamento do exercício
28). (CESPE - TCDF /Procurador/2002) Para a abertura de financeiro subseqüente.
crédito suplementar ou especial, não é suficiente apenas a c) O crédito especial destina-se ao reforço de categoria
respectiva autorização legislativa. de programação orçamentária já existente.
29). (CESPE -BASA/Técnico/2004) Em caso de relevância e d) O crédito extraordinário destina-se às despesas para
urgência, o presidente da República pode criar créditos as quais não haja categoria de programação orçamentária
especiais por meio de medidas provisórias. específica, visando atender objetivo não previsto no
30). (CESPE - TCRN/Procurador/2002) De acordo com o texto orçamento.
constitucional, é possível utilizarem-se, por meio de créditos e) É vedada a abertura de crédito especial ou
extraordinários, recursos que, em razão de veto, ficarem extraordinário sem prévia autorização legislativa e sem
sem despesas correspondentes. indicação dos recursos correspondentes.
31). (CESPE - Câmara/Consultor/2002) De acordo com a 37). (ESAF - Compras Recife/2003) Os créditos adicionais:
Constituição Federal, a abertura de crédito extraordinário a) são vedados em qualquer hipótese.
somente será admitida para atender as despesas
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b) compreendem os créditos suplementares, os 07. A 17. E 27. E 37.


extraordinários e os excepcionais. C
c) compreendem os créditos suplementares, que se 08. E 18. E 28. C 38.
destinam ao reforço de B
dotação orçamentária insuficiente. 09. D 19. D 29. E 39.
d) não se sujeitam ao controle externo, considerada a D
sua singular natureza. 10. E, E, C, C, E 20. B 30. E
e) não admitem para o seu tratamento, qualquer que
seja a sua espécie, por força de sua condição de matéria
orçamentária e do princípio da transparência, a adoção de
Medida Provisória.
38. (FCC-Anal. Jud. Adm.-TER-PI/2002) Sob o ponto de vista
constitucional em relação às finanças públicas, é vedada,
dentre outras situações, a
A) assunção de obrigações diretas, ainda que não
excedam os créditos orçamentários ou adicionais.
B) instituição de fundos de qualquer natureza, sem
prévia autorização legislativa.
C) concessão ou utilização de créditos limitados.
D) transferência, em qualquer hipótese, de recursos de
um órgão para outro .
E) abertura de créditos extraordinários, sem qualquer
exceção.
39. (FCC-Anal. Jud. Adm.-TER-PI/2002) Quanto aos créditos
adicionais previstos na Lei no 4.320, de 17/03/64, observa-
se que, aqueles destinados a despesas, para as quais não
haja dotação orçamentária específica, classificam-se como
A) comuns. B)
suplementares.
C) extraordinários. D) especiais.
E) empenhados.
GABARITO
01. D 11. B 21. D 31.
E
02. D 12. E 22. B 32.
E
03. E 13. D 23. D 33.
E
04. A 14. B 24. C 34.
E
05. A 15. D 25. E 35.
C
06. D 16. C 26. E 36.
B
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CICLO ORÇAMENTÁRIO - Série Histórica de execução de


exercício anterior, alinhada em relação
ETAPAS PRINCIPAIS - Montagem da
à estrutura programática e
Série Histórica
classificações orçamentárias vigente.
• O ciclo orçamentário apresenta as seguintes fases: Alinhada
Base de revisão 2002 e previsão do
√ Elaboração e revisão da proposta da LOA; exercício anterior.

√ Discussão, votação e aprovação da LOA;


- Revisão de Receita
- Valor da Execução Provável do
√ Execução da LOA; e Despesa
orçamento vigente (estimativa de
Orçamentárias do
√ Controle e avaliação da LOA; fechamento da receita e da despesa)
exercício anterior

- Receitas estimadas para proposta


Elaboração e revisão da proposta - Estimativa da
orçamentária. Ênfase nas receitas
Receita
próprias e vinculadas.
ETAPAS PRODUTO

- LDO: diretrizes para a elaboração da - Parâmetros financeiros para


lei orçamentária. Parâmetros, Metas apresentação da proposta
Fiscais. Riscos Fiscais. Objetivos das orçamentária dos órgãos setoriais.
- Definição de
Políticas Monetárias, Creditícia e - Fixação de Limites Dossiê de Informações Setoriais e
Macro Diretrizes
Cambiais. Demonstrativo da estimativa de Despesa institucionais, contendo organização e
da margem de expansão das despesas funcionamento dos órgãos, avaliação
obrigatórias de caráter continuado de desempenho institucional e da
programação setorial.
- Definição de - Rol de metas e :prioridades que terão
Prioridades e Metas precedência na alocação de recursos - Elaboração da - Proposta Orçamentária dos Órgãos
LDO na lei orçamentária e na sua execução. Proposta Setorial Setoriais detalhada no SIDOR

- Definição das etapas, agentes - Proposta SOF de dotações para


responsáveis, metodologia, - Análise da
- Planejamento do Pessoal, Divida, Precatórios, Atividades,
instrumentos, prazos, processo Proposta Setorial
Processo Global de Projetos e Operações Especiais.
decisório. Instruções, Manuais de
Elaboração
Elaboração – MTO, Cronograma Global
de Elaboração. - Alocação Final da Proposta
- Processo Decisório
Orçamentária

- Revisão da - Estrutura Programática do


Estrutura Orçamento, Programas, Ações e - Compatibilização e - PPA LDO LRF Metas fiscais
Programática Localizadores de Gasto consolidação ReceitaXDespesa
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- Formalização - Projeto de Lei e Anexos

√ Inicia-se com a definição, a cargo de cada unidade gestora, trabalho desenvolvido pelos agentes do Sistema
da sua proposta parcial de orçamento, que deverá ser Orçamentário Federal.
consolidada a nível de órgão ou ministério;
Órgão Setorial
√ As propostas setoriais dos órgãos dos Poderes Executivo,
O Órgão Setorial desempenha o papel de articulador do
Legislativo e Judiciário serão encaminhadas ao órgão central
processo no âmbito de seus respectivos órgãos, atuando
do sistema de orçamento da União, Secretaria de Orçamento
verticalmente com o processo decisório e integrando os
Federal (SOF) do MPOG, para a revisão e consolidação;
produtos gerados no nível subsetorial, coordenado pelas
√ Após a consolidação, o projeto de lei é submetido ao Unidades Orçamentárias. Sua atuação no processo de
Presidente da República para encaminhamento ao Congresso elaboração envolve:
Nacional, através de mensagem. • Estabelecimento de diretrizes setoriais para
√ Agentes envolvidos na tarefa de elaboração: elaboração da proposta orçamentária.

Órgão Central – é a SOF (Secretaria de Orçamento Federal) • Estabelecimento de prioridades dos programas do
que tem como função: órgão e das respectivas ações.

• Definição de diretrizes gerais para o Sistema • Promoção de avaliação da adequação da


Orçamentário Federal. estruturação programática e coordenação do levantamento
das alterações necessárias.
• Coordenação da elaboração da Lei de Diretrizes
Orçamentárias. • Formalização da proposta de alterações na
•  Coordenação da elaboração da Proposta estrutura programática, junto à SOF.
Orçamentária da União.
• Preparação dos projetos de lei de diretrizes • Coordenação do processo de atualização e
orçamentárias e de orçamento anual da União. aperfeiçoamento da qualidade das informações constantes
• Definição das ações orçamentárias de cada exercício do Cadastro de Programas e Ações.
que comporão a estrutura programática dos órgãos e
• Comunicação dos referenciais monetários para
unidades orçamentárias.
apresentação das propostas orçamentárias das unidades
• Fixação de normas gerais de elaboração dos orçamentárias.
orçamentos federais.
• Orientação, coordenação e supervisão técnica dos • Definição de instruções e normas de procedimentos
órgãos setoriais de orçamento. a serem observados no âmbito do órgão durante o processo
• Fixação de parâmetros e referenciais monetários de elaboração da proposta.
para a apresentação da proposta setorial.
• Coordenação do processo de elaboração da proposta
• Análise da Proposta Setorial.
orçamentária no âmbito do Órgão Setorial.
• Formalização da Proposta Orçamentária da União.
• Coordenação das atividades relacionadas à • Análise e validação das propostas orçamentárias
tecnologia de informações orçamentárias necessárias ao provenientes das unidades orçamentárias.
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• Consolidação e formalização da Proposta • Formalização da proposta de alteração na estrutura


Orçamentária do Órgão. programática sob responsabilidade de suas unidades
administrativas junto ao Órgão Setorial.
Unidade Orçamentária • Coordenação do processo de atualização e
A Unidade Orçamentária desempenha o papel de aperfeiçoamento das informações constantes do Cadastro
coordenador do processo de elaboração da Proposta de Ações Orçamentárias.
Orçamentária no seu âmbito de atuação, integrando e • Estabelecimento de prioridades das ações dentro
articulando o trabalho das Unidades Administrativas dos programas sob sua responsabilidade.
componentes. Trata-se de momento importante do qual • Definição de critérios de distribuição dos referenciais
dependerá a consistência da Proposta do Órgão, em termos monetários para detalhamento das propostas orçamentárias
das metas quantificadas, valores e arrazoado que por programas e ações das unidades administrativas.
fundamentam a programação. • Análise e validação das propostas orçamentárias
provenientes das unidades administrativas.
As Unidades Orçamentárias são responsáveis pela • Formalização da Proposta Orçamentária da
apresentação da programação orçamentária detalhada da Unidade Orçamentária.
despesa por programa, ação orçamentária e localizador de • Enviar a proposta ao seu respectivo órgão setorial.
gasto. Seu campo de atuação no processo de elaboração
O fluxo apresentado a seguir é uma representação
compreende:
esquemática do processo de elaboração do orçamento.
• Estabelecimento de diretrizes no âmbito da Unidade Destaca os eventos na seqüência de sua implementação, o
Orçamentária. papel e as responsabilidades de cada entidade interveniente,
• Estudos de adequação da estrutura programática a saber, Secretaria de Orçamento Federal, Órgãos Setoriais e
do exercício. Unidades Orçamentárias.
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FLUXO DA ELABORAÇÃO ORÇAMENTÁRIA


O fluxo apresentado a seguir é uma representação esquemática do processo de elaboração do orçamento. Destaca os eventos na
seqüência de sua implementação, o papel e as responsabilidades de cada entidade interveniente, a saber, Secretaria de
Orçamento Federal, Órgãos Setoriais e Unidades Orçamentárias. * Fonte: MTO 2004, com adaptações.

ÓRGÃO UNID. MPOG


SOF

INÍCIO

Fixa
DEFINE:
Deretrizes PROPOSTA
- Diretrizes Estrangeiras
Programa

Analisa Atividade

Projeto

Compra Limites Operação

Atividades
Consolidação
Localizador
Valida
Avalia
Proposta
Formaliza
Expansão
Formaliza

Ajusta
Decide
propostas

Consolida

Encaminha

Congresso Nacional
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orçamentária enquanto não iniciada a votação, na


Discussão, votação e aprovação da proposta:
comissão mista, da parte cuja alteração é proposta;
• Encaminhado ao Congresso Nacional, o projeto de lei
• Aprovado pelo Plenário do Congresso Nacional, o projeto
orçamentária deverá ser apreciado pelas duas casas através
será devolvido ao Presidente da República que poderá
de uma comissão mista permanente, cabendo a ela a tarefa
sancioná-lo ou propor vetos. Sancionando-o deverá
de examinar e emitir parecer sobre o projeto, e exercer o
encaminhá-lo para a publicação.
acompanhamento e a fiscalização orçamentária;
Art. 66. A Casa na qual tenha sido concluída a votação
• As emendas serão apresentadas na comissão mista, que
enviará o projeto de lei ao Presidente da República, que,
sobre elas emitirá parecer;
aquiescendo, o sancionará.
• A apreciação do projeto de lei orçamentária e das § 1º - Se o Presidente da República considerar o projeto, no
emendas será feita pelo plenário em sessão conjunta, todo ou em parte, inconstitucional ou contrário ao interesse
obedecendo ao regimento comum; público, vetá-lo-á total ou parcialmente, no prazo de quinze
• Não cabe ao Congresso Nacional delegar a aprovação das dias úteis, contados da data do recebimento, e comunicará,
leis referentes ao PPA, LDO e LOA; dentro de quarenta e oito horas, ao Presidente do Senado
• A emenda efetuada deve manter a compatibilidade entre Federal os motivos do veto.
o PPA > LDO > LOA; § 2º - O veto parcial somente abrangerá texto integral de
• É possível apresentar emendas que se destinem a: artigo, de parágrafo, de inciso ou de alínea.
 alterar dispositivos do texto do projeto de lei; § 3º - Decorrido o prazo de quinze dias, o silêncio do
Presidente da República importará sanção.
 correção de erros ou omissões;
§ 4º - O veto será apreciado em sessão conjunta, dentro de
• Caso um parlamentar deseje efetuar emendas em
trinta dias a contar de seu recebimento, só podendo ser
despesas constantes no projeto de lei orçamentária,
rejeitado pelo voto da maioria absoluta dos Deputados e
somente poderá fazê-lo se indicar a fonte de recursos que
Senadores, em escrutínio secreto.
somente poderá ser encontrada na anulação de outras
§ 5º - Se o veto não for mantido, será o projeto enviado, para
despesas;
promulgação, ao Presidente da República.
• São vedados os cancelamentos/anulações de dotações
§ 6º Esgotado sem deliberação o prazo estabelecido no § 4º,
relativas a:
o veto será colocado na ordem do dia da sessão imediata,
 pessoal e seus encargos; sobrestadas as demais proposições, até sua votação final.
 serviços da dívida; e (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)
 transferências tributárias constitucionais para Estados, § 7º - Se a lei não for promulgada dentro de quarenta e oito
Municípios e Distrito Federal; horas pelo Presidente da República, nos casos dos § 3º e § 5º,
• Caso sejam constatados erros ou omissões na previsão da o Presidente do Senado a promulgará, e, se este não o fizer
receita orçamentária, o Poder Legislativo deverá emendar o em igual prazo, caberá ao Vice-Presidente do Senado fazê-lo.
projeto de lei orçamentária, se ocorrer o aumento da Execução da Lei Orçamentária:
receita, a diferença poderá ser utilizada como fonte de
• Essa etapa trata das operações que são efetuadas para que
recursos para apresentação de emenda de despesa,
se possa ser colocado em prática o plano de governo para o
portanto não necessitando de anulação de outras despesas;
exercício;
• O Presidente da República poderá enviar mensagem ao
• É a etapa onde efetivamente serão despendidos os
Congresso Nacional para propor emendas ao projeto de lei
recursos na consecução dos objetivos que foram propostos
no PPA, priorizados ou não na LDO e quantificados na LOA;
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• Ocorre a contabilização do orçamento aprovado, pela STN  Interno – cada um dos Poderes manterá, de forma
que providencia a consignação da dotação orçamentária a integrada, um sistema de controle interno que terá os
todos os órgãos e ministérios contemplados na lei de meios; seguintes objetivos:
• As unidades orçamentárias passam efetivamente a • avaliar o cumprimento das metas previstas no PPA;
executar os seus programas de trabalho, por meio da • avaliar a execução dos programas de governo;
concretização de diversos atos e fatos administrativos,
• avaliar a execução dos orçamentos da União; e
inerentes à execução de receita e da despesa orçamentária
tais como: • comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto a
eficácia e eficiência, da gestão orçamentária.
 emissão de empenhos;
 Externo – está a cargo do Congresso Nacional e será
 liquidação da despesa;
exercido com o auxilio do Tribunal de Contas da União.
 emissão de ordens bancárias;
 arrecadação da receita; etc. QUESTÕES DE CONCURSOS
• O registro detalhado dos créditos e respectivas dotações é 01. (ACE 2002) O Ciclo Orçamentário é a seqüência das etapas
fundamental para: desenvolvidas pelo processo orçamentário. Assinale a única
opção correta no tocante à etapa de elaboração do
 identificar claramente as receitas e despesas previstas e
orçamento.
autorizadas, respectivamente; e
A) É fase de competência do Poder Legislativo.
 facilitar a contabilização, o controle, a fiscalização e a
avaliação da execução. B) Constitui a concretização anual dos objetivos e metas
Caso ocorra algum contratempo no desenvolvimento das determinados para o setor público, no processo de
etapas do ciclo orçamentário, que impeça a colocação da planejamento integrado.
dotação orçamentária à disposição das unidades, no início do
C) Compreende a fixação de objetivos concretos para o
exercício financeiro, os órgãos lançam mão do mecanismo
período considerado, bem como o cálculo dos recursos
previsto na lei de diretrizes orçamentárias denominado de
humanos, materiais e financeiros, necessários à sua
duodécimo. Esse mecanismo oferece aos órgãos a
materialização e concretização.
possibilidade de utilizar, a cada mês do exercício financeiro,
um doze avos dos valores previstos no projeto de lei D) Configura-se na necessidade de que o povo, através de
orçamentária que está sendo apreciado, de modo que não se seus representantes, intervenha na decisão de suas próprias
prejudique totalmente a execução orçamentária daquele aspirações, bem como na maneira de alcançá-las.
exercício, em razão de um possível atraso na aprovação da lei E) É a etapa que impõe a necessidade de um sistema
de orçamento. Além de adotar esse mecanismo, a LDO estatístico cuja informação básica se obtém em cada uma das
também autoriza, previamente, a execução de despesas repartições ou órgãos.
obrigatórias de caráter constitucional ou legal, relacionadas
02. (TCU/1996) Em relação aos procedimentos no processo
em anexo próprio. Ressalte-se que, de acordo com o art. 32
orçamentário, no nível federal, julgue os itens abaixo.
da Lei n° 4.320/64, se o Poder Legislativo não receber o
projeto de lei de orçamento no prazo fixado nas A) Cada um dos três poderes é responsável pela
Constituições ou Leis Orgânicas dos Municípios, considerará elaboração da proposta orçamentária a ser encaminhada ao
como proposta a lei de orçamento vigente. Congresso Nacional.
Controle e avaliação da Lei Orçamentária: B) A lei das diretrizes orçamentárias deve ser elaborada em
• Essa etapa consiste no acompanhamento e avaliação do conjunto com a lei orçamentária anual, de forma a orientar a
processo de execução orçamentária; execução das despesas relativas ao exercício financeiro seguinte.
• O controle poderá ser:
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C) O projeto da lei orçamentária anual deve ser enviado ao B) o Poder Executivo publicará, até quarenta e cinco dias
Congresso Nacional até três meses antes do início do exercício após o encerramento de cada trimestre, relatório detalhado da
financeiro seguinte. execução orçamentária.

D) O Presidente da República poderá encaminhar C) os planos e programas nacionais, regionais e setoriais serão
mensagem retificativa à proposta orçamentária, desde que não elaborados em consonância com as diretrizes orçamentárias e
tenha sido iniciada a votação da parte cuja alteração esteja apreciados pelo Senado Federal.
sendo proposta na Comissão Mista de Deputados e Senadores
responsável pela redação final do projeto. D) nenhum investimento cuja execução ultrapasse o
exercício financeiro poderá ser iniciado sem prévia inclusão no
E) A discussão e a votação da proposta orçamentária plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de
acontecerão em sessão conjunta das duas casas do Congresso crime de responsabilidade.
Nacional.
E) os créditos especiais e extraordinários terão vigência no
03. (TCU/1996) A propósito do ciclo orçamentário, é correto exercício financeiro subseqüente ao da autorização, salvo se o
afirmar que ato de autorização for promulgado nos últimos três meses
A) a sessão legislativa só pode ser formalmente encerrada daquele exercício.
após a aprovação do projeto de lei orçamentária
06. (TRE 21ª REG./2003) O Poder Executivo pode enviar
B) matérias orçamentárias são votadas sucessivamente, no mensagem ao Poder Legislativo propondo modificação de
âmbito de cada uma das Casas do Congresso Nacional parte do projeto da lei de diretrizes orçamentárias enquanto
não iniciada sua votação na
C) no primeiro ano de cada mandato presidencial, a lei de A) comissão permanente de orçamento.
diretrizes orçamentárias para o segundo ano é aprovada antes
do plano plurianual para o respectivo mandato B) mesa da Casa.

D) se o veto presidencial à lei orçamentária for total, será C) comissão de constituição e justiça.
adotada a última lei orçamentária aplicada
D) primeira discussão em plenário.
E) os projetos de créditos adicionais não tramitam pela
Comissão Mista, sendo votados diretamente no plenário do E) segunda discussão em plenário.
Congresso Nacional
07. (TRE 21ª REG./2003) O projeto do plano plurianual de um
04. (TRE/MG) A fase de competência do Poder Executivo, na mandato presidencial com duração de quatro exercícios
qual, com base na Lei de Diretrizes Orçamentárias, são fixados financeiros, encaminhado para o Poder Legislativo quatro
os objetivos para o período, levando-se em conta as despesas meses antes do encerramento do seu primeiro exercício
correntes já existentes e aquelas a serem criadas é financeiro, devolvido para sanção quatro meses antes do
A) Avaliação. B) Elaboração. encerramento da sessão legislativa e sancionado no prazo,
C) Execução. será aplicado por
D) Análise. E) Estudo e aprovação. A) 48 meses. B) 42 meses. C)
36 meses.
05. (TRE / SP – 2006) Quanto ao orçamento público, dispõe a
D) 24 meses. E) 12 meses.
Constituição Federal que
A) compete ao Senado Federal apreciar os projetos de lei 08. (TRE 21ª REG./2003) A lei orçamentária anual, segundo a
relativos ao plano plurianual e às diretrizes orçamentárias e à Constituição, é de iniciativa
Câmara Federal a apreciação dos projetos relativos ao A) do Congresso Nacional.
orçamento anual e aos créditos adicionais. B) do Senado Federal.
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C) do Presidente da República. 13. (CESPE - Cearaportos/Analista/2004) As propostas


D) da Câmara Federal. orçamentárias dos Poderes Legislativo e Judiciário, bem como
E) do Ministro da Fazenda. a do Ministério Público da União, são enviadas à SOF, que é
responsável pela compatibilização final que é encaminhada
09. (FCC - TRF – Analista Judiciário 1ª Região 2001) Em sua fase
ao Congresso Nacional.
ascendente, teoricamente, em cada unidade orçamentária a
elaboração do orçamento deve iniciar-se 14. (CESPE - Cearaportos/Analista/2004) A Secretaria de
A) no gabinete de seu dirigente. Orçamento Federal (SOF) do Ministério do Planejamento,
Orçamento e Gestão é o órgão central do sistema de
B) nas unidades que integram o gabinete de seu dirigente.
orçamento.
C) nas unidades imediatamente inferiores às que compõem o
gabinete do seu dirigente. 15. (CESPE - Cearaportos/ Analista/2004) A aprovação do
orçamento da União é de responsabilidade do Senado
D) nas suas unidades de maior porte.
Federal.
E) nas suas unidades de menor nível.
16. (CESPE – Anatel/2004) As mensagens do presidente da
10. (FCC - TRE-MG – Analista Judiciário – 2005) A fase de
República, encaminhando os projetos de lei relativos ao
competência do Poder Executivo, na qual, com base na Lei de
plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, aos orçamentos
Diretrizes Orçamentárias, são fixados os objetivos para o
anuais e aos créditos adicionais, serão recebidas pelo
período, levando-se em conta as despesas correntes já
presidente do Senado Federal e encaminhadas à Comissão
existentes e aquelas a serem criadas é:
Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização em 48
A) Avaliação B) Elaboração C) Execução D) Análise horas após a comuni¬cação imediata às duas Casas do
E) Estudo e Aprovação Congresso Nacional.
11. (ESAF - MPOG/2000) O orçamento do governo 17. (CESPE - Câmara/Consultor/2002) As emendas
representa um sumário dos planos de receita e gastos para parlamentares aos projetos de lei de créditos adicionais
determinado ano. O processo orçamentário envolve quatro devem ser compatíveis com o que dispõe a LDO e a Lei do
fases distintas. Aponte a opção não adequada ao processo Plano Plurianual.
orçamentário.
18. (CESPE - MC&T/Analista/2004) As emendas ao Projeto de
a) Elaboração da proposta orçamentária. Lei Orçamentária somente podem ser aprovadas caso
b) Execução orçamentária. indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os
provenientes de anulação de despesas, excluídas as que
c) Discussão, votação e aprovação da lei orçamentária. incidem, entre outras, sobre os serviços da dívida.
19. (CESPE - TCDF/Auditor/2002) O presidente da República
d) Exposição das técnicas da análise custo-benefício. poderá, mediante mensagem enviada ao Congresso
e) Controle de avaliação da execução orçamentária. Nacional, propor modificações nos projetos de lei relativos
ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias e ao
Julgue os itens nas questões seguintes. orçamento anual, antes de ser concluída a votação, no
12. (CESPE – Anatel/2004) O processo orçamentário pode ser plenário das Casas do Congresso Nacional, a parte cuja
representado como um sistema com quatro fases sucessivas alteração é proposta.
e interligadas para evidenciar o processo orçamentário: 20. (CESPE - TRT 10ª Reg./Analista/2004) O Poder Judiciário
elaboração da proposta orçamentária; discussão, votação e pode encaminhar ao Congresso Nacional, com força de
aprovação da lei orçamentária; execução orçamentária; emenda a projeto de lei, dispositivo que pretenda ver
controle de avaliação da execução orçamentária para contemplado na lei de diretrizes orçamentárias (LDO), que se
realimentação do processo. refira as suas atribuições, exclusivamente.
21. (CESPE - Câmara/Consultor/2002) Após a Emenda
Constitucional (EC) nº 32, ficou definido que o projeto de lei
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relativo às diretrizes orçamentárias será apreciado


separadamente pelas duas Casas do Congresso Nacional, na
forma de seus respectivos regimentos internos.
22. (CESPE - MC&T/Analista/2004) A fiscalização
orçamentária é exercida pelo Congresso Nacional, mediante
controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada
poder.
23. As emendas ao projeto de lei do orçamento anual
podem ser aprovadas se indicados os recursos necessários
provenientes de anulação de despesa, que podem incidir
sobre dotações para
A) pessoal.
B) encargos de pessoal.
C) amortização da dívida.
D) encargos da dívida.
E) transferências constitucionais não tributárias.
24. (TRT/Anal. Jud.-21ª Reg./2003) O Poder Executivo pode
enviar mensagem ao Poder Legislativo propondo
modificação de parte do projeto da lei de diretrizes
orçamentárias enquanto não iniciada sua votação na
A) comissão permanente de orçamento.
B) mesa da Casa.
C) comissão de constituição e justiça.
D) primeira discussão em plenário.
E) segunda discussão em plenário.

GABARITO
01. C 02. E, E, E, C, C 03. C 04. B
05. D
06. A 07. A 08. C 09. E
10. B
11. D 12. C 13. C 14. C
15. E
16. C 17. C 18. C 19. E
20. E
21. C 22. C 23. E 24. A
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EXECUÇÃO DAS DESPESAS (Secretaria de Orçamento Federal – SOF/Ministério do


DESCENTRALIZAÇÃO DOS CRÉDITOS E DOS RECURSOS Planejamento, Orçamento e Gestão – MOG) que
DESCENTRALIZAÇÃO ORÇAMENTÁRIA denominaremos de “Dotação” ou “Fixação”.
A lei de meios (lei orçamentária contempla as unidades Créditos orçamentários: autorização da própria lei
setoriais de orçamento de cada órgão com dotações orçamentária ou de crédito adicional expressa nos
orçamentárias. Entretanto, existe um grande número de programas de trabalho.
unidade que realizam gasto e que, por conseguinte, Exemplo: recuperação da pavimentação das rodovias
necessitam de dotações também. Essas unidades federais.
administrativas recebem o orçamento por descentralização Dotação orçamentária: o montante (limite) da autorização
da unidade orçamentária, em regra geral. dada na lei orçamentária para gasto, ou seja, o valor que
A descentralização dos créditos orçamentários ou adicionais pode ser gasto em um crédito.
poderá ocorrer sob os seguintes títulos: Unidade orçamentária (UO): aquela contemplada com
* a. PROVISÃO OU descentralização interna de créditos: dotação diretamente na lei orçamentária.
quando envolve unidade gestoras de um mesmo órgão, Unidade administrativa (UA): aquela que recebe autorização
ministérios ou entidades integrante dos orçamentos fiscal e por descentralização de uma UO ou outra UA.
da seguridade social; e Compõem o sistema de orçamento federal, além do órgão
* b. DESTAQUE ou descentralização externa de créditos: central que é a secretaria de Orçamento federal (SOF) do
quando envolve unidade gestoras de órgão, ministérios ou Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MOG), as
entidades de estruturas administrativas diferentes (de um unidades setoriais existentes em cada ministério ou órgão
órgão para outro) equivalente e, ainda, as unidades orçamentária, as quais
Para fins didáticos, pode ser entendida também como uma efetivamente realizam o gasto, ou seja executam a despesa
transferências de créditos orçamentários e adicionais, a orçamentária, por meio de uma unidade executiva no SIAFI
consignação das autorizações às unidades setoriais de (Sistema Integrado de Administração Financeira do governo
orçamento feita pelo órgão central do sistema de orçamento federal)
O fluxo dessa descentralização pode ser definido conforme a seguir:

(DOTAÇÃO) ÓRGÃO CENTRAL DE ORÇAMENTO (DOTAÇÃO)

MINISTÉRIO “A” DESCENTRALIZAÇÃO EXTERNA DE CRÉDITOS - DESTAQUES MINISTÉRIO “B”

(Unidade Orçamentária) (Unidade Orçamentária)

DESCENTRALIZAÇÃO INTERNA DE DESCENTRALIZAÇÃO INTERNA DE


CRÉDITOS - PROVISÃO CRÉDITOS - PROVISÃO

MINISTÉRIO “A” MINISTÉRIO “B”

(Unidade Administrativa) (Unidade Administrativa)

Nota de dotação (ND): documento do SIAFI


para contabilização do orçamento aprovado

Nota de Movimentação de crédito (NC):


documento do SIAFI para contabilização do
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A dotação (ou fixação) é materializada num documento denominado de Nota de dotação – ND. O destaque e a Provisão são
realizados por meio do documento chamado Nota de Movimentação de Crédito – NC. Ambos documentos de entrada de dados
do SIAFI a serem examinados em capítulo próprio
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da união, para determinado período, tendo como


PROGRAMAÇÃO FINANCEIRA parâmetros a previsão da receita, os limites orçamentários
Introdução, Conceito e Etapas da despesa e sua demanda e a tendência de resultado
A programação financeira é o conjunto de ações (déficit, equilíbrio ou superávit) considerada para o mesmo
desenvolvidas com o objetivo de estabelecer o fluxo de caixa período.

A programação financeira compreende Solicitação, aprovação e De recursos financeiros de natureza orçamentária


os procedimentos referentes à: liberação / recebimento ou extra-orçamentária, como conseqüência da
aplicação do conceito de caixa único estabelecido:

 pelo artigo 56 da Lei 4.320/64 A programação financeira tem por finalidade assegurar às
“O recolhimento de todas as receitas far-se-à em estrita unidades orçamentárias os recursos financeiros tempestivos
observância ao princípio de unidade de tesouraria, vedada e suficiente à execução dos programas de trabalho e manter
qualquer fragmentação para criação de caixa especiais” o equilíbrio entre a receita e a despesa realizada, evitando
eventuais insuficiências financeiras.
 pelo artigo 92 do decreto-lei 200/67 O sistema de programação financeira é administrada pela
“Com o objetivo de obter maior economia operacional a Secretaria do Tesouro Nacional do Ministério da Fazenda
racionalizar a execução da programação financeira de (órgão central), tendo ainda em sua composição os órgãos
desembolso, o Ministério da Fazenda promoverá a setoriais de programação financeira (OSPF) que são as
unificação de recursos movimentados pelo Tesouro Nacional secretarias de administração geral dos ministérios civis e
através de sua caixa junto ao agente financeiro da União”. órgãos equivalente da Presidência da República e Ministério
Militares e, finalmente, as unidades executoras. Esses órgãos
 pelo artigo 1º do Decreto 93.872/86
têm atribuições específias.
“A realização da receita e da despesa da União far-se à por
via bancária, em estrito observância ao princípio de unidade
de caixa”.
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Veja a seguir o fluxo da programação financeira.

ÓRGÃO CENTRAL


MINISTÉRIO MINISTÉRIO 4º

1º (ÓRGÃO SETORIAL) 1º 6º (ÓRGÃO SETORIAL) 6º

UNIDADE UNIDADE UNIDADE UNIDADE

EXECUTORA EXECUTORA EXECUTORA EXECUTORA

ACOMPANHE PASSO A PASSO


1º PASSO: As unidade executoras elaboram a PPF solicitando ao OSPF o montante de disponibilidades
financeiras que necessitam para atender seus gastos.
2º PASSO: os OSPF consolidam as solicitações das suas unidade executoras e encaminha uma única solicitação
referente ao ministério ao órgão central (STN / MF) por meio de nova PPF.
3º PASSO: A STN / MF, após examinar cada solicitação dos OSPF, emite a PFA aprovando o montante de
disponibilidades financeiras que será liberado para cada OSPF.
4º PASSO: Os OSPF, em face do montante individual aprovado pela STN / MF, redistribui o valor às suas
unidades executoras, emitindo nova PFA onde fica indicado o montante aprovado a ser liberado.
5 PASSO: A STN / MF, finalizando suas atribuições, emite documentos transferindo para os OSPF as
disponibilidades financeiras cuja liberação anteriormente tinha sido aprovada.
6º PASSO: Os OSPF, finalizando todo o processo de programação financeira e depois de receberem as
disponibilidade financeiras da STN / MF, fazem nova transferência destinando a cada uma de suas unidades
executoras o valor antes aprovado pelo próprio OSPF.
Com isso, as disponibilidades financeiras necessárias ao pagamento da despesa chegam até as unidades
executoras. Isso permite a efetuação dos pagamentos das despesas, encerrando o processo de execução
orçamentária, que começou com a autorização dada na LOA.

Descentralização Financeiras (Liberação) disponibilidades financeiras são liberadas (últimas etapa da


programação financeira), sob a forma de:
COTA
Figuras de Descentralização Financeira: • Cota: é a primeira figura da descentralização de
REPASSE disponibilidades financeiras caracterizada pela transferência
do órgão central de programação financeira para os órgãos
setoriais do sistema. Isto é, ocorre quando a STN / MF libera
Após a solicitação e aprovação as disponibilidades
as disponibilidades financeiras vinculadas ao orçamento para
financeiras são descentralizadas (Liberadas), assim como
qualquer ministério ou órgão. Essa movimentação está
ocorre com os créditos orçamentários (disponibilidades
condicionada, entre outros fatores, à efetiva arrecadação de
orçamentárias), entre os órgãos que compõem o sistema de
programação financeira vistos anteriormente. Essas
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recursos financeiros pelo Tesouro Nacional e ao montante administração direta, ou desta para entidade da
dos compromissos financeiros assumidos pelos órgãos; administração indireta, ou entre estas entidades, bem como
• Repasse: é a descentralização das disponibilidades de uma entidade da administração indireta para um órgão
financeiras vinculadas ao orçamento, recebidos da administração direta.
anteriormente sob a forma de “cota” da STN / MF, sendo de • Sub-repasse: é a descentralização de disponibilidade
competência dos órgãos setoriais de programação financeiras vinculadas ao orçamento, realizado pelos órgãos
financeira, que os transfere para outro órgão ou ministério. setoriais de programação financeira, para as unidade
O repasse é então caracterizado pela transferência de executoras (orçamentária ou administrativa) a eles
disponibilidades financeiras entre órgãos de estruturas vinculadas, ou seja, que faça parte da estrutura do ministério
administrativas diferentes, ou seja, entre ministérios, onde se encontra o OSPF. O sub-repasse é a movimentação
destinados a atender o pagamento dos gastos interna de disponibilidades financeiras destinadas ao
orçamentários. É a movimentação externa de pagamento das despesas orçamentárias.
disponibilidades financeiras. Pode ocorre entre órgão da

(COTA $) ÓRGÃO CENTRAL DE ORÇAMENTO (COTA $)

MINISTÉRIO “A” (DESCENTRALIZAÇÃO EXTERNA – REPASSE $) MINISTÉRIO “B”

(OSPF) (OSPF)

(DESCENTRALIZAÇÃO INTERNA SUB- (DESCENTRALIZAÇÃO INTERNA SUB-


REPASSE $) REPASSE $)

MINISTÉRIO “A” MINISTÉRIO “B”


Repasse Administração Repasse
(Unidade Administrativa) (Unidade Administrativa)

NOTAS:
- OSPF: Òrgão Setorial de Programação Financeira
- COTA, REPASSE E SUB-REPASSE: são figuras de descentralização financeiras de natureza orçamentária.

ATENÇÃO
As figuras da descentralização orçamentária têm uma estreita relação com as figuras de
descentralização financeira: a dotação, o destaque e a provisão representam disponibilidade orçamentária; e
a cota, o repasse e o sub-repasse representam a disponibilidade financeira.
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Enquanto a SOF / MOG consigna as “dotações” aprovadas na LOA às unidades orçamentárias, a STN / MF libera as
disponibilidades financeiras sob a forma de “cota financeira”.

DOTAÇÃO ORÇAMENTÁRIA COTA FINANCEIRA

Num segundo momento, os órgãos setoriais do sistema de orçamento e do sistema de programação financeira estão envolvidos,
respectivamente, na descentralização orçamentária, que pode ser feita sob a forma de “destaque” ou “provisão”, e na
transferência de disponibilidades financeiras, que respeitada a ordem anterior, provocará o ‘repasse” ou “sub-repasse”.
Ou seja, se ocorrer uma descentralização do orçamento sob a forma de destaque, então o OSPF efetuará a descentralização
financeira sob a forma de “repasse”; e se ocorrer sob a forma de provisão, então o OSPF realizará um “sub-repasse”.

DESTAQUE ORÇAMENTÁRIO REPASSE FINANCEIRO

PROVISÃO ORÇAMENTÁRIA SUB-REPASSE FINANCEIRO

ATENÇÃO

DISPONIBILIDADE ORÇAMENTÁRIA DISPONIBILIDADE FINANCEIRA

O orçamento deverá chegar até Os recursos financeiros somente


as unidades executoras de uma estarão disponíveis para a
só vez, isto é, serão consignadas efetuação do pagamento da
dotações para o ano inteiro, de despesa orçamentária à medida
janeiro a dezembro, a partir da lei que se for verificado a
orçamentária e conseqüentes arrecadação da receita
alterações por meio de créditos orçamentária e considerando os
adicionais. compromissos assumidos pelas
unidades gestoras.

UNIDADE
EXECUTORA
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Para melhor entendimento dessa série de movimentações financeiras entre os diversos órgãos e etapas envolvidos e suas relação
com a descentralização do orçamento, observe o quadro a seguir referente às formas de descentralização orçamentária e de
financeira

SOF/MPO STN/MF
NIVEL DE
DOTAÇÃO (ND) DOTAÇÃO (ND) COTA (NS) COTA (NS)
ÓRGÃO

MIN. “A” DESTAQUE (NC) MIN. “B” MIN. “A” REPASSE (PF) MIN. “B”
NIVEL DE

ÓRGÃO
PROVISÃO (NC) PROVISÃO (NC) SUB-REPASSE (PF) SUB-REPASSE (PF)

NIVEL DE
DESTAQUE (NC) REPASSE (PF)
SOF/MPO SOF/MPO MIN. “A” MIN. “B”
UNIDADE

OBSERVAÇÃO
A unidade orçamentária (UO) que recebe créditos orçamentários sob a forma de dotação (fixação)
receberá sob a forma de conta financeira as disponibilidades financeiras.
A unidade administrativa (UA) que recebe créditos orçamentários por descentralização de uma U. O. sob
a forma de destaque receberá as disponibilidades financeiras sob a forma de repasse.
A unidade administrativa (UA) que recebe créditos orçamentários por descentralização de uma U. O. sob
forma de provisão receberá as disponibilidades financeiras sob a forma de sub-repasse.

DOCUMENTOS UTILIZADOS PARA FORMALIZAR A


DESCENTRALIZAÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA
- ND: Nota de Dotação
- NC: Nota de Movimentação de Crédito
- PF: Nota de Programação Financeiro
- NS:Nota de Lançamento de Sistema
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DESPESA PÚBLICA √ É o ato emanado de autoridade competente que cria


para o Estado obrigação de pagamento pendente ou não
CONCEITO DE DESPESA PÚBLICA de implemento de condição;
• É a aplicação de certa quantia em dinheiro, por parte da √ É garantir a um fornecedor de serviços e bens que a
autoridade ou agente público competente, dentro de uma repartição pública tem autorização legal para realizar
autorização legislativa, para a execução de um fim a cargo gastos, oferecendo como suporte para essas despesas um
do governo (Luiz Emygdio F. da Rosa Jr.); documento denominado nota de empenho;
• É o conjunto de dispêndios do Estado ou de outra pessoa √ Não poderá exceder o limite dos créditos concedidos;
de direito público para o funcionamento dos serviços √ Sem prejuízo da responsabilidade do Prefeito, reputam-se
públicos. É onde se encontram classificadas todas as nulos e de nenhum efeito:
autorizações para gastos com várias atribuições e funções
governamentais (João Batista Fortes);  O empenho feito pelos Municípios, no último mês do
mandato do Prefeito, de mais do que o duodécimo da
• São todos os pagamentos efetuados a qualquer título despesa prevista no orçamento vigente.
pelos agentes pagadores.
 O ato de assumir, por qualquer forma, compromissos
• Para efeito de classificação de despesa, considera-se financeiros para execução depois do término do mandato
material permanente o de duração superior a 2 anos. do Prefeito.
ESTÁGIOS DA DESPESA √ É vedada a realização de despesa sem prévio empenho;
• Os estágios da despesa orçamentária são:  OBS:
√ Fixação; • Em casos especiais previstos na legislação específica (ex.:
√ Programação; pagamento de pessoal), será dispensada a emissão da nota
√ Licitação; de empenho.
√ Empenho; √ Para cada empenho será extraído um documento
denominado nota de empenho que indicará:
√ Liquidação; e
 o nome do credor;
√ Pagamento.
 a representação;
FIXAÇÃO  a importância e a dedução da despesa do saldo da dotação
√ Ocorre durante a elaboração do orçamento; própria;
√ O pagamento da despesa só será efetuado quando
PROGRAMAÇÃO ordenado após sua regular liquidação;
 Visa compatibilizar as disponibilidades financeiras √ Ao emitir um empenho, o Ordenador de Despesas deve
com os compromissos assumidos, procurando manter o deduzir o seu valor da dotação adequada à despesa a
equilíbrio entre receita e despesa de acordo com a LRF. realizar, por força do compromisso assumido, não podendo,
jamais, o seu valor exceder o saldo da dotação.
LICITAÇÃO
√ Orçamentariamente contabiliza a despesa;
√ Tem a finalidade de escolher a proposta mais vantajosa –
√ Pertencem ao exercício financeiro:
princípio da competição ou isonomia;Alguns autores e
bancas (Cespe)não considera a licitação como um estágio.  as receitas nele arrecadadas; e
ESTÁGIOS DA EXECUÇÃO DAS DESPESAS  as despesas nele legalmente empenhadas;
√ Modalidades do Empenho:
EMPENHO
 Ordinário
• O montante conhecido e pago de uma só vez;
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 Global √ Há a verificação se o contrato foi efetivamente cumprido


• O montante conhecido e pago parcelado; pelo fornecedor, e nesse momento é feita a contabilização
da despesa;
 Estimado
√ O ato de liquidar a despesa exige que a mesma seja
• Não se pode estabelecer previamente o valor e
contabilizada, pois, ao se receber o objeto do empenho,
pagamento único;
ocorre uma alteração na qualidade ou na quantidade do
• Normalmente é realizado um empenho com valor mínimo patrimônio da entidade, que tem que ser registrado na
e ao longo do exercício é realizado o reforço do mês; contabilidade;
• Exemplo: Luz, Água, Telefone, Passagens Aéreas, etc. √ Ordem de pagamento
√ Anulação de Empenho:  é o despacho exarado por autoridade competente,
 Ocorrerá quando: determinando que a despesa seja paga.
• Parcialmente, quando o valor da despesa for inferior ao
PAGAMENTO
valor empenhado;
√ Consiste na transferência de recursos da conta única do
Ex.: Empenho estimado R$ 100,00
Tesouro Nacional para a conta do credor, via ordem
Montante da despesa R$ 80,00 bancária;
Será anulado parcialmente R$ 20,00
• Totalmente , quando não liquidados, salvo se satisfizer as
condições para serem inscritos em RESTOS A PAGAR
√ Limitação de Empenho:
 A LRF prevê que os Órgãos do Executivo, Legislativo,
Judiciário, MP, TC, Autarquias, Fundações Públicas, Estatais
dependentes, devem ajustar a emissão de empenhos às
disponibilidades reais.
LIQUIDAÇÃO
√ Consiste na verificação do direito adquirido pelo credor
tendo por base os títulos e documentos comprobatórios do
respectivo crédito.
√ Essa verificação tem por fim apurar a:
 origem e o objeto do que se deve pagar;
 importância exata a pagar;
 quem se deve pagar a importância, para extinguir a
obrigação.
√ A liquidação da despesa por fornecimentos feitos ou
serviços prestados terá por base:
 o contrato, ajuste ou acordo respectivo;
 a nota de empenho;
 os comprovantes da entrega de material ou da prestação
efetiva do serviço.
√ A despesa é considerada realizada com a liquidação;
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• Não afetam o orçamento do ano em que for pago.


RESTOS A PAGAR
CONCEITO CLASSIFICAÇÃO
• São as despesas empenhadas, mas não pagas até o dia • De acordo com a Lei 4320/64, os Restos a Pagar
31 de dezembro distinguindo-se as processadas das não classificam-se em:
processadas. √ Processados (empenhados e liquidados); e
√ Os empenhos que correm a conta de créditos com vigência √ Não processados (apenas empenhados).
plurianual, que não tenham sido liquidados, só serão computados
como Restos a Pagar no último ano de vigência do crédito.

RESTOS A PAGAR PROCESSADOS


√ Podem ser representados pelo saldo de despesas empenhadas, liquidadas e não pagas;
√ São os valores que atingiram o estágio da liquidação, ou seja, ao final do exercício estavam prontos para pagamento, em razão do
credor ter cumprido com as suas obrigações, através da entrega do material, da prestação dos serviços ou da execução das obras, dentro
do exercício de emissão do empenho, tendo por conseguinte direito líquido e certo a receber;

X1 X2 X 2 EXTRA-ORÇ.

Empenhada Não afeta X 2 Pagamento de Restos a


Pagar X 1

Liquidada

(não foi pago até 31/12)

Foi escrito em Restos a


Pagar

RESTOS A PAGAR NÃO-PROCESSADOS


√ Podem ser representadas pelo saldo de despesas empenhadas e não liquidadas;
√ São os valores das despesas que estando empenhadas não conseguiram, por algum motivo, atingir o estágio da liquidação até o dia 31
de dezembro;
√ Tais despesas ficam na dependência da prestação do serviço, do fornecimento do material ou da execução das obras por parte do
credor;
√ Não existe ainda, para o credor, o direito de receber e também não há a obrigação do Estado de pagar;
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√ vencido o prazo para cumprimento da obrigação:


INSCRIÇÃO DOS RESTOS A PAGAR
 esteja em curso a liquidação da despesa; ou
• Será feita no encerramento do exercício financeiro de
 seja de interesse da Administração exigir o seu cumprimento;
emissão da Nota de Empenho, tendo validade até 31 de
dezembro do ano subseqüente; √ destinar-se a atender transferências a instituições públicas ou
privadas; e
• Os empenhos não liquidados somente serão inscritos como
restos a pagar, quando: √ corresponder a compromisso assumido no exterior.
√ ainda vigente o prazo para cumprimento da obrigação • Não necessita de haver recursos para a inscrição;
assumida pelo credor;

PRESCRIÇÃO DOS RESTOS A PAGAR


• Os valores não reclamados, até 31/12, serão cancelados, assegurado ao credor o direito de receber em 5 anos a contar da data da
inscrição;
• O credor receberá os valores através de um novo empenho por meio da conta de despesas de exercícios anteriores.
X1 X 2 X 2 EXTRA-ORÇ.
Empenhada Pagamento de Restos a Pagar
Não-Liquidada
Inscreve em Restos a Pagar

* Os restos a pagar deverão ser liquidados até 31/12 de X2 caso não sejam serão anulados
* Se forem liquidados deverão ser pagos no Extra-orçamento de X2.

DESPESAS DE EXERCÍCIOS ANTERIORES * pode ser representada pelo caso de um fornecedor que
prestou serviços no ano de X1, entretanto não chegou a emitir o
CONCEITO documento fiscal e, também, a área responsável pelo
• São as dívidas resultantes de compromissos gerados em acompanhamento dos serviços não comunicou o fato ao setor
exercícios financeiros anteriores àqueles em que devem ocorrer de contabilidade que dessa forma providenciou o cancelamento
os pagamentos; do empenho em X1, impedindo a inscrição em restos a pagar.
Logicamente, no ano de X2, se o fornecedor questionar o
OCORRÊNCIA pagamento, somente poderá ser atendido como despesa de
• Poderão ser pagos à conta de dotação específica consignada exercício anterior, onerando o orçamento do ano de X2.
no orçamento, discriminada por elementos, obedecida, sempre Observe o quadro a seguir que resume os acontecimentos
que possível, a ordem cronológica: orçamentários:
√ as despesas de exercícios encerrados que não se tenham
processado na época própria, para as quais o orçamento
ORÇAMENTO DO ANO DE X 1 ORÇAMENTO DO ANO DE X2
respectivo consignava crédito próprio, com saldo suficiente para
atendê-las; - EMISSÃO DO EMPENHO - EMISSÃO DE NOVO
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(PARA SERVIÇOS) EMPENHO (PARA DESPESA serviços, mesmo não tendo o fornecedor do serviço emitido o
DE EXERC. ANTERIOR) documento fiscal em X1. Com isso, a contabilidade providenciou
- NÃO OCORRE LIQUIDAÇÃO
a inscrição do empenho emitido em restos a pagar. Até o final do
NEM PAGAMENTO DO - LIQUIDAÇÃO DO NOVO
ano seguinte (X2), dentro da sistemática do SIAFI, a inscrição em
EMPENHO; EMPENHO - PAGAMENTO DO
restos a pagar é cancelada. Como permanece o direito do credor
- ANULAÇÃO DO EMPENHO NOVO EMPENHO
de cobrar pelos serviços prestados, pelo prazo de cinco anos a
CONCLUSÃO: não afeta o CONCLUSÃO: o orçamento
contar da data do fato gerador, se o fornecedor em X3 exigir o
orçamento de X1 de X2 é afetado
pagamento, mais uma vez teremos que recorrer à figura das
despesas de exercícios anteriores/Examine a seguir os quadros
explicativos:
√ os Restos a Pagar com prescrição interrompida;
* A área responsável pelo acompanhamento dos serviços
comunicou ao setor de contabilidade acerca da execução dos

ORÇAMENTO DO ANO DE X2
ANO DE X1 ORÇAMENTO DO ANO DE X3
ORÇAMENT EXTRA-
O X2 ORÇAMENTO

- emissão do empenho (para - conclusão: - não ocorre a liquidação - emissão de novo empenho
serviços); o e o pagamento do (para despesa de exerc. anterior)
- não ocorre liquidação nem orçamento empenho de X1 (restos a - ocorre a liquidação do novo
pagamento do empenho; de X2 não é pagar); empenho;
- o empenho é inscrito em afetado. - em 31.12.X2 O - ocorre o pagamento do novo
restos a pagar; empenho de X1 é empenho;
- conclusão: afeta o anulado (cancelamento - conclusão: o orçamento de X3
orçamento de X1. de restos a pagar). é afetado.

*O exemplo a ser citado pode ser o de um empenho emitido por


√ os compromissos reconhecidos após o encerramento do estimativa para atender despesas de telefone no montante de
exercício correspondente, criados em virtude de lei, reconhecido $1.200 durante o ano de X1. Se as faturas dos meses de janeiro a
após o encerramento do exercício ao qual pertence. novembro forem liquidadas e pagas em X1, no total de $1.100,
*Essa hipótese pode ser exemplificada pela aprovação, no ano então o valor a ser inscrito em restos a pagar para esse empenho
X2, de uma lei que concede gratificação para servidores com será de $100. Suponha que em X2, quando o órgão recebe a
efeito retroativo a janeiro de X1. As despesas relativas ao ano de fatura de dezembro, percebe que o seu valor é $120. Como só foi
X1 somente podem ser pagas no exercício financeiro de X2 por inscrito em restos a pagar o valor de $100, então a diferença de
meio de processo próprio à conta de “despesas de exercícios $20 que se refere ao ano de X1, deverá ser paga à conta de
anteriores”. Apenas o orçamento de X2 foi afetado, sendo despesas de exercícios anteriores, afetando também o
necessária a emissão de empenho com conseqüente liquidação e orçamento de X21 Acompanhe o exemplo fornecido acima com
pagamento dele. mais detalhes no quadro a seguir:
√ Valor inscrito em restos a pagar menor que o valor real da
despesa a ser paga.
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ANO DE X2
ORÇAMENTO DO ANO DE X1
ORÇAMENTO X2 EXTRA-ORÇAMENTO

- emissão do empenho $1.200 - novo empenho (despesa exerc. - pagamento do empenho de X1


- ocorre liquidação e pagamento anterior) por $20 (restos a pagar) por $100
no valor de $1.100 - liquidação do empenho
- o saldo de $100 do empenho é - pagamento do empenho
inscrito em restos apagar - conclusão: o orçamento de X2 é
- conclusão: afeta o orçamento afetado por $20.
de X1 por $100

* Exemplos extraídos do Livro Curso Básico de Contabilidade A) a aquisição de bens de capital e o recebimento de
Pública do Professor Francisco Glauber Lima Mota. Pág. 126- doações
127. B) os restos a pagar não processados e a inscrição da
dívida ativa
PRESCRIÇÃO C) os restos a pagar não processados e o recebimento
• As dívidas de exercícios financeiros anteriores, que dependem da dívida ativa
de requerimento do favorecido, prescrevem em 5 anos, D) os restos a pagar processados e a inscrição da dívida
contados da data do ato ou fato que tiver dado origem ao ativa
respectivo direito; E) os restos a pagar processados e o recebimento da
• O início do período da dívida corresponde à data constante dívida ativa
do fato gerador de direito, não sendo considerado, para a 03. (AFCE/1995) A despesa pública, a exemplo da receita,
prescrição qüinqüenal, o tempo de tramitação burocrática e o apresenta diferentes estágios, que compreendem
de providencias administrativas a que estiver sujeito o processo. procedimentos com finalidade específica. A propósito
QUESTÕES DE CONCURSOS desses estágios, discriminados no Regulamento de
Contabilidade Pública, julgue os itens seguintes.
01. (FCC - TRT – 20ª Região – Analista Judiciário – 2006) Na
ordem normal de processamento, a despesa pública passa A) No caso de um contrato com vigência entre 01/07/X1
e 30/06/X2, as despesas relativas à parte a ser executada em
pelas seguintes fases:
X2 serão empenhadas em X2.
A) reserva de dotação orçamentária, empenho,
B) O empenho da despesa não-liquidada será
pagamento e liquidação.
considerado anulado em 31 de dezembro sempre que estiver
B) Liquidação, empenho e pagamento.
extinto o prazo para o cumprimento da obrigação assumida
C) Pagamento, empenho e liquidação. pelo credor.
D) Empenho, liquidação e pagamento. C) Os valores empenhados não poderão exceder o limite
E) Empenho, reserva de dotação orçamentária e dos créditos concedidos, na dotação própria, exceto na
pagamento. hipótese de estar tramitando, em regime de urgência,
02. (AFC STN / 2000) O art. 35 da Lei nº 4.320/64 consagrou, solicitação de crédito especial.
para a contabilidade pública, o regime misto, estabelecendo D) São consideradas como despesas de exercícios anteriores
o regime de competência para a despesa e o de caixa para a aquelas cujo empenho tenha sido considerado insubsistente e
receita. Todavia, constituem exceções a esse regime
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anulado no encerramento do exercício correspondente, por C) Empenho, liquidação, ordem de pagamento e


falta de cumprimento da obrigação pelo credor. pagamento.
E) Despesas empenhadas durante o exercício e não-pagas até D) pagamento, liquidação, ordem de pagamento e
31 de dezembro são consideradas Restos a Pagar, empenho.
identificando-se tanto as despesas processadas como as não- E) empenho, pagamento, liquidação e ordem de
processadas. pagamento.
04. (TRE-PE-2004) Na execução da despesa pública, o ato que 08. (TRF 1ª REG. 2001) Considerando que a despesa do
cria uma obrigação de um pagamento a ser efetuado é exercício apresenta a seguinte situação:
denominado • Fixada 200
A) caução. • Economia Orçamentária 5
B) suprimento de fundos. • Liquidada 155
C) contração de dívida. • Paga 125
D) averbação. Os restos a pagar processados têm valor de
E) empenho de despesa.
A) 25 B) 30 C) 35
05. (TRF 1ª REG. 2001) As etapas a que se submetem as D) 40 E) 45
despesas, desde a fixação até seu pagamento, devem
09. (TRF 1ª REG. 2001) Uma despesa de um exercício nele não
necessariamente observar a seguinte seqüência:
processada, embora tivesse saldo suficiente, pode ser atendida
A) empenho, licitação, ordem de pagamento,
no exercício subseqüente por
liquidação.
A) crédito especial.
B) licitação, liquidação, empenho, ordem de
B) dotação para isso suplementada no exercício seguinte.
pagamento.
C) despesas de exercícios anteriores, após reconhecida.
C) empenho, licitação, liquidação, ordem de
pagamento. D) restos a pagar restabelecidos.
D) licitação, empenho, ordem de pagamento, E) dotação dessa mesma despesa, do exercício seguinte.
liquidação. 10. (FCC - TRF – Analista Judiciário 1ª Região 2001) As etapas a
E) licitação, empenho, liquidação, ordem de que se submetem as despesas, desde a fixação até seu
pagamento. pagamento, devem necessariamente observar a seguinte
06. (TRF 1ª REG. 2001) Consiste na verificação do direito seqüência:
adquirido pelo credor, A) empenho, licitação, ordem de pagamento, liquidação.
A) a liquidação. B) licitação, liquidação, empenho, ordem de pagamento.
B) a licitação. C) empenho, licitação, liquidação, ordem de pagamento.
C) o empenho. D) licitação, empenho, ordem de pagamento, liquidação.
D) a ordem de pagamento. E) licitação, empenho, liquidação, ordem de pagamento.
E) a ordem de serviço. 11. (FCC - TRF – Analista Judiciário 1ª Região 2001) Consiste na
07. (FCC - TCE – AM – Procurador – 2005) As fases de verificação do direito adquirido pelo credor,
processamento das despesas públicas seguem a seguinte A) a liquidação. B) a licitação. C) o
ordem: empenho.
A) Ordem de pagamento, liquidação, nota de empenho D) a ordem de pagamento. E) a ordem de serviço.
e pagamento. 12. (FCC - MARE – Analista de Orçamento – 1998) A
B) Liquidação, ordem de pagamento, empenho e certificação do recebimento do fornecimento, da prestação do
pagamento. serviço e da ocorrência do encargo, é exigida na fase de
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A) fixação. B) licitação. C) a ser liquidada e paga parceladamente durante a fluência do


empenho. exercício, é denominado empenho
D) liquidação. E) pagamento. A) Ordinário
13. (FCC - TRF - Analista Judiciário – 4ª Região – 2004) Segundo B) Operacional
a Lei no 4320/64, o pagamento é imediata e necessariamente C) Por estimativa
antecedido D) Global
A) pela ordem de pagamento. B) pela liquidação. E) De gestão
C) pela fixação. 17. (TRT 21ª REG. 2003) A verificação do direito adquirido
D) pela licitação. E) pelo empenho pelo credor corresponde
14. (FCC - MPPEP – Analista Ministerial – 2006) Sobre as fases A) à liquidação.
da despesa, é correto afirmar: B) à fixação.
A) è composta por: previsão, fixação, empenho, C) ao empenho.
lançamento e pagamento. D) à licitação.
B) O empenho da despesa é o ato pelo qual é verificado E) ao pagamento.
se o direito adquirido pelo credor é baseado em documentos
18. (FCC – TRF 4ª Região – Analista Judiciário – 2006) A fase
processados pela Contabilidade.
da despesa orçamentária, que gera no sistema financeiro o
C) A despesa sem prévio empenho não é permitida, registro do compromisso decorrente de uma despesa
inclusive nos casos cujo montante não se possa determinar o orçamentária adequadamente fixada e processada,
valor exato. denomina-se
D) O empenho da despesa poderá exceder o limite dos A) Licitação
créditos concedidos nos casos de assunção de obrigações com
B) Empenho
vigência superior ao exercício financeiro.
C) Entrega da mercadoria ou prestação do serviço ou
E) A existência de dotação e autorização na Lei
encargo
Orçamentária Anual é condição única e suficiente para a
aquisição de material, fornecimento e adjudicação de obras e D) Liquidação
serviços. E) Ordem de pagamento
15. (TRT 21ª REG. 2003) A Lei no 4.320/64 estabelece no 19. (FCC – TRF/1ª Região – Analista Judiciário – 2006) A
artigo 90 que a contabilidade deve evidenciar os créditos seqüência correta de fases da despesa pública é:
orçamentários vigentes, a despesa empenhada e a realizada, A) licitação, empenho e pagamento.
à conta dos mesmos créditos e às dotações disponíveis. Em B) empenho, programação e pagamento.
estrita observância dessas disposições, anulados os valores C) licitação, programação e pagamento.
não remunerados, as despesas de pessoal, nas suas parcelas D) empenho, licitação e programação.
fixas mensais, devem ser objeto de empenho E) liquidação, programação e pagamento.
A) ordinário pelo valor mensal da folha de pagamento. 20. (FCC – TRF/1ª Região – Analista Judiciário – 2006) A
B) ordinário anual. Nota de Empenho contém:
C) por estimativa mensal, de acordo com a folha de I. o valor do Crédito Orçamentário a que se submete a
pagamento. Despesa;
D) por estimativa anual. II. o nome do credor;
E) global com projeção até 31 de dezembro do exercício. III. os termos contratuais da Despesa:
16. (FCC – TCE/CE – Auditor – 2006) O empenho que se Está correto o que se afirma SOMENTE em
destina a atender despesa determinada e quantificada, mas
A) I. B) II. C) I e
II.
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D) I e III. E) II e III. E) A anulação de restos a pagar não será considerada


21. (TRF 5ª REG. 2003) Os restos a pagar não processados, como receita no exercício em que se efetivar.
caracterizam-se por não terem sido objeto de 25. (TCE-MA) Em relação à despesa pública é correto
A) protocolização. afirmar:
B) licitação. A) A ordem de pagamento da despesa será
C) liquidação. materializada em documentos processados pelo serviço de
D) anulação de empenho. contabilidade.
E) ordenação de pagamento quando empenhadas. B) É vedada a realização de despesa sem prévio
empenho e sob hipótese alguma será dispensada a emissão
22. (TRF 4ª REG. 2004) Segundo a Lei no 4320/64, o
da nota de empenho.
pagamento é imediata e necessariamente antecedido
C) Serão indicados no empenho o nome do credor, a
A) pela fixação.
especificação, a importância da despesa, os comprovantes
B) pela licitação. da entrega de material ou da prestação efetiva do serviço.
C) pelo empenho. D) São tipos de empenhos da despesa: global,
D) pela ordem de pagamento. extraordinário, estimativo e ordinário.
E) pela liquidação. E) É vedada, sob qualquer hipótese, a redistribuição de
23. (TCESP) O empenho de despesa é o ato, emanado de parcelas das dotações de pessoal de uma para outra unidade
autoridade competente, que orçamentária.
A) ordena o pagamento de quantia devida ao credor. 26. (FCC) Assinale a opção que contém o conceito do
B) cria para o Estado obrigação de pagamento, segundo estágio da execução da despesa orçamentária.
pendente ou não de implemento de condição. A) Consiste na verificação do direito adquirido pelo
C) lança, na lei orçamentária, a previsão de despesa. devedor, tendo por base títulos e documentos
D) lança, no decreto de execução orçamentária, a comprobatórios do respectivo crédito.
previsão de despesa. B) Despacho exarado por autoridade competente
E) efetiva, concretamente, o pagamento de quantia determinando a extinção da obrigação.
devida ao credor. C) Ato emanado de autoridade competente que cria
24. (TCE-MA) As despesas empenhadas e não pagas até o para o Estado obrigação de pagamento pendente ou não de
final do exercício financeiro são consideradas como restos a implemento de condição.
pagar. Sobre a matéria é correto afirmar: D) Verificação do implemento de condição do
A) Dividem-se em duas categorias: as processadas, empenho, tendo por objetivo apurar a origem, o objeto, a
aquelas que foram empenhadas e pendem de liquidação e as importância que se deve pagar para extinguir a obrigação e a
não processadas, aquelas que foram empenhadas e pendem quem se deve pagar.
de pagamento. 27. (FCC) Assinale a opção que caracteriza o primeiro
B) Compõem-se unicamente de obrigações a longo estágio da execução da despesa orçamentária:
prazo. A) cria para o Estado direitos a receber pendentes de
C) Os empenhos decorrentes de contratos com vigência verificação de sua Iiquidez e certeza
plurianual, que não tenham sido liquidados, serão B) implica o comprometimento do crédito
computados pelo valor total como restos a pagar ao final do orçamentário ou adicional, limitado ao total dos créditos
primeiro exercício financeiro. concedidos
D) Os restos a pagar com prescrição interrompida C) deve ser emitido em momento posterior à realização
poderão ser pagos à conta de dotação específica consignada da despesa
no orçamento.
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D) pode ser feito por estimativa, para as despesas de A) transfere para o orçamento do exercício
valor certo e pagamento único. subseqüente a responsabilidade pelo seu pagamento.
28. (CESPE) Julgue os itens. B) tem efeito no resultado da execução orçamentária
A) É vedado o empenho de despesa cujo montante não do exercício de emissão de empenho.
se possa determinar. C) constitui despesa extra-orçamentária do exercício e
B) O empenho da despesa não poderá exceder o total receita extra-orçamentária no exercício subseqüente.
da dotação orçamentária. D) corresponde a uma despesa orçamentária.
C) A liquidação é o estágio da despesa em que a E) aumenta o montante das obrigações financeiras do
autoridade competente efetua o pagamento ao credor. balanço patrimonial.
D) Os empenhos relativos a despesas não pagas são 32. (CESPE) Poderão ser pagos à conta de dotação
automaticamente anulados no final do exercício, ainda que destinada a despesas de exercícios anteriores:
referentes a compromissos assumidos no exterior. A) despesas cujo empenho considerado insubsistente
E) É permitido o empenho global de despesas foi anulado no encerramento do exercício correspondente,
contratuais e de outras sujeitas a parcelamento. porém dentro do prazo definido o credor tenha cumprido
29. (CESPE) Ao final do ano, deverão ser inscritos em restos sua obrigação.
a pagar não processados os saldos de empenhos não B) restos a pagar já prescritos, porém liquidados dentro do
liquidados e considerados não insubsistentes, onerando o prazo legal
exercício financeiro de sua emissão. Julgue esses C) compromissos reconhecidos após o encerramento
procedimentos: do exercício, criados por lei
A) é fruto de determinação legal D) valores inscritos em restos a pagar superiores ao
B) é recomendado pela boa técnica contábil valor real a ser pago
C) gera um passivo de origem extra-orçamentária a ser E) despesas que não possam se subordinar ao processo
liquidado ao longo do exercício subseqüente normal de aplicação
D) em nada afeta o patrimônio público, posto que a 33. (CESPE) Quanto às despesas de exercícios anteriores,
despesa deverá ser contabilizada pelo regime de caixa pode-se afirmar que (assinale os itens verdadeiros e os
E) interfere no cálculo realizado para apuração do falsos):
superávit financeiro, definido como a diferença positiva A) representam gastos que não necessitam de
entre o ativo e o passivo financeiro. autorização orçamentária
30. (CESPE) A respeito da prescrição relativa a Restos a B) sua execução deverá exigir o mesmo ritual adotado
Pagar, julgue os itens. para a despesa orçamentária
A) ocorre no final do exercício financeiro subseqüente C) se existir empenho inscrito em restos a pagar com
ao da respectiva inscrição, no casos dos não-processados saldo insuficiente para atender a certo gasto, o gesto r
B) ocorre quanto tiver havido cancelamento da público poderá saldar esse compromisso fazendo uso da
inscrição, sem manifestação contrária do credor figura chamada despesa de exercício anterior
C) ocorre por decreto do Poder Executivo, nos casos de D) apresenta-se como uma solução para correção de
conveniência e oportunidade para a Administração falhas durante a execução da despesa.
D) ocorre quando o credor se tornar inadimplente de E) diferencia-se de restos a pagar não processado em
suas obrigações contratuais, por mais de noventa dias razão de referir-se a ano encerrado
E) ocorre após cinco anos contados a partir da data de 34. O domínio orçamentário próprio e independente pela
inscrição, excetuando-se os casos em que haja interrupções. pessoa jurídica central do Estado, em coexistência com os
31. (CESPE) A inscrição de um compromisso em restos a das suas entidades da administração indireta e a visão geral
pagar:
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do conjunto das suas finanças públicas é obtido por 08. B 18. D 28. E,C,E,E,C
consolidação, segundo o princípio orçamentário 09. C 19. A 29. C,E,E,E,C
A) da anualidade. 10. E 20. C 30. C,E,E,E,E
B) da totalidade.
C) da universalidade.
D) da não afetação das receitas.
E) da exclusividade.
35. Quando da apuração do superávit financeiro, o balanço
patrimonial do exercício anterior indicava para o ativo
financeiro o valor de $150 e para o passivo financeiro o de
$70. No exercício haviam sido reabertos dois créditos
adicionais: um especial pelo saldo de $50, que havia sido
aberto com recursos de operação de crédito, do qual
deixou de ser arrecadado no exercício anterior o valor de
$20; e um extraordinário pelo saldo de $28. Considerados
esses dados, o valor máximo do crédito adicional a ser
aberto será
A) $80. B) $52. C)
$30.
D) $22. E) $ 2.
36. Os restos a pagar não processados, caracterizam-se por
não terem sido objeto de
A) protocolização.
B) licitação.
C) liquidação.
D) anulação de empenho.
E) ordenação de pagamento quando empenhadas.
GABARITO
01. D 11. A 21. C 31.
E,C,E,C,C
02. B 12. D 22. D 32.
C,E,C,E,E
03. C, C, E, E, E 13. A 23. B 33.
E,C,C,C,C
04. A 14. C 24. D 34.
B
05. E 15. E 25. A 35.
D
06. A 16. D 26. D 36.
C
07. C 17. A 27. B
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DESPESA PÚBLICA

1. Estrutura da Programação Orçamentária da Despesa


1.1. Programação Qualitativa
A estruturação atual do orçamento público considera que as programações orçamentárias estejam organizadas em Programas de
Trabalho, e que esses possuam programação física e financeira. O Programa de Trabalho, que define qualitativamente a
programação orçamentária, é composto dos seguintes blocos de informação: Classificação por Esfera, Classificação Institucional,
Classificação Funcional e Estrutura Programática, conforme detalhado na tabela a seguir:

1.2. Programação Quantitativa


A programação física define quanto se pretende desenvolver do produto, conforme a tabela a seguir:

A programação financeira define o que adquirir, com quais recursos, de acordo com a tabela a seguir:
1.3. Estrutura Completa da Programação Orçamentária
Exemplo:
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2. Componentes da Programação Qualitativa – Programa de O § 2º do art. 195 da Constituição estabelece que a proposta
Trabalho de orçamento da seguridade social será elaborada de forma
2.1. Classificação por Esfera Orçamentária integrada pelos órgãos responsáveis pela saúde, previdência
A esfera orçamentária tem por finalidade identificar se o social e assistência social, tendo em vista as metas e
orçamento é fiscal (F), da seguridade social (S) ou de prioridades estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias,
investimento das empresas estatais (I), conforme disposto assegurada a cada área a gestão de seus recursos.
no § 5º do art. 165 da Constituição: Na base do SIDOR o campo destinado à esfera orçamentária
• o orçamento fiscal: referente aos Poderes da União, seus é composto de dois dígitos e será associado à ação
fundos, órgãos e entidades da administração direta e orçamentária, com os seguintes códigos:
indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo 10 - Orçamento Fiscal;
Poder Público; 20 - Orçamento da Seguridade Social; ou
• o orçamento de investimento: orçamento das empresas 30 - Orçamento de Investimento.
em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria 2.2. Classificação Institucional
do capital social com direito a voto; e A classificação institucional reflete a estrutura organizacional
• o orçamento da seguridade social: abrange todas as e administrativa governamental e está estruturada em dois
entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta níveis hierárquicos: órgão orçamentário e unidade
ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e orçamentária. As dotações orçamentárias, especificadas por
mantidos pelo Poder Público. categoria de programação em seu menor nível, são
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consignadas às unidades orçamentárias, que são as Oficiais de Crédito”, “Refinanciamento da Dívida Pública
estruturas administrativas responsáveis pelos recursos Mobiliária Federal” e “Reserva de Contingência”.
financeiros (dotações) e pela realização das ações. 2.3. Classificação Funcional da Despesa
O código da classificação institucional compõe-se de cinco A classificação funcional, por funções e subfunções, busca
dígitos, sendo os dois primeiros reservados à identificação responder basicamente à indagação “em que” área de ação
do órgão e os demais à unidade orçamentária. governamental a despesa será realizada. Cada atividade,
XX XXX projeto e operação especial identificará a função e a
1º / 2º dígitos: identificam o órgão orçamentário; e subfunção às quais se vinculam. A atual classificação
3º / 4º / 5º dígitos: identificam a unidade orçamentária. funcional foi instituída pela Portaria nº 42, de 14 de abril de
Um órgão ou uma unidade orçamentária não corresponde 1999, do então Ministério do Orçamento e Gestão, e é
necessariamente a uma estrutura administrativa, como composta de um rol de funções e subfunções prefixadas, que
ocorre, por exemplo, com alguns fundos especiais e com os servem como agregador dos gastos públicos por área de
“órgãos” “Transferências a Estados, Distrito Federal e ação governamental nas três esferas de Governo. Trata-se de
Municípios”, “Encargos Financeiros da União”, “Operações uma classificação independente dos programas, e
de aplicação comum e obrigatória, no âmbito 0901 Operações Especiais: Cumprimento de Sentenças Judiciais
dos Municípios, dos Estados, do Distrito Federal
0902 Operações Especiais: Financiamentos com Retorno
e da União, o que permite a consolidação
nacional dos gastos do setor público. 0903 Operações Especiais: Transferências Constitucionais e as Decorrentes de L
2.3.1. Função Específica
A classificação funcional é representada por 0904 Operações Especiais: Outras Transferências
cinco dígitos XX XXX. Os dois primeiros 0905 Operações Especiais: Serviço da Dívida Interna (Juros e Amortizações)
referem-se à função, que pode ser traduzida 0906 Operações Especiais: Serviço da Dívida Externa (Juros e Amortizações)
como o maior nível de agregação das diversas
0907 Operações Especiais: Refinanciamento da Dívida Interna
áreas de atuação do setor público. A função
está relacionada com a missão institucional do 0908 Operações Especiais: Refinanciamento da Dívida Externa
órgão, por exemplo, cultura, educação, saúde, 0909 Operações Especiais: Outros Encargos Especiais
defesa, que guarda relação com os respectivos caso, as ações estarão associadas aos programas do tipo
Ministérios. "Operações Especiais" que correspondem aos códigos abaixo
A função “Encargos Especiais” engloba as despesas em relacionados e que constarão apenas do orçamento, não
relação às quais não se pode associar um bem ou serviço a integrando o PPA:
ser gerado no processo produtivo corrente, tais como:
dívidas, ressarcimentos, indenizações e outras afins,
representando, portanto, uma agregação neutra. Nesse

2.3.2. Subfunção
A subfunção, indicada pelos três últimos dígitos da classificação funcional, representa um nível de agregação imediatamente
inferior à função e deve evidenciar cada área da atuação governamental, por intermédio da agregação de determinado
subconjunto de despesas e identificação da natureza básica das ações que se aglutinam em torno das funções. As subfunções
podem ser combinadas com funções diferentes daquelas a que estão relacionadas na Portaria nº 42, de 1999. As ações devem
estar sempre conectadas às subfunções que representam sua área específica. Existe também a possibilidade de matricialidade na
conexão entre função e subfunção, ou seja, combinar qualquer função com qualquer subfunção, mas não na relação entre ação e
subfunção. Deve-se adotar como função aquela que é típica ou principal do órgão. Assim, a programação de um órgão, via de
regra, é classificada em uma única função, ao passo que a subfunção é escolhida de acordo com a especificidade de cada ação. A
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exceção à matricialidade encontra-se na função 28 – Encargos Especiais e suas subfunções típicas que só podem ser utilizadas
conjugadas.
Exemplos:

Na base do SIDOR, existem dois campos correspondentes à classificação funcional, quais sejam:

A seguir encontra-se a íntegra da Portaria nº 42/1999 e se anexo, a qual atualiza a discriminação da despesa por funções.

ANEXO
FUNÇÕES E SUBFUNÇÕES DE GOVERNO

FUNÇÕES SUBFUNÇÕES

01 - Legislativa 031 - Ação Legislativa 032 - Controle Externo

02 - Judiciária 061 - Ação Judiciária 062 - Defesa do Interesse Público no Processo


Judiciário

03 - Essencial à 091 - Defesa da Ordem Jurídica 092 - Representação Judicial e Extrajudicial


Justiça

04 - 121 - Planejamento e Orçamento 122 - Administração Geral 123 -


Administração Administração Financeira 124 - Controle Interno 125 - Normatização e
Fiscalização 126 - Tecnologia da Informação 127 - Ordenamento Territorial
128 - Formação de Recursos Humanos 129 - Administração de Receitas 130
- Administração de Concessões 131 - Comunicação Social

05 - Defesa 151 - Defesa Área 152 - Defesa Naval 153 - Defesa Terrestre
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Nacional

06 - Segurança 181 - Policiamento 182 - Defesa Civil 183 - Informação e Inteligência


Pública

07 - Relações 211 - Relações Diplomáticas 212 - Cooperação Internacional


Exteriores

08 - Assistência 241 - Assistência ao Idoso 242 - Assistência ao Portador de Deficiência 243 -


Social Assistência à Criança e ao Adolescente 244 - Assistência Comunitária

09 - Previdência 271 - Previdência Básica 272 - Previdência do Regime Estatutário 273 -


Social Previdência Complementar 274 - Previdência Especial

10 - Saúde 301 - Atenção Básica 302 - Assistência Hospitalar e Ambulatorial 303 -


Suporte Profilático e Terapêutico 304 - Vigilância Sanitária 305 - Vigilância
Epidemiológica 306 - Alimentação e Nutrição

11 - Trabalho 331 - Proteção e Benefícios ao Trabalhador 332 - Relações de Trabalho 333 -


Empregabilidade 334 - Fomento ao Trabalho

12 - Educação 361 - Ensino Fundamental 362 - Ensino Médio 363 - Ensino Profissional 364 -
Ensino Superior 365 - Educação Infantil 366 - Educação de Jovens e Adultos
367 - Educação Especial

13 - Cultura 391 - Patrimônio Histórico, Artístico e Arqueológico 392 - Difusão Cultural

14 - Direitos da 421 - Custódia e Reintegração Social 422 -Direitos Individuais, Coletivos e


Cidadania Difusos
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423 - Assistência aos Povos Indígenas

15 - Urbanismo 451 - Infra-Estrutura Urbana 452 - Serviços Urbanos 453 - Transportes


Coletivos Urbanos

16 - Habitação 481 - Habitação Rural 482 - Habitação Urbana

17 - Saneamento 511 - Saneamento Básico Rural 512 - Saneamento Básico Urbano

18 - Gestão 541 - Preservação e Conservação Ambiental 542 - Controle Ambiental 543 -


Ambiental Recuperação de Áreas Degradadas 544 - Recursos Hídricos 545 -
Meteorologia

19 - Ciência e 571 - Desenvolvimento Científico 572 - Desenvolvimento Tecnológico e


Tecnologia Engenharia 573 - Difusão do Conhecimento Científico e Tecnológico

20 - Agricultura 601 - Promoção da Produção Vegetal 602 - Promoção da Produção Animal


603 - Defesa Sanitária Vegetal 604 - Defesa Sanitária Animal 605 -
Abastecimento 606 - Extensão Rural 607 - Irrigação

21 - Organização 631 - Reforma Agrária 632 - Colonização


Agrária

22 - Indústria 661 - Promoção Industrial 662 - Produção Industrial 663 - Mineração 664 -
Propriedade Industrial 665 - Normalização e Qualidade

23 - Comércio e 691 - Promoção Comercial 692 - Comercialização 693 - Comércio Exterior


Serviços 694 - Serviços Financeiros 695 - Turismo

24 - Comunicações 721 - Comunicações Postais 722 - Telecomunicações

25 - Energia 751 - Conservação de Energia 752 - Energia Elétrica 753 - Petróleo 754 -
Álcool

26 - Transporte 781 - Transporte Áreo 782 - Transporte Rodoviário 783 - Transporte


Ferroviário 784 - Transporte Hidroviário 785 - Transportes Especiais

27 - Desporto e 811 - Desporto de Rendimento 812 - Desporto Comunitário 813 - Lazer


Lazer

28 - Encargos 841 - Refinanciamento da Dívida Interna 842 - Refinanciamento da Dívida


Especiais Externa 843 - Serviço da Dívida Interna 844 - Serviço da Dívida Externa 845 -
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Transferências 846 - Outros Encargos Especiais

Despesa Pública dos resultados e benefícios gerados para a sociedade, bem


3. Estrutura Programática como elevar a transparência na aplicação dos recursos
Toda ação do Governo está estruturada em programas públicos. Cada programa contém objetivo e indicador que
orientados para a realização dos objetivos estratégicos quantifica a situação que o programa tenha como finalidade
definidos para o período do Plano Plurianual – PPA, que é de modificar e os produtos (bens e serviços) necessários para
quatro anos. atingir o objetivo. A partir do programa são identificadas as
3.1. Programa ações sob a forma de atividades, projetos ou operações
O programa é o instrumento de organização da atuação especiais, especificando os respectivos valores e metas e as
governamental que articula um conjunto de ações que unidades orçamentárias responsáveis pela realização da
concorrem para a concretização de um objetivo comum ação. A cada projeto ou atividade só poderá estar associado
preestabelecido, mensurado por indicadores instituídos no um produto, que, quantificado por sua unidade de medida,
plano, visando a solução de um problema ou o atendimento dará origem à meta.
de determinada necessidade ou demanda da sociedade. O 3.2. Ação
programa é o módulo comum integrador entre o plano e o Os programas são compostos de ações, que, conforme suas
orçamento. A organização das ações do Governo sob a forma características, podem ser classificadas como atividades,
de programas visa proporcionar maior racionalidade e projetos ou operações especiais.
eficiência na administração pública e ampliar a visibilidade
Atividade 1. Amortização, juros, encargos e rolagem da dívida
É um instrumento de programação utilizado para alcançar o contratual e mobiliária;
objetivo de um programa, envolvendo um conjunto de 2. Pagamento de aposentadorias e pensões;
operações que se realizam de modo contínuo e permanente, 3. Transferências constitucionais ou legais por repartição de
das quais resulta um produto ou serviço necessário à receita (FPM, FPE, Salário-Educação, Compensação de
manutenção da ação de Governo. Exemplo: “Fiscalização e Tributos ou Participações aos Estados, Distrito Federal e
Monitoramento das Operadoras de Planos e Seguros Municípios, Transferências ao GDF);
Privados de Assistência à Saúde”. 4. Pagamento de indenizações, ressarcimentos, abonos,
Projeto seguros, auxílios, benefícios previdenciários, benefícios de
É um instrumento de programação utilizado para alcançar o assistência social;
objetivo de um programa, envolvendo um conjunto de 5. Reserva de contingência, inclusive as decorrentes de
operações, limitadas no tempo, das quais resulta um receitas próprias ou vinculadas;
produto que concorre para a expansão ou o 6. Cumprimento de sentenças judiciais (precatórios,
aperfeiçoamento da ação de Governo. Exemplo: sentenças de pequeno valor, sentenças contra empresas,
“Implantação da rede nacional de bancos de leite humano”. débitos vincendos, etc.);
Operação Especial 7. Operações de financiamento e encargos delas decorrentes
Enquadram-se nessa classificação as despesas que não (empréstimos, financiamentos diretos, concessão de
contribuem para a manutenção, a expansão ou o créditos, qualizações, subvenções, subsídios, coberturas de
aperfeiçoamento das ações de Governo Federal, garantias, coberturas de resultados, honras de aval,
predefinidas na listagem a seguir: assistência financeira) reembolsáveis ou não;
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8. Ações de reservas técnicas (centralização de recursos para 16. Encargos financeiros (decorrentes da aquisição de ativos,
atender concursos, provimentos, nomeações, reestruturação questões previdenciárias ou outras situações em que a União
de carreiras e etc.); assuma garantia de operação);
9. Complementação ou compensação financeira da União; 17. Operações relativas à subscrição de ações;
10. Contraprestação da União nos contratos de Parcerias 18. Indenizações financeiras (anistiados políticos, programas
Público-Privadas; de garantias de preços, etc.);
11. Contribuição a organismos e/ou entidades nacionais ou 19. Participação da União no capital de empresas nacionais
internacionais; ou internacionais.
12. Integralização e/ou recomposição de cotas de capital A ausência de produto, no caso das operações especiais,
junto a entidades internacionais; deve ser caracterizada em relação ao ciclo produtivo objeto
13. Contribuição à previdência privada; de orçamentação.
14. Contribuição patronal da União ao Regime de 3.3. Estrutura Programática na Base do SIDOR
Previdência dos Servidores Públicos; Programa: Na base do SIDOR, o campo que identifica o
15. Desapropriação de ações, dissolução ou liquidação de Programa contém quatro (4) dígitos XXXX. 1º / 2º / 3º / 4º
empresas; dígitos determinam um programa.
Ação e Subtítulo (Localizador de Gasto): Na base do SIDOR a 4.1. Programação Física
Ação é identificada por um código alfanumérico de 8 dígitos: 4.1.1. Meta Física
1º / 2º dígitos numéricos; Meta física é a quantidade de produto a ser ofertado por
3º/ 4º dígitos alfanuméricos; e ação, de forma regionalizada, se for o caso, num
5º / 8º dígitos numéricos. determinado período e instituída para cada ano. As metas
1º / 2º / 3º / 4º dígitos determinam uma ação; e físicas são indicadas em nível de subtítulo e agregadas
5º / 6º / 7º / 8º dígitos determinam um subtítulo (localizador segundo os respectivos projetos, atividades ou operações
do gasto). especiais. Vale ressaltar que o critério para regionalização
Quando o 1º dígito for: de metas é o da localização dos beneficiados pela ação.
• 1, 3, 5 ou 7, a ação corresponde a um projeto; Exemplo: No caso da vacinação de crianças, a meta será
• 2, 4, 6 ou 8, trata-se de uma atividade; regionalizada pela quantidade de crianças a serem vacinadas
• 0, refere-se a uma operação especial; e ou de vacinas empregadas em cada Estado, ainda que a
• 9, corresponde a uma ação não-orçamentária, isto é, ação campanha seja de âmbito nacional e a despesa paga de
sem dotação nos orçamentos da União, mas que participa forma centralizada. O mesmo ocorre com a distribuição de
dos programas do PPA. livros didáticos.
4. Componentes da Programação Física e Financeira
4.2. Componentes da Programação Financeira despesa e informa a categoria econômica, o grupo a que
4.2.1. Natureza de Despesa pertence, a modalidade de aplicação e o elemento.
Os arts. 12 e 13 da Lei nº 4.320, de 1964, tratam da Na base do SIDOR o campo que se refere à natureza de
classificação da despesa por categoria econômica e despesa contém um código composto por seis algarismos:
o
elementos. Assim como no caso da receita, o art. 8 1º dígito: categoria econômica da despesa;
estabelece que os itens da discriminação da despesa 2º dígito: grupo de natureza de despesa; e
mencionados no art. 13 serão identificados por números de 3º /4º dígitos: modalidade de aplicação; e
código decimal, na forma do Anexo IV dessa Lei, atualmente 5º /6º dígitos: elemento de despesa.
consubstanciados no Anexo II da Portaria Interministerial nº 4.2.1.1. Categoria Econômica da Despesa
163, de 2001. O conjunto de informações que formam o A despesa, assim como a receita, é classificada em duas
código é conhecido como classificação por natureza de categorias econômicas, com os seguintes códigos:
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(3) - Despesas Correntes: classificam-se nessa categoria 4.x.yy.zz


todas as despesas que não contribuem, diretamente, para a 4.2.1.2. Grupo de Natureza da Despesa
formação ou aquisição de um bem de capital; É um agregador de elementos de despesa com as mesmas
3.x.yy.zz características quanto ao objeto de gasto, conforme
(4)- Despesas de Capital: classificam-se nessa categoria discriminado a seguir:
aquelas despesas que contribuem, diretamente, para a
formação ou aquisição de um bem de capital.
1 - Pessoal e Encargos Sociais; Tem por finalidade identificar os objetos de gasto, tais como
2 - Juros e Encargos da Dívida; vencimentos e vantagens fixas, juros, diárias, material de
3 - Outras Despesas Correntes; consumo, serviços de terceiros prestados sob qualquer
4 - Investimentos; forma, subvenções sociais, obras e instalações,
5 - Inversões Financeiras; equipamentos e material permanente, auxílios, amortização
6 - Amortização da Dívida; e e outros que a administração pública utiliza para a
9 - Reserva de Contingência. consecução de seus fins.
4.2.1.3. Modalidade de Aplicação
A modalidade de aplicação destina-se a indicar se os 01 - Aposentadorias e Reformas
recursos serão aplicados mediante transferência financeira, 03 - Pensões
inclusive a decorrente de descentralização orçamentária 04 - Contratação por Tempo Determinado
para outras esferas de Governo, seus órgãos ou entidades, 05 - Outros Benefícios Previdenciários
ou diretamente para entidades privadas sem fins lucrativos e 06 - Benefício Mensal ao Deficiente e ao Idoso
outras instituições; ou, então, diretamente pela unidade 07 - Contribuição a Entidades Fechadas de Previdência
detentora do crédito orçamentário, ou por outro órgão ou 08 - Outros Benefícios Assistenciais
entidade no âmbito do mesmo nível de Governo. 09 - Salário-Família
A modalidade de aplicação objetiva, principalmente, eliminar 10 - Outros Benefícios de Natureza Social
a dupla contagem dos recursos transferidos ou 11 - Vencimentos e Vantagens Fixas - Pessoal Civil
descentralizados. 12 - Vencimentos e Vantagens Fixas - Pessoal Militar
20 - Transferências à União 13 - Obrigações Patronais
30 - Transferências a Estados e ao Distrito Federal 14 - Diárias - Civil
40 - Transferências a Municípios 15 - Diárias - Militar
50 - Transferências a Instituições Privadas sem Fins 16 - Outras Despesas Variáveis - Pessoal Civil
Lucrativos 17 - Outras Despesas Variáveis - Pessoal Militar
60 - Transferências a Instituições Privadas com Fins 18 - Auxílio Financeiro a Estudantes
Lucrativos 19 - Auxílio-Fardamento
70 - Transferências a Instituições Multigovernamentais 20 - Auxílio Financeiro a Pesquisadores
71 - Transferências a Consórcios Públicos 21 - Juros sobre a Dívida por Contrato
80 - Transferências ao Exterior 22 - Outros Encargos sobre a Dívida por Contrato
90 - Aplicações Diretas 23 - Juros, Deságios e Descontos da Dívida Mobiliária
91 - Aplicação Direta Decorrente de Operação entre Órgãos, 24 - Outros Encargos sobre a Dívida Mobiliária
Fundos e 25 - Encargos sobre Operações de Crédito por Antecipação
Entidades Integrantes dos Orçamentos Fiscal e da da Receita
Seguridade Social 26 - Obrigações decorrentes de Política Monetária
99 - A Definir 27 - Encargos pela Honra de Avais, Garantias, Seguros e
4.2.1.4. Elemento de Despesa Similares
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28 - Remuneração de Cotas de Fundos Autárquicos 73 - Correção Monetária ou Cambial da Dívida Contratual


30 - Material de Consumo Resgatada
31 - Premiações Culturais, Artísticas, Científicas, Desportivas 74 - Correção Monetária ou Cambial da Dívida Mobiliária
e Outras Resgatada
32 - Material de Distribuição Gratuita 75 - Correção Monetária da Dívida de Operações de Crédito
33 - Passagens e Despesas com Locomoção por Antecipação da Receita
34 - Outras Despesas de Pessoal decorrentes de Contratos 76 - Principal Corrigido da Dívida Mobiliária Refinanciado
de Terceirização 77 - Principal Corrigido da Dívida Contratual Refinanciado
35 - Serviços de Consultoria 81 - Distribuição Constitucional ou Legal de Receitas
36 - Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Física 91 - Sentenças Judiciais
37 - Locação de Mão-de-Obra 92 - Despesas de Exercícios Anteriores
38 - Arrendamento Mercantil 93 - Indenizações e Restituições
39 - Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Jurídica 94 - Indenizações e Restituições Trabalhistas
41 - Contribuições 95 - Indenização pela Execução de Trabalhos de Campo
42 - Auxílios 96 - Ressarcimento de Despesas de Pessoal Requisitado
43 - Subvenções Sociais 99 - A Classificar
45 - Equalização de Preços e Taxas 4.2.2. Identificador de Uso - IDUSO
46 - Auxílio-Alimentação Esse código vem completar a informação concernente à
47 - Obrigações Tributárias e Contributivas aplicação dos recursos e destina-se a indicar se os recursos
48 - Outros Auxílios Financeiros a Pessoas Físicas compõem contrapartida nacional de empréstimos ou de
49 - Auxílio-Transporte doações ou destinam-se a outras aplicações, constando da
51 - Obras e Instalações lei orçamentária e de seus créditos adicionais.
52 - Equipamentos e Material Permanente 0- recursos não destinados à contrapartida;
61 - Aquisição de Imóveis 1- contrapartida – Banco Internacional para a Reconstrução
62 - Aquisição de Produtos para Revenda eo
63 - Aquisição de Títulos de Crédito Desenvolvimento - BIRD;
64 - Aquisição de Títulos Representativos de Capital já 2- contrapartida – Banco Interamericano de
Integralizado Desenvolvimento - BID;
65 - Constituição ou Aumento de Capital de Empresas 3- contrapartida de empréstimos com enfoque setorial
66 - Concessão de Empréstimos e Financiamentos amplo;
67 - Depósitos Compulsórios 4- contrapartida de outros empréstimos; e
71 - Principal da Dívida Contratual Resgatado 5- contrapartida de doações.
72 - Principal da Dívida Mobiliária Resgatado
4.2.3. Identificador de Doação e de Operação de Crédito - O número do IDOC também será usado nas ações de
IDOC pagamento de amortização, juros e encargos contratuais
O IDOC identifica as doações de entidades internacionais ou para identificar a operação de crédito a que se referem os
operações de crédito contratuais alocadas nas ações pagamentos.
orçamentárias, com ou sem contrapartida de recursos da Quando os recursos não se destinarem à contrapartida nem
União. Os gastos referentes à contrapartida de empréstimos se referirem a doações internacionais ou operações de
serão programados com o Identificador de Uso – IDUSO – crédito, o IDOC será 9999.
igual a 1, 2, 3 ou 4 e o IDOC com o número da respectiva Nesse sentido, para as doações de pessoas, de entidades
operação de crédito, enquanto que, para as contrapartidas privadas nacionais e as destinas ao combate à fome, deverá
de doações serão utilizados o IDUSO 5 e respectivo IDOC. ser utilizado o IDOC 9999.
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4.2.4. Classificação da Despesa por Identificador de Nenhuma ação poderá conter, simultaneamente, dotações
Resultado Primário destinadas a despesas financeiras e primárias.
O identificador de resultado primário, de caráter indicativo, Os investimentos governamentais ao Projeto Piloto de
tem como finalidade auxiliar a apuração do resultado Investimentos Públicos - PPI (gastos em infra-estrutura:
primário previsto na Lei de Diretrizes Orçamentárias portos, aeroportos, estradas e ferrovias, entre outros) não
devendo constar no Projeto de Lei Orçamentária Anual – são contabilizados no cálculo do superávit primário.
PLOA e na respectiva Lei em todos os grupos de natureza da
despesa, identificando, de acordo com a metodologia de
cálculo das necessidades de financiamento, cujo
demonstrativo constará em anexo à Lei Orçamentária.

0 - financeira; Decreto 93872/86 Art . 115. A dívida pública abrange a


1 - primária obrigatória, ou seja, aquelas que constituem dívida flutuante e a dívida fundada ou consolidada.
obrigações constitucionais ou legais da União e constem da
Seção I do Anexo V da LDO; § 1º A dívida flutuante compreende os compromissos
2 - primária discricionária, assim consideradas aquelas não exigíveis, cujo pagamento independe de autorização
incluídas no anexo específico citado no item anterior; orçamentária, assim entendidos:
3 - despesas relativas ao Projeto Piloto de Investimentos
Públicos – PPI, conforme o art. Disposto na LDO, constante a) os restos a pagar, excluídos os serviços da dívida;
de Anexo específico da Lei Orçamentária Anual; e
4 - despesas constantes do orçamento de investimento das b) os serviços da dívida;
empresas estatais que não impactam o resultado primário.
DÍVIDA PASSIVA c) os depósitos, inclusive consignações em folha;
Compreendem a chama da dívida passiva: a dívida flutuante
e a dívida fundada ou consolidada. d) as operações de crédito por antecipação de receita;
Dívida flutuante
Lei 4320/64 Art. 92. A dívida flutuante compreende: e) o papel-moeda ou moeda fiduciária.
I - os restos a pagar, excluídos os serviços da dívida;
Dívida Fundada ou Consolidada
II - os serviços da dívida a pagar;
Lei 4320/64 Art. 98. A divida fundada compreende os
III - os depósitos; compromissos de exigibilidade superior a doze meses,
contraídos para atender a desequilíbrio orçamentário ou a
IV - os débitos de tesouraria. financeiro de obras e serviços públicos.

Decreto 93872/86 Art . 115. § 2º A dívida fundada ou


• Oriunda de despesa orçamentária: restos a pagar e consolidada compreende os compromissos de exigibilidade
serviços da dívida a pagar
superior a 12 (doze) meses contraídos mediante emissão de
• Origem extra – orçamentária: depósitos de terceiros,
débitos de tesouraria títulos ou celebração de contratos para atender a
• Dívidas a ser paga em até 12 meses desequilíbrio orçamentário, ou a financiamento de obras e
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serviços públicos, e que dependam de autorização legislativa


para amortização ou resgate.
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RECEITA PÚBLICA A Lei nº 4.320/64 regulamenta os ingressos de


Receita Pública é a soma de ingressos orçamentários disponibilidades de todos os entes da federação
(impostos, taxas, contribuições e outras fontes de recursos) classificando-os em dois grupos: orçamentários e extra-
arrecadados para atender às despesas públicas. orçamentários.
Outro conceito para Receitas Públicas são todos os ingressos Os ingressos orçamentários são aqueles pertencentes ao
de caráter não devolutivo auferidas pelo poder público para ente público arrecadados exclusivamente para aplicação em
alocação e cobertura das despesas públicas. Dessa forma, programas e ações governamentais. Estes ingressos são
todo o ingresso orçamentário constitui uma receita pública, denominados Receita Pública.
pois tem como finalidade atender às despesas públicas. Os ingressos extra-orçamentários são aqueles pertencentes
As receitas públicas constituem rendas do Estado e podem a terceiros arrecadados pelo ente público exclusivamente
ser originárias ou derivadas. para fazer face às exigências contratuais pactuadas para
a) Receitas Originárias: São aquelas que provêm do próprio posterior devolução. Têm caráter provisório. Estes ingressos
patrimônio do Estado. Ex: Patrimoniais, Agropecuárias, são denominados recursos de terceiros.
Industriais, de Serviços. De acordo com os conceitos contábeis e orçamentários
b) Receitas Derivadas: São aquelas obtidas pelo Estado estabelecidos, a Receita Pública pode ou não provocar
mediante sua autoridade coercitiva. Dessa forma, o Estado variação na situação patrimonial líquida. Conforme os efeitos
exige que o particular entregue uma determinada quantia na produzidos ou não no Patrimônio Líquido, a Receita Pública
forma de tributos ou de multas. pode ser efetiva e não-efetiva.
A Receita Pública Efetiva é aquela em que os ingressos de O Código Tributário Nacional, em seu artigo 142,
disponibilidades de recursos não constituem obrigações estabelece que o lançamento compete privativamente
correspondentes e por isto alteram a situação líquida
patrimonial. É aquela proveniente das funções próprias do à autoridade administrativa preenchendo as finalidades
setor público enquanto agente arrecadador. Ex. impostos. de:
A Receita Pública Não-Efetiva é aquela em que os ingressos a) verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação;
de disponibilidades de recursos não alteram a situação b) calcular o montante do tributo devido;
líquida patrimonial. As receitas não-efetivas não partem da
arrecadação. Ex. operações de crédito. c) identificar o sujeito passivo; e, conforme o caso,
d) propor a penalidade cabível.
É preciso destacar que algumas receitas não estão
ESTÁGIOS DAS RECEITAS sujeitas a lançamento e ingressam
diretamente no estágio arrecadação. É o caso, por
Previsão
exemplo, das receitas realizadas pelo lado empresarial
É a estimativa do que se espera arrecadar durante o
do Estado, isto é, receita originária. Só passam pela fase
exercício.
de lançamento as receitas provenientes de tributos,
Lançamento
receitas derivadas.
De acordo com artigo 53 da Lei nº 4.320/1964, o
Arrecadação
lançamento da receita é assim definido:
O momento da arrecadação é aquele em que os
"... é o ato da repartição competente, que verifica a
contribuintes comparecem perante os agentes
procedência do crédito fiscal e
arrecadadores, geralmente através de
a pessoa que lhe é devedora e inscreve o débito desta”.
estabelecimentos bancários oficiais ou privados,
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devidamente credenciados, a fim de liquidarem suas Constituição, quando todas as disponibilidades do


obrigações para com o Estado. Tesouro Nacional, existentes nos agentes financeiros,
Recolhimento foram transferidas para o Banco Central do Brasil, em
Caracteriza-se pela entrega do produto da arrecadação uma conta única centralizada, exercendo o Banco do
efetuado pelos agentes arrecadadores diretamente ao Brasil a função de agente financeiro do Tesouro
caixa da União, Tesouro Nacional. Só através do Nacional.
recolhimento, em conta específica, é que se pode dizer C.F. Artigo n. º 164 §3.
que os recursos estão disponíveis para a utilização pelos “As disponibilidades de caixa da União serão
gestores financeiros, em nome da União. depositadas no banco central (...)”.
Não é demais lembrar que artigo 56 da Lei nº A instituição da Conta Única possibilitou a
4.320/1964 estabelece que "o recolhimento de todas as racionalização da administração financeira,
receitas far-se-á em estrita observância ao princípio de reduzindo a pressão sobre o caixa do Tesouro, além de
unidade de tesouraria, vedada qualquer fragmentação agilizar os processos de transferência de recursos e os
para criação de caixas especiais”. pagamentos a terceiros.
As regras dispondo sobre a unificação dos recursos do
A lei 4.320/1964, em seu artigo 35, estabelece que Tesouro Nacional em Conta Única foram estabelecidas
pertencem ao exercício financeiro as receitas nele inicialmente no decreto n. º 93.872, de 23 de dezembro
arrecadadas. Em decorrência dessa determinação diz-se de 1986, nos seguintes termos:
que na contabilidade pública adota-se o regime de caixa “CAPÍTULO I
para a classificação da receita. Da Unificação dos Recursos de Caixa do Tesouro Nacional
Art 1º A realização da receita e da despesa da União far-se-á
Conta única do Tesouro Nacional por via bancária, em
O Decreto-Lei 200, de 25 de fevereiro de 1967, ao estrita observância ao princípio de unidade de caixa (Lei nº
promover a organização da 4.320/1964, art. 56 e
Decreto-lei nº 200/67, art. 74).
Administração Federal e estabelecer diretrizes para a
Art 2º A arrecadação de todas as receitas da União far-se-á
Reforma Administrativa, determinou ao Ministério da
na forma disciplinada
Fazenda que promovesse a unificação dos recursos
pelo Ministério da Fazenda, devendo o seu produto ser
movimentados pelo Tesouro Nacional, através de sua obrigatoriamente recolhido à
Caixa junto ao agente financeiro da União, com o conta do Tesouro Nacional no Banco do Brasil S.A. (Decreto-
objetivo de obter maior economia operacional e lei nº 1.755/79, art. 1º).
racionalizar a execução da programação financeira de § 1º Para os fins deste decreto, entende-se por receita da
desembolso. União todo e qualquer
Essa determinação legal foi cumprida em setembro de ingresso de caráter originário ou derivado, ordinário ou
1988, com a promulgação da extraordinário e de natureza
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orçamentária ou extra-orçamentária, seja geral ou vinculado, A conta única do Tesouro Nacional mantida no Banco
que tenha sido Central constitui a unificação de
decorrente, produzido ou realizado direta ou indiretamente todas as disponibilidades financeiras das unidades
pelos órgãos competentes. gestoras do governo federal participantes do Sistema
§ 2º Caberá ao Ministério da Fazenda a apuração e a
Integrado de Administração Financeira - SIAFI.
classificação da receita
A partir da edição da Medida Provisória nº 1.782, de
arrecadada, com vistas à sua destinação constitucional.
§ 3º (revogado pelo § 3º Art. 164 da CF/1988)
14.12.1998, atual MP 2.170-36, de 23.08.2001, as
Art 3º Os recursos de caixa do Tesouro Nacional disponibilidades das Autarquias, Fundos e Fundações
compreendem o produto das públicas passaram obrigatoriamente a ser
receitas da União, deduzidas as parcelas ou cotas -partes dos movimentados sob os mecanismos da conta única.
recursos tributários e Art. 1º Os recursos financeiros de todas as fontes de receitas
de contribuições, destinadas aos Estados, ao Distrito Federal, da União e de suas
aos Territórios e aos autarquias e fundações públicas, inclusive fundos por elas
Municípios, na forma das disposições constitucionais administrados, serão
vigentes. depositados e movimentados exclusivamente por
Parágrafo único. O Banco do Brasil S.A. fará o crédito em intermédio dos mecanismos da
conta dos beneficiários conta única do Tesouro Nacional, na forma regulamentada
mencionados neste artigo tendo em vista a apuração e a pelo Poder Executivo.
classificação da receita Parágrafo único. Nos casos em que características
arrecadada, bem assim os percentuais de distribuição ou operacionais específicas não
índices de rateio definidos permitam a movimentação financeira pelo sistema de caixa
pelos órgãos federais competentes, observados os prazos e único do Tesouro
condições estabelecidos Nacional, os recursos poderão, excepcionalmente, a critério
na legislação específica (Decreto-lei nº 1.805/80, § 1º, do art. do Ministro de Estado da
2º). Fazenda, ser depositados no Banco do Brasil S.A. ou na Caixa
Art 4º (Revogado pelo pelo § 3º artigo 164 da CF) Econômica Federal.
§ 3º Em casos excepcionais e para fins específicos, o Ministro
da Fazenda poderá
autorizar o levantamento da restrição estabelecida no caput
deste artigo.
Art 5º O pagamento da despesa, obedecidas as normas
reguladas neste decreto,
será feito mediante saques contra a conta do Tesouro
Nacional (Decreto-lei nº
200/67, parágrafo único do art. 92).
....”
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DÍVIDA ATIVA § 3º - O valor do crédito da Fazenda Nacional em moeda


Art. 39. Os créditos da Fazenda Pública, de natureza estrangeira será convertido ao correspondente valor na
tributária ou não tributária, serão escriturados como receita moeda nacional à taxa cambial oficial, para compra, na data
do exercício em que forem arrecadados, nas respectivas da notificação ou intimação do devedor, pela autoridade
rubricas orçamentárias. (Redação dada pelo Decreto Lei nº administrativa, ou, à sua falta, na data da inscrição da Dívida
1.735, de 20.12.1979) Ativa, incidindo, a partir da conversão, a atualização
monetária e os juros de mora, de acordo com preceitos
§ 1º - Os créditos de que trata este artigo, exigíveis pelo
legais pertinentes aos débitos tributários. (Parágrafo incluído
transcurso do prazo para pagamento, serão inscritos, na
pelo Decreto Lei nº 1.735, de 20.12.1979)
forma da legislação própria, como Dívida Ativa, em registro
próprio, após apurada a sua liquidez e certeza, e a respectiva § 4º - A receita da Dívida Ativa abrange os créditos
receita será escriturada a esse título. (Parágrafo incluído pelo mencionados nos parágrafos anteriores, bem como os
Decreto Lei nº 1.735, de 20.12.1979) valores correspondentes à respectiva atualização monetária,
à multa e juros de mora e ao encargo de que tratam o art. 1º
§ 2º - Dívida Ativa Tributária é o crédito da Fazenda Pública
do Decreto-lei nº 1.025, de 21 de outubro de 1969, e o art.
dessa natureza, proveniente de obrigação legal relativa a
3º do Decreto-lei nº 1.645, de 11 de dezembro de 1978.
tributos e respectivos adicionais e multas, e Dívida Ativa não
(Parágrafo incluído pelo Decreto Lei nº 1.735, de 20.12.1979)
Tributária são os demais créditos da Fazenda Pública, tais
como os provenientes de empréstimos compulsórios, § 5º - A Dívida Ativa da União será apurada e inscrita na
contribuições estabelecidas em lei, multa de qualquer Procuradoria da Fazenda Nacional. (Parágrafo incluído pelo
origem ou natureza, exceto as tributárias, foros, laudêmios, Decreto Lei nº 1.735, de 20.12.1979)
alugueis ou taxas de ocupação, custas processuais, preços de
serviços prestados por estabelecimentos públicos, A inscrição da dívida é um fato de natureza extra-
orçamentária e provoca um aumento no patrimônio líquido
indenizações, reposições, restituições, alcances dos
representado por uma conta de variação patrimonial
responsáveis definitivamente julgados, bem assim os
aumentativa.O cancelamento da dívida ativa , que também é
créditos decorrentes de obrigações em moeda estrangeira, um fato de natureza extra- orçamentária, provoca uma
de subrogação de hipoteca, fiança, aval ou outra garantia, de redução no patrimônio líquido representada por uma conta
contratos em geral ou de outras obrigações legais. de variação patrimonial diminutiva.
(Parágrafo incluído pelo Decreto Lei nº 1.735, de 20.12.1979) Já o recebimento da dívida ativa, é um fato de natureza
orçamentária e que não altera o patrimônio líquido.

1. Natureza da Receita esquema inicial de classificação foi desdobrado em seis


Cabe à Secretaria de Orçamento Federal/MP o detalhamento níveis, que formam o código identificador da natureza de
da classificação da receita a ser utilizado, no âmbito da receita, conforme consta no Manual Técnico do Orçamento
União, o que é feito por meio de portaria de classificação – MTO, bem como no Ementário de Classificação das
orçamentária por natureza de receita. Receitas Orçamentárias, de 2006, às páginas 42 e 43.
A classificação da receita por natureza busca a melhor O sistema de classificação de receitas obedecia a seguinte
identificação da origem do recurso segundo seu fato codificação:
gerador. Face à necessidade de constante atualização e
melhor identificação dos ingressos aos cofres públicos, o
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Com a finalidade de melhorar o entendimento dessa CORES RUBRAS


codificação, a mesma foi substituída pela codificação a C ategoria Econômica
seguir: OR igem
Observa-se que esta atual classificação substitui a anterior ES pécie
com relação aos itens Y e Z, em que esses eram classificados RUBR ica
como fonte e subfonte, respectivamente. A línea
S ubalínea
1.1. Categoria Econômica da Receita resultante do balanceamento dos totais das receitas e
A receita é classificada em duas categorias econômicas, com despesas correntes, apurado na demonstração a que se
os seguintes códigos: refere o Anexo nº 1 da Lei nº 4.320/64, não constituirá item
1. Receitas Correntes: classifica-se nessa categoria aquelas de receita orçamentária.
receitas oriundas do poder impositivo do Estado - Tributária
e de Contribuições; da exploração de seu patrimônio – Cabe ainda destacar a distinção entre Receita de Capital e
Patrimonial; da exploração de atividades econômicas - Receita Financeira. O conceito de Receita Financeira surgiu
Agropecuária, Industrial e de Serviços; as provenientes de com a adoção pelo Brasil da metodologia de apuração do
recursos financeiros recebidos de outras pessoas de direito resultado primário, oriundo de acordos com o Fundo
público ou privado, quando destinadas a atender despesas Monetário Internacional - FMI.
classificáveis em Despesas Correntes – Transferências Desse modo, passou-se a denominar como Receitas
Correntes; e as demais receitas que não se enquadram nos Financeiras aquelas receitas que não são consideradas na
itens anteriores – Outras Receitas Correntes; e apuração do resultado primário, como as derivadas de
aplicações no mercado financeiro ou da rolagem e emissão
2. Receitas de Capital: de acordo com o art. 11, § 2º da Lei nº de títulos públicos.
4.320, de 17 de março de 1964, com redação dada pelo 1.2. Origem
Decreto-Lei nº 1.939, de 20 de maio de 1982, são as A origem refere-se ao detalhamento da classificação
provenientes da realização de recursos financeiros oriundos econômica das receitas, ou seja, ao detalhamento das
de constituição de dívidas; da conversão, em espécie, de receitas correntes e de capital de acordo com a Lei nº 4.320,
bens e direitos; os recursos recebidos de outras pessoas de de 1964. A mudança da atual nomenclatura (de “fonte” para
direito público ou privado, destinados a atender despesas “origem”) deveu-se à imprecisão do conceito existente entre
classificáveis em Despesas de Capital e, ainda, o Superávit do a fonte a que se refere esse classificador de receitas e a
Orçamento Corrente. O Superávit do Orçamento Corrente fonte
relacionada com o financiamento das despesas constantes 1. Operações de Crédito
da programação orçamentária. Os códigos da origem para as 2. Alienação de Bens
receitas correntes e de capital são respectivamente: 3. Amortização de Empréstimos
Receitas Correntes 4. Transferências de Capital
1. Receita Tributária 5. Outras Receitas de Capital
2. Receita de Contribuições
3. Receita Patrimonial Receita Tributária
o
4. Receita Agropecuária De acordo com o art 3 do Código Tributário Nacional (CTN) tributo
5. Receita Industrial é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor
6. Receita de Serviços nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito,
instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa
7. Transferências Correntes
plenamente vinculada.
9. Outras Receitas Correntes
Receitas de Capital
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As receitas tributárias (receita derivada) são compostas pelas estabelecida pela lei complementar que o institua. Entretanto, são
receitas definidas como tributos pelo CTN (impostos, taxas e tributos de arrecadação vinculada, pois a aplicação dos recursos
contribuições de melhoria) e pelos empréstimos compulsórios. obtidos deve estar vinculada á despeça que fundamentou sua
Impostos instituição.
Receita de Contribuições
Os impostos, de acordo com o art. 16 do CTN, são tributos cuja
obrigação tem por fato gerador uma situação independente de As contribuições arrecadadas pelo poder público podem ser
qualquer atividade estatal específica relativa ao contribuinte, ou divididas em fiscais e parafiscais. As contribuições fiscais são
seja, são cobrados pelo poder público sem um fim específico arrecadadas para utilização em fins específicos, como é o caso da
definido como contrapartida. Os impostos são tributos não- CPMF, cujo produto da arrecadação é destinado à saúde,
vinculados, ou seja, o fato gerador não é uma atividade do Estado, previdência social e Fundo de Combate à Pobreza. Já as
mas uma atividade ou situação econômica do contribuinte. contribuições parafiscais ou especiais são arrecadas pela
Taxas administração fiscal para órgãos de representação e defesa de
interesses profissionais, podendo ser administradas por entidades
De acordo com o art. 77 do CTN, as taxas cobradas pela União, governamentais ou não governamentais e não estão previstas no
pelos Estados, pelo Distrito Federal e pelos Municípios, no âmbito CTN. Como exemplo de contribuições parafiscais temos as do
de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício Sistema S (Senar, Sesi, Senai, Senac, Sest, Senat, Sebrae, entre
regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de outros).
serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou As contribuições ainda podem ser divididas em sociais, de
posto à sua disposição. As taxas são tributos vinculados, pois o fato intervenção no domínio econômico e de interesse de categorias
gerador é uma atividade estatal específica. profissionais.
Cabe destacar a diferença entre taxa e preço público ou tarifa. As As contribuições sociais são destinadas ao custeio da seguridade
taxas são cobradas coercitivamente, se sujeitam aos princípios social, que compreende a previdência social, a saúde e a
tributários, o regime jurídico adotado e o de direito público, assistência social. São exemplos de contribuições sociais:
podendo ser cobradas também pela utilização potencial do serviço contribuições previstas no art. 195 da CF, PIS/PASEP, COFINS,
e sua cobrança não precisa ser proporcional à utilização. As tarifas contribuições do Sistema S, salário-educação, etc.
utilizam o regime jurídico contratual, de direito privado, admitem As contribuições de intervenção no domínio econômico são
rescisão, decorrem da autonomia da vontade, sua cobrança só resultantes de uma atuação estatal exercida em favor de
pode ser feita com a utilização efetiva e deve ser proporcional à determinado grupo ou coletividade. Como exemplo, temos a CIDE-
utilização e não estão sujeitas aos princípios tributários. combustíveis, que incide sobre a importação ou comercialização de
Contribuições de Melhoria petróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados, e álcool
combustível. São de competência exclusiva da União, sem
Segundo o art. 81 do CTN, a contribuição de melhoria cobrada pela qualquer exceção.
União, Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no As contribuições de interesse de categorias profissionais ou
âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para fazer face econômicas são de competência exclusiva da União, sem qualquer
aos custos de obras públicas que decorra valorização imobiliária, exceção, e sua arrecadação é destinada aos órgãos representativos
tendo como limite total a despesa realizada e como limite de categorias profissionais legalmente regulamentadas ou órgãos
individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada de defesa de interesse de empregadores ou empregados. Como
imóvel beneficiado. São tributos vinculados. exemplo, temos as contribuições dos Conselhos Regionais de
Empréstimos Compulsórios Economia, Conselhos Regionais de Odontologia, etc.
A partir da emenda no 39/2002, surgiu uma nova contribuição
De acordo com a CF, os empréstimos compulsórios, tributos de definida no art. 149-A, da CF: a contribuição de iluminação pública,
competência privativa da União, sem exceção, são instituídos por cuja competência para instituição é exclusiva dos municípios e do
lei complementar nas seguintes condições: calamidade pública, Distrito Federal e cujo fato gerador é vinculado à prestação do
guerra externa ou sua iminência; e investimento público de caráter serviço de iluminação pública. Sua arrecadação também é
urgente e relevante interesse nacional. Podem ser vinculados ou vinculada ao custeio da iluminação pública.
não-vinculados, dependendo da hipótese de incidência Receita Patrimonial
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A receita patrimonial é uma receita originária relacionada ao Amortização de empréstimos corresponde aos recursos obtidos
resultado financeiro oriundo da exploração do patrimônio poder através de recebimento de parcelas de empréstimos ou
público, sendo proveniente de receitas imobiliárias (aluguéis, financiamentos concedidos.
arrendamentos, taxas de ocupação de imóveis, entre outros), Transferências de Capital
receitas de valores mobiliários (juros, rendimentos de aplicações
financeiras, etc) e receitas de concessões e permissões (outorga Transferências de capital são receitas provenientes de outros
de serviços de telecomunicações, de transportes, etc). órgãos ou entidades, que são transferidos a entidade recebedora,
Receita Agropecuária desde que sejam utilizados em despesas de capital.
Outras Receitas de Capital
A receita agropecuária é oriunda de produtos de origem vegetal,
animal e derivados, isto é, receitas advindas de produtos agrícolas, São recursos provenientes de outras origens não classificáveis em
da pecuária, criação de animais de pequeno porte e das atividades nenhuma das categorias expostas acima, mas que são
de transformação ou beneficiamento de produtos agropecuários, considerados receitas de capital.
entre outros.
Receita Industrial
1.3. Espécie
É a receita proveniente da venda de mercadorias ou serviços A espécie constitui um maior detalhamento da categoria
relacionados a atividades industriais, como, por exemplo, de
anterior (origem). Essa classificação não está relacionada à
construção civil, de extração mineral, de transformação, etc.
Receita de Serviços
Lei nº 4.320, de 1964, mas sim à classificação adotada pela
SOF/STN (classificação discricionária). No caso dos tributos, a
A receita de serviço é advinda da prestação de serviços de espécie relaciona os tipos de tributos previstos na
transporte, de comunicação, portuários, de saúde, de inspeção, de Constituição Federal. A mudança da atual nomenclatura (de
fiscalização, comerciais, financeiros, judiciários, etc. “subfonte” para “espécie”) deveu-se também à imprecisão
Transferências Correntes daquele conceito, uma vez que alguns entendiam que se
tratava de especificação das fontes de recursos relacionadas
Transferências correntes são receitas provenientes de outros ao financiamento das despesas constantes da programação
órgãos ou entidades, que são transferidos a entidade recebedora e
orçamentária.
utilizados em despesas correntes.
Outras Receitas Correntes
A rubrica é o nível que detalha a espécie com maior precisão,
São recursos provenientes de outras origens não classificáveis em especificando a origem dos recursos financeiros. Agrega
nenhuma das categorias expostas acima, mas que são determinadas receitas com características próprias e
considerados receitas correntes. semelhantes entre si.
Operações de Crédito 1.5. Alínea
A alínea é o nível que apresenta o nome da receita
As operações de crédito são recursos oriundos da venda de títulos propriamente dita e que recebe o registro pela entrada de
públicos ou contratação de financiamentos e empréstimos junto a recursos financeiros.
outras entidades públicas ou privadas.
1.6. Subalínea
Alienação de Bens
A subalínea constitui o nível mais analítico da receita, o qual
É a receita de capital proveniente da alienação de bens e direitos recebe o registro de valor, pela entrada do recurso
do ativo permanente. financeiro, quando houver necessidade de maior
Amortização de Empréstimos detalhamento da alínea.
1.7. Exemplo de Natureza da Receita
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SUPRIMENTO DE FUNDOS ultrapassar limite estabelecido em Portaria do Ministro


da Fazenda.
Em face da necessidade de se haver um efetivo Os valores de um suprimento de fundos entregues ao
planejamento quanto à gestão pública dos recursos suprido poderão relacionar-se a mais de uma
diante das demandas surgidas, planejar é preciso. natureza de despesa, desde que precedidos dos
Porém, como em muitas vezes não se pode imaginar empenhos nas dotações respectivas, respeitados os
todas as possibilidades dessas demandas, poderão valores de cada natureza.
ocorrer eventualidades (excepcionalidades) que terão O limite máximo para a concessão de suprimento por
de ser atendidas, uma vez que o seu não-atendimento meio do Cartão de Pagamento do Governo Federal,
poderá ocasionar prejuízos ou conseqüências quando se tratar de despesa de pequeno vulto:
desastrosas à Administração. • para obras e serviços de engenharia será o
Ao ocorrer uma eventualidade, e houver a necessidade correspondente a 10% (dez por cento) do valor
de atendê-la, de maneira rápida, não podendo aguardar estabelecido na alínea “a” (convite) do inciso “I” do
o processo normal (procedimento licitatório), uma das artigo 23, da Lei 8.666/93, alterada pela Lei 9.648/98;
possibilidades é atendê-la por meio de um • para outros serviços e compras em geral, será o
procedimento denominado concessão de suprimento correspondente a 10% (dez por cento) do valor
de fundos. estabelecido na alínea “a” (convite) do inciso “II” do
O Suprimento de Fundos consiste na entrega de artigo 23, Lei 8.666/93, alterada pela Lei 9.648/98.
numerário a servidor, sempre precedida de prévio O limite máximo para realização por despesa de
empenho na dotação própria à despesa a realizar, e que pequeno vulto em cada NOTA FISCAL/FATURA/RECIBO/
a critério do Ordenador de Despesas, e sob sua inteira CUPOM FISCAL:
responsabilidade, não possa subordinar-se ao processo • na execução de obras e serviços de engenharia, será o
normal de execução de despesas. correspondente a 1% (um por cento) do valor
De acordo com o artigo 45 do decreto nº 93872/1986, estabelecido na alínea “a” do inciso “I”(convite) do
o suprimento de fundos poderá ser utilizado nas artigo 23, da Lei 8.666/93, alterada pela Lei 9.648/98;
seguintes situações: • nos outros serviços e compras em geral, será de 1%
• para atender despesas eventuais, inclusive em viagem (um por cento) do valor estabelecido na alínea “a”
e com serviços especiais, que exijam pronto pagamento (convite) do inciso “II” do artigo 23, Lei 8.666/93,
em espécie; alterada pela Lei 9.648/98.
• quando a despesa deva ser feita em caráter sigiloso, O limite máximo para a concessão de suprimento por
conforme se classificar em regulamento; e meio de conta-corrente, quando se tratar de despesa
• para atender despesas de pequeno vulto, assim de pequeno vulto: • para obras e serviços de
entendidas aquelas cujo valor, em cada caso, não engenharia será o correspondente a 5% (cinco por
cento) do valor estabelecido
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na alínea “a” (convite) do inciso “I” do artigo 23, da Lei valores constantes dos limites máximos para realização
8.666/93, alterada pela Lei 9.648/98; de despesa de pequeno vulto em cada NOTAFISCAL/
• para outros serviços e compras em geral, será o FATURA/ RECIBO/CUPOM FISCAL.
correspondente a 5%(cinco por cento) do valor  O valor do Suprimento de Fundos inclui os valores
estabelecido na alínea “a” (convite) do inciso “II” do referentes às Obrigações Tributárias e de Contribuições,
artigo 23, Lei 8.666/93, alterada pela Lei 9.648/98. não podendo em hipótese alguma ultrapassar os limites
A concessão de SF deverá ocorrer por meio do Cartão estabelecidos quando se tratar de despesas de
de Pagamento do Governo Federal. Excepcionalmente, pequeno vulto.
onde comprovadamente não for possível a utilização do  Excepcionalmente, a critério da autoridade de nível
cartão, poderá ocorrer por meio de depósito em conta ministerial, desde que caracterizada a necessidade em
corrente ou por posse de valor em espécie. despacho fundamentado, poderão ser concedidos
O limite máximo para realização de despesa de suprimentos de fundos em valores superiores aos
pequeno vulto em cada NOTA FISCAL/FATURA/RECIBO/ fixados com os limites máximos.
CUPOM FISCAL: A proposta de concessão de suprimento de fundos
• na execução de obras e serviços de engenharia, será o deverá conter:
correspondente a 0,25% (vinte e cinco centésimos por • a finalidade;
cento) do valor estabelecido na alínea “a” do inciso “I” • a justificativa da excepcionalidade da despesa por
(convite) do artigo 23, da Lei 8.666/93, alterada pela Lei suprimento de fundos, indicando fundamento
9.648/98; normativo;
• nos outros serviços e compras em geral, será de • a especificação da ND - Natureza da Despesa e do PI –
0,25% (vinte e cinco centésimos por cento) do valor Plano Interno, quando for o caso; e
estabelecido na alínea “a” (convite) do inciso “II” do • indicação do valor total e por cada natureza de
artigo 23, Lei 8.666/93, alterada pela Lei 9.648/98. despesa.
Limite máximo para concessão de SF O servidor que receber Suprimento de Fundos é
CARTÃO DE PAGAMENTO CONTA-CORRENTE obrigado a prestar contas de sua aplicação, procedendo
Limite de concessão - se, automaticamente, à tomada de contas se não o
Obras e serviços de engenharia R$ 15.000,00 R$ fizer no prazo assinalado pelo Ordenador de Despesa,
7.500,00 sem prejuízo das providências administrativas para
Compras e serviços R$ 8.000,00 R$ 4.000,00 apuração das responsabilidades.
Limite de despesa por NF A importância aplicada até 31 de dezembro será
Obras e serviços de engenharia R$ 1.500,00 R$ 375,00 comprovada até 15 de janeiro seguinte.
Compras e serviços R$ 800,00 R$ 200,00 A comprovação das despesas realizadas deverá estar
 vedado o fracionamento de despesa ou do devidamente atestada por outro servidor que tenha
documento comprobatório, para adequação dos conhecimento das condições em que estas foram
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efetuadas, em comprovante original cuja emissão tenha


ocorrido em data igual ou posterior a de entrega do
numerário e compreendida dentro do período fixado
ara aplicação, em nome do órgão emissor do empenho.
Não se concederá suprimento de fundos:
 a responsável por dois suprimentos;
 a servidor que tenha a seu cargo a guarda ou a
utilização do material a adquirir, salvo quando não
houver na repartição outro servidor;
 a responsável por suprimento de fundos que,
esgotado o prazo, não tenha prestado contas de sua
aplicação;
 A concessão de suprimento de fundos deverá
respeitar os estágios da despesa pública: empenho,
liquidação e pagamento.
 vedada a aquisição de material permanente por
suprimento de fundos.
 a servidor declarado em alcance, entendido
como tal o que não prestou contas no prazo
regulamentar ou o que teve suas contas
recusadas ou impugnadas em virtude de desvio,
desfalque, falta ou má aplicação dos recursos
recebidos.
Obs: o suprimento somente pode ser concedido a
servidor público, nunca a terceirizado ou estagiário.
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SIAFI permitissem aos gestores agilizar o processo decisório, tendo sido


essas informações qualificadas, à época, de gerenciais. Dessa
forma, optou-se pelo desenvolvimento e implantação de um
A História do Siafi sistema informatizado, que integrasse os sistemas de programação
Até o exercício de 1986, o Governo Federal convivia com uma série financeira, de execução orçamentária e de controle interno do
de problemas de natureza administrativa que dificultavam a Poder Executivo e que pudesse fornecer informações gerenciais,
adequada gestão dos recursos públicos e a preparação do confiáveis e precisas para todos os níveis da Administração.
orçamento unificado, que passaria a vigorar em 1987 :
Desse modo, a STN definiu e desenvolveu, em conjunto com o
SERPRO, o Sistema Integrado de Administração Financeira do
Governo Federal – SIAFI em menos de um ano, implantando-o em
• Emprego de métodos rudimentares e inadequados de
janeiro de 1987, para suprir o Governo Federal de um instrumento
trabalho, onde, na maioria dos casos, os controles de
moderno e eficaz no controle e acompanhamento dos gastos
disponibilidades orçamentárias e financeiras eram exercidos sobre
públicos.
registros manuais;
• Falta de informações gerenciais em todos os níveis da Com o SIAFI, os problemas de administração dos recursos públicos
Administração Pública e utilização da Contabilidade como mero
que apontamos acima ficaram solucionados. Hoje o Governo
instrumento de registros formais;
Federal tem uma Conta Única para gerir, de onde todas as saídas
• Defasagem na escrituração contábil de pelo menos, 45 de dinheiro ocorrem com o registro de sua aplicação e do servidor
dias entre o encerramento do mês e o levantamento das público que a efetuou. Trata-se de uma ferramenta poderosa para
demonstrações Orçamentárias, Financeiras e Patrimoniais, executar, acompanhar e controlar com eficiência e eficácia a
inviabilizando o uso das informações para fins gerenciais; correta utilização dos recursos da União.
• Inconsistência dos dados utilizados em razão da
diversidade de fontes de informações e das várias interpretações
sobre cada conceito, comprometendo o processo de tomada de Objetivos
decisões; O SIAFI é o principal instrumento utilizado para registro,
• Despreparo técnico de parte do funcionalismo público, acompanhamento e controle da execução
que desconhecia técnicas mais modernas de administração orçamentária, financeira e patrimonial do Governo
financeira e ainda concebia a contabilidade como mera ferramenta
Federal. Desde sua criação, o SIAFI tem alcançado
para o atendimento de aspectos formais da gestão dos recursos
públicos; satisfatoriamente seus principais objetivos :
• Inexistência de mecanismos eficientes que pudessem a) prover mecanismos adequados ao controle diário da
evitar o desvio de recursos públicos e permitissem a atribuição de execução orçamentária, financeira e patrimonial aos
responsabilidades aos maus gestores; órgãos da Administração Pública;
• Estoque ocioso de moeda dificultando a administração de
caixa, decorrente da existência de inúmeras contas bancárias, no
âmbito do Governo Federal. Em cada Unidade havia uma conta
b) fornecer meios para agilizar a programação
bancária para cada despesa. Exemplo: Conta Bancária para financeira, otimizando a utilização dos recursos do
Material Permanente, Conta bancária para Pessoal, conta bancária Tesouro Nacional, através da unificação dos recursos de
para Material de Consumo, etc. caixa do Governo Federal;
A solução desses problemas representava um verdadeiro desafio à
época para o Governo Federal. O primeiro passo para isso foi dado
com a criação da Secretaria do Tesouro Nacional - STN, em 10 de
c) permitir que a contabilidade pública seja fonte
março de 1986., para auxiliar o Ministério da Fazenda na execução segura e tempestiva de informações gerenciais
de um orçamento unificado a partir do exercício seguinte. destinadas a todos os níveis da Administração Pública
Federal;
A STN, por sua vez, identificou a necessidade de informações que
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d) padronizar métodos e rotinas de trabalho relativas à • Finanças : agilização da programação financeira,


gestão dos recursos públicos, sem implicar rigidez ou otimizando a utilização dos recursos do Tesouro Nacional, por
meio da unificação dos recursos de caixa do Governo Federal na
restrição a essa atividade, uma vez que ele permanece Conta Única no Banco Central;
sob total controle do ordenador de despesa de cada
unidade gestora;
• Orçamento : a execução orçamentária passou a ser
e) permitir o registro contábil dos balancetes dos realizada tempestivamente e com transparência, completamente
integrada a execução patrimonial e financeira;
estados e municípios e de suas supervisionadas;

f) permitir o controle da dívida interna e externa, bem • Visão clara de quantos e quais são os gestores que
como o das transferências negociadas; executam o orçamento : os números da época da implantação do
SIAFI indicavam a existência de aproximadamente 1.800 gestores.
Na verdade, eram mais de 4.000 que hoje estão cadastrados e
g) integrar e compatibilizar as informações no âmbito
executam seus gastos através do sistema de forma “on-line”;
do Governo Federal;

h) permitir o acompanhamento e a avaliação do uso • Desconto na fonte de impostos : hoje, no momento do


dos recursos públicos; e pagamento, já é recolhido o imposto devido;

i) proporcionar a transparência dos gastos do Governo • Auditoria : facilidade na apuração de irregularidades com
Federal. o dinheiro público;

Vantagens
• Transparência : poucas pessoas tinham acesso às
O SIAFI representou tão grande avanço para a contabilidade informações sobre as despesas do Governo Federal antes do
advento do SIAFI. A prática da época era tratar essas despesas
pública da União que ele é hoje reconhecido no mundo inteiro e
como “assunto sigiloso”. Hoje a história é outra, pois na
recomendado inclusive pelo Fundo Monetário Internacional. Sua democracia o cidadão é o grande acionista do estado; e
performance transcendeu de tal forma as fronteiras brasileiras e
despertou a atenção no cenário nacional e internacional, que
vários países, além de alguns organismos internacionais, têm • Fim da multiplicidade de contas bancárias : os números
enviado delegações à Secretaria do Tesouro Nacional, com o da época indicavam 3.700 contas bancárias e o registro de
propósito de absorver tecnologia para a implantação de sistemas aproximadamente 9.000 documentos por dia. Com a implantação
do SIAFI, constatou-se que existiam em torno de 12.000 contas
similares.
bancárias e se registravam em média 33.000 documentos
diariamente. Hoje, 98% dos pagamentos são identificados de modo
Veja os ganhos que a implantação do SIAFI trouxe para a instantâneo na Conta Única e 2% deles com uma defasagem de, no
Administração Pública Federal : máximo, cinco dias.
Além de tudo isso, o SIAFI apresenta inúmeras vantagens que o
• Contabilidade : o gestor ganha tempestividade na distinguem de outros sistemas em uso no âmbito do Governo
informação, qualidade e precisão em seu trabalho; Federal :
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• Sistema disponível 100% do tempo e on-line; simplificação, que essas facilidades foram desenvolvidas para
registrar as informações pertinentes às três tarefas básicas da
gestão pública federal dos recursos arrecadados legalmente da
• Sistema centralizado, o que permite a padronização de sociedade:
métodos e rotinas de trabalho;

• Execução orçamentária
• Interligação em todo o território nacional; • Execução Financeira; e
• Elaboração das Demonstrações Contábeis, consolidadas
no Balanço Geral da União.
• Utilização por todos os órgãos da Administração Direta
(poderes Executivo, Legislativo e Judiciário);
Estrutura do Siafi
• Utilização por grande parte da Administração Indireta; e
O SIAFI é um sistema de informações centralizado em Brasília,
ligado por teleprocessamento aos Órgãos do Governo Federal
• Integração periódica dos saldos contábeis das entidades distribuídos no País e no exterior. Essa ligação, que é feita pela
que ainda não utilizam o SIAFI, para efeito de consolidação das rede de telecomunicações do SERPRO e também pela conexão a
informações econômico-financeiras do Governo Federal - à outras inúmeras redes externas, é que garante o acesso ao sistema
exceção das Sociedades de Economia Mista, que têm registrada às quase 17.874 Unidades Gestoras ativas no SIAFI.
apenas a participação acionária do Governo - e para proporcionar Para facilitar o trabalho de todas essas Unidades Gestoras, o SIAFI
transparência sobre o total dos recursos movimentados.
foi concebido para se estruturar por exercícios : cada ano equivale
Principais Atribuições a um sistema diferente, ou seja, a regra de formação do nome do
O SIAFI é um sistema informatizado que processa e controla, por
sistema é a sigla SIAFI acrescida de quatro dígitos referentes ao
meio de terminais instalados em todo o território nacional, a
ano do sistema que se deseja acessar : SIAFI2000, SIAFI2001,
execução orçamentária, financeira, patrimonial e contábil dos
SIAFI2002, etc.
órgãos da Administração Pública Direta federal, das autarquias,
Por sua vez, cada sistema está organizado por subsistemas -
fundações e empresas públicas federais e das sociedades de
atualmente são 21 - e estes, por módulos . Dentro de cada módulo
economia mista que estiverem contempladas no Orçamento Fiscal
estão agregadas inúmeras transações, que guardam entre si
e/ou no Orçamento da Seguridade Social da União.
características em comum. Nesse nível de transação é que são
efetivamente executadas as diversas operações do SIAFI, desde
O sistema pode ser utilizado pelas Entidades Públicas Federais,
entrada de dados até consultas.
Estaduais e Municipais apenas para receberem, pela Conta Única
do Governo Federal, suas receitas (taxas de água, energia elétrica,
telefone, etc) dos Órgãos que utilizam o sistema. Entidades de
caráter privado também podem utilizar o SIAFI, desde que
autorizadas pela STN. No entanto, essa utilização depende da
celebração de convênio ou assinatura de termo de cooperação
técnica entre os interessados e a STN, que é o órgão gestor do
SIAFI.

Muitos são as facilidades que o SIAFI oferece a toda Administração


Pública que dele faz uso, mas podemos dizer, a título de
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- Tabelas administrativas - TABADM


- Tabelas de apoio - TABAPOIO
- Tabelas do cadastro de obrigações - TABOBRIG
- Tabelas orçamentárias -TABORC
- Tabelas de receitas orçamentárias - TABRECEITA
• Recursos Complementares com Aplicação Específica:

- Programação orçamentária - PROGORCAM


- Convênios - CONVENIOS
- Contas a pagar e a receber - CPR
- Estados e Municípios - ESTMUN.
Principais Documentos
GSE Eletrônica

GSE é a sigla para Guia do Salário Educação. A GSE é o documento


que registra o recolhimento do salário educação destinado aos
seus beneficiários e do valor que lhes é pago, mediante
transferências intra-SIAFI de recursos entre a Unidade Gestora
recolhedora e o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação
– FNDE.

Nota de Programação Financeira - PF


Cada subsistema tem uma função própria e bem delimitada no
SIAFI. Podemos organizá-los informalmente em cinco grupos A Nota de Programação Financeira é o documento que permite
principais : registrar os valores constantes da Proposta de Programação
• Controle de Haveres e Obrigações : Financeira (PPF) e a Programação Financeira Aprovada (PFA),
envolvendo a Coordenação-Geral de Programação Financeira da
- Dívida Pública - DIVIDA
Secretaria do Tesouro Nacional - COFIN/STN e os Órgãos Setoriais
- Haveres - HAVERES
- Controle de Obrigações - OBRIGACAO de Programação Financeira - OSPF.
- Operações Oficiais de Crédito - O2C
• Administração do Sistema : Orçamentários:
Nota de Lançamento por Evento - NL
- Administração do Sistema - ADMINISTRA
- Auditoria - AUDITORIA A Nota de Lançamento é o documento utilizado para registrar a
- Centro de Informação - CI apropriação/liquidação de receitas e despesas, bem como outros
- Conformidade - CONFORM atos e fatos administrativos, inclusive os relativos a entidades
- Manual - MANUALMF supervisionadas, associados a eventos contábeis não vinculados a
• Execução Orçamentária e Financeira : documentos específicos.
Nota de empenho – NE
- Contábil - CONTABIL
- Documentos do SIAFI - DOCUMENTO A Nota de Empenho é o documento utilizado para registrar as
- Orçamentário e Financeiro - ORCFIN operações que envolvem despesas orçamentárias realizadas pela
• Organização de Tabelas: Administração Pública federal, ou seja, o comprometimento de
despesa, seu reforço ou anulação, indicando o nome do credor, a
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especificação e o valor da despesa, bem como a dedução desse *As informações sobre o SIAFI foram extraídas do site
valor do saldo da dotação própria. www.tesouro.fazenda.gov.br
Nota de Movimentação de Crédito - NC

A Nota de Movimentação de Crédito é o documento utilizado para


registrar a movimentação interna e externa de créditos e suas
anulações.
Nota de Dotação - ND

A Nota de Dotação é o documento utilizado para registro das


informações orçamentárias elaboradas pela Secretaria de
Orçamento Federal , ou seja, dos créditos previstos no Orçamento
Geral da União (OGU). Também se presta à inclusão de créditos no
OGU não previstos inicialmente e ao registro do desdobramento
do Plano Interno e do detalhamento da fonte de recursos.

Financeiros:
DARF Eletrônico

DARF é a sigla para Documento de Arrecadação de Receitas


Federais. Por meio desse documento se registra a arrecadação de
tributos e demais receitas diretamente na Conta Única do Tesouro
Nacional, sem trânsito pela rede bancária, ou seja, por meio de
transferências de recursos intra-SIAFI. O DARF eletrônico nada
mais é que o instrumento de registro dessas informações no SIAFI.
GPS Eletrônica

GPS é a sigla para Guia da Previdência Social. Esse documento


permite registrar o recolhimento das contribuições para a
Seguridade Social por meio de transferências de recursos intra-
SIAFI entre a UG recolhedora e a Conta Única do Tesouro Nacional.
Nota de Lançamento por Evento - NL

A Nota de Lançamento é o documento utilizado para registrar a


apropriação/liquidação de receitas e despesas, bem como outros
atos e fatos administrativos, inclusive os relativos a entidades
supervisionadas, associados a eventos contábeis não vinculados a
documentos específicos.
Ordem Bancária – OB

A Ordem Bancária é o documento utilizado para o pagamento de


compromissos, bem como à liberação de recursos para fins de
adiantamento, suprimento de fundos, cota, repasse, sub-repasse e
afins, em contas bancárias mantidas no Banco do Brasil.
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SIDOR 30. Na concepção moderna, o orçamento deixou de ser mero


instrumento financeiro de previsão de receitas e fixação de
despesas para representar um compromisso político de
O Sistema Integrado de Dados Orçamentários- SIDOR é cumprimento dos objetivos ali consignados, vinculando a ação
um sistema de tecnologia da informação implantado e político-administrativa do Estado na consecução desses objetivos.
utilizado pelo Governo Federal para fins de estruturar, A respeito do orçamento, assinale a opção correta.
organizar e elaborar a proposta orçamentária, via “on A) A destinação de receita proveniente de impostos para custeio
line” , por todas as unidades orçamentárias. de atividades pertinentes à administração tributária viola o
princípio orçamentário da não-afetação.
B) A lei orçamentária anual compreende os orçamentos fiscais, de
Exercícios investimento e da seguridade social. Como orçamento de
21. A codificação da estrutura programática a seguir corresponde a investimento, são considerados apenas os orçamentos das
uma atividade de um programa de serviços ao estado. empresas cuja maioria do capital social com direito a voto pertença
Funcional Programática à União.
10 302 0004 3863 0047 E C) Apesar de ser considerado lei, o orçamento possui
22. A classificação da despesa segundo a natureza, que passou a características que o diferenciam das leis comuns. Um exemplo é a
ser observada na execução orçamentária de todos os entes da limitação constitucional do conteúdo das emendas ao projeto de
Federação a partir do exercício financeiro de 2002, compreende: lei do orçamento anual.
categorias econômicas, subcategorias econômicas e elementos. E D) A lei orçamentária anual não pode conter dispositivo que
23. As classificações econômicas da receita e da despesa autorize a União a contratar operação de crédito por antecipação
compreendem as mesmas categorias: correntes e capital. O de receita destinado a atender insuficiência de caixa durante o
superávit do orçamento corrente, que resulta do balanceamento exercício financeiro.
dos totais das receitas e despesas correntes, constitui item da 31. Com base na Lei n.º 4.320/1964, que estatui as normas
receita orçamentária de capital. E gerais de direito financeiro, assinale a opção correta.
25. A classificação funcional da despesa engloba funções e A) O superavit do orçamento corrente é classificado como receita
subfunções e têm por finalidade agregar conjuntos de despesas do corrente.
setor público . Uma das funções refere-se às despesas às quais não B) Os créditos destinados a reforço de dotação orçamentária são
se possa associar um bem ou serviço a ser gerado no processo denominados créditos adicionais extraordinários.
produtivo corrente, tai s como d í v i d as, ressarcimentos, C) As despesas de custeio são classificadas como despesas de
indenizações e outras, o que implica, portanto, uma agregação capital.
neutra.C D) O superavit do orçamento corrente é classificado como receita
27. São receitas correntes: as receitas tributárias, de contribuições, de capital.
patrimonial, agropecuária, industria l, de serviços e, ainda, as Acerca da Lei Federal n./ 4.320/1964, julgue os itens
provenientes de recursos financeiros recebidos de outras pessoas subseqüentes.
de direito público ou privado, quando destinadas a atender 32. As receitas de capital podem ser provenientes da realização
despesas classificáveis em despesas correntes. C de recursos financeiros oriundos de constituição de dívidas
28.O superavit do orçamento corrente é uma receita de ou da conversão, em espécie, de bens e direitos. C
capital,bem como as provenientes da realização de recursos 33.Os créditos suplementares são aqueles destinados a despesas
financeiros oriundos de constituição de dívidas; da conversão,em para as quais não exista dotação orçamentária específica. E
espécie, de bens e direitos; e os recursos recebidos de outras 34. Os empenhos não liquidados com vigência plurianual só serão
pessoas de direito público ou privado. O superávit corrente é classificados como restos a pagar no último ano de vigência
destinado a atender despesas classificáveis em despesas correntes. do crédito. C
E 35. O regime de competência exige que as despesas sejam
contabilizadas conforme o exercício a que pertençam, ou seja, em
que foram geradas. Se uma despesa foi empenhada em um
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exercício e somente foi paga no seguinte, ela deverá ser privado, quando destinadas a atender despesas classificáveis em
contabilizada como pertencente ao exercício em que foi despesas de capital ou em despesas correntes.
empenhada. Por ter sido realizada no ano anterior, o eventual B Os restos a pagar do exercício serão computados na receita
pagamento da despesa no exercício seguinte deverá ser
extra-orçamentária para compensar sua inclusão na despesa extra
considerado como extra-orçamentário. Tal situação é que gera, na
execução financeira e orçamentária da despesa, a figura dos restos - orçamentária.
a pagar.C C As receitas extra-orçamentárias são valores provenientes de toda
36. O ciclo orçamentário é o espaço de tempo compreendido entre e qualquer arrecadação que não figure no orçamento, mas que
o primeiro dia de janeiro e o dia 31 de dezembro de cada ano, no constitui renda do Estado.
qual se promovem a execução orçamentária e os demais fatos D São receitas de capital as provenientes da realização de recursos
relacionados com as variações qualitativas e quantitativas que financeiros oriundos de constituição de dívidas; da conversão em
afetam os elementos patrimoniais dos órgãos e entidades do setor
espécie, de bens e direitos; além dos recursos recebidos de outras
público.E
37. Receita orçamentária é a entrada que é acrescida ao pessoas de direito público ou privado destinados a atender
patrimônio público como elemento novo e pos i t i v o , despesas classificáveis em despesas correntes.
integrando-se a ele sem quaisquer reservas, condições ou E O superavit do orçamento corrente que corresponde à diferença
correspondência no passivo.E entre receitas e despesas correntes é considerado receita corrente.

Ao final do exercício X1, verificou-se que, em


determinado ente,
• foram empenhadas e liquidadas despesas no total de R$ 150
• mil, do qual R$ 20 mil foram despesas inscritas em restos a
• pagar;
• foram pagos, no mesmo exercício X1, R$ 15 mil de despesas
• inscritas em restos a pagar no exercício anterior — X0;
• foram pagas, no exercício subseqüente — X2 —, as despesas
• inscritas em restos a pagar em X1.
Com base nessa situação hipotética e considerando a apuração dos
resultados e a composição das receitas e despesas no balanço
financeiro, julgue os itens a seguir.
38. Desconsiderando-se outras transações, no exercício X0, houve
despesas extra-orçamentárias de R$ 15 mil e, no exercício X1, de
R$ 20 mil. E
39. As despesas efetivamente pagas no exercício X1 totalizaram R$
145 mil. C
40. O resgate de uma dívida contraída pelo poder público constitui,
segundo a contabilidade pública, uma mutação patrimonial da
despesa, provocando apenas redução equivalente no ativo e no
passivo desse ente.C
41. - A Lei n.º 4.320/1964 representa o marco fundamental da
receita orçamentária. Acerca das receitas orçamentárias e extra-
orçamentárias, assinale a opção correta.
A São receitas correntes as receitas tributária, patrimonial,
industrial e diversa, excluindo-se as provenientes de recursos
financeiros recebidos de outras pessoas de direito público ou
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Lista 6 Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) —, julgue os itens a seguir.


01. A codificação da estrutura programática a seguir corresponde a 08. Os atos que criam ou aumentam despesa corrente obrigatória
um projeto de um programa de serviços ao estado. de caráter continuado devem ser instruídos com a estimativa do
Funcional Programática impacto orçamentário e financeiro no exercício em que esta deva
20 138 0029 4753 0001 entrar em vigor e nos dois subseqüentes.
09. Considere a seguinte situação hipotética. No decorrer do
02. Na legislação atual, não existe formulário específico para segundo semestre do último exercício do mandato,
formalizar a fase da despesa denominada liquidação da despesa. A determinado titular de poder realizou despesas que, por não
liquidação da despesa far-se-á por meio de exame do próprio terem sido pagas até o dia 31 de dezembro, foram inscritas em
processo ou do expediente que verse sobre a solvência do direito restos a pagar.
creditório, em que serão demonstrados os valores bruto e líquido a Nessa situação, considerando que não houvesse suficiente
pagar. Somente após a apuração do direito adquirido pelo credor, disponibilidade de caixa para essa finalidade, a inscrição em restos
tendo por base os documentos comprobatórios do respectivo a pagar foi irregular.
crédito, ou da completa habilitação da entidade beneficiada, a 10. A operação de crédito por antecipação da receita
unidade gestora providenciará o imediato pagamento da despesa. orçamentária, proibida no último ano de mandato do presidente,
03. Considere que, para as despesas de uma obra, não haja governador ou prefeito municipal, destina-se a atender
categoria de programação orçamentária específica na lei insuficiência de caixa durante o exercício financeiro e deve
orçamentária anual vigente. Nesse caso, visando atender a cumprir, entre outras exigências, as seguinte s : autorização em lei
objetivo não previsto no orçamento, há necessidade da aprovação para a contratação; liquidação até o dia dez de dezembro de cada
legislativa de crédito especial, cujo projeto de lei deverá ser de ano; previsão na receita orçamentária.
iniciativa do governador do estado. 11. Com base na Lei n.º 4.320/1964, que estatui as normas
04. O regime de competência exige que as despesas sejam gerais de direito financeiro, assinale a opção correta.
contabilizadas conforme o exercício a que pertençam, ou seja, em A) O superavit do orçamento corrente é classificado como receita
que foram geradas. Se uma despesa foi empenhada em um corrente.
exercício e somente foi paga no seguinte, ela deverá ser B) Os créditos destinados a reforço de dotação orçamentária são
contabilizada como pertencente ao exercício em que foi denominados créditos adicionais extraordinários.
empenhada. Por ter sido realizada no ano anterior, o eventual D) As despesas de custeio são classificadas como despesas de
pagamento da despesa no exercício seguinte deverá ser capital.
considerado como extra-orçamentário. Tal situação é que gera, na 12. A dívida flutuante corresponde ao passivo financeiro do
execução financeira e orçamentária da despesa, a figura dos restos balanço patrimonial e compreende os saldos das contas que
a pagar.
permaneceram abertas no sistema financeiro, não necessitando de
05. O ciclo orçamentário é o espaço de tempo compreendido entre
o primeiro dia de janeiro e o dia 31 de dezembro de cada ano, no autorização orçamentária para seu pagamento.
qual se promovem a execução orçamentária e os demais fatos 13. De acordo com a LRF, as despesas destinadas ao pagamento do
relacionados com as variações qualitativas e quantitativas que serviço da dívida não serão objeto de limitação, ainda que se
afetam os elementos patrimoniais dos órgãos e entidades do setor verifique, ao final de um bimestre, que a realização da receita
público. possa não comportar o cumprimento das metas de resultado
06. As classificações econômicas da receita e da despesa primário ou nominal estabelecidas no anexo de metas fiscais.
compreendem as mesmas categorias: correntes e capital. O
14. O resgate de uma dívida contraída pelo poder público constitui,
superávit do orçamento corrente, que resulta do balan ceamento
dos totais das receitas e despesas correntes, constitui item da segundo a contabilidade pública, uma mutação patrimonial da
receita orçamentária de capital. despesa, provocando apenas redução equivalente no ativo e no
07. Receita orçamentária é a entrada que é acrescida ao passivo desse ente.
patrimônio público como elemento novo e pos i t i v o , 15. O orçamento base-zero caracteriza-se como um modelo do
integrando-se a ele sem quaisquer reservas, condições ou tipo racional, em que as decisões são voltadas para a maximização
correspondência no passivo. da eficiência na alocação dos recursos públicos. Adota-se, como
Acerca d as disposições da Lei Complementar n.º 101/2000
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procedimento básico, o questionamento de todos os programas Diretrizes Orçamentárias (LDO) disporá sobre as alterações na
em execução, sua continuidade e possíveis alterações, em legislação tributária, que, para todos os fins, não estarão sujeitas
confronto com novos programas pretendidos. aos princípios da anterioridade e da anualidade.
16. O veto do presidente da República a determinado programa 21. Considere-se que, diante da existência de excesso de
contido no projeto de lei orçamentária aprovado pelo Congresso arrecadação no exercício em vias de encerramento, um
Nacional permite a superveniência de recursos que poderão ser parlamentar tenha encaminhado projeto de lei para abertura de
utilizados mediante créditos suplementares, sem necessidade de créditos suplementares.
prévia autorização legislativa. 22. Cada ente da Federação deve indicar os resultados fiscais
17. A Lei n.º 4.320/1964 representa o marco fundamental da pretendidos para o exercício financeiro a que a LDO se referir e
receita orçamentária. Acerca das receitas orçamentárias e extra- para os dois exercícios seguintes. Para se obter superavit nominal,
orçamentárias, assinale a opção correta. é preciso que os juros nominais líquidos sejam inferiores ao
A São receitas correntes as receitas tributária, patrimonial, resultado primário.
industrial e diversa, excluindo-se as provenientes de recursos 23. O orçamento-programa se diferencia do orçamento
financeiros recebidos de outras pessoas de direito público ou incremental pelo fato de que este último pressupõe uma revisão
privado, quando destinadas a atender despesas classificáveis em contínua da estrutura básica dos programas, com aumento ou
despesas de capital ou em despesas correntes. diminuição dos respectivos valores.
B Os restos a pagar do exercício serão computados na receita 24. A principal característica do orçamento-programa, em
extra-orçamentária para compensar sua inclusão na despesa extra contraposição com os orçamentos tradicionais, é a ênfase no
- orçamentária. objetivo — e não no objeto — do gasto. Em organizações mais
C As receitas extra-orçamentárias são valores provenientes de toda simples, que desempenham uma única função, a indicação do
e qualquer arrecadação que não figure no orçamento, mas que objeto do gasto ou a natureza da despesa é suficiente para se
constitui renda do Estado. identificar, ainda que indiretamente, o objetivo dos dispêndios
D São receitas de capital as provenientes da realização de recursos realizados pela unidade responsável.
financeiros oriundos de constituição de dívidas; da conversão em 25. As chamadas renúncias de receitas, apesar de não
espécie, de bens e direitos; além dos recursos recebidos de outras representarem dispêndios de recursos, devem ser objeto de
pessoas de direito público ou privado destinados a atender estimativa que acompanha o projeto de lei orçamentária, de forma
despesas classificáveis em despesas correntes. a se evidenciarem os seus efeitos segundo critério de distribuição
E O superavit do orçamento corrente que corresponde à diferença regional dessas renúncias.
entre receitas e despesas correntes é considerado receita corrente. 26.Os recursos correspondentes às dotações orçamentárias
Com base nos conceitos e na legislação acerca de orçamentos destinadas ao Poder Judiciário ser-lhe-ão entregues até o dia 20 de
públicos, julgue os itens a seguir. cada mês, na proporção das liberações efetuadas pelo Poder
18. O orçamento público passa a ser utilizado sistematicamente Executivo às suas próprias unidades orçamentárias.
como instrumento da política fiscal do governo a partir da década Com relação às receitas e despesas públicas e aos créditos
de 30 do século XX, por influência da doutrina keynesiana, tendo orçamentários, julgue os seguintes itens.
função relevante nas políticas de estabilização da economia, na 27.A receita extra-orçamentária é representada no balanço
redução ou expansão do nível de atividade. patrimonial como passivo financeiro, por se tratar de recursos de
19. A utilização da política orçamentária para os propósitos de terceiros que transitam pelos cofres públicos.
estabilização econômica implica promover ajustes no nível da 28. Os empréstimos compulsórios são considerados de natureza
demanda agregada, expandindo-a ou restringindo-a, e provocando tributária, estando o produto de sua arrecadação vinculado à
a ocorrência de deficits ou superavits. despesa que lhe fundamentou a instituição. Dependendo de sua
20. De acordo com a atual legislação brasileira, a Lei de modalidade, estarão ou não sujeitos ao princípio da anterioridade.
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29.Constituem receitas de capital as receitas imobiliárias e as Com base na doutrina e nas legislações orçamentária e financeira
intergovernamentais das quais não decorra exigência de públicas, julgue os itens .
contraprestação por parte do beneficiário dos recursos. 36. A adoção do orçamento moderno está associada à concepção
30. As despesas de pessoal permanente de um órgão ou entidade do modelo de Estado que, desde antes do final do século XIX, deixa
podem ser classificadas como correntes ou de capital, dependendo de caracterizar-se por mera postura de neutralidade, própria do
de o pessoal ser empregado nas atividades normais, de laissez-faire, e passa a ser mais intervencionista, no sentido de
manutenção do órgão ou entidade, ou alocado a um projeto de corrigir as imperfeições do mercado e promover o
que resultará um investimento. desenvolvimento econômico.
31. Em termos agregados, a distribuição por categoria de gasto 37. Com a Constituição de 1891, que se seguiu à Proclamação da
depende da distribuição funcional da despesa. Em princípio, República, a elaboração da proposta orçamentária passou a ser
quanto maior for a parcela das despesas públicas destinada à privativa do Poder Executivo, competência que foi transferida para
produção de bens públicos e semi-públicos, mais elevada será a o Congresso Nacional somente na Constituição de 1934.
participação dos investimentos, e, quanto mais aplicações houver 38. Tem-se observado, no Brasil, que o calendário das matérias
em melhoria e expansão da infra estrutura econômica, maior será orçamentárias e a falta de rigor no cumprimento dos prazos
a participação das despesas de pessoal. comprometem a integração entre planos plurianuais e leis
32.Considere-se que um órgão da administração tenha orçamentárias anuais.
apresentado, nos últimos dias do exercício financeiro, a situação 39. A fixação da meta de superavit primário constitui preocupação
mostrada na tabela a seguir. inicial dos responsáveis pela formulação orçamentária. Nesse
totais do orçamento aprovado, já com as alterações no exercício sentido, as necessidades de financiamento do setor público no
R$ 500.000,00 conceito primário
receita arrecadada R$ 570.000,00 correspondem ao deficit primário, de cujo cálculo se excluem do
despesa empenhada R$ 460.000,00 deficit nominal os efeitos da correção monetária.
despesa liquidada R$ 410.000,00 40. O TCU tem chamado a atenção para o fato de que o Poder
Com base nesses dados, e sabendo-se que os valores de despesas Executivo, no afã de assegurar e antecipar o alcance da meta de
não serão alterados, é correto concluir que os recursos disponíveis superavit primário, contingencia dotações orçamentárias,
para a abertura de um crédito especial correspondem a R$ promovendo sua descompressão quase ao final do exercício.
110.000,00. Isso tem levado à inscrição de elevados valores em restos a pagar,
33.Os créditos suplementares autorizados na lei orçamentária de notadamente em restos a pagar processados.
2008, no âmbito do TST, serão abertos por ato do presidente do 41. O orçamento-programa constitui modalidade de orçamento em
STF, dispensada a manifestação do Conselho Nacional de Justiça. que a previsão dos recursos financeiros e sua destinação decorrem
Tendo como referência a Lei Complementar n.º 101/2000 — Lei de da elaboração de um plano completo. Para autores como João
Responsabilidade Fiscal —, julgue os itens subseqüentes. Angélico, o orçamento-programa distingue-se do orçamento
34. O limite das despesas de pessoal dos tribunais e juízes do comum, tradicional, porque este inicia-se com a previsão de
trabalho, obedecido o teto global de 6% da receita líquida da União recursos para a execução de atividades instituídas, enquanto, no
para o Poder Judiciário, corresponde à proporção média que orçamento-programa, a previsão da receita é a etapa final do
representava no período de 1997 a 1999 no âmbito do Judiciário. planejamento.
35. Para fins de cumprimento da chamada regra de ouro da Lei de 42. O orçamento-programa, como atualmente concebido, é
Responsabilidade Fiscal, computam-se também as operações de instrumento do planejamento e, desse modo, tem de integrar-se
crédito por antecipação de receitas, desde que liquidadas no aos planos e programas governamentais. A esse propósito, uma
mesmo exercício em que forem contratadas. das condições para a aprovação de emendas aos projetos de lei do
orçamento anual e de suas alterações é a de que sejam
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compatíveis com o Plano Plurianual e com a Lei de Diretrizes enquanto, no segundo, as despesas não podiam mesmo ser
Orçamentárias. previstas.
43. Quando o presidente da República veta dispositivo da lei 50. Suponha a situação em que, em virtude da criação de um novo
orçamentária aprovada pelo Congresso Nacional, os recursos órgão, não havia recursos disponíveis. Verificou-se que:
remanescentes podem, por meio de projeto de lei de iniciativa de < havia insuficiência de arrecadação acumulada, durante o
deputado federal ou senador, ser utilizados para abertura de exercício, de R$ 45.000,00;
créditos suplementares ou especiais. < até então, registrava-se uma economia de despesas de R$
44. A reabertura de créditos especiais não utilizados, que 60.000,00;
tiverem sido autorizados até quatro meses antes do < o saldo, no balanço financeiro, tinha aumentado em
encerramento do exercício, está condicionada à existência de R$ 15.000,00 durante o exercício.
superavit financeiro apurado no balanço patrimonial, ao final desse Com base nesses dados, é correto concluir que seria possível abrir
mesmo exercício. um crédito suplementar de R$ 30.000,00.
45. Uma diferença que usualmente se estabelece entre receitas 51. Se, na apreciação das contas do governo relativas ao exercício
correntes e receitas de capital é o caráter recorrente das primeiras de 2006, o relator do TCU tiver ressalvado o fato de um tribunal
e esporádico das últimas. Do mesmo modo, entre as receitas regional ter ordenado ou autorizado a realização de despesas, nos
próprias e as receitas de transferências: as primeiras são livres, e as últimos dois quadrimestres do mandato de seu presidente, que
últimas, vinculadas. não podiam ser cumpridas integralmente dentro dele, ou que
46. Receitas imobiliárias e de valores mobiliários constituem tinham parcelas a serem pagas no exercício seguinte, sem que
receita patrimonial, que se classifica como receita corrente, para houvesse suficiente disponibilidade de caixa, nesse caso, pela LRF,
qualquer esfera da administração. a inscrição, em restos a pagar, das despesas empenhadas e não-
47. A forma de execução de determinado programa condiciona a liquidadas estaria limitada ao saldo da disponibilidade de caixa.
classificação da despesa por categoria econômica. Por exemplo, se 52. Na hipótese de a receita corrente líquida da União atingir, em
o ente público oferece diretamente programas de alfabetização, determinado período, R$ 400 bilhões, a despesa de pessoal do
haverá predominância de despesas correntes, com pessoal e Poder Judiciário não poderá exceder R$ 14,4 bilhões.
encargos; se esses serviços forem terceirizados, haverá também 53. As contas do Poder Judiciário serão apresentadas, no âmbito
predominância de despesas correntes, só que com serviços de da União, pelos presidentes do STF e dos tribunais
terceiros. superiores, que, por sua vez, consolidarão as contas dos
48 .Na instalação de um órgão público recentemente criado, para respectivos tribunais.
que haja contribuição do setor público para a formação do Produto
Interno Bruto, deve-se optar pela construção de um prédio, em vez
de, simplesmente, adquirir um imóvel já construído. Lista 06
49. A CF, ao tratar dos créditos extraordinários, referiu-se, “01. A codificação da estrutura programática...”
corretamente, às despesas imprevistas, e não às imprevisíveis,
pois, no primeiro caso, admite-se que houve erro de previsão,
1- F 8- V
2- F 9- V
3- V 10- F
4- V 11- F, F, F
5- F 12- V
6- F 13- V
7- F 14- V
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15- V 35- F
16- F 36- V
17- B 37- F
18- V 38- V
19- V 39- V
20- F 40- F
21- F 41- V
22- V 42- V
23- F 43- F
24- V 44- F
25- V 45- F
26- F 46- V
27- V 47- V
28- V 48- V
29- F 49- F
30- V 50- F
31- V 51- V
32- V 52- V
33- F 53-V
34- F

Questão 3 MPU – Analista Orçamento (ESAF –2004) ADAPTADA


Com base na classificação da receita publica por ORIGEM, indique a única opção que não é incluída nas receitas
correntes.
a) Receita Patrimonial.
b) Receita Agropecuária.
c) Receita Tributária.
d) Receita de Contribuições.
e) Operações de Crédito.
Questão 6 TCU - Analista de Controle Externo - ACE (ESAF –2002)
A classificação da despesa por categoria econômica é inspirada no esquema estabelecido pela Contabilidade Nacional. Assinale o
objetivo da classificação por categoria econômica.
a) Dimensionar a participação do dispêndio governamental nos principais agregados da análise
macroeconômica.
b) Identificar os principais programas que refletem as prioridades explicitamente estabelecidas pelo
governo.
c) Demonstrar a distribuição funcional da despesa.
d) Classificar os gastos em funções, programas e sub-programas.
e) Medir a participação do governo federal no PIB (Produto Interno Bruto).

Questão 10 TCE/SP – Agente da Fiscalização Financeira - Adm. Geral (FCC –2005)


São Receitas de Capital

a) as receitas tributárias.

b) o superávit do orçamento corrente.

c) as receitas de contribuição.

d) as provenientes de recursos financeiros recebidos de outras entidades para atender despesas com pessoal.

e) as receitas patrimonial, agropecuária, industrial, de serviços e outras.

Questão TCE/SP – Agente da Fiscalização Financeira - Adm. Geral (FCC –2005)


11
Constitui-se inversão Financeira
a) a aquisição de títulos representativos do capital de empresas já constituídas, que não importe em
aumento de capital.
b) a constituição de capital de entidades ou empresas que não visem objetivos comerciais ou
financeiros.
c) a participação em constituição ou aumento de capital de empresas ou entidades industriais ou
agrícolas.
d) o aumento do capital de entidades ou empresas que não visem objetivos comerciais ou financeiros.
e) a aquisição de equipamentos e instalações ou serviços em regime de programação especial.

Questão 12 TCE/SP – Auxiliar da Fiscalização Financeira V (FCC –2005)


De acordo com o disposto na Lei nº 4.320/64, as receitas tributárias, as receitas de serviços e o
superávit do orçamento corrente classificam-se, respectivamente, como receitas
a) correntes, correntes e de capital.
b) correntes, de capital e correntes.
c) de capital, de capital e correntes.
d) de capital, correntes e correntes.
e) correntes, de capital e de capital.
Questão TCE/SP – Auxiliar da Fiscalização Financeira V (FCC –2005)
13
De acordo com o disposto na Lei nº 4.320/64, para efeito de classificação de despesa, considera-se
material permanente o
a) que não seja consumido com o uso.
b) que não possa ser alienado.
c) que tenha sido adquirido com recursos públicos.
d) de caráter essencial para manutenção do serviço público.
e) de duração superior a dois anos.

Questão 24 TRF 1ª REGIÃO – Analista Judiciário - Administrativa (FCC –2001)


Na codificação da receita orçamentária os dígitos que correspondem à categoria econômica são os
a) primeiros.
b) primeiros e os segundos.
c) segundos.
d) segundos e os terceiros.
e) terceiros.

Questão 27 TRT 23ª REGIÃO – Analista Judiciário – Administrativa/Contabilidade (FCC –


2004)
As despesas públicas que resultam em oferta de bens e serviços diretamente à sociedade são programas
a) de gestão das políticas públicas.
b) de apoio administrativo.
c) de apoio à decisão.
d) de serviços aos estados.
e) finalísticos.

Questão 35 Tribunal de Contas do Estado/SE – Subprocurador (FCC –2002)


No que concerne à classificação da receita pública, é correto afirmar que na Lei nº 4.320/64
a) a receita tributária é instituída pelas entidades estatais e autárquicas, compreendendo
os impostos, as taxas e as tarifas.
b) são receitas correntes as receitas tributárias, patrimonial, industrial e diversas.
c) são receitas correntes as provenientes de recursos financeiros oriundos de constituição
de dívida.
d) são receitas de capital as receitas tributárias, de contribuições, patrimonial,
agropecuária, industrial, de serviços e outras.
e) são receitas correntes as provenientes da conversão, em espécie, de bens e direitos.

Questão 37 TRF 4ª REGIÃO – Técnico Judiciário - Contabilidade (FCC –2004)


O maior nível de agregação das diversas áreas de despesa que competem ao setor público é relativo
a) às funções.
b) às subfunções.
c) às categorias econômicas.
d) às modalidades de aplicação.
e) aos programas.

Questão 38 TRF 4ª REGIÃO – Técnico Judiciário - Contabilidade (FCC –2004)


O instrumento de programação, o qual envolve um conjunto de operações que se realizam de modo
contínuo e permanente, das quais resulta um produto necessário à manutenção da ação do governo, é
a) o programa.
b) o projeto.
c) a atividade.
d) a operação especial.
e) a ação orçamentária.

Questão 46 MPU – Técnico Judiciário – Controle Interno (ESAF –2004) ADAPTADA


Quanto à origem de receitas orçamentárias, não são classificadas como receitas correntes as
a) receitas de contribuições.
b) receitas de serviços.
c) receitas patrimoniais.
d) receitas provenientes de alienação de bens.
e) receitas agropecuárias.

Questão 48 MPU – Técnico Judiciário – Controle Interno (ESAF –2004) Entre as despesas de capital do setor público, não
se enquadram as despesas com
a) serviços de terceiros.

b) material permanente.

c) obras públicas.

d) aquisição de imóveis.

e) concessão de empréstimos.

Questão 50 Ministério da Cultura – Analista - Administrativo (FGV –2006) Uma determinada Unidade Orçamentária
realizou no exercício financeiro vigente uma despesa e, ao registrar o seu pagamento, utilizou o seguinte código: 3.3.90.35. De
acordo com a classificação da despesa utilizada atualmente no Orçamento Público, o primeiro dígito representado pelo algarismo
"3", o terceiro e o quarto dígitos formando o número "90" indicam, respectivamente:
a) a categoria econômica e o grupo da despesa.
b) o grupo da despesa e o elemento da despesa.
c) a modalidade de aplicação e o grupo da despesa.
d) o elemento da despesa e a modalidade de aplicação.
e) a categoria econômica e a modalidade de aplicação.

Questão 54 Ministério da Cultura – Analista - Administrativo (FGV –2006)


Com base na estrutura programática utilizada atualmente nos orçamentos públicos, analise as
seguintes afirmativas:
Assinale:
I. Atividade é o instrumento de programação utilizado
para alcançar o objetivo de um programa, envolvendo
um conjunto de operações que se realizam de modo
contínuo e permanente, das quais resulta um produto
ou serviço necessário à manutenção da ação do
Governo.
II. Projeto é o instrumento para alcançar o objetivo de
um programa, envolvendo um conjunto de operações,
limitadas no tempo, das quais resulta um produto que a) se somente a afirmativa II estiver correta.
concorre para expansão ou aperfeiçoamento da ação b) se somente as afirmativas I e II estiverem
do Governo. corretas.
III. Operações Especiais são as despesas realizadas c) se somente as afirmativas I e III estiverem
que contribuem para a manutenção, expansão ou corretas.
aperfeiçoamento das ações de Governo, das quais não d) se somente as afirmativas II e III estiverem
resulta um produto e não geram contraprestação direta corretas.
em bens ou serviços. e) se todas as afirmativas estiverem corretas.
denominada
Questão MPU – Técnico Orçamento (ESAF –2004)
62
a) arrecadação da receita.
A receita orçamentária, consoante à legislação vigente no
b) recolhimento.
Brasil, passa por três fases denominadas de estágios. A fase
que está ligada aos pagamentos realizados diretamente pelos
contribuintes às repartições fiscais e à rede bancária é
c) previsão da receita. e) totalização.
d) liquidação.
Identifique a única opção incorreta com relação à
Questão MPU – Técnico Orçamento (ESAF –2004) classificação funcional da despesa pública brasileira, instituída
63 a partir da Portaria n° 42/1999.
a) É composta de um rol de funções e subfunções orçamentária do Governo Federal desde 2000.
prefixadas. e) Com sua instituição, os programas passaram a
b) Agrega gastos públicos por área de ação ter caráter classificador.
governamental.
c) Independe dos programas.
d) É utilizada na elaboração da proposta
a) receitas de operações de crédito
Questão MPU – Técnico Orçamento (ESAF –2004) b) receitas de alienação de bens
65 c) receitas de amortização de empréstimos
Identifique a única opção correta no que diz respeito a d) receitas patrimoniais
receitas correntes do Estado. e) receitas de transferências de capital
a) corrente e capital.
b) orçamentária e extra-orçamentária.
Questão MPU – Técnico Orçamento (ESAF –2004) c) compulsória e não-compulsória.
66 d) ativa e passiva.
A classificação legal da receita por categoria econômica divide e) pecuniária e não-pecuniária.
o orçamento em dois grandes grupos:
d) inversões financeiras.
Questão 67 MPU – Técnico Orçamento (ESAF –2004)
e) investimentos.
Com base na conceituação da despesa orçamentária
brasileira, as dotações para a manutenção de serviços
anteriormente criados, inclusive as destinadas a atender a Questão TRT DA 21ª REGIÃO – ANALISTA
74 JUDICIÁRIO - CONTABILIDADE (FCC -
obras de conservação e adaptação de bens móveis, são
2003)
denominadas Na codificação da classificação orçamentária “por natureza da
despesa” correspondem à “modalidade de aplicação” os
a) transferências correntes. dígitos
a) 1º ou 2º
b) transferências de capital.

c) despesas de custeio.

b) 2º ou 3º d) 4º e 5º
c) 3º e 4º e) 5º e 6º
c) a receita orçamentária, por categoria econômica,
Questão AGER/MT - CONTADOR (NCE/UFRJ 2005) subdivide-se em: receitas correntes e receita de
77 capital;
Com relação às receitas públicas, pode-se afirmar que: d) o princípio da unidade de tesouraria se verifica
a) as receitas que não constam do orçamento quando do lançamento da receita;
inicialmente aprovado são ditas extra- e) a receita arrecadada só é considerada disponível
orçamentárias; para a Fazenda Pública após homologação da
b) após lançamento de determinada receita, esta declaração.
deve ser inscrita em Dívida Ativa;
Segundo as categorias econômicas, as receitas de
Questão TRE RJ - ANALISTA JUDICIÁRIO – Contribuições e de Alienação de Bens classificam-se,
79 CONTADOR (NCE/UFRJ 2001) respectivamente, em:
orçamentária e extra-orçamentária; c) corrente e de capital;
a) d) de capital e não operacional;
b) corrente e extra-orçamentária; e) corrente e custeio.
das despesas:
Questão TRE RJ - ANALISTA JUDICIÁRIO – a) correntes;
80 CONTADOR (NCE/UFRJ 2001) b) de custeio;
Os gastos com a construção de rodovias integram o grupo c) de transferências correntes;
d) de investimentos;
e) de transferências de capital.
Questão TRE RJ - ANALISTA JUDICIÁRIO –
81 CONTADOR (NCE/UFRJ 2001)
As despesas classificadas de acordo com as categorias
econômicas podem ser:
a) corrente e de capital;
b) orçamentária e extra-orçamentária;
c) financeiras e não financeiras; (A) 2.500.
d) patrimoniais e extrapatrimoniais; (B) 8.500.
e) efetivas e por mutação patrimonial. (C) 4.000.
(D) 10.000.
(E) 8.000.
1. As receitas são classificadas quanto à afetação
5. O valor da Dívida Ativa a ser inscrita conforme as
patrimonial em efetivas e mutações. Assinale a
informações abaixo é:
alternativa que apresente, respectivamente, uma receita
efetiva e uma por mutação.
(A) aluguel ativo e empréstimo contraído
(B) pessoal ativo e aquisição de bens (A) 3.000.
(C) alienação de bens e ISS arrecadado (B) 2.000.
(D) IPTU arrecadado e multa arrecadada (C) 5.000.
(E) amortização de empréstimos contraídos e empréstimos (D) 8.000.
concedidos (E) 10.000.
2. Observe as informações a seguir: 6. As receitas que afetam o resultado econômico do
O valor das despesas correntes é: governo apurado na Demonstração das
Variações Patrimoniais são:
(A) todas as de mutação.
(B) todas as efetivas.
(C) todas as correntes.
(D) todas as de capital.
(E) todas as receitas, sejam correntes ou de capital.
7. O limite legal definido pela LC 101/00 para as despesas
(A) 25.000. com pessoal do Poder Executivo
(B) 50.000. Municipal é:
(C) 60.000. (A) 60% da receita corrente líquida.
(D) 45.000. (B) 25% de toda receita.
(E) 65.000. (C) 51,3% a receita corrente líquida.
3. De acordo com as informações abaixo, o valor a ser (D) 6% de toda receita.
inscrito em Restos a Pagar Não (E) 54% da receita corrente líquida.
Processados é: 8. A Classificação Funcional-programática definida na
Portaria 42, de 14/04/99, é dividida em:
(A) Função, Subfunção, Programa, Projeto, Atividade ou
(A) 5.000. Operações Especiais.
(B) 25.000. (B) Função, Programa, Subprograma, Projeto, Atividade ou
(C) 10.000. Operações Especiais.
(D) 15.000. (C) Função, Programa, Subprograma, Projeto ou Atividade,
(E) 30.000. Subprojetos ou Subatividade.
4. O valor das Receitas de Capital com base no quadro a (D) Função, Subfunção, Programa, Subprograma, Projeto
seguir é: ou Atividade, Subprojeto ou
Subatividade.
(E) Função, Programa, Projeto ou Atividade, Subprojeto ou
Subatividade.
9. De acordo com a classificação funcional-programática da ( ) Compõe a programação do orçamento na busca do
despesa, o item que envolve um equilíbrio da execução.
conjunto de operações limitadas no tempo, das quais ( ) Tem a finalidade principal de orientar a elaboração do
resulta um produto final que concorre para a expansão ou o orçamento.
aperfeiçoamento da ação do governo é: Assinale a alternativa que apresente a ordem correta, de
(A) atividade. cima para baixo.
(B) projeto. (A) 1, 3, 2, 5, 4
(C) programa. (B) 4, 1, 5, 3, 2
(D) função. (C) 2, 4, 5, 3, 1
(E) operações especiais. (D) 4, 3, 2, 1, 5
10. O orçamento dos municípios brasileiros envolve os (E) 2, 1, 4, 3, 5
Poderes Executivo e Legislativo. As etapas de elaboração, 14. O tipo de empenho a ser utilizado para um contrato
aprovação, execução e controle são de responsabilidade anual com pagamento parcelado é:
dos seguintes poderes, nesta ordem: (A) estimativo.
(A) Legislativo, Legislativo, Executivo e Executivo. (B) ordinário.
(B) Legislativo, Executivo, Executivo e Legislativo. (C) global.
(C) Executivo, Executivo, Legislativo e Legislativo. (D) geral.
(D) Executivo, Legislativo, Executivo e Legislativo. (E) subempenho.
(E) Executivo, Legislativo, Executivo e Executivo. 01-A práxis vigente permite que a despesa pública possa
11. O regime da contabilidade pública utilizado para as ser classificada de maneira funcional, institucional ou,
receitas, bem como o estágio em que a ainda, segundo a sua natureza. Do ponto de vista da
natureza, investimentos devem ser classificados como
Lei 4.320/64 considera a receita pública são,
a) modalidade de aplicação
respectivamente: b) categoria econômica
(A) caixa e arrecadação. c) elemento de despesa
(B) competência e recolhimento. d) subelemento de despesa
(C) competência e arrecadação. e) grupo de despesa
(D) caixa e recolhimento. 02. A respeito da classificação funcional-programática da
(E) competência e caixa. despesa pública, julgue os itens abaixo.
12. A peça orçamentária que compreende as metas e (1) Programas e subprogramas típicos são aqueles que se
prioridades da administração, além de apresentam classificados dentro da função governamental
estabelecer a política de aplicação das agências financeiras que melhor caracteriza suas ações.
oficiais de fomento é: (2) Programas exclusivos são aqueles que se caracterizam
(A) Lei de Créditos Adicionais. por ações que somente poderiam ser classificadas em uma
(B) Lei Orçamentária Anual. única ação governamental.
(C) Lei de Diretrizes Orçamentárias. (3) Alguns projetos, quando de seu término, podem ensejar
(D) Lei de Responsabilidade Fiscal. a criação de uma nova atividade no âmbito da
(E) Lei do Plano Plurianual de Investimentos. administração orçamentária.
13. Quanto ao orçamento, correlacione os conceitos com (4) A discriminação ordenada da despesa pública, na
suas definições correspondentes: classificação funcional-programática, visa conjugar as
(1) INICIATIVA VINCULADA funções do governo com os programas e subprogramas a
(2) LDO serem desenvolvidos.
(3) DUODÉCIMO (5) Se houver necessidade, podem-se conjugar programas
(4) PPA de diversas áreas com as funções que possibilitem a
(5) LOA identificação dos seus objetivos, mesmo que essa não
( ) É o plano de ação governamental de médio prazo. expresse a melhor caracterização de suas ações.
( ) O Poder Executivo está obrigado aos prazos da lei para
apresentação do projeto de lei orçamentária ao 03. Relativamente à classificação da despesa orçamentária
Legislativo. por natureza, constitui a síntese racional da discriminação
( ) Prevê receita e fixa despesa. mínima exigida para o orçamento, pela Lei no 4.320/64,
(A) a categoria econômica.
(B) o grupo. 08. Na codificação da classificação orçamentária “por
(C) o elemento. natureza da despesa” correspondem à “modalidade de
(D) a classificação institucional. aplicação” os dígitos
(E) o subelemento. (A) 1º ou 2º
(B) 2º ou 3º
04. A despesa orçamentária classifica-se em (C) 3º e 4º
(A) Categorias Econômicas, Grupos de Natureza de (D)4º e 5º
Despesa e Elementos de Despesa. (E) 5º e 6º
(B) Despesas Correntes e Despesas de Capital.
(C) Categorias Econômicas, Grupos de Natureza de 09. Indique, dentre as alternativas abaixo, a que contém o
principal elemento de distinção entre os conceitos de
Despesa e Despesa de Capital. Projeto e de Atividade.
(D) Despesas Correntes, Despesas de Capital e Elementos (A) Tempo de duração.
(B) Bem e/ou serviço associado.
de Despesa. (C) Objetivo a ser alcançado.
(E) Despesas Correntes, Despesas de Capital, Grupos de (D) Área beneficiada.
(E) Nível de agregação de despesa.
Natureza de Despesa e Categorias Econômicas.

05. De acordo com a legislação, quais das despesas abaixo 36. Na codificação da classificação orçamentária “por
são classificadas como Despesas Correntes? natureza da despesa” correspondem à “modalidade de
(A) Material de Consumo; Encargos Diversos; Material aplicação” os dígitos
Permanente. (A) 1º ou 2º
(B)Material de Consumo; Serviços de Terceiros; Encargos (B) 2º ou 3º
Diversos. (C) 3º e 4º
(C) Serviços de Terceiros; Equipamentos e Instalações; (D)4º e 5º
Subvenções Sociais. (E) 5º e 6º
(D) Subvenções Sociais; Subvenções Econômicas; Serviços 37. O regime orçamentário da receita é estabelecido
de Terceiros. (A) pela sua previsão.
(E) Encargos Diversos; Material de Consumo; Subvenções (B) pela sua arrecadação.
Econômicas. (C) pela sua inscrição como dívida ativa.
(D) pelo seu recolhimento.
06. A atual classificação funcional-programática segue a (E) pelo seu lançamento.
seguinte ordem: 38.Para efeito de classificação de despesa, considera-se
(A) função, programa, subprograma e projeto ou atividade material permanente o
ou operação especial. (A) que não seja consumido com o uso.
(B)função, subfunção, programa e projeto ou atividade ou (B) que não possa ser alienado.
(C) que tenha sido adquirido com recursos públicos.
operação especial.
(D) de caráter essencial para manutenção do serviço
(C) função, subprograma, programa e projeto ou atividade público.
ou operação especial. (E) de duração superior a dois anos.
(D) programa, função, subfunção e projeto e atividade. 39. Em matéria de despesas públicas considere as
(E) função, subfunção, programa, projeto e atividade. assertivas:
I. As despesas de capital, quanto a investimentos
abrangem, dentre outros, a aquisição de imóveis, a
07. Na codificação da receita orçamentária os dígitos que
constituição de fundos rotativos e a concessão de
correspondem à categoria econômica são os
empréstimos.
(A) primeiros. II. As despesas correntes, quanto as de custeio remuneram
(B) primeiros e os segundos. os serviços necessários ao desempenho do serviço público a
(C) segundos. teor do pagamento efetuado aos servidores públicos civis e
(D) segundos e os terceiros. militares.
(E) terceiros. III. As despesas de capital têm natureza econômica
produtiva, pois implicam mutações no patrimônio público.
Dentre outras, podem ser de aquisição de imóveis.
Está correto o que se afirma APENAS em
(A) I e II. (E) II e III
(B) I e III.
(C) II.
(D) III.

Espero que juntamente das aulas ministradas e explicações apresentadas, este material lhe ajude a obter êxito nas provas.

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