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Droga

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Nota: Esta página é sobre produtos alucinógenos que levam à dependência
química. Se procura outros significados da mesma expressão, consulte
medicamento.

Cocaína

Droga (do francês drogue, provavelmente do neerlandês droog, "seco, coisa seca"),
narcótico, entorpecente ou estupefaciente são termos que denominam substâncias
químicas que produzem alterações dos sentidos. "Droga", em seu sentido original, é um
termo que abrange uma grande quantidade de substâncias, que pode ir desde o carvão à
aspirina. Contudo , há um uso corrente mais restritivo do termo, remetendo a qualquer
produto alucinógeno (ácido lisérgico, heroína etc.) que leve à dependência química e,
por extensão, a qualquer substância ou produto tóxico (tal como o fumo, álcool etc.) de
uso excessivo, sendo um sinônimo assim para entorpecentes.

Índice
[esconder]

• 1 Conceito
• 2 Tipos
• 3 Uso de drogas
o 3.1 Motivos associados ao uso
• 4 Ver também

• 5 Ligações externas

[editar] Conceito
Droga é toda e qualquer substância, natural ou sintética que, introduzida no organismo
modifica suas funções. As drogas naturais são obtidas através de determinadas plantas,
de animais e de alguns minerais. Exemplo a cafeína (do café), a nicotina (presente no
tabaco), o ópio (na papoula) e o THC tetrahidrocanabiol (da cannabis). As drogas
sintéticas são fabricadas em laboratório, exigindo para isso técnicas especiais. O termo
droga, presta-se a várias interpretações, mas ao senso comum é uma substância
proibida, de uso ilegal e nocivo ao indivíduo, modificando-lhe as funções, as sensações,
o humor e o comportamento.

As drogas estão classificadas em três categorias: as estimulantes, os depressores e os


perturbadores das atividades mentais. O termo droga envolve os analgésicos,
estimulantes, alucinógenos, tranquilizantes e barbitúricos, além do álcool e substâncias
voláteis. As psicotrópicas, são as drogas que tem tropismo e afetam o Sistema Nervoso
Central, modificando as atividades psíquicas e o comportamento. Essas drogas podem
ser absorvidas de várias formas: por injecção, por inalação, via oral ou injeção
intravenosa.

Vários tipos de droga

[editar] Tipos
• Depressivas - aumentam a freqüência cerebral e podem dificultar o
processamento das mensagens que são enviadas ao cérebro. Exemplos: álcool,
barbitúricos, diluentes, catamina, cloreto de etila, clorofórmio, ópio, morfina,
heroína, maconha, haxixe, etc.
• Psicodistropticas ou alucinógenarias – têm por característica principal a
despersonalização em maior ou menor grau. Exemplos:
Ayahuasca,cogumelos,skunk, LSD, psilocibina, e chá de cogumelo.
• Psicotrópticas ou estimulanteses - produzem aumento da atividade pulmonar,
diminuem a fadiga, aumentam a percepção ficando os demais sentidos ativados.
Exemplos: cocaína, crack, cafeína, teobromina, MDMA ou ecstasy,
GHB,metanfetamina, anfetaminas (bolinha, arrebite) etc.

Quanto à forma de produção do individuo no comportamento cerebral podendo


atrapalhar o processamento ou não, classificam-se como:

• Naturais
• Semi-sintéticas
• Sintéticas

[editar] Uso de drogas


É comum distinguir o abuso do uso de drogas de seu consumo normal. Esta
classificação refere-se à quantidade e periodicidade em que ela é usada. Outra
classificação, se refere ao uso das drogas em desvio de seu uso habitual, como por
exemplo o uso de cola, gasolina, benzina, éter, lóló, dentre outras substâncias químicas.
Os usuários podem ser classificados em: experimentador, usuário ocasional, habitual e
dependente.

[editar] Motivos associados ao uso

Os motivos que normalmente levam alguém a provar ou a usar ocasionalmente drogas


incluem:

• Recreação;
• Problemas pessoais e sociais;
• Influência de amigos, traficantes assim como da sociedade e publicidade de
fabricantes de drogas lícitas;
• Sensação imediata de prazer que produzem;
• A facilidade de acesso e obtenção;
• Desejo ou impressão de que elas podem resolver todos os problemas, ou aliviar
as ansiedades;
• Fuga;
• Estimular;
• Acalmar;
• Ficar acordado ou dormir;
• Emagrecer ou engordar;
• Esquecer ou memorizar;
• Fugir ou enfrentar;
• Inebriar;
• Inspirar;
• Fortalecer;
• Aliviar dores, tensões, angústias, depressões;
• Aguentar situações difíceis, privações e carências;
• Encontrar novas sensações, novas satisfações;
• Força do hábito;
• Ritual;
• Autoconhecimento, principalmente pelos psiconautas
Outros Assuntos
Drogas e seus efeitos e características Causas da Violência
Amor ao próximo
Preconceitos
As drogas são substâncias químicas, Aposentadoria justa
naturais ou sintéticas, que provocam Bem-sucedido
alterações psíquicas e físicas a quem as Capitalismo ?
consome e levam à dependência física e Criacionismo ?
psicológica. Seu uso sistemático traz sérias Drogas, Causas
conseqüências físicas, psicológicas e Prevenção da Aids
sociais, podendo levar à morte em casos Desemprego
extremos, em geral por problemas Inflação/Economia
circulatórios ou respiratórios. É o que se Seguro-desemprego
chama overdose. Além das drogas Justiça Social
tradicionais, os especialistas também Liberdades na TV
incluem na lista o cigarro e o álcool. Democracia
Eleições e Política
Os adolescentes estão entre os principais Censura na TV
usuários de drogas. Calcula-se que 13% Feminismo
dos jovens brasileiros entre 16 e 18 anos Paganismo
consomem maconha. Em 2001, cresce o uso de crack e drogas sintéticas, como o ecstasy. Pai-Nosso
Os consumidores de cocaína são os que mais procuram tratamento para se livrar da Religião
dependência, o qual é feito por meio de psicoterapias que promovem a abstinência às Protestantes
drogas e do uso de antidepressivos em 60% dos casos. Atualmente, cerca de 5% dos
brasileiros são dependentes químicos de alguma droga. O uso de drogas é crime previsto
no Código Penal Brasileiro, e os infratores estão sujeitos a penas que variam de seis
meses a dois anos.
Tipos de droga - As drogas são classificadas de acordo com a
ação que exercem sobre o sistema nervoso central. Elas podem
ser depressoras, estimulantes, perturbadoras ou, ainda,
combinar mais de um efeito.

Depressoras - Substâncias que diminuem a atividade cerebral,


deixando os estímulos nervosos mais lentos. Fazem parte desse
grupo o álcool, os tranqüilizantes, o ópio (extraído da planta
Papoula somniferum) e seus derivados, como a morfina e a
heroína.

Estimulantes - Aumentam a atividade cerebral, deixando os


estímulos nervosos mais rápidos. Excitam especialmente as
áreas sensorial e motora. Nesse grupo estão as anfetaminas, a
cocaína (produzida das folhas da planta da coca, Erytroxylum
coca) e seus derivados, como o crack.

Perturbadoras - São substâncias que fazem o cérebro funcionar


de uma maneira diferente, muitas vezes com efeito
alucinógeno. Não alteram a velocidade dos estímulos cerebrais,
mas causam perturbações na mente do usuário. Incluem a
maconha, o haxixe (produzidos da planta Cannabis sativa), os
solventes orgânicos (como a cola de sapateiro) e o LSD (ácido
lisérgico).

Drogas com efeito misto - Combinam dois ou mais efeitos. A


droga mais conhecida desse grupo é o ecstasy, metileno dioxi-
metanfetamina (MDMA), que produz uma sensação ao mesmo
tempo estimulante e alucinógena.

Drogas e doenças infecciosas - O uso comum de seringas para


a injeção de drogas é um dos principais meios de transmissão
do HIV e do vírus da hepatite B e C. Muitos países vêm
implantando programas de troca ou distribuição de seringas e
agulhas para o controle de epidemias. No entanto, esses
programas são objeto de crítica dos que acreditam que eles
incentivam o uso de drogas.

Prevenção e tratamento - Os especialistas afirmam que o melhor modo de combater as


drogas é a prevenção. Informação, educação e diálogo são apontados como o melhor
caminho para impedir que adolescentes se viciem. Para usuários que ainda não estão
viciados, o tratamento recomendado são a psicoterapia e a participação em grupos de
apoio. Para combater o vício, além das terapias são usados medicamentos que reduzem
os sintomas da abstinência ou que bloqueiam os efeitos das drogas.

Resumo Extraído de Enciclopédias


Projeto Renasce Brasil

Veja também:
Prevenção da Aids sem hipocrisia
Causas da violência no Brasil
Causas e Soluções para as Drogas Outros Assuntos
Causas da Violência
Amor ao próximo
A primeira questão que o governo precisa
Preconceitos
descobrir, para obter sucesso no combate
Aposentadoria justa
ao uso e ao tráfico de drogas, é saber
Bem-sucedido
quem é causa e quem é conseqüência.
Capitalismo ?
Criacionismo ?
A questão principal é: usa-se drogas Drogas, Causas
porque elas estão à venda?... Ou vende-se Prevenção da Aids
drogas porque existe a procura?... Se o Desemprego
governo descobrir e concentrar os esforços Inflação/Economia
diretamente sobre as causas, as Seguro-desemprego
conseqüências também cessarão. Justiça Social
Liberdades na TV
Analise o exemplo abaixo e talvez ele nos Democracia
ajude a descobrir as respostas corretas: Eleições e Política
Imagine um jovem pobre, com pouca Censura na TV
instrução, morador de favela, sem Feminismo
perspectivas de bom emprego e que eventualmente passe necessidades. Imagine outro Paganismo
jovem, porém rico, morador de bairro chique e que normalmente tem tudo o que deseja. Pai-Nosso
Aconteceu de um deles se transformar em traficante e do outro se transformar em Religião
viciado. Considerando as características brasileiras, qual dos dois se tornou o traficante? Protestantes
Parece elementar que foi o jovem que mais precisava de
dinheiro, o jovem pobre da favela. Parece compreensível
também que o jovem rico tenha se inclinado por prazeres
alucinantes, uma vez que já tinha de tudo e poderia estar
enfadado dos prazeres comuns. A grande questão é saber quem
induz a quem a se envolver com as drogas. Será que foi o
jovem pobre, e de pouca educação que convenceu o jovem rico,
ou será que foi o jovem rico e de muita educação que
convenceu o jovem pobre?

A segunda questão é: Considerando a realidade brasileira, que


tipo de influência um traficante de favela poderia exercer sobre
famosas atrizes, cantores e personalidades artísticas em geral,
levando-os ao vício e a dependência?... Seria, amostras
grátis?... Quem realmente procura quem?...

No passado, os Estados Unidos deram grandes ensinos ao


mundo (democracia, liberdade, missões cristãs, etc.), mas
nesta questão de drogas pecaram gravemente. O jovem
colombiano, responsabilizado por produzir, não tem capacidade
de enfiar cocaína “nariz adentro” do jovem americano. Mas, o
jovem americano, tem capacidade de comprar qualquer tipo de
serviço do pobre colombiano. As autoridades americanas sabem
disso muito bem e não podem se fazer de ingênuas.

Na época da guerra fria, entre a liberdade propagandeada pelos


Estados Unidos e o comunismo propagandeado pela União
Soviética, era compreensível que as autoridades americanas,
querendo preservar a boa imagem da liberdade diante do
mundo, tenham colocado toda a culpa das drogas nas costas
dos que as comercializavam, considerando os jovens que
consumiam como simples vítimas. Agiram assim porque não
queriam dar motivos para a antiga União Soviética criticar a
liberdade e usar este problema, como pretexto, para fazer
propaganda do comunismo ateísta. Praticamente o mundo
inteiro seguiu aos Estados Unidos nessa definição de que o
traficante seria o único culpado. A partir dessa ocasião boa parte do mundo tem
crucificado pessoas que necessitam de dinheiro para sobreviver, e absolvido pessoas que
também, contrariando a lei, se envolvem em prazeres alucinantes apenas para se divertir
e se ocupar.

Se a dependência química é uma necessidade incontrolável e, por isso, merece


compreensão, então o que merece a dependência de alimento dos favelados?

É verdade que um viciado sem drogas sente dores, mas um faminto sem alimentos sente
a morte. A qual dos dois devemos compreender por se envolver com drogas?... Ao que
vende para alimentar a si e sua família, ou ao que consome, irresponsavelmente, para
deliciar a si mesmo?

É importante lembrarmos que a população pobre da favela não dispõe de muitas


alternativas para se sustentar. Na realidade, a grande maioria tem que se sujeitar aos
míseros trabalhos, lícitos ou ilícitos, que a população de posses lhes oferece ou lhes
encomenda.

Portanto, precisamos combater o problema das drogas sem tratar os consumidores


adultos como “coitadinhos”. Eventualmente eles podem ser vítimas, mas, na maioria das
Os efeitos do abuso de drogas ilícitas na saúde.

Neste artigo:

- Introdução
- Cocaína
- Ecstasy
- Heroína
- Inalantes
- Maconha

"O abuso e a dependência das drogas é um grande problema enfrentado por toda a sociedade. Além dos prejuízos sociais, as
drogas causam graves distúrbios físicos nos seus usuários. O conhecimento dos efeitos danosos causados pelas drogas na
saúde do indivíduo pode ajudar na prevenção do seu uso."

Introdução

O abuso e dependência das drogas é um problema de saúde pública que afeta muitas pessoas e tem uma grande variedade de
conseqüências sociais e na saúde dos indivíduos.

A dependência começa com o abuso das drogas quando uma pessoa faz uma escolha consciente de usar drogas, mas a
dependência não é apenas "o uso de grande quantidade de drogas". Pesquisas científicas recentes têm demonstrado que as
drogas não somente interferem com o funcionamento cerebral normal, criando sensações de prazer, mas também tem efeitos a
longo-prazo no metabolismo e atividade cerebral, e num determinado momento, as mudanças que ocorrem no cérebro podem
transformar o abuso em dependência. As pessoas viciadas em drogas têm um desejo compulsório e não conseguem deixar as
drogas por vontade própria. O tratamento é necessário para dar fim a esse comportamento compulsivo.

Estudos recentes demonstraram que a dependência é claramente tratável. O tratamento pode ter um profundo efeito não apenas
nos usuários de drogas, mas também na sociedade como uma diminuição da criminalidade e violência, redução da contaminação
da AIDS, acidentes automobilísticos e outros fatores associados às drogas.

O entendimento do abuso das drogas e seus efeitos prejudiciais na saúde pode ajudar a prevenir o seu uso.

Cocaína

A cocaína é uma droga com grande potencial de causar dependência. Uma pessoa que experimenta a cocaína não pode prever
ou controlar a extensão de seu uso.

Existem grandes riscos no uso da cocaína independente do modo de como ela é usada, por inalação, injeção ou fumo. Parece que
o uso compulsivo da cocaína pode se desenvolver ainda mais rapidamente se a substância for fumada (na forma de crack).

Os efeitos físicos do uso da cocaína incluem uma constrição nos vasos periféricos, dilatação das pupilas, e aumento da
temperatura, freqüência cardíaca e pressão arterial. A duração dos efeitos eufóricos imediatos da cocaína, que incluem
hiperestimulação, redução do cansaço e clareza mental, depende da via de administração. Quanto maior a absorção, maior a
intensidade dos efeitos. Por outro lado, quanto maior a absorção, menor o tempo de duração. Pode ocorrer o desenvolvimento de
tolerância e a necessidade de maiores quantidades para se conseguir os mesmos efeitos. Evidências científicas sugerem que as
propriedades do poderoso envolvimento neuropsicológico da cocaína é responsável pelo seu uso contínuo, mesmo com as
conseqüências físicas e sociais danosas. Existe o risco de morte súbita mesmo no primeiro uso da cocaína ou de forma
inesperada após o seu uso. Entretanto, não há como determinar quem tem propensão para morte súbita.

Altas doses de cocaína e/ou uso prolongado pode desencadear paranóia. O crack pode produzir um comportamento
particularmente agressivo em seus usuários. Quando as pessoas dependentes interrompem o uso de cocaína, elas
freqüentemente apresentam depressão. O uso prolongado de cocaína por inalação pode resultar em ulceração das mucosas no
nariz e pode lesar o septo nasal gravemente. As mortes relacionadas com a cocaína são freqüentemente resultado de parada
cardíaca ou convulsões seguida de parada respiratória.
Ecstasy

O MDMA é uma droga sintética e psicoativa com propriedades estimulantes e alucinógenas. Popularmente é também conhecida
como ecstasy e droga do amor. Primariamente usada em boates e raves, está sendo cada vez mais usada em vários outros
círculos sociais.

O MDMA é usualmente ingerido na forma de pílula, mas alguns usuários fazem uso por inalação, injeção, ou supositório.

O ecstasy é neurotóxico. Além disso, em altas doses pode causar aumento agudo da temperatura corporal (hipertermia maligna),
o que pode levar a lesão muscular e insuficiência dos rins e sistema cardiovascular. Foi demonstrado que o MDMA causa lesão
cerebral, afetando os neurônios.

Entre os distúrbios psicológicos podemos citar a confusão, depressão, distúrbios do sono, ansiedade grave e paranóia. E os
problemas físicos podem incluir a tensão muscular, náuseas, visão borrada, desmaio, calafrio ou sudorese. O uso dessa droga
também tem sido associada com um aumento na freqüência cardíaca e pressão arterial, o que é especialmente perigoso para
pessoas com doença circulatória ou cardíaca.

Estudos recentes têm ligado o uso do ecstasy a lesões a longo prazo de partes específicas do cérebro, relacionadas com a
memória e prazer. O ecstasy também está relacionado com a degeneração de neurônios que contém um neurotransmissor
chamado dopamina, a lesão desses neurônios é a causa de distúrbios motores vistos na doença de Parkinson. Os sintomas dessa
doença começam com uma falha de coordenação e tremores e pode eventualmente resultar em uma forma de paralisia.

Heroína

Heroína é uma droga que leva a dependência facilmente. É uma droga processada da morfina e apresenta-se usualmente como
um pó branco ou marrom.

O abuso da heroína está associado com graves problemas físicos, incluindo overdose fatal, aborto espontâneo, colapso venoso e
doenças infecciosas, incluindo HIV/AIDS e hepatite. Complicações pulmonares, incluindo vários tipos de pneumonia, podem
resultar da condição de saúde precária do usuário, assim como do efeito depressor da heroína na respiração.

Além dos próprios efeitos da heroína, a droga pode conter aditivos que não se dissolvem bem e resulta em obstrução dos vasos
sanguíneos dos pulmões, fígado, rins ou cérebro. Isso causa infecção ou mesmo a morte de parte desses órgãos vitais.

Inalantes

Os inalantes são substâncias químicas voláteis que produzem efeitos psicoativos. Uma variedade de produtos usados no
ambiente doméstico e no trabalho contém substâncias que podem ser inaladas. Muitas pessoas não vêem produtos como tintas
spray, colas, e fluidos de limpeza como drogas porque nunca tiveram a intenção de usá-los para obter um efeito intoxicante,
entretanto crianças e adolescentes tem acesso fácil a esses produtos e estão entre o grupo de maior risco de abuso dessas
substâncias extremamente tóxicas. Os pais devem monitorar com cuidado esses produtos para prevenir a inalação acidental por
crianças muito novas.

Dentre as substâncias inalantes encontram-se os solventes (thinner, removedores, fluidos de limpeza, gasolina, cola) e gases
(butano, propano, aerossóis, gases anestésicos, etc).

Quase todos os inalantes produzem efeitos similares aos anestésicos, que agem diminuindo as funções do organismo. A
intoxicação usualmente dura apenas alguns minutos. Entretanto, alguns usuários apresentam o seu efeito por muitas horas pela
inalação repetida. Inicialmente, os usuários podem sentir um efeito estimulador e inalações sucessivas podem os tornar menos
inibidos e com menos controle. Se usado continuadamente, pode provocar a perda de consciência.

Estes produtos podem induzir diretamente a parada cardíaca e morte dentro de poucos minutos de uma única sessão de uso
prolongado. Altas concentrações de inalantes podem também causar morte por sufocação por deslocar o oxigênio dos pulmões.
Deve-se estar atento mesmo para o uso de aerossóis e produtos voláteis para seus fins legítimos (como pintura, limpeza, etc), que
deve ser feito em ambientes bem ventilados, para evitar seus efeitos prejudiciais.
O abuso crônico de solventes pode causar danos graves ao cérebro, fígado e rins.

Maconha

O principal composto químico ativo da maconha é o THC (delta-9-tetrahidrocanabiol) e é o responsável pelos efeitos da maconha
no sistema nervoso. Quando o indivíduo fuma a maconha, o THC rapidamente passa dos pulmões para o sangue, que o carrega
para todo o organismo, incluindo o cérebro.

Ao contrário do que alguns pensam, a maconha pode trazer grandes problemas para a vida e saúde do indivíduo. Os efeitos a
curto prazo do uso da maconha incluem problemas com memória e aprendizado; percepção distorcida; dificuldade em pensar e
resolver problemas; perda da coordenação; e aumento da freqüência cardíaca. Pesquisas têm demonstrado que o uso da
maconha a longo prazo causa algumas mudanças no cérebro semelhantes aos vistos no abuso de outras drogas consideradas
mais "pesadas".

Alguns efeitos adversos na saúde causados pela maconha podem ocorrer devido o THC prejudicar a habilidade do sistema imune
de lutar contra infecções e câncer. Depressão, ansiedade, e distúrbios da personalidade também estão associados com o uso da
maconha. Devido ao efeito prejudicial na habilidade de aprendizado e memória, quanto mais a pessoa abusa da maconha, mais
propensa ela será de ter um declínio de suas atividades intelectuais, de trabalho e sociais.

O abuso prolongado da maconha pode levar a dependência em algumas pessoas, fazendo com que a pessoa use
compulsivamente a droga mesmo com seus efeitos danosos na família, trabalho, escola, e atividades recreacionais.
Terça, 11 de Novembro de 2008

O toxicodependente é, por assim dizer, o produto mais bem acabado de uma sociedade
onde progressivamente o valor dos laços e das relações afectivas se vai perdendo e que
elegeu o químico e o consumo como valores de felicidade. Mas se a abordagem
sociológica sobre o fenómeno da toxicodependência serve para afirmar a eclosão de um
problema social que envolve todas as camadas da população, não serve para uma
tradução literal que consiste em afirmar que a toxicodependência é apenas um
comportamento desviante. Muito menos serve para construir práticas terapêuticas que
tenham como objecto o sofrimento do sujeito toxicodepente na sua individualidade, na
sua idiossincrasia. Como sabemos, a intervenção nas variáveis do meio ou nas variáveis
comportamentais não se tem revelado suficiente para tratar o problema.
«Os toxicodepentes não são capazes de se envolver numa relação terapêutica longa»,
«os toxicodependentes rejeitam a relação», argumenta-se, e em simetria responde-se:
«Dêmos-lhes então outra coisa que não passe pela oferta de uma relação
psicoterapêutica». Nós diríamos: «Dê-se-lhes então o que eles dizem não querer».

A abordagem psicológica geradora de mudanças na personalidade, que responda ao


pedido latente do sujeito em sofrimento, pode, na nossa opinião, permitir sair do
impasse e abrir para um outro registo de comunicação gerando turbulência dentro da
estrutura psicopatológica e obrigando-a a ceder, a abrir-se à mudança, ou seja, criar o
desequilíbrio para que um novo equilíbrio se possa organizar dentro e fora do sujeito.
Uma perspectiva terapêutica que aposte sobretudo nas potencialidades e virtualidades da
oferta de uma psicoterapia, de uma relação humana continuada, aos pacientes
toxicodependentes, cria uma assimetria, já que, como dissemos, no plano da sua
realidade quotidiana os toxicodependentes rejeitam activamente o estabelecimento de
uma relação humana com uma pessoa específica e até fazem crer que não precisam dela
(faltando, afirmando não precisarem de nada nem de ninguém, induzindo sentimentos
de rejeição, envolvendo-se em pseudo-relações amorosas, esporádicas e vazias de
afecto).
Esta cegueira, ou seja, esta incapacidade do toxicodependente em ser capaz de
reconhecer, de ter consciência, qual é a sua verdadeira «fome», o que lhe falta, leva-o a
procurar ininterruptamente parceiros onde o vínculo, a confiança, a relação humana não
estão presentes... dando-lhe a ilusão de uma grande independência. Às vezes conseguem
ser tão «seguros e afirmativos» nessa sua cegueira que facilmente convencem (ou
manipulam?) o terapeuta a responder ao pedido manifesto sem que este se aperceba do
pedido latente, a saber: «Ofereça-me aquilo que tive e perdi: uma ligação afectiva
continuada, um vínculo que perdure e resista às minhas investidas destrutivas... se não,
tenho sempre à mão a droga que me faz sentir bem e me dá a sensação de que posso
viver auto-abastecendo-me de ilusões».

Pressupõe-se obviamente que o modelo psicoterapêutico usado desaloje o


toxicodependente da posição narcisista em que se encontra («eu sou o maior»), o
desaloje das defesas poderosas (arrogância, desprezo, negação) que lhe servem apenas
como couraça para a extrema fragilidade psicológica e que permita a construção ou a
reconstrução da capacidadade no toxicodependente do estabelecimento de uma relação
humana (com o que ela pressupõe de ameaça de perda e de tolerância ao sofrimento),
tecida na relação de transferência e contratransferência entre o paciente e o
psicoterapeuta. O paciente, ao ser capaz de se abandonar à relação terapêutica, está
dando a si próprio uma nova oportunidade: a de poder vir a restabelecer gradualmente
uma teia de laços afectivos e sociais que lhe restituam a capacidade de viver, em relação
com os outros,

Mas não será a área das toxicodependências, nos seus vários epifenómenos, uma área
profundamente cega, geradora de falsas crenças que nutrem o erro?

Ou seja, o toxicodependente é cego face à sua própria psicopatologia, não se crê


doente, não vê nem deixa ver a sua «ferida», quer livrar-se da substância que o
escraviza não se concebendo ele próprio como o que a deseja e procura.

A família do toxicodependente é, em muitos casos, cega face ao problema do filho.


Começa por não ver os primeiros consumos. Só se apercebe mais tarde que o filho
consome (já consome há anos) e quando finalmente já não pode deixar de ver continua
na sua cegueira: «Ele droga-se porque é mau»; «ele droga-se porque anda com más
companhias»...

A sociedade é cega quando persiste em não querer ver a sua tremenda responsabilidade
na degradação da qualidade de vida das famílias, primeiro contexto relacional onde se
cria o terreno psicológico sobre o qual mais tarde, quase sempre na adolescência, a
droga encontra um terreno psicologicamente favorável à sua acção euforizante.

A ciência colabora na cegueira geral ao não conseguir impor um discurso científico que
parta, não de opiniões, mas dos dados da realidade tal como eles são verificados através
do único meio de que a ciência dispõe: a investigação clínica e a investigação empírica.

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O toxicodependente é, por assim dizer, o produto mais bem acabado de uma sociedade
onde progressivamente o valor dos laços e das relações afectivas se vai perdendo e que
elegeu o químico e o consumo como valores de felicidade. Mas se a abordagem
sociológica sobre o fenómeno da toxicodependência serve para afirmar a eclosão de um
problema social que envolve todas as camadas da população, não serve para uma
tradução literal que consiste em afirmar que a toxicodependência é apenas um
comportamento desviante. Muito menos serve para construir práticas terapêuticas que
tenham como objecto o sofrimento do sujeito toxicodepente na sua individualidade, na
sua idiossincrasia. Como sabemos, a intervenção nas variáveis do meio ou nas variáveis
comportamentais não se tem revelado suficiente para tratar o problema.
«Os toxicodepentes não são capazes de se envolver numa relação terapêutica longa»,
«os toxicodependentes rejeitam a relação», argumenta-se, e em simetria responde-se:
«Dêmos-lhes então outra coisa que não passe pela oferta de uma relação
psicoterapêutica». Nós diríamos: «Dê-se-lhes então o que eles dizem não querer».

A abordagem psicológica geradora de mudanças na personalidade, que responda ao


pedido latente do sujeito em sofrimento, pode, na nossa opinião, permitir sair do
impasse e abrir para um outro registo de comunicação gerando turbulência dentro da
estrutura psicopatológica e obrigando-a a ceder, a abrir-se à mudança, ou seja, criar o
desequilíbrio para que um novo equilíbrio se possa organizar dentro e fora do sujeito.
Uma perspectiva terapêutica que aposte sobretudo nas potencialidades e virtualidades da
oferta de uma psicoterapia, de uma relação humana continuada, aos pacientes
toxicodependentes, cria uma assimetria, já que, como dissemos, no plano da sua
realidade quotidiana os toxicodependentes rejeitam activamente o estabelecimento de
uma relação humana com uma pessoa específica e até fazem crer que não precisam dela
(faltando, afirmando não precisarem de nada nem de ninguém, induzindo sentimentos
de rejeição, envolvendo-se em pseudo-relações amorosas, esporádicas e vazias de
afecto).

Esta cegueira, ou seja, esta incapacidade do toxicodependente em ser capaz de


reconhecer, de ter consciência, qual é a sua verdadeira «fome», o que lhe falta, leva-o a
procurar ininterruptamente parceiros onde o vínculo, a confiança, a relação humana não
estão presentes... dando-lhe a ilusão de uma grande independência. Às vezes conseguem
ser tão «seguros e afirmativos» nessa sua cegueira que facilmente convencem (ou
manipulam?) o terapeuta a responder ao pedido manifesto sem que este se aperceba do
pedido latente, a saber: «Ofereça-me aquilo que tive e perdi: uma ligação afectiva
continuada, um vínculo que perdure e resista às minhas investidas destrutivas... se não,
tenho sempre à mão a droga que me faz sentir bem e me dá a sensação de que posso
viver auto-abastecendo-me de ilusões».

Pressupõe-se obviamente que o modelo psicoterapêutico usado desaloje o


toxicodependente da posição narcisista em que se encontra («eu sou o maior»), o
desaloje das defesas poderosas (arrogância, desprezo, negação) que lhe servem apenas
como couraça para a extrema fragilidade psicológica e que permita a construção ou a
reconstrução da capacidadade no toxicodependente do estabelecimento de uma relação
humana (com o que ela pressupõe de ameaça de perda e de tolerância ao sofrimento),
tecida na relação de transferência e contratransferência entre o paciente e o
psicoterapeuta. O paciente, ao ser capaz de se abandonar à relação terapêutica, está
dando a si próprio uma nova oportunidade: a de poder vir a restabelecer gradualmente
uma teia de laços afectivos e sociais que lhe restituam a capacidade de viver, em relação
com os outros,
Mas não será a área das toxicodependências, nos seus vários epifenómenos, uma área
profundamente cega, geradora de falsas crenças que nutrem o erro?

Ou seja, o toxicodependente é cego face à sua própria psicopatologia, não se crê


doente, não vê nem deixa ver a sua «ferida», quer livrar-se da substância que o
escraviza não se concebendo ele próprio como o que a deseja e procura.

A família do toxicodependente é, em muitos casos, cega face ao problema do filho.


Começa por não ver os primeiros consumos. Só se apercebe mais tarde que o filho
consome (já consome há anos) e quando finalmente já não pode deixar de ver continua
na sua cegueira: «Ele droga-se porque é mau»; «ele droga-se porque anda com más
companhias»...

A sociedade é cega quando persiste em não querer ver a sua tremenda responsabilidade
na degradação da qualidade de vida das famílias, primeiro contexto relacional onde se
cria o terreno psicológico sobre o qual mais tarde, quase sempre na adolescência, a
droga encontra um terreno psicologicamente favorável à sua acção euforizante.

A ciência colabora na cegueira geral ao não conseguir impor um discurso científico que
parta, não de opiniões, mas dos dados da realidade tal como eles são verificados através
do único meio de que a ciência dispõe: a investigação clínica e a investigação empírica.

Tratamento da toxicodependência

Na maior parte dos Estados-Membros, o tratamento da toxicodependência dirige-se principalmente


aos consumidores de opiáceos ou aos policonsumidores que consomem também opiáceos. O
tratamento de substituição continua a ser a opção terapêutica predominante no tratamento deste
grupo de consumidores, se bem que nos novos Estados-Membros o acesso ao tratamento de
substituição seja limitado e os regimes de tratamento livres de droga sejam os mais comuns.
Observe-se também que na República Checa, na Finlândia e na Suécia os consumidores de
anfetaminas injectadas continuam a representar uma percentagem importante dos consumidores
em tratamento.

Os dados disponíveis sobre os consumidores de droga que procuram tratamento sugerem que as
características das pessoas que precisam de ajuda são hoje mais diversificadas. Além do consumo
de heroína injectada e não injectada, são comunicados actualmente outros problemas de
policonsumo e de consumo de estimulantes e de cannabis. O indicador de procura de tratamento do
OEDT demonstrou em 2002 pela primeira vez que, nos 11 países nos quais existem dados, a
cannabis substituiu os opiáceos enquanto a droga que estava na origem do tratamento em
ambulatório especializado. A medida em que esta evolução reflecte alterações das práticas de
notificação, a expansão da prestação de serviços ou alterações das características dos
consumidores de droga que procuram ajuda é discutida em pormenor no Tema Específico
«Contextualização dos problemas relacionados com o consumo de cannabis».

É cada vez mais aceite que os serviços de tratamento da toxicodependência devem ser integrados
com outros serviços de saúde, principalmente com serviços dirigidos aos grupos marginalizados e
socialmente desfavorecidos. É particularmente difícil responder eficazmente aos consumidores
problemáticos que têm também problemas de saúde mental. Este problema é analisado no Tema
Específico dedicado à co-morbilidade psiquiátrica.
Prevenção da toxicodependência

A prevenção da toxicodependência na Europa divid-se entre a prevenção que visa a população em


geral (prevenção universal) e a que visa os grupos vulneráveis (prevenção selectiva) ou os
indivíduos vulneráveis (prevenção adequada). Os modelos mais desenvolvidos de prevenção
universal são programas dirigidos à população escolar, cujo conteúdo e execução assentam numa
base de provas sólidas. Vários países notificaram progressos encorajadores na cobertura e na
execução de programas de prevenção em meio escolar. Porém, em muitos países há um grande
potencial de melhoramento tanto ao nível da cobertura como ao nível da qualidade do trabalho de
prevenção universal. O esforço de prevenção universal fora do ambiente escolar oferece também
um potencial considerável, apenas explorado nalguns países.

Se bem que esteja a ser atribuída uma importância crescente ao desenvolvimento de um trabalho
de prevenção junto dos grupos e indivíduos mais vulneráveis, mantém-se ainda uma necessidade
substancial de investir neste tipo de prevenção direccionada.
Cannabis

A cannabis continua a ser a substância ilícita mais comumente consumida em toda a UE, com um
elevado grau de variação entre os vários países. Inquéritos recentes a estudantes de 15 anos
sugerem que a prevalência do consumo de cannabis varia entre abaixo dos 10% e acima dos 30%,
pertencendo as taxas de prevalência mais elevadas aos jovens do sexo masculino no Reino Unido
(42,5%). Uma percentagem reduzida mas significativa (cerca de 15%) dos estudantes de 15 anos
que consumiram cannabis nos últimos doze meses refere tê-lo feito em 40 ou mais ocasiões. Este
consumo intensivo é preocupante, nomeadamente devido à possibilidade de este grupo incorrer no
risco de vir a sofrer consequências negativas. Este problema, bem como o aumento dos pedidos de
tratamento da cannabis notificados na Europa, são abordados com mais pormenor num Tema
Específico. As taxas mais elevadas de prevalência do consumo recente (últimos 12 meses) de
cannabis incidem sobre os jovens adultos (15–34 anos), situando-se na maior parte dos países
entre 5% e 20%. O consumo de cannabis terá aumentado acentuadamente na década de 1990 na
maioria dos países da UE, mas actualmente estabilizou, pelo menos nalguns países.

A cannabis apreendida na Europa é proveniente de mais de 30 países da Europa, o que ilustra o


carácter global da produção desta droga. A Europa é o maior mercado mundial de resina de
cannabis, proveniente na sua maioria de Marrocos, que é actualmente o maior produtor mundial
desta forma da droga. A cannabis já é também cultivada na maior parte dos países da União
Europeia, se bem que os produtos de cannabis importados predominem em todos os países, à
excepção dos Países Baixos. A potência dos produtos derivados de cannabis que entram na União
Europeia parece ter-se mantido relativamente estável ao longo de vários anos. A cannabis cultivada
na UE por métodos intensivos tem geralmente uma potência mais elevada, mas há uma grande
sobreposição entre os dois produtos

Cocaína

Inquéritos recentes sugerem que entre 0,5% e 6% da população adulta reconhece ter
experimentado cocaína pelo menos uma vez (prevalência ao longo da vida). Entre os jovens adultos
(15–34 anos), as taxas de prevalência ao longo da vida oscilam entre 1% a 10%. Cerca de metade
dos que referem ter experimentado cocaína fizeram-no nos últimos 12 meses. Os números relativos
ao consumo são mais elevados em Espanha e no Reino Unido – nesses dois países, a prevalência
do consumo recente (nos últimos 12 meses) entre os adultos é superior a 2%, em comparação com
menos de 1% na maior parte dos outros países. Isto significa que actualmente a prevalência do
consumo recente de cocaína em Espanha e no Reino Unido é semelhante à dos EUA, se bem que
as taxas de prevalência ao longo da vida continuem a ser mais baixas. É difícil identificar as
tendências nacionais do consumo de cocaína, mas os dados disponíveis sugerem que o consumo
recente de cocaína entre os jovens aumentou em certa medida na Dinamarca, na Alemanha, em
Espanha, nos Países Baixos e no Reino Unido, tendo a Grécia, a Irlanda, a Itália e a Áustria
comunicado também aumentos, com base em informações locais ou qualitativas.

O número de apreensões de cocaína aumentou entre 1997 e 2002 em todos os países, excepto na
Alemanha e em Itália. As tendências identificadas com base nos dados disponíveis sugerem qu,
sempre que seja possível uma análise completa, se venha a confirmar um acréscimo do número de
apreensões de cocaína a nível europeu em 2002. Na maioria dos países, o preço da cocaína terá
também descido no mesmo período.

O consumo de crack (cocaína de base) para fumar continua a restringir-se a algumas grandes
cidades da Europa, onde esse consumo parece ser mais comum entre os grupos marginalizados.
Por exemplo, dados obtidos em estudos efectuados a nível de salas de consumo vigiado revelam
que as taxas de consumo de cocaína para fumar são particularmente elevadas entre as mulheres
profissionais do sexo. O consumo de cocaína para fumar, sendo embora raro na população em
geral, está associado especificamente a elevados riscos de saúde e a problemas sociais.

A análise toxicológica demonstra que, nalguns países, a cocaína é frequentemente encontrada


conjuntamente com opiáceos, no quadro das mortes relacionadas com drogas. As mortes
relacionadas com o consumo de cocaína sem indícios de consumo de opiáceos continuam a ser
raras, mas podem estar a aumentar. No Reino Unido, o número de referências à cocaína em
certificados de óbito foi oito vezes maior no período de 1993 a 2001 e, nos Países Baixos, o número
de mortes atribuídas exclusivamente à cocaína aumentou de dois casos em 1994, para 26 em 2001.
A cocaína pode contribuir também para a ocorrência de morte devido a problemas cardiovasculares,
mas estes casos podem estar mal representados nos dados estatísticos.

As opções de tratamento para as pessoas com problemas de consumo de cocaína tendem a ser
genéricas, geralmente sem a componente farmacológica. Estão actualmente em curso estudos
destinados a aumentar a eficácia das intervenções farmacológicas, mas, além da prescrição de
medicamentos destinados a atenuar os sintomas, não há consenso sobre o que poderá ser
considerado como boa prática nesta área. A gestão do tratamento dos consumidores de crack, em
especial, pode colocar problemas aos centros de tratamento.
TOXICODEPENDÊNCIAS
TRATAMENTO

Em primeiro lugar é preciso entender que o factor mais importante que condiciona
o sucesso do tratamento é a própria motivação do toxicodependente para resolver o
seu problema. Se este toxicodependente não desejar resolver o seu problema e
deslocar-se a um CAT (Centro de Atendimento a Toxicodependentes) por
chantagem da família, polícia ou juiz, existem poucas possibilidades de sucesso.
Isto não impede que a família ou os amigos devam pressionar o toxicodependente a
deslocar-se a um CAT, pois esta deslocação, embora possa não servir para "curar"
imediatamente o toxicodependente, poderá sempre servir para quebrar o gelo entre
ele e o CAT, deixando uma porta aberta para a inevitável ocasião em que ele
começa a sentir a necessidade de apoio técnico adequado.
Infelizmente, também estes momentos de motivação para deixar a droga
frequentemente não são genuínos, porque estão associados à dificuldade em
arranjar dinheiro para comprar droga, a doenças, ou a problemas com o trabalho, a
polícia e a família.
No entanto, todos estes momentos de maior motivação explícita, constituem
ocasiões fundamentais para avançar uma relação de confiança entre o terapeuta, a
família e o toxicodependente. Se houver recaídas porque a motivação era fingida ou
apenas fraca, ao invés de desesperar, há que simplesmente mostrar que a porta
está aberta para uma próxima oportunidade ...
A família tem uma influência primordial na motivação do toxicodependente devendo
manter a disponibilidade, a negociação, a disciplina e o encorajamento.
O quadro seguinte diferencia alguns comportamentos positivos e negativos que a
família pode ter para com o toxicodependente.

COMPORTAMENTOS PERANTE UM TOXICODEPENDENTE

COMPORTAMENTOS NEGATIVOS COMPORTAMENTOS POSITIVOS

• Perseguir para vigiar o • Fazer ver-lhe que está


toxicodependente. disponível para o ajudar a
• Dramatizar os seus primeiros tratar-se (e nunca para o
consumos. ajudar a comprar droga).

• Culpabilizá-lo e recriminá-lo • Dar-lhe afecto e compreensão


continuamente. (mas sempre recusando ajudá-
lo a consumir ou a destruir a
• Fingir que não dá importância ao
sua própria vida familiar e
problema. profissional).
• Deixar-se desrespeitar pelo
• Dialogar e reflectir em
toxicodependente.
conjunto.
• Permitir que o toxicodependente
• Impor um mínimo de regras ou
lhe destrua a vida.
disciplina em casa.
• Ceder à chantagem e às
ameaças (de que se matará, vai• Aplaudir pequenos sucessos.
roubar ou prostituir-se se não • Não acreditar nos "charlatães"
lhe der dinheiro para a droga). que prometem curas numa
• Chantagear ou ameaçar o semana, e pelo contrário,
toxicodependente para que ele assumir que a recuperação é
se trate. um processo de meses ou anos
...
• Fazer dele apenas uma vítima.
• Fazer de si próprio uma vítima
dele ou do seu problema.
• Esconder a droga dele ou os seus
utensílios.

Os tratamentos nos CATs baseiam-se em três processos:


• Desintoxicação ou ajuda no processo de eliminação do consumo sem sofrer o
síndroma de abstinência.
• Reabilitação psicológica do toxicodependente. Não basta que ele deixe de
consumir. Aliás, a eliminação do consumo ou desintoxicação é a fase mais fácil
do processo; só na reabilitação psicológica é que começa a parte difícil do
tratamento. É necessário que o toxicodependente sinta que é capaz e tem razões
para viver sem a droga, estimulando e desenvolvendo a sua auto-estima, os
seus interesses e as suas capacidades através de diversas actividades e
aconselhamento familiar.
• Reinserção social é também uma parte difícil do processo. É necessário que o
(ex)toxicodependente trabalhe, eventualmente constitua família, e se insira
progressivamente em associações ou em actividades integradas no seu meio
social.

Ainda há pouco tempo, o tratamento baseava-se numa sequência rígida que


começava na desintoxicação física, e terminava na reinserção social, com o
objectivo, também ele rígido da abstinência absoluta.
Actualmente, compreende-se que, muitas vezes, não se pode começar pela
desintoxicação mas sim pela reabilitação psicológica ou a reinserção social,
mantendo-se preferivelmente estes toxicodependentes em programas de
substituição (baseados na disponibilização gratuita de drogas de substituição, com
menos riscos para a saúde, de forma a promover a diminuição dos consumos das
drogas mais nocivas).
Também a abstinência absoluta já não é o único objectivo. Objectivos intermédios
como a diminuição dos consumos, a diminuição dos riscos associados aos consumos
promovendo condições higiénicas de consumo mais saudáveis, a diminuição da
delinquência, etc., são também objectivos muito importantes que têm uma
característica que os diferencia do objectivo rígido e único da abstinência: são
possíveis de alcançar em todos os casos... enquanto a abstinência imediata só é
possível para alguns. Efectivamente, pedir a um heroína dependente que comece o
seu tratamento pela abstinência é frequentemente tão surrealista como pedir a
uma criança de um bairro de lata, sem água e saneamento, que lave os dentes
depois das refeições ...
Existe uma visão errada, que vem do entendimento passado que tínhamos da
toxicodependência, e que ainda hoje se exprime por opiniões como "os tratamentos
são ineficazes porque são raros os sucessos". De facto, isto é verdade se
entendermos "sucesso" como o atingimento da abstinência imediata e sem recaídas
futuras. No entanto, se entendermos "sucesso" como a diminuição imediata do
consumo, dos riscos associados, da marginalidade e até, a abstinência após alguns
anos de recaídas, então poderemos dizer que os CATs, actualmente, conseguem
obter sucesso com muita frequência!
Em 1999, foi realizado uma consulta às fichas clínicas dos utentes dos CATs do
Algarve. Neste estudo verificávamos que mais de 35% dos utentes mudaram os
seus comportamentos e, destes, 63% mudaram para a abstinência e 34% foram
inseridos em programas de substituição (metadona e LAAM). Se tivermos em conta
que muitas das fichas clínicas não tinham informação de mudanças de
comportamento simplesmente porque foram mal preenchidas, e se tivermos em
conta que muitos destes utentes foram consultados em anos tão recuados como o
de 1988, em que ainda não havia muitas alternativas terapêuticas, poderemos
afirmar que, actualmente, as mudanças positivas são certamente muito superiores
aos 35% referidos atrás.
Por outro lado, as recaídas, embora sejam um fenómeno frequente na
toxicodependência, não são seu apanágio original porque todas as doenças crónicas
se caracterizam por recaídas. Um exemplo clássico é a hipertensão: a maioria dos
doentes hipertensos têm recaídas (especialmente quando deixam de fazer o
tratamento), necessitam de tratamento médico durante toda a vida, e nunca
deixam de ser hipertensos. Se isto não nos faz duvidar da necessidade de tratar
estes doentes, porque será que temos dúvidas sobre o sucesso e necessidade de
tratamento dos toxicodependentes?
A recaída, aliás, é uma experiência de aprendizagem terapêutica se for alvo de
reflexão entre o terapeuta e o toxicodependente, fundamental para a reconstrução
das suas defesas, contra a substância, ao longo da vida. Algumas situações que
poderão desencadear a recaída são:
• A frequência de locais e amigos associados ao consumo de droga;
• Ouvir músicas, ou ler livros, ou sentir odores que lhe lembrem a droga;
• Estar ocioso;
• Início de depressão, tristeza, angústia, agressividade, impaciência;
• Desequilíbrios ou mudanças da rotina familiar (zangas ou morte de um
familiar) ou profissional.
Para evitar a recaída é importante apoiar o ex-toxicodependente, especialmente nos
momentos mais críticos, fazendo-lhe lembrar os benefícios de não consumir e os
prejuízos de consumir, os sucessos conseguidos frente à família e à sociedade, e
possibilitando-lhe actividades que o preencha espiritualmente.
No entanto, antes que estes momentos se verifiquem, é importante ajudar o ex-
toxicodependente a reflectir abertamente sobre quais serão para ele as situações
de risco e como reagir adequadamente perante elas. Desta forma estaremos a
dotá-lo da preparação necessária para enfrentar estes momentos de maior
vulnerabilidade.

Cocaína
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A cocaína ou benzoilmetilecgonina é
uma droga alcalóide, derivada do arbusto
Erythroxylum coca Lamarck, estimulante
com alto poder de causar dependência. A
Erythroxylum coca possui gineceu
constituído de três carpelos, cálice de Cocaína
cinco sépalas e corola de cinco pétalas. Nome IUPAC (sistemática)
As folhas são alternadas, elípticas e 3-benzoiloxi-8-metil-8-azabiciclo. [3.2.1]octano-4-
carboxilico
pecioladas.
Identificadores
O seu consumo crônico leva a grande CAS 50-36-2
aceleração do envelhecimento e ATC N01BC01
profundos danos cerebrais irreversíveis, PubChem 5760
entre outros problemas de saúde. DrugBank APRD00080
Informação química
Fórmula molecular C17H21NO4
Índice Massa molar 303,353 g/mol
[esconder] Farmacocinética
Biodisponibilidade ?
• 1 Química
Metabolismo Hepático
• 2 Administração
Meia-vida 1 hora
• 3 Mecanismo de ação
o 3.1 Enquanto anestésico local
Excreção Renal
• 4 Efeitos Considerações terapêuticas
o 4.1 Efeitos imediatos Administração Tópica, oral. inalação,
o 4.2 Efeitos em altas doses intravenosa.
• 5 Toxicologia
• 6 Efeitos tóxicos agudos
o 6.1 Efeitos a longo prazo
• 7 Tratamento da toxicodependência
• 8 Epidemiologia da toxicodependência
• 9 Tráfico e custos sociais da Cocaína
• 10 História
o 10.1 Andes e Arbusto da Coca
o 10.2 Primeiras experiencias
o 10.3 Popularização
o 10.4 Proibição
• 11 Uso moderno

• 12 Ver também

Química
A cocaína é um alcalóide tropano. O seu nome completo é 3-benzoiloxi-8-metil-8-
azabiciclo (3,2,1) octano-4-carboxilico ácido metil éster É extraída das folhas do
arbusto da coca (Erythroxylon coca). A cocaína pode ser consumida de várias formas,
mas o modo mais comum é pela aspiração da droga, que normalmente se apresenta sob
forma de pó. Alguns consumidores chegam a injetar a droga diretamente na corrente
sangüínea, o que eleva consideravelmente o risco de uma parada cardíaca irreversível,
causada por uma "overdose".

Administração

Pó de cocaína

A cocaína tem o aspecto de um pó branco e cristalino (é um sal, hidrocloreto de


cocaína).

O crack é a cocaína alcalina, não salina - e é obtido da mistura da pasta de cocaína com
bicarbonato de sódio. O crack é conhecido nos Estados Unidos da América como a
cocaína dos pobres e mendigos.

A via intravenosa é mais perigosa devido às infecções. Ela produz maior prazer e efeitos
mais pronunciados, também provocando alucinações. A via inalatória é de início mais
insidioso, pode levar à necrose (morte por degeneração da células epiteliais ou outros
tipos de degeneração de tecido) da mucosa e septo nasais. O crack é uma forma básica
livre, que é fumada. Os seus efeitos são similares aos da via intravenosa.

O consumo da cocaína vem diminuindo desde 1990. Desde essa data o seu crescimento
tem sido substituido pelo da heroína. O consumo de cocaína e heroína ("speedballs" ou
"moonrocks"), uma prática extremamente perigosa, tem aumentando recentemente.

A cocaína, como todas as outras drogas, é metabolizada no fígado. Conjuga-se com


etanol, presente nas bebidas alcoólicas, formando cocaetileno, ainda mais tóxico.

Mecanismo de ação
A cocaína é um inibidor específico das proteínas transportadoras da dopamina e em grau
menor da noradrenalina, existentes nos neurônios. A dopamina e a noradrenalina são
neurotransmissores cerebrais que são secretados para a sinapse, de onde são recolhidos
outra vez para dentro dos neurônios por esses transportadores inibidos pela cocaína.
Logo o seu consumo aumenta a concentração e duração desses neurotransmissores. Os
efeitos são similares aos das anfetaminas, mas mais intensos e menos prolongados.
Causa constrição local.

A noradrenalina e a adrenalina são neurotransmissores e hormona do sistema simpático


(sistema nervoso autônomo). Elas são normalmente activadas em situações de stress
agudo ("lutar ou fugir") em que o indivíduo necessita de todas as forças e agem junto
aos orgãos de modo a obtê-las: aumentam a contração e freqüência cardíacas, aumentam
a velocidade e clareza do pensamento, destreza dos músculos, inibem a dor, aumentam a
tensão arterial. O indivíduo sente-se invulgarmente consciente e desperto, eufórico,
excitado, com mente clara e sensação de paragem do tempo. A cocaína é um forte
potenciador do sistema nervoso simpático, tanto no cérebro, como na periferia.

A dopamina é o neurotransmissor principal das vias meso-limbicas e meso-estriadas.


Essas vias têm funções de produzir prazer em resposta a acontecimentos positivos na
vida do indivíduo, recompensando a aquisição de novos conhecimentos ou capacidades
(aprendizagem), progresso nas relações sociais, relações emocionais e outros eventos. O
aumento artificial da dopamina nas sinapses pela cocaína vai ativar anormalmente essas
vias. O consumidor sente-se extremamente auto-confiante, poderoso,irresistível e capaz
de vencer qualquer desafio, de uma forma que não corresponde à sua real situação ou
habilidade. Com a regularização do consumo, as vias dopaminérgicas são modificadas e
prevertidas ("highjacked") e a cocaína passa de facilitadora do sentimento de sucesso e
confiança face a situações externas, para simples recompensa derivada diretamente de
um distúrbio bioquímico cerebral criado pela própria droga, que é dela dependente. O
bem-estar desliga-se de condicionantes externas, passando a ser apenas uma medida do
tempo passado desde a última dose. A motivação do individuo torna-se "irreal",
desligando-se dos interesses sociais, familiares, emocionais, ambição profissional ou
aprendizagem de formas de ligar com novos desafios, para se concentrar apenas na
droga, que dá um sentimento de auto-realização artificial de intensidade impossivel de
atingir de outra forma.

Enquanto anestésico local

A cocaína também é um eficaz anestésico local, tendo sido o primeiro do grupo a ser
usado, e ainda em uso hoje em algumas cirurgias respiratórias. O mecanismo desta ação
é totalmente diferente da ação psicotrópica. Ela é um bloqueador dos canais de sódio
nos neurônios dos nervos periféricos. O influxo de sódio desencadeia o potencial de
acção e sem esse influxo são incapazes de enviar os seus impulsos. Os nervos sensitivos
são geralmente os primeiros a ser bloqueados. A cocaína tem vindo a ser substituída por
outros fármacos não psicotrópicos e sem outros efeitos adversos mas com a mesma
função. Ela apresenta efeitos secundários devido à quantidade que extravasa para o
sangue, provocando estimulação simpática (hipertensão, taquicardia) e mesmo
convulsões.

Efeitos
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Há efeitos imediatos, que ocorrem sempre após uma dose moderada; efeitos com grande
dose; efeitos tóxicos agudos que têm uma probabilidade significativa de ocorrer após
cada dose; efeitos no consumidor crônico, a longo prazo.

A cocaína pode causar malformações e atrofia do cérebro e malformações dos membros


na criança se usada durante a gravidez. Ela pode ser detectada nos cabelos durante
muito tempo após consumo, e o seu uso pela mãe é comprovado desta forma em bebês.

Efeitos imediatos

Muitos efeitos devem-se à estimulação dos sistemas simpático e dopaminérgicos


diretamente. A cocaína causa danos cerebrais microscópicos significativos com cada
dose. Com o início do consumo regular os danos tornam-se irreversíveis.

Os seus efeitos imediatos duram 30-40 minutos. Entre os efeitos descritos da droga no
sistema nervoso central estão: Euforia, sensação de poder, ausência de medo e
ansiedade, agressividade, excitação física, mental e sexual, anorexia (perda do apetite),
insônias, delírios, cardiovasculares, aumento da força e freqüência cardíacas,
palpitações (sensação do coração a bater rápido contra o peito), hipertensão arterial,
vasoconstrição, além de urgência de urinação, tremores, midríase: dilatação da pupila,
hiperglicemia, saliva grossa.

Efeitos em altas doses

Convulsões e depressão neuronal ocorrem com doses mais altas. No entanto, a dose
exata que vai causar um tipo de efeito mas não outro em um indivíduo, é
indeterminável. Também podem ocorrer alucinações, paranóia (geralmente reversível),
taquicardia, convulsões, depressão do centro neuronal respiratório, depressão
vasomotora, e até mesmo coma e morte.

As overdoses de cocaína são rapidamente fatais. Caracterizam-se por arritmias


cardíacas, convulsões epilépticas generalizadas e depressão respiratória com asfixia. Se
a morte não ocorrer em até 3 horas após o início dos sintomas, o doente deverá se
recuperar, demorando algum tempo para que isso ocorra.

Toxicologia
A cocaína é um anestésico local simpatomimético. Os sintomas de envenenamento pela
cocaína referem-se sobretudo ao sistema nervoso central. Ela estimula os centros
respiratórios, elevando a velocidade e profundidade da respiração.
Efeitos tóxicos agudos
Estes efeitos podem ocorrer ou não após uma única dose baixa, mas são mais prováveis
com o uso continuado e em doses altas:

• Arritmias cardiacas: complicação possivelmente fatal.


• Trombose coronária com enfarte do miocárdio (provoca 25% dos enfartes totais
em jovens de 18-45 anos)
• Trombose cerebral com AVC.
• Outras hemorragias cerebrais devidas à vasocontrição simpática.
• Necrose (morte celular) cerebral
• Insuficiência renal
• Insuficiência cardíaca
• Hipertermia com coagulação disseminada potencialmente fatal.

Efeitos a longo prazo

A cocaína apresenta fenômeno de tolerância bem definido e de estabelecimento rápido.


Para obter os mesmos efeitos o consumidor tem de usar doses cada vez maiores.
Provoca danos cerebrais extensos ao fim de apenas alguns anos de consumo.

A cocaína não tem síndrome físico bem delimitado (como por exemplo o da heroína),
no entanto os efeitos da sua privação não são subjetivos. Após consumo de apenas
alguns dias, há universalmente: depressão, muitas vezes profunda, disforia (ansiedade e
mal estar), deterioração das funções motoras, elevada perda da capacidade de
aprendizagem, com perda de comportamentos aprendidos. O síndrome psicológico da
cocaína é extremamente poderoso. Está comprovado em estudos epidemiológicos que a
cocaína é muito mais viciante que a maconha cannabis, o álcool ou o tabaco.

A longo prazo (alguns anos) ocorrem invariavelmente múltiplas hemorragias cerebrais


com morte extensa de neurónios e perda progressiva das funções intelectuais superiores.
São comuns síndromes psiquiátricos como esquizofrenia e depressão profunda unipolar.

Efeitos a longo prazo:

• Perda de memória
• Perda da capacidade de concentração mental
• Perda da capacidade analítica.
• Falta de ar permanente, trauma pulmonar, dores torácicas
• Destruição total do septo nasal (se inalada).
• Perda de peso até níveis de desnutrição
• Cefaléias (dores de cabeça)
• Síncopes (desmaios)
• Distúrbios dos nervos periféricos ("sensação do corpo ser percorrido por
insetos")
• cilicose, pois é comum o traficante adicionar talco industrial,para aumentar seus
lucros, fato verificado em necropsia, exame de hemogramas.

Tratamento da toxicodependência
A dose de cocaína ou outro estimulante é gradualmente diminuida. Se se desenvolveram
disturbios psiquiátricos, devem ser tratados com antipsicóticos e antidepressivos. É
possivel que os agonistas do receptor da dopamina amantadina, sejam úteis no futuro,
para minimizar as síndromes de privação.

A imunização ativa é uma nova terapia que poderá ser promissora. Consiste em "treinar"
o sistema imunitário para destruir a cocaína como se fosse um invasor.

Epidemiologia da toxicodependência
A cocaína é a segunda droga ilegal mais consumida, depois da maconha (cannabis).

Tráfico e custos sociais da Cocaína


A cocaína é ilegal em todos os países do Mundo. A planta da coca é cultivada
legalmente em volumes controlados em vários países da América do Sul, mais
especificamente na cordilheira dos Andes (Bolívia, Colômbia e Peru). As folhas da coca
são legais nesses países, mas a sua refinação é proibida.

A cocaína é a droga com maiores vendas em dinheiro na maior parte do mundo. Nos
EUA em 2003 terão sido vendidos 35 milhões de dólares do produto.

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História
Andes e Arbusto da Coca

A folha de coca (cujo consumo mesmo se em grandes quantidades, leva apenas à


absorção de uma dose minúscula de cocaína) é usada comprovadamente há mais de
1200 anos pelos povos nativos da América do Sul. Eles a mastigavam para ajudar a
suportar a fome, a sede e o cansaço, sendo, ainda hoje, consumida legalmente em alguns
países (Peru, Bolívia) sob a forma de chá (a absorção do princípio activo, por esta via, é
muito baixa). Os Incas e outros povos dos Andes usaram-na certamente, permitindo-
lhes trabalhar a altas altitudes, onde a rarefação do ar e o frio tornam o trabalho árduo
especialmente díficil. A sua ação anorexiante (supressora da fome) lhes permitia
transportar apenas um mínimo de comida durante alguns dias.

Inicialmente os espanhóis, constatando o uso quase religioso da planta, nas suas


tentativas de converter os índios ao cristianismo, declararam a planta produto do
demónio.
O seu uso entre os espanhóis do novo mundo espalhou-se, sendo as folhas usadas para
tratar feridas e ossos partidos ou curar a constipação/resfriado. A coca foi levada para a
Europa em 1580.

Primeiras experiencias

Alcalóide cocaína foi isolado das folhas de coca por Niemann em 1860, que lhe deu o
nome. No entanto há boas razões para supor que foi antes Friedrich Gaedcke que a
isolou pela primeira vez em 1856.

Vinho Mariani

O seu uso espalhou-se gradualmente. Após visitas à America do Sul de cientistas


italianos que levaram amostras da planta para o seu país, o químico Angelo Mariani
desenvolveu, em 1863 o vinho Mariani, uma infusão alcoólica de folhas de coca (mais
poderosa devido ao poder extrativo do etanol que as infusões de água ou chás usadas
antes). O vinho Mariani era muito apreciado pelo Papa Leão XIII, que inclusivamente
premiou Mariani com uma medalha honorífica.

A Coca Cola seria inventada em parte como tentativa de competição dos comerciantes
americanos com o vinho Mariani importado da Itália. A Coca-Cola continuaria desde a
sua invenção até 1929 a incluír cocaína nos seus ingredientes, e os seus efeitos foram
sem dúvida determinantes do poder atractivo inicial da bebida.

A cocaína tornou-se popular entre as classes altas no fim do século XIX. Entre
consumidores famosos do vinho Mariani contavam-se Ulysses Grant, o Papa Leão XIII,
que até apareceu na publicidade do produto e Frédéric Bartholdi (francês, criador da
Estátua da liberdade), que comentou que se o vinho tivesse sido inventado mais cedo
teria feito a estátua mais alta (um sintoma de excesso de autoconfiança típico).
Popularização

Anúncio à Coca-Cola com cocaína, c1900

A cocaína foi nessa altura popularizada como tratamento para a toxicodepêndencia de


morfina. Em Viena, Sigmund Freud, o médico criador da psicanálise experimentou-a
em pacientes, fascinado pelos seus efeitos psicotrópicos. Publicou inclusivamente um
livro Über Coca sobre as suas experiências. Contudo acabou por se desiludir com a
dependência a que foram reduzidos vários dos seus amigos. Foi ele que a forneceu ao
oftalmologista Carl Köller, que em 1884 a usou pela primeira vez enquanto anestésico
local, aplicando gotas com cocaína nos olhos de pacientes antes de serem operados.

A popularidade da cocaína ganha terreno: Em 1885 a companhia americana Park Davis


vendia livremente cocaína em cigarros, pó ou liquido injectável sob o lema de
"substituir a comida; tornar os covardes corajosos, os silenciosos eloqüentes e os
sofredores insensiveis à dor". O fictional Sherlock Holmes (personagem de Arthur
Conan Doyle) chega mesmo a injectar "cocaine" nas veias numa das histórias! Em 1909
Ernest Shackleton leva cocaína para a sua viagem à Antartica, assim como o Capitão
Robert Scott.

Proibição

Apesar do entusiasmo, os efeitos negativos da cocaína acabaram por ser descobertos.


Com o uso da cocaína pelas classes baixas e, nos EUA pelos afro-americanos, acabou
por assustar as classes altas a um extremo que o seu óbvio potencial de dependência e
graves problemas para a saúde nunca levaram. Os alertas racistas no sul dos EUA sobre
os "ataques a mulheres brancas do Sul que são o resultado directo do cérebro
enlouquecido por cocaína do negro" como se exprimiu um farmacêutico proeminente,
acabaram por resultar na regulação e depois proibição da substância.

Uso moderno
Apesar dos motivos iniciais é consensual entre a comunidade médica que os elevados
efeitos auto destruidores do consumo de cocaína são plenamente justificativos da
proibição atual.
Crack

O crack foi um desenvolvimento moderno do consumo da cocaína. É muito mais barato


e fácil de consumir, e as comunidades pobres arruinam-se ainda mais por todo o mundo
devido ao seu consumo.

Muitos usuários de cocaína, conhecendo o crack, começaram a utilizar somente ele, pois
o efeito de euforia é mais forte do que da cocaína e por muitos não terem dinheiro para
comprar ambas, compram somente o crack. Porém isso não é uma regra, muitos
usuários de cocaína e crack, podem ter uso abusivo de ambas ou mais ainda da cocaína,
depende da assimilação do usuário

Muitos preferem a cocaína ao crack, pois já estão viciados psicologicamente no ritual da


inalação. O crack é dito por muitas pesquisas que é mais barato do que a cocaína, porém
não é o que foi constatado, pois comparando a utilização de ambas as drogas, o crack
acaba mais rápido e o efeito, apesar de mais forte, é mais curto que o da cocaína,
durando cerca de 20 minutos no máximo.

No Brasil o preço tradicional de ambas é o mesmo, 10 reais por um "papel" de cocaína


ou uma "pedra" de crack. É dito que é barato pois a cocaína não produz o mesmo efeito
depois de anos de utilização, então no usuário que consome 1 grama, ela não causa mais
efeito e o crack com a sua utilização, o usuário sente um efeito potente, mas bem menos
durador do que a cocaína, isso é, o usuário constata um efeito rápido com a cocaína,
mas com o crack, a duração do efeito é menor, pois na hora que o usuário solta a
fumaça, o efeito já está no fim.

Muitos usuários de cocaína ou crack abusam e muito, da droga, pois o seu efeito é
rápido e a vontade de ter as sensações causadas psicologicamente pela droga novamente
fazem com que muitos utilizem doses maiores, o que, às vezes, pode acabar numa
overdose. Outro efeito da droga é a dificuldade em dormir, pois algumas vezes o usuário
vira muitas noites usando direto.

O que são drogas estimulantes?

Como sugere o termo, são de substâncias que aceleram (estimulam) a atividade do Sistema Nervoso Central
(cérebro), que passa então a funcionar mais rapidamente. A pessoa então anda mais, corre mais, dorme menos, fala
mais, come menos, etc.

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Quais são as substâncias estimulantes?

São muitas! Algumas são de origem vegetal: por exemplo, a cafeína do café ou chá. Todos sabem que o café tira o
sono, deixa a pessoa mais ativa, mais acordada. A cafeína é um estimulante suave do cérebro. Outro exemplo e a
cocaína, que é obtida de uma planta, a coca. Só que a cocaína é um estimulante muitíssimo mais poderoso que a
cafeína. Temos ainda o estimulantes sintéticos, isto é fabricados em laboratório, como a anfetamina ("bolinha"), a
metanfetamina ("ice" ou "pervitin"), e várias substâncias que são usadas para tirar a fome (os chamados anoréticos ou
nibidores do apetite).

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Como os estimulantes tipo anfetamina são usados?

Como comprimidos, por via oral; na forma injetável (usuários crônicos) e sob a forma de pó (aspiradas pelo nariz).
É também comum os comprimidos serem dissolvidos em bebidas alcoólicas. Mais recentemente a metanfetamina
("ice") está sendo fumada a partir de cachimbos.

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Por que os estimulantes tipo anfetamina são usados?

Para fazer o cérebro trabalhar mais depressa, deixando as pessoas mais acesas, ligadas, com menos sono,
elétricas. Chamadas de rebites e/ou bolinhas, são consumidas para estudar, dirigir, passar noite em claro ou para ficar
"doidão" ou "ligadão"; os atletas podem usar para melhorar seu desempenho. O principal uso médico é para tirar o
apetite ajudando a emagrecer; mas a pessoa que toma (principalmente mulheres) fica também muito nervosa,
"elétrica", irritadiça, sem sono.

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Quem são as pessoas que mais usam os estimulantes tipo anfetamina?

Os principais usuários sem receita médica são estudantes, caminhoneiros, pilotos, atletas, etc. O uso para
emagrecer é geralmente por receita médica.

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Quantos usam estimulantes tipo anfetamina?

O consumo destas drogas no Brasil chega a ser alarmante, tanto que até a Organização das Nações Unidas vem
alertando o Governo brasileiro. Por exemplo, em um estudo recente entre estudantes brasileiros do 1o e 2o graus das
dez maiores capitais do país , 4,4% revelaram já ter experimentado pelo menos uma vez na vida uma droga do tipo
anfetamina.

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O que os estimulantes tipo anfetamina fazem no corpo após uma dose (efeitos físicos agudos)?

Causam leve euforia (alegria), aumentam a vigilância possibilitando a atenção continuada e tiram o sono;
aumentam a atividade motora, o desempenho atlético e diminuem a sensação de fadiga, agem na pupila dos nossos
olhos produzindo uma dilatação (midríase), aumentam o número de batimentos cardíacos (taquicardia) e aumentam a
pressão arterial. Quando a dose tomada é muito grande ou a pessoa é muito sensível, a temperatura do corpo pode
subir muito (até 40-41ºC) e que faz com que a pessoa possa ter convulsões.

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O que os estimulantes tipo anfetamina fazem no corpo com o uso contínuo(efeitos físicos crônicos)?

A pessoa geralmente fica muito magra pois não come; sua pressão fica sempre elevada. Os usuários crônicos
utilizam doses elevadas, freqüentemente injetadas na veia, que causam sensação de prazer intenso do tipo orgásmico.
Há evidências em animais de que o uso continuado acaba por destruir células (neurônios) do nosso cérebro.

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O que os estimulantes tipo anfetamina fazem com a mente após uma dose (efeitos psíquicos agudos)?

A pessoa tem insônia, inapetência (perde o apetite), sente-se cheia de energia e fala mais rápido ficando ligada; é
capaz de executar uma atividade qualquer por mais tempo, sentindo menos cansaço. As anfetaminas produzem uma
sensação de alerta, uma melhora do humor, e diminuição do cansaço. Faz com que o organismo funcione acima de sua
capacidade e se submeta a esforços excessivos.

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O que os estimulantes tipo anfetamina fazem com a mente com o uso contínuo (efeitos psíquicos
crônicos)?

A pessoa fica mais agressiva , irritadiça, começa a suspeitar de que outros estão tramando contra ela: é o
chamado delírio persecutório. Dependendo do excesso da dose e da sensibilidade da pessoa pode aparecer um
verdadeiro estado de paranóia e até alucinações. Acompanham tremores, respiração rápida, confusão do pensamento
e repetição compulsiva de atividades. Em doses muito elevadas pode produzir um estado que se assemelha muito a
uma doença mental, a esquizofrenia.

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Os estimulantes tipo anfetamina afetam a escola, o trabalho, a vida diária e social?

Sim! A pessoa fica tão inquieta e agitada que torna-se difícil prestar atenção. Além do mais as anfetaminas fazem
com que o organismo reaja acima das suas capacidades exercendo esforços excessivos e, ao parar de tomar, a pessoa
sente uma grande falta de energia (astenia) ficando bastante deprimida, o que também é prejudicial, pois não
consegue nem realizar as tarefas que normalmente fazia antes do uso dessas drogas.

Topo

Os estimulantes tipo anfetamina levam ao uso de outras drogas?

Em casos que o efeito é muito intenso as pessoas podem tomar bebidas alcoólicas para "voltar ao chão". Para
diminuir o sofrimento causado pela cessação do uso de uma anfetamina a pessoa pode procurar outras drogas que
tenham os mesmos efeitos ou parecidos.

Topo

Os estimulantes tipo anfetamina são usados como medicamento?


Sim, principalmente como medicamentos anorexígenos (tiram a fome; moderadores do apetite), em alguns casos
de narcolepsia (sono exagerado) e raras vezes em crianças com hipercinesia ("disfunção cerebral mínima"), ou com
desordem de déficit de atenção.

Topo

Os estimulantes tipo anfetamina podem ser usados na gravidez?

É contra indicado o uso durante toda a gestação e amamentação, pois essas drogas atravessam a barreira
placentária e também são secretadas no leite materno. E não é saudável para para um feto ou um recém-nascido ter
aqueles efeitos.

Topo

As pessoas ficam dependentes se usarem os estimulantes tipo anfetamina?

As anfetaminas induzem acentuada dependência. Tanto isto é verdade que a Organização Mundial da Saúde e as
Nações Unidas colocaram todas as anfetaminas sob controle e as mesmas só podem ser compradas mediante de uma
receita especial do médico.

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Uma pessoa dependente pode parar de usar um estimulante tipo anfetamina?

Sim, como qualquer outra droga; é geralmente necessário acompanhamento médico- psicológico quando a pessoa
quiser cessar o uso.

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Os estimulantes tipo anfetamina desenvolvem tolerância?

Sim, o organismo acaba por se acostumar ou fica tolerante à droga, ou seja, a droga faz a cada dia menos efeito.
Assim para se obter o que se deseja, é preciso ir tomando a cada doses cada vez maiores. Há casos de pessoas que
chegaram a tomar mais de 50 comprimidos por dia.

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O que acontece se uma pessoa for surpreendida usando um estimulante tipo anfetamina?

Caso o uso seja por indicação médica nada acontecerá; caso contrário, o uso é considerado crime de acordo com a
Lei n.6368/76, artigo 12, sobre uso indevido de substâncias e a pessoa pode sofrer as penas impostas pela Lei.

Topo

O que acontece se uma pessoa for surpreendida levando um estimulante tipo anfetamina para usar junto
com amigos?

Caso a quantidade levada esteja dentro do que se usa em um tratamento e a pessoa tiver a receita médica nada
acontecerá: mas levar grande quantidade com ou sem receita pode ser considerada como tráfico, dependendo da
situação, também de acordo com a Lei nº 6368/76.
Topo

Qual o efeito dos estimulantes tipo anfetamina sobre a memória?

Sob seus efeito a pessoa faz contas, lê ou escreve mais rapidamente mas comete mais erros e por estás
hiperexcitado não guarda bem as coisas; como conseqüência a memória tem prejuízo. Por outro lado, como o indivíduo
que abusa precisa de doses cada vez maiores gradativamente a memória, como outras funções mentais, terão
também seus prejuízos.

Topo

Os estimulantes tipo anfetamina agem sobre a atividade sexual?

Eles são usadas freqüentemente para intensificar as experiências sexuais, e o que acaba acontecendo muitas vezes
é que pode ocorrer ejaculação precoce ou orgasmo prematuro. Altas doses e o uso a longo prazo estão associados com
mpotência e outras disfunções sexuais.

Anfetamina
Nome IUPAC (sistemática)
Anfetamina 1-phenylpropan-2-amine
Identificadores
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. CAS 300-62-9
(Redirecionado de Anfetaminas) ATC N06BA01
Ir para: navegação, pesquisa PubChem 3007
DrugBank APRD00480
Informação química
Fórmula molecular C9H13N
Anfetaminas são substâncias Massa molar 135.2084
simpatomiméticas que tem a estrutura
Farmacocinética
química básica da beta-fenetilamina. Sob
esta designação, existem três categorias Biodisponibilidade Oral 20–25%; nasal
de drogas sintéticas que diferem entre si 75%; retal 95–99%;
do ponto de vista químico. As intravenoso 100%
anfetaminas, propriamente ditas, são a Ligação a proteínas 15–40%
dextroanfetamina e a metanfetamina. Metabolismo Hepático
Meia-vida 10 a 13 horas
Excreção Renal
Índice Considerações terapêuticas
[esconder] Administração ?

• 1 Nomes comerciais
• 2 Características físicas
• 3 História
• 4 Contemporâneo
• 5 Ação farmacológica

• 6 Legalidade
[editar] Nomes comerciais
Existem no mercado vários produtos que podem ser enquadrados numa dessas três
categorias. São eles: Benzidina e Bifetamina, anfetaminas puras; Dexedrine, um sulfato
de dextroanfetamina, com estrutura molecular semelhante ao hormônio epinefrina
(adrenalina), que é uma substância secretada no corpo humano pela glândula supra-renal
nos momentos de susto; Dexamil, uma combinação de dextroanfetamina e amobarbital,
um sedativo; Methedrine e Desoxyn, metanfetaminas puras; Desbutal e Obedrin,
combinações de metanfetamina e pentobarbital, um barbitúrico; e Amphaplex, um
coquetel de metanfetamina, anfetamina e dextroanfetamina. Dualid, Inibex, Hipofagin,
Moderine (substância ativa - dietilpropiona). Lipomax, Desobesi (substância ativa -
Femproporex). Preludin, uma droga que difere quimicamente das anfetaminas, é
enquadrada nesse grupo por causar os mesmos efeitos.

[editar] Características físicas


Em estado puro, as anfetaminas têm a forma de cristais amarelados, com sabor
intragavelmente amargo. Geralmente ingeridas por via oral em cápsulas ou
comprimidos de cinco miligramas, as anfetaminas também podem ser consumidas por
via intravenosa (diluídas em água destilada) ou ainda aspiradas na forma de pó, igual a
cocaína.

[editar] História

Modelo tridimensional da anfetamina

A anfetamina surgiu no século XIX, tendo sido sintetizada pela primeira vez na
Alemanha, em 1887. Cerca de 40 anos depois, a droga começou a ser usada pelos
médicos para aliviar fadiga, alargar as passagens nasais e bronquiais e estimular o
sistema nervoso central. Em 1932, era lançada na França a primeira versão comercial da
droga, com o nome de Benzedrine, na forma de pó para inalação. Cinco anos mais tarde,
a Benzedrine surgiu na forma de pílulas, chegando a vender mais de 50 milhões de
unidades nos três primeiros anos após sua introdução no mercado.

Durante a Segunda Guerra Mundial, tanto os aliados como as potências do Eixo


empregaram sistematicamente as anfetaminas para elevar o moral, reforçar a resistência
e eliminar a fadiga de combate de suas forças militares. Tropas alemãs, como as
divisões Panzer, empregavam a Methedrine. Já a Benzedrine foi usada pelo pessoal da
Força Aérea norte-americana estacionado em bases na Grã-Bretanha. Em território dos
Estados Unidos, entretanto, o uso das anfetaminas por pessoal militar só foi
oficialmente autorizado a partir da Guerra da Coreia. A febril produção de anfetaminas
para atender aos pilotos da Luftwaffe, a força aérea de Hitler, gerou excedentes que
provocaram uma verdadeira epidemia anfetamínica no Japão. Perto do final, da guerra,
os operários das fábricas japonesas de munição receberam generosos suprimentos da
droga, que era anunciada como solução para eliminar a sonolência e embalar o espírito.
Como resultado, no período imediato do pós-guerra, o Japão possuía 500 mil novos
viciados.

Pouco mais tarde, no início da década de 50, militares americanos servindo no Japão e
na Coréia se transformaram nos primeiros a utilizar o speedball, uma mistura injetável
de anfetamina e heroína. Outra epidemia anfetamínica aconteceu na Suécia em 1965,
depois que a droga passou a ser fornecida pelo serviço nacional de saúde. Milhares de
pessoas se aproveitaram do fato de a anfetamina ser distribuída gratuitamente para
consumir quantidades abusivas da sua substância, até que ela foi tornada ilegal algum
tempo depois.

[editar] Contemporâneo
Nas últimas décadas, a anfetamina tem sido usada em massa em tratamentos para
emagrecer, já que a droga é temporariamente eficaz na supressão do apetite. Entretanto,
à medida que o tempo passa, o organismo desenvolve tolerância à anfetamina e torna-se
necessário aumentar cada vez mais as doses para se conseguir os mesmos efeitos. A
perda de apetite gerada pelo seu uso constante pode transformar-se em anorexia, um
estado no qual a pessoa passa a sentir dificuldade para comer e até mesmo para engolir
alimentos pastosos, resultando em sérias perdas de peso, desnutrição e até morte.
Durante muito tempo, a anfetamina foi também utilizada para tratar depressão,
epilepsia, mal de Parkinson e narcolepsia. Atualmente, apenas a narcolepsia permanece
utilizando essa droga em seu tratamento.

[editar] Ação farmacológica


As anfetaminas agem estimulando o sistema nervoso central através de uma
intensificação da noradrenalina, um neuro-hormônio que ativa partes do sistema
nervoso simpático. Efeitos semelhantes aos produzidos pela adrenalina no cérebro são
causados pelas anfetaminas, levando o coração e os sistemas orgânicos a funcionarem
em alta velocidade. Resultado: o batimento cardíaco é acelerado e a pressão sanguínea
sobe bastante. Ao agir sobre os centros de controle do hipotálamo, ao mesmo tempo em
que reduz a atividade gastrintestinal, a droga inibe o apetite e seu efeito pode durar de
quatro a 14 horas, dependendo da dosagem. A anfetamina é rapidamente assimilada pela
corrente sanguínea e, logo depois de ser ingerida, provoca arrepios seguidos de
sentimentos de confiança e presunção. As pupilas dilatam, a respiração torna-se
ofegante, o coração bate freneticamente e a fala fica atropelada. Em seguida, o usuário
da droga pode entrar em estado de euforia e elevação, enquanto seu corpo se agita com
uma intensa liberação de energia. Quando essa energia se extingue, o efeito começa a
declinar, sendo substituído por inquietação, nervosismo e agitação, passando à fadiga,
paranóia e depressão. Esgotadas as sensações da droga, o abuso leva geralmente a dores
de cabeça, palpitações, dispersividade e confusão. Como o efeito é pouco duradouro e
termina em depressão, o usuário é levado a tomar doses sucessivas, que vão
aumentando na quantidade de anfetamina ingerida à medida que o organismo vai se
habituando à droga. O ciclo de abuso e dependência pode criar uma reação tóxica no
organismo, conhecida como psicose anfetamínica, que pode durar até algumas semanas,
com irritabilidade, insônia, alucinações e até a morte em casos extremos. Os sonhos de
quem abusa de anfetaminas são perturbados e interrompidos, e seu sono é pouco
reparador.

Overdoses fatais, todavia, são raras, e a dosagem letal ainda é desconhecida, sendo que
os usuários mais habituais podem consumir até 1000 miligramas por dia. Ao contrário
do que os médicos pensavam quando se começou a utilizar a anfetamina, a droga não
causa dependência física, mas psicológica, podendo chegar a tal ponto em que o
abandono de seu uso torna-se praticamente impossível.

As anfetaminas são as drogas geralmente associadas com os casos de doping em


corridas de cavalos, jogos de futebol e outras competições desportistas.

São usuários comuns de anfetamina no mundo todo: caminhoneiros (por provocar


insônia), estudantes (por aumentar o poder de concentração), freqüentadores de raves
(por dar mais energia ao organismo), jovens adolescentes obsessivos por sua forma
física (por provocar perda de apetite e consequentemente perda de peso) e de
profissionais que trabalham com algo que exija criatividade (por estimular as idéias).

[editar] Legalidade
Atualmente, a anfetamina é proibida em vários países. Em alguns países da Europa a
substância foi totalmente proibida, sendo encontrada somente de forma clandestina,
vinda de outros locais. No Brasil a substância é comercializada em forma de remédios
para tratamento de obesidade e pessoas que sofrem de distúrbios psicológicos, sendo
encontrada, portanto em medicamentos controlados que exigem receita médica do
paciente.

Com o desenvolvimento da ciência atualmente existem alternativas tanto para tratar os


vícios quanto para reduzir os efeitos colaterais em pacientes que, por algum motivo
necessitam fazer uso das mesmas. Quando o uso é para um tratamento prolongado, é
comum que haja intervalos nos fins de semana e pausas de semanas a meses. Entretanto,
como regra, não há como delimitar de forma absoluta os efeitos lesivos e os paliativos
são reservados a casos bem particulares na medicina.

Por outro lado, alguns esotéricos defendem técnicas que geram o mesmo estímulo das
ditas aminas simpatomiméticas. Entretanto o risco de dano é tanto maior quanto menos
ciência houver. Experiências com esta droga podem resultar em danos graves. Caso
exista duvidas sobre a utilização deve-se procurar um médico.

Obtido em "http://pt.wikipedia.org/wiki/Anfetamina"
Categorias: Farmacologia | Fármacos | Drogas

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2008.
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DROGAS ESTIMULANTES

São aquelas que imitam ou que cooperam com os neurotransmissores estimulantes


naturais. Entre os neurotransmissores estimulantes se destacam a norepinefrina e a
dopamina. Alguns estimulantes forçam o cérebro a usar todo o estoque de
norepinefrina e dopamina disponível. De qualquer forma, o que se vê é um excesso de
estimulação, acima dos padrões normais.

Á primeira vista, o efeito estimulante parece bom, porque ele deixa a pessoa mais
alerta, acordada, disposta, forte, energética, resistente à fome e ao cansaço, daí alguns
indivíduos dizem se sentir mais felizes. Mas o uso de estimulante força o corpo a
gastar suas reservas de energia, e quando passa o efeito, o corpo está exausto, sem
energia, cansado física e mentalmente, sonolento, lento e deprimido. Essa ressaca não
tem como ser evitada, e torna-se cada vez mais demorada e mais profunda, a medida
em que o usuário aumenta a dose e/ou a freqüência de uso do estimulante.

As drogas estimulantes variam na sua potência, podendo ser fortemente estimulantes,


como a cocaína e as anfetaminas; moderadamente estimulantes como a cafeína;
fracamente estimulantes, como a nicotina.

Tipos de Drogas

Drogas estimulantes

As drogas estimulantes mais conhecidas são as anfetaminas, a

cocaína e seus derivados. As anfetaminas podem ser ingeridas,

injetadas ou inaladas. Sua ação dura cerca de quatro horas e os

principais efeitos são a sensação de grande força e iniciativa,

excitação, euforia e insônia. Em pouco tempo, o organismo passa a

ser tolerante à substância, exigindo doses cada vez maiores. A

médio prazo, a droga pode produzir tremores, inquietude,

desidratação da mucosa (boca e nariz principalmente), taquicardia,

efeitos psicóticos e dependência psicológica.

A cocaína também pode ser inalada, ingerida ou injetada. A

duração dos efeitos varia, as a chamada euforia breve persiste por

15 a 30 minutos, em média. Nos primeiros minutos, o usuário tem

alucinações agradáveis, euforia, sensação de força muscular e

mental. Os batimentos cardíacos ficam acelerados, a respiração

torna-se irregular e surge um quadro de grande excitação. Depois,


ele pode ser náuseas e insônia. Segundo os especialistas, em

pessoas que têm problemas psiquiátricos, o uso de cocaína pode

desencadear surtos paranóides, crises psicóticas e condutas

perigosas a ele próprio ou a terceiros. Fisicamente, a inalação deixa

lesões graves no nariz e a injeção deixa marcas de picada e o risco

de contaminação por outras doenças (DST/aids). Em todas as suas

formas, causa séria dependência, sendo o crack o principal vilão.

Drogas depressoras

No conjunto das drogas depressoras, as mais conhecidas são o

álcool, os soníferos, a heroína, a morfina, a cola de sapateiro, os

remédios ansiolíticos e antidepressivos (barbitúricos) e seus

derivados. Seu principal efeito é retardar o funcionamento do

organismo, tornando todas as funções metabólicas mais lentas.

A heroína é uma substância inalável. Excepcionalmente, pode

ser injetada, o que leva a um quadro de euforia. Quando inalada,

porém, resulta em forte sonolência, náuseas, retenção urinária e

prisão de ventre – efeitos que duram cerca de quatro horas. A

médio prazo, leva à perda do apetite e do desejo sexual e torna a

respiração e os batimentos cardíacos mais lentos. Instalada a

dependência, o organismo apresenta forte tolerância, obrigando o

usuário a aumentar as doses. A superdosagem pode resultar em

coma e morte por insuficiência respiratória.


Os derivados da morfina apresentam efeitos muito parecidos

com os da heroína, porém, com características euforizantes

menores. Seu efeito depressor é explorado pela Medicina há várias

décadas, principalmente no alívio da dor de pacientes com câncer

em estado terminal.

Outra preocupação constante dos médicos é o uso abusivo dos

antidepressivos, soníferos e ansiolíticos (barbitúricos). Para

pessoas que têm doenças psiquiátricas, como as depressões e os

distúrbios de ansiedade, estas drogas são extremamente

importantes, pois o tratamento adequado atenua o mal-estar e

permite que o indivíduo leve uma vida normal. No entanto, só um

médico é capaz de identificar quem deve usar e em que dosagem.

Como o próprio nome indica, os antidepressivos aliviam a ansiedade

e a tensão mental, mas causam danos à memória, diminuição dos

reflexos e da função cardiorrespiratória, sonolência e alterações

na capacidade de juízo e raciocínio. A conduta do usuário é muito

parecida com a do dependente alcoólico. Em pouco tempo, estas

drogas causam dependência, confusão, irritabilidade e sérias

perturbações mentais.

Alucinógenos
As drogas alucinógenas mais comuns são a maconha, o haxixe,

o LSD, os cogumelos e o ecstasy.

A maconha e o haxixe são usadas em forma de cigarro

(também pode ser cheirada ou ingerida). Seu efeito dura entre uma

e seis horas. Inicialmente, o usuário tem a sensação de maior

consciência e desinibição. Ele começa a falar demais, rir sem motivo

e ter acessos de euforia. Porém, ele pode perder a noção de espaço

(os ambientes parecem maiores ou menores) e a memória recente,

além de apresentar um aumento considerável do apetite (“larica”).

A maconha costuma afetar consideravelmente os olhos, que ficam

vermelhos e injetados. Com o tempo, pode causar conjuntivite,

bronquite e dependência. Em excesso, pode produzir efeitos

paranóicos e pode ativar episódios esquizofrênicos em pacientes

psicóticos.

O LSD é encontrado em tabletes, cápsulas ou líquido e é

ingerido. Sua ação dura entre 10 e 12 horas. Inicialmente, a droga

intensifica as percepções sensoriais, principalmente a visão, e

produz alucinações. Com o tempo, pode causar danos cromossômicos

sérios, além de intensificar as tendências psicótica, à ansiedade, ao

pânico e ao suicídio, pois gera um medo enlouquecedor. O usuário


costuma dizer que ouve, toca ou enxerga cores e sons estranhos;

fala coisas desconexas e tem um considerável aumento da pupila.

Já o cogumelo, geralmente, é ingerido em forma de chá. Seu

efeito dura cerca de seis a oito horas, propiciando relaxamento

muscular, náuseas e dores de cabeça, seguidos de alucinações

visuais e auditivas. A médio prazo, não se conhecem seus efeitos

sobre o organismo. Seus sintomas são muito parecidos com os do

LSD.

Mais recentemente, surgiu no mercado das drogas o Ecstasy,

um comprimido que vem sendo comercializado cada vez mais em

todo o mundo. Seus efeitos também são alucinógenos, como no caso

do LSD e a dependência é inevitável.

Classificação das Drogas

As drogas podem ser classificadas de acordo com sua atuação no Sistema


Nervoso Central (SNC)

01. Perturbadoras: perturbam o funcionamento do SNC


02. Estimulantes: aceleram o funcionamento do SNC
03. Depressoras: deprimem o funcionamento do SNC

• Drogas Pertubadoras do SNC

01. Naturais (maconha, cogumelos, cactus, caapi, chacrona, lírio, datura


(trombeteira), etc
02. Sintéticos (LSD, Ecstasy)
03. Anticolinérgicos

- O que são?

As drogas perturbadoras produzem alteração do nível de consciência e podem


induzir a delírios e alucinações. À exceção dos anticolinérgicos, não têm
utilidade médica e são chamadas de alucinógenas. Há dois mil anos já
integravam cerimônias religiosas dos nativos da América.

- Reações:

Pânico com alto grau de ansiedade e medo. É a chamada "bad trip", ou viagem
ruim. O usuário também vê imagens simples, linhas ou traços de objetos, como
se fossem luzes ou figuras geométricas vistas nos cantos dos olhos, ou rastros
de luz seguindo objetos em movimento. Experiências emocionais complexas,
como tristeza, ansiedade ou idéias paranóicas podem se repetir por alguns dias
ou semanas após a ingestão.

- Dependência:

As drogas perturbadoras do SNC não causam dependência física. Portanto,


não provocam sintomas de abstinência. Mas causam dependência psicológica.

- Efeitos:

Causam sensações subjetivas de aumento Alteram o nível de consciência


de atividade mental e do sentido da audição
Diminuem a capacidade de diferenciar-se Levam à introspecção
do meio ambiente
Induzem percepções sensoriais
Alteram as imagens corporais
anormais (ilusões e alucinações)
Aumentam as pupilas, a temperatura do
corpo e a pressão arterial.

• As Drogas Perturbadoras Naturais:

01. Maconha:

Trazidos ao Brasil pelos escravos africanos, os feixes da Cannabis sativa eram


usados para fazer cordas. O nome maconha se origina do rearranjo das letras
c-a-n-h-a-m-o.
Seu princípio ativo é o Tetrahidrocanabinol (THC), cujo uso habitual pode
determinar alterações que dependem do estado emocional do usuário.
Normalmente, a maconha causa:

- aumento da percepção dos sentidos, perturbação da noção de tempo,


perturbação da memória de fixação e dificuldade para calcular espaço e
distância.

- confusão entre fantasia e realidade, sensação de relaxamento, acessos de


euforia e de riso incontrolável, aumento da libido, desconfiança e perda do
senso crítico.

- tremores finos das extremidades do corpo, redução da força muscular,


taquicardia, náuseas, boca e garganta secas e irritação com vermelhidão dos
olhos.

Os efeitos iniciam-se alguns segundos depois de fumar, atingem seu ápice em


30 minutos e desaparecem 2 a 4 horas depois. A síndrome amotivacional -
perda do interesse e desmotivação generalizada - pode estar presente nos
usuários da maconha.

Fumada geralmente em grupos, com o cigarro passando de mão em mão, a


fumaça extremamente aquecida da maconha provoca transformações malignas
nos pulmões, mais graves do que a fumaça do tabaco. O metabolismo se dá no
fígado e nos pulmões e a substância se deposita nos tecidos gordurosos do
cérebro e testículos. O depósito nos testículos provoca azoospermia (redução
do número de espermatozóides) ou aumento de células anormais de esperma,
causando esterilidade temporária. A fertilidade se normaliza com a interrupção
do uso da droga.

02. Haxixe:

É a resina que a planta Cannabis sativa secreta para proteger o broto. É


aproximadamente 10 vezes mais potente do que a maconha. Apresenta-se
como pasta sólida, moldada em pequenas bolotas e vendida assim para
consumo. Como a maconha, o haxixe é fumado.

Efeitos do uso da Cannabis sativa (maconha e haxixe)

- euforia, sensação de relaxamento, aumento da libido, alteração da noção de


tempo e distância, aumento do apetite, interação social diminuída, prejuízo da
memória recente, prejuízo na realização de tarefas múltiplas, desconfiança,
tremores finos, queda da temperatura, redução da força muscular, boca seca,
olhos vermelhos, náuseas, cefaléia, queda da pressão arterial.

03. Santo Daime:

A seita Santo Daime ou Culto da União Vegetal, e outras seitas, são


encontradas no Norte do país, sendo inexpressivas no Sul. O Santo Daime
tornou-se famoso pela "conversão" de alguns artistas. A caapi e a chacrona
(chamadas também de Ayahuasca) são usadas juntas em forma de chá
durante os rituais. As alucinações produzidas pela bebida são chamada de
"mirações".

04. Datura:

A planta datura, também conhecida como cerca viva ou trombeteira, é usada


na forma de chá. Outras plantas alucinógenas encontradas com facilidade são
a saia branca e o lírio.

05. Cactus e cogumelos:

Os cactus e os cogumelos são encontrados na América Central. Usados na


forma de chá ou mastigados, produzem alucinações com temas religiosos e por
isso são usados em comemorações e rituais sagrados.

• As Drogas Perturbadoras Sintéticas:

01. LSD:

O ácido lisérgico teve sua época de abuso na década de 60, durante o


movimento hippie. É vendido na forma de pó, solução, cápsula ou comprimido.
Sem cor nem sabor, também é vendido em cubos de açúcar ou em pedaços de
papel absorvente. Pode ser usado por via oral ou injetado na veia.

O LSD é um potente alucinógeno. O usuário acredita que pode voar ou andar


sobre as águas. As alterações dos sentidos distorcem cores, formas e
contornos; sons podem adquirir forma ou cor. Causa grande ansiedade. Os
efeitos se iniciam 40 a 60 minutos após a ingestão, atingem o pico em 90
minutos e duram de 6 a 12 horas. Tontura, fraqueza e uma série de alterações
fisiológicas são substituídas por euforia e alucinações.

02. Ecstasy:

Também conhecida como a "droga do amor", apesar de não ter efeito


afrodisíaco como se apregoa. Seu outro nome é MDMA - MetilenoDioxoMeta
Anfetamina, droga considerada ilícita desde 1985. Além de efeito estimulante,
tem também efeito alucinógeno, o que é duplamente perigoso. Com estômago
vazio, os efeitos aparecem 20 a 60 minutos depois de ingeridos os
comprimidos e podem durar entre 6 e 8 horas. O usuário apresenta intensa
felicidade, loquacidade, sensação de segurança e leveza, melhora da
receptividade social, aumento da sensualidade, aumento da temperatura
corporal (até 42 graus), intensa sede (por desregulação do sistema diurético) e
sensação de eletrificação da pele. A combinação da droga com a música
determina vontade de tocar as pessoas. A dança produz um estado de transe
similar ao experimento em rituais tribais ou em cerimônias religiosas primitivas.

03. Anticolinérgicos:
São substâncias que bloqueiam as ações da aceticolina (um neuro-transmissor
cerebral). produzem efeitos sobre o psiquismo e em diversos sistemas
biológicos quando usados em doses elevadas. Desencadeiam alucinações e
delírios persecutórios, que dependem da personalidade de cada usuário e de
sua condição física. Induzem à sensação de bem estar, sentimento transitório
de alívio, causando visão borrada e sensibilidade à luz. Os efeitos podem durar
por 2 a 3 dias. Também produzem efeitos somáticos como dilatação da pupila,
boca seca e palpitações. Os batimentos cardíacos podem chegar a 150 por
minuto.

Os anticolinérgicos de abuso mais comuns são os medicamentos usados para


tratamento da doença de Parkinson, comercialmente vendidos como Artane e
Akineton.

Seus efeitos são: agitação psicomotora, ansiedade, boca seca, dificuldade para
engolir, visão borrada, fotofobia, pele seca e quente, distensão abdominal,
retenção urinária, ritmo cardíaco aumentado, hipertensão arterial, mania de
perseguição.

• Drogas Estimulantes do SNC:

As drogas estimulantes têm como principal efeito o aumento da atividade


mental, com conseqüente estado de alerta exagerado, diminuição do apetite e
insônia.

Principais drogas estimulantes: Cocaína, Nicotina, Anfetaminas e Cafeína.

Os estimulantes causam inquietação, insônia, ataque de pânico, alto nível de


irritabilidade, desconfiança, paranóia, alucinações, confusão mental,
depressão, letargia e anormalidades nasais.

01. Cocaína:

A cocaína é uma susbtância natural extraída das folhas de uma planta


encontrada exclusivamente na América do Sul. Foi muito usada para fins
médicos, principalmente como anestésico tópico em cirurgias oftalmológicas,
do nariz e da garganta.

A cocaína pode chegar ao consumidor na forma de um sal, o cloridrato de


cocaína (também chamado de pó, neve, branquinha e dezenas de outros
nomes), ou de uma base, o crack. O pó é solúvel em água e pode ser aspirado
ou dissolvido para uso endovenoso. As pedras de crack se volatizam e são
fumadas numa espécie de cachimbo.

Um produto grosseiro obtido nas primeiras fases de preparação, a pasta de


coca, contém muitas impurezas e é fumada em cigarros chamados bazucos.

A cocaína causa dependência psicológica. O termo "fissura" denomina o desejo


de repetir a droga para sentir novamente os efeitos "agradáveis", e não para
diminuir ou abolir os efeitos desagradáveis da abstinência.
A cocaína vendida nas ruas é normalmente misturada com outras substância
para render mais ao traficante, o que a torna extremamente impura. As
misturas mais comuns são feitas com açúcar, gesso, lidocaína, maizena e pó
de mármore. Uma overdose pode provocar a morte por aumento da pressão
arterial, taquicardia, fibrilação ventricular, parada cardíaca e convulsões.

Efeitos: A ação mais óbvia é a estimulação do Sistema Nervoso Central. O


"baque" é uma sensação de prazer difícil de descrever, que associa intensa
euforia e idéia de poder, redução da fadiga com aumento da energia, redução
da necessidade de sono, aumento das sensações sexuais, menos apetite,
estado de excitação e hiperatividade com aceleração do pulso, aumento do
ritmo respiratório, febre, pressão arterial acentuadamente aumentada, tremor
nas mãos e agitação psicomotora.

Psicose Cocaínica: caracteriza-se pelo aparecimento de idéias delirantes (de


perseguição) e alucinações tácteis (sensação de bichos caminhando sob a
pele). Se a droga é suspensa a sintomatologia desaparece em poucos dias.
Segue-se um período de intensa sonolência e quadro depressivo que pode
durar várias semanas.

02. Crack:

O crack é um sub-produto da cocaína, obtido a partir da cocaína não refinada


(pasta básica), acrescida de uma substância básica, geralmente o bicarbonato
de sódio.

É vendido na forma de pequenas pedras porosas, de um branco sujo,


amarelado. Pouco solúvel na água, se volatiza e pode ser fumado em
cachimbos de fabricação caseira. Uma pedra não rende mais do que duas
horas de sensações. A ação acontece em aproximadamente 8 segundos,
produzindo frenética euforia e intensa excitação. Quando a pedra se esgota,
sobrevém a exaustão, o corpo amolece e o usuário entra em sono profundo.

Droga de uso simples e barata, é de fácil acesso para menores carentes.

O crack diminui o apetite, provoca agitação psicomotora, euforia, desinibição,


taquicardia, dilatação da pupila, aumento da pressão arterial e transpiração.
Eventualmente aparecem alucinações visuais ou tácteis. A dependência
acontece em poucos dias. O usuário crônico apresenta cefaléias, tontura e
desmaios e pode morrer de infarto agudo do miocárdio, numa overdose. É mais
potente e prejudicial do que a cocaína inalada ou injetada.

03. Nicotina:

O cigarro é a droga lícita de maior consumo no mundo. Não por acaso é


também a droga de maior expressão econômica. O Brasil é o sexto produtor
mundial de fumo, produzindo cerca de 170 bilhões de cigarros por ano.
Também é o maior exportador de fumo, responsável por 275 mil toneladas ao
ano que movimentam cerca de R$ 7 bilhões. Mais de 70% seguem para o
governo na forma de impostos. Aproximadamente 30% dos brasileiros são
fumantes.

Tanto patrimônio envolvido determina uma campanha de vendas agressiva por


parte das indústrias. Sistematicamente, a indústria do fumo vem manipulando
quimicamente o cigarro, quer pela produção do fumo supernicotinado, quer
pela adição de amônia. Usada para realçar o sabor, na realidade a amônia
determina liberação de maiores quantidades de nicotina do tabaco. A nicotina é
o agente responsável pela dependência física, provoca alterações importantes
em diversos órgãos do corpo e induz à manutenção do hábito.

Normalmente o jovem inicia o uso por curiosidade. Mas recebe intensas


pressões sociais, culturais e psicológicas que reforçam o uso e o
estabelecimento da dependência.

Efeitos: A nicotina determina sensações de prazer, melhoria subjetiva da


memória, aumento da vigilância e melhoria de desempenho no trabalho. Altera,
contudo, a liberação de hormônios psicoativos, com aumento de lipoproteínas,
substâncias responsáveis por aumento da pressão arterial, isquemia do
miocárdio, aumento da freqüência cardíaca, vasoconstrição dos vasos, além da
dependência física.

O monóxido de carbono é responsável pela redução da capacidade de


oxigenação do cérebro e dos músculos. Outras substâncias presentes, tais
como os aldeídos, o ácido cianídrico, os radicais livres (oxidantes) e os
hidrocarbonetos aromáticos policíclicos, entre outros, são os responsáveis
pelas alterações orgânicas graves que vão se desenvolvendo à medida que a
dependência ao cigarro prossegue. Alterações pulmonares (enfisema,
insuficiência respiratória, bronquite, maior vulnerabilidade às infecções),
complicações circulatórias em geral, aumento da predisposição para diversos
tipos de câncer (da boca, da laringe, da faringe, etc) fazem parte das graves
repercussões do fumo para o organismo humano.

04. Anfetaminas:

São substâncias sintéticas, poderosas estimulantes do Sistema Nervoso


Central, que determinam a diminuição do apetite, aumento da energia e
redução do sono. São comumente usadas como boletas, que mantém o
indivíduo "ligado", insone, com o apetite diminuído e a sensação de uma
energia inesgotável. Provocam ainda aceleração da fala e inquietação.

As anfetaminas são muito usadas pelos motoristas de caminhão e por


estudantes.

O "rebite" - seu nome popular - visa manter o usuário acordado. O principal uso
médico é para o tratamento da obesidade, na forma de moderador de apetite.
Porém, o peso perdido reaparece pouco depois da interrupção da droga.

Efeitos: As anfetaminas desenvolvem importante tolerância (necessidade de


aumento da dose para obtenção do mesmo efeito) e dependência física
discreta, o que contraria a idéia de que estas drogas não podem ter seu uso
interrompido de imediato. A dependência psicológica é bastante intensa. É
comprovada a existência de psicose induzida por anfetaminas. O usuário se
torna extremamente desconfiado, apresenta pupilas dilatadas, taquicardia,
aumento da pressão sangüínea, agressividade, irritabilidade e paranóia. Esta
psicose pode se confundir com um quadro esquizofrênico agudo.

05. Cafeína:

Trata-se de uma substância química encontrada em plantas de chá e nas


sementes do café. Afeta os sistemas circulatório e respiratório quando ingerida
em doses elevadas. Pode ser encontrada em alguns medicamentos para
enxaqueca e em refrigerantes. A dependência física pode ser discreta em
usuários que abusam da substância.

• Drogas Depressoras do SNC

As principais drogas depressoras do Sistema Nervoso Central são: álcool,


barbitúricos, ansiolíticos e hipnóticos, opiáceos ou narcóticos (morfina, codeína,
meperidina, propoxifeno e heroína), colas, solventes e aerossóis.

01. Álcool:

Historicamente, é a droga legal mais difundida na sociedade. Depressora do


SNC, é uma substância com altíssimo potencial de abuso. Leva os indivíduos,
independente do nível sócio-econômico-cultural, a comprometimentos que vão
desde simples intoxicação a quadros clínicos e psiquiátricos graves,
acompanhados de desagregação social.

Apesar de ser reconhecido como doença - à medida que o usuário perde a


capacidade de escolher entre beber e não beber - o alcoolismo ainda não tem
suas causas completamente conhecidas. Mas considera-se que o somatório de
fatores biológicos, sociais e psicológicos desencadearia a patologia que,
durante anos, desafiou profissionais e levou à formulação de inúmeras teorias.

02. Barbitúricos:

Derivam do ácido barbitúrico e já tiveram maior importância na medicina. São


usados no tratamento da insônia e das epilepsias. Seu maior efeito é sedativo
e não para alívio da dor. Provocam sonolência, diminuição da tensão, com
sensação de calma e relaxamento, dificuldade de raciocínio e de concentração.
São drogas perigosas porque sua dosagem terapêutica é muito próxima de sua
dose letal. A associação com o álcool duplica o efeito depressor de ambos e
pode matar. São exemplos famosos as mortes dos astros Janis Joplin, Marilyn
Monroe e Elvis Presley.

Os barbitúricos determinam dependência física e psicológica. A síndrome de


abstinência (falta da droga) é importante, marcada por insônia rebelde,
ansiedade, tremores, irritação, convulsões e delirium, que podem levar à morte
por parada respiratória. A gravidade da crise de abstinência requer
obrigatoriamente tratamento médico e hospitalização.

Efeitos: Fala arrastada, dificuldade de concentração, descoordenação motora,


marcha cambaleante, aprofundamento do sono até o coma e redução dos
movimentos respiratórios até a parada respiratória.

03. Ansiolíticos:

São drogas depressoras que determinam a eliminação da ansiedade e alguns


efeitos somáticos que ela pode causar. São chamadas de tranqüilizantes. Suas
propriedades farmacológicas são de ação tranqüilizantes, relaxamento e
anticonvulsivante.

Efeitos: Diminuição da ansiedade, indução do sono, relaxamento muscular e


diminuição das convulsões. Segundo os especialistas, essas drogas perdem
eficácia após 1 a 2 meses de uso diário. Sua prescrição é somente para casos
graves de ansiedade e durante 2 a 3 semanas. Podem causar sedação
acentuada com sonolência e vertigem, dificultam os processos de
aprendizagem e memorização e prejudicam as funções motoras,
comprometendo o uso de maquinários e a condução de veículos.

04. Hipnóticos:

São substâncias essencialmente usadas nas diferentes formas de insônia


(dificuldade para conciliar o sono, despertar precoce, etc.). Entre as
desvantagens, alteram o padrão natural do sono e perdem eficácia se
utilizados todas as noites por mais de duas semanas. São drogas
freqüentemente presentes nas tentativas de suicídio. Possuem alto potencial
de dependência física e psicológica.

05. Opiácio ou Narcóticos:

São drogas derivadas de uma planta, a papoula. Os opióides com efeito


analgésico também são conhecidos como narcóticos ou drogas
hipoanalgésicas. Elas agem sobre o controle da dor, inibem o reflexo da tosse
e diminuem a motilidade intestinal. Causam depressão generalizada do
Sistema Nervoso Central, com sonolência, alteração da consciência, redução
dos movimentos respiratórios e dos batimentos cardíacos, eriçamento dos
pêlos corporais, contração das pupilas e confusão entre fantasia e realidade.

Os opiáceos provocam intensa dependência física, grande tolerância e uma


dolorosa e violenta síndrome de abstinência. O abstinente fica apático, sofre
náuseas, vômitos, fica hipotenso, com respiração fraca, hipotérmico, com pele
fria e azulada, sente calafrios, cãimbras, corrimento nasal, lacrimejamento,
inquietação, irritabilidade e insônia. Esse estado pode durar de 8 a 12 dias. A
evolução da síndrome vai comprometendo os níveis de consciência até o
coma.

Há vários tipos de Opiáceos, que podem ser usados de formas diferentes:


Opiáceos naturais: morfina (o mais potente analgésico conhecido) e codeína
(produz acentuada depressão das funções cerebrais);

Opiáceos semi-sintéticos: heroína (obtida por acetilação da morfina) e


metadona (para tratamento de dependentes de morfina e heroína);

Opiáceis sintéticos: analgésicos (meperidina, propoxifeno, buprenorfina) e


antidiarréicos (difenoxilato).

A heroína é injetada endovenosamente. O ópio é fumado e pode ser cheirado.


Os medicamentos derivados podem ser injetados ou usados via oral.

Efeitos: turvação do funcionamento mental; alteração do humor; euforia;


sensação de flutuação e distanciamento; confusão mental; pupilas contraídas;
rubor sobre a pele; movimentos respiratórios lentos; movimentos intestinais
lentos; contrações musculares.

06. Colas, solventes e aerossóis:

São substâncias inalantes com efeitos psicoativos. A inalação de substâncias


com tais características remonta à antiga Grécia. Clorofórmio, éter e gás
hilariante vêm sendo usados desde 1800. O abuso de solventes teve seu ápice
nos anos 50; os aerossóis e a cola, na década de 60, usados no
aeromodelismo. A composição dos produtos é variada, algumas vezes múltipla
e, muitas vezes, desconhecida. O tolueno e o benzeno são os componentes
fundamentais das colas e solventes (tiners, tintas, etc), enquanto os
hidrocarbonetos halogenados (fluorcarbonos) são os propelentes habituais de
sprays e aerossóis. Também os derivados de petróleo (acetona, fluidos de
isqueiro, gasolina, chumbo tetraetila e benzeno), as soluções de limpeza,
líquidos de refrigeração (gás freon), corretivos tipográficos, removedores de
manchas, clorofórmios, éter, etc. Um produto bastante conhecido no Brasil é o
"cheirinho da loló", usado por adolescentes, preparado à base de clorofórmio e
éter, para fins unicamente de abuso. Como sua composição exata é
desconhecida, casos de intoxicação aguda podem apresentar complicações e
são de difícil atendimento médico.

A inalação objetiva produzir um estado psicológico anormal e agradável para o


usuário. A via inalatória garante acesso quase instantâneo ao cérebro. Alguns
autores dizem que a principal diferença entre intoxicação alcoólica aguda e por
solventes está de fato de que na última podem ocorrer alucinações. O uso
causa euforia e os efeitos começam em poucos segundos, com duração
aproximada de 15 a 45 minutos. O usuário repete as aspirações várias vezes
para manter a euforia e a hilariedade. Apresenta distúrbios de conduta, com
hiperatividade motora, tonturas, tosse, muita salivação, perturbações auditivas
e visuais, sensação de instabilidade, lacrimejamento, corrimento nasal e
irritação das vias respiratórias. Nos usuários mais pesados, encontram-se
vermelhidão e escoriações ao redor da boca (nos cheiradores de cola).

O uso contínuo causa ainda confusão e torpor mental, perda do autocontrole,


visão embaraçada, visão dupla, cólicas abdominais e cefaléia, ocorre
deterioração do estado de consciência, redução acentuada do estado de alerta,
com marcha hesitante, fala pastosa, descoordenação motora e ocular e em
casos extremos ocorre estado de coma associado a convulsões e atividade
onírica marcada por sonhos bizarros.

Efeitos: euforia; tontura; vertigem; sensação de estar flutuando; desinibição do


comportamento; irritação ocular; visão dupla; confusão mental; desorientação;
alucinações visuais e/ou auditivas; redução do estado de alerta; marcha
vacilante; inconsciência; convulsões.

Metilenodioximetanfetamina
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Metilenodioximetanfetamina
Nome IUPAC (sistemática)
1-(benzo[d][1,3]dioxol-5-yl)-N-methylpropan-2-amine
Identificadores
42542-10-9
CAS
66142-89-0 69610-10-2 81262-70-6
ATC ?
PubChem 1615
Informação química
Fórmula molecular C11H15NO2
Massa molar 193,25 g/mol
SMILES CC(NC)CC1=CC=C(OCO2)C2=C1
A Farmacocinética
metilenodioximetanfetami Biodisponibilidade ?
na (MDMA), mais Metabolismo Hepático, CYP extensively involved
conhecida por ecstasy, é Meia-vida A meia-vida do MDMA depende da
uma droga moderna dose, aumentando em doses
maiores, mas com cerca de 6–10
horas em doses de 40–125 mg
Excreção Renal
Considerações terapêuticas
Administração Oral
sintetizada (feita em laboratório), neurotóxica, cujo efeito na fisiologia humana é o
bloqueio da reabsorção da serotonina, dopamina e noradrenalina no cérebro, causando
euforia, sensação de bem-estar, alterações da percepção sensorial do consumidor e
grande perda de líquidos. As alterações ao nível do tacto promovem o contacto físico,
embora não tenha propriedades afrodisíacas, como se pensa.

É vendido sob a forma de comprimidos e ocasionalmente em cápsulas. Embora estudos


mostrem que a neurotoxicidade do ecstasy não cause danos permanentes em doses
recreativas, ainda suspeita-se que o consumo de ecstasy cause tais danos a cada dose, e
perigo de desenvolvimento de doenças psicóticas (e.g. esquizofrenia). Os estudos a
respeito do ecstasy em humanos são pouco difundidos por questões legais que proíbem
ministrar doses de MDMA para humanos.

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