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ESTADO FORTE - A SOBERANIA DO ESTADO

No Estado, a liberdade se torna objetiva e se realiza positivamente.


Hegel
Muito se fala do caráter opressivo do Estado, do ser monstruoso que
reprime as iniciativas individuais. Tem-se adotado a visão norte-americana da
Política e da História. Para os norte-americanos, assim como para a cultura anglo-
saxã em geral, o Estado é um "mal necessário".Sendo ele "mau" e "necessário" ao
mesmo tempo, torna-se indispensável a sua existência, mas imprescindível à
limitação máxima de sua força (alguns movimentos dentro dos EUA chegam até a
pregar a abolição do Estado e a volta a comunidades cristãs puritanas que se
auto-governariam, criando -se uma espécie de "anarquismo de direita").

A aversão do povo inglês ao Estado tem sua origem no século XIII, quando
uma revolta de barões indignados com as pesadas taxas a serem pagas para as
despesas militares das campanhas empreendidas pelo poder real, obrigaram o
Rei João a assinar, em 1215, a Magna Carta, documento feudal que limitava o
poder do Rei, que se comprometia a respeitar os direitos tradicionais de seus
vassalos. Embora as intenções fossem de fazer sobreviver por mais tempo o
poder feudal da nobreza em detrimento da centralização do poder real, a Magna
Carta tornou-se um símbolo do liberalismo inglês em sua luta pela defesa do
indivíduo contra o Estado.

Os norte-americanos adotaram este pensamento antiestatal, radicalizando-


o. Os EUA se formaram através da união de treze colônias contra a Inglaterra,
colônias essas que queriam adquirir autonomia total em relação ao Estado Inglês
e que, depois da Independência (1776/1783), conseguiram manter-se livres não
somente do Estado Inglês como também de qualquer autoridade séria vinda do
Estado Federal norte-americano.

Esta forma pervertida de governo descentralizado e anárquico só poderia


ser ainda pior no Brasil, país que provou que a ausência do Estado só pode ser
prejudicial ao nosso povo. No Brasil, quando o poder não fica nas mãos do
Estado, fica nas mãos de grupos oligárquicos irresponsáveis e egoístas que
preferem o caos, a anarquia, o domínio estrangeiro em nossa Nação e até o risco
de serem exterminados pelos comunistas a se curvarem a uma autoridade
superior.

Em nossa Pátria, a máquina estatal está apodrecida, nada funciona


(educação, saúde, construção civil, Forças Armadas, etc..) e os norte-americanos
ainda se aproveitam da crise do Estado no Brasil (existente sobretudo desde
1985) para denegri-lo e provocar o caos que lhe é necessário para seu domínio.
É o Estado que cria a Nação, dando ao povo uma existência efetiva. O
Brasil só será uma Nação enquanto seu nome designar Estado. Ou o Estado
renasce, ou o caos impera. Só o Estado pode dar à Nação Brasileira a grande a
grandeza que ela merece, só o Estado pode empreender uma luta séria contra
o comunismo, só o Estado pode fazer o povo brasileiro ter seu direito à vida e a
assumir sua Vontade. Nação é Estado; sem Estado não há vontade. Somente a
atividade cultural não faz um povo; para tal, é preciso vontade política ativa que só
o Estado, absoluto diante do qual os indivíduos e os grupos sociais são o relativo,
pode conter.

No Estado, o povo, repleto de deveres, mas livre de responsabilidades


inúteis, adquire liberdade plena, porque nele o povo possui um verdadeiro
significado: o dever torna-se uma libertação em relação ao estágio anterior de
mediocridade.

Guillaume Azevedo Marques de Saes (Presidente do CEHP -Centro de Estudos


Históricos e Políticos-SP)

Anauê! Pelo Bem do Brasil!

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