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Nunca, no curso da obra, esta viso das coisas ultramundanas apresentada como uma viso, ou como um sonho. Estas coisas aconteceram de verdade, e o poeta que em carne e osso percorreu aquele caminho (Singleton, 1979 apud Sterzi, 2008, p. 106-107)
E quanto ao tempo do Purgatrio? Ele igual ao tempo ditado no mundo dos vivos e a alma que l est agora para se purgar mantm uma relao dinmica com a influncia que as aes e oraes dos vivos podem lhe proporcionar.
Um nmero do movimento?
Uma distentio animi? S existe no esprito?
ou talvez seja relativo, no podendo ser medido exatamente do mesmo modo e por toda a parte
O tempo que consome, o tempo que intimida, o tempo que decreta a queda do homem. O tempo que se esvai, escorregadio, fugitivo.
Mas mesmo portanto essa flexibilidade de movimento, as almas ali possuem cada qual seu lugar devido. No podem sair dali, no podem deixar sua fixidez eterna.
A questo temporal O trajeto de Dante O eterno no Inferno e no Paraso O transitrio tempo do Purgatrio
Sete dias de peregrinao e contemplao dos reinos que abrigaro as almas dos mortos. dois dias no Inferno
quatro dias no Purgatrio um dia no Paraso
Inferno
Cantos I e II o amanhecer e o anoitecer do primeiro dia;
Canto XXIX, o sol j se encontra no meio do cu. Canto XXXIV o anoitecer do segundo dia com as estrelas vistas pelos poetas que deixam o fenda formada pela queda de Lcifer
Dante e Virglio cruzam de um hemisfrio a outro, o que causa certa confuso em Dante, visto que instantes antes era dia e agora j noite.
Canto XXIII o poder das oraesda viva levam Forense j para o purgatrio, mesmo pouco tempo decorrido de sua morte;
Canto XXX entrada ao paraso terrestre; Canto XXXIII o sol ao meio dia.