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As imagens falam

Governo de Jânio Quadros


Getúlio Vargas
O começo do fim...
Trecho da Carta Testamento de
Getúlio Vargas
“E aos que pensam que me derrotaram respondo
com a minha vitória. Era escravo do povo e hoje
me liberto para a vida eterna. Mas esse povo de
quem fui escravo não mais será escravo de
ninguém. Meu sacrifício ficará para sempre em sua
alma e meu sangue será o preço do seu resgate.
Lutei contra a espoliação do Brasil. Lutei contra a
espoliação do povo. Tenho lutado de peito aberto.
O ódio, as infâmias, a calúnia não abateram meu
ânimo. Eu vos dei a minha vida. Agora vos ofereço
a minha morte.
Nada receio. Serenamente dou o primeiro passo no
caminho da eternidade e saio da vida para entrar
na História...”
(Rio de Janeiro, 23/08/54 - Getúlio Vargas)
Transição de governo no Brasil
(1954–1956)
• Depois da morte de Getúlio Vargas, faltaram
dezesseis meses para o cumprimento do
mandato presidencial ainda em curso. O
primeiro a ocupar a cadeira deixada por
Vargas, o vice-presidente Café Filho,
governou de 25 de agosto de 1954 a 8 de
novembro de 1955, quando teve que
licenciar-se por problemas de saúde.
O presidente da Câmara dos Deputados, Carlos
Coimbra da Luz, assumiu no dia 8 de novembro
de 1955, no dia seguinte, se desentendeu com o
General Henrique Teixeira Lott, então ministro da
Guerra. General Lott, que havia se desligado do
governo, desconfiou que Carlos Luz estava ligado
ao grupo eu pretendia impedir a posse ao futuro
presidente.
Lott deu um golpe de estado para retirar Carlod
Luz da Presidência, em 11 de novembro de 1955.
A Presidência passou para o presidente do
Senado, Nereu de Oliveira Ramos, no dia 11 de
novembro de 1955. Depois de recuperado, Café
Filho não pode retornar à Presidência em virtude
da oposição da Câmara dos Deputados.
JK e João Goulart
O Congresso decretou estado de
sítio por sessenta dias. Eleito com 36
% dos votos, em 31 de janeiro de
1956, Juscelino Kubitschek de
Oliveira assumiu a presidência do
Brasil, tendo João Goulart eleito
como vice.
Mão de obra utilizada
JK: 50 anos em 5

[01/02/1956, 50 anos] O Brasil


moderno nasceu numa reunião que
começou pontualmente – segundo
registros da época – às 7h do dia 1º
de fevereiro de 1956. Nesse dia, o
então presidente Juscelino
Kubitschek apresentou aos ministros
há pouco empossados SEU Plano de
Metas.
O pronome possessivo (seu) em
letras maiúsculas se justifica: o plano
foi uma expressão da vontade
pessoal de JK de acelerar o
desenvolvimento do Brasil. Embalado
pelo bordão Cinqüenta anos em
cinco, o Plano de Metas continha 30
propostas que contribuíram para
mudar a cara do Brasil.
Embora se dividisse em várias metas, o plano
tinha como alvo alguns poucos setores da
economia: energia, transporte, indústria
(siderurgia, cimento, papel...), indústrias
produtoras de equipamentos (automobilística,
naval e bens de capital) e a construção de
Brasília.‘‘Industrializar aceleradamente,
transferir do exterior para o nosso território as
bases do desenvolvimento autônomo; fazer da
atividade manufatureira o centro das
atividades econômicas nacionais’’, escreveu
Juscelino.
Sai J.K. entra Jânio Quadros
“varre, varre, varre, varre vassourinha / varre,
varre a bandalheira/ que o povo
já tá cansado / de sofrer dessa maneira /
Jânio Quadros é a esperança
desse povo abandonado!,
e também se dizia
"homem do tostão contra o milhão".

Orador carismático, fez sucesso entre os eleitores com sua


pregação sobre a moralidade administrativa. Classificado por
estudiosos como populista, nas campanhas eleitorais aparecia
comendo sanduíches em botequins.
Em sua primeira disputa pela prefeitura paulista, conquistou
grande popularidade ao usar uma vassoura como símbolo da
limpeza que prometia fazer nos órgãos públicos. Seu lema durante
a campanha à presidência da República era "varrer a corrupção".
Eleito com 48% dos votos, resultado que superou o recorde
da época para o Brasil, tomou posse em janeiro de 1961. Renunciou
sete meses depois, alegando sofrer pressão de "forças terríveis".
Sete meses depois...........
Jânio assumiu o cargo acusando o
governo de seu antecessor (Juscelino
Kubitscheck) de nepotismo, ineficiência
administrativa e perdulário, responsável
pelos altos índices de inflação no Brasil.
Instaurou uma cruzada moralizadora,
mandando abrir um sem-número de IPM
(Inquérito Policial-Militar). Proibiu o uso de
lança-perfume no Carnaval, proibiu o uso
do biquíni nas praias, proibiu as brigas de
galo.
o presidente Jânio Quadros renuncia ao
cargo, após sete meses de mandato.
• Em relação à política externa, suas ações
indicavam tentativa de aproximação
comercial e cultural com países de regime
socialista, o que provocou desconfiança
em setores e grupos internos que
defendiam o alinhamento automático com
os Estados Unidos.
• Durante seu curto governo, Jânio
demonstrou absoluto desprezo pelo
Congresso e pelas regras do regime
democrático.
• Na noite de 24 de agosto, Carlos
Lacerda, cacique udenista e governador
recém-eleito da Guanabara, vai à TV e
acusa Jânio de liderar um golpe de
estado.
• No dia seguinte, 25 de agosto, dia do
Soldado, Jânio Quadros assiste à parada
militar em Brasília e anuncia sua
renúncia, como forma de pressionar o
Congresso Nacional a lhe conceder
plenos poderes.
• No entanto, sua renúncia é imediatamente
aceita pelo Congresso e abre grave crise
política no país, haja vista a resistência de
setores militares à posse do vice-presidente
João Goulart, então em viagem oficial à
China.
• Em meio à imensa pressão popular pela
posse de João Goulart, a saída encontrada
foi a aprovação pelo Congresso, em 2 de
setembro, da Emenda Constitucional nº 4,
que instalou o parlamentarismo no país,
reduzindo os poderes presidenciais.
• 26/08/1961 – O marechal Henrique Lott lança
manifesto conclamando “as forças vivas da
nação” a tomarem posição em defesa da
Constituição e é preso. No Rio Grande do Sul, o
governador Leonel Brizola declara ser necessário
assegurar a posse de João Goulart e organiza a
“rede da legalidade” composta por emissoras de
rádio. Recebe o apoio do Comandante do III
Exército, General Machado Lopes.
• 29/08/1961 – O Congresso rejeita pedido de
impedimento contra a posse de João Goulart.
Iniciam-se articulações visando uma solução
conciliatória através da adoção do sistema
parlamentarista.
29/08/1961 – O Congresso rejeita pedido de
impedimento contra a posse de João Goulart.
Iniciam-se articulações visando uma solução
conciliatória através da adoção do sistema
parlamentarista.
02/09/1961 – O Congresso aprova a Emenda
Constitucional no 4 que institui o sistema
parlamentarista.
07/09/1961 – João Goulart toma posse.
31/12/1962 – Anúncio oficial do Plano Trienal de
Desenvolvimento Econômico e Social formulado
pelo ministro extraordinário do Planejameto,
Celso Furtado.
• 06/01/1963 – Realização antecipada do plebiscito
sobre o sistema de governo. O presidencialismo
vence por ampla margem: 9.457.488 votos a
2.073.582.
• 04/10/1963 – João Goulart envia mensagem ao
Congresso solicitando a decretação do estado de
sítio por 30 dias.
• 07/10/1963 – João Goulart retira a proposta que
enviara ao Congresso três dias antes. A Frente de
Mobilização popular (FMP), liderada por Brizola e
Arraes, bem como o CGT e a UNE, decidem
romper com o governo por considerá-lo tímido na
condução das reformas de base.
• 24/01/1964 – João Goulart regulamenta a Lei de
Remessa de Lucros para o exterior, aprovada pelo
Congresso em setembro de 1962.
• 13/03/1964 – João Goulart promove o comício das
reformas (ou comício da Central do Brasil) no rio de
Janeiro, em frente ao ministério da Guerra, com a
presença de aproximadamente 150 mil pessoas. No
palanque, estiveram presentes além de alguns ministros
militares, vários políticos de liderança da esquerda,
notadamente, Miguel Arraes, Luis Carlos Prestes e
Leonel Brizola, entre outros. As reformas propostas
tinham claro viés comunista.

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