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BIOTRANSFORMAÇÃO DE

XENOBIÓTICOS

 Termo XENOBIÓTICO designa todas as


substâncias naturais ou sintéticas que
interferem com o metabolismo celular.
 Os xenobióticos estão sujeitos a
transformações metabólicas, de modo a
que o organismo se assegure que a sua
existência não vai perturbar o seu
metabolismo normal.
BIOTRANSFORMAÇÃO DE
XENOBIÓTICOS

 Nas transformações produzidas durante os


processos de libertação do organismo dos
xenobióticos podem formar-se
 1º-Compostos com uma toxicidade muito
inferior ao composto original –Desintoxicação
 Ex: o Cianeto que se transforma em tiocianato
com um toxicidade 200 vezes inferior
 2º- Compostos com uma toxicidade superior à
do composto original-Intoxicação
 Ex: a piridina que se transforma no ião
metilpiridinium que é 6 vezes mais tóxico
BIOTRANSFORMAÇÃO DE
XENOBIÓTICOS

 Para que não se tornem ambíguos os termos


desintoxicação e intoxicação, os processos
metabólicos a que ficam sujeitos os
xenobióticos, designam-se por
BIOTRANSFORMAÇÕES
 Todas as biotransformações resultam da
evolução biológica, a que todos os seres vivos
estão sujeitos.
BIOTRANSFORMAÇÃO DE
XENOBIÓTICOS

 Tendo sido lançados no ambiente, pela


indústria química, milhares de
substâncias sintéticas num curto espaço
de tempo, a capacidade de adaptação
dos seres vivos é impotente para
responder adequadamente, à sua
presença, pois a criação de novos
enzimas leva algumas gerações.
BIOTRANSFORMAÇÃO DE
XENOBIÓTICOS

 Isto significa que nada nos permite prevêr, com


segurança, que alterações possam vir a
acontecer, num futuro mais ou menos
longínquo, às características bioquímicas dos
seres vivos, pela presença de tão elevado
número de compostos totalmente
desconhecidos das suas células. Os mecanismo
gerais a que os xenobióticos ficam sujeitos
encontram-se descritos na figura abaixo, sendo
duas as vias predominantes de excreção a fecal
e a urinária.
BIOTRANSFORMAÇÃO DE
XENOBIÓTICOS
BIOTRANSFORMAÇÃO DE
XENOBIÓTICOS

 As vias metabólicas a que um xenobiótico fica sujeito


são aquelas que existem nos seres vivos.
 Dividem-se em duas fases:
 FASE I
 Esta fase envolve processos de metabolização
catabólica, com introdução de grupos polares nas
moléculas, produzindo compostos mais solúveis na
água, tornando-os mais fáceis de eliminar
BIOTRANSFORMAÇÃO DE
XENOBIÓTICOS

 As enzimas responsáveis pela FASE I estão


localizadas no rectículo endoplasmático das
células do fígado, ligados à membrana
recticular.

 FASE II
 Fase que engloba processos de biossíntese ou
metabolização anabólica, com a criação de
compostos conjugados que são excretados.
 As enzimas envolvidas na FASE II encontram-
se solubilizadas no citosol.
BIOTRANSFORMAÇÃO DE
XENOBIÓTICOS

FASE I FASE II
Adição de grupos funcionais
Produtos primários Produtos primários
XENOBIÓTICO
Oxidação Conjugação biosintética
Redução
Hidrólise

EXCREÇÃO

LIPOFÍLICO HIDROFÍLICO
(Ionizável)
BIOTRANSFORMAÇÃO DE
XENOBIÓTICOS

FASE I
Os principais sistemas enzimáticos desta fase são:
 A-Oxigenases
 B-Hidrolases
 B1-Epóxi hidrolases
 B2- Esterases
 B3-Amidases
 C-Dehidrogenases
 C1-Alcool dehidrogenases
 C2-Aldeído dehidrogenases
BIOTRANSFORMAÇÃO DE
XENOBIÓTICOS

 FASE I
 A-Monoxigenases
 Neste processo há introdução de O2 no
substrato em que um dos átomos de oxigénio
reage com o substrato e o outro se transforma
em água.
 Os dois sistemas enzimáticos que o permitem
são:
 1-A Monoxigenase dependente do Citocromo
P450
 2-A FAD-monoxigenase
BIOTRANSFORMAÇÃO DE
XENOBIÓTICOS

 Os electrões envolvidos nos processos


de oxidação e consequente redução do
citocromo P450 e FAD derivam do
NADPH, que reduz o componente da
enzima que reage com a molécula de
oxigénio, formando um oxigénio activo
intermediário, que vai oxidar o
xenobiótico.
BIOTRANSFORMAÇÃO DE
XENOBIÓTICOS
 As oxidações podem ser mitocondriais ou não
mitocondriais

 I-Oxidações mitocondriais
 a) -Hidroxilação de aromáticos
 b)-Hidroxilação de alifáticos
 c)-Hidroxilação de alicíclicos
 d)-Hidroxilação de heterocíclicos
 e)-Epoxidação de aromáticos
 f)-Epoxidação de alifáticos
BIOTRANSFORMAÇÃO DE
XENOBIÓTICOS

 g)-N, S, P-oxidação
 h)-Desaminação oxidativa
 i)-Desulfuração
 j)-Dealquilação nos átomos de N, O e S
 l)-Quebra do nucleo aromático
 m)-Dehalogenação oxidativa
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XENOBIÓTICOS

 II- Oxidações não mitocondriais


 1) Oxidação de aminas
 2)-Oxidação de alcoóis e aldeídos
 3)-Oxidação de purinas
 4)-Aromatização
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XENOBIÓTICOS

 I-OXIDAÇÕES MITOCONDRIAIS
 a)-Hidroxilação de aromáticos
 Ex: hidroxilação do Naftaleno

OH OH
H OH
OH OH H
OH

Naftaleno-1,2-diol 1,2-dihidro-naftaleno-1,2-diol
1-naftol 2-naftol
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XENOBIÓTICOS

 b)-Hidroxilação de alifáticos

 Ex 1: Alcanos a ácidos carboxílicos

CH3(CH2)4CH2OH CH3(CH2)4COOH
CH3(CH2)4CH3
n-Hexano Alcool n-hexílico ácido hexanóico
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XENOBIÓTICOS

 Ex 2: Hidroxilação do n-propilbenzeno

CH2CH2CH3

ϖ oxidação
β oxidação α oxidação

CH2CH2CH2OH
CH2CHOHCH3 CHOHCH2CH3

3-fenil-1-propanol
3-fenil-2-propanol 3-fenil-3-propanol
BIOTRANSFORMAÇÃO DE
XENOBIÓTICOS

 c)-Hidroxilação de Alicíclicos
 Ex: Tetralina que se transforma em três
alcoóis isómeros

Tetralina
OH
OH HO
+

1-Tetrol 2-Tetrol 5,6,7,8-tetrahidro-2-naftol


BIOTRANSFORMAÇÃO DE
XENOBIÓTICOS

 d)-Hidroxilação de heterociclos
 Ex-Quinolina que se transforma em três
hidroxiquinolinas isómeras

Citocromo
N
Quinolina P-450
Aldeído
oxidase Citocromo
P-450
HO
N OH OH
2-hidroxiquinolina N
6-hidroxiquinolina
N
3-hidroxiquinolina
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XENOBIÓTICOS

 e)-Epoxidação de aromáticos
 Ex: benzo(α )pireno a 7,8-epóxido de
 benzo(α )pireno

O
Benzo-(a)pireno
7,8-epóxido do benzo(a)pireno
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XENOBIÓTICOS

 f)-Epoxidação de Alifáticos
 Ex: Tricloroetileno a epóxido de tricloroetileno

H Cl H
Cl-C=C-Cl Cl-C C-Cl
O
Cl
Tricloroetileno epóxido do tricloroetileno
BIOTRANSFORMAÇÃO DE
XENOBIÓTICOS
O

 g)-N, S, P-oxidação CH -S-CH 3 3 CH3-S-CH3 CH3-S-CH3

 Ex: Tioéter-sulfona O O

Tioéter Sulfóxido sulfona


 Anilina-nitrosobenzeno
 Difenilmetilfosfina-óxido
de difenilmetilfosfina NH2 NHOH N O

OCH3 OCH3

P P
O anilina fenilhidroxilamin nitrosobenzen
a o

Difenilmetilfosfina Óxido de difenilmetilfosfina


BIOTRANSFORMAÇÃO DE
XENOBIÓTICOS

 h)-Desaminação oxidativa
 Desaminação oxidativa
CH3 CH3
 Ex: anfetamina-fenilacetona
CH2CHNH2 CH2C=O

+ NH3

Anfetamina Fenilacetona
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XENOBIÓTICOS

 i)-Desulfuração
 Ex: Paratião a Paraoxon

OCH2CH3 OCH2CH3
O2N O P OCH2CH3 O2N O P OCH2CH3
S O

Paratião
Paraoxon
BIOTRANSFORMAÇÃO DE
XENOBIÓTICOS

 j)-N-Desalquilação
 Ex: N,N-dimetil-p-fenilcarbamato a N-metil-p-
nitrocarbamato

O O O
CH2OH
OCN(CH3)2 OCN OCN CH3
CH3
+ HCHO

NO2 NO2 NO2


N,N-dimetil-p-fenilcarbamato
N-metil-p-nitrocarbamato
BIOTRANSFORMAÇÃO DE
XENOBIÓTICOS

 j)-S-Desalquilação
 Ex: 6-metiltiopurina a 6-mercaptopurina
 A desalquilação processa-se num grande
número de tioéteres.
S-CH3 SH

N N N
N
N N N
N
HCHO
6-Metiltiopurina formaldeído 6-mercaptopurina
BIOTRANSFORMAÇÃO DE
XENOBIÓTICOS

 j)-O-Desalquilação
 Ex 1: Os éteres aromáticos sofrem O-
dealquilação com libertação do aldeído
correspondente ao alquilo removido
H2O
OCH3 OCH2OH OH

NO2 NO2 HCHO NO2

p-nitro-anisol p-nitrofenol
BIOTRANSFORMAÇÃO DE
XENOBIÓTICOS
 j)-O-Desalquilação em fosfatos e tionofosfatos
tem um mecanismo diferente da desalquilação
anterior como se mostra no exemplo abaixo.
 Ex 2: Chlorfenvinphos

OH
O OCH2-CH3 O
P OCH-CH3 O OH
P CH3CHO
CH3-CH2-O P
O CH3-CH2-O O CH3-CH2-O O
C=CH-Cl C=CH-Cl
C=CH-Cl
Cl Cl
Cl

Cl Cl Cl

Chlorfenvinphos
BIOTRANSFORMAÇÃO DE
XENOBIÓTICOS

 l)- Quebra do Núcleo aromático


 Ex1-quebra do indol para formar ácido
antranílico

O
COOH COOH
H2O H2O

N N O NHCHO NH2
H H

Indol Ácido Antranílico


BIOTRANSFORMAÇÃO DE
XENOBIÓTICOS

 l)- Quebra do Núcleo aromático


 Ex2-Quebra
Ex2 do Benzeno para formar ácido trans-
mucónico

OH
HOOC-C=C-C=C-COOH
OH

Benzeno Pirocatecol Ácido Antranílico


BIOTRANSFORMAÇÃO DE
XENOBIÓTICOS

 m)-Dehalogenação oxidativa

 É uma reacção de remoção dos halogéneos da molécula


 A dehalogenação pode ser oxidativa ou redutiva envolvendo além do Citocromo P450 a
glutationa, como é o caso do DDT.
 Este processo está relacionado com os isómeros p,p´e não com os o,p.
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XENOBIÓTICOS

 m)-Dehalogenação oxidativa
 Ex: DDT a DDD
CHCl2
Cl CH Cl

DDD

CCl3
Cl CH Cl
DDT
 II Oxidações não mitocondrias
 1-Oxidação de aminas
NH3, H2O2
O 2, H 2O
H H
N N

Monoamino-oxidase

CH2CH2NH 2 CH 2CHO
5-hidroxitriptamina
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 FASE II
 As transformações efectuadas nesta fase fazem parte
dos mecanismos naturais de biosíntese e requerem
energia dada pelo ATP.
 Os principais enzimas desta fase são:
 I-Glucuronosiltransferases
 II-Sulfotransferases
 III-Metiltranferases
 IV-N-acetiltransferases
 V-N-aciltransferases
 VI-Glutationa S-tranferases
 VII-Rodanase
BIOTRANSFORMAÇÃO DE XENOBIÓTICOS

 I-Glucuronosiltransferases
 O coenzima deste sistema enzimático é
formado pelo UDP, (uracilo dinucleótido) que
forma com o ácido glucurónico o UDPGA ou
com a glucose o UDPG que originam a
transferência da molécula da glucose ou do
ácido glucurónico para a molécula aceitadora.
 Este processo designa-se-se por
CONJUGAÇÃO
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CH2OH CH2OH NH
O UTP PPi O
OH OH O N O
O P OH O P O P O O
O O O- H H
H H
OH OH
UDP-α-D-Glucose

O
O
CH2OH NH
COOH NH
O
2NAD+ 2NADPH+H+
OH O N O O
OH O N O
O P O P O O
H H O P O P O O
O O- UDP-Desidrogenase
H H O O- H H
OH OH
H H
OH OH
UDP-α-D-Glucose Ácido UDP-α-D-Glucurónico
(UDPGA)
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 A conjugação pode formar:


 a) O-glucuronidos
 b) N-glucuronidos
 c) S-glucuronidos
 d) C-glucuronidos
 Os glucuronidos são excretados pela bílis ou
por via renal.
 São os pesos moleculares que determinam
uma destas vias, onde a via renal recebe os
de pesos moleculares inferiores a 350 D
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 a) O-Glucuronido

O
O
COOH NH
NH
O OH
N O COOH
OH O N O
O OH O
O P O P O O +
+ HO P O P O O
O O- H H
H H UDP glucuronosil O O O- H H
OH OH Transferase H H
α-Naftol OH OH
Ácido UDP-α-D-Glucurónico
UDP
(UDPGA)
O-Glucuronido
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 II-Sulfotranferases
 Estes enzimas permitem a transferência
do grupo sulfónico (SO3-) inorgânico para
o grupo OH existente nos fenóis e alcoóis
alifáticos ou aminas e hidroxilaminas
 A sulfonação dos grupos OH permite uma
diminuição da toxicidade dos compostos
que os possuem.
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 Há quatro tipos de sulfotransferases:


 a) Arilsulfotransferases
 b)Hidroxiesteróides sulfotransferases
 c) Estrona sulfotransferases
 d)Sais biliares sulfotransferases
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 O dador de SO3- é o 3´-fosfoadenosina-5´-


fosfosulfato (PAPS) que é sintetizado a partir do
SO3 - inorgânico e do ATP.
 O processo envolve um ataque nucleofílico do
oxigénio do grupo fenólico ou do azoto do grupo
amina ao enxofre do PAPS com libertação do
ADP.
 Neste processo muitas vezes não se dá
desintoxicação mas sim intoxicação porque se
formam compostos instáveis que são potentes
electrófilos.
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 III-Metiltransferases
 Vários enzimas específicos e não específicos estão
envolvidos na transferência do H2S produzido por bactérias
anaeróbias no intestino. Este H2S é posteriormente metilado
a metanotiol que passa em seguida a dimetilsulfureto
 Os principais grupos funcionais que sofrem metilação são:
 1-aminas alifáticas e aromáticas
 2-N-heterociclos
 3-mono e polifenóis
 4-compostos contendo SH
 O coffactor que permite a metilação é S-
adenosilmetionina (SAM)
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 IV-N-acetiltransferases
 As arilaminas são biotransformadas por acetilação
da função amina.
 As enzimas que catalisam esta reacção têm como
cofactor o Acetilcoenzima A (CoA).
 São dois passos que permitem esta entrada do
grupo acilo. Num primeiro passo o grupo acilo do
CoA é transferido para a N-acetiltransferase
formando Acetil-N-acetil transferase.no segundo
passo dá-se a acetilação do grupo NH2 com
regeneração do enzima.
BIOTRANSFORMAÇÃO DE XENOBIÓTICOS
 V-N-acil transferases
 A conjugação de xenobióticos contendo o grupo
COOH com um ou vários NH2 é muito importante,
criando ligações peptídicas.
 O cofactor é também o CoA e o processo envolve
duas etapas.
 Na primeira etapa há activação do ácido por
intermédio de ATP e formação de um tioéter
derivado do CoA.
 Na segunda etapa o tioéter do CoA transfere o seu
grupo CO para o grupo amina aceitador.
 Os compostos formados são eliminados pela urina
BIOTRANSFORMAÇÃO DE XENOBIÓTICOS
 VI-Glutationa S-Tranferases
 Estes enzimas catalisam a etapa inicial da
formação de derivados do ácido mercaptúrico
(N-acetilcisteína).
 O cofactor deste processo é a Glutationa
(GSH), um tripeptido formado por glicina,
ácido glutâmico e cisteína.
 O enzima cataliza a reacção entre o S- da
glutationa com compostos contendo carbonos
electrofílicos, formando pontes tioéter.
 Este tipo de reacção tem sido incrementada,
nos últimos anos, devido à presença de um
grande número de xenobióticos
BIOTRANSFORMAÇÃO DE
XENOBIÓTICOS

 VII-Rodonase
 Este enzima mitocondrial está envolvido
na transformação do cianeto (CN) a
tiocianato, num processo de pura
desintoxicação.
 O mecanismo e o cofactor não são bem
conhecidos.
BIOTRANSFORMAÇÃO DE XENOBIÓTICOS

 INDUÇÃO DE ENZIMAS DE
BIOTRANSFORMÇÃO
 A indução de enzimas de biotransforamação
está dependente da repetida administração de
xenobióticos ou da exposição crónica aos
mesmos.
 Os principais indutores são os barbitúricos e
os Hidrocarbonetos Policíclos Aromáticos.
 Em termos de toxicidade a indução pode
como se viu induzir desintoxicação ou
intoxicação.
BIOTRANSFORMAÇÃO DE XENOBIÓTICOS

 Conney considerou que as principais interacções


produzidas por indutores são com :
 1-A estimulação da síntese do mRNA
 2-reguladores da função genética
 3-o retículo endoplasmático com a translação do
mRNA nos ribosomas
 4- a redução da Monooxigenase e aumento dos
factores inductivos endógenos
BIOTRANSFORMAÇÃO DE XENOBIÓTICOS

 Ex: O uso de Clordano como indutor


para protecção à intoxicação pelo
Paratião actua enquanto que o DDT não
o consegue
 Ex: o uso de fenobarbital origina um
aumento de toxicidade dos insecticidas
organofosfotionatos mas diminui a dos
organofosforados.
BIOTRANSFORMAÇÃO DE
XENOBIÓTICOS

 INIBIÇÃO DOS ENZIMAS DE


BIOTRANSFORMAÇÃO
 A inibição destes enzimas faz-se apenas com uma única
dose contrariamente à activação. A inibição implica:
 1- competitividade para os centros activos
 2-competitividade para os cofactores
 3-Inibição do transporte dos componentes
 4-Diminuição da biosíntese dos enzimas ou cofactores
 5-Mudanças alostéricas na conformação dos enzimas
 6-Perda do tecido funcional (necrose do fígado)
BIOTRANSFORMAÇÃO DE
XENOBIÓTICOS

 Bibliografia
 S.S.Deshpande, Handbook of Food
Toxicology, Marcel Dekker, Inc., New
York, 2002

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