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A Sociologia é a ciência que estuda as relações sociais, através da análise do


comportamento social e por meio das interações e organizações humanas.
A padronização das relações sociais afeta os pensamentos, ações e sentimentos
de todas as pessoas, ainda que elas não se dêem conta dessa interferência.
 !
Podemos distinguir três níveis de estruturas sociais, dispostas como círculos
concêntricos, que se interpenetram:
As ", que são formadas durante as interações face a face, se
configurando como relações sociais íntimas, como por exemplo, a família, os
círculos de amizade e de trabalho.
As ", que estão acima e fora dessas interações face a face, não
podendo ser circunscritas às relações de intimidade entre as pessoas. Podem ser
observadas em estruturas de classe e sistemas de poder como, por exemplo, o
patriarcalismo (sistema tradicional de desigualdade entre homens e mulheres).
As #, que se encontram acima e fora do nível nacional de
padrões das relações sociais e podem ser exemplificadas através das
organizações internacionais e das relações político-econômicas entre os países.
rês revoluções suscitaram o surgimento da imaginação sociológica e, por
tabela, da Sociologia:
A  $%&, a partir do século XVI, levou à exaltação da Razão, à
renúncia da explicação sobrenatural dos fenômenos, à aplicação do método
cientifico e ao abandono progressivo da autoridade e do dogmatismo. A partir
de então, as conclusões sobre o funcionamento da sociedade passaram a ser
feitas com base em evidencias empíricas e não em especulação.
A  $ , ocorrida no século XVIII, representada pela
Revolução Francesa de 1789 e pelos ideais de —  —  
   que
essa revolução defendia, suscitou a percepção de co-responsabilidade de cada
pessoa pela organização da sociedade e que os problemas sociais podem ser
resolvidos pela intervenção humana.
A  $%, iniciada por volta de 1780, fez surgir novos e graves
problemas sociais. O crescimento industrial ocasionou o êxodo rural, jornadas
de trabalho extenuantes e crescimento urbano caótico e desordenado, gerando
fome e miséria nas cidades, greves, crimes e até guerras. odos esses
problemas atraíram as atenções dos pensadores sociais.
´ no meio dessa efervescência de
acontecimentos que surge a
Sociologia. O termo foi
cunhado pelo pensador
francês ',
considerado por isso o
fundador dessa nova ciência.
Ele considerava ser possível o
estabelecimento de uma
͞física social͟ e que era
possível existir uma ciência da
sociedade nos mesmos moldes
das ciências exatas, cabendo à
Sociologia o estabelecimento
de leis gerais sobre a vida
social.

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A principal contribuição de Comte à Sociologia não é a essência de suas idéias,
mas sua defesa para que essa ciência fosse aceita como tal. Para tanto, ele
postula a (', para explicar que o conhecimento passa por
estágios diferentes e possui um caráter evolutivo.

)*' ʹ As considerações sobre o sobrenatural, religião e Deus é que


dominam o pensamento e as explicações sobre o mundo.(INFÂNCIA)
"&+ ʹ O pensamento filosófico substitui o sobrenatural na
explicação dos fenômenos. Nessa fase, desenvolve-se a matemática, a lógica e
outras sistemas neutros de pensamento. (JUVENUDE)
 ʹ A ciência passa a ser a forma hegemônica de conhecimento,
através da observação meticulosa dos fatos empíricos e do teste sistemático de
teorias. (MAURIDADE)

Para Comte este último é o principal momento da história de um povo.


 ›),›" - a característica essencial do positivismo, tal qual o concebeu
Comte, é a devoção à ciência, vista como único guia da vida individual e social,
única moral e única religião possível. Desse modo, em última análise, o
positivismo é compreendido como a "religião da humanidade".
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 (As regras do método sociológico
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.! %ʹ o fato social é comum a todos os membros de um grupo ou
à sua grande maioria.
/! 0 ʹ o fato social é externo ao indivíduo, existe
independentemente de sua vontade.
1!  ʹ os indivíduos se sentem pressionados a seguir o
comportamento estabelecido.
Sua contribuição mais significativa, no entanto, pode ser encontrada em sua
obra ÷     — —, onde fundamenta uma teoria das condições
da  (por ordem social entenda-se o conjunto de fatores que devem
existir para que a vida social seja possível e a sociedade não se desintegre). „
              
  
       (Durkheim,
1995: 50) e que é denominado de %(%. Este conjunto cria um
sistema próprio, que subsiste independente das consciências individuais e que
evolui segundo leis próprias, não sendo, portanto, a simples expressão ou o
efeito das consciências individuais. Em outras palavras: %(%2
+#34202
3% 3''3'3!
Para Durkheim, o que cumpre a função de $ é a solidariedade e, segundo ele,
pode ser de dois tipos:

"5%ʹ ´ característica das sociedades segmentadas, onde há pouca


diferenciação entre os indivíduos e, por isso mesmo, baseia-se na semelhança entre as
consciências individuais, que é dada por uma consciência coletiva bastante arraigada.
Onde impera esse tipo de solidariedade, a sociedade é orientada por imperativos e
proibições sociais.

 '5%ʹ ´, por sua vez, característica das sociedades organizadas e


heterogêneas ʹ as sociedades modernas. Chama-se orgânica em analogia aos organismos
biológicos complexos, onde cada órgão possui sua função própria e o bem-estar depende
do bom desempenho de cada função em particular. Aqui, observa-se uma redução da
influência da consciência coletiva.

Concluímos, portanto, que r rr  r


      
   r    rr rr  r rr  
   —      —        
    (urner, 1999: 7), tornando-se mais generalizada para poder
regular quaisquer indivíduos, independente do seu grau de especialização e de sua
posição na sociedade.

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O principal alvo de seus estudos é o  e as relações resultantes desse
modo de produção. Por isso, considerava a organização econômica de uma
sociedade a base de sustentação dessa sociedade, chamada por ele de
%&6.
A partir disso, é que se originavam as outras instâncias da sociedade, como a
cultura e a política, os valores e ideais, chamados por Marx de 
.
Para ele, era a infra-estrutura que determinava como a superestrutura seria, ou
seja, é a economia quem dita as ͞regras do jogo͟ nas sociedades capitalistas.
Por conta disso, a grande contradição que permeia a vida social reside nas
relações entre os detentores ou não dos meios de produção. Isso porque quem
possui o capital econômico, buscará aumentar cada vez mais seus lucros, sem
preocupar-se com a massa crescente de trabalhadores, gerando com isso
péssimas condições de trabalho e salários baixos, dentre outras coisas.  
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#—   $    —       
     —  — "%—  —     
&  r r' (Brym, 2006: 17).
A cristalização dessa consciência de classe levaria a uma mobilização crescente
do segmento proletário, através de sindicatos e partidos de trabalhadores.
O acirramento das desigualdades entre #', com a
crescente exploração do primeiro pelo segundo, levaria a classe trabalhadora,
em algum momento da história, por meio da , a extinguir a
propriedade privada e a pôr fim a esse regime de —  —
.
Em outras palavras,   r r   r r rr r r
   rrr  rr  rr

r
     
Marx considerava, por fim, que a luta de classes desembocaria num processo de
mudança social profunda, onde toda propriedade e riqueza existente seriam
compartilhadas por todos, e a sociedade capitalista deixaria de existir, dando
lugar à %.
Os principais conceitos de sua teoria estão expostos em „
   
  (1848)escrito com Frederich Engels; e „   —(1867-1894), sua
obra mais importante. ´ nesta obra que Marx expõe de maneira mais taxativa o
colapso inevitável do capitalismo e a criação de uma sociedade sem classe,
calcada na produção segundo as necessidades humanas e não na busca pelo
lucro.
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Considerado por muitos como o pai da sociologia alemã, Max Weber (1864-
1920) influenciou de forma decisiva o desenvolvimento da sociologia em todo o
mundo. Weber defendeu arduamente que a análise sociológica deveria ser
isenta de juízo de valor (neutralidade axiológica). Entretanto, ponderava que a
história social de cada indivíduo influenciava na escolha do tema de estudo,
mas que os valores morais e as crenças individuais não deveriam influenciar na
coleta e análise dos dados. Cria uma sociologia interpretativa e propunha que a
análise sociológica deveria levar em consideração tanto as experiências dos
atores sociais como os sistemas sócio-culturais, nos quais esses atores estejam
inseridos. Weber via a racionalização da vida como sendo a característica
central da modernidade. Para ele, o %%%% era uma
característica distintiva da cultura ocidental, onde o racionalismo cientifico e
burocrático substituía a autoridade religiosa.
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A ética
protestante e o espírito do capitalismo,  4 
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Aeber observou rápido crescimento do µsetor de serviços¶ da
economia, com seus muitos trabalhadores intelectuais e profissionais.
Ele argumentou que muitos membros desses grupos ocupacionais
estabilizam a sociedade porque têm um    e uma renda mais alta
do que os trabalhadores braçais empregados no setor manufatureiro.
Além disso, Aeber mostrou que a luta de classes não é a única força
motriz da história: de acordo com ele, a política e a religião também
são fontes importantes de mudança histórica AB
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