O Conhecimento Humano:

o que vemos e o que

conhecemos?

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07 de Dezembro de 2012
Tutor: Pedro Gabriel
 Afinal, como
conhecemos?
Com que critrios
selecionamos o
que, para ns,
verdadeiro?
 VERDADE
(por Carlos Drummond de
Andrade)

A porta da verdade estava

aberta,
mas s deixava passar
meia pessoa de cada vez.
(...)
 VERDADE
(por Carlos Drummond de
Andrade)
(...)
Assim no era possvel
atingir toda a verdade,
porque a meia pessoa que
entrava
s trazia o perfil de meia
verdade.
E sua segunda metade
voltava igualmente com
meio perfil.
E os meios perfis no
coincidiam.
 VERDADE
(por Carlos Drummond de
Andrade)

(...)
Arrebentaram a porta.
Derrubaram a porta.
Chegaram ao lugar
luminoso
onde a verdade esplendia
seus fogos.
Era dividida em metades
diferentes uma da outra.
(...)
 VERDADE
(por Carlos Drummond de
Andrade)

(...)
Chegou-se a discutir qual a
metade mais bela.
Nenhuma das duas era
totalmente bela.
(...)
 VERDADE
(por Carlos Drummond de
Andrade)

(...)
E carecia optar.
(...)
 VERDADE
(por Carlos Drummond de
Andrade)

(...)
Cada um optou conforme
seu capricho, sua iluso,
sua miopia.
Dentre as concepes metafsicas de
verdade temos a principal delas: a
verdade como adequao.

Verdadeiro o discurso que diz as

coisas como so; falso aquele que as
diz como no so.
Plato - Crtilo

Negar aquilo que , e afirmar

aquilo que no , falso, enquanto
afirmar o que e negar o que no
, a verdade.
Aristteles - Metafsica
 A INCAPACIDADE DE SER
VERDADEIRO
(portinha
Paulo Drummond)
fama de
mentiroso. Um dia chegou em
casa dizendo que vira no
campo dois drages da
independncia cuspindo fogo
e lendo fotonovelas. A me
botou-o de castigo, mas na
semana seguinte ele veio
contando que cara no ptio da
escola um pedao de lua.
Desta vez Paulo no s ficou
sem sobremesa, como foi
 A INCAPACIDADE DE SER
VERDADEIRO
(por o
(...) Quando Drummond)
menino voltou
falando que todas as
borboletas da Terra passaram
pela chcara de Si Elpdia e
queriam formar um tapete
voador para transport-lo ao
stimo cu, a me decidiu
lev-lo ao mdico. Aps o
exame, o Dr. Epaminondas
abanou a cabea:

- No h nada a fazer, Dona

FIM