O documento discute a natureza sociológica do conflito de acordo com Georg Simmel. Afirma que o conflito é uma forma pura de sociação, necessária à vida do grupo e à mudança social. O conflito pode se expressar através da competição, do segredo e da luta, e serve para integrar o grupo ao eliminar diferenças. Contudo, só produz estrutura social quando acompanhado de forças unificadoras, excluindo a aniquilação do outro.
Original Description:
A natureza Sociológica do conflito tratando sobre a conflitualidade
O documento discute a natureza sociológica do conflito de acordo com Georg Simmel. Afirma que o conflito é uma forma pura de sociação, necessária à vida do grupo e à mudança social. O conflito pode se expressar através da competição, do segredo e da luta, e serve para integrar o grupo ao eliminar diferenças. Contudo, só produz estrutura social quando acompanhado de forças unificadoras, excluindo a aniquilação do outro.
O documento discute a natureza sociológica do conflito de acordo com Georg Simmel. Afirma que o conflito é uma forma pura de sociação, necessária à vida do grupo e à mudança social. O conflito pode se expressar através da competição, do segredo e da luta, e serve para integrar o grupo ao eliminar diferenças. Contudo, só produz estrutura social quando acompanhado de forças unificadoras, excluindo a aniquilação do outro.
A sociedade s possvel como uma resultante das aes e
reaes dos indivduos entre si, isto , por suas interaes.
SOCIAO - atravs das mltiplas interaes de uns-
com-os-outros, contra-os-outros e pelos-outros, que se constitui a sociedade, como realidade inter-humana. O conflito Forma pura de sociao e to necessria vida do grupo e sua continuidade quanto o consenso.
O CONFLITO no patolgico nem nocivo vida
social, pelo contrrio, condio para sua prpria manuteno, alm de ser o processo social fundamental para a mudana de uma forma de organizao para outra. O conflito Suas expresses 1) A COMPETIO A forma indireta do conflito Caracterstica sociolgica: na competio o conflito indireto. Difere de formas de conflito;
Valor da competio: funo sociativa e civilizadora
Elemento Estruturador: O poder unificador do princpio do
conflito - maior fora quando produz uma associao temporal ou real em circunstncias de competio ou de hostilidade. Coeso de um grupo se d quando se une contra outro. O conflito Suas expresses
2) O SEGREDO As relaes dos homens entre si descansam no que sabem algo uns dos outros.
A sociedade se estabelece necessita de uma certa
quantidade de segredo e de revelao para poder existir. O CONFLITO / A LUTA Elementos dissociativos so a causa da luta (o dio, o desejo, a necessidade e o desejo); Contudo, uma forma de chegar UNIDADE As relaes entre as pessoas so constitudas por aquelas que formam a unidade e as que so contra a unidade (ambas fazem parte); A UNIDADE do indivduo no acontece s a partir O CONFLITO / A LUTA A UNIDADE do indivduo no acontece s a partir dos contedos harmnicos segundo lgicas objetivas, religiosas ou ticas; A CONTRADIO e a LUTA no s precedem a esta unidade como tambm atuam em todos os momentos de sua existncia; Foras de AMOR e DIO; ATRAO e REPULSO constituem a unidade; Logo, a sociedade precisa de uma relao quantitativa de HARMONIA e DISCRDIA. O CONFLITO / A LUTA O conflito como FORA INTEGRADORA do grupo. Exemplo: o matrimnio (desgostos, desentendimentos, polmicas, paixo, cumplicidade);
HOSTILIDADES permitem que pouco a pouco v
se eliminando as diferenas dentro do grupo, como, tambm, so sociologicamente produtivas; O CONFLITO / A LUTA OPOSIO O que nesta vida aparece imediatamente como dissociao, , na realidade, uma das formas de socializao, a exemplo das grandes cidades . Assim tambm a alma individual: a UNIDADE DA ALMA realizada sempre na diferena, na complexidade (sentimentos mesclados, reunio de instintos variados). Mas, para observador entender isto, obrigado ao construir essa unidade como resultante de mltiplos elementos. Ex: a relao ertica. O CONFLITO / A LUTA O antagonismo, por si s, no uma forma de Sociao. Ex: O bandido (assassino) e sua vtima: relao de aniquilamento. Aqui a relao ZERO.
A questo : se h limites para a violncia, h a
possibilidade de se encontrar um aspecto socializador. SNTESES CONFLITO como SOCIAO unidade do positivo e do negativo; Contradio e conflito precedem a unidade e operam nela; UNIDADE compreende: - Combinao de consenso e discordncia, convergncia e divergncia nas interaes - Sntese total do grupo de pessoas em relaes unitrias e duais - Conflito como forma de interao do grupo. Ex. do matrimnio. - As Hostilidades e a oposio como necessrias para a sobrevivncia do grupo e para proteger e preservar a relao SNTESES
Vida urbana moderna: como imagin-la sem conflitos
As relaes sociais so constitudas pelas homogeneidade e heterogeneidade simultneas numa sociao O conflito por si s no produz uma estrutura social, mas s quando junto com as foras unificadoras A aniquilao do outro, com objetivo ltimo da luta, exclu os elementos de unificao. preciso limite violncia DIVERGNCIA E HARMONIA ENTRELAADOS. II OS CONFLITOS E A VIVNCIA PBLICA O conflito ser eventualmente presenciado, a depender das circunstncias; ou, mesmo no presenciado, ser narrado, contado pelo diretamente envolvidos ou por aqueles que o presenciaram; H, neste sentido, diversas formas de participar como pblico. O pblico se apropria dos conflitos e os torna matria prima da construo de um campo de comunicao e de uma comunidade moral. A participao suscitada pelo conflito vai se formando a partir das narrativas mais abertas ou mais sussurrantes, dos ditos e dos no ditos, das fofocas e dos silncios, formando um xadrez comunicativo que a comunidade saber interpretar na medida em que emerge como comunidade em seu repertrio de noes, cdigos e opinies. II OS CONFLITOS E A VIVNCIA PBLICA O pblico se apropria dos conflitos e os torna matria prima da construo de um campo de comunicao e de uma comunidade moral.
A participao suscitada pelo conflito vai se formando
a partir das narrativas mais abertas ou mais sussurrantes, dos ditos e dos no ditos, das fofocas e dos silncios, formando um xadrez comunicativo que a comunidade saber interpretar na medida em que emerge como comunidade em seu repertrio cultural de noes, cdigos e opinies. II OS CONFLITOS E A VIVNCIA PBLICA A unidade de cada parte que conflita no dada a priori, mas construda ao longo da vivncia do conflito. Ao se falar de conflito, inevitavelmente invocamos juntos, nem sempre de maneira expressa, a noo ou o problema da violncia. Distingue-se o conflito da violncia. O conflito pode ser referido como um modo de relao social na qual a violncia pode ser instrumento de ao. Violncia aparece costumeiramente como algo que se imputa ao outro e que, em regra, serve para desqualificar um ato. De certa forma, violncia se ope ao conflito, pois nesse mbito a troca de agresses dotada de legitimidade.