O documento discute a teoria de Gramsci sobre o Estado. Ele argumenta que o Estado não é apenas um aparato de coerção, mas um instrumento para obter o consentimento das massas através da sociedade civil. Gramsci também discute a importância da hegemonia cultural e dos intelectuais na manutenção do domínio de classe.
O documento discute a teoria de Gramsci sobre o Estado. Ele argumenta que o Estado não é apenas um aparato de coerção, mas um instrumento para obter o consentimento das massas através da sociedade civil. Gramsci também discute a importância da hegemonia cultural e dos intelectuais na manutenção do domínio de classe.
O documento discute a teoria de Gramsci sobre o Estado. Ele argumenta que o Estado não é apenas um aparato de coerção, mas um instrumento para obter o consentimento das massas através da sociedade civil. Gramsci também discute a importância da hegemonia cultural e dos intelectuais na manutenção do domínio de classe.
A obra terica de Gramsci foi produzida em meio ao contexto da grande crise
vivida pelo capitalismo nos anos 20 e 30 do sculo passado e das lutas contra o nazifascismo na Europa.
Trata-se de uma obra militante, por excelncia, voltada a contribuir, de forma
original, para o programa estratgico revolucionrio dos comunistas na Itlia e em todo o mundo.
O pensamento poltico de Gramsci, portanto, est essencialmente
vinculado a um projeto revolucionrio, na lgica da luta de classes. O Estado
O Estado no se apresenta apenas como um aparato poltico-militar pelo qual a
classe dominante organiza a coero sobre o conjunto dos indivduos, mas como um instrumento ampliado da dominao de classe que, alm de deter o monoplio da represso e da violncia, capaz de fazer valer os interesses dominantes atravs do convencimento, da persuaso, da conquista do consentimento por parte dos dominados, para o que muito contribuem os organismos privados da sociedade civil como as escolas, as igrejas, os sindicatos, os meios de comunicao de massa, etc. na elaborao e difuso da ideologia burguesa. Ocidente, oriente e o Estado
Nas sociedades orientais, como aquelas analisadas concretamente por Marx
e Lnin em suas obras, a dominao burguesa exercida essencialmente atravs da violncia policial controlada pelo Estado. J Gramsci esforou-se, em seus estudos, para desvendar a realidade de uma sociedade ocidental, no sentido de uma sociedade de capitalismo plenamente desenvolvido, onde ocorrem transformaes sociais de vulto, como a formao de grandes sindicatos e partidos polticos de massa, a conquista do sufrgio universal, etc., que obrigam a classe dominante a tentar exercer seu domnio no apenas atravs da coero, mas buscando o consentimento de parcelas significativas dos dominados, por meio da hegemonia, para o que os aparelhos hegemnicos privados citados anteriormente cumprem papel decisivo. A hegemonia
A hegemonia seria a capacidade de um grupo social unificar em
torno de seu projeto poltico um bloco mais amplo no homogneo, marcado por contradies de classe. O grupo ou classe que lidera este bloco hegemnico porque consegue ir alm de seus interesses econmicos imediatos, para manter articuladas foras heterogneas, numa ao essencialmente poltica, que impea a irrupo dos contrastes existentes entre elas. Novamente o Estado
Para Gramsci, o Estado todo o complexo de atividades prticas e tericas
com as quais a classe dirigente no s justifica e mantm no s seu domnio, mas consegue obter o consentimento ativo dos governados
A dominao poltica no vista apenas como coero verticalizada por parte
dos aparelhos de poder, numa via de mo nica, mas como uma relao difundida pelo conjunto da sociedade civil, pela qual os dominados no aparecem como meros agentes passivos, pois, em diversos momentos, assumem como sua a ideologia dominante ou, pelo contrrio, organizam resistncia e oposio a ela.
O Estado o espao onde se concentra, na forma mais avanada possvel nas
sociedades ocidentais, a luta de classes. Concepo ampliada de Estado
So os intelectuais que mantm coeso o Bloco Histrico, os que elaboram a
hegemonia da classe dominante, que sem os intelectuais no poderia ser dirigente.
A hegemonia do grupo dominante, portanto, construda dentro de um
processo que articula instituies, relaes sociais e ideias, no que se destaca a ao de intelectuais comprometidos em elaborar e difundir a viso de mundo a ser universalizada, os chamados intelectuais orgnicos. Seu papel fundamental no estabelecimento do consenso espontneo a ser dado pelas massas orientao da faco dominante para a vida social, procedimento favorecido pela posio de prestgio historicamente conquistada pelo grupo em virtude do seu lugar de destaque no mundo da produo. Intelectuais orgnicos e tradicionais
Segundo Gramsci, a atividade intelectual aparece diferenciada, em dois nveis,
basicamente. Num primeiro plano, a dos intelectuais orgnicos, nascidos com o desenvolvimento da vida urbana sob o capitalismo, a confundirem-se cada vez mais com o estado-maior da produo industrial, integrados no trabalho de elaborao e difuso da ideologia dominante, no processo de construo da hegemonia poltica e cultural. Num nvel secundrio, h os intelectuais tradicionais, surgidos na formao socioeconmica anterior, com uma atuao mais vinculada ao mundo rural, tambm responsveis pela mediao poltica entre a administrao estatal e a populao camponesa; so os membros do clero, os advogados, professores, tabelies, etc. Luciano Gruppi afirma que tal distino entre intelectuais orgnicos e tradicionais tende a desaparecer com o desenvolvimento do capitalismo monopolista, os segundos sendo absorvidos pelos primeiros O Partido
Na luta hegemnica, o partido poltico , para Gramsci, o organismo social
responsvel pela organizao da ampla reforma intelectual e moral pretendida, pois configura-se como a primeira clula na qual se aglomeram germes da vontade coletiva que tendem a se tornar universais e totais, no sentido da transformao social a ser conquistada.
O papel bsico do partido operrio contribuir para a elevao da conscincia
de classe, superando os marcos dos interesses puramente imediatos, economicistas, corporativos, para o nvel da viso global da realidade, forjando, desta feita, uma vontade coletiva nacional-popular64, capaz de hegemonizar um projeto poltico nacional de construo da sociedade socialista.
Educacao Politecnica Como Alternativa - Teoria e Práxis e o Antagonismo Entre A Formação Politécnica e As Relações Sociais Capitalistas - Texto - Gudencio - Frigotto