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Biografia
• 1882 A 18 de Abril, em Taubaté, nasce José Renato Monteiro Lobato
(o segundo nome, depois, foi substituído por Bento), filho de José Bento
Marcondes Lobato e Olímpia Augusta Monteiro Lobato.
• 1900 Ingressa na Faculdade de Direito de São Paulo, por imposição
da família; participa de grupos e jornais literários; entre os primeiros, destaca-
se Minarete.
• 1907 Nomeado promotor público, transfere-se para Areias, cidade do
interior paulista, colabora na imprensa, dedica-se a traduções.
• 1908 Casa-se com Maria Pureza da Natividade.
• 1911 Herda do avô, o visconde de Tremembé, a fazenda Buquira, e
transforma-se em fazendeiro.
• 1917 Estudantes de São Paulo criam a Liga Nacionalista; greve operaria pára
a cidade em julho. Lobato vende a fazenda a muda-se para São Paulo. Exposições de
Anita Malfatti abre caminho para o Modernismo. A 20 de dezembro o autor publica em
O Estado de S. Paulo o artigo “A Propósito da Exposição Malfatti”, onde critica os
quadros da pintora, o que lhe custará a ruptura com os lideres da Semana de Arte
Moderna de 22.
• 1918 Fim da Primeira Guerra Mundial. Lobato compra a Revista do Brasil e
funda a Editora Monteiro Lobato, dinamizando o mercado editorial brasileiro.
• 1926 Movimento Verde Amarelo que, no ano seguinte, faria surgir o Movimento
da Anta. Lobato muda-se para Nova York, onde ficará até 1931, desempenhando as
funções de adido comercial brasileiro.
• “Editar é o que existe de mais sério para um país. Editar significa multiplicar
as idéias ao infinito, e transformá-las em sementes soltas ao vento, para
que germinem onde quer que caiam”, dizia Monteiro Lobato, convencido da
importância do livro na construção e consolidação da cultura de um povo.
Mas Lobato também sabia que não bastava publicar. Era preciso levar o
livro até o leitor.
"Nada de imitar seja lá quem for. (...) Temos de ser nós mesmos (...) Ser núcleo de
cometa, não cauda. Puxar fila, não seguir." (Carta a Godofredo Rangel, São Paulo,
15/11/1904)
"Porque tenho sido tudo, e creio que minha verdadeira vocação é procurar o que valha a
pena ser." (Carta a Godofredo Rangel, Nova York, 28/11/1928)
"No fundo não sou literato, sou pintor. Nasci pintor, mas como nunca peguei nos pincéis
a sério, arranjei, sem nenhuma premeditação, este derivativo de literatura, e nada
mais tenho feito senão pintar com palavras." (Carta a Godofredo Rangel, Areias,
6/7/1909)
"Continuo traduzindo. A tradução é minha pinga. Traduzo como o bêbado bebe: para
esquecer, para atordoar. Enquanto traduzo, não penso na sabotagem do petróleo.“
(Carta a Godofredo Rangel, São Paulo, 15/4/1940)
"Há dois modos de escrever. Um, é escrever com a idéia de não desagradar ou chocar
ninguém (...) Outro modo é dizer desassombradamente o que pensa, dê onde der, haja
o que houver - cadeia, forca, exílio." (Carta a João Palma Neto, São Paulo, 24/1/1948)
"Depois que me vi condenado a seis meses de prisão, e posto numa cadeia de assassinos
e ladrões só porque teimei demais em dar petróleo à minha terra, morri um bom pedaço
na alma." (Carta a Godofredo Rangel, São Paulo, 17/9/1941)
"Passei nesta prisão, General, dias inolvidáveis, dos quais me lembrarei com a maior
saudade. Tive o ensejo de observar que a maioria dos detentos é gente de alma muito
mais limpa e nobre do que muita gente de alto bordo que anda à solta." (Carta a Horta
Barbosa, presidente do Conselho Nacional do Petróleo, abril de 1941)
“Não vejo razão para não continuar considerando
Monteiro Lobato como uma das muitas lendas
maravilhosas inventadas por ele próprio. A lenda dum
homem dinâmico num país apático; de um homem vivo
num povo cuja maior parte está semimorta porque tem
sido abandonada, porque vegeta subalimentada, sem
escolas, sem hospitais, sem nada; dum homem de
espírito a bradar revoltado em meio da mediocridade ou
da indiferença.”
Érico Veríssimo
Referências Bibliográficas
LAJOLO, Maria (org.) Literatura comentada: Monteiro
Lobato. 2.ed. São Paulo: Nova Cultura, 1988.
LOBATO, Monteiro. Urupês. 35.ed. São Paulo: Brasiliense,
1991.
http://www.lobato.com.br/. Acessado em: 06 de Nov. 2008
http://projetomemoria.art.br/. Acessado em: 06 de Nov. 2008.