You are on page 1of 31

SIGNIFICADO FÍSICO DAS SOLUÇÕES

COMPLEMENTAR E PARTICULAR

A forma da solução complementar (ou homogênea) –


yH(t) é determinada completamente pelas raízes da
equação característica, que dependem somente do
circuito.

Se não existe fonte externa para t>0, o que ocorre


quando o circuito é excitado somente por alguma
energia inicial armazenada ou, da mesma forma, sujeito
a uma função impulso em t = 0, então yP(t) = 0 e yH(t) é a
solução completa.
SIGNIFICADO FÍSICO DAS SOLUÇÕES
COMPLEMENTAR E PARTICULAR

Desde que a solução complementar/homogênea


representa o comportamento do circuito quando a
fonte está morta, ela também é chamada de “Resposta
Livre”.

A resposta livre pode ser analisada observando-se as


raízes da equação característica.
SIGNIFICADO FÍSICO DAS SOLUÇÕES
COMPLEMENTAR E PARTICULAR
Raiz real negativa:
1t
r1  1  yH (t ) contém : K1 , 1  1 / 
SIGNIFICADO FÍSICO DAS SOLUÇÕES
COMPLEMENTAR E PARTICULAR
Raiz real positiva:

 2t
r2   2  yH (t ) contém : K 2 , 2  1/ 
SIGNIFICADO FÍSICO DAS SOLUÇÕES
COMPLEMENTAR E PARTICULAR
Raiz na origem:

r3  0  y H (t ) contém : K 3 0t  K 3
SIGNIFICADO FÍSICO DAS SOLUÇÕES
COMPLEMENTAR E PARTICULAR
Raízes complexas conjugadas, parte real negativa:

r4   4  j 4 , r5   4  j 4 
 4t
yH (t ) contém : K 4 cos(  4t  4 )
SIGNIFICADO FÍSICO DAS SOLUÇÕES
COMPLEMENTAR E PARTICULAR
Raízes complexas conjugadas, parte real = 0:

r6   j 6 , r7   j 6 
yH (t ) contém : K 6 cos(  6t  6 )
SIGNIFICADO FÍSICO DAS SOLUÇÕES
COMPLEMENTAR E PARTICULAR
Raízes complexas conjugadas, parte real positiva:

r8  8  j8 , r9   8  j8 
 8t
yH (t ) contém : K8 cos( 8t  8 )
SIGNIFICADO FÍSICO DAS SOLUÇÕES
COMPLEMENTAR E PARTICULAR
Raízes repetidas, reais, negativas:

r10  r11  10 


10t
yH (t ) contém : ( K10  K11t )
SIGNIFICADO FÍSICO DAS SOLUÇÕES
COMPLEMENTAR E PARTICULAR
Raízes repetidas, reais, na origem:

r12  r13  0 
yH (t ) contém : ( K12  K13t )
SIGNIFICADO FÍSICO DAS SOLUÇÕES
COMPLEMENTAR E PARTICULAR
Raízes repetidas, reais, positivas:

r14  r15  14 


14t
yH (t ) contém : ( K14  K15t )
SIGNIFICADO FÍSICO DAS SOLUÇÕES
COMPLEMENTAR E PARTICULAR

A partir daí, as coisas começam a ficar muito


complicadas! Vamos parar por aqui.

Um circuito é dito ser instável se sua resposta livre


cresce sem limite quando t se aproxima do infinito. Um
circuito instável tem pelo menos uma raiz da equação
característica no semiplano aberto da direita, ou raízes
repetidas no eixo imaginário. Circuitos instáveis não são
desejáveis!
SIGNIFICADO FÍSICO DAS SOLUÇÕES
COMPLEMENTAR E PARTICULAR

A forma da solução particular é determinada pela forma


da entrada. A resposta forçada depende tanto da entrada
quanto dos elementos do circuito. Pode acontecer que o
circuito simplesmente não responda a um determinado
componente da entrada. Ou, o circuito influencie a
resposta forçada, quando um termo desta se iguala a um
termo da resposta livre, ou seja, o circuito está sendo
excitado em um dos seus modos naturais. Isto é
indicado matematicamente pelo fator multiplicativo t.
SIGNIFICADO FÍSICO DAS SOLUÇÕES
COMPLEMENTAR E PARTICULAR

A magnitude e a forma da resposta forçada e a forma da


resposta livre são independentes de qualquer energia
inicial armazenada no circuito. Esta energia influencia
nas constantes arbitrárias.
TRANSITÓRIO E ESTADO ESTÁVEL

Ao invés de dividir a resposta de um circuito em livre e


forçada, ela pode ser dividida em resposta transitória e
resposta no estado estável:

y(t )  yT (t )  yss (t )
A componente transitória é a parte da solução que decai
para zero quando t cresce. A componente do estado
estável são os termos que permanecem após o termo
transitório desaparecer.
Se todas as raízes da equação característica estão no
semiplano aberto da esquerda e se a resposta forçada
não se anula quando t tende para infinito, então:

yT (t )  yH (t ) e yss (t )  yP (t )
ESTADO ESTÁVEL DC

Assumindo que todas as entradas são fontes dc e que


a resposta livre yH(t) decai para zero, yP(t)=yss(t). Então
todas as tensões e correntes têm valores constantes
no estado estável. Desde que a derivada de uma
constante é zero, iC(t)=vL(t)=0. Assim, a capacitância ou
indutância pode ser substituída por um circuito aberto
ou curto-circuito, respectivamente.
ESTADO ESTÁVEL DC

Exemplo: no circuito abaixo, a chave K esteve fechada


por um tempo muito grande, de modo que qualquer
transitório já terminou. Se K abrir em t = 0, ache a
tensão na chave [eK(t)] para t > 0.

eK (t )  10  15 3t / 2
, para t  0.
ESTADO ESTÁVEL DC

Exemplo: no circuito abaixo, a chave K esteve fechada


por um tempo muito grande, de modo que qualquer
transitório já terminou. Se K abrir em t = 0, ache a
tensão no capacitor [eC(t)] para t > 0.
ESTADO ESTÁVEL DC

No estado estável (steady state), com a chave fechada,


o indutor e o capacitor podem ser substituídos por um
curto-circuito e um circuito aberto, respectivamente.

Assim:

i1 (0 )  i2 (0 )  16 / 4  4; iL (0 )  4  10 / 5  6



eC (0 )  8
ESTADO ESTÁVEL DC
Logo após a chave abrir:
i2 (0  )  iL (0  )  6; i1 (0  )  [16  eC (0  )] / 2  4; iC (0  )  2
Equações para os nós C e B:
1 1 deC 1
(eC  16)   (eC  eB )  0
2 8 dt 2
1
(eB  eC )  2  eB dt
2
ou
1 deC 1
 eC  eB  8
8 dt 2
1 deC 1 deB
   2e B  0
2 dt 2 dt
1 d 2 eC deC
2
  4eC  32
8 dt dt
ESTADO ESTÁVEL DC
Equação característica:
1 2
r  r  4  0  r 2  8r  32  0
8
r1  4  j 4, r2  4  j 4 
eC (t ) H    4t [ K1sen(4t )  K 2 cos( 4t )]
eC (t ) P  8
eC (t )  8    4t [ K1sen(4t )  K 2 cos( 4t )]
Como eC (0  )  8  K 2  0
deC
 K1  4t [4 cos( 4t )  4sen(4t )]
dt
 deC  1
Como iC (0 )  2  (0 )  iC (0  )  16  K1  4
dt C
RESPOSTA FORÇADA A  st

A forma geral de uma equação diferencial relacionando a


saída à entrada de um circuito é:
dny dy d mx dx
an n  ...  a1  a0 y  bm m  ...  b1  b0 x
dt dt dt dt
Se x(t) tem a forma est, com s sendo um parâmetro
independente e constante em relação a t, a resposta yP(t)
tem a forma H(s) est, onde H(s) é um fator multiplicativo,
que depende de s mas não de t. Substituindo yP(t):

(an s n  ...  a1s  a0 ) H ( s) st  (bm s m  ...  b1s  b0 ) st 


bm s  ...  b1s  b0
m
H ( s) 
an s n  ...  a1s  a0
RESPOSTA FORÇADA A  st

Notar que H(s) é o quociente entre dois


polinômios em s e que os coeficientes do
numerador e do denominador são idênticos aos
coeficientes do lado direito e esquerdo,
respectivamente, da equação diferencial inicial.
H(s), por isto, é chamado “Função de circuito”, e
pode ser escrito diretamente da equação
diferencial do circuito.
RESPOSTA FORÇADA A  st

Exemplo: considerando a equação abaixo como


relacionada à entrada e saída de um circuito, ache a
resposta para a entrada forçada i1(t) = e-t.

de0 1
C  e0  i1
dt R
A função de circuito é:

1 R
H ( s)  
sC  1 / R 1  sRC
RESPOSTA FORÇADA A  st

Assim, a resposta forçada para i1(t) = est é:

R
e0 (t ) P   st

1  sRC

Quando s = -1, i1(t) = e-t e:

R
(e0 ) P   t

1  RC
RESPOSTA FORÇADA A  st

O parâmetro s pode ser real ou complexo!

Teorema: se yP(t) é a resposta forçada à entrada


complexa x(t), a resposta forçada à parte real de x(t) é a
parte real de yP(t). O mesmo vale para a parte imaginária.

Exemplo: para a mesma equação anterior, ache a


resposta forçada à entrada i1(t) = cos(t).
Da identidade de Euler:

jt
  cos(t )  jsen(t )
RESPOSTA FORÇADA A  st

Como vemos, o cosseno é a parte real de ejt. Fazendo s =


j:
R jt
(e0 ) P  
1  jRC
Racionalizando:

R(1  jRC ) jt


(e0 ) P   
1  (RC ) 2

R
(e0 ) P  (1  jRC )[cos(t )  jsen(t )]
1  (RC ) 2
RESPOSTA FORÇADA A  st

R
(e0 ) P  (1  jRC )[cos(t )  jsen(t )];
1  (RC ) 2

R
(e0 ) P  [cos(t )  RCsen (t )] 
1  (RC ) 2

R
j [ sen(t )  RC cos(t )]
1  (RC ) 2

A resposta forçada para i1(t) = cos(t) é a parte real da


expressão anterior:

R
(e0 ) P  [cos(t )  RCsen (t )]
1  (RC ) 2
RESPOSTA FORÇADA A  st
Exemplo: achar a resposta particular da equação
diferencial:

d2y dy
2
 4  4 y  sen(2t )
dt dt
2
d y dy jt
 4  4 y  Im{  }   st

dt 2 dt
1
H ( s)  2
s  4s  4
1
y P (t )  H ( s)  2
st
 st
s  4s  4
1 jt
Como s  j  y P (t )  
4   2  4 j
RESPOSTA FORÇADA A  st

Racionalizando e aplicando a identidade de Euler:

 (4   2 )  j 4 
yP (t )  Im g  [cos(t )  jsen(t )]
 (4   )  16
2 2 2

Assim:

(4   2 ) 4
yP (t )  sen(t )  cos(t )
(4   )  16
2 2 2
(4   )  16
2 2 2
RESPOSTA FORÇADA A  st

Como  = 2:

1
y P (t )   cos( 2t )
8
Que é o mesmo resultado encontrado para o exercício
06, das Transparências 17.

You might also like