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Universidade Federal de Mato Grosso

Faculdade de Engenharia Elétrica


Disciplina de Qualidade da Energia Elétrica

Qualidade da Energia Elétrica

Prof. Fabricio Parra Santilio


E-mail: parra@ufmt.br

Cuiabá, setembro de 2014


Universidade Federal de Mato Grosso
Faculdade de Engenharia Elétrica
Disciplina de Qualidade da Energia Elétrica

As situações transitórias em sistemas de potência são


comuns e, na prática, podem ser ocasionadas por:

 descargas atmosféricas;
 correntes de magnetização de transformadores;
 faltas sustentadas;
 correntes de partida de grandes motores;
 chaveamentos de capacitores em linhas de
transmissão;
 etc.
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Estes distúrbios que ocorrem nos sistemas podem


provocar inúmeras interferências indesejáveis como:
 acionamento indevido de relés;
 mau funcionamento de equipamentos sensíveis;
 distorções em equipamentos de medição;
 podendo chegar até mesmo a interrupção do
fornecimento de energia.

Tudo isto resulta em um efeito econômico não


desprezível, acarretando em prejuízos tanto às
concessionárias como aos consumidores.
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Atualmente, com a proliferação de equipamentos


eletrônicos sofisticados, exige-se cada vez mais
qualidade no sinal elétrico entregue pelas
concessionárias.

Uma etapa importante desta


questão é definir o que seria um
problema de Qualidade de
Energia (QE)????
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Entre muitas citações da literatura, dizem que se pode


classificar o assunto como:

Qualquer problema manifestado na tensão,


corrente ou desvio de frequência, que resulte
em falha ou má operação dos equipamentos de
consumidores.
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Atualmente, a QEE é avaliada pela concessionária e órgãos


governamentais através de equipamentos que medem índices
específicos, como:
 DEC (Duração Equivalente de Interrupção por Unidade
Consumidora);
 FEC (Frequências Equivalente de Interrupção por Unidade
Consumidora).
cujas definições se encontram na Resolução nº 24 da Agência
Nacional de Energia Elétrica - ANEEL.
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No entanto, estes índices estão relacionados somente com o


intervalo de tempo em que o sistema permanece desligado
e a frequência de tais desligamentos.
Sendo assim, estes não detectam certas alterações nas
formas de onda e na frequência causadas por ruídos,
distorções harmônicas, certas condições de falta e
chaveamento de capacitores que podem causar problemas
operacionais em equipamentos.
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Procedimentos de Distribuição de
Energia Elétrica no Sistema Elétrico
Nacional – PRODIST
Módulo 8 – Qualidade da Energia
Elétrica
Seção 8.1 - QUALIDADE DO PRODUTO, define a terminologia,
caracteriza os fenômenos e estabelece os parâmetros e valores de
referência relativos à conformidade de tensão em regime
permanente e às perturbações na forma de onda de tensão;
Seção 8.2 - QUALIDADE DO SERVIÇO, estabelece os
procedimentos relativos aos indicadores de continuidade e dos
tempos de atendimento;
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Em um passado não muito distante, os problemas


causados pela má qualidade no fornecimento de energia
não eram tão expressivos, visto que os equipamentos
existentes eram pouco sensíveis aos efeitos dos fenômenos
ocorridos.

Entretanto, com o desenvolvimento tecnológico,


principalmente da eletrônica, consumidores e
concessionárias de energia elétrica têm-se preocupado
muito com a qualidade da energia.
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Isto se justifica, principalmente, pelos seguintes motivos:


• Os equipamentos atualmente utilizados são mais sensíveis às
variações nas formas de onda de energia fornecidas. Muitos
deles possuem controles baseados em microprocessadores e
dispositivos eletrônicos sensíveis a muitos tipos de distúrbios;

• O crescente interesse pela racionalização e conservação da


energia elétrica, com vistas a otimizar a sua utilização, tem
aumentado o uso de equipamentos que, em muitos casos,
aumentam os níveis de distorções harmônicas e podem levar o
sistema elétrico a condições de ressonância;
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• Maior conscientização dos consumidores em relação aos


fenômenos ligados à QEE, visto que os mesmos estão se
tornando mais informados a respeito de fenômenos como
interrupções, subtensões, transitórios de chaveamentos etc.,
passando a exigir que as concessionárias melhorem a
qualidade da energia fornecida;

• A crescente integração dos processos, significando que a


falha de qualquer componente traz consequências ainda mais
importantes para o sistema elétrico;

• As consequências resultantes de variações nas formas de


onda sobre a vida útil dos componentes elétricos.
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Para avaliar o quanto um sistema está operando fora de suas


condições normais, duas grandezas elétricas básicas, tensão e
frequência, podem ser empregadas.
A frequência em um sistema interligado situa-se na faixa de 60 ±
0,1Hz.
Por outro lado, com relação a tensão, três características
principais devem ser observadas:
• a forma de onda, que deve ser o mais próximo possível da forma
senoidal;
• a simetria do sistema elétrico;
• e as magnitudes das tensões dentro de limites aceitáveis.
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ITENS DE QUALIDADE DA ENERGIA ELÉTRICA


Interrupção harmônica:
Distorção do fornecimento: é o mais grave, uma vez que
quando
afeta todos
existem os equipamentos
cargas ligados à rede elétrica.
não lineares
ligadas à rede elétrica a corrente
que circula nas linhas contém
harmônicos e as quedas de tensão
provocadas pelos harmônicos nas
impedâncias das linhas faz com
que as tensões de alimentação
fiquem também distorcidas.
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Ruído (interferência
Inter-harmônicos: surgem
eletromagnética):
quando há
corresponde aode
componentes ruído
corrente
eletromagnético
que não
de alta-frequência,
estão relacionadas com
quea componente
pode, por
exemplo,
fundamental ser (60produzido
Hz); essas
pelas
comutações rápidas
componentes de corrente
dos conversores
podem ser
eletrônicos de
produzidas porpotência.
fornos a arco ou por
cicloconversores (equipamentos que,
alimentados a 60 Hz, permitem
sintetizar tensões e correntes de saída
com uma frequência inferior).
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Subtensão
Interrupção momentânea
momentânea: (voltage
ocorre,
sag): também conhecido
por exemplo, quando oporsistema
“cava
de tensão”,
elétrico pode
dispõe ser provocada,
de disjuntores com
por exemplo,
religador, quepor um na
abrem curto-circuito
ocorrência
momentâneo numfechando-se
de um curto-circuito, outro
alimentador do mesmo
automaticamente após sistema
alguns
elétrico, que é (eeliminado
milissegundos após
mantendo-se
alguns milissegundos
ligados caso pela
o curto-circuito já se
abertura do disjuntor do ramal em
tenha extinguido).
curto.
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Sobretensão
Flutuação da tensãomomentânea
e o efeito
(voltage
flicker: acontece
swell): pode
devido sera
provocada,intermitentes
variações entre outrosde casos,
certas
por situações
cargas, causandodeflutuações
defeito nas
ou
operações
tensões de de
alimentação
comutação
(que de
se
equipamentos
traduz, por ligados
exemplo,
à rede
em
elétrica.
oscilações na intensidade da
iluminação elétrica).
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Micro-cortes
Transitórios: de tensão
ocorrem(notches):
como
consistem
resultado em de
pequenos cortes
fenômenos
periódicos
transitórios,na forma
tais decomo
onda daa
tensão, que resultam
comutação de de quedas
bancos de
de tensão nas ouindutâncias
capacitores do
descargas
sistema elétrico, ocorridas devido
atmosféricas.
a cargas que consomem correntes
com variações bruscas periódicas
(caso dos retificadores com filtro
capacitivo ou indutivo).
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Desequilíbrio de Tensão: O
desequilíbrio em um sistema
elétrico trifásico é uma condição na
qual as três fases apresentam
diferentes valores de tensão em
módulo ou defasagem angular
entre fases diferentes de 120º
elétricos ou, ainda, as duas
condições simultaneamente..
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Histórico da Legislação
Internacional
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• Em 1969, o CENELEC (Comitê Europeu de Normalização

Eletrotécnica) e o IEC (Comissão Eletrotécnica Internacional)

formaram comitês para investigar os efeitos dos harmônicos causados

por circuitos eletrônicos usados em equipamentos domésticos.

• A primeira norma (EN50006), aprovada pelo CENELEC em 1975, foi

adotada por 14 países europeus.

• Em 1981, o IEEE-Industry Application Society , propôs sua primeira

recomendação sobre harmônicos, a qual recebeu a designação de

IEEE519.
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• Em 1982, liderados pelos alemães a norma anterior foi substituída pelo


documento IEC-555, norma esta de maior abrangência.

• Em dezembro de 1991, o CENELEC, fundamentado na IEC-555-2,


aprovou um documento que dá as diretrizes para os padrões de
qualidade para os países europeus. Este último documento recebeu a
sigla EN60555-2.

• Em 1993 foi iniciado pelo CENELEC um processo de revisão, que


culminou, em 1994, na norma europeia EN50160. Esta norma fornece
as principais características da tensão nos terminais de suprimento do
consumidor, nos níveis de distribuição de baixa e média tensão.
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• Em Junho de 1992, a IEEE 519 foi aprovada para prover um


documento sobre as causas, efeitos, medições e controle de
harmônicos em sistemas de potência, juntamente com os limites
recomendados para injeções de correntes harmônicas.

• A partir das orientações definidas nos documentos supramencionados,


com pequenas particularidades próprias a cada situação, surgiram
recomendações e normas específicas para diferentes países. Esta é a
realidade dos documentos: Norma Alemã (DIN EN 50160), Norma Sul-
Africana (NRS-048), Norma Peruana (NTCSE), Recomendação
GCOI/GCPS, etc.
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• Para regulamentar “as condições técnicas e a qualidade do serviço


de energia elétrica” no Brasil, o DNAEE – (DEPARTAMENTO
NACIONAL DE ÁGUAS E ENERGIA ELÉTRICA) lançou as
Portarias Nº 046 e 047, de 17 de abril de 1978 e a Portaria Nº 031,
de 11 de abril de 1980, objetivando regulamentar as questões
vinculadas com interrupções na tensão de alimentação.

• Após trabalhos iniciados em 1978, em 1993, um grupo de trabalhos


liderado pela ELETROBRÁS, culminou por emitir o documento
“Critérios e Procedimentos para o Atendimento a Consumidores
com Cargas Especiais”, cuja autoria foi atribuída ao GCOI (Grupo
Coordenador para Operação Interligada) e GCPS (Grupo
Coordenador de Planejamento dos Sistemas Elétricos).
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• Em novembro de 1997, este documento foi complementado por


outro, denominado por “Procedimentos de Medição para Aferição
da Qualidade da Onda de Tensão Quanto ao Aspecto de
Conformidade (Distorção Harmônica, Flutuação e Desequilíbrio de
Tensão)”.

• Em dezembro de 2008, a Agência Nacional de Energia Elétrica –


ANEEL apresenta o Procedimentos de Distribuição de Energia
Elétrica no Sistema Elétrico Nacional – PRODIST, cujo Módulo 8
trata da Qualidade da Energia Elétrica.
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PRODIST
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QUALIDADE DA ENERGIA ELÉTRICA


O ENTENDIMENTO

O Termo “Qualidade da Energia Elétrica” está


relacionado com qualquer desvio que possa ocorrer na:
 Magnitude;
 Forma de onda;
 Ou frequência da tensão e/ou corrente elétrica.

Esta designação também se aplica às interrupções de natureza


permanente ou transitória que afetam o desempenho da
transmissão, distribuição e utilização da energia elétrica.
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ITENS DE DEFINIÇÃO DA QUALIDADE DA ENERGIA

 Transitórios;
 Interrupções;
 Variações da tensão de Longa Duração;
 Variações da tensão de Curta Duração (VTCD);
 Desequilíbrios da tensão;
 Harmônicos;
 Flutuações de Tensão (Efeito Flicker).
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ALGUNS MOTIVOS PARA O INTERESSE EM QUALIDADE DA ENERGIA

NOVOS EQUIPAMENTOS MAIS SENSÍVEIS AOS DISTÚRBIOS

Os equipamentos elétricos produzidos atualmente têm mais


“eletrônica” incorporada do que os seus similares de 20-30 anos atrás.
A consequência disso é que um simples decréscimo de tensão, de,
digamos, 15%, por alguns milissegundos, atualmente, significa muito mais
reclamações do que alguns anos atrás, mesmo que não haja prejuízos diretos
relacionados à mesma.
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ALGUNS MOTIVOS PARA O INTERESSE EM QUALIDADE DA ENERGIA


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ALGUNS MOTIVOS PARA O INTERESSE EM QUALIDADE DA ENERGIA

Ex: Na ilustração que se segue, é


mostrado o histórico de um afundamento
de tensão de 34% ocorrido no ponto de
acoplamento de uma indústria (cuja
demanda média é de 60 MW) com uma
empresa distribuidora de energia do
sudeste brasileiro.
Nota-se que o período do afundamento
não atinge a 300 ms. No entanto, o
evento que se iniciou por volta de 13h,
somente permitiu o pleno retorno da
indústria depois das 15h! Do lado da
concessionária, ela deixou de vender 64
MWh!
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ALGUNS MOTIVOS PARA O INTERESSE EM QUALIDADE DA ENERGIA


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MUITOS DOS NOVOS EQUIPAMENTOS CAUSAM MAIS DISTÚRBIOS DE TENSÃO

• Em geral, a interrupção da operação dos equipamentos tem sido atribuída


pelos consumidores, à má qualidade da energia. Por outro lado, muitas
concessionárias atribuem a má qualidade da energia aos equipamentos dos
consumidores.
• Os modernos acionamentos eletrônicos de motores, bem como os
computadores, não são apenas sensíveis aos distúrbios de tensão: eles
também causam distúrbios em outros equipamentos e consumidores.
• Os conversores sempre geraram correntes harmônicas. Entretanto, somente
na década de 90, devido ao crescente aumento desse tipo de equipamento é
que essas distorções foram levadas a sério.
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CRESCIMENTO DAS CARGAS ELETRÔNICAS NOS ESTADOS UNIDOS

Carga Total Instalada


Cargas
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NÍVEIS DE SENSIBILIDADE DOS EQUIPAMENTOS ÀS VARIAÇÕES DE


TENSÃO

• Os aparelhos e componentes elétricos possuem


requisitos de qualidade de energia elétrica
diferentes.

• Assim, por exemplo, para que o processo industrial


seja contínuo, ele pode depender do nível de
sensibilidade de um único equipamento.
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NÍVEIS DE SENSIBILIDADE DOS EQUIPAMENTOS ÀS VARIAÇÕES DE


TENSÃO
• Com a expansão do uso de equipamentos de informática e
eletrônicos domésticos, que são bastante sensíveis às variações da
tensão de alimentação, tornou-se necessário padronizar as
condições de teste para verificar a suportabilidade dos
equipamentos aos distúrbios provenientes da rede.
• Como guia para os fabricantes de equipamentos na área de
informática, os EUA estabeleceram a norma ANSI/IEEE 446,
conhecida como curva CBEMA (Associação de Fabricantes de
Equipamento Empresarial e Computador) propondo metas a
serem satisfeitas pelas fontes e dispositivos que alimentam
computadores com relação às variações de tensão e respectivas
durações suportáveis.
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NÍVEIS DE SENSIBILIDADE DOS EQUIPAMENTOS ÀS VARIAÇÕES DE


TENSÃO
• O objetivo é uniformizar os limites de suportabilidade de variações
da tensão de alimentação a dispositivos eletrônicos,
particularmente os destinados ao processamento de dados.
• Foram estabelecidas curvas de magnitude x duração para variações
de tensões abaixo e acima da nominal.
• Após algumas modificações, foi apresentada em 1997 uma nova
versão para os limites de tolerância conhecida como CBEMA/ITIC
ou simplesmente ITIC (Conselho a Industria de Tecnologia da
Informação), sendo devidamente aprovada no ano de 2000, com os
limites definidos para serem aplicados a equipamentos eletrônicos
e computadores relacionados à tecnologia da informação (TI).
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NÍVEIS DE SENSIBILIDADE DOS EQUIPAMENTOS ÀS VARIAÇÕES DE


TENSÃO

Curva CBEMA
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NÍVEIS DE SENSIBILIDADE DOS EQUIPAMENTOS ÀS VARIAÇÕES DE


TENSÃO

Curva ITIC
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NÍVEIS DE SENSIBILIDADE DOS EQUIPAMENTOS ÀS VARIAÇÕES DE


TENSÃO
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QUALIDADE DA ENERGIA E QUALIDADE DA TENSÃO:

As empresas concessionárias de energia somente têm ação


sobre a tensão.
Elas não têm meios de controlar a corrente que uma
determinada carga absorve.
Assim, em geral, quando alguém mencionar a “Qualidade da
Energia Elétrica”, provavelmente ele estará se referindo à
qualidade da tensão que está sendo suprida.
Qualquer significativa alteração na magnitude e/ou frequência da
tensão provavelmente causará um problema de qualidade da
energia.
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QUALIDADE DA ENERGIA E QUALIDADE DA TENSÃO:

Ainda que os geradores possam gerar uma tensão praticamente senoidal, as


correntes que fluem pelo sistema podem causar uma grande variedade de
distúrbios na tensão. Vejamos alguns exemplos:
1) Correntes distorcidas, causadas por cargas não-lineares (geradoras de
harmônicos), ao circularem pelas impedâncias do sistema, também
distorcerão as tensões. Estas, por sua vez, poderão perturbar outros
consumidores.
2) Correntes devido a descargas atmosféricas podem escoar através do
próprio sistema elétrico, causando altas tensões de impulso, que podem
ultrapassar os isoladores, causando CURTO-CIRCUITOS.
3) A corrente resultante de um curto pode causar, em uma barra, um grande
afundamento da tensão ou até mesmo, o seu desaparecimento.
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TRANSITÓRIOS

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