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LEITURA E ESCRITA: CONSIDERAÇÕES

INICIAIS
TEXTO, TEXTUALIDADE E TEXTUALIZAÇÃO
O QUE É TEXTO?
Texto é qualquer produção linguística, falada ou escrita,
de qualquer tamanho, que possa fazer sentido numa
situação de comunicação humana, isto é, numa situação
de interlocução

Nenhum texto tem sentido em si mesmo, por si


mesmo.
Todo texto pode fazer sentido, numa determinada
situação, para determinados interlocutores.
Quando fala-se de texto
distingue-se o uso da linguagem
verbal (poema, romance,...), e
não verbal/visual e imagético
(pintura, desenho...) que tem
significado (conjunto das partes
que ligam umas a outras) e
intenção.
Para que o texto seja considerado
texto é necessário que possua uma
relação sociocomunicativa, semântica e
formal.
O TEXTO PRECISA SER.
→ o pragmático: seu funcionamento enquanto
atuação informacional e comunicativa;
→ o semântico-conceitual, de que depende
sua coerência;
→ o formal, que diz respeito à sua coesão.
TEXTUALIDADE E TEXTUALIZAÇÃO

Textualidade e
textualização é um conjunto
de características que fazem
com que um texto seja
considerado como tal, e não
como um amontoado de
palavras e frases.
Os fatores constitutivos da
textualidade.
Os princípios que fazem parte do
conhecimento textual das pessoas:
Os conjuntos de elementos encarregados
pela textualidade de todos os discursos

1)Elementos semânticos (coesão e


coerência);

2)Elementos pragmáticos (aceitabilidade,


intencionalidade, informatividade,
situacionabilidade e intertextualidade).
• Coesão: dispositivo linguístico que assegura
a ordem do texto e o item semântico. A
coesão gera a disposição formal do texto.
• Coerência: menção e não contradição, a não
redundância e a importância.

• Intertextualidade: combina contextos e


textos.
• Contextualidade: circunstância comunicativa
precisa em que o texto foi construído.
• Intencionalidade: referente a comunicação
efetiva, que possibilita que os propósitos
comunicativos fiquem com clareza para o
leitor.
• Aceitabilidade: o texto fica igual à
expectativa formada pelo receptor. É
dependente da qualidade do texto.
• Situacionalidade: o texto se adapta ao
cenário da comunicação. Conduz a direção do
discurso.
• Informatividade: discurso mais informativo e
menos previsível.
DIRETRIZES PARA LEITURA, ANÁLISE,
INTERPRETAÇÃO E PRODUÇÃO DE TEXTOS.

A leitura analítica é um método de estudo


que tem como objetivos:
Roda de leitura
Diretrizes que norteiam a atividade de leitura
OS PROCEDIMENTOS DE ESCRITA: FASES DA
PRODUÇÃO TEXTUAL
O ato de escrever exige operações
elementares como:
• organização e seleção de ideias,
• produção,
• revisão do texto (com o objetivo de
torná-lo cada vez mais inteligível)
• e reescrita.
Nesse sentido, o primeiro
passo para aprender a produzir
um texto é distinguir as várias
fases de sua realização:
planejamento (seleção e
organização das ideias), criação
do texto ou desenvolvimento,
revisão e redação final.
A fase de planejamento serve para
“economizar” e distribuir o tempo disponível, bem
como para clarear as ideias e identificar as
características do texto a ser escrito.

Roda de leitura 2
OS PROCEDIMENTOS DE ESCRITA: FASES
DA PRODUÇÃO TEXTUAL
PRODUÇÃO DE GÊNEROS
ACADÊMICOS

RESUMO
RESENHA
ARTIGO CIENTÍFICO
RESUMO
O resumo é "uma apresentação
sintética e seletiva das ideias de um
texto, ressaltando a progressão e a
articulação entre elas" (MEDEIROS, 2000,
p. 123). Resumo não é cópia, não é
substituição de um termo ou outro, não é
inversão da ordem da frase, nem deve
apresentar crítica, pois, nesse caso,
tornar-se-ia uma resenha ou recensão.
TIPOS DE RESUMO
a) Resumo indicativo: mais breve,
compõe-se apenas da ideia principal, não
apresentando dados qualitativos,
quantitativos, etc. Digitado em bloco único,
é utilizado em notas e comunicações (50 a
100 palavras), "orelhas" de livros, artigos
de periódicos e trabalhos de conclusão de
curso (100 a 250 palavras), relatórios
técnico-científicos, dissertações e teses
(150 a 500 palavras).
b) Resumo informativo: expõe finalidades,
metodologia, resultados e conclusões,
podendo substituir a consulta ao texto
original (MEDEIROS, 2000). Por isso, é o mais
extenso dos resumos, podendo chegar a
cerca de 20% do texto completo. Ao se
resumir um livro (ou partes dele), um artigo,
etc., o texto deve ser redigido como um todo,
com poucas divisões internas e sem se
imitarem as divisões de capítulos/itens do
livro ou do artigo que estão sendo resumidos;
c) Resumo crítico: consiste na análise crítica
de um texto. É também chamado de resenha ou
recensão. Os resumos críticos, por suas
características especiais, não estão sujeitos a limite
de palavras (MEDEIROS, 2000).
AS FASES DO RESUMO
a) Leitura total do texto;
b) Segunda leitura, atentando-se para o vocabulário e
ideias-chave;
c) Aplicação de quatro passos básicos:
• supressão: eliminam-se palavras secundárias
advérbios, adjetivos, preposições;
• Generalização: trocam-se elementos específicos
por termos genéricos.
• seleção: selecionam-se as informações principais,
desprezando-se as secundárias;
• reconstrução: elabora-se um texto pessoal, mas fiel
às ideias do autor.
Para que seja inteligível, o resumo deve conter (MEDEIROS,
2000, p. 108-128)

Introdução
Desenvolvimento
Conclusão
RESENHA
A resenha é um gênero textual
que desempenha um importante
papel na divulgação de trabalhos
entre a comunidade acadêmica e
de obras em diferentes veículos.
TIPOS DE RESENHA
• Resenha-resumo (Resenha Descritiva):
Trata-se de um texto informativo,
pois o objetivo principal é informar o
leitor.
• Resenha-crítica (Resenha Avaliativa):
Trata-se, portanto, de um texto de
informação e de opinião, também
denominado de recensão crítica.
• Objetivo da resenha: divulgar objetos de
consumo cultural.
• Extensão da resenha: não se trata de um
texto longo.
• O que deve constar numa resenha:
 O título
A referência bibliográfica da obra e alguns
dados bibliográficos do autor da obra
resenhada
O resumo ou síntese do conteúdo
A avaliação crítica
E como se inicia uma resenha?
Pode-se começar uma resenha citando-se
imediatamente a obra a ser resenhada.
O ARTIGO CIENTÍFICO
De acordo com NBR 6022, artigo
científico é “parte de uma publicação
com autoria declarada, que apresenta e
discute ideias, métodos, técnicas,
processos e resultados nas diversas áreas
do conhecimento.”.
Estrutura do artigo científico:
ELEMENTOS TEXTUAIS

• INTRODUÇÃO
• DESENVOLVIMENTO
• CONCLUSÃO

• Introdução
A introdução é a “parte inicial do artigo, onde
devem constar a delimitação do assunto tratado, os
objetivos da pesquisa e outros elementos necessários
para situar o tema do artigo”.
• Desenvolvimento
Parte principal e mais extensa do
trabalho, na qual se deve apresentar a
fundamentação teórica, a metodologia, os
resultados e a discussão.
Dessa forma, o desenvolvimento
pode ser subdividido em três etapas:
a) revisão da literatura;
b) b) material e métodos; e
c) c) resultados e discussão, conforme segue:
• Conclusão
É a parte do artigo em que o
autor irá destacar os resultados
obtidos, apontando críticas,
recomendações e sugestões para
pesquisas futuras. É um fechamento
do trabalho estudado, devendo
responder às hipóteses enunciadas e
aos objetivos do estudo, que foram
apresentados na introdução.
ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS
Título e subtítulo (se houver) em língua
estrangeira.
Resumo em língua estrangeira da versão
na língua do texto.
Notas explicativas: usadas para fazer
certas considerações que não caberiam no
texto sem quebrar a sequência lógica. São
enumeradas com algarismos arábicos, numa
ordenação única e consecutiva para cada
artigo, sem iniciar a cada página.
Referências: uma lista ordenada dos
documentos efetivamente citados no texto, que
permite a identificação tipos de materiais.
Glossário: relação em ordem alfabética de
palavras pouco conhecidas, ou estrangeiras, ou
termos e expressões técnicas com seus respectivos
significados.
Apêndices: material elaborado pelo autor que
se junta ao texto para complementar sua
argumentação.
Anexos: material complementar ao texto para
servir de fundamentação, comprovação ou
exemplificação que não seja elaborado pelo autor.

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